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19/10/2017

 
 
 

Porto Alegre, 19 de outubro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.606

 

Ana Amélia sugere compra do excedente de leite para amenizar crise no setor

 

Na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, nesta quinta-feira (19), a senadora Ana Amélia (PP-RS) sugeriu que a Agência Brasileira de Cooperação do Itamaraty ative, através dos acordos internacionais, a compra do excedente de leite e doe para países que enfrentam grave problema de fome. O presidente da CRE, senador Fernando Collor (PTC-AL), garantiu apoio da Comissão ao pedido da parlamentar. 

Ana Amélia também comentou que há a possibilidade do Ministério de Desenvolvimento Social comprar o estoque do produto para a distribuição nos programas sociais, nas creches, escolas, hospitais e outros. 

Produtores de leite de todo o Brasil sofrem com o preço baixo. Só no Rio Grande do Sul, nos últimos dois anos, 19 mil produtores abandonaram a atividade. Na semana passada, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, anunciou a suspensão da importação do leite uruguaio. A entrada do produto do país vizinho contribuía para a queda do preço pago no leite brasileiro. Em entrevista recente, o ministro adiantou que o Mapa não dispõe de orçamento para comprar o leite excedente, mas que através do MDS tal medida poderia ser viável. 

Atualmente, no Brasil, são mais de 1 milhão de produtores de leite e cerca de 4 milhões de trabalhadores envolvidos na atividade leiteira. Ao todo, 99% dos municípios brasileiros têm registro de atividades ligadas ao setor. Assista o Vídeo. (Agência Senado e Assessoria de Imprensa Senadora Ana Amélia)

Europa - Porque as prateleiras de manteiga estão cada vez mais vazias?

Manteiga - Você está tendo dificuldades de encontrar manteiga nos supermercados? Você não é o único, o setor enfrenta o início de uma escassez. Há algumas semanas, consumidores e distribuidores observam o desaparecimento da manteiga. Alguns falam em escassez de manteiga e preocupação com os produtos das festas de final do ano, como os tradicionais folheados. Europe1 acredita que a manteiga está se transformando em alimento raro.

Devemos esperar por uma verdadeira escassez de manteiga?
Cada vez mais as prateleiras de refrigerados reservadas à manteiga ficam vazias por semanas em muitas regiões da França, tanto em Franche-Comté, na Normandia, na Bretanha ou ainda em Centre-Val-de-Loire. Os tabletes são substituídos por cartazes explicando que o produto não está mais disponível. As grandes lojas reconhecem que elas estão com dificuldades para repor os estoques. "Somos atendidos a conta-gotas", explica a responsável por produtos frescos do hipermercado Dury, perto de Amiens, ao jornal Le Courrier Picard. "Todos os dias fazemos os pedidos mas, nós não recebemos tudo. Existe um cronograma de entregas, e todas as marcas são afetadas". Uma escassez que também incomoda o consumidor. Diante do racionamento da manteiga, aqueles que encontram compram mais do que o de costume. Eles estocam no congelador para ficarem seguros de ter o produto suficiente para as festas do final do ano. Por outro lado, este início de escassez deverá ser resolvido naturalmente, após o inverno, já que a manteiga é um produto sazonal. É durante o inverno que as vacas têm seus filhotes, e então elas produzem menos leite para a indústria, o que não é o caso da primavera, lembra a Rádio RTL.

Quais são as consequências dessa falta?
Os profissionais da produção de produtos lácteos tentam se garantir. Se Christian Vabret, presidente da Confederação Europeia de Padarias e Confeitarias, assegura à La Montagne que no seu segmento não faltará manteiga para as festas do final do ano, os preços deverão, efetivamente, aumentar este ano. "Os preços já aumentaram 45% entre 2015 e 2016, e e subiram outros 50% desde o mês de junho". Quanto ao reajuste da matéria-prima chegar aos produtos transformados, o profissional assegura que há dez anos, os preços de croissants e brioches aumentaram muito pouco. Entretanto "para tortas e folhados, é evidente que haverá um reflexo maior nos preços, mas ainda assim, continuarão razoáveis", reconhece. No entanto, esta alta nos preços da matéria-prima prejudicará os empregos que dela dependem. É o caso da empresa Cher, especializada na fabricação de massas (folhada, quebrada, areada), que deverá colocar 10 empregados em tempo parcial por duas semanas.

Quais são as causas dessa situação? Essencialmente pelo explosão da demanda mundial nos últimos anos. "O consumo nas economias emergentes, como China e Oriente Médio, é cada vez maior", explica Dominique Chargé, presidente da Federação Nacional das Cooperativas de Laticínios. Mesmo que a oferta esteja lutando para atender à demanda, continua mais interessante para o produtor de leite, vender no mercado internacional, segundo um especialista.

"Hoje um industrial francês tem mais interesse em comercializar a manteiga com outros países, com os preços indexados à cotação mundial, do que vender a manteiga a um distribuidor francês que se recusa a aceitar as elevadas altas de preços". Por outro lado, as cotações do leite em pó não conseguem recuperação, desde a crise leiteira de 2015.

Também, os agricultores tiveram dificuldades de produção em decorrência de condições climáticas adversas ao longo de todo o ano de 2016, e na primavera de 2017. A produção de leite caiu, e é natural que a manteiga tenha se tornado mais cara. "Dois anos atrás, o quilo era € 3,50, e hoje, é no mínimo € 6,00", esclarece Dominique Dengreville, presidente dos produtos de leite de Somme e Courrier Picard. E, por último, os consumidores mudaram sua visão sobre a manteiga. Considerada por anos, como prejudicial à saúde, a manteiga foi reabilitada diante de margarinas e óleos vegetais. Em 2014, uma porção de manteiga foi manchete na revista britânica Time, com o título "Coma manteiga. Cientistas rotularam a gordura como inimiga. Os motivos pelos quais eles estavam errados". (europe1 - Tradução Livre: Terra Viva)

Terceiro mês de alta no índice de custo de produção da pecuária leiteira

O Índice de Custo de Produção da Scot Consultoria para a atividade leiteira teve alta de 2,3% em outubro, em relação a setembro deste ano. Foi o terceiro mês consecutivo de aumento nos custos. O reajuste positivo nos preços dos alimentos energéticos, dos suplementos minerais e dos produtos para sanidade puxou a elevação dos custos.

No entanto, apesar da alta nos últimos meses, os custos de produção estão 12,0% abaixo na comparação com igual período do ano passado. Para o produtor de leite, com o aumento nos custos de produção e seguidas desvalorizações no preço do leite pago ao produtor as margens da atividade estão se estreitando. Este fato já começa a pesar nos gastos com alimentação do rebanho e nos investimentos na atividade, o que poderá refletir na produção em curto e médio prazos. (Scot Consultoria)

Leite: mastite gera prejuízo de R$ 6 bilhões
O assunto da Caravana da Produtividade desta quarta-feira, dia 18, foi a mastite, a doença responsável por prejuízos de até mais de R$ 6 bilhões cadeia leiteira. O gerente de produto da Boehringer Saúde Animal, Fernando Dambrós, fala sobre o tratamento da mastite com o uso racional de antibióticos. Assista a reportagem na íntegra. (Canal Rural)

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