Porto Alegre, 31 de outubro de 2017 Ano 11- N° 2.614
Sistema E-Social é tema de curso
Para conhecer, estudar e orientar empresas sobre o sistema E-Social, que tem o intuito de controlar o cumprimento de obrigações trabalhistas, previdenciárias, fiscais e contábeis pelos empregadores e contribuintes, a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e o Sindicato da Indústria de Produtos Avícolas do RS (Sipargs) promovem, no dia 14 de novembro, um treinamento sobre o tema. O curso, previsto para ocorrer das 8h às 18h, na sede da Asgav/Sipargs (Av. Mauá, 2011, 9º andar, Centro), em Porto Alegre (RS), terá carga horária de oito horas e será ministrado por Jairo Guadagnini, consultor da empresa CR Basso.
Segundo o diretor executivo da Asgav/Sipargs, José Eduardo dos Santos, a iniciativa visa abrir canal de informação entre consultoria e associados para apoiá-los a se adaptarem ao novo sistema. "Precisamos dessa visão avançada, já que essas exigências vão começar a cair sobre as indústrias", pontou. O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) apoia o evento.
O E-Social promete padronizar transmissão, validação, armazenamento e distribuição das informações. É um produto do Serviço Público de Escrituração Digital (SPED) que substitui e simplifica uma série de obrigações, entre elas a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e o Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social (GFIP). A data limite para implantação do sistema no Brasil está prevista para 2018.
O custo para a participação no curso é de R$ 350 por pessoa, valor que inclui material didático, certificado, dois coffee breaks e almoço. Interessados devem enviar a ficha de inscrição até o dia 7 de novembro pelo e-mail: sipargs@asgav.com.br. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
PRIMEIROS SINAIS DE REAÇÃO NO PREÇO DO LEITE
Enquanto grupo de técnicos do Ministério da Agricultura tenta esclarecer, até sexta-feira, no Uruguai, a suspeita de triangulação do leite exportado ao Brasil, o preço do alimento começa a dar os primeiros sinais de reação. Essa reversão da curva negativa no leite UHT no atacado não pode ser atribuída, no entanto, à decisão brasileira de suspender as importações uruguaias, embora a medida tenha efeito psicológico positivo.
É a queda na produção de leite que ajuda a explicar essa retomada de preços. No Rio Grande do Sul, o volume de outubro será 8% menor do que no mês anterior - quando ainda era período de safra. No país, a estiagem registrada em outros Estados produtores também reduz a quantidade disponível.
- A reação começou na última semana. A indústria está recuperando o preço - explica Alexandre Guerra, presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat).
Para o dirigente, a medida do governo brasileiro ajuda a tirar a pressão do leite UHT, o que é importante para a retomada. Carlos Joel da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS) e do Instituto Gaúcho do Leite (IGL), aponta que o retrato ainda é de queda no Conseleite - no valor projetado para setembro, o recuo é de 4,4% em relação ao consolidado do mês anterior.
No auge da crise, a queda chegou a R$ 0,60 por litro para a indústria e, em média, R$ 0,35 ao produtor, segundo Guerra. Entre o pico e o menor preço registrado neste ano, a diferença é de 30%.
- Temos reunião no Itamaraty, para tratar do nosso pedido para implementação de cotas para o produto uruguaio - acrescenta Joel.
O zootecnista da Emater Jaime Ries lembra que a recuperação no valor aparece primeiro à indústria para depois chegar ao produtor.
- A alta no UHT é um forte indicador de reação. Algum reflexo deverá ser sentido já a partir do próximo pagamento, entre 10 e 15 de novembro - estima Ries. (Zero hora)
Argentina - Efeito SanCor: a capacidade ociosa do setor lácteo supera 50%
Indústria/AR - Boa notícia. A Subsecretaria de Laticínios do País começou a publicar um novo indicador com o objetivo de melhorar a transparência do mercado lácteo. Não tão boa: a capacidade ociosa do setor é superior a 50%. A utilização da capacidade industrial instalada no setor lácteo formal - segundo os últimos dados publicados - foi de 48% em agosto, contra 46% em julho (os únicos dois meses que contam com estatísticas a respeito).
Em agosto deste ano a produção - sempre considerando a indústria que opera formalmente, de leite em pó, queijos, creme, manteiga, doce de leite, e iogurtes foi de 107.682 toneladas versus 107.452 em relação ao mesmo mês de 2016. A maior mudança foi na elaboração de leites fluidos com a produção em agosto último de 114,4 milhões de litros, versus 134,1 milhões no mesmo mês do ano passado (-14,7%). O corte da disponibilidade de matéria prima se explica pela baixa produção nacional de leite (decorrente dos excessos hídricos) combinando, provavelmente, com um incremento do leite destinado ao circuito informal. Boa parte da capacidade ociosa corresponde à SanCor, dado que a cooperativa de laticínios, que atualmente está processando menos de um milhão de litros por dia, tem uma capacidade instalada da ordem de seis milhões de litros diários.
No primeiro semestre deste ano a SanCor iniciou um processo de reorganização que implicou na desativação das plantas queijeiras localizadas em Brinkmann, Charlone, Moldes e Centeno. Estas fábricas estão esperando interessados em operá-las. (ValorSoja - Tradução Livre: Terra Viva)
China - As importações chinesas de lácteos continuam subindo, dando um salto interanual de 34% em setembro. Superou a forte elevação de agosto, quando o volume foi 28% maior ao volume comprado um ano antes. O incremento geral, em setembro, foi impulsionado, principalmente, pelo forte aumento das compras de leite em pó integral (+242%), iogurte (+205%), creme (+93%), e leite em pó desnatado (+79%), quando comparado com igual mês de 2016, segundo informou o site especializado CLAL. No acumulado do ano até setembro, as compras aumentaram 12%, atingindo 1,95 milhões de toneladas, contra 1,74 milhões de toneladas compradas em igual período de 2016. Em valores, nos primeiros nove meses do ano, as compras chinesas de lácteos registraram um aumento de 39%, em relação a janeiro-setembro do ano passado, com US$ 6.718 milhões, frente a US$ 4.847 milhões. (LecheríaUY - Tradução livre: Terra Viva)