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05/05/2015

A balança comercial de produtos lácteos teve um déficit de cerca de 19 milhões de dólares em abril, mais que o dobro do déficit apresentado em março, que havia sido de 8,7 milhões de dólares.

As importações cresceram de forma modesta, 1,5% (US$ 37,6 milhões), mas o principal fator que causou o aumento do déficit foi a queda das exportações, que diminuíram 34,5%, caindo de 28,3 milhões de dólares em março para 18,6 milhões de dólares em abril.

Tabela 1: Balança Comercial de Lácteos – Abril de 2015

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Fonte: MDIC - Elaboração: MilkPoint Inteligência

Os produtos que tiveram maior diminuição no valor exportado foram o leite em pó integral (-30%) e o leite condensado (-54%). Juntos, ambos produtos foram responsáveis por uma redução de US$ 9 milhões nas exportações de lácteos do Brasil.

Os principais produtos importados foram o leite em pó integral (US$16,1 milhões, +4,9% no valor importado), leite em pó desnatado (US$ 8,4 milhões, -25,9%) e queijos (US$ 7,5 milhões, +25,5%).

As importações de leite em pó, tanto integral quanto desnatado, tiveram origem majoritariamente do Uruguai (57,7%), seguido por Argentina (38,7%) e alguns volumes trazidos do Chile (3,6%).

Analisando as quantidades em equivalente-leite (a quantidade de leite utilizada para a fabricação de cada produto), a quantidade importada foi de 93,3 milhões de litros em abril, queda de 1,1% sobre março. Já as exportações em equivalente-leite tiveram queda de 34,7%, totalizando 30,7 milhões de litros.

Gráfico 1: 2015 x 2014 x 2013 - Importações em equivalente leite (milhões litros/mês)

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Fonte: MDIC - Elaboração: MilkPoint Inteligência

Gráfico 2: 2015 x 2014 x 2013 - Exportações em equivalente leite (milhões litros/mês)

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Fonte: MDIC - Elaboração: MilkPoint Inteligência

05/05/2015

6Após divulgar que apenas 25% dos imóveis rurais do país foram registrados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) até 2 de maio deste ano, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou segunda-feira (04/05) que a data para adesão será prorrogada para 5 de maio 2016, ampliando o prazo para os produtores rurais que não conseguiram se inscrever.

Segundo o novo Código Florestal, de 2012, os agricultores teriam até essa terça (05/05) para cadastrar seus imóveis rurais no sistema do CAR (Siscar), mas a possibilidade de prorrogação por mais um ano também estava prevista na lei.

A decisão da ministra do Meio Ambiente foi formalizada em portaria assinada ontem e que será publicada na edição do Diário Oficial da União de hoje.

O governo vinha sendo pressionado nos últimos dias por várias entidades do agronegócio que pediam mais tempo para os agricultores que ainda não concluíram o processo. O Ministério do Meio Ambiente recebeu 48 pedidos de secretários de meio ambiente, produtores, Ministério Público e bancadas parlamentares para que a data final fosse estendida.

O MilkPoint divulgou aqui que na última quinta­-feira, 30 de abril, um decreto da presidente Dilma Rousseff já havia autorizado à ministra Izabella Teixeira a prorrogar os prazos do CAR. Antes, essa competência era da Presidência da República.

O Serviço Florestal Brasileiro também informou ontem que apenas 52,8% das áreas de imóveis rurais passíveis de cadastro foram inseridas no Siscar, o equivalente a 196,7 milhões de hectares. Ao todo, foram cadastrados 1,4 milhão de imóveis rurais até o último dia 2 de maio.

A ministra ainda informou que somente entre a quinta-­feira, 30 de abril, e o sábado, 2 de maio, o sistema do CAR recebeu a adesão de 30.753 hectares de propriedades rurais. O total de área passível de cadastro no país, porém, é de 373 milhões de hectares.

Segundo Izabella Teixeira, apesar de o governo ter comemorado o fato de 65% dos assentamentos de reforma agrária do país terem aderido ao CAR, a maior dificuldade de cadastro é em pequenas propriedades rurais, onde o governo pretende fazer um trabalho especial para incentivar a adesão. Isso porque dentro do universo de imóveis passivos de cadastro o maior número é de pequenas propriedades.

Dentre todos os imóveis cadastrados no Siscar, o maior porcentual de adesão está entre os de até 100 hectares, que correspondem a 82,8% das propriedades cadastradas. O Estado com a maior adesão proporcional à sua área passível de cadastro é o Mato Grosso, com um índice de 99%. O Estado tem propriedades de grande porte e é o maior produtor nacional de soja.

A menor adesão veio do Estado do Rio Grande do Sul, que mostrou desempenho inferior a 1% em hectares cadastrados.

Contudo, a região com o melhor indicador de adesão ao CAR foi a Norte, onde foram inscritas 70% das áreas passíveis de cadastro.

"Considerando 2014 como um ano muito complexo do ponto de vista político, um ano de eleições, tivemos um bom desempenho no CAR", afirmou a ministra juntamente com o ministro Patrus Ananias, do Desenvolvimento Agrário. "A expectativa é que ainda em 2015 possamos ter a adesão de 100% das propriedades", acrescentou.

As informações são do Jornal Valor Econômico.

05/05/2015

IMG 9086A importação de produtos lácteos está ameaçando e preocupando a cadeia produtiva do setor. Por isso, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, está em Brasília levando o assunto ao conhecimento de deputados e senadores nesta terça e quarta-feira (05 e 06). Ao mesmo tempo, o dirigente está solicitando esforços das autoridades para a abertura de novos mercados aos lácteos brasileiros, na condição de contrapartida de acordos comerciais. Estão na mira do setor lácteo nacional países como México, Rússia, Venezuela e Colômbia.

Conforme números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Brasil importou 28,8 milhões de quilos de produtos lácteos no primeiro trimestre de 2015, contra 22,4 milhões de quilos no mesmo período do ano anterior (aumento de 28%, representando 6,4 milhões de quilos). Já as exportações de leite e lácteos do Brasil para o mercado externo foram bem menores e decrescentes. No primeiro trimestre de 2014, o país exportou 21,7 milhões de quilos e, no mesmo período em 2015, apenas 13,9 milhões de quilos (queda de 36%, equivalendo a 7,8 milhões de quilos).
Analisando a balança comercial, vê-se que entraram no país 14 milhões de quilos a mais de produtos do exterior para concorrer com a produção nacional de lácteos. Esse volume corresponde a 18 dias de produção do Rio Grande do Sul.

Outro dado impactante refere-se às importações de leite em pó integral e desnatado, que foram de 8,9 milhões de quilos no primeiro trimestre de 2014 e 19,8 milhões de quilos nos três primeiros meses deste ano – aumento de 122%. Quer dizer, nesse item, o volume importado muito mais que dobrou.

O Sindilat entende a existência e o funcionamento do mercado internacional, mas acredita também que o setor produtivo e o Poder Público têm de avaliar formas de proteção da produção nacional. Afinal, por trás dessa produção, no caso do Rio Grande do Sul, há cerca de 120 mil famílias de produtores de leite (1,2 milhão, tratando-se do país) e laticínios de todos os portes que estão lutando para superar um mau momento de preços e de rentabilidade.

Entre outros políticos, o SINDILAT contatou em Brasília O Deputado Federal Luiz Carlos Hainze, PP-RS (foto). 

 

 

04/05/2015

escola leite região anta gorda joao favini putingaOs produtores de leite da região de Progresso estão convidados a participar do Projeto Escola do Leite, da Dália Alimentos. As aulas terão início no dia 5 deste mês e se estenderão até fevereiro de 2016.

No total serão dez módulos abordados: Gestão e Planejamento da Atividade Leiteira, Qualidade do Leite e Manejo de Ordenha, Controle de Mastites, Pastagens de Inverno e Verão, Melhoramento Genético, Produção de Pastagens Cultivadas, Criação de Terneiras e Novilhas, Conforto e Bem-Estar de Vacas Leiteiras, Manejo Nutricional do Rebanho e Reprodução de Vacas Leiteiras.

Os municípios visitados pela estrutura da Escola do Leite serão Progresso, Boqueirão do Leão, Canudos do Vale, Sério, Marques de Souza, Barros Casal, Pouso Novo e Fontoura Xavier. As aulas da escola serão ministradas em propriedades de associados, sendo que cada participante deverá frequentar 100% dos encontros para receber o certificado ao final dos dez módulos.

O projeto envolve uma Sprinter equipada com sistema de áudio e vídeo, que percorrerá diversas propriedades com uma sala de aula itinerante. O projeto consiste em aulas referentes a conteúdo da cadeia leiteira e substitui o modelo tradicional de assistência técnica, que demanda a visita do técnico em agropecuária em cada propriedade.

O supervisor de gado leiteiro da Dália Alimentos, Fernando Oliveira de Araujo, justifica a escolha da região para receber o projeto, ressaltando que, nos últimos anos, houve um expressivo crescimento em números de associados e em produção de leite entregue. “Com isso detectamos uma dificuldade em oferecer uma assistência técnica de qualidade, já que muitos produtores recebiam apenas duas visitas por ano. Assim, a Escola do Leite irá intensificar os encontros entre os produtores da região e os técnicos da cooperativa, que agora terão a oportunidade de participar de dez encontros anuais que tratarão de temas específicos sobre produção de leite”, comenta.
O calendário completo, com datas e locais das aulas, pode ser conferido no site: www.dalia.com.br

04/05/2015

195248 tecnologiaAlém dos grandes tratores, colheitadeiras, aviões e helicópteros, que predominam na Agrishow, aqui em Ribeirão Preto, também há espaço para a inovação tecnológica em todos os segmentos do agronegócio, da produção, da industrialização, da embalagem e da distribuição de alimentos. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por exemplo, mostra o resultado de suas pesquisas, inclusive uma que está chamando muita atenção, sobre o desenvolvimento do plástico comestível, com uma infinidade de aplicações. Seu desenvolvimento aproveita rejeitos de alimentos, como tomate, beterraba, cenoura, mamão e maracujá e, ao ser usado, envolvendo de pizzas a aves, não precisa ser descartado na hora do preparo dos alimentos.

A Embrapa Instrumentação, de São Carlos (SP), está usando sobras de goiaba e espinafre. A pesquisa já custou R$ 200 mil, e o produto resultante substitui o material sintético e tem a mesma resistência e textura dos plásticos convencionais. Como pode ser ingerido, terá vários usos na indústria de embalagens. Sachês de sopa, por exemplo, vão direto à panela com água fervente.

O envoltório de aves já pode conter o tempero. Os plásticos comestíveis também aumentam o tempo de vida dos alimentos nas prateleiras, com a adição de quitosana — um polissacarídeo formador da carapaça de caranguejos, que tem propriedades bactericidas. O chefe-geral da Embrapa Instrumentação e coordenador da pesquisa, Luiz Henrique Capparelli Mattoso, garante que o trabalho de desenvolver filmes a partir de frutas tropicais é pioneiro no mundo, por utilizar rejeitos da indústria alimentícia. “Isso garante duas características de sustentabilidade: o aproveitamento de rejeitos de alimentos e a substituição de uma embalagem sintética que seria descartada”, afirma Mattoso. (Jornal do Comércio)

04/05/2015

TABELA CORREIO DO POVOEstão concluídos na Secretaria da Fazenda os estudos sobre quais alterações na área fiscal podem ser feitas para que o governo reestruture as finanças. São três conjuntos de propostas, todos de incremento de receitas: diminuição das desonerações fiscais, aumento de ICMS e cobrança da dívida ativa. Entre eles, vem ganhando fôlego na Fazenda o que trata das desonerações, defendido também pelas entidades de servidores estaduais. A medida, contudo, sofre forte restrição de segmentos do empresariado, afetado pelas mudanças, e que sempre lembra o cenário de guerra fiscal existente no país.

O governador José Ivo Sartori assumiu disposto a rever as desonerações, mas de imediato foi advertido sob a ameaça de fuga de empreendimentos que paira sobre a medida. Sartori e parte de sua equipe consideram, contudo, que há margem para mudança. Dos R$ 13,1 bilhões ao ano em desonerações de ICMS que o RS concede hoje a empresas, é sobre um montante de R$ 7 bilhões que a Fazenda se debruçou, identificando onde podem ser reduzidas.

Os R$ 7 bilhões são a soma das desonerações por força infraconstitucional ou reguladas pelo Estado, como a não incidências de impostos, imunidades, isenções, reduções de base de cálculo, créditos presumidos, não estorno de créditos e estatuto de micro e pequenas empresas. Os outros R$ 5,8 bilhões são de desonerações por força constitucional (entre elas as decorrentes da Lei Kandir) e cuja mudança precisaria ser negociada com a União.

Para a fatia sob poder do Estado, há pelo menos quatro alternativas. Uma é a análise por setores, com medições periódicas sobre a efetividade dos incentivos, seu retorno para o Estado e os contribuintes, vinculada à possibilidade de perda do benefício. A segunda é a instituição de mecanismo que obrigue a publicação de todos os incentivos concedidos, identificando beneficiados, valores e prazos. A terceira é a não renovação, a criação de barreiras de redução ou escalonamento a incentivos cujos prazos terminam e para setores com carga tributária negativa. A quarta alternativa é tema de debate na Fazenda: consiste em estabelecer em orçamento um valor limite para parte das finalidades das desonerações. (Correio do Povo)

30/04/2015

6Agricultores familiares de todo o Brasil têm até o dia 06 de maio para preencher o Cadastro Ambiental Rural (CAR) e continuar acessando políticas públicas e créditos do Governo Federal. O Cadastro é obrigatório e gratuito e tem como finalidade reunir informações ambientais dos imóveis rurais para compor uma base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e de combate ao desmatamento.

A estimativa é de que 5,6 milhões de propriedades rurais façam o Cadastro. Segundo o assessor da Secretaria Executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Marco Pavarino, o agricultor pode ser punido caso não preencha o registro. “Se ele não tiver preenchido o CAR até a data limite, ele estará descumprindo uma determinação da lei. O fato de ele não estar no Cadastro significa que ele será, inclusive, multado por alguma infração ambiental que ele já tenha. Entrar no CAR significa que ele está regularizando a situação ambiental da propriedade dele”, diz.
O CAR, ferramenta do Ministério do Meio Ambiente, é preenchido uma única vez pelos agricultores, que podem acessar novamente o sistema caso haja alguma atualização a ser feita. O registro deve ser feito pela página do sistema na internet – caso o agricultor não tenha acesso, pode preencher de forma offline e salvar as informações no computador, pen drive ou DVD. O produtor deve entrar no link, baixar o programa e seguir as instruções – o próprio sistema fornece as imagens de satélite do imóvel rural.

Ainda de acordo com Pavarino, o Cadastro Ambiental Rural traz informações sobre as áreas de proteção ambiental da propriedade (área de preservação permanente, reserva legal e de uso restrito). Todos os agricultores devem preencher o cadastro, sejam pequenos, médios ou grandes produtores.

“Todos os agricultores devem preencher o CAR, mas os agricultores familiares têm direito a um apoio do poder público para que as propriedades deles sejam inseridas no Cadastro. O MDA está apoiando os agricultores familiares, via Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) ou capacitação, para que os agricultores familiares possam ser inseridos no cadastro”, comenta.

Apoio à agricultura

Para incentivar os agricultores a preencherem o Cadastro, foi criado o Programa de Regularização Ambiental (PRA), que oferece benefícios aos produtores. “Esse Programa só pode ser feito quando o agricultor se cadastrar. Aderindo a esse programa, ele tem alguns benefícios, como ter assistência do poder público, não ser multado em algumas situações e suspender as multas que eventualmente ele tenha”, explica Pavarino.

O MDA disponibilizou um arquivo com o passo a passo para preenchimento do CAR, que pode ser acessado clicando aqui.

As informações são do Ministério do Desenvolvimento Agrário.

30/04/2015

A Fonterra Co-operative Group Limited reduziu seu preço previsto a ser pago pelo leite para a safra 2014/2015 de NZ$ 4,70 (US$ 3,62) para NZ $4,50 (US$ 3,46) por quilo de sólidos do leite – o equivalente a US$ 0,27 por litro para US$ 0,26 por litro, uma redução de 4,3%. Quando combinado com a faixa estimada de dividendos anunciada anteriormente, de NZ$ 0,20 a 0,30 por ação, o valor do Pagamento Total passa para NZ$ 4,70 a NZ$ 4,80 por quilo de leite (US$ 3,62 a US$ 3,69 por quilo de sólidos ou US$ 0,27 a US$ 0,28 por litro) na atual safra.

O presidente da Fonterra, John Wilson, disse que a redução foi reflexo da volatilidade contínua dos preços internacionais das commodities lácteas, causado pelo excesso de oferta no mercado.

“Nós confiamos nos fundamentos a longo prazo da demanda internacional de leite e derivados, entretanto o mercado ainda não se adaptou e os preços no gDT (plataforma Global Dairy Trade) para produtos que influenciam a nossa previsão de pagamento caíram 23% desde fevereiro. Essa redução irá afetar o fluxo financeiro dos nossos produtores, que precisarão manter-se cuidadosos em seus gastos”.

Gráfico 1. Histórico de preços do gDT

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“Os produtores já estão com o orçamento apertado. Embora a redução não seja uma notícia agradável, é importante mantê-los atualizados devido às incertezas do mercado atual. Devido a redução da previsão de pagamento pelo leite, nós também estamos abaixando a faixa de pagamento mensal aos fazendeiros. Iremos manter nossos produtores atualizados conforme o decorrer da safra”, concluiu Wilson.

O diretor executivo da Fonterra, Theo Spierings, disse que a falta de acordos geopolíticos em locais como Rússia, Oriente Médio e norte da África impactam a demanda global por lácteos. Segundo Spierings: “Eventos como o deslocamento de refugiados da Líbia para a Europa somados a fatores como a baixa nos preços do petróleo, afetam a demanda global por produtos lácteos”.

A Fonterra também anunciou sua estimativa mais recente para a produção de leite da Nova Zelândia na estação atual: 1,607 milhões de quilos de sólidos. A quantidade é baseada nas recentes condições de produção, mas o valor final dependerá das condições até o final da safra.

As informações são da Fonterra, traduzidas pela Equipe MilkPoint.

30/04/2015

11212294 769663123148112 404225362 nO Workshop “Avaliação de Risco" promovido pela parceria ABLV & G100 sob patrocínio da empresa de embalagens cartonadas SIG Combibloc, foi realizado nessa terça-feira (29/04), em Passo Fundo/ RS . Na oportunidade, os participantes receberam uma cartilha lida e discutida detalhadamente com a ajuda da empresa de consultoria "Gestão Láctea".

O workshop também contou com a palestra do chefe do Laboratório de Qualidade do Leite da Embrapa Gado Leite – CNPGL, Marcelo Bonnet, que fez explicações sobre o leite no estado do Rio Grande do Sul. O diretor executivo do Sindilat, Darlan Palharini, relatou sobre os projetos técnicos voltados para apoiar as empresas e os produtores nas questões de segurança alimentar ao longo da cadeia láctea. Ele detalhou os projetos que se encontram em andamento.

O Workshop “Avaliação de Riscos“ teve a presença de 110 técnicos das empresas e cooperativas dos laticínios do Rio Grande Do Sul e de Santa Catarina. Os técnicos dos laticínios presente são responsáveis sobretudo pela compra e recepção de leite que chegam às indústrias e cooperativas. Outros workshops serão desenvolvidos no interior de São Paulo, Goiânia, Belo Horizonte e Garanhuns (PE). (Terra Viva)

29/04/2014

O desequilíbrio entre exportações e importações de produtos lácteos no primeiro trimestre do ano acendeu o que o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, define como “alerta do setor”, que vai pedir “medidas corretivas” às autoridades.

Será mobilizada a bancada gaúcha para pedir ao governo federal que dificulte a entrada do produto no mercado interno ou busque mais alternativas para vender o excedente no exterior. Levantamento de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior feito pelo Sindilat mostra que, no primeiro trimestre deste ano, o Brasil importou 28,8 milhões de quilos de lácteos, ao custo de 100,5 milhões de dólares, volume e valores superiores aos 22,5 milhões de quilos e 95,5 milhões de dólares do mesmo período de 2014.

Ao mesmo tempo, as exportações foram bem menores e decrescentes, caindo de 21,7 milhões de quilos, com ingresso de 78,7 milhões de dólares, para 13,9 milhões de quilos a 51,8 milhões de dólares. Guerra observa que o Brasil produz mais de 36 bilhões de litros de leite por ano e está no caminho de se tornar autossuficiente e exportador, situação que não combina com os atuais números da balança comercial.

Para o dirigente, essas importações acabam desregulando o mercado interno, tirando a margem da indústria e prejudicando os produtores também. “Entendemos que está entrando mais do que é preciso e tem que haver controle”, ressaltou.

Segundo Guerra, no mercado interno o preço do leite longa vida reagiu e o do leite em pó ainda precisa melhorar. “Entrando produto de fora aumenta a oferta e fica difícil recuperar o preço”, salienta. “Os órgãos brasileiros têm que trabalhar protegendo a cadeia láctea brasileira”, reiterou Guerra. O secretário da Agricultura, Ernani Polo, considera a questão “muito preocupante”, pois entende que ampliar importações no momento em que há crescimento na produção significa dificultar o escoamento do produto em todo o país.

A situação é mais crítica para o Rio Grande do Sul, que envia 60% de sua produção para outros estados e para fora do país. As compras no exterior, mesmo que feitas por outros estados, dificultam a circulação do produto gaúcho. Polo frisa que é preciso conscientizar o governo brasileiro da importância que o setor leiteiro tem na economia do país e da necessidade de reduzir a importação. (Correio do Povo)

volume

Tabela Importação/Exportação 1º Trimestre 2014/2015 em Volume (litro):

volume dois

Dias de produção do RS correspondente à diferença exportação/importação:

volume tres

Dados: MDIC