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Porto Alegre, 17 de outubro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.604

 

Leilão GDT tem segunda menor média mensal dos últimos 12 meses

No leilão da plataforma GDT (Global Dairy Trade) realizado nesta terça-feira (17/10), os preços internacionais dos lácteos estenderam suas quedas pelo segundo leilão consecutivo, fechando em US$ 3.204/tonelada. Em outubro, a média mensal de US$ 3.214/tonelada foi o segundo menor valor dos últimos 12 meses; quase 4% abaixo da média de setembro. Novamente com um alto interesse de participação, o leilão negociou 35.669 toneladas de produtos, ficando atrás apenas do leilão da quinzena passada em todo o ano de 2017.  Quanto aos produtos, o destaque positivo vai apenas ao AMF (Gordura Láctea Anidra). A gordura fechou em US$ 6.841/tonelada, com valorização de 5,2% neste leilão, mantendo-se em patamar historicamente elevado. Todos os outros produtos seguiram tendência de desvalorização. Neste contexto, destaque para a caseína, que amargou a maior queda relativa (8,6%), ficando em US$ 5.612/tonelada e para o leite em pó desnatado, que voltou a cair de forma acentuada, fechando em US$ 1.797/tonelada neste leilão (-5,6%).  Por sua vez, o leite em pó integral permaneceu praticamente estável, com retração de apenas 0,5% neste leilão, fechando em US$ 3014/tonelada. Dessa forma, o descolamento entre os leites em pó se acentuou novamente, chegando em US$ 1.217/tonelada, o terceiro maior valor da série histórica. (MilkPoint/GDT)

 

Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 17 de Outubro de 2017 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Setembro de 2017 e a projeção dos valores de referência para o mês de Outubro 2017, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Outubro de 2017 é de R$ 2,1434/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

Conseleite/MS

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 10 de outubro de 2017, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de setembro de 2017 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de outubro de 2017. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)

 

Cooperativa prepara "terreno" para se consolidar no mercado chinês

Um número limitado de organizações possui habilitação para exportar produtos e serviços para todos os continentes. Além de qualidade e produção em escala, é preciso manter contatos estratégicos e buscar novas alianças para seguir competitivo. Para sobreviver é preciso crescer, essa é a lei do mercado. A produção de alimentos, que é uma demanda prioritária na humanidade, oferece diferentes possibilidades de negócio. Em função da densidade demográfica e poder de consumo, o continente asiático vem chamando a atenção das empresas brasileiras, na medida em que os clientes habituais já estão fidelizados. E quem está visualizando a expansão da marca no oriente é a Cooperativa Languiru. Entre os dias 18 e 28 de agosto, o vice-presidente Renato Kreimeier esteve na China. O objetivo da viagem foi retribuir visita do presidente da empresa Huang Shang Huang Food Group (HSH Group), Chu Jiangeng, que conheceu a Languiru no final do primeiro semestre. Outro objetivo da missão foi encaminhar credenciamento para exportar produtos da cooperativa e conferir in loco a demanda de carnes de aves e de suínos.

Impressão positiva
Depois de passar por Hong Kong, a agenda iniciou na província de Jiangxi, no Sul da China. A primeira reunião ocorreu na sede do HSH Group e foi acompanhada tanto por diretores do grupo chinês como por generais responsáveis pela moeda chinesa e parcerias com empresas. No encontro, Jiangeng compartilhou as impressões que teve quando da visita à cooperativa. Reiterou que conhece muitas culturas e, em virtude disso, enalteceu o profissionalismo das estruturas produtiva e administrativa da Languiru. Classificou o modelo de integração de aves e de suínos como "excelente", assim como ressaltou a diversificação de renda da pequena propriedade rural. Revelou que visitou propriedades de associados da cooperativa e ficou impressionado com o "capricho" nas casas e compromisso do produtor rural com a eficiência. "A cooperativa é uma organização de nível mundial que funciona e inclui as pessoas", empolgou-se. Jiangeng também destacou a qualidade dos produtos do Frigoríficos de Aves da Languiru, em Westfália, e do Frigorífico de Suínos, em Poço das Antas. O presidente do HSH Group ainda revelou a intenção de trazer o governador da província de Jiangxi para conhecer a área de atuação da Languiru. Kreimeier fez apontamentos sobre a cadeia produtiva da cooperativa e apresentou o vídeo institucional em inglês. Da mesma forma, conheceu um pouco mais sobre o trabalho do grupo chinês, que abate frangos e patos, comercializando os produtos em três mil pontos de venda próprios e franqueados. A programação seguiu com visitação às plantas que industrializam produtos de frangos e patos. Kreimeier relatou que chama a atenção a industrialização e valorização de peças "atípicas" para nós brasileiros, como cabeça, pescoço, miúdos e pés.

Gastronomia peculiar
Esqueça aquele feijão com arroz, uma massa com molho ou até mesmo um suculento churrasco. Herança de fatos históricos enraizados na cultura, a gastronomia chinesa se caracteriza por oferecer pratos exóticos e temperos picantes. Kreimeier observou que os chineses preferem comidas "diferentes" aos nossos olhos ocidentais, como cabeça, pescoço, miúdos e pé de frango. O mesmo vale para a carne de suínos. "O pé de frango é considerado uma iguaria na culinária chinesa, sendo preparado de diferentes formas e consumido por todas as classes sociais. Enquanto nós valorizamos carnes nobres de gado, suínos e aves, os chineses valorizam o pé de frango", explica. Outro fator muito presente na culinária chinesa é o consumo de chás e o uso de temperos mais fortes, como a pimenta, por exemplo. A água é servida morna, tanto no almoço como na janta.

Aspectos culturais
Kreimeier observou que os chineses valorizam muito o conhecimento, tanto que o governo continua investindo "pesado" na melhoria da infraestrutura das instituições de ensino, e o aprendizado é gratuito em todos os níveis. O vice-presidente se impressionou com o perfeccionismo da cultura chinesa, aproveitando cada detalhe em qualquer que seja o procedimento. "Eles valorizam o simples", acrescentou. Ele comentou que a excessiva poluição causada pelos automóveis tem preocupado a China, na medida que o governo tem incentivado o uso da energia solar e biocombustíveis. Inclusive, uma expressiva parcela dos veículos já é elétrica e usufrui de pontos de recarga de bateria nas cidades. Kreimeier contou que os prédios são construídos a partir de pré-moldados e o bambu é muito utilizado para montar andaimes. Outro fato curioso refere-se às "agrovilas", conjuntos habitacionais organizados pelo governo com o propósito de reunir agricultores para produzir alimentos como, por exemplo, o arroz. Os camponeses acabam ficando alojados em prédios de até cinco andares. O governo é sócio das empresas chinesas, a administração é comunista e a economia capitalista. "Os chineses são atentos ao mercado, especialmente com variações da moeda", complementou.

Mercado promissor na Ásia
A Ásia concentra três países que possuem um terço da população mundial: China, Índia e Indonésia. Kreimeier relatou que os chineses desejam fortalecer a parceira com o Brasil na compra de alimentos. Mesmo com a economia crescendo 7% ao ano, o gigante asiático ainda não consegue produzir em escala para alimentar cerca 1,5 bilhão de habitantes. "É um mercado promissor, uma vez que a produção brasileira de alimentos é vista como de qualidade. Eles admiram o nosso país", afirmou. Kreimeier salienta que esse contato com outras nacionalidades é essencial para entender os anseios e necessidades de novos clientes. Endossa que a cooperativa tem capacidade para atender os mais exigentes mercados e vislumbra a possibilidade de fomentar negócios com o mercado asiático. "Temos potencial para sermos referência no fornecimento de carnes de aves e suínos. Eles têm ciência da nossa capacidade produtiva e atendimento às demandas. Nesse sentido, é muito importante fortalecer contatos com pessoas que já conhecem a Languiru", sintetizou. Ele acredita que as plantas industriais da cooperativa usufruem de tecnologia capaz de produzir alimentos que agradem o paladar dos chineses. A partir do credenciamento no mercado chinês, destaca que a cooperativa poderá agregar valor ao seu portfólio, uma vez que os asiáticos confiam na Languiru. "Eles enxergam que lugares onde há predominância da cultura germânica a qualidade dos produtos é superior", complementou. (Assessoria de Imprensa Languiru)

Saldo do Fundesa se aproxima de R$ 75 milhões
Os conselheiros do Fundesa aprovaram, na tarde desta segunda-feira, a prestação de contas referente ao terceiro trimestre de 2017. O saldo do fundo superou R$ 74,3 milhões. As receitas no período alcançaram R$ 11,5 milhões, considerando as contribuições e o rendimento financeiro. Conforme o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, a redução da Taxa Selic provocou uma diminuição na receita das aplicações em mais de R$ 300 mil, comparativamente ao rendimento do primeiro trimestre. Já os investimentos superaram os R$ 5 milhões e incluem aportes de recursos para capacitação e aquisição de insumos para o Serviço Veterinário Oficial e indenização de produtores, especialmente da cadeia da pecuária leiteira. "Esse aumento do pagamento de indenizações representa um avanço em direção à redução de doenças como tuberculose e brucelose no rebanho leiteiro do estado", afirma o presidente do Fundesa. Desde a criação do fundo até o final de setembro, foram pagas indenizações sobre mais de 11 mil animais, com valor de R$ 11,1 milhões. Todos as informações, incluindo as atas de assembleia e os demonstrativos dos trimestres e exercícios anteriores ficam disponíveis no site do Fundesa (www.fundesa.com.br). (Fundesa)

 
 

Porto Alegre, 16 de outubro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.603

 

Alexandre Guerra palestra na 91ª Expofeira de Pelotas 
 
O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, destacou, durante a 91ª Expofeira de Pelotas, a importância de se construir um mercado competitivo no setor, a fim de buscar a ampliação da produção no Estado. "Precisamos nos transformar em um país exportador". O assunto foi debatido na quinta-feira (12/10), durante a palestra Panorama Lácteo e Perspectivas da Indústria. Na ocasião, Guerra tratou sobre o mercado de importação e exportação do leite. Durante a palestra, também fez comparações entre a produção por animal no Uruguai e no Brasil.
 
Guerra aproveitou a oportunidade para tratar sobre o anúncio feito pelo Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, na última terça-feira (10/10), em Brasília (DF), que suspende a importação de leite do Uruguai até que o país comprove a rastreabilidade das cargas que chegam ao Brasil. Na data, o presidente representou as indústrias gaúchas em reunião e alertou sobre a concorrência desleal no mercado que o setor tem enfrentado. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Crédito: Ayrton Seyffert

O despertar da indústria de lácteos na América Latina

De acordo com o Banco Mundial, o Produto Interno Bruto (PIB) dos países latino-americanos atingiu uma média de crescimento constante ao longo de vários anos. Embora em 2016 a situação tenha sido particularmente difícil devido aos baixos preços dos produtos agrícolas e à situação política, as previsões para os próximos anos são positivas.

Em 2017, a produção de leite no Brasil cresceu 3,6%, no Chile cresceu 9,6% e no Uruguai, 8,3%. Inclusive na Argentina, um país particularmente afetado pelos problemas em 2016, a produção atingiu o nível dos anos anteriores. As boas condições climáticas, os alimentos concentrados mais baratos e a baixa inflação permitiram que a produção aumentasse. A diversificação dos sistemas de produção nos diversos países da região, que inclui formas extensivas e intensivas e a riqueza de recursos naturais, podem permitir que o leite seja produzido a um custo menor do que em outros países.

Para as empresas de processamento, houve um importante processo de consolidação nos últimos tempos. Alguns exemplos são a compra de 90% do grupo brasileiro, Vigor pela mexicana Lala. A chilena Watts adquiriu a unidade local da Danone, atingindo uma participação de mercado de 14% e a SanCor da Argentina que processava até quase 15% do leite do país, anunciou que queria vender a maior parte do capital para formar uma aliança estratégica com uma empresa mais firme.

A nível de consumo, a crescente urbanização, como demonstrado pelas megalópolis de São Paulo, Cidade do México, Rio de Janeiro ou Buenos Aires, gera uma maior demanda de proteína animal, o que, por sua vez, implica uma demanda por leite e produtos lácteos. No entanto, muito depende da demanda no Brasil, e a diminuição de 25% das importações, causa consequências negativas nos países fornecedores, como Uruguai e Argentina.

Os acordos econômicos na região devem ser considerados: o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) em questão poderia levar os países do Mercosul a se converterem nos principais fornecedores do México, um país fortemente dependente das importações de leite proveniente de Estados Unidos. Além disso, a eliminação de cotas de importação no Brasil para o leite em pó da Argentina também teria um grande impacto.

Portanto, trata-se de um setor em evolução e de alto potencial para ser cuidadosamente considerado para o mercado global do leite. Por outro lado, não é por acaso que as maiores empresas leiteiras do mundo estão presentes na América Latina. (As informações são do Observatório de Cadeia Láctea Argentina (OCLA), traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Perspectivas do mercado lácteo - Europa - Relatório 41/2017

Leite/Europa - No início desta semana, muitos na indústria global de laticínios se esforçaram para avaliar o impacto potencial dos comentários do Comissário da Agricultura da União Europeia, sugerindo uma nova abordagem de intervenção. Observando a necessidade de limpar os aproximadamente 380,000 MT de leite em pó desnatado em armazenamento público e procurar limitar novos volumes que de outra forma possam entrar na intervenção quando a próxima janela for aberta em 1º de março, algumas medidas foram sugeridas. O comissário sugeriu o fim do limite do limite máximo do preço fixo de compra  de para o leite em pó desnatado proposto e mudá-lo para 0. Ele também propôs que o concurso fosse iniciado imediatamente para permitir a consideração nos próximos meses a respeito de quais os volumes devem participar das intervenções que acontecerão a partir de 1º de março. Essa proposta e quaisquer mudanças exigiriam a aprovação do Conselho Europeu.

Antes da consideração do conselho, as negociações serão conduzidas em breve no Comitê Especial de Agricultura. Não foram feitas novas sugestões quanto à eliminação de estoques já em intervenção. Houve um consenso geral na reunião da semana passada da Direção Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Comissão Europeia de que a perspectiva de curto prazo para os mercados de produtos lácteos da UE é melhor do que este mesmo momento no ano passado. Os preços do leite são relativamente estáveis nos países da UE em níveis que ajudam a estimular a produção de leite. As projeções anuais mostra, que a produção de leite aumentará 0,7% em 2017 em comparação com 2016.

A produção de queijo na UE é ajudada pela forte demanda de exportação e bem como pelo uso industrial na UE. A produção de queijo deverá aumentar 2.0% em 2017. As expectativas são de que o crescimento da produção de queijo em 2018 também permanecerá próximo de 2.0%, assumindo que o crescimento esperado das exportações do Japão e da Coréia do Sul continue. A comissão da União Europeia espera que a produção de manteiga em 2017 seja cerca de 3% menor do que a de 2016, com as exportações abaixo de 10%. A expectativa é que as exportações de leite em pó desnatado sejam fortes no saldo de 2017, bem como em 2018. Caso isso ocorra e a produção de leite em pó desnatado de 2018 aumente, alguns participantes sugerem que cerca de 150 mil MT de leite em pó desnatado poderiam ser liberados da intervenção em 2018 . Mais ações oficiais seriam necessárias antes que isso aconteça. Os esforços da UE para alcançar ou atualizar acordos de exportação de lácteos com outros países tornaram-se uma prioridade muito alta.

O recente compromisso renovado da UE com a expansão das exportações de produtos lácteos, apresentado no final de setembro e denominado Estratégia "Comércio ou Todos" foi explicado em uma reunião dos líderes da indústria de laticínios da UE. Observando a finalização do acordo comercial UE-Canadá, e o acordo comercial do Japão sendo praticamente confirmado, expressou-se satisfação quanto ao progresso nas negociações com Cingapura e Vietnã. As importações de queijo da Argélia de janeiro a agosto, 15.261 MT, diminuíram 40,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com a Eucolait. O intervalo de variações percentuais mensais nos volumes acumulados de importação varia de -46,9 % em fevereiro, para -28,5%  em abril. Os volumes de importação origens primárias são mostrados na tabela a seguir:

 

Europa Oriental
Os meses de janeiro a julho registraram algumas mudanças nas importações para a Bielorrússia,
em comparação com o mesmo período do ano passado. As importações de leite a granel eram -93,8% ; o queijo caiu 15,7% ; e o soro de leite em pó estava baixo 40,7% menor de acordo com o CLAL. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 


 

Comitê de rotulagem de alimentos se reúne no Paraguai
Rotulagem de alimentos - O Codex Alimentarius se reunirá nesta semana, entre os dias 16 a 20, em Assunção, no Paraguai, com o Comitê de Rotulagem de Alimentos (órgão subsidiário) para tratar de rotulagem de alimentos. São esperados representantes de 187 países membros. O presidente do Codex Alimentarius, Guilherme Costa, explica que "o Comitê de Rotulagem lida com algo muito prático, que é a informação direta ao consumidor e, também, com a autoridade sanitária dos países que participam do comércio internacional." Essa informação deve ser clara, objetiva e compreensível para o consumidor e trazer a verdade científica do produto, observou. De acordo com Costa, o Canadá normalmente hospeda as reuniões desse comitê, mas uma das estratégias da nova direção do Codex Alimentarius, é a maior inserção de países em desenvolvimento no organismo. "Também é objetivo nosso torná-lo mais conhecido, difundindo a sua importância e fazer com que alcance do tomador de decisões até o consumidor", afirmou. O Codex Alimentarius é reconhecido pela Organização Mundial do Comércio como referência internacional para a solução de disputas sobre segurança alimentar e proteção do consumidor. A organização, criada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Combate à Fome (FAO) elabora padrões que são reconhecidos internacionalmente, códigos de conduta, orientações e outras recomendações relativas a alimentos, produção de alimentos e segurança alimentar.( Mapa)

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, destacou, durante a 91ª Expofeira de Pelotas, a importância de se construir um mercado competitivo no setor, a fim de buscar a ampliação da produção no Estado. "Precisamos nos transformar em um país exportador". O assunto foi debatido na quinta-feira (12/10), durante a palestra Panorama Lácteo e Perspectivas da Indústria. Na ocasião, Guerra tratou sobre o mercado de importação e exportação do leite. Durante a palestra, também fez comparações entre a produção por animal no Uruguai e no Brasil.

Guerra aproveitou a oportunidade para tratar sobre o anúncio feito pelo Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, na última terça-feira (10/10), em Brasília (DF), que suspende a importação de leite do Uruguai até que o país comprove a rastreabilidade das cargas que chegam ao Brasil. Na data, o presidente representou as indústrias gaúchas em reunião e alertou sobre a concorrência desleal no mercado que o setor tem enfrentado.

Alexandre Guerra palestra na Expofeira de Pelotas. Foto: Ayrton Seyffert

 
 

Porto Alegre, 13 de outubro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.602

 

Mapa fará auditoria no serviço veterinário oficial do RS entre 23 e 27 deste mês

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) fará auditoria no serviço veterinário oficial (SVO) do Rio Grande do Sul entre os dias 23 e 27 deste mês. O trabalho, feito a cada três anos, visa avaliar a capacidade técnica e operacional do estado, o que envolve recursos humanos, físicos e financeiros. O resultado permitirá ao Mapa, caso necessário, indicar correções para melhoria dos serviços.

Segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques, a auditoria no RS avaliará a capacidade de resposta do serviço veterinário e sua atuação nas ações desenvolvidas pelos diversos programas sanitários. Será feito, acrescentou, um diagnóstico de eventuais inconformidades e dos pontos fortes, a fim de indicar mudanças, caso necessário.

Em novembro, entre os dias 20 e 24, o Mapa fará auditoria no serviço veterinário de Santa Catarina, informou Marques.

O Mapa começou as auditorias em 2016 e deverá concluí-las em 2018.  Até agora, foram auditados os serviços veterinários oficiais do Pará, de Alagoas, do Piauí, de Pernambuco, do Maranhão, de Sergipe, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro, do Espírito Santo, de Goiás, da Bahia, do Acre e de Rondônia.

Em 2018, serão feitas 12 auditorias: Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraíba, Amazonas, São Paulo, Tocantins, Ceará, Rio Grande do Norte, Amapá, Roraima e Distrito Federal. Também no ano que vem será realizada inspeção para avaliação dos programas direcionados à febre aftosa.

Para as auditorias foi desenvolvida uma ferramenta de avaliação da qualidade do SVO, adaptando metodologia da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) usada pelos serviços veterinários dos países membros, conhecida como PVS/OIE Tool (Performance of Veterinary Services).

O serviço veterinário oficial é composto pelo Mapa e por órgãos estaduais de sanidade agropecuária, além de veterinários credenciados. A missão do SVO é garantir proteção e segurança aos consumidores dos produtos de origem animal e o acesso dessas mercadorias aos mercados interno e externo, por meio da prevenção, controle e erradicação de doenças dos animais, além do controle do uso de insumos e atividades que possam afetar a saúde e o bem-estar animal. (Mapa) 

Leite deve ficar mais caro com veto a produto uruguaio

O litro do leite deve ficar mais caro para o consumidor depois que o governo proibiu as importações do Uruguai. A decisão atendeu a um pedido dos produtores brasileiros que acusam o país vizinho de concorrência desleal. Assista a reportagem na íntegra. (Jornal da Band)

Perspectivas do mercado lácteo - América do Sul - Relatório 41/2017

Leite/América do Sul - Em termos de produção leiteira agrícola, durante o ano passado, a  indústria leiteira sul americana passou de uma crise profunda para uma recuperação drástica, principalmente devido a uma melhoria no clima do continente.

Nas principais bacias leiteiras da Argentina e do Uruguai a produção do leite de fazenda continua variando enquanto a primavera se aproxima. O fornecimento de leite / creme é grande, acima dos níveis do ano passado. Os volumes excedentes de leite estão sendo destinados à fabricação de leite engarrafado / UHT, queijo, iogurte e secagem. As remessas para vários canais de varejo e serviços de alimentação estão fortes esta semana. Em geral, os estoques de produtos lácteos estão consistentes.     

No Brasil, a produção de leite é robusta, mais do que suficiente para cobrir a maioria das necessidades domésticas de processamento. Com grandes volumes de leite / creme prontamente disponíveis no mercado, os processadores estão pagando menos aos produtores. Isso está afetando negativamente as receitas de várias indústrias de lácteos. Alguns produtores culpam as importações de produtos lácteos como a causa das margens negativas. Assim, muitos pressionam o governo brasileiro para regular as importações de produtos lácteos vindos do Uruguai. Na verdade, durante essa semana o governo brasileiro suspendeu a importação de produtos lácteos do Uruguai.
Esta medida está em vigor até o Uruguai provar a origem do leite exportado para o Brasil. Enquanto isso, no mercado brasileiro, a demanda por queijo está melhorando enquanto a produção está muito ativa. Além disso, devido aos grandes estoques de leite UHT, alguns processadores estão reduzindo a fabricação de UHT. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 


 

Cauteloso, brasileiro abre mão de iogurte

Apesar dos sinais de recuperação econômica, o brasileiro continua preocupado, achando que a inflação pode subir e o desemprego, também. Por isso, ele ainda abastece a despensa com produtos básicos como açúcar, café solúvel e detergente em pó. E está aprendendo a viver sem iogurte e creme de leite, entre outros produtos. Essa cautela tem a ver com o cenário que a população desenha para os próximos seis meses. "A percepção de que a inflação e o desemprego aumentarão subiu devido à queda recente na renda pessoal e à situação financeira futura", afirma Márcia Cavallari Nunes, presidente do Ibope Inteligência. No mês passado, o Índice Nacional de Expectativa do Consumidor apurado pelo Ibope Inteligência e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), caiu 3,1% na comparação com agosto, para 98,5 pontos. Esse recuo reverteu o crescimento observado no mês anterior e levou o indicador ao menor patamar deste ano. O brasileiro mostrou pessimismo em relação ao emprego, endividamento e à inflação. O medo do desemprego atingiu o segundo maior patamar da série histórica iniciada em 1996, a 67,7 pontos, apesar dos sinais de recuperação da produção e do emprego. "Para o consumidor, a situação financeira futura não irá melhorar", disse a executiva do Ibope. Diante disso, o consumidor continua cauteloso quando vai ao supermercado. Pesquisa realizada pela Kantar Worldpanel, em 11,3 mil domicílios em todo o país, identificou que esse comportamento reflete um orçamento apertado. 

"Mesmo que 2017 esteja melhor em termos de inflação, a taxa de desemprego segue elevada. Este cenário beneficia os alimentos e os produtos que são comprados com mais frequência. Por enquanto, os consumidores estão mais racionais para fazer suas compras, procurando as melhores ofertas e as embalagens mais adequadas", afirmou Christine Pereira, diretora comercial da Kantar. Segundo ela, embora o estudo tenha sido realizado nos seis primeiros meses do ano, o retrato dos hábitos do brasileiro permanece inalterado na metade deste semestre. A pesquisa, que abrange 82% da população nas cidades com mais de 10 mil habitantes, detectou que o consumidor está aprendendo a viver sem alguns produtos como creme de leite, queijo tipo "petit suisse", alisantes para cabelos e leite pasteurizado. Batata congelada, bebidas à base de soja, achocolatado em pó e hambúrguer estão sendo comprados com mais parcimônia. 

Os produtos tiveram retração por dois semestres consecutivos e crescimento nos seis primeiros meses deste ano. No primeiro semestre, a cesta de perecíveis teve retração de 10,2% em unidades compradas e de 13,1% em toneladas, em relação a igual período do ano passado. Se forem considerados todos os produtos, o volume consumido em toneladas subiu 1,2% no semestre, na comparação anual. Neste caso, o destaque é para o impulso nas vendas de bebidas no Rio Grande do Norte, Sergipe, Alagoas e Paraíba. Os brasileiros do Norte e do Nordeste estão indo menos vezes às compras, mas lideram o volume consumido, em toneladas, no país. A diretora da Kantar explicou que esse movimento é causado pelo crescimento dos atacarejos, sobretudo no Ceará. Na região Sul também registra-se aumento da quantidade de produtos comprados, com redução na frequência às lojas. Na Grande São Paulo, houve queda de 2,1% em toneladas consumidas, enquanto as idas às lojas ficaram estáveis. A Grande Rio, por sua vez, teve recuo de 3,3%, em toneladas, mas o número de compras subiu 5,6%. Nas regiões metropolitanas, as compras de maior frequência são feitas para pequenas reposições da despensa, principalmente no Rio de Janeiro. (Valor Econômico) 

Economia da América Latina deve crescer 1,2% este ano e 2,2% em 2018, diz Cepal. A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) revisou as projeções da atividade econômica da região e estima crescimento de 1,2% para este ano e de 2,2% para 2018. De acordo com os dados, divulgados hoje (12),  esse aumento foi impulsionado pela produção de matérias-primas. Segundo o organismo multilateral, Brasil e México, as maiores economias da região, crescerão em 2017 0,7% e 2,2%, respectivamente, e 2% e 2,4%o em 2018. O Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina registrará alta de 2,4% este ano e de 2,7% no próximo ano, enquanto a Colômbia crescerá 1,8% e 2,6% nos dois anos, respectivamente. Conforme os números, a economia da Venezuela registrará uma contração de 8% este ano e cairá 4% em 2018. Os indicadores da Cepal revelam que, mantendo a característica dos último anos, a dinâmica de crescimento mostra diferenças entre países e regiões. O exemplo são as economias dos países da América do Sul, especializados na produção de bens primários, especialmente petróleo, minerais e alimentos, que registraram uma taxa de crescimento de 0,7% em 2017 (Agência Brasil)

 
 

Porto Alegre, 11 de outubro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.601

 

Osmar Terra promete resposta sobre compras governamentais
 

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, reuniu-se nesta terça-feira (10/10) em Brasília com o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, para tratar do pedido de compras governamentais de leite em pó e UHT. Durante o encontro, o titular da pasta comprometeu-se a dar uma posição sobre o pleito no início da próxima semana. 

Segundo Guerra, Terra disse que está trabalhando para que o governo federal faça a aquisição do produto. O ministro informou ainda que está negociando a medida em regime de prioridade com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. O volume de leite que será comprado ainda não foi definido. O pleito do Sindilat é a compra governamental de 50 mil toneladas de leite em pó e 400 milhões de litros de leite UHT. Durante a conversa em Brasília, Guerra também solicitou ao ministro uma linha de crédito para financiar estoques com rebate na taxas de juros. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

A produção de leite no mundo continua subindo

Produção mundial - Na União Europeia (UE), a captação de leite continua aumentando, especialmente na Polônia, Irlanda e Itália, diante da recuperação dos preços pagos aos produtores. Já na Holanda, ocorre o contrário. Em julho houve queda nas entregas de leite em relação aos níveis do ano passado, ainda que possa se recuperar.

Na França, nas últimas semanas, o volume se aproxima dos de 2016, depois de forte queda no verão, em conseqüência de uma seca intensa. A demanda mundial de produtos lácteos segue bastante dinâmica. Nos primeiros sete meses do ano, as exportações europeias de leite em pó aumentaram quase 40% e as de queijo em 8%. Já as exportações de manteiga (devido à pouca oferta) e as de soro de leite estão diminuindo. Em relação aos preços, os da manteiga alcançam níveis históricos (+88% em comparação com 2016 na UE, 6.800 €/tonelada, e 82% de aumento na Oceania), enquanto o preço do leite em pó desnatado mantém a tendência de baixa desde a primavera. Na França, o aumento acumulado dos preços desde o início do ano foi de 80% para a manteiga industrializada a granel, quase 40% o reajuste do leite em pó integral, e de 10% a valorização do leite em pó desnatado. A cotação do leite em pó desnatado, nas últimas semanas, ficou abaixo dos preços de intervenção. O mercado está divergente, e acentua a grande distância entre a manteiga e a proteína. (Agrositio - Tradução Livre: Terra Viva) 

 

Comissão Europeia estuda acabar com a distribuição de leite com chocolate nas escolas

A Comissão Europeia quer acabar com a distribuição de leite com chocolate nas escolas em todos os Estados-membros da União Europeia. A medida visa promover o consumo de produtos lácteos sem adição de aromatizantes ou cacau entre os alunos do 1º ciclo escolar, mas há quem tema que a proposta possa levar a uma diminuição do consumo de leite.

O leite com chocolate continua a ser o preferido nas cantinas das escolas. Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas, indica que apesar da tendência para um maior consumo de leite com chocolate, verifica-se "um aumento do consumo de leite branco" e é essencial "as escolas estarem na linha da frente de tudo o que for favorável a uma alimentação saudável". No entanto, há quem acredite que a quantidade de cacau adicionada ao leite é importante para estimular o consumo de produtos lácteos, tendo em conta que muitas crianças não gostam de beber leite simples. O diretor do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, da Direção-Geral de Saúde (DGS), Pedro Graça, acredita que o importante é que se continue a promover o consumo de leite nas escolas. 

"O leite é um excelente alimento, dado o seu valor nutricional inegável. Por isso o seu consumo deve ser estimulado nas escolas, com o menor número possível de aditivos", sublinha Pedro Graça.

Em países como o Luxemburgo, o leite com chocolate deixou já de ser distribuído nas escolas. A medida comunitária vai aplicar-se apenas ao primeiro ciclo de ensino e o leite com chocolate continuará sendo vendido aos grupos etários que a Comissão Europeia considera capazes de fazer escolhas saudáveis. (As informações são do Jornal Econômico)

 

RS pleiteia antecipar calendário para ser considerado livre de aftosa sem vacinação

O secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Eumar Novacki, recebeu nesta terça-feira (10) comitiva do Rio Grande do Sul que pleiteia antecipar cronograma para tornar o estado livre da febre aftosa sem vacinação. Formada por entidades do setor agropecuário e entidades de classe, a comitiva foi liderada pelo secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, que entregou a Novacki pedido de auditoria para avaliar as condições de defesa agropecuária do estado. 

O objetivo, de acordo com o secretário gaúcho, é verificar a execução das metas do plano estadual que cumpre cronograma do Plano Nacional de Erradicação da Febre Aftosa, para que o Rio Grande do Sul avance em seu status sanitário atual de livre da doença com vacinação. A proposta encontrou receptividade ao ser apresentada a Novacki, que destacou a importância do cumprimento do dever de casa pelos estados e disse que "o Brasil ganha com uma iniciativa como essa do Rio Grande do Sul".

Guilherme Marques, diretor do Departamento de Saúde Animal do ministério da Agricultura, que acompanhou a reunião, comentou que a auditoria já marcada para outubro possibilitará um diagnóstico detalhado da situação no estado já no mês seguinte, em novembro.

No último dia 2, o ministério aprovou versão definitiva do Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), por meio da Portaria nº 116, publicada, no Diário Oficial da União. O conjunto de normas traz as ações que serão desenvolvidas nos próximos dez anos para o Brasil tornar-se área livre da doença sem vacinação a partir de 2023. (As informações são do Mapa)

Leite: sanidade ajuda a reduzir custos do produtor
A Caravana da Produtividade já percorreu 200 fazendas por todo o Brasil. Em Lorena, interior de São Paulo, participaram pecuaristas da região, e o assunto discutido foi como produzir mais e gastar menos. Segundo especialistas, uma das soluções é investir em sanidade animal. Assista reportagem na íntegra. (Canal Rural)

O presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, reuniu-se nesta terça-feira (10/10) em Brasília com o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, para tratar do pedido de compras governamentais de leite em pó e UHT. Durante o encontro, o titular da pasta comprometeu-se a dar uma posição sobre o pleito no início da próxima semana.

Segundo Guerra, Terra disse que está trabalhando para que o governo federal faça a aquisição do produto. O ministro informou ainda que está negociando a medida em regime de prioridade com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. O volume de leite que será comprado ainda não foi definido. O pleito do Sindilat é a compra governamental de 50 mil toneladas de leite em pó e 400 milhões de litros de leite UHT.

Durante a conversa em Brasília, Guerra também solicitou ao ministro uma linha de crédito para financiar estoques com rebate na taxas de juros.

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, anunciou nesta terça-feira (10/10) que suspenderá a importação de leite do Uruguai até que aquele país comprove a rastreabilidade das cargas que chegam ao Brasil. O anúncio foi alvo de reunião no início da tarde, em Brasília, entre representantes do setor laticinista e o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki. Representando as indústrias gaúchas, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, lembrou que a decisão atende a pedido feito pelo secretário das Agricultura, Ernani Polo, ainda durante a Expointer, em agosto, em Esteio. “É uma ação concreta e importante. É o que estávamos esperando do governo para poder apurar os fatos”, pontuou, alertando que o setor vem enfrentando concorrência desleal no mercado e está unido pedindo apoio em Brasília.

Na agenda das indústrias desta tarde em Brasília também está encontro com o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, para tratar das compras governamentais e de linhas de crédito com taxas de juros subsidiadas para viabilizar a estocagem de produtos. 

Foto: kitthanes/Istock

Porto Alegre, 10 de outubro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.600

 

Ministro suspende compra de leite até que Uruguai confirme rastreabilidade

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, anunciou nesta terça-feira (10/10) que suspenderá a importação de leite do Uruguai até que aquele país comprove a rastreabilidade das cargas que chegam ao Brasil. O anúncio foi alvo de reunião no início da tarde, em Brasília, entre representantes do setor laticinista e o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki. Representando as indústrias gaúchas, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, lembrou que a decisão atende a pedido feito pelo secretário das Agricultura, Ernani Polo, ainda durante a Expointer, em agosto, em Esteio. "É uma ação concreta e importante. É o que estávamos esperando do governo para poder apurar os fatos", pontuou, alertando que o setor vem enfrentando concorrência desleal no mercado e está unido pedindo apoio em Brasília.

Na agenda das indústrias desta tarde em Brasília também está encontro com o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, para tratar das compras governamentais e de linhas de crédito com taxas de juros subsidiadas para viabilizar a estocagem de produtos. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

FAO sugere que jovens fiquem em áreas rurais

 Relatório da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) sugere que os jovens que vivem nas áreas rurais de países em desenvolvimento não deixem esses locais em busca de empregos nas grandes cidades e aproveitem "o papel fundamental" que essas áreas terão para o crescimento econômico desses países. De acordo com a nova edição do relatório anual O Estado da Alimentação e da Agricultura no Mundo, "os habitantes das áreas rurais que se deslocam para as cidades provavelmente correrão um maior risco de juntarem-se à população urbana pobre, em vez de encontrar um caminho para sair da pobreza". 

A urbanização em especial das cidades com menos de 500 mil habitantes representa, se-gundo a FAO, uma "oportunidade de ouro" para a agricultura desenvolvida nas áreas rurais, em especial para os agricultores familiares. 

"As políticas e os investimentos públicos de apoio serão essenciais para aproveitar a demanda urbana como motor de um crescimento transformador e equitativo, e as medidas elaboradas para garantir a participação dos pequenos agricultores familiares no mercado devem estar integradas às políticas", diz o relatório. A FAO destaca que o investimento nas áreas rurais também ajudará os países a cumprirem a Agenda 2030 para o desenvolvimento, uma vez que a maioria das pessoas pobres vivem nessas áreas. 

Entre os desafios previstos para aproveitar o potencial das áreas rurais, a FAO sugere três linhas de ação. A primeira está relacionada à execução de políticas que garantam que os pequenos produtores possam satisfazer a demanda alimentar urbana é o caso de medidas como o for-talecimento dos direitos à posse de terra e o acesso a crédito. Em segundo lugar, o estudo aponta a criação de infraestrutura adequada para fazer a ligação das áreas rurais com os mercados urbanos.  A terceira ação consiste na inclusão de zonas urbanas menores e dispersas nessas conexões. Ainda acordo com a FAO, o apoio a políticas e o investimento nas áreas rurais "para construir sistemas alimentares potentes" pode ajudar também as agroindústrias que estão bem conectadas com as áreas urbanas, de forma a criar emprego e permitir que um maior número de pessoas permaneça e prospere no meio rural. (Jornal do Comércio)

NOVO APELO PARA O MESMO SANTO

Diz o ditado que água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Mas no caso da crise no leite, talvez seja preciso mais do que endurecer o discurso para se chegar a algum lugar. Comitiva do Rio Grande do Sul volta a Brasília para, mais uma vez, pedir o auxílio do Planalto na solução do problema. Não há novidades na pauta. A aquisição de 50 mil toneladas de leite em pó e de 400 milhões de litros UHT, a imposição de cotas ao Uruguai e a liberação de linha de crédito aos produtores estava na lista de pedidos feitos há um mês, em reunião com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

No encontro de hoje, com o ministro Osmar Terra, o rosário será o mesmo. Resta saber se o santo vai atender ao pedido.

Da última reunião para essa, o cenário de preços que era ruim, "só piorou", afirma o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS), Alexandre Guerra:

- Os produtos perderam força no mercado. Houve redução de preços, de 4% a 6%. A oferta continua maior do que a demanda.

Dados do Conseleite confirmam essa deterioração. No preço do litro de leite tipo padrão pago ao produtor, o recuo entre o valor projetado para setembro e o consolidado para agosto foi de 4,4%. E embora o Estado esteja saindo agora do período de safra, ainda deve levar um tempo até os preços se acomodarem. É por isso que as entidades insistem na necessidade de intervenção do governo para enxugar a oferta.

- Esses extremos de preços são ruins para produtor e consumidor - completa Guerra.

Vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), Nestor Bonfanti avalia que a saída para a crise é questão de atitude do governo:

- Se é uma política interessante, porque não coloca recursos? Para carros, há incentivos.

Há ainda a suspeita de triangulação feita pelo Uruguai - mas esse é um ponto mais delicado, que exige tempo maior de resposta. De qualquer forma, todos os caminhos le vam a Brasília.

- Temos de continuar indo, porque a solução está lá - afirma o deputado Zé Nunes (PT), que coordena grupo de trabalho sobre o tema na Assembleia Legislativa. (Zero Hora) 

"Envelhecimento inteligente": porque o iogurte, o chocolate e os suplementos são propícios para a inovação de produtos no Japão

Envelhecimento inteligente - A DuPont no Japão afirmou estar se esforçando para impulsionar a inovação da suplementação e alimentação funcional para a população idosa, lançando 11 conceitos de "envelhecimento inteligente" na HI Japan desta semana.
Em uma conversa com a NutraIngredients-Ásia em Tóquio, representantes da empresa acreditam que, no Japão, os conceitos de iogurte, chocolate e suplementos façam mais sucesso. Em relação ao iogurte, mencionou um estudo publicado no final do ano passado na Journal of Nutrition (Revista da Nutrição), que mostrou como sua gama de proteínas -  25% de soja, 25% de soro e 50% de caseína - pode ajudar a superar a perda muscular associada ao envelhecimento.da empresa disseram que queriam mostrar aos potenciais clientes o enorme espaço para o desenvolvimento de novos produtos, bem como a considerável demanda do consumidor para itens adaptados ao envelhecimento da população do país. Atualmente, 26% da população do Japão tem mais de 65 anos, um número  que deverá aumentar para 40% nas próximas décadas. "Nós investimos em produtos direcionados às pessoas que precisam de cuidados", disse o gerente de marketing estratégico, Hiroshi Tanaka. "Mas, agora precisamos ajudar as pessoas mais velhas a viver de forma mais saudável".

Vai, chocolate!
Tanaka também disse que existe um potencial considerável para produtos feitos de chocolate fortificados com probióticos. Seu protótipo, que contém 70% de cacau, também poderia aproveitar a crescente conscientização do consumidor sobre os benefícios do cacau para a saúde do coração, acrescentou. O protótipo do suplemento contém xilitol e uma mistura de estabilizantes, que demonstraram ajudar a prevenir cáries e o mau hálito. De acordo com o líder de vendas da DuPont no Japão, Nobuaki Tsukagoshi, existe uma oportunidade considerável para a expansão do conceito de "envelhecimento inteligente" em toda a Ásia-Pacífico.
"Primeiro, vamos nos concentrar no Japão. Depois, nos concentraremos nas populações idosas da Coréia, China, Cingapura e Índia. Haverá 900 milhões de pessoas idosas na Ásia até 2050 ", disse ele." Estamos começando pelo Japão porque já existe uma grande necessidade ". Ele acrescentou que os fabricantes estavam um pouco inseguros sobre quais áreas deveriam inovar, daí o ampla gama de protótipos oferecidos esta semana. "Os clientes ainda não estão seguros sobre qual direção devem seguir, mesmo que eles percebam a necessidade. É por isso que estamos realizando abordagens diferentes com nossos clientes para ajudá-los a desenvolver os produtos certos ".
Potencial probiótico
Tanaka acrescentou que a pesquisa de consumidor realizada no Japão mostrou ampla compreensão dos benefícios dos probióticos para a saúde intestinal entre a população idosa. "No entanto, ainda havia uma compreensão limitada sobre os outros benefícios", acrescentou. "Eu acho que há muito potencial para promover a conscientização sobre a imunidade, porque esta é uma das principais preocupações dos consumidores". Ele acrescentou que as regras do sistema de rotulagem para Alimentos Funcionais do Japão, introduzidas em 2015, criaram mais oportunidades para que os fabricantes pudessem reafirmar os conteúdos relacionados ao envelhecimento em seus produtos. "Estes são menos dispendiosos e mais rápidos do que os do sistema de rotulagem FOSHU ( Alimentos para usos específicos em saúde), então estamos trabalhando com clientes para se beneficiarem com os FFC". (Dairy Reporter - Tradução Livre: Terra Viva)
 

UM PASSINHO À FRENTE, POR FAVOR
A Secretaria da Agricultura do Estado fará hoje a solicitação ao Ministério da Agricultura para que realize auditoria no Rio Grande do Sul na área de defesa. Na prática, esse é o primeiro passo no processo para a retirada da vacina contra a febre aftosa.- É um documento que formaliza o pedido e também pede aval à implantação do plano estadual de fortalecimento de ações para erradicação da doença, que será todo colocado em prática até o final do ano que vem - explica o secretário Ernani Polo. A partir daí, o ministério precisa marcar uma data para a auditoria. A expectativa é de que seja em 2018, o que daria condições para não vacinar mais em 2019. A busca pelo reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal poderia vir em 2021. O RS anteciparia cronograma do ministério para retirar a vacina. (Zero Hora) 

Reunião no Fundesa debateu, na tarde de quinta-feira (5/10), a falta de reagentes para exames de brucelose e tuberculose no Rio Grande do Sul. Conforme o relato dos representantes do Ministério e da Secretaria da Agricultura, a escassez dos reagentes é uma realidade nacional. “Estamos buscando alternativas para não comprometer os programas nacionais de sanidade”, afirmou o presidente do Fundesa, Rogério Kerber.

A região Sul é a que mais constata casos das doenças. Em 2016, por exemplo, dos 4311 casos de brucelose e tuberculose constatados no país, 84% foram nos três estados do Sul.

Ficou definido que o Fundesa vai solicitar ao secretário da Agricultura, Ernani Polo, que leve o tema ao Ministro da Agricultura, em reunião que será realizada nesta semana em Brasília. “Também vamos manter a busca incessante de material para os diagnósticos em todas as vias possíveis, seja na importação ou compra no mercado interno”, disse Kerber.

Com Informações: Thaís D'avila Produtora de Conteúdo 

Reunião no Fundesa. Foto: Thais D'Avila

O prefeito de Água Santa, Jacir Miorando, esteve reunido na tarde desta segunda-feira (09/10) com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, para entregar convite para que as indústrias associadas participem do 1º Seminário Regional do Leite: Ações e Perspectivas, no dia 12 de dezembro. A ideia do evento é valorizar a produção primária no formato de minifeira, integrando debate técnico e político do setor. Em comemoração aos 30 anos de emancipação do munícipio, o seminário deve reunir 400 pessoas, com destaque para produtores que vivem no dia a dia os dilemas do agronegócio gaúcho. Água Santa produz diariamente entre 80 e 100 mil litros de leite em cerca de 500 propriedades.

Acompanhado do vice-prefeito Carlos Alberto Possebom e do gerente de política leiteira da Unibom Laticínios, Ideno Pietrobelli, o prefeito convidou a diretoria do Sindilat para participar dos debates, encorpando o debate técnico. Miorando informou que a economia de Água Santa é baseada no agronegócio tendo a avicultura como principal atividade, seguida do leite. O prefeito, que também representa a associação dos municípios da região Nordeste do RS, frisou a situação do agronegócio na região e as dificuldades trazidas pela redução do preço do leite. “É um impacto importante em um município com 4 mil habitantes”, ressaltou. Palharini destacou o momento de crise do segmento. “Quase todas as atividade do agronegócio estão trabalhando com uma realidade de preço diferente. O consumidor ajustou seus gastos e o setor está sentindo isso”, pontuou Palharini.

Darlan Palharine entrega convite para que as indústrias associadas participem do 1º Seminário Regional do Leite. Foto: Carolina Jardine