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22/08/2017

 

Porto Alegre, 22 de agosto de 2017                                              Ano 11- N° 2.568

 

Conseleite anuncia queda no valor de referência 

O valor de referência do leite projetado para o mês de agosto no Rio Grande do Sul é de R$ 0,9006, redução de 4,22% em relação ao consolidado de julho, que fechou em R$ 0,9403. Os dados foram anunciados pelo Conseleite na manhã desta terça-feira (22/08), na sede da Farsul, em Porto Alegre. Nos últimos três meses, o valor de referência do leite caiu 8,92% no Estado. Segundo o professor da UPF Eduardo Belisário Finamore, além da baixa de 3,63% no leite UHT, a queda se acentuou devido à redução de 7,7% no valor de referência do leite em pó.
 
O presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, alerta que a redução dos números do Conseleite reproduz um momento de mercado, com margens mínimas no setor industrial. "Batemos no fundo do poço. Agora é preciso dar início a uma retomada", completou. Segundo Guerra, que também é presidente do Sindilat, o RS vive seu pico de produção, mas está com estoques baixos tanto na indústria quanto no varejo. As vendas, sugere ele, estão condicionadas às ofertas das gôndolas em função do baixo poder aquisitivo do consumidor em tempos de crise. "Precisamos continuar a produzir e sermos cada vez mais competitivos porque a tendência é melhorar. Esse cenário irá se recuperar na sequência", frisou, pontuando a importância de pleitear apoio ao governo para dar um freio às importações de cargas do Uruguai e de estímulo às compras governamentais.
 
Guerra explica que é preciso que se tenha claro que os dados apresentados pelo colegiado retratam apenas uma referência. "No campo, o produtor recebe mais do que isso porque a produção é remunerada por bonificações de qualidade e quantidade", salientou. Presente na reunião, o assessor da política agrícola da Fetag, Márcio Langer, pontuou que o resultado é um dos piores já verificados pelo Conseleite e fomenta um cenário de desestímulo à produção. Ele teme que os valores caiam ainda mais.  "A situação é das mais emblemáticas de todos os tempos",frisou. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
  
 

 

Foto: Carolina Jardine
 

Coca-Cola quer mais lácteos que dispensam a geladeira

A Coca-Cola, maior fabricante de refrigerantes do mundo, começou a fazer mudanças na Verde Campo, com sede em Lavras (MG). A companhia mineira, que concentra a produção em queijos e iogurtes, agora vai competir na categoria de bebidas lácteas que dispensam a geladeira.

A Verde Campo, comprada pela Coca- Cola há pouco mais de ano e meio, recebeu investimento de R$ 30 milhões para modernizar a fábrica que possui em Lavras e dobrar sua capacidade produtiva. Passou de um processamento de 4,5 milhões de litros de leite por mês para 9 milhões de litros. Com vendas concentradas em Minas Gerais, São Paulo e nas demais capitais do país, poderá aproveitar agora o sistema de distribuição da Coca- Cola para ampliar sua área de atuação geográfica.

A Verde Campo faz parte da estratégia da multinacional de diversificar o portfólio, reduzindo a dependência do refrigerante, que vem perdendo consumidores em diversos países. A Coca-Cola também vende sucos de frutas, energéticos e chás.

"A Coca-Cola busca oferecer globalmente um portfólio mais completo de bebidas. Com a Verde Campo, entramos no segmento lácteo. Para acelerar a oferta em mais pontos de venda, vamos ampliar o portfólio com linhas de produtos não refrigerados", diz Sandor Hagen, vice-presidente de novos negócios da Coca-Cola Brasil.

Alessandro Rios, fundador e presidente da Verde Campo, disse que o investimento serviu para dobrar a capacidade produtiva, automatizar parte da produção e aumentar a segurança alimentar. A expansão da fábrica foi concluída neste mês. "Esse investimento é para dobrar a produção das linhas que já temos. O próximo passo é a entrada mais intensa em produtos sem refrigeração", afirmou Rios.

Em abril, a Verde Campo fez a primeira abordagem em produtos não- refrigerados. Lançou uma bebida láctea com proteína de soro de leite ("whey protein"), o Shake Natural Whey. Segundo a empresa, a bebida ajuda recuperar tecido muscular após exercícios físicos. "Esse foi o primeiro produto com o DNA da Coca-Cola, que não precisa de refrigeração. Vamos intensificar a oferta dessas linhas, fazendo uma combinação do DNA da Coca-Cola com o da Verde Campo, que é sempre focada em produtos mais saudáveis", diz Rios.

A Verde Campo é conhecida por produzir queijos e iogurtes com características funcionais como produtos dietéticos, com baixo nível de sódio e gordura, sem lactose ou com nível de proteína maior que os alimentos tradicionais.

Ainda neste ano, vai colocar no mercado um leite longa vida com a marca LacFree e uma linha de achocolatados com a marca Minilac. Essas linhas serão testadas no Rio de Janeiro e em Curitiba. "A partir dos resultados de vendas nessas praças, as linhas serão levadas para o país", diz Rios. Ele tem sido desafiado a criar produtos que possam abranger mais pontos de venda, ao dispensar refrigeração, e que atendam o público em novas ocasiões de consumo.

Em relação à distribuição, o trabalho está concentrado nas capitais, mas nos próximos anos haverá uma expansão para mais cidades. "Para os produtos sem refrigeração, como o leite longa vida, existe a possibilidade de aproveitar o sistema de distribuição da Coca-Cola, mas a decisão sobre como isso vai ser feito ainda não foi tomada", afirmou Rios.

No primeiro semestre, as vendas da Verde Campo cresceram 34%, em relação a igual período de 2016. A expectativa é manter um ritmo de crescimento de 30% neste ano e registrar avanços de "dois dígitos" a partir de 2018. A exportação não faz parte dos planos.

A fabricante de iogurtes e queijos foi comprada pela Coca-Cola, por meio da Leão Alimentos, em dezembro de 2015, e passou por adaptação de processos até setembro de 2016. "A Coca-Cola transmitiu conhecimentos e deu acesso a parceiros que antes eu não conseguia como uma empresa pequena", disse Rios. Ele passou a contar com fornecedores de matérias- primas, equipamentos e tecnologia que já atendiam a multinacional. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Cresce a demanda por gestores nas fazendas

Os resultados positivos gerados pelo agronegócio e a necessidade de ampliar a produção agrícola e pecuária para atender à crescente demanda mundial, ao longo dos próximos anos, são fatores que estão estimulando diversos investimentos para tornar a atividade mais eficiente e profissional. Entre estes aportes, a busca por especialistas qualificados para atuarem na gestão das unidades produtoras está em alta no País e em Minas Gerais. No Estado, a demanda aumentou 60% em 12 meses.

Com a gestão profissional e eficiente, a tendência é que as fazendas e empreendimentos do setor se tornem cada vez mais produtivos e competitivos, o que é fundamental para um melhor desempenho no mercado nacional e internacional.

De acordo com o sócio-diretor da Upside Group, empresa especializada em gestão de capital humano, com sede em Belo Horizonte, Bruno da Matta Machado, a demanda pelos profissionais especializados em gestão é crescente.

O crescimento significativo da demanda pelos profissionais é atribuído a alguns fatores como, por exemplo, investidores buscando por novas alternativas após a queda do mercado das commodities minerais. Machado explica que dentre estas alternativas para investir, o agronegócio, sem dúvida, é muito interessante porque mesmo em período de crise econômica, vem apresentando resultados positivos.

"Para que os investimentos sejam direcionados para o setor é preciso de um mercado profissionalizado, que consiga gerir novos investimentos e os negócios. Por isso, é crescente a demanda por gestores de fazendas e gestores de agronegócio dentro de grupos empresariais (que tinham o agronegócio como uma vertente pequena), assim como em novas aquisições de fazendas. Normalmente, o grupo que faz uma aquisição chega dando uma roupagem mais profissional ao negócio que tradicionalmente tem gestão familiar ou informal, feita por funcionários de longa data. Tudo isso tem movimentado o mercado destes profissionais".

Segundo Machado, em Minas Gerais, a procura pelos profissionais especializados em agronegócio cresceu cerca de 60% nos últimos 12 meses. A demanda maior vem da produção de grãos, principalmente soja e milho, café e pecuária de corte. No País, o aumento na demanda foi de 75% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado e está voltada para cargos de gerência, coordenação e diretoria.

"O crescimento observado em Minas Gerais ainda está pouco menor que em outros estados das regiões Norte e Centro-Oeste, mas a tendência é que a busca pelos profissionais cresça mais. Os cargos vão desde gerência e coordenação de fazenda até gerência geral de agronegócio, quando um profissional cuidará das inúmeras fazendas que a empresa tem. Além disso, empresas que atuavam na área e não tinham diretorias exclusivas para o agronegócio estão criando novos cargos".

Novos cargos - Machado destaca que, em geral, o ingresso dos profissionais no setor ocorre através de cargos recém-criados e raramente pela substituição. O objetivo é implantar modelos de gestão profissional em negócios que eram geridos de forma informal em toda a cadeia, observando todas as áreas da fazenda, passando pela compra de insumos, gestão comercial, de pessoas, otimização de resultados e produção e aplicação de indicadores.

Com a profissionalização do setor, os resultados são a melhoria da produção, redução dos custos, ampliação da margem de lucro e ganho de competitividade no mercado. A tendência é que a demanda pelos especialistas em gestão continue em alta. "São profissionais ainda raros no mercado. Então existe espaço tanto para o desenvolvimento de novos profissionais como para a migração de outras áreas para o agronegócio", disse Machado. (As informações são do Diário do Comércio)
 

Argentina - Consumo de leite caiu 4,5% no primeiro semestre
Consumo/AR - A venda de leite e derivados no mercado interno apresentou retração de 4,5% no primeiro semestre do ano em relação ao mesmo período de 2016, segundo informações do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA). Entre janeiro e julho passado, o consumo de leite foi cerca de 1.184 milhões de litros, contra 1.240 milhões de litros em igual período anterior. A principal queda em vendas no mercado interno ocorreu no item leite refrigerado, 22,1%, chegando a 348 milhões de litros, quando foram consumidos 446,7 milhões de litros nos primeiros seis meses de 2016. Mas, o consumo de queijos ralados, em pó, fundidos e outros caiu 35,1%; a manteiga retrocedeu 18,8%, achocolatados e aromatizados tiveram perdas de 9,7%. Já por outro lado, foi registrado aumento no consumo de queijos frescos, 265% - de 7.291 toneladas para 26.612 toneladas -, melhora, "explicada pela revisão na categoria dos produtos e não pelo incremento de vendas". Também ocorreu alta de 58,6% no consumo de leite em pó desnatado, passando de 7.282 toneladas para 11.550 toneladas; e de 56,2% na variedade integral e semidesnatado, que passou de 23.990 toneladas para 37.477 toneladas. (Ambito.com - Tradução Livre: Terra Viva)
 

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