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Porto Alegre, 23 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.208

  Italac doou mil cestas básicas para famílias de Passo Fundo 

As empresas associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) estão reforçando a corrente de solidariedade com a continuidade de doações de leite, cestas básicas e artigos de higiene às comunidades carentes e profissionais de saúde das cidades onde tem unidades em operação. Em Passo Fundo, a Italac realizou recentemente a entrega de mil cestas básicas para a prefeitura distribuir às famílias da cidade que desde 2009 abriga unidade do laticínio.

Além das cestas básicas, a Italac contribuiu com a doação de leite e alimentos para instituições de saúde locais e com apoio para a aquisição de equipamentos de proteção individual (EPIs), além do repasse de recursos ao município para adquirir testes para diagnóstico de Covid-19. "Estamos somando e colaborando cada vez mais para que, juntos, possamos enfrentar esse momento de dificuldades", afirmou o assessor da diretoria da Italac, Felipe Freiria. (Imprensa Sindilat com informações da Italac)

Cooperativa Piá já doou 11 toneladas de lácteos para municípios do RS
Com a chegada da pandemia da Covid-19 no país, diversas empresas têm realizado iniciativas de responsabilidade solidariedade para amenizar os impactos provocados na vida da população. É o exemplo da Cooperativa Piá, de Nova Petrópolis. Até o momento, a empresa associada ao Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) já doou 11 toneladas de iogurtes, bebidas lácteas e leite para agentes de saúde localizados em Nova Petrópolis, Gramado, Picada Café, Feliz, Morro Reuter, Vila Flores e Marau.

Em Porto Alegre, por meio do Banco de Alimentos, foram entregues produtos lácteos para o Asilo Padre Cacique, Pão dos Pobres e Spaan. A ação da Piá foi uma forma de retribuir o trabalho prestado pelos agentes de saúde no combate ao coronavírus. Segundo o gerente de marketing da Piá, Tiago Haugg, novas doações estão previstas nas próximas semanas, atendendo às necessidades de cada unidade de saúde e entidades.  (Imprensa Sindilat com informações da Cooperativa Piá)

Lactalis do Brasil entrega 300 litros de álcool para prefeitura de Teutônia
Em tempo de pandemia, ações para beneficiar entidades, hospitais e famílias mais carentes têm ganhado espaço em todo país. Com fábricas em 19 municípios brasileiros, a Lactalis do Brasil, uma das empresas associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), intensificou a doação de produtos para o município de Teutônia, onde mantém unidade em operação. Desta vez, a ação está contemplando os profissionais de saúde. Para a prefeitura foram encaminhados 300 litros de álcool 70% glicerinado para fortalecer o atendimento que vem sendo realizado pelas equipes de saúde no enfrentamento ao coronavírus. 

O álcool em gel, fundamental para a assepsia no combate à doença, foi doado também pela Lactalis também às outras 18 comunidades espalhadas pelo Brasil, onde o grupo mantém operações. "Também contribuímos com a entrega de alimentos em instituições de saúde de São Paulo, como o Hospital de Clínicas e a Santa Casa", afirma o diretor de comunicação externa da Lactalis, Guilherme Portella. (Imprensa Sindilat)
                   
Rabobank: Impactos do Covid-19 no consumidor brasileiro

A pandemia de coronavírus causou uma dor significativa ao consumidor brasileiro, com o desemprego aumentando e a renda declinando nos próximos meses. Além do choque inicial do período de bloqueio, em que supermercados e farmácias tiveram um bom desempenho, os hábitos dos consumidores devem mudar e se assemelhar a algumas das tendências observadas durante a última recessão em 2015-2016.
 
Choque inicial e maior impacto à frente
 
• Grande parte do país permanece no modo de isolamento social, sem clareza sobre quando e como essas medidas serão relaxadas ou levantadas. 
• Em 13 de abril, Santa Catarina se tornou o primeiro estado a anunciar a reabertura de alguns varejistas, restando restrições às escolas e shoppings.
• Supermercados e farmácias registraram maiores vendas em março e início de abril em âmbito nacional, com a Cielo, empresa de pagamentos eletrônicos, que registrou um aumento de 3% em março e um aumento de 4,7% na primeira semana de abril, em comparação com o mesmo período de 2019 .
• A Cielo também mostrou que as vendas no setor de serviços caíram 45% em março no Brasil, enquanto os bens duráveis caíram 33%. Na primeira semana de abril, os serviços caíram 73% e o turismo caiu 91%.
• Elo, outro grupo de pagamentos eletrônicos, registrou uma forte contração de 65% nas vendas em bares e restaurantes na última semana de março, enquanto a Cielo indicou que as vendas em bares e restaurantes diminuíram 71% na primeira semana de abril.
• As vendas on-line devem crescer significativamente este ano, com os supermercados registrando um aumento de 80% em março, de acordo com um relatório da ABComm.

Brasil defende revisão de barreiras comerciais e critica subsídios durante a pandemia

Em evento virtual do G20 com ministros da Agricultura, Tereza Cristina propõe "nova mentalidade" para combater escassez de alimentos no mundo 

Em videoconferência com ministros da Agricultura dos países do G20 para discutir o impacto do Coronavírus sobre o setor, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) alertou para a necessidade de rever neste momento barreiras comerciais injustificáveis e subsídios que premiam a ineficiência e podem afetar o abastecimento de alguns países.  
“O Covid-19 nos oferece a oportunidade de repensar nosso comportamento coletivo. Vamos vencer a luta contra o Covid-19 juntos e emergir dele com uma mentalidade para finalmente alcançar segurança alimentar global estável e meios de vida decentes para toda a humanidade”, disse a ministra, no evento virtual desta terça-feira (21). A posição do Brasil foi convergente com a de outros países como Estados Unidos, China, Alemanha e Emirados Árabes. 
Organizado pela presidência temporária do G20, a videoconferência teve como objetivo aprimorar a cooperação global e garantir o fluxo de produtos agrícolas para proteger a segurança e nutrição alimentar global durante a pandemia. Para a ministra, felizmente, a curto prazo, há comida suficiente para todos. Mas é preciso trabalhar os desafios de abastecimento mundial impostos pelo Covid-19.
Segundo Tereza Cristina, o Brasil é um parceiro confiável no fornecimento de alimentos e tem demonstrado capacidade para suprir as necessidades de mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo. “Demonstramos por nossas ações que o Brasil é um parceiro confiável, responsável e solidário. Por reciprocidade, também queremos ter um forte compromisso do resto da comunidade internacional. A confiança é uma via de mão dupla: estabilidade e previsibilidade no lado da oferta exigem estabilidade e previsibilidade no lado da demanda”. 
Por isso, alertou a ministra na videoconferência do G20, as barreiras comerciais não devem ser levantadas apenas quando ocorrer uma calamidade, sempre que for conveniente para combater o medo da escassez de alimentos. “Abandonaremos a retórica, tomando medidas efetivas para realmente melhorar a subsistência dos mais vulneráveis? Ou admitiremos a armadilha de usar a pandemia como uma desculpa para manter os interesses paroquiais enraizados, através da perpetuação do protecionismo?”, disse a ministra.  
A ministra também criticou o uso de subsídios neste momento da crise, pois acabam criando uma concorrência desleal para países em desenvolvimento e afetam as condições de vida no campo. “O comércio agrícola justo permitiria a disseminação de melhores condições nas áreas rurais, onde a maior parte da pobreza do mundo está concentrada”. 
Para Tereza Cristina, o Brasil está preparado para fazer sua parte e se compromete não apenas como um dos protagonistas na produção agrícola mundial, mas também como defensor da transformação positiva em benefício das gerações futuras. 
A reunião virtual contou com a participação do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, do diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, e do diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Qu Dongyu. (MAPA)
 
                    
Com o aval do Senado, a inclusão de agricultores familiares entre os beneficiados pelo auxílio de R$ 600 do governo federal depende só da sanção presidencial. O projeto de lei já tinha sido avaliado, mas como a Câmara aprovou substitutivo, precisou ser apreciado novamente. Embora criada em razão da covid-19, a ajuda é esperança de renda também para produtores do RS afetados pela estiagem. (Zero Hora)
 
 

 

Porto Alegre, 22 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.207

  GDT – Global Dairy Trade

O Índice GDT do evento realizado ontem, 21/04/2020, intensificou o impacto da pandemia sobre o setor lácteo. Exceto o cheddar (+1,9%) e a Lactose (+12,0%) não registraram queda. Mas os principais produtos do evento, AMF (-7%), SMP (-4,9%) e WMP (-3,9%) tiveram quedas consistentes. 

Acumulando perdas de 26,81%, 6,08% e 10,57%, respectivamente, em relação aos resultados do primeiro evento de janeiro de 2020. E o próprio índice tem um valor 13% menor quando comparado com o início do ano.  

Exceto o SMP, que em 2018 sofreu fortes desvalorizações como consequências dos estoques na Europa tornando a base de comparação já bastante baixa, não encerrou o evento com valor menor do que o registrado em abril de 2018. Mas, a manteiga anidra (AMF) e o WMP perdem 33,28% e 18,24%, respectivamente, nessa mesma comparação. (GDT/Terra Viva)

                    

Leite: preço cai após indústrias aumentarem processamento do UHT

Em live, o sócio da Piracanjuba, César Helou, citou a possibilidade de redução da ração dos animais para baixar a produção e o descarte de vacas

Os preços do leite no mercado spot (negociação da matéria-prima entre laticínios) voltaram a recuar na primeira quinzena de abril, aprofundando um quadro visto na segunda metade de março, quando as cotações começaram a ceder sob os efeitos da quarentena para conter o avanço do novo coronavírus no país.

Um levantamento da Scot Consultoria nos principais estados produtores mostra que os preços nesse tipo de negociação caíram 8% em São Paulo nos primeiros 15 dias de abril em comparação com a segunda metade de março, para R$ 1,488 por litro, em média.

No Paraná, o recuo foi 7%, para R$ 1,442, e, no Rio Grande do Sul, de 7,9%, para R$ 1,450. Em Minas Gerais, a retração entre a segunda quinzena de março e a primeira de abril foi de 6%, para R$ 1,473 por litro. Em Goiás, a queda quinzenal foi de 2,5%, a R$ 1,455 por litro, em média. 

No começo de março, os preços da matéria-prima no spot tinham registrado alta depois de uma corrida de consumidores ao varejo para se estocar, o que elevou as vendas de leite longa vida e seus preços. Mas as medidas de isolamento social afetaram food services, como restaurantes e bares, o que reduziu a demanda por queijos. 

O analista da Scot Rafael Ribeiro explica que isso levou empresas do segmento de queijos, principalmente as de menor porte, a ofertarem leite cru no mercado spot, uma vez que viram a demanda minguar. “Há uma maior oferta advinda dos queijeiros, segmento que está com dificuldade de vendas, e por isso têm ofertado mais leite no mercado spot”, observou. 

Com a maior disponibilidade de leite para processamento pelas indústrias, os preços caíram. Nesse cenário de maior oferta de matéria-prima, as cotações do leite longa vida no atacado na primeira quinzena de abril também recuaram após terem se valorizado nas duas quinzenas de março, quando a demanda no varejo estava aquecida. 

De acordo com a pesquisa da Scot, a cotação média no atacado de São Paulo, Minas e Goiás registrou queda de 4,6% na primeira metade deste mês, para R$ 2,64 por litro. Na quinzena anterior, havia subido 7%. O levantamento mostrou que a mussarela, produto largamente consumido no food service, teve recuo de 3,1% na média desses três estados nos primeiros 15 dias deste mês, para R$ 17,74 o quilo. 

Em evento da XP Investimentos na semana passada para discutir o mercado de alimentos durante a atual crise do novo coronavírus, o sócio do laticínio Piracanjuba, César Helou, disse que a queda na demanda por queijo do food service é um problema grave do setor hoje. “Boa parte (do queijo) vai para food service e o food service reduziu quase 100%”, comentou.

Assim, segundo ele, existe uma ‘sobra de leite hoje no Brasil, que foi absorvida num primeiro momento pelas indústrias de leite longa vida. Mas como as indústrias conseguiram abastecer o mercado, a tendência nesta semana é começar a diminuir a produção de leite longa vida para estabilizar a oferta com a procura. Com isso, vai sobrar leite no campo’, previu o sócio da Piracanjuba. 

Helou disse que não se sabe o que o produtor de leite irá fazer para equilibrar oferta e demanda. Citou possibilidades como a diminuição da ração dos animais para reduzir a produção e o descarte de vacas. “Há um problema. A vaca não sabe que estamos numa pandemia e continua dando leite. Se não houver um equilíbrio da oferta, corremos o risco de acontecer o que está acontecendo nos EUA, onde toneladas e toneladas de leite estão sendo descartadas nas fazendas”, lamentou. (Canal Rural)

 
 
Em época de pandemia, corrente de solidariedade em prol da saúde
Doações da comunidade e de empresas permitem a proteção dos profissionais da saúde e da população que procura atendimento nos postos de saúde 
Desde o final de março, Teutônia tem percebido uma verdadeira corrente de solidariedade em prol da saúde. Diversas doações foram recebidas, como máscaras, luvas, álcool em gel e líquido, aventais e óculos, que permitem a proteção dos profissionais de saúde que estão na linha de frente no combate ao novo coronavírus (Covid-19), bem como da população que procurar as unidade básicas de saúde.
O prefeito reforça a importância das doações de materiais recebidas até então e que ainda podem ser feitas, que são essenciais para o trabalho das equipes. “Com a união de esforços vamos minimizar o contágio do novo coronavírus no nosso município. E as doações de entidades, empresas e comunidade vão ser fundamentais para que isso ocorra. Com os profissionais de saúde bem protegidos, também se protege a nossa população. O nosso muito obrigado a todos que estão colaborando com esta causa”, agradece.
No dia 24 de março, a Prefeitura disponibilizou o contato de um servidor, que centralizou parte das doações recebidas, retirando-as em várias situações. Empresas, entidades e comunidade doaram diversos materiais, que já estão sendo utilizados pelos profissionais de saúde e que, também, serão de suma importância no Centro Temporário de Atendimento às Doenças Respiratórias, que deve entrar em funcionamento nos próximos dias.
Dentre as doações recebidas, estão:
– Reinigend Química (Teutônia) – 100 litros de álcool gel;
– Piccadilly (com unidade em Teutônia) – 150 máscaras PFF2 e 2.000 luvas de procedimentos;
– Lactalis (com unidade em Teutônia) – 300 litros de álcool 70% glicerinado;
– Adama Brasil (Taquari) – 10 macacões Tyvek;
– Motomecânica Teutocar (Teutônia) – 5 óculos de proteção e 7 máscaras PFF2;
– New Tintas (Colinas) – 15 litros de álcool gel;
– Picky Lanches (Teutônia) – 5 litros de álcool gel;
– Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) – 25 protetores faciais;
– entre outras doações.
A Cooperativa Languiru doou 15 pulverizadores à Secretaria de Obras, que está permitindo a sanitização de espaços públicos, visando, também, o combate do novo coronavírus. Além dessas doações, empresas, entidades e voluntários estão confeccionando máscaras para os profissionais de saúde. Dentre as iniciativas envolvidas na confecção das máscaras, estão:
– Confecções Karisma;
– Ruverim Confecções;
– Calçados LDK;
– Equipe de voluntárias da Piccadilly;
– Equipe de voluntárias da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana Redentor;
– Equipe de voluntárias da Rede Apostólica Cristã;
– Sindicato dos Municipários de Teutônia.
Devido à grande demanda, não apenas no Município, alguns materiais essenciais para o trabalho das equipes ainda estão em falta ou com poucas unidades em estoque. Assim, a Prefeitura de Teutônia pede a colaboração de empresas e da comunidade, para quem tiver os itens disponíveis para doação, que entre em contato pelo celular (51) 99951-1005, com Valdir Griebeler. Se necessário, servidores da Prefeitura farão o recolhimento.
Dentre os materiais que podem ser doados, estão:
– Máscaras descartáveis;
– Máscaras PFF2 sem válvula ou N95;
– Álcool gel;
– Álcool líquido 70%;
– Avental descartável;
– Óculos de proteção transparente. (Teutônia)
 
                    
R$ 689,97 bilhões
é a estimativa para o Valor Bruto da Produção Agropecuária brasileira neste ano. Quantia 7,6% maior do que a do ano passado e puxada por altas na pecuária e nas lavouras. Na contramão desse cenário, o Rio Grande do Sul, impactado pela estiagem, terá encolhimento no faturamento do setor, que deve somar R$ 55,84 bilhões. (Zero Hora)
 
 
 

 

Porto Alegre, 20 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.206

  Lideranças defendem melhor organização da cadeia leiteira

Em entrevista ao vivo, no Instagram da Globo Rural, representantes da indústria e dos produtores falam sobre as necessidades do setor e os efeitos da pandemia de coronavírus

A cadeia produtiva do leite precisa de uma melhor organização para aumentar a sua competitividade e para que o produtor possa ter previsibilidade e acesso à tecnologia. A avaliação foi feita por representantes de produtores e da indústria, em entrevistas ao vivo transmitidas pelo perfil da Globo Rural no Instagram, nesta sexta-feira (16/4).

Capital de giro
Uma das principais necessidade destacadas pelas lideranças da cadeia produtiva do leite durante a transmissão é a de capital de giro. Geraldo Borges, da Abraleite, explicou que o produtor não tem controle sobre o preço de venda de seu produto para o laticínio. E acrescentou que, entre o momento da entrega e do pagamento pelo produto, leva de 30 a 40 dias. E que isso acaba afetando o planejamento do negócio.

“Tem produtores que não se organizam para adquirir a soja e o milho no melhor momento. O leite tem que ser trabalhado com planejamento anual. O pequeno tem mais dificuldade porque não tem capital de giro”, disse ele, lembrando que os preços de insumos como o milho e a soja estão mais altos nesse período.
Da parte da indústria, Darlan Palharini, do Sindilat/RS, indicou que as empresas vivem situação semelhante em relação aos seus clientes. Segundo ele, o tempo que a indústria leva para receber do mercado varejista varia entre 60 e 90 dias.

“Tem um desencaixe nesse sentido. O produtor tem entendido essa realidade, mas a gente não consegue trazer o varejo para sentar junto. E temos uma situação no Brasil em que o leite UHT virou produto de promoção em supermercado”, argumentou Palharini, explicando que, muitas vezes o varejista vende o leite a um preço mais baixo para usar o produto como chamariz e compensar no seu mix de venda. (Revista Globo Rural, adaptado por Sindilat)

                    
Excesso de estoque faz petróleo americano atingir menor patamar da história
O valor do barril do petróleo americano atingiu o menor patamar da história nesta segunda-feira (20), sendo negociado no terreno negativo — ou seja, abaixo de US$ 0. A baixa é referente aos contratos de entrega para maio, que já estão prestes a expirar, e simboliza um grave problema no setor: receio com o excesso de estoque — a demanda recua em 30% pela pandemia do novo coronavírus.

Com os operadores do mercado de energia tentando se livrar freneticamente dos contratos referentes à maio, o recuo de mais de 90% abriu o maior spread da história entre o contrato atual e o próximo, diante da falta de armazenamento para a commodity.

Às 14h51, o valor do petróleo dos Estados Unidos caía US$ 15,77, ou 86,32%, sendo negociado a US$ 2,5 por barril. Já o segundo vencimento do petróleo nos EUA operava em queda de mais de 11%, a US$ 22,15.

Embora países produtores tenham concordado em reduzir bombeamento e as maiores petroleiras do mundo também estejam diminuindo produção, os cortes não serão rápidos o suficiente para evitar problemas nas próximas semanas.

"Como a produção continua relativamente incólume, os estoques têm enchido a cada dia. O mundo está usando cada vez menos petróleo e os produtores agora sentem como isso se traduz em preços", disse o chefe de mercados de petróleo da Rystad, Bjornar Tonhaugen.

Como resultado, operadores de contratos futuros, que geralmente conseguem passar com tranquilidade do contrato vencido para o próximo, estão encontrando poucos compradores dispostos a receber os barris do vencimento maio. Conforme mais traders tentavam se livrar do contrato, ele entrou em colapso.

"A cavalaria (cortes de oferta pela Opep+) não vai chegar a tempo de salvar o mercado do petróleo. Essa deve se provar como uma das piores entregas da história. Ninguém quer ou precisa de petróleo neste momento", disse Phil Flynn, analista sênior de mercado do Price Futures Group em Chicago.

O petróleo Brent recuava US$ 1,7, ou 6,05%, a US$ 26,38 por barril, às 14h51, no horário de Brasília. 

Quando um contrato futuro expira, operadores precisam decidir se recebem a entrega ou rolam suas posições para um novo contrato futuro. Normalmente, o procedimento é relativamente tranquilo, mas a queda do contrato maio reflete preocupações de que muita oferta possa chegar ao mercado, com os embarques de países da Opep (como a Arábia Saudita) reservados em março podendo causar um excesso de oferta.

A capacidade disponível de armazenamento está diminuindo rapidamente no centro de distribuição de Cushing, em Oklahoma, onde ocorrem as entregas físicas dos barris de WTI comprados nos mercados futuros. Há quatro semanas, 50% do centro estava cheio agora, são 69%, segundo o Departamento de Energia dos EUA. (CNN Brasil)

 
 
 

Kantar: consumo no Brasil sofreu retração na primeira semana de quarentena
O isolamento social muda os hábitos de consumo, e no Brasil houve retração durante o mês de março. Esta é a principal conclusão de um estudo apresentado pela Kantar, líder global em dados, insights e consultoria, sobre os impactos da pandemia no Brasil e no mundo.

Na comparação entre a semana do dia 9, na pré-quarentena, e a do dia 23, houve redução de 8% no gasto total dos consumidores, 5% na frequência de viagens aos pontos de venda e 9% no tamanho da cesta (quantidade de itens). O mesmo cenário foi registrado na China, onde a recuperação só se deu seis semanas após o início da quarentena.

O abastecimento inicial dos lares na semana de 16 de março foi principalmente com categorias básicas e não perecíveis. Gastos com papel higiênico, por exemplo, aumentaram 47% em relação à semana anterior. Em seguida vieram sabonete, com 41%, detergente (40%) e água sanitária/alvejante (38%). Alimentos, como leite, açúcar, derivados de tomate, iogurte e massa, também se destacaram.

Já na semana de 23 de março, as categorias que mais cresceram foram linguiças e embutidos (+15%), água sanitária e alvejantes (+8%), água mineral (+8%), frangos (+7%), leite (+6%), acessórios de limpeza (+6%), alimentos para pets (+5%), iogurte (+2%) e pão industrializado (+2%). Em compensação, a cesta que sofreu maior impacto foi a de higiene. Os gastos com absorventes e desodorantes caíram 34%, creme dental 30% e produtos pós xampu 28%. A retração também foi notada nos produtos indulgentes. Entre eles, salgadinhos (-23%), sucos (-19%), refrigerantes (-13%) e achocolatados (-11%).

“Na pós-estocagem foram priorizados os produtos para limpeza da casa e os não perecíveis. Já entre os formatos, o varejo tradicional permaneceu importante, enquanto farmácias e hipermercados perderam espaço entre os consumidores brasileiros”, explica David Fiss, Diretor de Client Service & New Business da Kantar. (Kantar) 

 
 
 
Mercado de lácteos registra movimento atípico em março e incertezas preocupam setor 

Comportamento dos consumidores diante do isolamento social refletiu na alta demanda pelo leite UHT e queda nas vendas de queijos 

As dificuldades frente ao cenário econômico atual, devido à pandemia do novo coronavírus, acenderam o sinal de alerta entre produtores e indústrias de leite. O comportamento atípico nas comercializações durante o mês de março foi o assunto que permeou a reunião do Conseleite-PR, realizada nesta terça-feira (14), por meio de videoconferência, seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde.

No panorama geral, em comparação ao período de fevereiro e março do ano passado, é possível verificar uma alta brusca no volume de produtos comercializados. Segundo a professora Vânia Guimarães, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), isso é explicado pelas “compras de pânico”, que levaram muitos consumidores a estocar alimentos no início do período de isolamento social. Nesse sentido, o leite UHT foi o produto que obteve maior crescimento no volume de vendas, com alta nos preços entre o final de março e início de abril. “Esse movimento é compreensível pelo pânico de estocagem, que gera demanda a curto prazo, mas é algo que provavelmente não se sustentará nas próximas semanas. Tudo indica que haverá reversão de preço”, explica.
Outros produtos não tiveram o mesmo comportamento, como é o caso do queijo muçarela, que apresenta uma reação completamente oposta. O mercado de queijos, de forma geral, foi o que mais sofreu impactos negativos, com redução brutal do volume comercializado. “São movimentos de queda nunca antes vistos, o que causa preocupação. Isso está relacionado à elasticidade-renda da demanda, ou seja, o cenário de recessão traz uma queda na renda da população e, consequentemente, há diminuição do consumo. Além disso, por causa do isolamento social, todo o setor de food service, que inclui restaurantes, pizzarias, lanchonetes, entre outros, estão com as vendas prejudicadas”, aponta a professora Vânia. 

O professor José Roberto Canziani, da UFPR, destaca, ainda, a preocupação em relação ao nível de estoque das empresas. Uma das alternativas foi a aposta no leite em pó, que teve aumento mais expressivo no preço e na comercialização do mercado interno. Mas o alerta em relação ao cenário de incertezas permanece o mesmo. “O favorecimento aconteceu nessa situação inicial de aumento de demanda, mas não significa que tenha sustentação. Vale lembrar também que esse produto ainda está em estoque e não foi comercializado”, complementa Canziani.

Por definição do Conseleite-PR, o valor de referência do leite entregue em março (a ser pago em abril) ficou estabelecido em R$ 1,3377, aumento de 3,33% em relação ao valor final de fevereiro. O valor de projeção para o leite entregue em abril (a ser pago em maio) não será divulgado, visto que, devido às incertezas ocasionadas pela pandemia do novo coronavírus, o levantamento não reflete o cenário real de mercado. A divulgação irá ocorrer após realização de reunião extraordinária no dia 28 de abril. (Coordenação de Comunicação Social do Sistema FAEP/SENAR-PR)  

 
                    
Funrural constitucional
Decisão tomada em plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucional a cobrança previdenciária do Funrural para segurados especiais. O placar foi de 6x4. - Nessa nova ação, discutia-se a contribuição específica do segurado especial - explica Augusto Bercht, advogado do escritório Souto Correa. Segurados especiais têm de recolher 1,2% sobre a comercialização feita a consumidores ou de produtor para produtor. No caso de venda para empresas, o recolhimento do tributo é feito por elas. O pagamento, frisa a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS), é a forma para que produtores familiares possam ter direto a aposentadoria, auxílio-doença e outros benefícios previdenciários. A entidade diz que a decisão foi acertada e reforça orientação. (Zero Hora)
 
 

 

Porto Alegre, 17 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.205

  Produção/AR

A Fundação para a Promoção e Desenvolvimento da Cadeia Láctea Argentina (FunPEL) alertou que na próxima primavera poderá reunir condições que provoquem uma sobre-oferta de leite no mercado local.
A produção de leite no primeiro trimestre de 2020 cresceu 9% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo o Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla). 
Se for mantida essa tendência de produção, a oferta projetada de leite para 2020 seria de 10.780 milhões de litros, o que representaria crescimento de 4,2% em relação a 2019. 
Com esses valores, teríamos 437 milhões de litros adicionais no ano de 2020 (1,2 milhões de litros de leite a mais, por dia).
A questão é que 2020 começou com um estoque de lácteos 12,9% superior em relação ao começo de 2019, que em cifras absolutas representa um volume adicional de 103 milhões de litros de equivalente leite, o que, em sua maior parte, corresponde a queijos curados ou semi-curados. 
As exportações, que começaram bem o ano, crescendo 18% em volume no primeiro trimestre e 34% em valores, também em relação ao mesmo período de 2019, em março começaram a cair, pelo efeito combinado da queda do preço do petróleo (muitos dos grandes compradores de lácteos são exportadores de óleo cru) e a desaceleração econômica promovida pela pandemia do Covid-19.  
Se for mantido o mesmo consumo interno do ano passado (182 litros/habitante/ano), em 2020, o saldo exportável aumentaria para 563 milhões de litros, o que obrigaria a incrementar as vendas externas de lácteos para evitar que uma eventual sobre-oferta de leite impacte negativamente no preço ao produtor.
 

“A FunPEL irá acompanhar, quinzenalmente, estas variáveis para antecipar ações coletivas na cadeia que permitam mitigar possíveis impactos negativos”, assegurou a entidade integrada por entidades de produção, da indústria de laticínios, do INTA e INTI.
 
Enquanto no primeiro quadrimestre de 2018 o valor médio ficou na faixa de US$ 0,29 a US$ 0,30 por litro devido, fundamentalmente, à defasagem cambial, logo depois com a desvalorização abrupta do peso argentino, os preços foram destruídos para chegar ao mínimo de US$ 0,20/litro em setembro de 2018. 
No começo do ano passado a queda na renda, agravada com eventos climáticos adversos em algumas bacias leiteiras, promoveu uma aceleração do processo de fechamento de fazendas leiteiras e queda nos rebanhos leiteiros, o que acabou provocando diminuição da oferta disponível do leite, gerando uma concorrência intensa entre as indústrias de laticínios que – combinada com uma nova defasagem cambial – elevou os valores recebidos pelos produtores, até alcançar o máximo de US$ 0,36/litro em julho de 2019. 
A forte desvalorização do peso registrada em agosto de 2019, junto com uma recuperação na produção de leite, interrompeu a tendência altista do preço do leite, ainda que o mesmo se mantenha, até o momento, valores atrativos para a maior parte das fazendas leiteiras. 
O preço médio ponderado do leite na Argentina no mês de março foi de AR$ 17,84/litro, [R$ 1,41/litro], segundo dados informados pela Departamento Nacional do Leite a partir do levantamento realizado com 351 indústrias de laticínios. Trata-se de um valor equivalente a 2,13 quilos de milho em Rosário, considerado o preço médio do cereal no mês de março de 2020. (Ocla) 
                   
Covid-19 afeta a gestão nas fazendas de leite
Saiba quais são as três medidas para enfrentar esse momento, de acordo com o economista Glauco Carvalho, da Embrapa

 
O preço do litro de leite pago ao produtor já chegou a R$ 1,40, ante cotações de até R$ 1,70 no início de março, em algumas regiões produtoras. A informação foi dada pelo pesquisador da Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora (MG), Glauco Carvalho, doutor em economia agrícola pela Texas A&M University. “Nestes dias, a média está em R$ 1,55/R$ 1,56, por litro”, afirma Carvalho. “O consumo de lácteos tem a ver com a renda da população e a pandemia do novo coronavírus é algo desconhecido, sem parâmetro.”

Carvalho destaca que no ano passado o produtor de leite atravessou o primeiro semestre recebendo um preço melhor, na comparação com 2018. Mas o segundo semestre de 2019 foi mais tímido. “Agora, neste primeiro trimestre de 2020, o preço caiu 1%”, afirma ele. “E com uma relação de troca menos favorável, por conta do custo da produção puxado pelo milho.”

Com as medidas de restrição social, o mercado consumidor de lácteos vem passando por três ondas. A primeira foi a do pânico, com o consumidor indo às compras para estocar alimentos. Isso fez o preço do leite UHT subir no varejo. A segunda onda está em curso, com o consumidor comprando apenas o necessário e desacelerando os preços finais. Para Carvalho, a terceira onda é a mais preocupante, porque ela se caracteriza pela certeza de que haverá perda de renda. “É algo nocivo não apenas para a cadeia do leite, mas para todos os setores da economia”, diz ele.

Planejamento de negócios: O Brasil produz, por ano, cerca de 35 bilhões de litros de leite, dos quais 10 bilhões não têm inspeção sanitária. Do total inspecionado, as cinco principais empresas do setor captam 30%. Entre elas estão Nestlé, Lactalis e Bela Vista. Do total processado, um terço vai para o processamento de queijos e o restante para o leite fluído, entre pasteurizado e UHT. 

Para o pesquisador da Embrapa, está na hora do produtor de leite tomar decisões que podem interferir em seu negócio no próximo período. “Hoje, é preciso baratear a dieta dos animais”, afirma. Carvalho dá algumas sugestões. A primeira delas é analisar alimentos que possam ser substitutos do milho na dieta das vacas, como o DDG (cooproduto do etanol de milho), caroços, cascas, entre outros.

A segunda medida é analisar o estoque de vacas e o descarte de animais menos produtivos. E tentar gerar caixa sem quebrar a produção futura, ou mesmo aumentar lá na frente, com o descarte de novilhas e bezerras que poderiam ser incorporadas à produção. Nesse ponto, o economista da Embrapa chama a atenção porque nesse descarte é preciso avaliar uma possível retomada da produção. “Se a estratégia no volume de descartes não for equilibrada, o produtor pode levar até 4 anos para recompor o rebanho e isso não é bom”, afirma ele. 

A terceira medida é manter o diálogo aberto com o laticínio ou cooperativa. “Estar perto da indústria, nesse momento, é importante para monitorar a rentabilidade e tomar decisões”, diz Carvalho. Ele dá como exemplo algum tipo de ajuda, como financiamentos, levantamento de caixa e até compras de insumos. (Portal DBO)

 
 

SP: Nestlé realiza live com especialistas para tirar dúvidas dos produtores leiteiros
Em linha com as iniciativas realizadas junto aos produtores da cadeia de leite, a Nestlé promove, nesta-sexta-feira (17), a  Live do Leite. O webinar trará especialistas para falar sobre tendências e perspectivas sobre insumos para alimentação animal e ajudar o produtor no processo de decisão no atual cenário.

"Com a live, queremos trazer alternativas e perspectivas para as principais commodities utilizadas na alimentação animal, como milho e soja e, dessa forma, ajudar o produtor a definir a melhor estratégia para manter o equilíbrio financeiro da fazenda", reforça a gerente de Desenvolvimento de Fornecedor e Qualidade da Nestlé, Barbara Sollero.

A live acontece na sexta feira, 17 de abril, a partir das 19h (Horário de Brasília). As inscrições devem ser feitas neste link. . Após a inscrição, será enviado um e-mail de confirmação contendo informações sobre como entrar no webinar.

Participam do webinar Conrado Zanon, consultor e empresário, especialista em gestão de risco em commodities; Sílvio Póvoa, engenheiro agrônomo especializado em gestão comercial, suprimentos e trading, no mercado de grãos; e Olavo Carvalho, médico veterinário especialista em estratégias nutricionais. A iniciativa é promovida pela Nestlé em parceria com a Germinare, consultoria especializada no agronegócio.

Sobre a Nestlé: É a maior empresa de alimentos e bebidas do mundo. Está presente em 190 países e seus 308 mil colaboradores estão comprometidos com o propósito da Nestlé de melhorar a qualidade de vida e contribuir para um futuro mais saudável. A Nestlé oferece um amplo portfólio de produtos e serviços para cada etapa de vida das pessoas e de seus animais de estimação. Suas mais de 2000 marcas variam dos ícones globais, como Nescafé ou Nespresso aos favoritos locais como Ninho. O desempenho da empresa é impulsionado por sua estratégia de Nutrição, Saúde e Bem-Estar. Sua Sede fica na cidade suíça de Vevey, onde foi fundada há mais de 150 anos. No Brasil, instalou a primeira fábrica em 1921, na cidade paulista de Araras, para a produção do leite condensado Milkmaid, que mais tarde seria conhecido como Leite Moça. A empresa tem unidades industriais localizadas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Espírito Santo. Emprega 32 mil colaboradores diretos e gera outros 200 mil empregos indiretos. (Página Rural)

 
 
Governo Trump propõe compra direta de leite e carne nos EUA
O governo Trump gostaria de fazer compras de leite e produtos à base de carne como parte de um pacote de ajuda inicial de US$ 15,5 bilhões a agricultores sacudidos pelo coronavírus, disse o secretário de Agricultura, Sonny Perdue.
 
Em entrevista à Fox Business na quarta-feira, Perdue disse que também quer incluir assistência financeira direta aos agricultores no resgate, que pode ser anunciado ainda nesta semana. 
“Queremos comprar o máximo desse leite, ou outros produtos proteicos, presuntos e suínos, e movê-los para onde possam ser utilizados em nossos bancos de alimentos, ou possivelmente até para ajuda humanitária internacional”, disse Perdue. 
O fechamento de restaurantes, lanchonetes escolares e outras operações comerciais de serviços alimentícios aumentou o mercado de produtos agrícolas, principalmente laticínios e carnes. O serviço de alimentação é um comprador desproporcional de queijo, manteiga, carne e frutas e legumes frescos. Os produtores de leite estão despejando até 8% de seu leite, de acordo com a cooperativa Dairy Farmers of America. 
Um fechamento de vários matadouros por causa de surtos de vírus nas instalações interrompeu ainda mais a capacidade dos criadores de suínos e gado de vender seus animais.
“Quando você tem uma lentidão no processamento, na qual estamos trabalhando para sustentar o máximo possível, você tem um backup”, disse Perdue.
O secretário disse que não espera que as paralisações causem escassez de produtos à base de carne nas prateleiras dos supermercados.
A lei de alívio de coronavírus aprovada pelo Congresso no mês passado inclui US$ 23,5 bilhões em ajuda aos agricultores. Falando em uma entrevista coletiva na semana passada, Trump disse que seu governo desenvolverá um programa com pelo menos US$ 16 bilhões inicialmente para agricultores, pecuaristas e produtores. (As informações são da BEEF Magazine, traduzidas pela Equipe MilkPoint)                  
Secretário-executivo do Sindilat participa de debate sobre os impactos da pandemia no setor de lácteos 
O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, participa hoje às 19h de debate da Revista Globo Rural sobre os impactos da pandemia do coronavírus no setor lácteo. A transmissão ao vivo ocorrerá no perfil do Instagram da revista (@globorural). Também estará presente o presidente da Abraleite, Geraldo de Carvalho Borges. A live será comandada pela repórter Mariana Grilli. Segundo o dirigente, que representará a cadeia leiteira do Rio Grande do Sul, eventos online que tratem sobre a conjuntura do mercado de lácteos são de extrema importância para produtores e demais representantes do segmento. "Precisamos participar de debates que tracem estratégias e que debatam o cenário atual visando novas possibilidades em momentos difíceis", afirma. Participe! (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
 

 

Porto Alegre, 16 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.204

  Covid-19 muda consumo de lácteos no Brasil e setor internacional chama atenção

A chegada da Covid-19 ao Brasil trouxe mudanças consistentes na forma consumo de lácteos pelos brasileiros e pode, inclusive, trazer mudanças expressivas nas relações internacionais. Segundo Valter Galan, sócio do MilkPoint Mercado, há novas oportunidades se abrindo, principalmente com a situação cambial que favorece exportações e inibe as importações. Ele falou sobre assunto durante participação no Milkpoint Experts, debate online realizado na tarde desta quinta-feira (16/4).  O objetivo do evento foi tirar dúvidas de produtores, técnicos, estudantes e demais envolvidos na produção leiteira sobre o atual cenário.

Galan alertou que a forma de comercialização dos produtos lácteos também está passando por transformações em tempos de coronavírus. Antes da pandemia, o estoque de leite UHT estava em alta. Com a chegada da doença, caiu e, agora, está aumentando novamente. Isso porque, com incertezas sobre o futuro, o consumidor acaba estocando alimentos. Com o isolamento social, a grande parte da população está optando por fazer as compras online. A tendência é de que após o período de quarentena determinados hábitos sejam mantidos, segundo Valéria Ragoni, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Nielsen. Para a profissional, o varejo online tende a ser um canal de compras que deve ser perpetuar.

Participando do debate, o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, frisou que o Brasil não deve ter as exportações de lácteos tão afetadas porque elas ainda são pouco expressivas frente ao mercado interno. Esse sim preocupa uma vez que há temor com o índice de desemprego. “É difícil fazer qualquer previsão. De um lado o petróleo está baixando, talvez alguns custos baixem, mas é um momento de bastante cautela. Temos que aguardar e ver como ficará a abertura dos comércios no RS”, ressalta. 

O alerta a ser feito nesse momento, pontua Palharini, é manter competitividade para que o Brasil não seja invadido por estoques de rótulos europeus. “Temos que nos manter competitivos no mercado interno para que não sejamos atingidos por uma importação muito grande de outros países já que Europa e Estados Unidos estão com um estoque muito grande, principalmente de queijo e leite em pó”, afirma.

Durante o evento também foram tratados assuntos como saúde dos animais durante a pandemia, os cuidados necessários que devem ser mantidos por produtores e o panorama do mercado internacional por Roulber Carvalho Gomes da Silva, gerente Técnico de Grandes Animais da Boehringer Ingelheim Saúde Animal e Andres Padilla especialista em Indústria do Rabobank. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)                    

Restrições mantidas na Serra e na Grande Porto Alegre
 

Municípios de outras regiões poderão abrir comércio a partir de decreto de prefeitos, anunciou Leite

Os municípios que permanecem com restrições rígidas no comércio até 30 de abril (funcionamento apenas de serviços essenciais, como mercados, farmácias, restaurantes, lancherias, barbearia e salões de beleza, sob determinadas condições). 

Região Metropolitana de Porto Alegre
Alvorada, Araricá, Arroio dos Ratos, Cachoeirinha, Campo Bom, Canoas, Capela de Santana, Charqueadas, Dois Irmãos, Eldorado do Sul, Estância Velha, Esteio, Glorinha, Gravataí, Guaíba, Igrejinha, Ivoti, Montenegro, Nova Hartz, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Parobé, Portão, Porto Alegre, Rolante, Santo Antônio da Patrulha, São Jerônimo, São Leopoldo, São Sebastião do Caí, Sapiranga, Sapucaia do Sul, Taquara, Triunfo e Viamão. 
Região Metropolitana da Serra
Antônio Prado, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Ipê, Monte Belo do Sul, Nova Pádua, Pinto Bandeira, São Marcos, Santa Teresa e Nova Roma do Sul 
Os demais municípios no Estado
Podem ter flexibilização do comércio a partir de decreto do prefeito, respeitando as exigências sanitárias 
Achatamento
A decisão se mostra cautelosa já que, antes de anunciar o conteúdo do novo decreto, Leite mostrou dados que indicam que o RS conseguiu achatar a curva do coronavírus: na comparação com outras unidades federativas, tem algumas das menores taxas de infecção de pessoas e também de óbitos. É o terceiro Estado de letalidade mais baixa do vírus. A disseminação também é mais lenta por aqui, com 6,2 casos para cada 100 mil habitantes, enquanto o Brasil tem índice de 12 infectados na mesma escala populacional. 
- A ciência nos adverte sobre o comportamento sinuoso do vírus, lidamos com algo desconhecido e as certezas são provisórias. Nossa estratégia é feita pensando em poupar vidas. Não podemos admitir perder qualquer vida - alertou o governador.
Com a decisão de Leite, nas regiões metropolitanas de Porto Alegre e Caxias do Sul, estão autorizados apenas o funcionamento de serviços essenciais, como mercados e farmácias. Se os prefeitos das cidades desejarem, podem editar decretos para autorizar funcionamento de restaurantes e lanchonetes, que foi uma flexibilização feita por Leite em 9 de abril.
Já o comércio em geral segue fechado, apesar da pressão de entidades empresariais que alertam para os riscos econômicos.
No Interior, afora as regiões de Porto Alegre e Caxias do Sul, os prefeitos poderão editar decretos próprios autorizando os comércios locais a voltaram ao trabalho, com protocolos a serem observados.
- A Região Metropolitana responde por mais de 50%, cerca de 60%, do número de casos. Associado à Serra gaúcha, são 70% dos casos no Rio Grande do Sul. E pela alta relação de interdependência econômica dos municípios dessas regiões, mantemos as políticas de distanciamento sem a possibilidade de flexibilização. Entendemos que essa é a forma adequada - argumentou Leite a respeito da decisão de manter as restrições nestes locais. (Zero Hora adaptado por Sindilat/RS)
 
 
País tem 2º dia de mais de 200 mortes pela doença 
Houve acréscimo de 3.058 casos da covid-19 em relação ao dia anterior
Pelo segundo dia consecutivo, o Brasil registrou 204 novas mortes relacionadas ao novo coronavírus, informou o Ministério da Saúde. Ontem, os óbitos de pacientes infectados pelo vírus subiram de 1.532 para 1.736, uma alta de 13%. 
Os casos confirmados da covid-19 continuam aumentando em todo o país, passaram de 25.252 para 28.320, em 24 horas. Houve acréscimo de 3.058 casos (12%). (Valor Econômico)
 
 
 
 
Queda de 5% na economia levaria rombo a R$ 515 bi  
Devido às incertezas econômicas, governo traça diferentes cenários para contas públicas 
Uma queda de 5% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020 levaria o déficit primário do governo central a R$ 515,5 bilhões e a dívida pública a 90,8% do PIB, estimou ontem o Ministério da Economia. Frente ao elevado grau de incerteza na economia devido à pandemia, a equipe econômica traçou cenários para as contas públicas considerando diferentes níveis de retração da economia. 
Hoje, o cenário oficial do governo considera estabilidade do PIB neste ano. Membros do ministério, no entanto, já admitem que a estimativa, apresentada no mês passado, está defasada e precisará ser revisada para um número negativo. Recentemente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial projetaram queda na casa dos 5% para o país. No cenário de crescimento zero, o déficit primário estimado pelo governo é de R$ 467,1 bilhões, e a dívida bruta, de 85,4% do PIB. 
Se a economia recuar 1%, o déficit iria a R$ 476,8 bilhões, e a dívida, a 86,4% do PIB. Numa queda de 2%, as contas públicas registrariam déficit de R$ 486,4 bilhões e a dívida pularia para 87,5% do PIB. Caindo 3%, o déficit iria a R$ 496,1 bilhões, e a dívida, a 88,6%. Uma retração de 4%, por sua vez, implicaria rombo de R$ 505,8 bilhões e dívida de 89,7% do PIB. 
O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, destacou que as medidas adotadas pelo governo até agora para combater os efeitos do coronavírus geram impacto primário de 3,76% do PIB (R$ 284 bilhões). Considerando demais medidas regulatórias e não regulatórias, o peso sobe para 46,03%. 
Waldery enfatizou que o Brasil está colado com os países desenvolvidos em termos de ações de apoio à população e bem acima de outros emergentes. De acordo com apresentação do ministério, a média de gastos dos países desenvolvidos está em 3,82% do PIB. No caso dos emergentes, é de 1,71% do PIB. 
Na entrevista coletiva, os secretários reforçaram que é preciso ter cuidado com a expansão dos gastos e restringir as despesas a 2020. O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, negou, em tom enfático, a possibilidade de a secretaria dar crédito direto ao varejo. 
“Há alguma possibilidade de ter algum programa do Tesouro de relacionamento direto com banco ou varejo? A possibilidade disso é absolutamente zero”, disse ao ser questionado. Ele afirmou que a decisão de como usar recursos é política e que a secretaria não executa políticas públicas. Waldery completou a fala dizendo que “essa veemência do secretário Mansueto tem razão”. Segundo ele, diversas “soluções mágicas” são propostas para fazer frente à crise.
O Valor informou na edição de ontem que o ministério discute um modelo para socorrer pequenos varejistas. A proposta, que estaria sendo estruturada em parceria com o setor privado, contemplaria empréstimos com recursos do Tesouro Nacional a lojistas que faturam até R$ 30 mil por mês, segundo fontes. (Valor Econômico)                    
Sem food service, indústria de leite longa vida está no limite
O empresário César Helou, dos Laticínios Bela Vista/Piracanjuba, se mostrou bastante preocupado com a queda abrupta no consumo de leite longa vida (UHT) no food service após a quarentena imposta no País por causa da pandemia de coronavírus. “É preocupante. Se o mercado de food service não voltar logo, e a gente acredita que não vai voltar (tão rápido), é preocupante”, disse Helou, durante live promovida agora pela XP Investimentos. Ele disse que, no caso do Brasil, ainda não sobrou leite. “Todo o leite que ia para o food service foi absorvido pela indústria de leite longa vida”, relatou. “Mas o mercado de longa vida está no seu limite”, reforçou ele, dizendo que há preocupação sobre como um eventual excesso de estoque será escoado. “As empresas podem baixar preços, mas não vão baixar além do seu custo de produção”, ressaltou. “Estávamos agora há pouco em uma conferência com a Associação Brasileira de Leite Longa Vida sobre o que fazer com este leite.” Helou lembrou que, embora o Sudeste e Centro-Oeste do País estejam na entressafra do leite, no Rio Grande do Sul a safra começa agora. “E há perspectiva de uma grande safra lá”, disse. “Se o produtor continuar dando ração para as vacas como costumava dar e o mercado de food service não voltar logo, é preocupante.” (Istoé)
 
 

 

Porto Alegre, 15 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.203

  Coronavírus: Federação Internacional de Laticínios se posiciona para apoiar o funcionamento do setor

A cadeia de suprimentos de leite está sofrendo grandes interrupções devido à pandemia de coronavírus, o que impede os produtores leite de colocar seus produtos no mercado.

O fechamento de restaurantes e escolas mudou as vendas dos mercados atacadistas de alimentos para supermercados. Além disso, há questões de saúde e bem-estar, visto que as empresas precisam garantir a produção de alimentos seguros, ao mesmo tempo que minimizam o risco de transmissão da Covid-19 entre os trabalhadores.

Nestes tempos difíceis, a colaboração entre setor de laticínios, organizações internacionais e governos nacionais é mais importante do que nunca para garantir a segurança alimentar e a nutrição e, consequentemente, a saúde pública.

A diretora-geral da Federação Internacional de Laticínios (IDF), Caroline Emond, disse: “Os desafios que o setor de laticínios está enfrentando globalmente para produzir, processar e fornecer não devem ser subestimados. Todos os envolvidos na cadeia estão trabalhando incansavelmente para garantir que haja produtos nutritivos e seguros suficientes para as pessoas comerem, especialmente nesses tempos de crise. Como a principal fonte de conhecimento científico e técnico para todas as partes da cadeia de laticínios, a IDF reúne o setor global, a fim de garantir que todos tenham acesso aos recursos necessários para continuar fornecendo produtos nutritivos nessas circunstâncias sem precedentes.”

Ações da IDF: Os membros da IDF têm trabalhado duro para gerenciar a cadeia de laticínios e manter o leite nas prateleiras.

Todo a comunidade, incluindo agricultores, processadores de laticínios, produtores, prestadores de serviços, fornecedores e especialistas do setor, juntamente com outros membros da cadeia de suprimentos, têm trabalhado para manter o fornecimento de leite, além de várias doações para bancos de alimentos e pessoas necessitadas durante o período de crise.

Manter um fluxo constante de informações em relação às ações tomadas, suporte prático e boas práticas nunca foi tão importante para o setor.

As ações adotadas pelos membros da IDF incluem declarações públicas aos consumidores sobre medidas de segurança e o compromisso dos atores da cadeia de laticínios, informações para os produtores sobre como enfrentar os desafios do coronavírus e informações sobre protocolos de coleta e armazenamento de leite. O IDF agora tem uma seção on-line dedicada à crise.

Outros recursos da IDF incluem links para protocolos de segurança contra Covid-19, específicos para funcionários, e dicas de planejamento em crises.

Outras orientações práticas incluem: como ordenhar vacas, mantendo o distanciamento social; como gerenciar a entrada e saída da fazenda; como abordar questões de suprimentos que podem interromper as operações de fazendas e fábricas; protocolos para gerenciar a coleta de leite; considerações específicas de biossegurança para COVID-19 e perguntas que os consumidores possam ter com relação à operações de laticínios, incluindo evidências sobre a segurança alimentar dos produtos.

A IDF continua se envolvendo com organizações governamentais e organizações setoriais. Por exemplo, em 3 de abril, participou de um webinar organizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a proteção das forças de trabalho na indústria de alimentos e no varejo e continuará fazendo parte da conversa em nível internacional.

A federação declarou que, à medida que as informações continuam evoluindo rapidamente, os comunicados estão sendo desenvolvidos e a situação da Covid-19 será monitorada de perto para garantir a segurança e a disponibilidade de produtos lácteos em todo o mundo durante este período de emergência. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

                    

 
Conseleite/MS – valores finais de março de 2020, e projeções para abril de 2020

A diretoria do Conseleite – Mato Grosso do Sul atendendo os dispositivos do seu Estatuto, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de março de 2020 e a projeção dos valores de referência para o leite a ser entregue no mês de abril de 2020. 

Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor.
 
 
OBS: (1) Os valores de referência da tabela são para a matéria-prima leite “posto propriedade”, o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural (2) O valor de referência para o “Leite Padrão” corresponde ao valor da matéria-prima para um volume médio diário de até 100 litros por dia, com 3,00 a 3,5% de gordura, 2,90% a 3,30% de proteína, 200 a 400 mil c/ml de células somáticas e 150.001 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. (3) Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme parâmetros de qualidade e volume, o Conseleite Mato Grosso do Sul disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função do volume e de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: sistemafamasul.com.br/conseleitems/ (FAMASUL/Terra Viva)


Preços/NZ 

Os produtores de leite da Nova Zelândia podem esperar por preços menores na temporada 2020/21, de acordo com a analista do Rabobank, Emma Higgins.

Com base na previsão global dos fundamentos da oferta e demanda, e as incertezas significativas, Emma Higgins projeta um preço de NZ$ 5,60/kgMS na temporada 2020/21.

“Dada a rápida mudança do ambiente operacional diante do Covid-19, fazer previsões tornou-se incrivelmente complicado e são muitas as variáveis positivas e negativas que podem afetar a visão do banco sobre o mercado internacional de lácteos no próximo período”, disse ela.

“Do lado positivo, temos o retorno antecipado da demanda chinesa e o enfraquecimento do dólar neozelandês, com a média prevista em NZ$ 0,57 no período”.

No relatório sobre as Perspectivas Sazonais de Lácteos da Nova Zelândia, o Rabobank diz que o número de fatores ligados ao Covid-19 – incluindo a redução das importações da China, as rupturas nas cadeias de suprimento e retração no consumo – combinados com o modesto crescimento dos excedentes de lácteos, em regiões exportadoras, poderá levar a um ciclo descendente e prolongado dos mercados lácteos mundiais.

O Executivo do Rabobank na Nova Zelândia, Todd Charteris disse que enquanto os produtores aguardam mais uma rodada de testes, o setor leiteiro da Nova Zelândia está muito bem preparado para gerenciar as interrupções decorrentes do Covid-19.
“Nos últimos três anos, os produtores de leite da Nova Zelândia firam a demanda por seus produtos cresceram fortemente e eles foram beneficiados com as boas cotações das commodities lácteas. Muitos segmentos do setor aproveitaram o preço favorável para reduzir os níveis de endividamento e isso os ajudará a enfrentar os desafios que surgem devido ao Covid-19”, afirmou ele. (Fonte da Notícia:Dairy News – Tradução livre: Terra Viva)
                  
Pandemia/UE
A Ministra da Agricultura da Alemanha pediu à União Europeia (UE) para adotar medidas de proteção aos produtores de leite diante da queda repentina da venda de leite em decorrência da pandemia. De acordo com a Reuters, a Ministra da Agricultura, Julia Kloeckner escreveu à Comissão Europeia pedindo apoio do órgão para o financiamento de armazéns para leite em pó e ajudar o mercado a se recuperar da queda de preços. A França fez um pedido semelhante. Apesar do aumento temporário nas vendas de leite no setor varejo, o coronavírus interrompeu a demanda de restaurantes e de estabelecimentos que fornecem refeições fora de domicílio. As exportações alemãs de laticínios também caíram, segundo a Associação de Agricultores Alemães. Kloeckner disse que deve ser disponibilizado armazéns privados para estocar o leite em pó não vendido. (The Dairy Site – Tradução livre: Terra Viva)
 

Porto Alegre, 14 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.202

 Câmara do Leite une-se por pedido de crédito ao produtor e à indústria
 
Representantes dos produtores, indústrias e do governo uniram-se em um pleito coletivo por oferta de linhas de crédito oficiais que viabilizem a manutenção da atividade no setor lácteo gaúcho. Durante reunião virtual da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite, na manhã desta terça-feira (14/4), foi solicitado ao secretário da Agricultura, Covatti Filho, que interceda junto aos bancos em favor do setor. As indústrias reivindicam crédito para estoques e capital de giro tendo em vista que alguns clientes, principalmente do setor de food service, estão solicitando prorrogação de pagamentos em virtude da suspensão de operações com a quarentena e não há intenção de repassar esse ônus ao campo. “As empresas estão solicitando mais prazo. A indústria está entre o produtor e o varejista e não quer repassar esse custo. Temos que achar equilíbrio para manter a estabilidade do setor”, frisou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. Segundo ele, é essencial que o produtor também tenha acesso a essas linhas de crédito de forma a assegurar a manutenção de sua atividade e renda. 
Covatti Filho reforçou que o pedido é relevante e solicitou ao setor um levantamento do volume de recursos necessário e das condições que tornariam essas linhas de crédito viáveis aos setor. Segundo ele, outros segmentos do agronegócio, já solicitaram demandas parecidas e isso precisará ser tratado junto aos bancos ligados ao governo do Estado. Covatti ficou de agendar uma reunião entre o setor lácteo e representantes do Banrisul e Badesul para tratar da questão. O chefe de gabinete da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Erli Teixeira, reforçou que essa linha de crédito emergencial é questão de sobrevivência do produtor, principalmente dos pequenos. “É uma questão social, precisamos pensar no conjunto”, frisou.  
O diretor de Política Agrícola da Secretaria, Ivan Bonetti, explicou as resoluções do Banco Central que prorrogaram os custeios e os investimentos do crédito rural, aportaram recursos para as Cooperativas, disponibilizarão R$ 20 mil por produtor da agricultura familiar e falou do deslocamento de milho para o Estado através do programa Milho Balcão Conab. 
O secretário Covatti Filho ainda citou as compras governamentais de cestas básicas, o que será feito por meio de recursos da merenda escolar. A aquisição dos kits – que conterão leite em pó – deve auxiliar pelo menos algumas empresas do setor que serão contempladas diretamente. 
Coordenada pelo diretor-tesoureiro do Sindilat, Jéferson Adonias Smaniotto, a reunião ainda tratou sobre a necessidade de isenções tributárias (Pis/Cofins) sobre adubos, sementes  e medicamentos veterinários. O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, citou que a isenção do ICMS que, inicialmente iria até 30 de abril, foi  estendida pelo Confaz até 31 de dezembro de 2020. Smaniotto ainda lembrou que é essencial desburocratizar o limite de crédito neste momento de forma a permitir que o produtor que já tem seu Pronaf comprometido possa ter linha especial para passar esse momento principalmente da estiagem. 
O setor lácteo também abordou a implementação de linhas de Prêmio de Escoamento da Produção (PEP) para viabilizar a liberação dos altos estoques que se acumulam principalmente nas queijarias gaúchas. “Foram setores impactados duramente pela parada do setor de food service”, alertou Guerra. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
                    
Milkpoint Experts realiza palestras e debates online sobre o mercado de lácteos frente ao coronavírus 
A pandemia do Coronavírus impacta diretamente nas cadeias produção de alimentos e gera muitas dúvidas para quem está na linha de frente desses segmentos. Para ampliar as informações e prognósticos diante do momento atual, profissionais, estudantes, técnicos, produtores e público de interesse da cadeia láctea terá um canal exclusivo para conhecer a opinião de especialistas sobre o cenário. O Milkpoint Experts vai promover um debate online reunindo quatro participantes de diferentes áreas no evento "Panorama atual do mercado de lácteos frente ao Coronavírus". 
 
Será no próximo dia 16/04, a partir das 14h, com transmissão exclusiva via plataforma do Milkpoint. O acesso é gratuito e sem limite de participantes. Para assistir ao debate, o usuário deverá apenas fazer sua inscrição através do link https://bit.ly/2WS2rd6 e, após, receberá um e-mail de confirmação com o endereço da plataforma para clicar no momento do evento ao vivo. O acesso é simples e não exige baixar aplicativos no computador ou celular. 
Cada um dos quatro debatedores terá cerca de 20 minutos para sua explanação e, após, o evento abre para interação dos participantes, que deverão enviar seus questionamentos para o whatsApp (19) 99247.5347. As perguntas poderão ser direcionadas para os palestrantes e, caso não tenham foco em algum dos debatedores, será distribuída pelo mediador do evento, Marcelo Carvalho, CEO do Milkpoint. As questões que não puderam ser atendidas durante a transmissão online, serão  posteriormente respondidas pela Milkpoint, respeitando a ordem de envio. O número do WhatsApp já está disponível para o envio antecipado de questões, mesmo que o participante ainda não tenha feito a sua inscrição. Outra plataforma disponível para os interessados no tema é o Telegram: basta acessar o link do grupo para acompanhar as notícias mais atuais sobre o tema mercado x leite x coronavírus. Acesse o grupo no endereço https://t.me/milkpointexperts  
Programação: 
14:00 - Situação atual do consumo no Mercado
Palestrante:  Valéria Ragoni – Gerente de Desenvolvimento de Negócios, da Nielsen 
14:20 - Panorama no mercado interno: Indústria e Produção
Palestrante:  Valter Galan, sócio do MilkPoint Mercado
14:40 - O desafio de manter a saúde do rebanho e da equipe da fazenda de leite em tempos de COVID-19
Palestrante:  Roulber Carvalho Gomes da Silva, Gerente Técnico de Grandes Animais, da Boehringer Ingelheim Saúde Animal
14:55 - Panorama do mercado Internacional: Indústria e Produção
Palestrante: Andres Padilla, Especialista em Indústria, do Rabobank
15:15 - Debate / Rodadas de Perguntas 
Mediação:  Marcelo Carvalho, CEO do Milkpoint 
16:15 - Encerramento
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Lewandowski nega recurso da União e mantém poder de sindicato em acordos de MP
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski negou nesta segunda-feira, 13, recurso da União e manteve a decisão para que a suspensão de contrato e a redução de salário e de jornada tenham efeito após o aval de sindicatos.
Lewandowski é relator de uma ação que questionou no STF a medida provisória editada pelo governo federal que permite a suspensão dos contratos e a redução do salário e da jornada durante a pandemia do novo coronavírus.
Pela decisão de Lewandowski, contudo, se o sindicato consultado não se manifestar em até dez dias, será considerado automaticamente o aval à negociação individual. A MP foi editada em razão do cenário de crise na economia, provocada pelo avanço da pandemia do novo coronavírus. O governo argumenta que a medida provisória permitirá a manutenção dos postos de emprego. A decisão do ministro é liminar (provisória) e ainda precisará ser analisada de forma definitiva pelos demais ministros do STF em julgamento marcado para o dia 16 de abril.
Na sexta-feira, 10, a Advocacia-Geral da União (AGU) entrou com um recurso no STF para afastar a decisão do ministro. No entendimento do governo, a liminar concedida por Lewandowski provoca insegurança jurídica, pode "trazer risco para as relações de emprego" e causar demissões. Lewandowski considerou que fere a Constituição a previsão, na medida provisória, de que os sindicatos serão somente comunicados da decisão tomada em acordo individual. 
Ao negar o recurso, o ministro afirmou que a MP continua integralmente em vigor, incluindo a possibilidade de redução da jornada e do salário e a suspensão do trabalho. Ele, no entanto, diz que é preciso a consulta aos sindicatos até mesmo para que não questionem os acordos individuais, num momento futuro, dentro do prazo de prescrição das ações trabalhistas. 
Ao argumento do governo de que a decisão provoca mais morosidade na decisão das empresas em suspender os contratos ou reduzir os salários para evitar demissões, Lewandowski diz que "constituiria precedente perigosíssimo afastar a vigência de normas constitucionais asseguradoras de direitos e garantias fundamentais, diante do momento de calamidade pública pelo qual passamos".
O governo desenhou a iniciativa prevendo que as empresas podem negociar diretamente com trabalhadores redução de jornada e salário ou suspensão de contratos. Nesses casos, a União pagará uma compensação que pode ser de até 100% do seguro-desemprego a que o trabalhador teria direito se fosse demitido. Os trabalhadores que podem, segundo a MP, fazer a negociação individual são aqueles com remuneração até R$ 3.135 ou com ensino superior e salário maior que R$ 12.202,12.
Os sindicatos seriam avisados num prazo de até 10 dias, para poderem agir em caso de abusos, mas a aplicação do acordo em si não dependeria de qualquer aval de terceiros - uma simplificação agora contornada pela decisão do ministro do STF, que prevê a necessidade de manifestação prévia dos sindicatos. (UOL)
 
 
Governo deve injetar recursos no Tesouro para socorrer agronegócio
O governo federal deve injetar recursos adicionais no orçamento do Tesouro Nacional destinado ao agronegócio para implementar as medidas de socorro aos produtores gaúchos atingidos pela estiagem e ao setor agropecuário em geral afetado pelos efeitos da pandemia do coronavírus. A informação foi confirmada ao Valor por uma fonte a par do assunto, sem revelar os valores.
O dinheiro será usado para bancar as renegociações de financiamentos com prorrogação de prazos — que podem ser anunciadas ainda essa semana — sem afetar o montante reservado para a equalização dos juros do crédito rural desta safra.
O crédito extra depende de votação no Conselho Monetário Nacional (CMN) e da publicação de uma portaria da Secretaria do Tesouro Nacional.
O aporte suplementar também será feito para engordar o caixa do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), gerido pelo Ministério da Cidadania, mas que atende a agricultura familiar. O pedido foi de R$ 500 milhões.
O recurso adicional atenderá ainda produtores do resto do Brasil com problemas de comercialização por conta da crise do coronavírus que também terão prazos alongados.
Sem essa suplementação, o receio da equipe técnica do Ministério da Agricultura é com o chamado "cobertor curto". Prorrogações de prazos de custeio e investimento e a criação de novas linhas de crédito emergencial podem tirar dinheiro do Plano Safra. A Pasta ainda não finalizou os cálculos sobre os impactos que as medidas podem gerar ao caixa federal. 
"Estamos tentando. O problema é que como o dinheiro é um só. Ao prorrogar pagamento, o Plano Safra fica sem parte importante dos recursos", disse ontem outra pessoa que participa das negociações. 
Para a safra 2019/20, o Tesouro Nacional separou R$ 9,9 bilhões para equalização de juros nas linhas de crédito. Boa parte também foi utilizada em prorrogações de dívidas feitas ao longo de 2019.Enquanto a expectativa dos agricultores cresce, os ministérios mantêm cautela e não cravam o anúncio para essa semana. 
 
"Esforço máximo para isso. Resoluções para renegociação no forno. Tanto para aqueles afetados pela estiagem quanto para aqueles com dificuldades de comercialização por conta da pandemia", afirmou uma fonte. 
As normas aguardadas no pacote de ajuda econômica ao Rio Grande do Sul, afetado por uma estiagem no fim de 2019, incluem a prorrogação das operações de custeio por até sete anos com as mesmas taxas contratuais e das parcelas de investimentos, vencidas e a vencer em 2020, para um ano após a previsão de encerramento do contrato. Para ter acesso, o produtor terá que apresentar laudos e comprovar as perdas. 
A prorrogação de contratos do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), equalizada pelo Tesouro Nacional, pode ficar fora do pacote por questões orçamentárias.
Para dívidas fora do sistema bancário, setor produtivo gaúcho e Ministério da Agricultura tentam junto ao BNDES a criação de uma operação diferente, com contratação direta pelo credor mediante a emissão de Cédula do Produto Rural (CPR) pelo agricultor, com vencimento anual, como já adiantou o Valor. (Valor Econômico)                    
Prorrogado até 24 de abril o prazo para vacinação contra aftosa no Rio Grande do Sul
O secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, informou nesta segunda-feira (13) que obteve aval do governo federal para prorrogar a campanha de vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul. Agora, o prazo se encerrará no dia 24 de abril, e não mais nesta terça-feira (14). Em todo o Estado, a expectativa é de que 12,6 milhões de animais sejam imunizados, entre bovinos e bubalinos de todas as idades. “É muito importante a mobilização do produtor rural nesta reta final da campanha, para garantir a imunização do rebanho, sempre seguindo as recomendações para prevenir o contágio pelo coronavírus”, reforça o secretário. Para evitar aglomerações nas inspetorias locais e deter o avanço da pandemia do novo coronavírus no Rio Grande do Sul, os produtores podem enviar os comprovantes de vacinação por e-mail ou WhatsApp. A lista com os e-mails das inspetorias locais de defesa agropecuária pode ser consultada aqui. O número de WhatsApp da inspetoria é o mesmo do telefone fixo. O prazo para a apresentação de notas ficais de compra de vacinas contra a febre aftosa foi prorrogado até 30 de abril. A campanha de vacinação, que ocorre tradicionalmente em maio, foi antecipada como parte da estratégia do Estado para ser declarado pelo Mapa como livre de aftosa sem vacinação, a fim de obter, num segundo momento, o reconhecimento internacional dessa condição pela Organização Mundial de Saúde Animal. Até o momento, no Brasil, apenas os estados de Santa Catarina e Paraná conquistaram o status sanitário de zona livre de aftosa sem vacinação. (SEAPDR)
 
 

 

Porto Alegre, 13 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.201

 Nova superintendente do Mapa no RS busca diálogo permanente com cadeias de produção 
Graduada em Engenharia Agronômica pela Universidade de Passo Fundo (UPF) e em Análise de Sistemas pela Universidade Integrada do Alto Uruguai, Helena Pan Rugeri, a nova superintendente federal do Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária do Rio Grande do Sul, assume tendo como missão a coordenação, a orientação e o acompanhamento  de todas as ações da pasta - numa interlocução permanente com a Secretaria Estadual da Agricultura e demais órgãos do setor produtivo.  
Desde 2002 atuando como Auditora Fiscal Federal Agropecuária do Mapa, Helena Rugeri  se mostra aberta ao diálogo com todos os agentes da cadeia produtiva do Estado, e reforça que o setor de proteína animal permanecerá em caráter de fiscalização periódica, com base em análise de risco que considera o tipo de produto, o volume de produção e o desempenho do estabelecimento fabricante. Nestes critérios se encaixam os produtos lácteos, embutidos, pescados, mel, ovos, entre outros. "Os estabelecimentos de abate são fiscalizados em regime de inspeção permanente, ou seja, com a presença constante da equipe de inspeção. Em todos os casos- periódico ou permanente -  as empresas desenvolvem e aplicam seus programas de autocontrole", afirma.Além das fiscalizações realizadas nos estabelecimentos, são executados diversos programas para avaliar e garantir a inocuidade e qualidade dos alimentos consumidos.  
Em relação à cadeia láctea,  Helena pontua que setor soube enfrentar com profissionalismo as mudanças exigidas pelas INs 76/77, em 2019. "Os desafios da implantação das INs não foram poucos e estão sendo ultrapassados com sucesso por produtores rurais, técnicos de campo e empresas. A melhoria na qualidade do leite é uma realidade que veio para ficar", afirma. Segundo a superintendente, permanece como desafio ao setor o alcance de um maior número de mercados para incrementar as exportações de lácteos do Brasil. "Esta conquista está ligada a outro desafio, que é a melhoria constante da qualidade do leite a campo", destaca. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)                  
Pequeno pode vender à indústria
O Ministério da Agricultura autorizou indústrias com Selo de Inspeção Federal (SIF) a comprar de laticínios com habilitações municipais e estaduais durante a pandemia do coronavírus, acolhendo proposta da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e entidades do setor. O objetivo é evitar desabastecimento de produtos lácteos e a inviabilização dos estabelecimentos de pequeno porte. A partir de agora, as empresas maiores poderão comprar das menores e destinar a matéria-prima para UHT, cuja demanda aumentou nos últimos dias, e para leite em pó. 
O presidente da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil/RS), Délcio Giacomini, entende que a medida foi muito importante. “Quando acontece uma crise econômica como esta, o impacto numa empresa menor é sempre maior”, justifica.  
Para o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), Alexandre Guerra, a ação serviu como “uma condição de negociação para evitar perdas”. O dirigente também entende que, como cada empresa terá de se adequar às normas vigentes, “é preciso a colaboração de todos para manter o abastecimento”. (Correio do povo)
 
 
Rabobank: análise do impacto do coronavírus no mercado lácteo dos EUA e do mundo
A equipe norte-americana do RaboResearch emitiu um relatório atualizado com foco em como os segmentos de processamento e distribuição da cadeia de suprimentos de alimentos estão respondendo ao deslocamento da demanda, devido à crise do coronavírus.
A atualização discute os desafios enfrentados pelos processadores de alimentos para converter a produção de itens antes destinados a serviços de alimentação em itens de varejo, com o objetivo de garantir o fornecimento em supermercados e compensar as perdas decorrentes da menor atividade dos food service.
Em relação ao setor lácteo, o relatório diz que este caminha em um território desconhecido e espera-se que sofra três ondas de movimento do mercado nos próximos 12 meses, antes de chegar a um "novo" normal.
A primeira onda é caracterizada por um aumento na demanda doméstica de laticínios, impulsionada pela compra de pânico durante o primeiro mês de mobilidade reduzida. Como tal, a demanda de varejo compensará uma parcela grande da demanda de food service.
A segunda onda, disse o RaboResearch, vê uma demanda de varejo mais discreta e maiores desafios logísticos e financeiros. Espera-se que os consumidores retornem às lojas conforme a necessidade de preencher lacunas em suas despensas e geladeiras, em vez de grandes ocasiões de compras.
O impacto prolongado da queda nas vendas em serviços de alimentação, o pico sazonal na produção de leite do hemisfério norte e uma desaceleração significativa no comércio global contribuirão para o aumento de estoques em relação ao ano anterior, pressionando os preços das commodities lácteas e, consequentemente, os preços do leite na fazenda.
Além disso, espera-se que a capacidade de processamento, a disponibilidade de armazenamento e os termos de crédito (liquidez) atinjam o máximo, se não houver assistência do governo.
A terceira onda — que é de longo prazo — inclui uma provável recessão global e perda generalizada de renda e poupança, entre outros fatores, que pode manter os preços dos produtos lácteos e os preços do leite ao produtor sob pressão até 2021. 
Os produtos lácteos fazem parte dos programas de alimentação assistidos pelo governo, observa o relatório, acrescentando que uma recessão profunda pode resultar em maior demanda de produtos lácteos, à medida que mais pessoas atendem aos requisitos de elegibilidade econômica dos programas. 
No nível da fazenda, o relatório afirma que os produtores de leite podem enfrentar potencial diminuição na distribuição de insumos e outros produtos veterinários devido a problemas na China, fabricador significativo destes itens. A qualidade e a quantidade de alimentos para os animais também podem ser afetadas, o que pode levar a um menor crescimento da produção de leite e maiores custos de produção. 
O Rabobank revisou suas previsões, a fim de refletir o impacto econômico, e alguns preços fecharam em até 30% inferiores aos previsto anteriormente ao Covid-19. 
Em termos de comércio, a análise do Rabobank prevê que o comércio de produtos lácteos essenciais como leite em pó desnatado, leite em pó integral e queijo pode cair 11%, 13% e 5% em 2020, respectivamente, em relação a 2019. 
Lideradas por uma forte contração na China, prevê-se que as importações de leite em pó desnatado e integral do País caiam 28% em 2020. O segundo maior declínio nas importações de laticínios é esperado na região MENA (Oriente Médio e Norte da África). 
Estima-se que as importações de leite em pó desnatado e integral do sudeste da Ásia recuem quase 8% no mesmo período, à medida que o crescimento econômico mais lento e as moedas mais fracas reduzem a acessibilidade. E na América Latina, prevê-se que as importações caiam 20% em um ano. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)                    
Um em cada cinco brasileiros pretende comprar alimentos e bebidas pela internet neste mês
Na semana passada, a venda online voltou a apresentar crescimento, impulsionada por diversas categorias de produto que possuem relevância em termos de faturamento no comércio eletrônico e também pelas categorias de giro rápido (FMCG). A constatação é da eBit/Nielsen , em sua atualização semanal sobre os impactos da Covid-19 no e-commerce brasileiro. O estudo mostra que consumidores continuam buscando as compras online em razão das limitações quanto à ida às lojas físicas. Isso fica claro quando 21% revelaram intenção de comprar alimentos e bebidas online em março e abril deste ano. No mesmo período de 2019, essa disposição aparecia em apenas 10% do público. A quantidade de novos consumidores, ou seja, aqueles que realizam a primeira compra online no autosserviço alimentar, também segue crescendo. Após avanço de 32% nos primeiros dias de abril, houve nova alta de 27%. O pico da atração de novos clientes para o e-commerce alimentar ocorreu por volta de 20/3, quando aumentou em 45% a quantidade de novos clientes.   (As informações são do SA Varejo)
 
 

 

Porto Alegre, 09 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.200

 Governo atende setor e dispensa a emissão de nota fiscal de produtor 

A emissão da Nota Fiscal de Produtor nas vendas internas para o Rio Grande do Sul (indústria, comércio ou outro produtor) está dispensada temporariamente. Foi publicado no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (9/04) o decreto 55173, que flexibiliza as emissões entre 1º de abril a 30 de junho de 2020. O texto, datado de 8 de abril de 2020, modifica o Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (RICMS). Com isso, o governador Eduardo Leite atende a pedido dos setores produtivos em função das dificuldades criadas pela pandemia de coronavírus. “Com essa medida, o governo mostra alinhamento no combate da pandemia uma vez que evita o contato do produtor com os técnicos dos laticínios e reduz a circulação de pessoas no campo”, pontuou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Ele lembra que esse pedido é um pleito antigo do setor que ganha reforço neste momento onde a circulação de pessoas não é recomendada. De acordo com ele, o Rio Grande do Sul era o único estado do país que exigia a emissão de nota fiscal de venda do produtor para a indústria.

Conforme a Receita Estadual, o transporte da mercadoria será documentado pela Nota Fiscal de entrada emitida pelo adquirente/destinatário. O sistema de autorização das notas eletrônicas, nesse período, deixará de exigir a informação do número da Nota Fiscal de Produtor referente à venda/saída dos produtos. Nas vendas/saídas do Estado ou para exportação, o produtor deverá continuar emitindo normalmente a nota fiscal de saída dos produtos.
Neste período da dispensa, se busca evitar o deslocamento dos produtores rurais até as prefeituras para a retirada de Talão de Notas Fiscais de Produtor, com a consequente necessidade de interação com o servidor municipal, trânsito e aglomeração de pessoas no setor de atendimento, situações que podem potencializar a propagação do coronavírus.

Os produtores rurais que tiverem certificado digital ou cartão Banrisul poderão usar a Nota Eletrônica para documentar normalmente suas vendas/saídas de produtos. “É uma medida administrativa que vai facilitar o trabalho dos produtores rurais e para que possamos continuar as atividades com prevenção e tentando reduzir os impactos”, afirma o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira.

Leia abaixo a íntegra do decreto: 

DECRETO Nº 55.173, DE 8 DE ABRIL DE 2020.
Modifica o Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (RICMS).

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 82, inciso V, da Constituição do Estado,

D E C R E T A:

Art. 1º Com fundamento no art. 13 do Conv. s/nº, de 15 de dezembro de 1970, publicado no Diário Oficial da União de 18/02/71, ficam introduzidas as seguintes alterações no Livro II do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 37.699, de 26/08/97:
ALTERAÇÃO Nº 5265 - No inciso I do art. 26, fica acrescentada a alínea "c" à nota 02 da alínea "a", conforme segue:

"c) no período de 1º de abril a 30 de junho de 2020, nas saídas internas de mercadorias, promovidas por produtores, destinadas a contribuinte inscrito no CGC/TE."
ALTERAÇÃO Nº 5266 - No art. 44, fica acrescentado o inciso XVIII, conforme segue: 

"XVIII - no período de 1º de abril a 30 de junho de 2020, nas saídas internas de mercadorias, promovidas por produtores, destinadas a contribuinte inscrito no CGC/TE, desde que, conforme previsto no art. 26, I, "a", o destinatário emita nota fiscal relativa à entrada que acoberte o transporte da mercadoria."

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus efeitos a 1º de abril de 2020.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 8 de abril de 2020.

EDUARDO LEITE,
Governador do Estado."

(Assessoria de imprensa Sindilat com informações do governo do RS)

       
Coronavírus: Governo autoriza distribuição de leite para estudantes durante suspensão de aulas
O Governo Federal aprovou ontem (07/04) uma alteração na Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, por meio da Lei Nº 13.987, de 7 de abril 2020. 
Esta alteração permite que, durante o período de suspensão das aulas, em razão de situação de emergência ou calamidade pública, gêneros alimentícios — entre eles, o leite — adquiridos com recursos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) sejam distribuídos aos pais ou responsáveis dos estudantes das escolas públicas de educação básica.
Por meio desta concessão, pelo menos uma parte da comercialização do leite é resolvida. 
Confira os dizeres do documento: 
"Art. 1º A Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, passa a vigorar acrescida do seguinte art. 21-A: "Art. 21-A. Durante o período de suspensão das aulas nas escolas públicas de educação básica em razão de situação de emergência ou calamidade pública, fica autorizada, em todo o território nacional, em caráter excepcional, a distribuição imediata aos pais ou responsáveis dos estudantes nelas matriculados, com acompanhamento pelo CAE, dos gêneros alimentícios adquiridos com recursos financeiros recebidos, nos termos desta Lei, à conta do Pnae."
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação." (As informações são do Governo Federal e da ABRALEITE)
 
 
Estiagem e Covid-19: anunciadas medidas de socorro ao agro gaúcho

O Ministério da Agricultura atendeu na noite desta quarta-feira (08) pauta de reivindicações da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e anunciou medidas de socorro aos agricultores gaúchos que tiveram perdas com a estiagem e com o Covid-19. Veja aqui a resolução do Banco Central.

Entre as ações construídas, destaque para a renegociação dos custeios e investimentos e aberturas de linhas e créditos para produtores, cooperativas, cerealistas e agroindústrias.

De acordo com o secretário da Agricultura, Covatti Filho, as medidas contemplam pauta elaborada pela Secretaria, em conjunto com entidades do agro gaúcho. “Com diagnóstico preliminar das perdas no campo e a preocupação com a situação dos produtores rurais, articulamos propostas junto ao governo federal para minimizar os efeitos da falta de chuvas e, agora, fomos atendidos. É um alívio para nós, mas principalmente para o produtor”, comemora Covatti.

Para produtores afetados pela estiagem
1. Renegociação das dívidas de custeio, podendo ser parcelados em até sete anos.

2. Prorrogação das dívidas de investimentos para depois da última parcela do contrato.

3. Abertura de linhas de créditos para cooperativas de até R$ 65 milhões por tomador, com prazo de até quatro anos para pagamento

Para produtores afetados pelo coronavírus
1. Prorrogação de dívidas de custeio e investimento de todos os produtores até o dia 15 de agosto de 2020;

2. Abertura de linha de crédito emergencial de R$ 20 mil para produtores do Pronaf e R$ 40 mil para produtores Pronamp que trabalham com culturas de hortifrútis, flores, leite, pesca e aquicultura, com prazo de pagamento em até três anos e aplicação de juros já praticados pelos dois programas;

3. Recursos para comercialização para cooperativas, cerealistas e agroindústrias de até R$ 65 milhões por tomador por meio do Financiamento para Garantia de Preços ao Produtor (FGPP). 

Entenda: Desde a última semana, técnicos do ministério aguardavam a autorização dos pacotes por parte do Conselho Monetário Nacional (CMN). A reunião extraordinária para tratar desse tema foi realizada na noite desta quarta-feira, 8. Por volta das 23h, o secretário de Política Agrária, Eduardo Sampaio, confirmou ao Canal Rural a aprovação integral de todas as solicitações.
Questionado sobre o total de capital disponível para as linhas de crédito emergenciais, Sampaio não deu um número. “O recurso disponível dá para todos os que solicitarem”, resumiu.
Para os produtores rurais, os pacotes econômicos demoraram a chegar. As maiores cidades do país vivem sob isolamento social há mais de 20 dias. De acordo com fontes, técnicos do Ministério da Economia trabalharam no desenvolvimento dos projetos com especial atenção à necessidade de encontrar espaços orçamentários para a viabilização das propostas.
Até o dia 2, o governo federal já havia gastado mais R$ 224 bilhões  em ações de combate ao novo coronavírus. A previsão é de que o déficit primário da União chegue a R$ 419 bilhões até o final do ano. 
Veja as resoluções na íntegra clicando aqui. (SEAPDR/Canal Rural)
 
 
TJ-SP cassa liminares que adiam tributos
Para presidente do Tribunal de Justiça medidas ofereceriam risco de lesão à ordem pública
 
O presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), Geraldo Francisco Pinheiro Franco, suspendeu cinco liminares, concedidas em primeira instância, para adiar o pagamento de ICMS e prestações de parcelamentos de débitos do imposto. Para o magistrado, as medidas ofereceriam “risco de lesão à ordem pública”. 
Empresas do país têm buscado o Judiciário para prorrogar o pagamento de ICMS e parcelamentos de débitos do imposto, enquanto o Congresso, o governo federal e os Estados não chegam a um acordo nacional. 
A decisão do tribunal atende a pedido do Estado de São Paulo para suspender os efeitos das liminares deferidas pelas 6ª e 8ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de São Paulo, Vara da Fazenda Pública de Presidente Prudente, 2ª Vara de Osasco e 1ª vara de Araraquara. 
Nos mandados de segurança, as empresas argumentam que foram prejudicadas pelo estado de força maior gerado pela quarentena para o combate à covid-19. A situação de calamidade pública teria reduzido ou paralisado suas atividades. Segundo o Estado, porém, as liminares atingem o plano estratégico do governo para enfrentar a crise causada pelo novo coronavírus.
 
“Forçoso reconhecer que as decisões liminares proferidas nos mandados de segurança especificados têm nítido potencial de risco à ordem administrativa”, declarou o presidente do TJ na decisão. Para o desembargador, a intenção dos magistrados que proferiram as liminares foi a melhor possível. “Entrementes, o momento atual exige calma. A coordenação, a ser exercida pelo Poder Executivo, é imprescindível”, disse na decisão (processo nº 2066138-17.2020.8.26.0000). 
Para a advogada Andrezza Coli, que representa uma das empresas prejudicadas pela suspensão da liminar, a decisão do TJ-SP é política. “Mas se essas empresas quebrarem, o reflexo será grande para os cofres do Estado”, afirma. Ela havia obtido liminar para uma empresa em recuperação judicial que tem parcelado débitos de R$ 5 milhões de ICMS e pediu a postergação dos prazos para quitar as parcelas (processo nº 1003325-54.2020.8.26.0037). “No caso de uma rescisão do parcelamento, a empresa terá que pagar cerca de R$ 4 milhoes à vista”, diz.
 
A tributarista afirma que recorrerá. “O Estado diz que não deu causa à situação atual, mas as empresas também foram pegas de surpresa com a pandemia”, diz. 
 
Presidente da Comissão de Assuntos Tributários da OAB-RJ e sócio do BMA Advogados, Maurício Faro afirma que a suspensão de liminar é um instrumento de exceção “sobretudo quando questiona de uma só vez várias decisões diferentes que, em tese, avaliaram situações individuais e que convenceram diferentes juízes”.
 
Faro ressalta que as decisões apenas concedem autorização à postergação dos tributos, não o inadimplemento. “Se as medidas [do governo paulista] não são suficientes, não podemos admitir que o contribuinte tenha tolhido seu direito de se
socorrer do Judiciário”, diz. 
Segundo o tributarista Rafael Nichele, do Nichele Advogados, a premissa do TJ-SP de que o ICMS a ser pago foi reduzido porque as vendas também foram não é real. “As empresas pagam o tributo 30 dias após as vendas, mas recebem o pagamento pelas mercadorias, em média, depois de 45 a 60 dias”, afirma. O advogado também critica a alegação de irreversibilidade. “O Estado tem como buscar outras fontes de recurso, se perde arrecadação.” (Valor Econômico)
                    
Agricultores na fila dos R$ 600
Sem sinalização sobre pedido de bolsa-estiagem, produtores familiares depositam esperança de ter alguma renda em votação em curso no Congresso. O projeto de lei 873/2020 foi aprovado no Senado e está na Câmara. Há pedido de urgência para a votação e emendas que deverão ser apresentadas. No original, agricultores poderão receber auxílio emergencial de R$ 600, desde que inseridos no Cadastro da Agricultura Familiar (CAF). O problema é que esse sistema ainda não está em operação. A Secretaria da Agricultura Familiar do Ministério da Agricultura elaborou nota técnica, com alteração na redação do projeto de lei, substituindo a condição do cadastro pela declaração de aptidão ao Pronaf. Essa é a base de emenda dos deputados Alceu Moreira (MDB-RS) e Zé Silva (Solidariedade-MG). Já Heitor Schuch (PSB-RS) propõe benefício a agricultores familiares de municípios em emergência pela estiagem. Ações de combate à venda de produtos falsificados feitas por fiscais estaduais agropecuários da Secretaria de Agricultura resultaram na apreensão de 2,08 mil litros de fungicidas falsificados, volume com valor estimado em R$ 520 mil. As operações ocorreram nas regiões Central e do Alto Uruguai, entre segunda-feira e ontem. (Zero Hora)
 
 

Porto Alegre, 08 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.199

 SC: produção de leite cai 20% com falta de chuva
A produção de leite de Santa Catarina já caiu 20% por conta da falta de chuvas, segundo dados coletado junto às agroindústrias locais. O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri, afirma que a seca não foi o único fator a abalar o setor.
 
“Basicamente, há dois anos, o preço não é compatível com a realidade de custo. Tivemos seca expressiva em novembro e dezembro que tirou em torno de 30% da silagem. Estamos perdendo produtores”, conta.
 
Para diminuir os prejuízos com a estiagem e com o novo coronavírus, o governo estadual anunciou nesta segunda-feira, 7, a criação de um projeto especial para financiamento de agricultores familiares e pescadores. Eles podem acessar até R$ 30 mil para custeio ou capital de giro.
 
Em relação ao novo coronavírus, Barbieri diz que não houve muitos problemas relacionados a restrições. “O agronegócio catarinense não foi abalado em nenhum momento porque não houve restrições em cima do agro. Todos os agricultores continuaram seu trabalho normalmente. O problema é de mercado”, completa o vice-presidente. (Canal Rural)
                         

Justiça começa a julgar pedidos de liberação de saldo do FGTS 

Pedidos analisados é de trabalhadores que pedem saque integral de fundo

Trabalhadores decidiram ir ao Judiciário para pedir o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), com base no estado de calamidade gerado pela pandemia da covid-19. Há, por enquanto, duas decisões. Uma no Rio de Janeiro, favorável. E outra no Rio Grande do Sul, que impede o levantamento do saldo.

Advogados se dividem sobre a questão. Alguns ponderam que o acesso ao fundo só foi liberado em situações de desastres naturais - como em Brumadinho e Mariana e não em eventos de saúde pública. O Supremo Tribunal Federal (STF), porém, logo deve se manifestar sobre o assunto. 
O Partido dos Trabalhadores apresentou na sexta-feira pedido de liminar para autorizar o saque do FGTS (ADI 6371). No pedido, alega que o reconhecimento do estado de calamidade pública autoriza o levantamento dos recursos das contas pelos trabalhadores sem que, para isso, seja necessário editar norma ou regulamento específico. 
Nas instâncias inferiores, há poucas decisões sobre o tema. A desembargadora Raquel de Oliveira Maciel, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Rio de Janeiro, autorizou o saque integral do FGTS. Considerou que o fundo é direito dos trabalhadores, conforme a Constituição. O pedido foi feito por um açougueiro (processo nº 0101212-53.20 18.5.01.0043), que antes havia ajuizado uma ação trabalhista. 
Uma ação semelhante não teve o mesmo resultado no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Rio Grande do Sul. O caso envolve um trabalhador que também moveu ação trabalhista e posteriormente solicitou liberação de todo o FGTS. O pedido foi negado pela desembargadora Maria Silvana Rotta Tedesco, apesar de reconhecer a situação de calamidade, a necessidade de isolamento social e a restrição de muitas atividades. 
Para ela a liberação do FGTS deveria ser objeto de políticas econômicas do Executivo e não concedida por decisão judicial (processo nº 0020542-08.2020.5.04.0000). 
A Lei nº 8.036, de 1990, que trata do FGTS, autoriza o saque em algumas situações, entre elas necessidade pessoal decorrente de desastre natural. E o Decreto nº 5.113, de 2004, regulamentou esse ponto, autorizando o saque em situação de emergência ou calamidade pública ante necessidade pessoal que decorra de desastre natural. 
Ricardo Calcini, professor de direito do trabalho, entende que só é possível apresentar o pedido na via judicial, equiparando a situação atual com a de calamidade pública por desastre natural. Mas considera recomendável que o trabalhador comprove sua necessidade. 
Caio Taniguchi Marques, sócio do Simões Advogados, considera que o decreto não se aplica ao caso, pois se dirigiu a uma situação específica, ligada a enchentes que aconteceram no país naquele período. “Não há [na norma] nada que se aplique para caso de doença”, afirma. 
A Advocacia Geral da União (AGU) informou que acompanha as ações, incluindo a do STF, e analisa as medidas a serem tomadas. (Valor Econômico)
 
 

Vendas de bebida alcoólica caem 52% 

Associação das fabricantes negocia medidas de apoio ao setor, como a postergação do recolhimento de todos os tributos 

As vendas de bebidas alcoólicas caíram em média 52% em receita no período de 15 a 31 de março, sobre igual intervalo do ano passado. A principal causa para a queda é o isolamento social em mais de 20 Estados para tentar conter o avanço dos casos de covid-19 no país. As informações são da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), que reúne fabricantes de destilados, cachaça, cerveja e vinho. A entidade fez um levantamento com as empresas associadas. 
De acordo com o levantamento da Abrabe, 40% das empresas reportaram que tiveram uma queda em vendas superior a 52%. 
Os dados da Abrabe estão em linha com uma pesquisa encomendada pela entidade à KPMG, em outubro de 2019. Essa pesquisa aponta que, em média, 61% do consumo de bebidas alcoólicas é feito em bares, restaurantes, casas noturnas e eventos. Esses locais estão fechados para evitar aglomerações e a proliferação do novo coronavírus. 
A Abrabe informou que negocia medidas de apoio ao setor, como a postergação do recolhimento de todos os tributos e disponibilização de linhas de crédito. A expectativa é que, com essas ações, o impacto financeiro seja menor e garanta a saúde das empresas.
O setor de bebidas alcoólicas já doou mais de 200 mil litros de álcool em gel para para hospitais, asilos e comunidades. (Valor Econômico)                  
                        
Empresas na China 
Mais de 460 mil empresas chinesas fecharam as portas no primeiro trimestre, quando o país era o mais atingido pelo coronavírus, segundo o jornal “South China Morning Post”. Além disso, de janeiro a março, 3,2 milhões de novas companhias foram abertas no país, 29% menos do que em 2019. (Valor Econômico)