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16/10/2017

 
 

Porto Alegre, 16 de outubro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.603

 

Alexandre Guerra palestra na 91ª Expofeira de Pelotas 
 
O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, destacou, durante a 91ª Expofeira de Pelotas, a importância de se construir um mercado competitivo no setor, a fim de buscar a ampliação da produção no Estado. "Precisamos nos transformar em um país exportador". O assunto foi debatido na quinta-feira (12/10), durante a palestra Panorama Lácteo e Perspectivas da Indústria. Na ocasião, Guerra tratou sobre o mercado de importação e exportação do leite. Durante a palestra, também fez comparações entre a produção por animal no Uruguai e no Brasil.
 
Guerra aproveitou a oportunidade para tratar sobre o anúncio feito pelo Ministro da Agricultura, Blairo Maggi, na última terça-feira (10/10), em Brasília (DF), que suspende a importação de leite do Uruguai até que o país comprove a rastreabilidade das cargas que chegam ao Brasil. Na data, o presidente representou as indústrias gaúchas em reunião e alertou sobre a concorrência desleal no mercado que o setor tem enfrentado. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Crédito: Ayrton Seyffert

O despertar da indústria de lácteos na América Latina

De acordo com o Banco Mundial, o Produto Interno Bruto (PIB) dos países latino-americanos atingiu uma média de crescimento constante ao longo de vários anos. Embora em 2016 a situação tenha sido particularmente difícil devido aos baixos preços dos produtos agrícolas e à situação política, as previsões para os próximos anos são positivas.

Em 2017, a produção de leite no Brasil cresceu 3,6%, no Chile cresceu 9,6% e no Uruguai, 8,3%. Inclusive na Argentina, um país particularmente afetado pelos problemas em 2016, a produção atingiu o nível dos anos anteriores. As boas condições climáticas, os alimentos concentrados mais baratos e a baixa inflação permitiram que a produção aumentasse. A diversificação dos sistemas de produção nos diversos países da região, que inclui formas extensivas e intensivas e a riqueza de recursos naturais, podem permitir que o leite seja produzido a um custo menor do que em outros países.

Para as empresas de processamento, houve um importante processo de consolidação nos últimos tempos. Alguns exemplos são a compra de 90% do grupo brasileiro, Vigor pela mexicana Lala. A chilena Watts adquiriu a unidade local da Danone, atingindo uma participação de mercado de 14% e a SanCor da Argentina que processava até quase 15% do leite do país, anunciou que queria vender a maior parte do capital para formar uma aliança estratégica com uma empresa mais firme.

A nível de consumo, a crescente urbanização, como demonstrado pelas megalópolis de São Paulo, Cidade do México, Rio de Janeiro ou Buenos Aires, gera uma maior demanda de proteína animal, o que, por sua vez, implica uma demanda por leite e produtos lácteos. No entanto, muito depende da demanda no Brasil, e a diminuição de 25% das importações, causa consequências negativas nos países fornecedores, como Uruguai e Argentina.

Os acordos econômicos na região devem ser considerados: o Tratado de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) em questão poderia levar os países do Mercosul a se converterem nos principais fornecedores do México, um país fortemente dependente das importações de leite proveniente de Estados Unidos. Além disso, a eliminação de cotas de importação no Brasil para o leite em pó da Argentina também teria um grande impacto.

Portanto, trata-se de um setor em evolução e de alto potencial para ser cuidadosamente considerado para o mercado global do leite. Por outro lado, não é por acaso que as maiores empresas leiteiras do mundo estão presentes na América Latina. (As informações são do Observatório de Cadeia Láctea Argentina (OCLA), traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Perspectivas do mercado lácteo - Europa - Relatório 41/2017

Leite/Europa - No início desta semana, muitos na indústria global de laticínios se esforçaram para avaliar o impacto potencial dos comentários do Comissário da Agricultura da União Europeia, sugerindo uma nova abordagem de intervenção. Observando a necessidade de limpar os aproximadamente 380,000 MT de leite em pó desnatado em armazenamento público e procurar limitar novos volumes que de outra forma possam entrar na intervenção quando a próxima janela for aberta em 1º de março, algumas medidas foram sugeridas. O comissário sugeriu o fim do limite do limite máximo do preço fixo de compra  de para o leite em pó desnatado proposto e mudá-lo para 0. Ele também propôs que o concurso fosse iniciado imediatamente para permitir a consideração nos próximos meses a respeito de quais os volumes devem participar das intervenções que acontecerão a partir de 1º de março. Essa proposta e quaisquer mudanças exigiriam a aprovação do Conselho Europeu.

Antes da consideração do conselho, as negociações serão conduzidas em breve no Comitê Especial de Agricultura. Não foram feitas novas sugestões quanto à eliminação de estoques já em intervenção. Houve um consenso geral na reunião da semana passada da Direção Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural da Comissão Europeia de que a perspectiva de curto prazo para os mercados de produtos lácteos da UE é melhor do que este mesmo momento no ano passado. Os preços do leite são relativamente estáveis nos países da UE em níveis que ajudam a estimular a produção de leite. As projeções anuais mostra, que a produção de leite aumentará 0,7% em 2017 em comparação com 2016.

A produção de queijo na UE é ajudada pela forte demanda de exportação e bem como pelo uso industrial na UE. A produção de queijo deverá aumentar 2.0% em 2017. As expectativas são de que o crescimento da produção de queijo em 2018 também permanecerá próximo de 2.0%, assumindo que o crescimento esperado das exportações do Japão e da Coréia do Sul continue. A comissão da União Europeia espera que a produção de manteiga em 2017 seja cerca de 3% menor do que a de 2016, com as exportações abaixo de 10%. A expectativa é que as exportações de leite em pó desnatado sejam fortes no saldo de 2017, bem como em 2018. Caso isso ocorra e a produção de leite em pó desnatado de 2018 aumente, alguns participantes sugerem que cerca de 150 mil MT de leite em pó desnatado poderiam ser liberados da intervenção em 2018 . Mais ações oficiais seriam necessárias antes que isso aconteça. Os esforços da UE para alcançar ou atualizar acordos de exportação de lácteos com outros países tornaram-se uma prioridade muito alta.

O recente compromisso renovado da UE com a expansão das exportações de produtos lácteos, apresentado no final de setembro e denominado Estratégia "Comércio ou Todos" foi explicado em uma reunião dos líderes da indústria de laticínios da UE. Observando a finalização do acordo comercial UE-Canadá, e o acordo comercial do Japão sendo praticamente confirmado, expressou-se satisfação quanto ao progresso nas negociações com Cingapura e Vietnã. As importações de queijo da Argélia de janeiro a agosto, 15.261 MT, diminuíram 40,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com a Eucolait. O intervalo de variações percentuais mensais nos volumes acumulados de importação varia de -46,9 % em fevereiro, para -28,5%  em abril. Os volumes de importação origens primárias são mostrados na tabela a seguir:

 

Europa Oriental
Os meses de janeiro a julho registraram algumas mudanças nas importações para a Bielorrússia,
em comparação com o mesmo período do ano passado. As importações de leite a granel eram -93,8% ; o queijo caiu 15,7% ; e o soro de leite em pó estava baixo 40,7% menor de acordo com o CLAL. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 


 

Comitê de rotulagem de alimentos se reúne no Paraguai
Rotulagem de alimentos - O Codex Alimentarius se reunirá nesta semana, entre os dias 16 a 20, em Assunção, no Paraguai, com o Comitê de Rotulagem de Alimentos (órgão subsidiário) para tratar de rotulagem de alimentos. São esperados representantes de 187 países membros. O presidente do Codex Alimentarius, Guilherme Costa, explica que "o Comitê de Rotulagem lida com algo muito prático, que é a informação direta ao consumidor e, também, com a autoridade sanitária dos países que participam do comércio internacional." Essa informação deve ser clara, objetiva e compreensível para o consumidor e trazer a verdade científica do produto, observou. De acordo com Costa, o Canadá normalmente hospeda as reuniões desse comitê, mas uma das estratégias da nova direção do Codex Alimentarius, é a maior inserção de países em desenvolvimento no organismo. "Também é objetivo nosso torná-lo mais conhecido, difundindo a sua importância e fazer com que alcance do tomador de decisões até o consumidor", afirmou. O Codex Alimentarius é reconhecido pela Organização Mundial do Comércio como referência internacional para a solução de disputas sobre segurança alimentar e proteção do consumidor. A organização, criada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Combate à Fome (FAO) elabora padrões que são reconhecidos internacionalmente, códigos de conduta, orientações e outras recomendações relativas a alimentos, produção de alimentos e segurança alimentar.( Mapa)

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