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Porto Alegre, 18 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.311

 

Déficit na balança de lácteos é o dobro de 2015

O déficit na balança comercial de lácteos do Brasil no primeiro semestre já é o dobro do déficit registrado em todo o ano passado. O quadro é reflexo da escassez de matéria--prima no mercado doméstico, o que tem estimulado as importações. Nos primeiros seis meses do ano, o país importou US$ 268,6 milhões em produtos lácteos e exportou US$ 62,7 milhões, o que gerou um déficit de US$ 205,9 milhões. Em todo o ano passado, o déficit havia sido de US$ 100 milhões, conforme dados da Secex/Midc compilados pela MilkPoint. Considerando os volumes comercializados em equivalente leite, o déficit na balança também cresceu. Conforme a MilkPoint, no primeiro semestre, o déficit foi de 683,7 milhões de litros ante 343,7 milhões no mesmo intervalo de 2015. Em todo o ano passado, o déficit fora de 548 milhões de litros.

 

A escassez de leite no mercado doméstico por conta da redução da produção tem elevado os preços internos da matéria¬-prima, o que torna a importação mais competitiva. De acordo com Valter Galan, analista da MilkPoint, as importações poderiam ser ainda maiores, mas no momento, os principais fornecedores do Brasil ¬ Argentina e Uruguai ¬ enfrentam alguma restrição na oferta por problemas climáticos e aumento nos custos de produção. No primeiro trimestre deste ano, a aquisição de leite no Brasil recuou 4,5%, para 5,86 bilhões, segundo o IBGE. Pelas estimativas da MilkPoint, a retração se acentuou no semestre, para 7% na comparação com igual período de 2015 (ver quadro).

Até maio, a queda era projetada em 6%. Diante desse cenário, a disponibilidade total também caiu mais ¬ 4%. Até maio, o recuo era de 3,5%. Ainda conforme as projeções da MilkPoint, a disponibilidade de leite per capita no semestre foi de 56,6 litros, 4,8% abaixo dos 59,4 litros um ano antes. O recuo também avançou em relação a maio. A expectativa de Galan é de um ambiente mais favorável à produção de leite no Brasil neste semestre uma vez que a relação de troca com o milho começou a melhorar. Assim, avalia, os preços da matéria-¬prima devem começar a ceder. Aliás, já começa a haver recuo nos preços dos produtos finais, como leite longa vida e mozzarella, segundo Galan, reflexo de uma retração do consumidor.

No curto prazo, contudo, o cenário não deve mudar muito, pois a importação ainda está competitiva, diz o analista. Enquanto o queijo mozzarela nacional é negociado por entre R$ 22 e R$ 23 o quilo no atacado, o produto argentino chega a São Paulo por cerca de R$ 17 o quilo. Marcelo Costa Martins, diretor¬executivo da Viva Lácteos (que reúne empresas do segmento), concorda que, no curto prazo, "não há perspectiva de mudança", uma vez que a limitação de oferta persiste no mercado interno. Ele observa, porém, que mesmo num cenário pouco estimulante para as exportações, as empresas do setor "continuam apostando na importância da abertura de novos mercados". O objetivo é estarem prontas quando o cenário estiver mais favorável. (Valor Econômico) 

 
 
Bancos querem fatia maior do crédito agrícola

Em um cenário de retração de diversos setores da economia brasileira, as instituições financeiras têm voltado cada vez mais suas atenções para o cré- dito agrícola, tradicionalmente dominado pelo Banco do Brasil. Entre as principais estratégias adotadas estão o aumento do volume de recursos do agronegócio em relação ao total da carteira; a especialização das equipes de atendimento, inclusive com a contratação de agrônomos; e a aproximação do relacionamento com cooperativas, empresas do setor e produtores. Para a safra 2016/2017, todos os principais bancos privados do País incrementaram o volume de recursos disponível. Apenas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, o Sicredi vai liberar R$ 6,1 bilhões, quase 8% mais do que no ciclo anterior. Em nível nacional, o Santander não revela os números, mas pretende incrementar em 20% a disponibilização de recursos livres e controlados. Da mesma maneira, o Bradesco, que aplicou R$ 21 bilhões, em 2015/2016, pretende aumentar o índice em 10%. 

O Banrisul, por sua vez, lançou, no fim do mês passado, uma carteira de R$ 2,1 bilhões para produtores gaúchos, alta de cerca de 10%. Por outro lado, o volume maior de recursos voltado ao campo tem sido acompanhado por elevações nos juros nos últimos dois anos. No Plano Agrícola e Pecuário, lançado pelo governo federal em julho, as taxas variam de 9,5% a 12,75% ao ano, sendo de 8,5% para o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). De acordo com os bancos, a elevação das alíquotas não tem influenciado nas contratações, pois ocorreram paralelamente a alta da taxa Selic, hoje em 14,25%. No caso da agricultura familiar, que contará com R$ 30 bilhões, as taxas variam de 2,5% a 5,5%, apresentando queda para produtos agroecológicos e da cesta básica. Mesmo com a maioria das alíquotas mais onerosas, o agronegócio segue com inadimplência baixa na comparação com outros setores. "É uma inadimplência muito aquém do mercado tradicional.

É um setor que vem se beneficiando de safras cheias, preços bons nas commodities e, com isso, acaba tendo um cená- rio diferente em relação aos demais segmentos", explica o diretor executivo do Sicredi, Gerson Seefeld. No Banrisul e no Sicredi, por exemplo, as pendências dos agricultores giram, respectivamente, em torno de 3% e menos de 0,3% da carteira de crédito. Enquanto o custeio e a comercialização da lavoura exigem crédito anual, a área de investimento é a que mais sentiu os efeitos da crise econômica, vide as bruscas quedas nas vendas de máquinas nos dois últimos anos. Segundo Seefeld, a busca por financiamento para compra de maquinário, armazenagem e construção, caiu nesse período. "Há cinco anos, houve investimento pesado na renovação do parque de máquinas. Depois, o produtor passou a fazer aplicações mais precisas. 

Acredito que, agora, está havendo uma readequação do mercado, com investimentos em equipamentos que gerem mais produtividade e menos perdas na colheita", explica. Para o superintendente executivo de Agronegócios do Santander, Claudio Yutaka, principalmente na região Sul, há espaço para renovação do maquinário, o que tem impulsionado a procura por crédito de investimento. "Em geral, os produtores trocam 10% do parque de máquinas anualmente e há um desgaste natural pelo uso de colheitadeiras e tratores", analisa. Yutaka afirma ainda que o aumento do preço médio da terra tem obrigado o agricultor a investir em agricultura de precisão, irrigação e armazenagem para elevar a produtividade. Nesse cenário, entram as linhas de silos, construção civil e renovação tecnológica: outra oportunidade dos bancos para captar o setor que mais cresce na economia brasileira. (Jornal do Comercio)

 
Projeto Leite na Escola apresenta resultados 
  
Em oito meses de ação, o projeto Leite na Escola já visitou 22 escolas e atendeu 2.608 alunos de escolas estaduais da região Metropolitana de Porto Alegre. Realizada pela Secretaria de Agricultura (Seapi), a ação integra a agenda da Câmara Setorial do Leite e tem apoio de instituições ligadas ao setor produtivo, como o Sindilat. Os dados foram divulgados em reunião de trabalho realizada nesta segunda-feira (18/7). De novembro de 2015 a julho de 2016, as oficinas levaram conhecimento a crianças com objetivo de incentivar o consumo de leite e derivados desde a infância, resgatar a confiança no produto e mostrar todo o percurso do leite, desde a origem até a mesa das famílias. Após cada apresentação, os alunos são convidados a degustar alguns itens, momentos esses onde foram consumidos 522 litros de bebida láctea, 99 litros de leite e 30 quilos de queijos.  Os alunos que participaram das oficinas ainda receberam a revistinha "Pedrinho & Lis: a origem do Leite". 

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, acompanhou a reunião e ressaltou a importância dessa ação junto a esses novos consumidores e garantiu a continuidade da parceria para atender a novas instituições de ensino. O coordenador da Câmara Setorial do Leite, Danilo Gomes, pontuou que a expectativa é atender mais 20 escolas neste segundo semestre e que a intenção é ampliar a atuação uma vez que a demanda por receber a equipe do projeto é crescente. Contudo, pontuou que a ação precisa estar enquadrada na questão orçamentária e logística existente. 

No segundo semestre, o projeto Leite na Escola traz uma novidade. A segunda edição da revistinha "Pedrinho e Lis em: A Fantástica Fábrica do Laticínios" já está em elaboração. A ideia, pontuou o estagiário Pedro Nery, é lançar a publicação na Expointer 2016. O gibi traz informações sobre o processamento do leite e como funciona um laticínio, além de brincadeiras e curiosidades. Na ocasião, a equipe do projeto Leite na Escola ainda apresentou dados compilados a partir de questionários respondidos pelos professores que acompanharam o primeiro semestre de atividades. Segundo levantamento, 77% deles acreditam que a ação ajudou no consumo de produtos lácteos na merenda, 82% informaram que o assunto rendeu novas atividades em sala de aula e 100% gostariam de levar alunos a propriedades leiteiras ou indústrias. (Assessoria de Impresa Sindilat)

Festiqueijo espera receber 21 mil visitantes na edição deste ano

Principal evento do calendário de Carlos Barbosa, na Serra Gaúcha, o Festiqueijo chega a sua 27ª edição com perspectiva de aumentar o número de visitantes em relação ao ano passado. Os organizadores esperam receber 21 mil pessoas entre os dias 1 e 31 de julho, sempre às sextas-feiras, sábados e domingos, no salão paroquial da Igreja Matriz. "O público é muito fiel. As pessoas se programam para participar", descreve o presidente da diretoria voluntária do evento, Diego Carlos Baldasso. Ou, seja, a crise não tem afetado a expectativa de público. O valor do ingresso às sextas-feiras e domingos é R$ 100,00. Aos sábados a entrada passa para R$ 110,00. Há gratuidade para crianças até 7 anos, sendo que para as que têm de 8 a 12 anos o valor cobrado é de R$ 50,00. No local, o visitante tem acesso a mais de 40 tipos de queijos, além de um amplo cardápio de pratos típicos da região, o que faz com que o festival seja reconhecido como um dos principais eventos gastronômicos da Serra. 

 
A cultura italiana é presença forte, reforçam as soberanas Cheila Paula Pansera, que é a Senhorita Festiqueijo, e Stephanie Pech, a dama de companhia. "A cultura italiana diz que uma senhorita nunca anda sozinha, por isso existe a dama de companhia", comenta Cheila. "Tudo foi pensado para respeitar as tradições", acrescenta Stephanie. Segundo a vice-presidente e diretora de Marketing do evento, Jéssica Dalcin Andrioli, o espaço que recebe o Festiqueijo passou por melhorias que garantem mais conforto aos visitantes, com atenção à climatização do ambiente, sobretudo. "Prezamos muito pela qualidade", afirma Jéssica. (Jornal do Comercio)
 
Sindilat debate parceria para Fórum em Santa Maria
Reunido na sexta-feira (15/7) com Luciane Kolbe e Márcia Mandagará, do Canal Rural, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, alinhou parceria para a realização da segunda edição do Fórum do Leite. O evento ocorrerá no próximo dia 11 de outubro, em Santa Maria. Desta vez, o encontro terá o apoio da Universidade Federal de Santa Maria. Na ocasião, foi debatida a temática central do evento e os encaminhamento a serem dados para sua realização. O 1º Fórum Estadual do Leite - Rumo à Excelência foi realizado em Ijuí no mês de junho e reuniu mais de 500 pessoas no auditório da Unijuí para discutir as mudanças oportunizadas com a nova Lei do Leite.  O projeto itinerante deve ter sequência em diversas regiões produtoras de leite do Rio Grande do Sul. (Assessoria de Impresa Sindilat)
 

 

Porto Alegre, 15 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.310

 

  Impostos sobre peixes e queijos podem ter aumento, alerta ministro da Fazenda

A equipe econômica do novo governo estuda aumentar os impostos cobrados sobre alimentos como salmão, que hoje tem tributação zero, para engordar os cofres públicos. Outros itens, como bacalhau, truta e atum do Atlântico podem ser alvos do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sem mencionar vários tipos de queijos, como provolone, muçarela, minas e prato. 

Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, Meirelles citou o salmão como um "item de luxo", que foi adicionado à cesta básica do brasileiro, e sobre o qual a alíquota do PIS-Cofins - hoje zero - pode ser elevada. O quilo do salmão fresco inteiro custa, em média R$ 50,00. No primeiro semestre, o Brasil gastou quase US$ 200 milhões com a importação de 32 mil toneladas do peixe do Chile.

A Receita Federal estima que o governo vai deixar de arrecadar só este ano R$ 18,5 bilhões devido à desoneração do PIS-Cofins da cesta básica, que beneficia alimentos como feijão, arroz, farinha de mandioca, batata-doce, milho e leite. Massas, açúcar, óleo de soja e itens de higiene e limpeza também entram nessa lista, assim como carnes bovinas, proteínas de frango e carnes de caprinos e ovinos - para respeitar hábitos alimentares de diferentes regiões do País. 

Meirelles usou o salmão para exemplificar como alguns itens podem sofrer elevação de tributação, se for necessário. Segundo ele, a medida é estudada, mas ainda não passa de um "Plano C". O "Plano A" continua sendo ajustar as contas públicas com a contenção do crescimento dos gastos públicos. A outra prioridade é fortalecer o caixa por meio de privatizações, securitizações e vendas de ativos.

Antes de tomar qualquer decisão, o governo avaliará a repercussão que o aumento dos impostos terá sobre a economia. No caso específico do PIS-Cofins, também deverá ser levado em consideração quanto essa medida representará em aumento de custo para as empesas, e se, no limite, ela terá que demitir funcionários em função disso. Também existem estudos para uma alta geral do tributo. (As informações são do Economia - iG)
 

 
Campo aberto para produtos que sustentam as exportações

 

Estudo recém ¬concluído pelo Ministério da Agricultura e pela Embrapa com projeções para o agronegócio brasileiro até a safra 2025/26 confirma que o cenário é bastante positivo para os produtos mais valorizados do setor nos mercados interno e externo. Mas, em contrapartida, sinaliza um horizonte sombrio para itens básicos como arroz e feijão, voltados sobretudo ao abastecimento doméstico e que normalmente oferecem aos agricultores remunerações mais baixas do que commodities como soja e milho, por exemplo. Como adiantou ontem o Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor, o estudo aponta que a safra brasileira de grãos poderá alcançar entre 255,3 milhões e 301,3 milhões de toneladas na safra 2025/26, ante 196,5 milhões em 2015/16 ¬ um crescimento que, na melhor das hipóteses será de 53,3%%, puxado por soja e milho. 

Esse incremento embute avanços tanto da produtividade das lavouras quanto da área plantada total, que poderá crescer para entre 58,2 milhões e 65,6 milhões de hectares, ante 58,2 milhões na temporada 2015/16. "Ainda que as nossas projeções sejam conservadoras, esses dados mostram que a agricultura brasileira tem um grande potencial de crescimento pela frente", afirma José Garcia Gasques, coordenador geral de Análise de Estudos do ministério. O cenário traçado está em linha com o que esperam do Brasil órgãos como a FAO, a agência das Nações Unidas para agricultura e alimentação, e o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA). Entre os produtos que puxam as perspectivas de expansão do campo nacional, um dos grandes destaques é a soja, que já é o carro ¬chefe do agronegócio brasileiro. 

O estudo prevê que a produção da oleaginosa poderá alcançar 129,2 milhões de toneladas (médias dos limites inferior e superior apontados) em 2025/26, 35,1% mais que em 2015/16, com uma expansão de 30% da área plantada, para 43,2 milhões de hectares. Em seguida, aparece o milho, cuja colheita poderá aumentar 24,2%, para 94,7 milhões de toneladas (média dos limites), em uma área 4,4% superior, da ordem de 16,4 milhões de hectares. Em larga medida, essas culturas tendem a ser impulsionadas pelo aumento da demanda para produção de ração tanto no país quanto no exterior, tendo em vista a tendência de incremento do consumo de proteínas animais, principalmente em países emergentes. Tanto que, no horizonte desenhado pelo Ministério da Agricultura e pela Embrapa, a produção brasileira de carne de frango poderá aumentar 34,6%, para 19,1 milhões de toneladas no ciclo 2025/26, a de carne suína tende a crescer 31,3%, para 4,7 milhões de toneladas, e a de carne bovina poderá subir 21%, para 10,2 milhões de toneladas, sempre considerando as médias dos limites inferiores e superiores das estimativas. 

Mas, se são igualmente positivas as perspectivas de expansão da produção de açúcar, café e laranja, entre outros, o quadro traçado para os básicos arroz e feijão é preocupante, sobretudo porque o ministério e a Embrapa projetam aumentos de produtividade até agora não registrados. As estimativas do estudo do ministério apontam que a área plantada de arroz poderá cair 48,3% até 2025/26, para 1 milhão de hectares, e que a produção, mais eficiente, tende a crescer 2,6%, para 11,5 milhões de toneladas. Já a área de feijão poderá recuar 40,5%, para 1,8 milhão de hectares, e a colheita poderá subir 2%, para 3,4 milhões de toneladas, também por ganhos de produtividade superiores a 40%, que não encontram paralelo nas últimas décadas. No caso do feijão, por exemplo, da safra 2005/06 para o ciclo 2014/15 ¬ a temporada 2015/16 foi muito prejudicada pela seca ¬, a produtividade média caiu 28%. (Valor Econômico)


Itamaraty cita vantagens em acordos internacionais; agricultura familiar vê perda de soberania

Ao analisar o projeto, o Itamaraty entende que o texto pode aproximar o Brasil de eventuais acordos de investimento firmados com outros países no âmbito da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). "A proposta vai na direção de não discriminação entre empresas brasileiras ou controladas por estrangeiros", disse Norberto Moretti, que representou o Ministério das Relações Exteriores na audiência. "A consequência prática é que o investidor estrangeiro, sob a forma de uma empresa nacional de capital estrangeiro, terá o mesmo tratamento que uma empresa brasileira", disse Moretti. O deputado Heitor Schuch (PSB-RS), que propôs o debate, se disse contrário à proposta. "Não podemos nem permitir falar que agricultor familiar esteja correndo o risco de perder sua terra para estrangeiros. Estaremos realimentando a indústria dos sem-terra.

Portanto, o Brasil precisa antes cuidar bem dos brasileiros", disse. "Pode até trazer gente de fora, mas não entregando a terra. " Schuch disse que o objetivo do projeto "é vender 25% do território nacional para estrangeiros". "É dali que tiramos a produção agrícola, que gera emprego, gera renda e traz divisas novas para o Brasil", afirmou. Para o secretário da Contag, Elias D'Ângelo, a matéria põe em risco a soberania nacional e poderá inflacionar o preço da terra no País. Mesma opinião compartilhada pelo presidente da Fetag/RS, Carlos Joel da Silva. Segundo o dirigente, no Rio Grande do Sul hoje 30% dos agricultores não têm terra e plantam em áreas arrendadas. "A terra é um bem, sim, mas também tem função social. 

Precisamos é de crédito fundiário para garantir a sucessão rural e a produção de alimentos", opinou. Também contrário ao projeto, o representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Guilherme Delgado, disse que o texto é completamente inapropriado. "O projeto vai na contramão dos regimes fundiários instituídos pela Constituição de 1988. Precisamos entender que a terra não é mercadoria, mas um bem intergeracional de uso múltiplo e com uma função social clara", defendeu Delgado, para quem o texto põe em risco comunidades tradicionais, como índios e quilombolas, e a soberania nacional. (Jornal do Comércio)
 
Secretário do Mapa 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tem novo secretário de Mobilidade Social, do Produtor Rural e Cooperativismo. É José Dória, ex-secretário Nacional de Irrigação do Ministério da Integração Nacional e administrador em RH. Nesta quinta-feira (14), ele teve reuniões com o ministro Blairo Maggi e com o secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki. Dória disse que uma de suas principais atribuições à frente da Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e Cooperativismo é trabalhar para que o Brasil tenha uma agricultura cada vez mais sustentável. (MAPA)

Porto Alegre, 14 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.309

 

  Missão sanitária a caminho

O deputado Alceu Moreira busca junto ao Ministério da Agricultura o agendamento de uma missão governamental a laticínios uruguaios e argentinos. "A ideia é conferir a condição sanitária de produção destes países", disse o parlamentar. Isso porque o Brasil é importador de produtos lácteos destes países. "A qualidade precisa ser igual ou superior à do leite produzido aqui", destacou, afirmando que este é um pleito antigo do setor lácteo brasileiro. Segundo o deputado, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, considerou oportuna a realização de missão sanitária, até mesmo para um intercâmbio de informações. Entretanto, ainda não há data prevista. A expectativa de Moreira é que a missão ocorra ainda neste ano.

Presidente do Sindilat, Alexandre Guerra considerou positivo o pleito. "Podemos analisar a produção e entender a visão que eles têm do leite daqui pra frente", pontua o dirigente, destacando que Uruguai e Argentina sempre foram referência em produção de leite de qualidade. De janeiro a março deste ano, as importações brasileiras de leite cresceram 11%, de 28,8 milhões de quilos no mesmo período de 2015 para 32,2 milhões; e as exportações caíram 23%, de 13,9 milhões de quilos no primeiro trimestre do ano passado para 10,6 milhões neste. (Correio do Povo)
 
 
Tamanho médio das fazendas leiteiras globais pode ser diferente daquilo que imaginamos

Em 2015, havia cerca de 121 milhões de produtores de leite no mundo. Quando você pensa sobre os motivos pelos quais o setor de lácteos e as políticas governamentais estão proximamente relacionadas a resposta é que muitas pessoas estão envolvidas na produção global de leite, disse o diretor gerente da International Farm Comparison Network (IFCN), Torsten Hemme, durante a Conferência de Gestão de Grandes Rebanhos Leiteiros, realizada no começo de maio, próximo a Chicago.

Ainda haverá 121 milhões de produtores de leite nos próximos anos? Os números deverão declinar. "Quando nossos números de produtores declinam, se iniciam alguns processos políticos para a prevenção de perdas. Nós podemos parar essa mudança estrutural? Não, mas o processo político estará lá e cabe a nós orientar os envolvidos o máximo possível", frisou Torsten. 

É interessante notar que, até 2013, o número de fazendas leiteiras estava aumentando lentamente, de forma que tem havido cerca de 1% de aumento nos números de fazendas. Esse é um indicador que mostra novas adições de animais nos rebanhos. 

 

Qual o tamanho médio de uma fazenda leiteira?
O tamanho de uma fazenda é um indicador muito simples, mas significativo. Países com um tamanho médio de rebanho com mais de 100 vacas incluem Estados Unidos, Argentina, Uruguai, África do Sul, Oceania, Arábia Saudita e partes da Europa - especialmente, Reino Unido e República Tcheca. Entretanto, a maioria dos países no mundo não são de grande escala, mas sim, tem rebanhos menores. "O tamanho médio de uma fazenda leiteira mundial atualmente é de cerca de 3 vacas, que produzem aproximadamente 18 quilos de leite. Metade disso, os próprios produtores consomem e a outra metade é vendida. Essa é a realidade", comentou Hemme. 

Ele destacou que 73% das fazendas leiteiras são de pequena escala ou fazendas familiares, que possuem de uma a duas vacas, enquanto cerca de 23% possui de duas a dez vacas. "Cerca de 60% das vacas leiteiras estão em fazendas de pequena escala ou familiares, enquanto cerca de 26% das vacas estão na categoria de fazendas familiares médias, que têm 10 a 100 vacas. Cerca de 15% das vacas estão em fazendas comerciais com mais de 100 vacas", ponderou o diretor. 

De acordo com ele, em alguns países, fazendas com mais de 100 vacas são consideradas "hobby", porém, é importante observar a indústria de lácteos por meio de uma visão global. "No momento, talvez apenas 3% das vacas leiteiras totais estão em rebanhos com mais de 1000 vacas. É interessante notar que nós provavelmente temos 300.000 rebanhos globalmente - com mais de 100 vacas - e grande parte deles estão localizados nos Estados Unidos", finalizou. (As informações são do http://www.thecattlesite.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Kantar WorldPanel: Italac foi uma das marcas que mais ganhou consumidores em 2015
 
Entre 2014 e 2015, as marcas no Brasil que mais ganharam consumidores foram aSeara (3,4 milhões de novos lares), Brilhante (2,8 milhões) e Italac (2,7 milhões), de acordo com dados inéditos da Kantar WorldPanel. 

O estudo Brand Footprint mostra que o crescimento da Seara, da JBS, está relacionada com a busca do consumidor por uma proteína mais barata, ajudado pelo maciço investimento em propaganda. Agora, a marca chega a 32,8 milhões de domicílios.

 

Já a Italac, ainda de acordo com o estudo, beneficiou-se da estratégia de inovação e aumento do portfólio. A empresa mineira de laticínios alcança 33,4 milhões de residências.

E a marca Brilhante, da Unilever, presente em 25,3 milhões de lares, mais barata que alguns de seus concorrentes, cresceu pelo melhor custo/benefício. (As informações são do jornal O Globo)

USDA revisa para cima produção norte-americana de grãos

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) disse nesta terça-feira (12/7) que produtores do país devem colher uma safra recorde de milho. Em seu relatório mensal de oferta e demanda, o USDA estimou a produção em 14,54 bilhões de bushels (369,32 milhões de toneladas), acima da projeção de junho, de 14,43 bilhões de bushels (366,52 milhões de t). Analistas consultados pelo The Wall Street Journal esperavam um número maior, de 14,561 bilhões de bushels (369,85 milhões de t).

Os estoques de milho nos EUA ao fim da atual temporada, em 31 de agosto, devem somar 1,701 bilhão de bushels (43,21 milhões de t), ante projeção de 1,708 bilhão de bushels (43,4 milhões de t) em junho. Os analistas esperavam um aumento para 1,784 bilhão de bushels (45,3 milhões de t). Para o ciclo 2016/2017, o USDA estimou os estoques em 2,081 bilhões de bushels (52,86 milhões de t), abaixo da previsão do mercado, de 2,189 bilhões de bushels (55,6 milhões de t). 

Já a safra de soja foi estimada em 3,880 bilhões de bushels (105,61 milhões de t), acima da previsão de junho, de 3,8 bilhões de bushels (103,43 milhões de t) mas próxima da estimativa de analistas, de 3,876 bilhões de bushels (105,5 milhões de t). O USDA reduziu sua estimativa para as reservas domésticas de soja em 2015/2016, de 370 milhões de bushels (10,07 milhões de t), em junho, para 350 milhões de bushels (9,53 milhões de t). O número ficou próximo da previsão de analistas, de 354 milhões de bushels (9,64 milhões de t).

Para 2016/2017, os estoques finais foram projetados em 290 milhões de bushels (7,89 milhões de t), em linha com a previsão do mercado. Em 30 de junho, o USDA disse que produtores de soja semearam uma área recorde de 83,7 milhões de acres (33,87 milhões de hectares). O número ficou acima dos 82,236 milhões de acres (33,28 milhões de hectares) previstos em 31 de março.

Já a área semeada com milho foi estimada em 94,1 milhões de acres (38,08 milhões de hectares). O número ficou acima dos 87,999 milhões de acres (35,6 milhões de hectares) do ano passado e dos 92,759 milhões de acres (37,54 milhões de hectares) projetados por analistas.

O clima favorável durante a primavera do Hemisfério Norte e a alta dos preços de commodities agrícolas levaram produtores a semear uma área maior este ano. As condições foram amplamente favoráveis durante os estágios iniciais de desenvolvimento e, caso persistam, podem resultar em alta produtividade. No entanto, se o clima ficar mais quente e seco no fim de julho, o rendimento pode ser afetado. "Parece que teremos uma grande safra de milho", disse Don Roose, presidente da corretora U.S. Commodities.

Ele observou, porém, que o clima parece mais ameaçador à medida que julho avança. Os estoques globais de milho em 2016/2017 devem somar 206,9 milhões de toneladas, disse o USDA. Já as reservas mundiais de soja devem cair para 66,31 milhões de toneladas no próximo ciclo, de 72,17 milhões de toneladas projetadas para este ano. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo, resumidas pela Equipe MilkPoint)

 
Importação de lácteos tem ligeiro recuo em junho
Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, as importações brasileiras de lácteos tiveram ligeira redução em junho. O volume totalizou 25,19 mil toneladas no mês. Na comparação com o embarcado em maio deste ano, a queda foi de 2,3%. Para os gastos, a redução no período foi de 0,8%, totalizando US$61,90 milhões. O produto mais importado foi o leite em pó. O país importou 17,35 mil toneladas, num total de US$42,10 milhões no mês de junho. Os maiores fornecedores de produtos lácteos, em valor, foram o Uruguai, com 64,2%, a Argentina com 23,1% e a Nova Zelândia, com 4,0%. Apesar da queda mensal, na comparação com igual período do ano passado, a importação aumentou 59,0% em valor e 101,5% em volume. (Scot Consultoria)
 

Representantes do setor lácteo, coordenadores e professores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da Emater reuniram-se para definir detalhes do 2º Fórum Estadual do Leite – Rumo a Excelência, que ocorrerá no dia 11 outubro, em Santa Maria. O encontro, realizado nesta terça-feira (12/07), na sede da universidade, teve como objetivo discutir a programação, apontando aquelas que deverão ser as bases temáticas abordadas. Também houve encontro com o vice-reitor do USFM, Paulo Bayard Dias Gonçalves, que enalteceu a importância do evento para o desenvolvimento do setor.

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que esteve na reunião, destacou que a primeira edição foi uma experiência positiva, garantindo assim a ampliação das discussões. "O objetivo é avançar com o debate iniciado em Ijuí, em junho deste ano, mantendo profissionais e estudantes informados sobre os principais assuntos que circundam o setor lácteo. Para esse segundo encontro queremos reunir os prefeitos de Santa Maria e da região para instruí-los sobre a importância do processo de inspeção municipal, bem como manter os alunos por dentro das exigências do sistema", afirmou.

A chefe do departamento de tecnologia e ciência dos alimentos da UFSM, Neila Richards, considerou importante a mobilização da universidade e das prefeituras da região no debate. "É um evento importante para que possamos disseminar conhecimento e também discutir soluções para o setor lácteo", afirmou ela. A reunião contou ainda com a participação de professores dos cursos de veterinária, zootecnia, agronomia, engenharia florestal e tecnologia dos alimentos. 

Foto: Júlia Bastiani (Sindilat),Neila Richards (UFSM), Paulo Bayard Dias Gonçalves(UFSM), Enio Giotto (UFSM) e Darlan Palharini (Sindilat). Crédito: Divulgação /Sindilat

 

 

O "Projeto Leite na Escola" chegou nesta quarta-feira (13/07) à Escola Estadual Coelho Neto, no bairro Bom Jesus, em Porto Alegre.  O projeto é desenvolvido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação, através na Câmara Setorial do Leite, e tem o apoio do Sindicato da Indústria de Lacticínio do RS (Sindilat), que  fez a doação de produtos lácteos para o lanche das crianças. Na ocasião houve ainda a distribuição da revista em quadrinhos “Pedrinho & Lis – A origem do leite”. 

 

A iniciativa, que teve a participação de 180 alunos do 1° ao 5° ano da escola, contou ainda com uma apresentação sobre a importância de consumir leite e derivados diariamente. Os alunos também aprenderam sobre como é feita a produção de leite e como o produto chega às famílias. O projeto já atendeu outras 21 escolas e mais de 2.600 alunos no primeiro semestre de 2016. 

 

Na próxima segunda-feira (18/07), vai ser realizado um seminário de avaliação dos resultados do projeto no semestre, às 14h, na Secretaria. 

Porto Alegre, 13 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.308

 

  Reunião debate 2º Fórum Estadual do Leite
 
Representantes do setor lácteo, coordenadores e professores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da Emater reuniram-se para definir detalhes do 2º Fórum Estadual do Leite - Rumo a Excelência, que ocorrerá no dia 11 outubro, em Santa Maria. O encontro, realizado nesta terça-feira (12/07), na sede da universidade, teve como objetivo discutir a programação, apontando aquelas que deverão ser as bases temáticas abordadas. Também houve encontro com o vice-reitor do USFM, Paulo Bayard Dias Gonçalves, que enalteceu a importância do evento para o desenvolvimento do setor. 

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que esteve na reunião, destacou que a primeira edição foi uma experiência positiva, garantindo assim a ampliação das discussões. "O objetivo é avançar com o debate iniciado em Ijuí, em junho deste ano, mantendo profissionais e estudantes informados sobre os principais assuntos que circundam o setor lácteo. Para esse segundo encontro queremos reunir os prefeitos de Santa Maria e da região para instruí-los sobre a importância do processo de inspeção municipal, bem como manter os alunos por dentro das exigências do sistema", afirmou.

A chefe do departamento de tecnologia e ciência dos alimentos da UFSM, Neila Richards, considerou importante a mobilização da universidade e das prefeituras da região no debate. "É um evento importante para que possamos disseminar conhecimento e também discutir soluções para o setor lácteo", afirmou ela. A reunião contou ainda com a participação de professores dos cursos de veterinária, zootecnia, agronomia, engenharia florestal e tecnologia dos alimentos. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Foto: Kalyne Bertolin (UFSM), Júlia Bastiani (Sindilat), Paulo Bayard Dias Gonçalves (UFSM), Darlan Palharini (Sindilat), Neila Richards (UFSM) e Enio Giotto (UFSM) 
Crédito: Divulgação /Sindilat 
 
 
E-book apresenta informações atuais, mitos e verdades sobre a intolerância à lactose
A intolerância à lactose é um tema cada vez mais em evidência, gerando interesse nos consumidores e empresas. Mas afinal, o que realmente é a intolerância à lactose?  A intolerância à lactose é um tipo de sensibilidade alimentar. Pessoas que sofrem de intolerância à lactose não possuem a quantidade da enzima lactase suficiente para decompor a lactose e, assim permitir sua plena utilização pelo organismo. Esta condição causa distúrbios intestinais a quem consome uma quantidade de lactose maior do que aquela que o seu corpo pode digerir e absorver. 

O MilkPoint, em parceria com a DSM, está lançando hoje o e-book "Mitos e verdades sobre a intolerância à lactose", que tem o intuito de apresentar informações atualizadas sobre o tema, bem como estratégias que podem ajudar indivíduos que tenham esta condição a desfrutar dos alimentos lácteos, atendendo, desta forma, às recomendações nutricionais e desfrutando do prazer por eles proporcionados. Além disso, outras dúvidas comuns serão respondidas, como as principais diferenças entre a intolerância à lactose e a alergia ao leite e como se faz o diagnóstico do problema. Acesse AQUI. (Milkpoint)

 
 

Secretaria da Agricultura leva orientações sobre o consumo do leite a estudantes da rede pública da capital

 
Nesta quarta-feira (13) a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação, através na Câmara Setorial do Leite, realizou o "Projeto Leite na Escola" no bairro Bom Jesus. Participaram da ação 180 alunos do 1° ao 5° ano da Escola Estadual Coelho Neto, em iniciativa que contou com uma apresentação sobre a importância de consumir leite e derivados diariamente, abordando desde a origem do leite até como ele chega às mesas das famílias. Na oportunidade, ocorreu a distribuição da revista em quadrinhos "Pedrinho & Lis": A origem do leite", e de produtos lácteos doados pelo SINDILAT para complementar o lanche das crianças.
 
A Escola Coelho Neto foi a última a ser contemplada pelo projeto neste primeiro semestre de 2016, que já atendeu outras 21 escolas e mais de 2.600 alunos. A expectativa agora é desenvolver a atividade em 25 escolas até do final do ano. Para saber mais sobre o Leite na Escola, nesta segunda-feira dia 18/07 às 14h, na sala 51 da SEAPI, será realizado um seminário de avaliação dos resultados do primeiro semestre deste ano. (Fonte: CST/Leite)

 
Leite/EUA

A produção de leite em pó nos Estados Unidos aumentará, significativamente, sua capacidade nos próximos dois anos, apesar do excesso da oferta mundial. De acordo com um novo relatório do CoBank, apesar da queda de 30% nos preços do leite desde 2015, a produção mundial de leite continua a subir, e o excesso de leite acaba em pó. Esses volumes extras, junto com os elevados estoques nos Estados Unidos e Nova Zelândia, têm pressionado para baixo os preços do leite em pó, com poucas esperanças de recuperação antes de 2017.
 
 

"Os exportadores dos Estados Unidos estarão em um ambiente de concorrência acirrada, além de enfrentar o desafio da moeda forte", diz Ben Laine, economista sênior da Divisão de Intercâmbio do CoBank. "A recuperação pode ser lenta com o retorno ao mercado dos estoques da união Europeia". No entanto, diante desse excesso de oferta a preços baixos, novos projetos estão sendo desenvolvidos para adicionar capacidade instalada estimada em 440 milhões de pounds, [200 mil toneladas, ou 193 milhões de litros], por ano às indústrias dos Estados Unidos nos próximos dois anos. "Embora essa expansão possa parecer inoportuna no contexto atual, as perspectivas de longo prazo mostram um quadro muito diferente", explicou Laine. "No longo prazo, os mercados emergentes e uma população mundial crescente irá permitir que o setor lácteo dos Estados Unidos possa se expandir, especialmente, se a indústria de leite em pó se posicionar de forma competitiva". A população mundial deverá crescer em mais um bilhão de pessoas até 2030, sendo que a expectativa desse crescimento ocorra na África e na Ásia - regiões que não possuem áreas particularmente propícias à produção de leite. As condições econômicas dessas regiões, no entanto, favorecerão o consumo de lácteos - uma forma relativamente barata de incorporar proteínas de alta qualidade em suas dietas. A projeção é de que sejam necessários 145 bilhões de pounds, [65 milhões de toneladas, ou 63 bilhões de litros], de leite adicionais para essas regiões até 2020, com aumentos maiores ainda exigidos nos 20 anos subseqüentes, observa o relatório do CoBank.
 

Os produtores norte-americanos reconheceram esta oportunidade e se esforçam para serem os escolhidos para suprir o futuro mercado mundial de leite em pó. De fato, nove indústrias norte-americanas, que representam mais da metade do leite em pó desnatado (SMP) produzido no país, investiram recentemente, ou estão com projetos de investimento na capacidade instalada para aumentar a produção de produtos que atendam as rigorosas especificações de clientes globais, diz o relatório. Para reforçar a competitividade no mercado mundial, as indústrias de leite em pó dos Estados Unidos terão que adaptar e ajustar sua produção para preferências e necessidades globais. Modernização das instalações, tornando-as mais flexíveis e habilitadas a produção de leite em pó desnatado (SMP), leite seco desengordurado e leite em pó integral (WMP). As novas fábricas também precisam aumentar a economia em escala, reduzindo os custos unitários. Além disso, ter capacidade de produzir ingredientes lácteos como lactose, caseína, proteína isolada de leite, proteína concentra entre outros produtos, diversificando e melhorando as margens de lucro. "As indústrias de laticínios precisam estarem aptas a atender às mudanças e dinâmicas dos valores dos componentes e ter capacidade de trabalhar com um mix de produtos mais favorável no momento", observou Laine.

Como se ajustar com a China, o principal importador de WMP?
A demanda da China é significativa, mas esporádica. Continua sendo um importante player no comércio mundial de produtos lácteos, mas também contribui para a volatilidade do mercado. Cerca de três quartos das importações da China procedem da União Europeia, e o restante da Nova Zelândia. As importações chinesas surgiram em 2013 e 2014 e contribuíram para o crescimento dos preços no mundo e nos Estados Unidos. As importações de lácteos pela China depois caíram drasticamente diante da queda do crescimento econômico. O abrandamento da economia interrompe a trajetória crescente das necessidades de lácteos na China, mas, não a ponto de levar a um impasse. A flexibilização da política de filho único que estava em vigor desde 1979 poderá aumentar a demanda por fórmulas infantis em cerca de 15% ao longo dos próximos anos. Além disso, as preocupações acerca da qualidade e segurança da produção chinesa de fórmulas infantis desde o escândalo da contaminação por melamina em 2008 deverá dar suporte às importações. Em resposta à preferência dos consumidores chineses por fórmulas importadas, algumas companhias estão investindo em fazendas e construindo fábricas de laticínios na Nova Zelândia e na Austrália. (The Dairy Site - Tradução livre: Terra Viva)
 

Expectativa de alta do preço do leite pago ao produtor
A produção em queda e a concorrência entre os laticínios devem continuar dando sustentação aos preços do leite pagos ao produtor pelo menos até agosto. Para o pagamento de julho, referente ao leite entregue em junho, 80,0% dos laticínios pesquisados pela Scot Consultoria acreditam em alta dos preços ao produtor e os 20,0% restantes falam em manutenção. Para agosto, diminuiu a quantidade de laticínios apontando para alta nos preços do leite, mas ainda assim, não são esperados recuos em nenhuma região do país, mesmo no Sul. No mercado spot, os preços do leite subiram fortemente nas últimas quinzenas, chegando a R$2,00 por litro em São Paulo. As valorizações corroboram com o cenário de forte concorrência pela matéria-prima. As cotações dos produtos lácteos também subiram no atacado e varejo. (Scot Consultoria)

Porto Alegre, 12 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.307

 

Indústrias de lácteos com inspeção municipal defendem liberação de FGPP

As agroindústrias do setor leiteiro enquadradas no Sistema de Inspeção Municipal (SIM) enfrentam problemas para obter o Financiamento para Garantia de Preço ao Produtor (FGPP), embora a exigência de inspeção federal tenha deixado de existir a partir da safra 2012/2013, quando foi criada a modalidade de financiamento substituindo o então Empréstimos do Governo Federal (EGF). Esta é uma linha de crédito do Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR), cujo objetivo é financiar o carregamento de estoques de produtores rurais e agroindústrias para comercialização futura. 

Segundo o diretor executivo da Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100), Wilson Massote, há cinco anos o setor vem demandando mais crédito no FGPP. Ressalta, no entanto, que não houve sucesso até agora e, inclusive, ocorreu retração no volume liberado. "Se o clima for favorável até o final do ano, teremos leite abundante, mas não teremos condições de estocar todo o produto. Não há sensibilidade do governo, para esta questão. Gostaríamos que isso fosse colocado realmente em pauta", alerta. Outro entrave das pequenas indústrias de laticínios para a obtenção de crédito, são as dívidas junto ao INSS que impedem a emissão de certidão negativa. 

O dirigente do G100 afirma que este problema também não permite a participação de muitas empresas no programa Mais Leite Saudável que ajuda a melhorar a competitividade do setor leiteiro e a renda do produtor. Uma das reivindicações da entidade é a utilização de créditos de PIS/Cofins para liquidação automática de débitos de INSS para as indústrias lácteas. "Se isto não ocorrer, a maioria das micro, pequenas e médias empresas de laticínios não terão acesso ao crédito. É preciso uma solução urgente", alerta Massote. As pautas de reivindicação foram objetos de discussões com o governo, em reunião com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, no dia 21 de junho, em Brasília, e de audiência pública na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, proposta pelo deputado federal Alceu Moreira, (PMDB/RS), na quinta-feira passada, dia 7 de julho. (Jornal do Comércio)

 
 
Setor amplia participação

O Relatório do Comércio Exterior do Agronegócio do Rio Grande do Sul, divulgado ontem pela Assessoria Econômica do Sistema Farsul, apontou um volume comercializado no mês de junho de 2,5 milhões de toneladas, equivalente 1,353 bilhão de dólares. O número, que corresponde a 75% do total de exportações gaúchas, representa um incremento de 10,8% no volume exportado em relação ao mesmo período do ano passado e de 1,65% comparado à maio de 2016. Em maio, o volume de exportações teve um crescimento de 46,6%, confirmando uma tendência de melhora dos negócios a partir do segundo trimestre do ano. De acordo com o documento da Farsul, o resultado positivo no final do primeiro semestre ajudou a amenizar a queda nas vendas, que foram 2,2% menores em relação aos primeiros seis meses de 2015. A China mantém a posição de grande comprador do agronegócio gaúcho, com 36,2% do total comercializado. (Correio do Povo)

O Brasil foi responsável por 60% do faturamento com as exportações de lácteos do Uruguai

O Brasil se transformou no principal destino das exportações de lácteos do Uruguai, representando 60% do faturamento no primeiro semestre do ano, informou a El Observador Mercedes Baraibar, técnica da área de informação econômica e estatísticas do Instituto Nacional de La Leche (Inale). Mesmo sem divulgar a quantidade adquirida pelo Brasil, o valor foi estimado pelo Uruguay XXI em US$ 158 milhões. Brasil e China - apesar do faturamento bem menor que o Brasil - foram destacados no primeiro boletim semestral de monitoramento de mercados que lançou esta semana o Inale. A informação divulgada se concentra nos mercados que são chaves para o Uruguai: Brasil, que importou 60% das divisas obtidas com lácteos; e a China, como mercado potencial no longo prazo, apesar de neste momento não estar tão forte, explicou Baraibar. A análise do Inale considera o comportamento dos mercados nos primeiros quatro meses de 2016 e sua comparação com o mesmo período do ano passado. 

Apesar da situação econômica complicada do Brasil e projeções de retração do consumo em geral - pela inflação e uma economia que crescerá levemente em 2017 - está previsto crescimento considerável das importações. Nestes itens, o Uruguai foi o primeiro ou o segundo fornecedor, dependendo do produto. Por outro lado, a China efetuou compras importantes nos primeiros meses de 2016, mas, a pergunta é se realmente houve recuperação da demanda, ou se está apenas considerando fazer estoques com preços baixos para os próximos meses, ressaltou Baraibar. 

Os Estados Unidos aumenta a oferta a taxas variáveis, mas, abaixo dos preços pagos pelos produtores, esperando que a produção desacelere. Situação idêntica ocorre na União Europeia. Já a Rússia, apesar das dificuldades, é um mercado importante para a manteiga do Uruguai e também tem efetuado compras pontuais de queijo e leite em pó desnatado. Em matéria de perspectivas, nada faz prever alteração na demanda ou retração da produção. Por isso, nada indica quando haverá recuperação dos preços. Mas, todos os analistas dizem que irão melhorar. Alguns opinam que será antes do final de 2016, e outros que será no primeiro semestre do próximo ano. Também é esperada uma desaceleração da produção, embora deva crescer 1,6%, ou a taxas menores. Isto significa um volume extra de leite no mercado, que em alguns lugares como nos Estados Unidos e União Europeia vão crescer nos estoques, dificultando a recuperação de preços, diz Baraibar. (El Observador, Tradução Terra Viva)

Goiás registra queda de mais de 6% na produção de leite no 1º semestre

O criador Gonçalves Costa é produtor de leite em Itaberaí. Foi a primeira vez que antecipou, em um mês e meio, o trato das vacas com silagem e ração. Não chove na região há mais de três meses. O pasto secou bem antes do previsto e para piorar, o milho, importante componente da ração, não rendeu. "De 600 toneladas, colhemos 100 toneladas de material ruim", afirma.

Em maio do ano passado a fazenda produziu 57 mil litros de leite. Em maio deste ano caiu para 41 mil litros, uma redução de 28%. Isso nunca tinha acontecido na fazenda. A fazenda faz parte de uma associação que conta com 60 produtores. Todos estão sofrendo para a alimentar o gado. "Se ele retira ou diminui essa comida, a vaca vai deixar de produzir 30 litros e produzir 20, 22, ou menos. No nosso grupo tivemos uma queda de 30%", comenta Eurípedes Bassamurfo, produtor de leite.

Para a Federação da Agricultura de Goiás, o clima só agravou uma crise que o produtor vem enfrentando nos últimos anos. O número de vacas ordenhadas no estado, caiu 3% em 2015. O produtor estaria descartando animais além do necessário.
"O produtor teve que sacrificar animais para pagar compromissos financeiros lá atrás. Estamos sentindo isso agora. Os preços aumentando, a produção caindo. E não é só Goiás, o Brasil teve uma queda de produção em torno de 8%", declara Edson Novaes, gerente econômico da Faeg. Segundo a Federação da Agricultura de Goiás, a queda da produção no estado nos últimos doze meses ficou em 8,7%, acima da média nacional. (Portal Lacteo)

 
Queijo artesanal em pauta no ministério
O deputado federal Alceu Moreira encaminhou documento ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi, sugerindo que a pasta regulamente a produção de queijo artesanal. A ideia é estipular regras específicas para esta modalidade de produto. Moreira é autor de um projeto de lei que visa regulamentar a atividade. A estimativa é de que 80 mil estabelecimentos possam ser beneficiados, especialmente no Rio Grande do Sul e Minas Gerais. (Correio do Povo)
 
 

 

Porto Alegre, 11 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.306

 

 Rural Show supera expectativas e bate recorde de público em 2016

A oitava edição do Rural Show terminou na tarde deste domingo, dia 10 de julho. O evento, que já é considerado o maior da agricultura familiar do Brasil, novamente superou as expectativas e teve recorde de público, totalizando a participação de cerca de 45 mil pessoas. Durante os quatro dias do Rural Show, o público, que compareceu ao Centro de Eventos de Nova Petrópolis, teve a oportunidade de participar de palestras e dinâmicas, acompanhar encontros e reuniões para troca de experiências.

De acordo com o presidente da Cooperativa Piá, Gilberto Kny, este ano o objetivo do Rural Show foi de multiplicar o máximo de conhecimentos, tecnologias e inovações. "Acima de tudo, com o evento queríamos ampliar as tecnologias em mais áreas da economia do setor da agricultura familiar", relata.

A Emater/RS - Ascar, uma das promotoras do evento, trouxe diversas alternativas e novas tecnologias à exposição. "Nesta edição trouxemos uma pequena mostra do que trabalhamos no dia-a-dia. Para a feira selecionamos tecnologias destinadas ao produtor rural e também mostramos algumas alternativas para aquele público da cidade que tem interesse em inovações ligadas ao setor primário, como é o caso das energias alternativas e da hidroponia", explica o chefe do Escritório Municipal da Emater/RS - Ascar em Nova Petrópolis, Luciano Hamilton Ilha.

O produtor de amora, Edilson Sebastião Ribeiro, de São João do Triunfo, do Paraná, veio à Nova Petrópolis especialmente para o Rural Show em busca de alternativas para a mosca-das-frutas. No espaço da Emater/RS - Ascar ele encontrou soluções e também recebeu orientações quando ao plantio de morango, cultura que está iniciando em sua propriedade. "O Rural Show foi promissor. Não pretendo perder as próximas edições", relata Ribeiro.

A Emater/RS - Ascar participa ativamente desde a primeira edição do Rural Show. Neste ano, a entidade promoveu excursões com o objetivo de aproximar ainda mais o trabalhador do campo. Da área de atuação dos escritórios regionais de Lajeado, Porto Alegre, Passo Fundo, Soledade e Caxias do Sul foram 120 excursões vindas de diversos municípios gaúchos.

A credibilidade que o Rural Show adquiriu se fez notar ao longo dos quatro dias de feira com intensa movimentação de público e também com a presença de autoridades ligadas ao setor.  Para o subsecretário da Agricultura e Pecuária do Estado do Rio Grande do Sul e presidente da Expointer, Sérgio Bandoca Foscarini, o Rural Show é um evento muito importante para o Estado. "Ele fornece uma visibilidade diferente por se tratar de uma feira menor. Tenho certeza que muitas inovações que vi aqui, levarei para a Expointer 2016", salienta.

Além das dinâmicas, a oitava edição do Rural Show contou com a exposição de 180 stands, sendo 45 agroindústrias. No Centro de Eventos foi criado um espaço exclusivo para apresentação e comercialização dos produtos e serviços das pequenas agroindústrias familiares e do artesanato rural do Estado.

Representando os expositores desta edição, o representante técnico de Vendas da Bayer Saúde Animal, Júlio Cesar Martino, agradeceu pela oportunidade e garantiu que o Rural Show é um evento diferenciado e consolidado, que leva informações importantes para o produtor, o que torna ele mais eficiente. "No Rural Show estamos contribuindo não só com a cadeia leiteira, mas também com toda a agricultura. Aqui, fornecemos informações que podem ser utilizadas no dia-a-dia na propriedade. São conhecimentos que fazem diferença nos dias de hoje", completa Martino.

Para o secretário da Agricultura e Pecuária do Estado do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, é importante reconhecer o trabalho que vem sendo feito em Nova Petrópolis. "Estamos num evento de fortalecimento do nosso setor agropecuário. Está no DNA do gaúcho a capacidade de produzir alimentos", frisa.  Na ocasião, o secretário ainda elogiou o trabalho que a Cooperativa Piá vem realizando. "A Piá é uma referência não só para nosso Estado, mas para todo o Brasil, de como o trabalho é feito com seriedade. A Cooperativa busca efetivamente o apoio ao produtor e faz com que o leite seja produzido com a melhor qualidade para disponibilizar ao consumidor", completa.

Neste ano, o Rural Show também recebeu um importante encontro para o segmento do leite, a Reunião Conjunta das Câmaras de Leite da Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB e da Organização das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul - OCERGS. O encontro contou com a participação do presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas.

Kny aprovou a realização do Rural Show 2016. "Nesses quatro dias recebemos agricultores que de 340 municípios, cerca de 5 mil famílias rurais estiveram presentes nesse que é o único evento do agronegócio familiar empreendedor que ocorre no auge do inverno gaúcho".

O Rural Show teve organização da Cooperativa Piá, Emater/RS - Ascar e Prefeitura Municipal de Nova Petrópolis e contou com o apoio de diversos financiadores: Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do Rio Grande do Sul - SDR, Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Rio Grande do Sul - FETAG, Instituto Gaúcho do Leite - IGL, Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul - Sindilat RS, Tetra Pak, SIG Combibloc, Sistemas OCERGS/SESCOOP RS, Badesul, Sicredi Pioneira, HDA Iluminação LED e Milkpoint. (Assessoria de Imprensa Piá)

  
Crédito: Mauro Stoffel                                                                  Crédito: Jéssica Simões
 
Presidente do Sindilat, Alexandre Guerra comenta sobre aumento do leite

O consumidor tem notado que o preço pago pelo litro do leite, se elevou nos últimos dias. De maio para junho, o preço do leite longa vida integral no Estado subiu 14%, de acordo com a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). Para o leite natural tipo C, o aumento foi de 12%. A explicação, segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat) Alexandre Guerra, isso é resultado de inúmeros fatores. Entre eles, a lei da oferta e da procura. 

O Diretor da Cooperativa Santa Clara de Carlos Barbosa, em conversa com a reportagem da Rádio Estação, comentou sobre os fatores que contribuíram para a elevação do produto na gondolas, informando que ocorreu uma queda na produção de leite nos últimos meses, porém, a procura aumentou. Destacando também, que as baixas temperaturas acabaram prejudicando as pastagens. Alexandre reforça, que o consumidor não deve notar redução no preço do produto a curto prazo.  Para ouvir o áudio, CLIQUE AQUI. (Estação FM)

Danone compra grupo americano de alimentos orgânicos por US$ 10,4 bi 

A Danone SA fechou a compra da empresa americana de alimentos orgânicos WhiteWave Foods Co. por US$ 10,4 bilhões. O negócio vai dar à gigante francesa dos lácteos uma fatia do crescente mercado de alimentos orgânicos e mais do que dobrar sua receita na América do Norte. A Danone informou ontem que vai pagar US$ 56,25 em dinheiro por ação da WhiteWave. O negócio ¬ a maior aquisição feita pela empresa nos últimos dez anos ¬ deve impulsionar sua linha de produtos mais sofisticados com marcas que incluem o leite Horizon Organic, o iogurte Wallaby Organic e as saladas embaladas Earthbound Farm, que segundo a WhiteWave são líderes de mercado em suas categorias. O anúncio ocorre quase 18 meses após o diretor¬presidente da Danone, Emmanuel Faber, ter assumido o comando da empresa prometendo levá¬la de volta a um crescimento sustentável, em parte reestruturando seus negócios na China e promovendo ajustes na sua unidade de produtos lácteos frescos. As ações da WhiteWave saltaram 18,6% ontem, para US$ 56,23, na Bolsa de Nova York, praticamente o mesmo valor da oferta apresentada pela 

Danone, já que os investidores apostam que a empresa pode atrair uma proposta mais alta. "Os alimentos embalados estão sob pressão, mas o que eles estão comprando é esse produto alimentício sofisticado", que não está na faixa inferior de preços do mercado, diz Jon Cox, analista da firma europeia de serviços financeiros Kepler Cheuvreux. "Esse mercado está crescendo muito rapidamente na América do Norte e globalmente." É o primeiro negócio de grande porte fechado na Europa desde o referendo de 23 de junho, quando o Reino Unido votou por sair da União Europeia, decisão chamada de Brexit. O resultado da votação desencadeou duas semanas de turbulências no mercado, incluindo uma acentuada depreciação da libra esterlina, que caiu mais de 10% ante o dólar. A iminente saída britânica do bloco está gerando receios de que o apetite por fusões e aquisições diminua no Reino Unido e na Europa e que negócios em andamento possam ser adiados. 

O acordo entre a Danone e a WhiteWave também indica que as multinacionais europeias estão redirecionando o foco de fusões e aquisições para a América do Norte, depois de terem priorizado por muitos anos os voláteis mercados emergentes. "De certa forma, a Brexit reforça a lógica da transação porque ela destaca o valor de grandes negócios em locais estáveis", disse o diretor¬presidente da WhiteWave, Gregg Engles. Nos últimos anos, a empresa americana tem obtido uma das maiores taxas de crescimento no setor, graças à demanda cada vez maior por alimentos saudáveis e orgânicos, a qual vem transformando a indústria alimentícia. Ao contrário do que ocorre em muitas grandes empresas de alimentos, as vendas da maioria dos produtos da WhiteWave crescem na faixa de dois dígitos. No ano passado, a WhiteWave registrou lucro de US$ 168 milhões e receita de US$ 3,9 bilhões. A Danone, cujo portfólio inclui produtos como as marcas de iogurte Activia e Actimel, elevou recentemente suas estimativas para 2016, mas seu desempenho tem sido prejudicado pela desaceleração em mercados emergentes, como Brasil e Rússia. 

A aquisição da WhiteWave fará com que a América do Norte responda por 22% da receita da Danone, ante 12% hoje, dando a ela melhores condições de concorrer com rivais como a suíça Nestlé SA nos EUA. "Isso nos permitirá melhorar o perfil de crescimento da Danone e reforçar nossa solidez através de uma plataforma mais ampla na América do Norte", disse Faber. A WhiteWave surgiu de um desmembramento da Dean Foods, em 2013, e analistas especularam que ela poderia se tornar um alvo para outras empresas de alimentos. Ela também colocou o pé no mercado de fusões e aquisições nos últimos anos, comprando a empresa de alimentos nutricionais Vega e a de lácteos Wallaby Yogurt Co., em 2015. As equipes de gestores da Danone e da WhiteWave se conhecem há 15 anos, disse Faber. Conversas sobre uma possível união ganharam força este ano, quando a Danone definiu um novo comitê executivo e deu sequência à sua reestruturação. A oferta dá à WhiteWave um valor de cerca de US$ 12,5 bilhões, incluindo dívidas e algumas outras obrigações. Os analistas ressaltaram que o preço pago não foi baixo. A Danone está pagando 40 vezes o valor estimado do lucro da WhiteWave em 2017, enquanto as empresas europeias do setor de consumo costumam ser negociadas pela metade desse múltiplo, diz James Edwardes Jones, analista do banco canadense RBC Capital Markets. "É um preço alto, mas obviamente eles estão comprando uma empresa com crescimento muito maior do que o do setor de consumo europeu", diz ele. Os investidores receberam bem a notícia. As ações da Danone subiram cerca de 2% em Paris. A Danone irá financiar a aquisição por meio de dívida e espera ampliar seu lucro operacional em US$ 300 milhões até 2020. Ela registrou lucro operacional de 2,21 bilhões de euros (US$ 2,45 bilhões) no ano passado. (Valor Econômico)

"Plano A é controle de despesas, B é privatização e C é imposto"

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, propôs como meta para as contas do governo federal em 2017 um déficit máximo de R$ 139 bilhões, sem contar os gastos com juros. Para atingir a meta, suas estratégias incluem de privatizações ao aumento do tributo sobre a gasolina (Cide), do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e do PIS-Cofins, que abrange, por exemplo, alimentos como o salmão, um "item de luxo". A seguir, trechos da entrevista concedida à Agência Estado.

A meta fiscal menor acabou surpreendendo?
A medida mais importante foi a redução das despesas. Caso as despesas continuassem com o ritmo dos últimos 16 anos, teríamos déficit de R$ 274 bilhões. Para chegarmos ao déficit de R$ 139 bilhões, consideramos R$ 80 bilhões de cortes. Essa foi a grande alteração.

De onde virá esse corte?
Eles dependem da aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que cria um teto para o gasto público. Teremos um limitador importante para saúde e educação, que passam a crescer no mesmo ritmo do teto. Caso se considere que existe possibilidade de a PEC não ser aprovada, aí a correção terá de ser nos demais gastos não previdenciários. Não é um corte de R$ 80 bilhões em cima de um patamar atual. Existe, sim, uma limitação de crescimento, que é de R$ 80 bilhões. É o que seria se as despesas crescessem no ritmo real de 6% acima da inflação.

A PEC garante esse corte?
Garante. Só o controle de despesa levaria a déficit de R$ 194 bilhões. Com a recuperação das receitas, cai para R$ 139 bilhões.

Como será essa recuperação de receitas? Com alta da Cide?
Nos últimos anos, as receitas tributárias têm caído sistematicamente como proporção do PIB. No momento em que há uma recuperação, a curva da confiança reage - o que já está acontecendo. Nossa expectativa é de que isso, no devido tempo, comece a se refletir na arrecadação tributária e portanto haja, em 2017, uma recuperação.

Mas não suficiente...
Teremos privatizações, concessões, outorgas, etc. Elas virão de qualquer maneira. Como virá de qualquer maneira a recuperação da receita. Se chegarmos a 31 de agosto com a conclusão de que há risco de a meta não ser cumprida, podemos ter aumento de impostos.

As privatizações são uma rede de segurança?
Isso. Tem uma segunda rede, que é aumento de imposto. Inclusive alguns de trâmite mais rápido, como a Cide. Ou alguns que dependam do Congresso, como o PIS-Cofins.

O PIS-Cofins seria um aumento para setores específicos?
Existem estudos para setores específicos. Por exemplo, produtos de luxo que estão incluídos na cesta básica, como o salmão.

A discussão é se o salmão é básico ou luxo?
Não é básico. Outro peixe não serve? Digamos, um robalo? É um exemplo de pequeno montante, mas que pode ser aplicado.

O Brasil terá uma nova onda de privatizações?
Sim. É a nossa opinião. Vai muito além do que estamos calculando como meta primária. A geração de receitas para União e Estados é um efeito secundário. Mais importante é aumentar o potencial de crescimento da economia.

O crescimento vem mais rápido do que se está esperando?
É possível, sim. Por isso, estou dizendo que é necessário dar confiança de que a meta será cumprida. E será. Por isso que não temos apenas o plano A, que seria o controle das despesas e o aumento da arrecadação. Além disso, tem as privatizações, que são o plano B, e o plano C, que são os tributos.

A reforma da Previdência está nessa conta?
Vamos por partes. Não está para 2017. Para 2019, também não.

Como o impeachment afeta a sua estratégia?
Não estamos levando em conta esse ponto. No entanto, caso haja recuperação maior da confiança, na hipótese de ser concluído o processo, teremos recuperação maior ainda do que estamos prevendo. (Zero Hora)

 
PIS/Cofins 
A Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios (G100), divulga as empresas que tiveram os projetos de investimentos de suas associadas aprovados pela antiga Secretaria do Produtor Rural e Cooperativismo do Mapa, e atual Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo do Mapa, para aquisição de créditos presumidos da contribuição PIS/Pasep e da Cofins da aplicação no Programa Mais Leite Saudável. Desde março de 2016 o Diário Oficial da União (DOU) publica as decisões, e as empresas devem ficar atentas aos prazos de vigência dos referidos projetos, muitos dos quais encerram-se em dezembro de 2016. Link para consulta. (G100/DOU)

 

O Sindicato da Indústria de Laticínio do RS participou da 8º edição do Rural Show 2016, no Centro de Eventos, em Nova Petrópolis. O evento é a maior feira de agricultura familiar do país, e apresenta, durante quatro dias, uma programação cheia de novidades. Nesta edição, o evento vai difundir e multiplicar inovações e tecnologias aos pequenos e médios produtores, especialmente para aquele que atua nas áreas de gado de leite, horticultura e fruticultura.

No Rural Show também são realizadas exposições, palestras, debates sobre temas ligados ao campo, reuniões entre entidades do setor, concurso de novilhas das raças Jersey e Holandesa, apresentações de Border Collie no pastoreio das ovelhas e shows musicais. Com um espaço exclusivo no Centro de Eventos, a comercialização de produtos e serviços das pequenas agroindústrias familiares e do artesanato rural do Estado estarão disponíveis.

Promovido pela Cooperativa Piá, Prefeitura Municipal de Nova Petrópolis e Emater-RS/Ascar, com apoio do Milkpoint, o Rural Show é considerado o maior evento da agricultura familiar do Brasil e será realizado até dia 10 de julho. Em sua última edição, em 2014, reuniu 55 mil pessoas, e neste ano, terá a participação de 44 agroindústria e de excursões de 340 municípios gaúchos. A expectativa dos promotores é, este ano, chegar a mais de 60 mil visitantes durante os quatro dias.

Porto Alegre, 08 de julho de 2016                                                Ano 10- N° 2.305

 

 Sindilat participa de Rural Show em Nova Petrópolis 
 

 
O Sindicato da Indústria de Laticínio do RS participou hoje, dia 07, a 8º edição do Rural Show 2016, no Centro de Eventos, em Nova Petrópolis. O evento é a maior feira de agricultura familiar do país, e apresenta, durante quatro dias, uma programação cheia de novidades. Nesta edição, o evento vai difundir e multiplicar inovações e tecnologias aos pequenos e médios produtores, especialmente para aquele que atua nas áreas de gado de leite, horticultura e fruticultura.

No Rural Show também serão realizadas exposições, palestras, debates sobre temas ligados ao campo, reuniões entre entidades do setor, concurso de novilhas das raças Jersey e Holandesa, apresentações de Border Collie no pastoreio das ovelhas e shows musicais. Com um espaço exclusivo no Centro de Eventos, a comercialização de produtos e serviços das pequenas agroindústrias familiares e do artesanato rural do Estado estarão disponíveis. 

Promovido pela Cooperativa Piá, Prefeitura Municipal de Nova Petrópolis e Emater-RS/Ascar, com apoio do Milkpoint, o Rural Show é considerado o maior evento da agricultura familiar do Brasil. Em sua última edição, em 2014, reuniu 55 mil pessoas, e neste ano, terá a participação de 44 agroindústria e de excursões de 340 municípios gaúchos. A expectativa dos promotores é, este ano, chegar a mais de 60 mil visitantes durante os quatro dias. (Assessoria de Impressa Sindilat)

 
 
Tecnologia alemã no leite


 

Testado no campo pela Cooperativa Piá, um sistema alemão de coleta automatizada de leite é uma das principais atrações do Rural Show 2016, iniciado ontem em Nova Petrópolis. O equipamento, acoplado entre a cabine e o tanque do caminhão, faz a captação do produto, das amostras individuais e, ainda, registra as informações de origem. A tecnologia é capaz de coletar 72 amostras e também reconhecer o produtor por GPS.

- O sistema informatizado pode ser um ponto de partida para modernizarmos o processo de coleta atual - explica Gilberto Kny, presidente da Cooperativa Piá, organizadora do evento ao lado da Emater e da prefeitura de Nova Petrópolis. O equipamento, importado da Alemanha por 50 mil euros, gerencia também a distribuição do leite nos compartimentos do veículo. No final do processo na propriedade, emite um ticket com as informações da coleta.

Até domingo, mais de 60 mil pessoas deverão visitar o Rural Show, feira voltada à agricultura familiar e ao cooperativismo. Com 180 expositores, dos quais 45 agroindústrias, a feira tem também exposição de máquinas agrícolas e de bovinos de leite das raças holandesa e jersey. - O evento é um espaço para integrar organizações e apresentar novas tecnologias para os produtores aumentarem a eficiência das propriedades - resume Kny. (Zero Hora)

Símbolo da classe C, iogurte perde espaço na cesta de compras 

O alongamento da crise econômica no país levou consumidores a cortar o consumo de iogurtes ¬ produto considerado símbolo do aumento do poder de compra da população. De acordo com a consultoria Kantar Worldpanel, o mercado de iogurtes encolheu 5,7% em volume de vendas no ano passado e segue no mesmo ritmo este ano. As categorias grego e iogurte líquido (para beber) são exceções, com crescimentos de 3,7% e 2,7%, respectivamente. No segmento de valor agregado alto, o consumo de linhas light recuou 14,8% em 2015. As versões com polpa de fruta também apresentaram queda de 15,5%. Os rótulos funcionais sofreram redução maior: de 21,2%. "Antes os consumidores ainda mantinham o consumo de produtos premium. Agora cortam também essas linhas. 

De modo geral, os brasileiros começam a abrir mão das suas conquistas de consumo", disse Christine Pereira, diretora da Kantar, acrescentando que esse movimento também acontece em outras categorias de produtos. A francesa Danone ¬ dona das marcas Activia, Danone e Paulista ¬ lidera o mercado brasileiro de iogurtes, com 37,3% de participação, de acordo com a Euromonitor International. No primeiro trimestre deste ano, a Danone informou em seu balanço que seu desempenho no Brasil foi prejudicado pela rápida desvalorização do real em relação ao euro e pelo ambiente de instabilidade no país. A companhia também afirmou que, apesar do resultado negativo em iogurtes, houve crescimento de dois dígitos nas vendas na área de nutrição para bebês e no segmento de nutrição médica. Globalmente, as vendas da empresa caíram 3% de janeiro a março, para € 5,3 bilhões. 

O fato de a Danone ter comprado ontem a americana WhiteWave Foods, que fabrica alimentos e bebidas orgânicas, mostra que a gigante francesa está apostando em um novo setor para voltar a crescer. (Ver reportagem na página B8) No Brasil, as companhias tentam se adaptar ao novo momento do consumidor, reforçando linhas que ainda avançam, como a do iogurte grego, e colocando no mercado embalagens econômicas. O Grupo Lactalis, dono da marca Batavo e de uma participação de 5,1% no mercado, lançou uma versão maior, de 500 gramas, para seu iogurte grego. "Com uma embalagem mais econômica, a companhia oferece a possibilidade de consumir o iogurte grego com melhor relação custo benefício em relação às embalagens individuais [de 120 gramas]", disse Guilherme Portella, diretor de relações institucionais do Grupo Lactalis do Brasil. 

Em reação, companhias reforçam linhas que ainda crescem, como a do iogurte grego, e lançam embalagens econômicas No primeiro semestre, a Lactalis também lançou embalagens "tamanho família" para suas linhas de iogurtes líquidos e light. No segundo semestre, a companhia reformula as embalagens de petit suisse. A companhia não divulga dados sobre seu desempenho no Brasil. Portella disse apenas que o mercado nacional de iogurtes tem se mostrado "desafiador, mas o desempenho positivo em algumas categorias, como iogurtes gregos e sobremesas lácteas, tem ajudado a equilibrar a performance". 

A Vigor, do grupo JBS, também aposta no iogurte grego e no aumento da distribuição de seus produtos para crescer no país. Anne Napoli, diretora de marketing da Vigor, disse que as vendas da companhia cresceram 5,3% no período de janeiro a maio, enquanto o mercado como um todo encolheu 5% no mesmo intervalo. A Vigor é a sexta maior marca do setor, com 1,6% de participação. "É uma combinação de fatores. A companhia expande as vendas em várias regiões, antes atuava muito concentrada em São Paulo. Outro ponto é a inovação, com a introdução de linhas de iogurte grego, produtos infantis e embalagens econômicas, que ajudam na composição do crescimento", afirmou Anne. Há duas semanas, a Vigor inaugurou uma fábrica em Barra do Piraí (RJ), fruto de investimento de R$ 130 milhões, para produção de iogurtes, leite longa vida e itens para cadeias de restaurantes. A unidade vai atender o Rio de Janeiro, Minas Gerais e o Espírito Santo. Anne disse ainda que a Vigor pretende colocar novas linhas de produtos no varejo neste semestre. A Nestlé, segunda colocada no mercado de iogurtes, com 20,8% de participação, informou que investiu em lançamentos, com as linhas de iogurtes sem lactose para o público infantil e adulto, iogurte grego em versões light e um petit suisse com sabor de leite. Dona de marcas como Chamyto, Molico e Ninho, a Nestlé informou que segue com crescimento nas vendas das principais categorias do mercado, mas não citou números. 

A companhia também observou que o foco da área de publicidade estará nas linhas de iogurte grego. Apesar da redução nas vendas em volume, o mercado brasileiro de iogurte ainda registrou aumento de receita no ano passado. De acordo com dados da Euromonitor International, a alta em valor foi de 7,8% em 2015, totalizando R$ 14,64 bilhões. Para o período de 2015 a 2020, a Euromonitor estima que esse mercado crescerá, em média, 4,2% ao ano em receita, chegando ao fim do período a R$ 17,95 bilhões. O cenário difícil não tem impedido companhias de outros segmentos de investir nesse mercado. A Coca¬Cola anunciou a compra, em dezembro, da fabricante mineira de lácteos Verde Campo. No mesmo mês, a General Mills adquiriu a fabricante de iogurte paranaense Carolina. (Valor Econômico)
 

Safra menor no brasil
A redução de 8,4% na safra brasileira de grãos no ciclo 2015/2016, segundo o IBGE, deve-se à falta de chuva no Centro-Oeste e nos Estados que formam o Matopiba - resultado do fenômeno El Niño. O clima no cerrado prejudicou em maior proporção as lavouras de milho, especialmente a safrinha - plantada após a colheita da soja.
No Rio Grande do Sul, o efeito do fenômeno foi o contrário: excesso de chuva. Embora tenha causado perdas na lavoura de arroz, o clima afetou menos a safra gaúcha, na comparação com a nacional. Exceto o arroz, todas as culturas tiveram aumento de produtividade. (Zero Hora)