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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) lançaram, nesta terça-feira (23/8), o projeto Fazenda Doce de Leite. A iniciativa inclui diversas ações voltadas à conscientização e à formação de crianças acerca das qualidades do leite. A primeira atividade já será implementada durante a Expointer 2022. A peça teatral “Na Fazenda Doce de Leite” será realizada todos os dias da feira e, ao longo do ano, deve chegar às escolas da rede pública, assim como o Concurso Arte na Caixinha. “Essa ação é importante porque aproxima o setor do consumidor e valoriza o produtor e a família”, frisou a superintendente do Mapa/RS, Helena Rugeri. Segundo ela, o projeto vem ao encontro de várias ações desenvolvidas pelo Ministério da Agricultura tanto na área do desenvolvimento quanto de defesa agropecuária. A solenidade, realizada na sede do Mapa, em Porto Alegre, ainda contou com a participação especial da vaquinha Genoveva, a protagonista do projeto.

As apresentações da peça teatral ocorrerão na Casa da Indústria de Laticínios - Quadra 46 do Boulevard no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS) -, ao longo de toda a mostra, que se inicia no sábado (27/08) e segue até o domingo (4/9). A expectativa é receber mais de 4 mil crianças em 24 sessões, incluindo escolas da rede pública de ensino de Sapucaia do Sul. A peça tem 30 minutos de duração e destina-se a estudantes entre cinco e dez anos. Nos dias de semana, as apresentações serão às 8h30min, 10h, 14h e 15h30min. No primeiro fim de semana, no sábado e no domingo, haverá sessão às 15h. Já no último final de semana da feira, no sábado serão dois horários, às 10h e às 15h, e no domingo, às 10h.

Segundo o chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Roberto Pedroso de Oliveira, o projeto é uma excelente oportunidade para a Embrapa intensificar a comunicação com a sociedade, especialmente com o público infantil, sobre a cadeia produtiva do leite, em que várias tecnologias são geradas pela empresa. “As crianças terão oportunidade de entender como o leite é produzido e industrializado, a realidade do meio rural e a importância da pesquisa para garantir a produção de um alimento de qualidade, de uma forma lúdica”, pontuou.

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, informou que o roteiro foi composto de forma a explicar para as crianças que o leite não vem da caixinha. “As crianças dos grandes centros urbanos veem os pais comprarem leite no supermercado e não sabem que por trás de toda embalagem dos produtos que consomem há muito trabalho e dedicação de produtores e da indústria. Como representantes do setor lácteo, sabemos da importância de orientar o consumidor sobre a origem dos produtos, cuidados com o trato dos animais e princípios nutricionais do leite”. Para abordar o tema de forma lúdica, o Sindilat contratou a companhia teatral Khaos Cênica, de Canoas (RS).

O diretor da companhia teatral, Denisson Beretta, conta que o roteiro busca oferecer às crianças uma experiência memorável e uma reflexão sobre a produção da indústria leiteira. “É importante a tomada de consciência das crianças quando elas têm contato com outra realidade que não é a sua, percebendo assim as diferenças que existem entre o campo e a cidade”. Após cada sessão, as crianças participarão de bate-papo com os atores e irão degustar produtos lácteos.

A visita à Casa de Laticínios ainda inclui passagem pelo Recanto das Terneiras. Novidade na Expointer deste ano, o espaço permite aos visitantes interagir com as vacas das raças Jersey e Holandês, entender sobre o bem-estar animal, boas práticas de produção, manejo e reaproveitamento de dejetos. Toda a visitação será acompanhada por um especialista da Universidade de Passo Fundo (UPF), parceira na atividade.

Arte na Caixinha
O projeto também conta com o Concurso Arte na Caixinha. Com a temática “O leite na sua vida”, a atividade visa estimular a criatividade das crianças e reforçar a importância da reciclagem de materiais que seriam descartados, dando novas cores e designs às embalagens de leite UHT. A ideia é que as crianças usem a imaginação para dar nova roupagem às embalagens do produto, apostando em técnicas como pintura, colagem, desenho e grafite. Serão aceitas diferentes formas de intervenções desde que preservada a forma original da caixa de leite. A ação será realizada junto das escolas da rede pública de ensino do Rio Grande do Sul e é direcionada a crianças de 5 a 10 anos. Os trabalhos poderão ser inscritos em 3 categorias: Infantil (entre 5 e 6 anos), Júnior (entre 7 e 8 anos) e Juvenil (entre 9 e 10 anos).

As inscrições de trabalhos deverão ser feitas por um professor integrante do quadro docente da instituição de ensino em que a criança está matriculada. Para isso, é necessário preencher ficha de inscrição, enviá-la pelo e-mail sindilat@sindilat.com.br junto com identidade do professor responsável, identidade ou comprovante de matrícula dos alunos participantes, autorização assinada pelos pais/responsáveis e, no mínimo, quatro fotos individualizadas da peça. É importante que as imagens mostrem todos os lados da obra.

Programação na Expointer
No dia 29 de agosto, o sindicato realizará coletiva de imprensa às 14h com o lançamento do 8º Prêmio de Jornalismo, promovido pelo Sindilat. O mérito reconhece jornalistas que acompanham o setor. No dia 31 de agosto, às 11h, serão divulgados os vencedores do 1º Prêmio de Referência Leiteira.

A programação ainda conta com encontros de associados, convidados e reuniões técnicas. Na noite do dia 1º de setembro, será realizada a edição especial do Pub do Queijo. Já tradicional na agenda da Expointer, o evento permite degustação de diferentes tipos de queijos produzidos pelas indústrias e cooperativas associadas ao Sindilat e vinhos da RAR (Vinhedos de Raul A. Randon). Neste ano, o Sindilat conta com a parceria da empresa Tetra Pak, da Universidade de Passo Fundo (UPF) e da Embrapa durante a exposição.

Foto em destaque: Carolina Jardine

O potencial do Estado para intensificar sua produção leiteira através de um melhor manejo dos cultivos de inverno foi debatido em encontro na manhã desta quinta-feira (18) na sede do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat). O evento foi ministrado pelo chefe-geral da Embrapa Trigo, Jorge Lemainski, e teve como tema “Cereais de inverno na produção de leite: artesania do manejo num agro de oportunidades”.

Durante a reunião - que contou com representantes das empresas Santa Clara, Italac, Deale, Languiru, Latvida, Stefanello, Sooro Renner, Friolack, Coopar, CCGL e Kiformaggio - Lemainski disse que a alimentação dos animais é a base na pirâmide produtiva. Por isso, uma das principais formas de fazer com que a atividade leiteira cresça, com segurança, é pensar na produção e no fornecimento de alimentos de qualidade e a custos competitivos, a exemplo de pastagens melhoradas combinado com reserva de alimento conservado por um ano, a exemplo da silagem e pre-secado. Os cereais de inverno oferecem esta condição de modo competitivo. Trigo para pastejo, triticale e cevada forrageira são excelentes soluções tecnológicas para um leite ainda melhor com menor custo.

“Isso é uma questão de manejo”, diz Lemainski. “Ainda temos muito o que progredir nisso. Manejar significa ter capacidade, conhecimento, habilidade. É diferente de tecnologia, que pode ser resumida como informação. Manejo do conhecimento é algo que todo produtor deve ter dentro de si, para a melhor tomada de decisão ”.

O chefe-geral da Embrapa Trigo destacou duas principais formas de garantir uma alimentação ainda melhor para os animais: a silagem e o cultivo de cevada no período de entressafra. Esse último garante não apenas uma produção leiteira maior, mas também um leite mais sustentável e que preserva a saúde do solo.

Para Lemainski, o setor lácteo deve almejar ser cada vez mais competitivo se quiser aumentar sua produtividade e rentabilidade. “Temos que enxergar o Rio Grande do Sul como uma única propriedade. O setor cresceu bastante nos últimos anos, mas ainda tem muito espaço para melhorar”, defende.

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, salienta que esse encontro foi muito importante para o setor e trouxe ensinamentos nos mais diversos âmbitos. “Foram apresentados cenários muito práticos e que já vêm sendo trabalhados no aumento da produção leiteira com menor custo e maior sustentabilidade”, afirma. 

Foto em destaque: Pedro Hameister

Os vencedores do 1º Prêmio de Referência Leiteira serão conhecidos durante a Expointer 2022. A entrega do mérito será realizada no dia 31 de agosto durante evento na Casa da Indústria de Laticínios no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), a partir das 11h. Promovido pela Secretaria da Agricultura, pela Emater/RS e pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), o prêmio visa reconhecer as propriedades que se destacam em termos de eficiência produtiva e qualidade do leite. A 2ª edição do Referência Leiteira será lançada logo após a divulgação dos campeões.

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, afirma que o prêmio, lançado na Expointer do ano passado, é uma forma de valorizar e incentivar o trabalho dos produtores gaúchos. “Com o mérito, além de reconhecer sua atuação, ressaltamos a importância das boas práticas nas propriedades para garantir maior eficiência, qualidade e rentabilidade. É uma maneira de estimularmos os avanços na produção de lácteos no Estado”, reforça. Palharini comemora o resultado da primeira edição. “Tivemos excelentes resultados nos índices avaliados, o que nos mostra que os produtores estão no caminho certo. Já estamos ansiosos para o ano que vem”.

O gerente técnico da Emater/RS, Jaime Eduardo Ries, ressalta que o mérito visa estabelecer referenciais em termos de produtividade e qualidade para os produtores de leite do RS, através da mensuração da produtividade da terra (litros de leite produzidos por hectare no ano), da produtividade da mão de obra (litros de leite produzidos por pessoa envolvida com a atividade no ano) e da qualidade do leite. “O prêmio reconhece e valoriza o trabalho de excelência realizado pelos produtores gaúchos e demonstra que no RS as propriedades destaque produzem com eficiência igual as regiões mais desenvolvidas na produção de leite no mundo”.

O prêmio avaliou indicadores de tambos gaúchos no período de outubro de 2021 a junho de 2022 nas categorias: Produtividade da Terra, Qualidade do Leite e Produtividade da Mão de Obra. A primeira examinou a quantidade de litros produzidos por ano em relação à área utilizada (litros/hectare/ano). A segunda classificou índices qualitativos do leite como a Contagem de Células Somáticas (CCS) e Contagem Bacteriana Total (CBT). Nesta categoria, a certificação de propriedades como livres de tuberculose e brucelose rendeu pontos extras aos tambos inscritos. Já na terceira foi analisada a correlação a quantidade de litros de leite produzido nas propriedades com o número de pessoas envolvidas, considerando seu grau de dedicação em termos de carga horária e capacidade laboral.

Os vencedores do prêmio receberão certificado, troféu e notebook. E quem tiver mais pontos acumulados nas três categorias concorrerá ainda a uma premiação extra.

Foto em destaque: Marcos Gruhn

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, apresentou, nesta segunda-feira (15/08), projeto educacional voltado às escolas da rede pública a integrantes do Executivo municipal de Porto Alegre. Recebido pelo prefeito Sebastião Melo, o executivo detalhou as ações projetadas para a Expointer 2022, onde o Sindilat apresentará a peça teatral Na Fazenda. Durante a audiência, que contou com o deputado e grande entusiasta da ação Alceu Moreira, foi debatida a possibilidade de escolas da rede da Capital integrarem-se ao projeto. Segundo a secretária Municipal de Educação, Sônia Maria Rosa, há intenção de encaixar turmas já durante a exposição deste ano. “Esse projeto cai como uma luva em ações de empreendedorismo que já estão sendo realizadas pela pasta”, frisou. Sebastião Melo destacou a força da iniciativa e lembrou que o desenvolvimento do Brasil passa pelo avanço na educação.

O projeto é voltado para crianças de 5 a 10 anos e busca levar informação sobre o setor lácteo aos alunos de forma a explicar a origem do leite e o trabalho do campo à indústria. Palharini explicou que a intenção é dar continuidade a ação ao longo do ano de forma a estimular maior uso do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). “É uma forma de humanizar a produção e fazer com que as crianças tenham contato com o processo. Faz com que a criança, quando colocar a mão na caixinha de leite, saiba de onde esse produto veio. Tenho certeza de que esse projeto será um sucesso e terá muitos desdobramentos”, salientou o Moreira.

Foto em destaque: César Lopes / PMPA

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) esteve presente no lançamento oficial da 45ª Expointer na manhã desta segunda-feira (15/8). O evento reuniu representantes governamentais e do setor agropecuário para apresentar as expectativas para a feira, que neste ano volta com força depois de ter sido realizada de forma on-line em 2020 e em formato híbrido em 2021. Para esta edição da exposição, o Sindilat tem como principal objetivo promover a divulgação do setor lácteo e aproximar ainda mais a produção e o consumidor. É o que diz o presidente do sindicato, Guilherme Portella. “Nós entendemos que a Expointer é o melhor palco para reforçar a importância da produção láctea gaúcha. Queremos que o consumidor veja isso durante a feira”, afirma. O secretário-executivo da entidade, Darlan Palharini, também acompanhou a solenidade.

Durante o lançamento da Expointer, o governador do Rio Grande do Sul, Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), demonstrou grande entusiasmo pela chegada da feira, que ocorrerá entre os dias 27 de agosto e 4 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), e disse estar convicto de que será uma das maiores edições. “A Expointer é o momento em que nós, gaúchos e gaúchas, mostramos para o Brasil e para o mundo a nossa principal vocação. Essa será uma feira que demonstra, principalmente, a nossa resiliência”, enfatizou.

Foto em destaque: Pedro Hameister

Com o objetivo de auxiliar na capacitação de profissionais para a realização de interpretações de laudos de leite, o Funcap, a APL Fronteira Noroeste e o Projeto Suport D Leite, com o apoio da Amufron e do Sindicato da Indústria de Laticínios do (Sindilat/RS), promovem curso nesta quinta-feira (30/6). O evento, que visa contribuir com ajustes no manejo nas propriedades e com a qualificação do leite, ocorrerá na Unijuí Santa Rosa (Bloco A – 316) a partir das 8h.
 
As palestras serão voltadas para técnicos do setor (médicos veterinários, agrônomos, zootecnistas e secretários de agricultura) e abordarão diversos temas como amostragens e suas implicações nos resultados, análises de dieta, análises de doenças, mastite e manejo de ordenhas. As apresentações serão comandadas pela médica veterinária e professora da Unijuí, Denize fraga, e pela bióloga Tadine Secco.
 
Denize destaca que o evento permitirá o debate entre os profissionais e a qualificação para futuras ações em relação à qualidade do leite. “Ele busca permitir uma qualificação em relação a interpretação de laudos de análises de leite com vistas a ajustes de manejo”, acrescenta. O encontro, segundo ela, terá como principais pontos abordados as análises de composição, contagem de células somáticas, cultura microbiológica, contagem bacteriana, leite instável não ácido e nitrogênio ureico, revelando as inter-relações entre estes resultados e suas implicações nos manejos empregados nas propriedades.
 
O Sindilat/RS disponibilizará os produtos para os dois milk breaks que ocorrerão durante o dia.
 

Confira a programação completa:
- Abertura do evento às 8h
- Palestra técnica com a professora Denize Fraga e a mestre Tadine Secco
- Milk break
- Palestra técnica com a professora Denize Fraga
- Intervalo para almoço
- Palestra técnica com a professora Denize Fraga
- Milk break com discussão dos temas abordados no dia
- Encerramento às 17h30min

Agilidade e melhorias operacionais são apontados como os principais avanços do Fundo Operação Empresa do Estado do Rio Grande do Sul (Fundopem/RS) e do Programa de Harmonização do Desenvolvimento Industrial do Rio Grande do Sul (Integrar/RS) para cooperativas e indústrias lácteas. A avaliação dos consultores tributários Júlio Grazziotin e Nery dos Santos Filho foi apresentada em reunião virtual com representantes do setor organizada pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), nesta quinta-feira (19/05), quando detalharam as principais mudanças e oportunidades.

Nery dos Santos Filho destacou que o setor consta como prioritário para obter o incentivo tendo pontuação diferenciada na apresentação de projetos. Além disso, frisou que pelo novo regramento a geração de empregos não é mais critério decisivo para obter o benefício. “O benefício está centrado no incremento de faturamento bruto, desde que haja ICMS devido”. Grazziotin explicou que antes a concessão se baseava no ICMS incremental, e agora no aumento de faturamento. O processo de concessão também se tornou mais ágil. Antes era necessário passar pelo Conselho do Fundopem e ainda aguardar decreto do Governador do Estado. Agora, a partir da aprovação pelo Grupo de Análise Técnica (Gate) e laudo técnico, a empresa tem 120 dias para comprovar que atingiu o objetivo do projeto e poderá assinar o Termo de Ajuste e o financiamento.

O primeiro vice-presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, destacou que é importante o setor entender este novo formato para melhorar cada vez mais a competitividade das empresas. “Vemos o Fundopem como uma contribuição para a evolução das operações”, pontuou.

A respeito do Integrar/RS, que é um incentivo adicional, os consultores frisaram que o setor é um potencial beneficiário também por ser considerado estratégico. Além disso, explicaram que houve mudança na exigência de geração de empregos, sendo considerada esta ou a qualidade de massa salarial. “Se a empresa tem Fundopem tem direito a este incentivo também”, frisou Santos Filho.

Os consultores detalharam, ainda, a possibilidade de se obter benefício via Fundopem Express, modalidade que se destina a empresas de pequeno ou médio porte, com receita operacional bruta igual ou menor a R$ 300 milhões. Neste caso, o objetivo deve ser investir em equipamentos industriais (exceto informática, móveis e utensílios). A simplificação, no Fundopem Express, se dá pelo fato de não ter financiamento, a empresa com projeto aprovado vai direto para a etapa de fruição do crédito fiscal presumido.

A reunião realizada pelo Sindilat contou com a participação do Diretor-Tesoureiro, Ângelo Paulo Sartori, do secretário-executivo, Darlan Palharini, além de representantes de indústrias e cooperativas atuantes no Estado. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Foto em destaque: ElenaMedoks/IStock

Em comemoração ao Dia Internacional do Leite, o município de Chiapetta, no Noroeste do Estado, promoverá uma programação especial no dia 1° de junho. As atividades, que terão início às 6h e têm previsão de encerramento às 18h, incluem palestra, curso de derivados do leite, concurso de sobremesas e apresentação de dados sobre o setor. O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) apoiará a iniciativa com palestra teatralizada intitulada "Minha Felicidade é o Leite". A palestra, que será realizada pela manhã e pela tarde para estudantes, será comandada por Diana Ceolin.

Segundo o prefeito do município, Eder Luis Both (PP), o evento, que já está em sua 2ª edição, representa o reconhecimento e a valorização da Administração Municipal e da comunidade de Chiapetta aos produtores de leite do município e a toda cadeia envolvida. “É uma atividade que exige muito esforço, trabalho e que vem perdendo produtores ao longo dos anos. Menos famílias estão atuando na produção leiteira, porém, a quantidade tem sido estável no município, já que os que permanecem na atividade aumentam a sua produção. A qualidade também aumentou significativamente, resultado de uma profissionalização que estamos vendo e que tem gerado maiores rendimentos aos produtores e, por consequência, ao município”, acrescenta.

A programação inicia no Centro Múltiplo Uso da Praça Carlos Chiapetta com abertura do evento transmitida ao vivo pela Rádio Ciranda FM 105.5. Na ocasião, será servido café da manhã e haverá degustação de queijos. Às 8h30min será realizado teatro para os alunos dos anos finais. "Entendemos que a programação é de extrema importância uma vez que enaltece o trabalho realizado pelos produtores da região e, é claro, fomenta o leite como um importante alimento nas dietas”, reforça o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que acompanhará as atividades.

Agricultores serão recepcionados a partir 10h na Sede da Comunidade Cristo Rei, onde, às 11h, haverá palestra com a empreendedora da Agroindústria Queijos da Nena. Logo após, às 13h, será realizado o concurso de sobremesas derivadas do leite e, às 13h30min, apresentação de dados sobre o setor lácteo, pela Emater/RS. Ainda na parte da tarde, alunos das séries iniciais apreciarão teatro no Centro Múltiplo Uso da Praça Carlos Chiapetta. A peça será a partir das 14h. Às 16h o Senar-RS promoverá curso sobre os derivados do leite. O encerramento está previsto para às 18h com transmissão ao vivo pela Rádio Ciranda.

A biosseguridade é um calibrador de resultados na produção animal. De um lado, o criador, que precisa arcar com custos de produção como nutrição, mão de obra e medicamentos. De outro, o animal tem que, além de ter boa qualidade, precisa pagar a conta do produtor. E o que, segundo a médica veterinária Débora Bernardes, da empresa MS Schippers, pode fazer com que essa balança se desloque para um lado ou para o outro é a biosseguridade. Ela destacou a importância da gestão destas práticas nas propriedades durante o Fórum Estadual da Febre Aftosa nesta quarta-feira (18/5). O evento integrou a 43ª Expoleite e 16ª Fenasul, que acontece no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), até domingo (22/5).

Segundo Débora, a biosseguridade tem como objetivo construir barreiras para que microorganismos não consigam infectar os animais. “Os microorganismos agem como motoqueiros no trânsito. Eles vão desviando de tudo o que podem e passando por qualquer fresta que exista até conseguir infectar um animal”, exemplificou. De acordo com ela, o conceito vem de encontro a preocupações de segurança sanitária, mas também da otimização de recursos utilizados nas fazendas. “Biosseguridade não é um bicho de sete cabeças. Pelo contrário, é fundamental e vai trazer mais lucro, além de proteção, para o plantel e melhores resultados produtivos”.

Na ocasião, a médica veterinária apresentou os principais pilares do Programa HyCare, no qual a higiene é a principal ferramenta para a obtenção de bons resultados na produção. Medidas como manter o ambiente com superfícies impermeáveis, galpão sem pragas, atentar à qualidade da água oferecida aos animais, e ter um manejo otimizado, contribuem na prevenção da contaminação. “São ações simples, que podem bloquear os agentes patogênicos no geral”.

Importância para o status sanitário

A biosseguridade é, inclusive, uma das formas de manter o status sanitário do Rio Grande do Sul como zona livre de febre aftosa sem vacinação. Neste mês, o Estado comemora um ano da conquista da certificação concedida pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). “Em maio de 2021 nós demos um grande recado ao mundo: no Brasil o sistema de saúde animal está se fortalecendo, está primando pela qualidade, e esse certificado internacional reflete um pouco isso”, ponderou o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Geraldo Moraes.

Segundo ele, hoje, 20% do rebanho bovino em praticamente 20% do território nacional tem reconhecimento de livre de febre aftosa sem vacinação. “Temos um grande desafio que é ampliar gradativamente toda essa condição zoosanitária para o restante do país. E ter a experiência do RS, o conhecimento que é produzido aqui nos ajuda e nos traz indicações e diretrizes para atuar também no restante do país”, afirmou Moraes.

Rogério Kerber, presidente do Fundesa, destacou, ainda, a necessidade de se manter a vigilância ativa, a atenção por parte dos produtores, a fiscalização dos órgãos oficiais, o comprometimento por parte do Estado, além de um fundo compatível com a atividade para a preservação do status. “Entendemos que o produtor é um elo importantíssimo dentro do sistema de defesa, porque aquele que tem presença constante com os seus animais, é ele quem tem que dar o primeiro sinal de alerta, o primeiro movimento, procurando as autoridades sanitárias oficiais ou os técnicos privados no sentido de equacionar as questões”.

O chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal, do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Fernando Groff, explicou que o controle de trânsito interno dos animais no RS segue sendo realizado através do registro dessas atividades. “São cerca de 4 mil registros em bovinos por dia, que é o elo principal da cadeia de transmissão. E, claro, tentamos manter as AMRs (atividade de mitigação de riscos), que é aquela barreira que não é fronteira ou divisa”, disse, ressaltando que o maior problema é o trânsito irregular, os produtores que escapam do controle. “E essa é a nossa finalidade em fiscalização e vigilância”, reforçou.

Foto em destaque: YouTube/ Reprodução

Fiscais agropecuários gaúchos responsáveis pela fiscalização das ações do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) participam, ao longo desta semana, do 27º Curso de Treinamento em Métodos de Diagnóstico e Controle de Brucelose e Tuberculose Animal e Noções de Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis. O evento, que iniciou na última segunda-feira (9/5) e se encerra nesta sexta-feira (13/5), acontece em Eldorado do Sul (RS) e conta com a participação de 20 profissionais que serão capacitados para executar as atividades de diagnóstico a campo e participar do Programa. O curso é promovido pelo Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor.

Os participantes estão recebendo treinamento para a execução dos testes de diagnóstico de tuberculose e brucelose, além de treinamento para colheita de encéfalo e remessa de encéfalo para diagnóstico e vigilância de raiva e Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), popularmente conhecida como “doença da vaca louca”. Os profissionais, ainda, estão sendo capacitados para as demais ações de controle e vigilância dessas doenças. “É de extrema importância que tenhamos cada vez mais profissionais capacitados para trabalharem na erradicação e no controle dessas zoonoses a campo, garantindo a qualidade do produto entregue aos consumidores e maior lucratividade nas propriedades”, destaca o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini.

Segundo a pesquisadora do Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (CEPVDF) Angélica Cavalheiro Bertagnolli Rodrigues, esses profissionais atuarão diretamente na prevenção e no controle da brucelose e tuberculose bovina, especialmente em rebanhos leiteiros. “Além da vacinação obrigatória de fêmeas bovinas contra a brucelose, a realização do diagnóstico dessas duas enfermidades, bem como a eliminação dos animais positivos e a Certificação de Propriedades Livres de Brucelose e Tuberculose, são algumas das atividades que os médicos veterinários habilitados junto ao PNCEBT desenvolvem visando auxiliar os produtores de leite”, explica.

A brucelose e a tuberculose são doenças que causam significativas perdas econômicas para a criação de bovinos, especialmente a pecuária leiteira, conforme Angélica. De acordo com a pesquisadora, elas são importantes zoonoses, doenças que podem ser transmitidas ao homem pelo contato com animais infectados e pela ingestão de produtos de origem animal, como o leite. “Por isso a importância da sanidade dos rebanhos leiteiros, para oferecer ao consumidor um produto de alta qualidade nutricional e baixo risco sanitário, além de agregar renda ao produtor de leite”, destaca.

O PNCEBT estabelece medidas de controle de caráter compulsório e outras de adesão voluntária a serem observadas pelo produtor. Por isso, segundo Angélica, é essencial que os produtores estejam atentos às normas e práticas estabelecidas pelo Regulamento do PNCEBT a fim de que as ações preconizadas pelo Programa sejam eficazes e que o impacto negativo dessas doenças seja minimizado.

Foto em destaque: Vilar Ricardo Gewehr