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25/10/2017

 
 
 
 

Porto Alegre, 25 de outubro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.610

 

Especialização como caminho para aumento da competitividade


 Foto: Jézica Bruno

Apesar da redução no número de produtores nas menores faixas de produção do setor, houve aumento da especialização dos que seguiram no mercado. Esse cenário retrata um grande processo de seleção que o Rio Grande do Sul tem enfrentado, conforme destacou o assistente técnico estadual da Emater/Ascar-RS, Jaime Ries, que palestrou nesta terça-feira (24/10), em Porto Alegre (RS), durante seminário do projeto Futuro RS. O evento, proposto pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), tratou de elaborar uma agenda propositiva para construir alternativas para o desenvolvimento do Estado, com foco na ampliação da produtividade e da qualidade da produção de leite gaúcha.

Conforme Ries, em um comparativo de 2017 para 2015, notou-se uma redução de 42% em produtores nas menores faixas de produção diária, ou seja, aquelas que produziam até 50 litros de leite. Os que permaneceram, no entanto, focaram na tecnologia para ampliar sua participação no setor. "O número de produtores está diminuindo, mas os que ficaram estão mais especializados, têm uma escala maior de produção, maior produtividade do rebanho e entregam mais leite para a indústria", afirmou. Segundo ele, dos 497 municípios do RS, 465 têm produtores vinculados à indústria, ou seja, quase 94% das cidades gaúchas.

Ries apresentou sugestões para melhorar a competitividade e a produção nas propriedades gaúchas. Segundo ele, é necessário fazer a ampliação dos investimentos em sanidade animal, ter uma política efetiva de pagamento por qualidade do leite, assim como incentivo à descentralização do parque industrial. Além disso, para ele, é preciso buscar o fortalecimento das políticas de aquisição de alimentos e fazer a discussão de alternativas para os que sairão da atividade. "O leite exige muita dedicação das famílias e também especialização, o que podemos observar especialmente nesses últimos dois anos".

Para o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, é necessário concentrar esforços principalmente nos produtores que buscaram a profissionalização e eficiência. "Temos que trabalhar a eficiência, a competência naquilo que nós fizemos. O produtor, em produzir de forma viável a 30 centavos de dólar, a indústria, em pagar também o leite por sólidos e não só por volume, e o governo, em simplificar a burocracia que tanto se tem", ressaltou, destacando que as propriedades precisam estar, cada vez mais, próximas da tecnologia. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Leite/Cepea: após 19 semanas em queda, leite UHT e muçarela registram alta

Depois de recuarem por 19 semanas, as cotações do leite UHT e da muçarela registraram altas no mercado atacadista do estado de São Paulo. Conforme colaboradores do Cepea, a indústria elevou os preços pedidos pelos derivados, em uma tentativa de alavancar a recuperação de suas margens. Entre 16 e 20 de outubro, o valor médio do leite UHT foi de R$ 2,03/litro, alta de 2,2% frente à média da semana anterior. No caso da muçarela, o aumento foi menor: de 0,1% na mesma comparação, com média de R$ 14,09/kg no período. Ainda de acordo com colaboradores consultados pelo Cepea, as cotações desses produtos têm oscilado mais: enquanto o preço máximo subiu, o mínimo recuou 13.7%. (Agrolink) 

Reduzir custo exige mudança de postura

A Associação dos Profissionais da Agronomia de Ijuí(Apaju) promoveu ontem à tarde em Ijuí o 1º seminário regional sobre sistemas de produção de leite a baixo custo. O evento foi desenvolvido em dependências do salão "A" da AABB em Ijuí com grande presença de público. Para o coordenador e integrante da diretoria da Apaju Diego Coimbra, o sucesso do evento premiou o esforço da associação para sua organização.  Questões inerentes à produção de leite foram debatidas pelos palestrantes e o público formado por técnicos da área do leite, empresários, produtores rurais e estudantes do curso de agronomia da Unijui.

Para o gerente de suprimento de leite da CCGL Jair Mello, produzir leite a baixo custo não se resume apenas a produção a pasto, mas sim produzir a base de pastagens, suplementando adequadamente os rebanhos e fazendo um bom manejo para que o produtor possa ter receita mesmo em anos de crise como a que o setor está enfrentando. Ele contou que a empresa tem um trabalho focado em 1,5 mil produtores que entregam a produção à indústria que buscam reduzir os custos de produção e aumentar a renda. Jair Mello disse que para aumentar a renda é preciso ter escala, a começar pelo acompanhamento da produtividade por área. "O produtor precisa saber qual a sua produtividade de leite por hectare e por isso a importância de manutenção de pastagens o ano inteiro", destacou reiterando que em alguns casos acompanhados pela CCGL a renda mensal já chegou aos R$ 6 mil.

Em sua palestra, o zootecnista do Serviço de Inteligência em Agronegócio(SIA) Davi Teixeira pontuou como importante na redução de custos o manejo adequado das pastagens para resultar na diminuição do uso de silagem e ração, além do maior cuidado com o solo. Segundo ele, o planejamento forrageiro mantendo o solo coberto por matéria orgânica o ano inteiro é primordial para reduzir custos de produção, além da promoção na propriedade rural do chamado sistema "rotatino", que é o rotativo contínuo de pastagens.

Ao final do evento ocorreu um debate sobre o sistema de produção de leite a baixo custo que foi mediado pelo engenheiro agrônomo da Unijui Emerson Pereira. Diego Coimbra que coordenou o seminário elencou como singular o momento para que produtores, empresários do setor e indústrias, além dos estudantes pudessem trocar experiências e compreender a necessidade de mudar posturas para diminuir custos e ter mais renda com a atividade leiteira. (ClicJM)


Leite: bem-estar animal eleva produtividade
A Caravana do Leite saiu nesta terça-feira, dia 24, de Santa Catarina rumo ao Rio Grande do Sul. Um dos assuntos que vai ser abordado por lá é o bem-estar animal, que vem ajudando os produtores a melhorar os índices de produtividade. Assista a reportagem na íntegra. (Canal Rural)

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