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Porto Alegre, 9 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.237

Balança comercial: cai o volume importado, mas também cai o preço

Segundo dados divulgados na sexta-feira (05/06) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de 38 milhões de litros negativos em equivalente leite no mês de maio, valor estável quando comparado a abr/20 e 59% maior que mai/19. Este foi o maior valor do saldo da balança comercial de lácteos desde fevereiro/2016. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo da balança comercial brasileira de lácteos, 2017 a 2020.
 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT

Em maio, o que mais chamou a atenção foi a redução dos preços praticados para importação de leite em pó – o integral, por exemplo, foi importado a preços aproximadamente US$ 400/ton menores que em abril/2020. Esta redução nos preços de importação alinham os valores aos praticados no mercado nacional. Aliada a queda recente na taxa de câmbio, o cenário passa a ser um pouco mais favorável às importações, notadamente do Mercosul.

Apesar disso, as exportações voltaram a subir em maio, os 11,3 milhões de litros em equivalente-leite exportados, representaram um acréscimo de 27% em relação a abr/20. No acumulado do ano (jan/mai) foram exportados 61 milhões de litros em equivalente leite, contra 54 milhões no mesmo período de 2019.

Já o volume de leite importado foi apenas 4% maior, em comparação a abr/20 – um aumento de 1,9 milhões de litros. Comparando com a média do volume importado no mês de maio dos últimos 5 anos, em 2020, houve uma redução de 61,0%. No acumulado do ano, importamos 191 milhões de litros a menos do que no mesmo período de 2019 (- 37%).

Na tabela 2, é possível observar as movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de maio deste ano.

Tabela 2. Balança comercial láctea em maio de 2020
 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint, com base em dados COMEXSTAT.

                    

Ferramenta da Embrapa indica status tecnológico de propriedades leiteiras
Mais de 500 propriedades que produzem leite já utilizaram a ferramenta IAT-Leite, desenvolvida pela Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos-SP). IAT significa Índice de Atualização Tecnológica e, no caso, é direcionada para a produção leiteira. Trata-se de um sistema de diagnóstico que permite conhecer o grau de uso de tecnologias, acompanhar a implementação de melhorias na propriedade e um mecanismo de diálogo e planejamento entre o produtor e o técnico do serviço de extensão rural que acompanha a propriedade.

Para se ter uma ideia, o IAT-Leite contempla 190 perguntas (ou indicadores) que devem, preferencialmente, ser respondidas em conjunto pelo produtor e pelo técnico. Assim, eles podem discutir as tecnologias pertinentes para a realidade local e os recursos necessários para eventual adoção. Estes indicadores abordam as diferentes dimensões que envolvem a produção leiteira, tais como manejo de alimentação, manejo reprodutivo, manejo de ordenha, manejo sanitário, manejo ambiental, manejo de conforto e bem-estar, dentre outros.

A ferramenta ganha relevância ao atender um complexo agroindustrial que fatura R$ 68,7 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos. A produção de leite no país é estimada em 35,1 bilhões de litros, envolvendo 1,1 milhão de propriedades e mais de 2 mil unidades de recebimento e processamento agroindustrial.

A observação dos indicadores de produtividade da bovinocultura leiteira demonstra o potencial latente de melhorias. A produção por animal ainda é baixa se comparada com a produção média mundial ou de outros países que possuem médias de produção superiores a 3 mil kg/vaca/ano enquanto a média da produção brasileira foi de 1.771 kg/vaca/ano, no período de 2015 a 2017.

De acordo com a pesquisadora Claudia De Mori, a tecnologia se destaca como um elemento fundamental para alcançar este aumento de eficiência na produção de leite no país. “E neste sentido, o IAT-Leite se apresenta como ferramenta que pode auxiliar na análise do perfil tecnológico da propriedade leiteira e visualização de potenciais ações de melhoria”, disse.

Segundo Claudia, entre 2016 e 2018 a ferramenta foi aplicada em mais de 500 propriedades do Programa Balde Cheio em Minas Gerais. Esse programa transfere tecnologias para a pecuária leiteira por meio da capacitação de técnicos que atendem os produtores de leite.

A agregação dos dados de perfil de atualização tecnológica das propriedades mostrou que algumas boas práticas têm maior grau de adoção. É o caso da amostragem e análise de solo em áreas produtoras de forragens, empregada uma vez por ano por mais de 80% das propriedades. Outros exemplos: mais de 80% das propriedades mantinham registro de controle leiteiro mensal ou quinzenal e mais de 60% delas executavam os processos de pré e pós-dipping na ordenha (mergulho dos tetos da vaca em solução desinfetante).

Outras tecnologias ainda possuem baixa adoção, como a oferta de formulação mineral específica para vacas em final de gestação, aplicada por menos de 30% das propriedades; banco de dados de colostro, presente em menos de 5% das propriedades; e sistema de tratamento de dejetos dos animais, relatado em menos de 3%).  Estes dados também permitiram uma discussão com os técnicos e o direcionamento das ações de capacitação de técnicos e produtores do Balde Cheio.

Claudia é uma das autoras do Comunicado Técnico “Índice de atualização tecnológica para propriedades leiteiras: IAT-Leite”, publicação disponibilizada gratuitamente neste link, onde detalhes da ferramenta podem ser consultados gratuitamente.
Técnicos sentem impacto

Para o técnico Lucas Leocádio Pereira da Silva, de Bocaiúva (MG), o IAT-Leite é uma forma de fazer uma espécie de check-list na propriedade dos produtores. “Dá para se ter uma ideia de como estão os manejos de pastagem, sanitário, reprodutivo. Aplico logo nas primeiras visitas porque ela me dá um retrato da propriedade”, afirmou.

Lucas conta que faz um tipo de “entrevista” com os produtores e alguns, ao falarem de determinada tecnologia, informam que desconheciam sua existência. “É uma oportunidade de discutir alguns conceitos com eles e definir quais tecnologias serão aplicadas naquele momento.”

Ainda de acordo com o técnico, os gráficos gerados pelo IAT-Leite permitem fácil visualização do nível tecnológico da propriedade. “A satisfação que a gente tem depois de um ano de trabalho, quando volta a aplicar e vê o impacto, vê como o índice melhorou, é muito grande. A gente aplica todo ano e estabelece uma meta para melhorar nosso índice.”

Também técnico do Balde Cheio, Fábio Silveira Moreira, de Barbacena (MG), utiliza a ferramenta. “É muito boa. Apesar de ser bem extensa e tomar um tempo para aplicar na primeira vez, é muito interessante porque vai apontar onde a propriedade está naquele momento dentro de seus macrotemas”, afirmou.

Como exemplo, ele cita o manejo de pastagem. O IAT-Leite permite levantar se o produtor está aplicando tecnologias de manejo.
“Com isso, vou saber quais os gargalos da propriedade e quais ações terei que recomendar. Sento com ele, faço o diagnóstico das deficiências da propriedade e traço metas junto com ele para o ano.” Passado esse período, a ferramenta é reaplicada e as tecnologias, ajustadas.

Outro técnico, Leonardo Cotta Quintão, de Viçosa (MG), disse que o IAT-Leite é uma ótima ferramenta para diagnóstico da propriedade. “O preenchimento é simples e autoexplicativo. Como medida de segurança, a planilha é travada e não permite respostas duplicadas ou fora do local correto, ou seja, até mesmo técnicos que não estão familiarizados com a ferramenta conseguem usar”, explicou.

De acordo com Leonardo, após o preenchimento da planilha, um relatório bem detalhado é gerado com os pontos fortes e fracos da propriedade, semelhante a análise de Swot ou à matriz Fofa (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças) usado em empresas. “Com isso podemos saber onde deve ser o foco do trabalho.”

Para saber mais sobre o Programa Balde Cheio, consulte a página oficial do projeto neste link https://www.embrapa.br/balde-cheio. (As informações são da Embrapa Pecuária Sudeste)

Retomada do movimento é lenta em SC e RS 
Pesquisa indica que 13 mil dos 50 mil trabalhadores do setor em Porto Alegre já perderam o emprego e mais 12 mil poderão ser demitidos se a situação atual se mantiver

Um mês e meio depois da retomarem atividades, os bares e restaurantes de Santa Catarina estão operando com somente 30% de ocupação, na média, embora a legislação permita que funcionem com 50%. Primeiro a autorizar a reabertura dos estabelecimentos, o Estado já perdeu 3 mil empresas do ramo, ou 20 % do total, por conta da pandemia de covid-19.

A situação é semelhante no Rio Grande do Sul, que reabriu o setor em 22 de maio e registra também uma ocupação média de 30%. “O movimento está mais fraco do que esperávamos”, afirma Maria Fernanda Tartoni, presidente da Associação de Bares e Restaurantes no Rio Grande do Sul (Abrasel-RS).

Uma pesquisa com associados da Abrasel no Estado indica que 13 mil dos 50 mil trabalhadores do setor em Porto Alegre já perderam o emprego e mais 12 mil poderão ser demitidos se a situação atual se mantiver. Apenas 78% dos estabelecimentos reabriram em maio e 50% afirmam que poderão encerrar atividades nos próximos 60 dias.

Em Santa Catarina, os estabelecimentos ficaram fechados entre os dias 18 de março e dia 21 de abril. Nesse período, 29 mil postos de trabalho foram encerrados - ou 29% do total de empregos no setor - diz a Abrasel do Estado. “A retomada está sendo muito lenta e gradual. O cenário é nebuloso”, afirma Raphael Dabdab, presidente da entidade.

Dono de um pub em Florianópolis, Dabdab afirma que precisou demitir todos os seus 30 funcionários e ainda não tem previsão de quando vai reabrir o negócio. “Trabalhávamos com música ao vivo, entretenimento. A retomada nesse nicho está ainda mais incerta”, diz.

O protocolo de funcionamento dos restaurantes em Santa Catarina é rígido. É preciso garantir uma distância mínima de 1,5 metro entre os clientes, além da obrigatoriedade do uso de máscaras. “Isso reduz a capacidade do estabelecimento comportar clientes entre 50% e 70%”, afirma Dabdab. O executivo afirma que a Abrasel está tentando alterar a regra e obter uma autorização para usar mesas nas calçadas.

Em paralelo, embora Florianópolis não registre morte por covid-19 há quase um mês, o medo de contágio está comprometendo o reaquecimento do setor. O levantamento da Abrasel mostra que apenas 7,5% dos consumidores declaram que se sentem seguros para frequentar estabelecimentos.

Segundo Dabdab, os empresários que sobreviveram estão precisando de financiamento e de uma definição sobre a renovação da MP da redução de jornada e salários, ainda em análise no Senado. (Valor Econômico)

Lançado Movimento HackatAgro.com pela Comissão de Inovação da Farsul
Foi lançado nesta semana o portal HackatAgro.com, uma iniciativa da Comissão de Inovação da Farsul. O HackatAgro.com é um movimento em prol da digitalização do Agro Gaúcho, reunindo Produtores, Startups, Investidores, Empresas e Entidades. A ambição do projeto da Farsul é estimular a criação de uma rede colaborativa, que identifique os problemas dos produtores e os conectam a startups, mentores, pesquisadores e investidores. Um verdadeiro movimento de hackers, desenvolvedores e empreendedores, com o objetivo de criar soluções inovadoras e disruptivas, garantindo eficiência, sustentabilidade e renda para o Agro. Segundo Donário Lopes de Almeida, que lidera a Comissão de Inovação da Farsul, o movimento HackatAgro.com é a consolidação de discussões, debates e ações promovidas pela entidade nos últimos 20 meses. Muitas palestras, seminários, visitas e até um hackathon fizeram parte desta jornada de aprendizado. “O processo de digitalização do Agro já vinha acontecendo, e a Covid19 só abriu novas oportunidades para diversas atividades nas cadeias de produção. Vamos estimular o ecossistema de inovação a direcionar esforços para a solução dos problemas do Agro, acelerando a transformação digital no campo”, complementa. Depois dos eventos de sensibilização e interação entre produtores rurais e startups do Agro, as Agtechs, nas duas edições passadas da Expointer e Expodireto, o projeto de inovação da Farsul passa agora a concentrar ações no ambiente digital. O lançamento do portal HackatAgro.com neste momento está alinhado com a nova realidade, e estará incluindo webinars, vídeo e podcasts, e-books, e a segunda edição do Hackathon do Agro em dezembro. Em plena Covid19, a Farsul manteve as atividades com atuação de forma remota e digital. Além da Comissão de Inovação, muitas outras e distintas áreas da entidade estiveram atuantes no período de quarentena. O presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, um ativo usuário do aplicativo Zoom durante a pandemia, falou com entusiasmo “as inovações e a tecnologia trazem a oportunidade de disseminarmos eficiência e ganhos para nossos produtores, e estamos focando nisso”. (HackatAgro.com)

                     

PIB do agronegócio cresce 3,3% no primeiro trimestre
O Produto Interno Bruto do (PIB) do agronegócio teve alta de 3,3% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2019, puxado principalmente pela alta de preços e por expectativas de maior produção. É o que mostra o estudo do PIB divulgado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O estudo mostrou, de janeiro a março de 2020, elevações nos segmentos primário (5,85%), serviços (3,53%), agroindústria (1,41%) e insumos (0,43%). Tanto a pecuária quanto a da agricultura tiveram crescimento no acumulado do primeiro trimestre, de 6,11% e 1,91%, respectivamente. No caso do ramo pecuário, o resultado foi impulsionado pela alta dos preços dos diversos produtos, em um efeito inercial que começou no fim de 2019 e pela maior procura por proteínas animais no final do ano passado e no início de 2020. “A inércia decorre tanto da elevação dos preços das carnes suína e bovina - resultado da demanda aquecida no mercado externo em decorrência da Peste Suína Africana (PSA) – como do reflexo dessa elevação nos preços das proteínas substitutas, como a carne de frango e os ovos”, explica o estudo. Já o comportamento da agricultura é reflexo de preços mais elevados no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2019, além das boas perspectivas para a safra atual. Quanto aos preços, destaque para café, arroz, milho, soja e trigo, além de alguns hortifrutícolas, como banana e tomate. Quanto à produção, as expectativas são muito positivas para produtos importantes no PIB, como café, soja, milho, algodão e laranja, entre outros. O PIB do agronegócio em março teve alta de 0,94%, comportamento puxado pelo crescimento de todos os segmentos da cadeia produtiva (insumos, serviços, agroindústrias e insumos), além do bom desempenho dos ramos agrícola e pecuário. Segundo estudo CNA/Cepea, os primeiros impactos da Covid-19 também influenciaram o resultado no mês de março. “No mês de março, a pandemia gerou um comportamento de alta nos preços de diversos produtos agropecuários. Além do seu impacto via efeito de desvalorização cambial, a possibilidade de isolamento social, naquele momento, causou picos de demanda que impulsionaram os preços do arroz, da banana, do café e dos ovos”. (As informações são do CNA)
 
 

 

 

Porto Alegre, 8 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.236

 Fazenda do Rio Grande do Sul é referência na produção do queijo tipo grana padano

Família pratica a mesma receita desde meados da década de 1990 e produção do famoso queijo italiano exigiu muitos investimentos na propriedade.

Uma fazenda em Vacaria, no Rio Grande do Sul, é pioneira na produção de um queijo muito consagrado na Itália: o grana padano.

O “grana” do nome tem a ver com os grãozinhos que marcam a textura da massa, lembrando um parmesão. Já “padano” é referente à origem, que é a região da Padânia, no norte da Itália. Fora de lá, o alimento não pode ser chamado de grana padano, é só “tipo grana”.

Nesta fazenda, visitada pela equipe do Globo Rural antes da pandemia do novo coronavírus, a receita é feita desde meados da década de 1990, seguindo o mesmo padrão até hoje com muito investimento.

Investimento milionário
Um bom queijo é resultado da transformação de muitos ingredientes de qualidade, e a primeira etapa de produção é na alimentação do rebanho. Para os produtores, este é o início de um bom queijo.

O gerente de produção da fazenda Ângelo Lacerda explica que a alimentação das vacas é feita com silagem, mas o mais importante é evitar plantas verdes ou alimentos cítricos, isso afeta o leite desses animais.

Por isso, a alimentação rígida das vacas vem quase toda de dentro da fazenda, são várias atividades integradas, com lavouras, silos e os currais.

Tudo é aproveitado na fazenda, os resíduos dos animais viram energia que ajuda na produção do queijo. Esse círculo de produção precisou de muito investimento, na casa dos milhões de reais, e foi feito aos poucos, ao longo de quase 40 anos.

Isso foi plano do produtor rural Raul Randon, que morreu em 2018 aos 88 anos. Empresário do ramo de logística, construiu uma famosa marca de carrocerias.

No começo da década de 1970, ele decidiu investir no campo. Hoje, a propriedade segue sob os cuidados da família, comandada pelo genro Sérgio Martins Barbosa.

A fazenda virou um grande empreendimento e é uma das maiores produtoras de maçã do Brasil. Também produz vinhos, azeites e, claro, o queijo tipo grana – que começou a ser produzido em 1995.

As primeiras 60 novilhas vieram diretamente dos Estados Unidos, de avião, uma história que chamou a atenção. “Gerou repercussão grande quando desceram no aeroporto do Porto Alegre. Vieram todas de avião, dois boeings de novilhas”, recorda Lacerda.

Preparação
Hoje, são mais de mil animais em lactação, com duas ordenhas por dia, dentro de um sistema chamado de “carrossel”. Nele, o leite é bombeado direto para reservatórios resfriados e, dali, segue para um caminhão-tanque.

Depois disso, o leite é testado antes de entrar na queijaria. São testados 20 parâmetros, tudo para garantir que é seguro para alimentação e se tem qualidade suficiente para virar queijo.

O motivo é que o queijo tipo grana é feito com leite cru, sem pasteurização, então todo cuidado é pouco para evitar qualquer contaminação do alimento.

Depois que o leite é aprovado, começa um longo processo de produção. O desnate acontece durante a noite e, no dia seguinte, começa a receita, que é preparada pelo mestre queijeiro Giovani Foiatto, que foi treinado na Itália.

Para cada mil litros de leite, saem 70 kg de massa de queijo. Guindastes e robôs ajudam a movimentar o produto para a sala das prensas, onde ganha forma.

O queijo permanece lá durante 24 horas na sala de prensagem, onde é retirado o soro. Depois, vem a salga do produto e começa a etapa mais importante da produção: a maturação.

Na sala de maturação da fazenda, estão mais de 20 mil queijos guardados, que ficam lá por cerca de 12 meses para só depois irem para o comércio.

Expansão e novos mercados
O queijo tipo grana hoje é vendido em todo o Brasil, e a fazenda já trabalha para dobrar a produção e atender outros países, como China, Rússia e os países vizinho da América do Sul.

Com a pandemia do novo coronavírus, a venda para bares e restaurantes diminuiu e obrigou a fazenda a rever suas projeções de crescimento.

Ainda assim, a receita deve aumentar 15% este ano, e as vendas online, por exemplo triplicaram. Então, o plano de expansão continua. Clique aqui para assistir a matéria na íntegra. (Globo Rural)
         

Cooperativa Piá projeta 15% de crescimento em 2020

A Cooperativa Piá, de Nova Petrópolis (RS), na primeira prévia do trimestre de 2020, registra um crescimento de seu faturamento na ordem de 12% em relação ao ano anterior. 

Em um cenário de pandemia causado pela covid-19, os números são otimistas, sendo que o projetado para este ano é de 15% de aumento.

De acordo com gerente de marketing da Piá, Tiago Haugg, a empresa irá buscar os números projetados neste segundo semestre de 2020. “Dado ao cenário atual, ter crescimento no faturamento neste primeiro trimestre, já é uma vitória. Agora, o nosso desafio é ir buscar as metas e manter a operação saudável”.

A cooperativa tem redor de três mil associados produtores que entregam matéria-prima diariamente para linha de produção. Hoje, são mais de 20 mil associados e fatura cerca de R$ 600 milhões. Atua em mais de 85 municípios gaúchos com negócio ou atividade leiteira. Presente em municípios da Serra gaúcha, Planalto e Região Metropolitana de Porto Alegre.

Haugg informa que a cooperativa vem registrando neste momento maior consumo de leite UHT, queijo, manteiga e requeijão, entre outros. “As pessoas estão apresentando outros hábitos, comprando produtos para cozinhar em suas casas”, explica. A atitude se justifica, uma vez que, as pessoas acataram a decisão das autoridades sanitárias para o isolamento social.

Haugg destaca que a cooperativa mantém o seu cronograma de lançamento de novos produtos. Neste ano, segundo o gerente de marketing, são 30 lançamentos, principalmente na Linha Piá Profissional, destinado para serem utilizados em casa, como creme de leite culinário, recheios para bolos, coberturas, entre outros. “Já a linha de iogurtes probióticos com kefir da Piá cresceu 14% nos primeiros quatro meses de 2020, na comparação com o quarto quadrimestre de 2019”, informa.

Ele comenta que a empresa está realizando estudos de viabilidade para o lançamento de outras linhas de produto para 2021. Haugg acredita que o consumo aumentará à medida que as pessoas tiverem segurança com a redução da pandemia.
Em 2020, a Piá teve de enfrentar não só os efeitos causados pela pandemia, mas a seca que atingiu, principalmente, o Rio Grande do Sul, resultando na diminuição da oferta de leite.

A Piá foi fundada, em 1967, por imigrantes alemães e por um projeto binacional (Alemanha e Brasil). Ela passou a atuar em duas cadeias produtivas: leite e frutas. Em sua trajetória de mais de 50 anos muitos produtos foram desenvolvidos; muitos deles líderes de mercado, tanto no Estado, quanto no Brasil. A cooperativa salienta que sempre manteve um rígido controle sanitário em toda sua estrutura. (Jornal do Comércio)

Novas embalagens do Leite Languiru realçam qualidade e rastreabilidade

Surpresas aguardam os consumidores de um dos leites mais tradicionais do mercado. 

No mês de junho, começam a chegar às gôndolas as novas embalagens dos leites integral, semidesnatado, desnatado e zero lactose da Languiru. A modernização da identidade, além de expressar a pureza do leite, confere mais destaque à solução de rastreabilidade, que evidencia o QR Code e convida o consumidor a ler a embalagem e a conhecer ainda mais o leite da Cooperativa Languiru.
 
A “caixinha” mais clara representa o branco do leite, produzido com exclusiva dedicação pelas famílias de associados. Além disso, segue evidente o foco na relação de transparência com o consumidor.
 
O QR Code único por embalagem continua presente, agora em local de mais fácil visualização. Uma “Tag” destaca o que representa o grande diferencial da marca e a torna a primeira indústria de laticínios do mundo a possuir um sistema de controle que garante a rastreabilidade cirúrgica de toda a cadeia produtiva até ao ponto de venda. Ao ler o código, por meio de aplicativo de celular, o consumidor visualiza e comprova informações específicas sobre o litro de leite que está adquirindo.
 
 
Fonte: Divulgação Cooperativa Languiru.

Padronização da linha 
O projeto de modernização foi conduzido em sistema de co-criação pelas equipes comerciais e de marketing da Languiru e da SIG Combibloc (empresa responsável pelo fornecimento das embalagens e também da tecnologia de rastreabilidade). O desenvolvimento e a campanha de divulgação também contaram com o apoio da agência Attitude.
 
O projeto iniciou logo após o lançamento do Leite Origem, o leite premium da Languiru, em 2019. A nova linha segue o alinhamento iniciado com o Origem, visualmente mais leve e que destaca informações essenciais com mais ênfase na parte frontal da embalagem.
 
Cores das “caixinhas” seguem iguais 
As cores originais foram mantidas, porém de forma mais vibrante, para facilitar a identificação dos consumidores dos leites Languiru. Para quem busca aproveitar o máximo dos componentes naturais do leite, o vermelho continua sendo a cor do leite integral. Para aquele que deseja apreciar o sabor natural do leite, com uma pequena redução nos níveis de gordura, o verde claro segue identificando o leite semidesnatado. Quem necessita conciliar o consumo com restrições rígidas ao teor de gordura, o azul continua distinguindo o leite desnatado. Já àqueles que apresentam condições específicas de intolerância à lactose, o ocre alaranjado permanece identificando o leite zero lactose.
 
Agregar valor com inovação 
Para o presidente da cooperativa, Dirceu Bayer, a criação de embalagens atrativas e a consolidação de modernos diferenciais como a rastreabilidade, demonstram a missão da Languiru. “Buscamos agregar valor à matéria-prima gerada nas propriedades dos associados, concentrando esforços na inovação. Em virtude disso, oferecemos produtos da mais alta qualidade à sociedade”, enaltece. (As informações são da  Assessoria de Imprensa Languiru)

              

Classes C e D aderem ao e-commerce na quarentena
A digitalização dos hábitos de compra na quarentena cresceu também entre os consumidores de menor poder aquisitivo. Essa é uma das contatações do estudo realizado pela Superdigital , fintech com foco na inclusão financeira, pertencente ao Santander. O estudo analisou as compras nos 30 dias anteriores à quarentena, no primeiro e também no segundo mês de isolamento social. Foi percebido crescimento de 60% nos gastos destinados a estabelecimentos online. O crescimento é superior ao registrados em supermercados físicos, nos quais o público das classes C e D elevou as compras em 40%, de acordo com a pesquisa. Por outro lado, gastos desse público em restaurantes caíram 33%. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)
 
 

 

Porto Alegre, 5 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.235

 Por que autoridades internacionais pedem que suas respectivas populações comam mais queijos?

Coma mais queijo - Inglaterra, França e Canadá deram um grito de guerra patriótico: para um bem maior, não use apenas máscara e fique em casa. Por favor, coma mais queijo!

A Tradição cultural aliada aos benefícios para a saúde faz com que queijos e demais produtos lácteos estejam  presentes  nas mesas de grande parte das famílias mundo afora. Eles  geram memórias afetivas em pessoas de todas as gerações.
Pesquisas científicas recentes apontam que o consumo diário de laticínios diminui a incidência de diabetes e doenças cardiovasculares. E que os benefícios dos produtos vão muito além dos já confirmados lácteos probióticos.
Além dos benefícios  citados, outro ponto tem feito com que países desenvolvidos e comprometidos com a sua população incentivem o consumo de queijo: a sua importância econômica.

Consenso 
No dia 10 de maio, o príncipe Charles escreveu uma carta  pedindo que os ingleses comprem mais produtos lácteos. Dizendo que  era “profundamente preocupante saber que esta crise corre o risco de destruir uma das mais maravilhosas alegrias da vida – o queijo britânico!”

Já o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, pediu  aos cidadãos que “comam queijo canadense para ajudar o produtor de leite local”.  Recentemente, seu governo aumentou a capacidade de empréstimo da Canadian Dairy Commission em 200 milhões de dólares canadenses para comprar e armazenar mais queijo e manteiga.

Além de pedir que os franceses consumam mais queijos, o governo da França também tem  tomado outras medidas. O conselho do Condado de Aisne, por exemplo anunciou a compra de 4 mil queijos maroilles para apoiar a indústria atingida pela crise da Covid-19.  Os queijos adquiridos serão redistribuídos para associações de caridade como Banco de Alimentos, Restos du Coeur e Cruz Vermelha.

O contexto dos produtores brasileiros
A importância econômica do setor de laticínios no Brasil é bem maior do que se imagina. A estimativa é que ele gere cerca de cinco milhões de postos de trabalho. É o setor que mais emprega.

Segundo dados divulgados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),  quase 1/3 da produção de leite no Brasil vem da agricultura familiar.  Ou seja, pessoas que dependem única e exclusivamente da venda do alimento para a sobrevivência.

Para se ter uma noção do impacto deste setor no sustento e sobrevivência da população brasileira, segundo a estatística de produção de leite do IBGE no país temos mais de um milhão de  micros e pequenos produtores de leite espalhados em mais de 5.500 municípios.

Cerca 70% destes pequenos produtores fornecem o leite para o complexo industrial seguindo todas as regras de higiene sanitária. Sendo que o restante  desta produção fica no mercado informal, e por isso não chegam nas prateleiras dos supermercados.

As Indústrias de laticínios que são regulamentadas sob inspeção federal, somam mais de 1.200 empresas constituídas. São mais de duas mil plantas industriais. E existem milhares de empresas com registros nas esferas estaduais e municipais. (Portal Contexto/ Terra Viva)
               

Mais de 700 estabelecimentos já foram habilitados a exportar para 24 países

Mais de 700 estabelecimentos foram habilitados a exportar produtos agropecuários para 24 países desde janeiro de 2019. No início desta semana, mais quatro unidades frigoríficas de aves e uma de suínos foram credenciadas e irão vender as carnes do Brasil ao Vietnã.

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) comemora a ampliação das habilitações para mais um país. “Isso mostra que o mundo olha o Brasil como grande fornecedor de alimentos, supridor de alimentos”, destaca.

As novas plantas frigoríficas de aves aptas a exportar para o Vietnã estão localizadas nos estados de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Já as suínas, em Minas Gerais.
As exportações de produtos agrícolas para o Vietnã, em 2019, somaram US$ 27,5 bilhões. Em 2018, totalizaram US $ 22,6 bilhões.

Abertura de mercados: Desde janeiro de 2019, o Brasil abriu 65 mercados para produtos agropecuários, sendo 30 aberturas registradas somente este ano.

No último dia 25 de maio, a Tailândia, por exemplo, comunicou que irá importar carne bovina com osso, carne desossada e miúdos comestíveis de bovino do Brasil, mercado com potencial de receita de US$ 100 milhões nos próximos anos. O país também abriu seu mercado para os lácteos brasileiros.

Já no início do mês passado, o governo das Filipinas credenciou estabelecimentos de carnes bovinas (Goiás, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Minas Gerais, Tocantins e Pará), de aves (Paraná, Santa Catarina e rio Grande do Sul), de peru (Rio Grande do Sul) e suína (Santa Catarina).

Outros novos mercados são castanha-de-baru para Coreia do Sul, melão para China (primeira fruta brasileira para o país asiático), gergelim para a Índia, castanha-do-Brasil (castanha-do-Pará) para Arábia Saudita, material genético avícola para diversos países e milho de pipoca para Colômbia.

As exportações do agronegócio atingiram valor recorde em abril, ultrapassando pela primeira vez a barreira de US$ 10 bilhões no mês. O recorde anterior das vendas externas neste mês ocorreu em abril de 2013, quando as exportações somaram US$ 9,65 bilhões.


PIB agropecuário: A agropecuária apresentou crescimento de 0,6% no primeiro trimestre de 2020 em comparação ao quarto trimestre de 2019, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do país. O setor foi o único da atividade econômica nacional a crescer no período analisado.

Em relação a igual período do ano anterior, no caso primeiro trimestre, a agropecuária teve crescimento de 1,9%. (As informações são do Mapa)

Leite em Mapas: a evolução da produção de leite no Brasil desde 1990

O Centro de Inteligência do Leite (CILeite) da Embrapa Gado de Leite criou a página Leite em Mapas que, utilizando dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra, por meio de mapas de densidade, a evolução bovinocultura de leite no Brasil desde 1990.

No site, é possível ajustar os dados para os anos 1990, 2000, 2010 e 2018 e comparar as variáveis produção de leite, vacas ordenhadas e produtividade. Com isso, podemos observar o amadurecimento da cadeia em termos de produção e produtividade, bem como a migração da produção entre regiões do País. Veja abaixo a comparação da variável produção de leite para os anos 1990 e 2018:

No exemplo de comparação a seguir é interessante observar o salto em produtividade no  intervalo 2010-2018, principalmente nos estados do Sul e em Minas Gerais. Os estados do Nordeste e Centro-Oeste também demonstram evolução neste quesito, ao contrário do que é observado para os estados do Norte.

Esses dados vão de encontro ao que observamos nos levantamentos Top 100 do MilkPoint, que caracterizam as 100 maiores propriedades do Brasil em volume captado e pode ser acessado aqui. (Milkpoint)
                  

EMATER/RS: animais e produção ainda não se recuperaram do impacto da estiagem
Em quase todas as regiões do Estado, ainda não foi possível observar uma reversão significativa do decréscimo do escore corporal e da produção de leite que havia se estabelecido nos rebanhos bovinos leiteiros em consequência da estiagem. No geral, as condições sanitárias dos rebanhos permanecem satisfatórias, mediante a utilização de práticas de manejo e a utilização de medicamentos para controle de parasitoses internas e externas. As estimativas atualizadas de redução na produção leiteira relatadas pelos escritórios regionais da Emater/RS-Ascar nas respectivas áreas de abrangência são as seguintes: regional de Bagé – 55%; Frederico Westphalen – 30%; Porto Alegre – 30%; Santa Maria – 30% (em levantamento realizado em parte da região). Na região de Santa Rosa, já é possível observar uma boa produção das pastagens cultivadas de inverno disponibilizadas às vacas; durante a semana, a produção leiteira, embora abaixo da normalidade, foi superior à da semana anterior. (As informações são da EMATER/RS)
 

 

Porto Alegre, 4 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.234

 Estiagem faz Estado cair uma posição no ranking de produção

Um dos principais produtores de grãos do país, o Rio Grande do Sul será ultrapassado, neste ano, por Goiás em volume de produção. Efeito direto da estiagem que castigou sobretudo lavouras de soja e reduziu em mais de 9 milhões de toneladas a colheita gaúcha da atual safra em relação ao ciclo anterior.

Na próxima segunda-feira, IBGE e Companhia Nacional de Abastecimento apresentam novo levantamento da safra. E devem confirmar as perdas no Rio Grande do Sul. Como a colheita já se encerrou, a expectativa é saber o tamanho do ajuste - se é que haverá - em relação aos dados do mês passado. Outra informação sobre a qual se tem expectativa é o resultado nacional. As projeções são de recorde para o grão. Há quem avalie, no entanto, que o recuo da produção gaúcha poderá impactar o número do país.

Pelos últimos dados da Conab, pouco mais de 1 milhão de toneladas separam o resultado da produção de grãos (incluídas as culturas de inverno) do RS e de Goiás, quarto e terceiro lugares no ranking nacional. Ficam à frente, ainda, Paraná e Mato Grosso.

- Sempre disputávamos o segundo lugar com o Paraná. A situação do Estado neste ano é fora do comum. Nunca houve algo parecido com essa combinação de seca e covid-19 - avalia Décio Teixeira, presidente da Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja-RS).

No panorama apresentado ontem pelo secretário da Agricultura, Covatti Filho, no Tá Na Mesa virtual da Federasul, que aponta perda de R$ 15 bilhões em valor bruto da produção no Estado, voltou-se a falar em irrigação. Nem 3% da área de verão é irrigada. A necessidade de "desburocratização", a deficiência no fornecimento de energia elétrica e a falta de linhas de crédito atrativas foram citadas como obstáculos.

Neste momento, há de se acrescentar as barreiras trazidas por perda de renda e dificuldades de renegociação. (Zero Hora)
               

Argentina – Principais indústrias de laticínios acumulam dívidas de quase 19 bilhões de pesos

As complicações derivadas da pauperização do mercado interno junto com as dificuldades para concretizar exportações – agravadas pela pandemia do Covid-19 – reduziram o faturamento de muitas das principais indústrias de laticínios da Argentina. Nesse contexto, as dívidas bancárias das 27 principais empresas do setor é de 18.967 milhões de pesos, segundo os registros do Banco Central (BCRA). 

Trata-se de uma cifra superior ao faturamento total com produtos lácteos nas cadeias de supermercados a nível nacional registradas nos meses de fevereiro e março de 2020, segundo os últimos dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). 

Um estudo realizado pelo Instituto Argentino de Professores Universitários de Custos (Iapuco) em conjunto com o Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) mostra que entre agosto de 2019 e março de 2020 as médias e pequenas empresas de laticínios operaram – em média – sem rentabilidade, enquanto que no primeiro bimestre deste ano as grandes fábricas não conseguiram obter lucro. 

 
A partir de abril passado, se bem que a situação do setor tendia a melhorar de forma progressiva em termos teóricos, a realidade é que algumas empresas encontraram grandes obstáculos – que persistem até hoje – para distribuir e receber produtos causados pelas dificuldades logísticas, trabalhistas e econômicas gerados pelo isolamento forçado. 

Em relação ao mercado externo, as exportações, que iniciaram firmes o ano de 2020, caíram acentuadamente em março pelo efeito combinado da queda de preço do petróleo (muitos dos grandes compradores de lácteos são exportadores de óleo cru) e a desaceleração econômica provocada pela pandemia do Covid-19. 

“A elevação dos direitos de exportação do leite em pó (9% do valor FOB), a manutenção da retenção de AR$ 3/US$ para os outros produtos lácteos, a queda na devolução de impostos internos vigente desde os meados de 2018, câmbio defasado e os preços internacionais atuais e futuros mais baixos, reduziram os incentivos para as exportações agora e no médio prazo”, explicou o boletim do Observatório Lácteo Argentino (Ocla). 

“Esta situação de menor incentivo à exportação de lácteos se junta ao aumento de 8% na produção de leite, maiores estoques iniciais e sérias dúvidas em relação à evolução do consumo doméstico em decorrência da queda no poder aquisitivo, agravada pela crise econômica”, acrescenta o Ocla. (valorsoja – Tradução livre: Terra Viva)

Home office” pode alcançar 20 milhões de trabalhadores no Brasil, estima Ipea 

País deve ocupar a 45ª posição em um ranking de 86 nações criado pela aís deve ocupar a 45ª posição em um ranking de 86 nações criado pela Universidade de Chicago

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado ontem m estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado ontem mostra que o trabalho por “home office” poderá alcançar 22,7% das ocupações mostra que o trabalho por “home office” poderá alcançar 22,7% das ocupações existentes no país, o que corresponde a mais de 20 milhões de pessoas existentes no país, o que corresponde a mais de 20 milhões de pessoas.

Se confirmado, o cenário coloca o Brasil na 45ª posição num ranking de 86 países om trabalho remoto elaborado por pesquisadores da Universidade de Chicago e que teve metodologia replicada pelo Ipea. Na América Latina, ficaria em 2º lugar.

Os dados constam do estudo “Potencial de Teletrabalho na Pandemia: Um Retrato o Brasil e no Mundo”, feito em parceria pelos pesquisadores Felipe Martins e Geraldo Góes, do Ipea, e José Antônio Sena, do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE).

O levantamento analisou 434 tipos de ocupações existentes no mercado de trabalho brasileiro e concluiu que 25% dessas atividades poderiam ser realizadas remotamente, o chamado teletrabalho. São essencialmente grupos de profissionais de ciências e intelectuais, diretores e gerentes, além de técnicos e profissionais de nível médio.

A análise mostra também que trabalhadores da agropecuária, da caça e da pesca e militares possuem os menores potenciais de realizar o trabalho remotamente, por motivos evidentes. “Se a ocupação envolve trabalho fora de um local fixo e operação e máquinas e veículos ela não passível de teletrabalho”, diz Felipe Martins, do Ipea.

Regionalmente, porém, o potencial do “home office” varia conforme o perfil dos postos de trabalho existentes. O maior potencial está no Distrito Federal, onde 1,6% dos empregos podem ser executados de forma remota (cerca de 450 mil pessoas). Logo na sequência vêm os Estados de São Paulo (27,7% dos empregos, cerca de 6,1 milhões de pessoas) e Rio de Janeiro (26,7%, mais de 2 milhões).

O Piauí é o que apresenta o menor potencial de teletrabalho (15,6% das atividades, u cerca de 192 mil pessoas).

Na comparação entre os países, Luxemburgo tem a maior proporção de teletrabalho entre os 86 países avaliados (53,4% dos empregos). No final do ranking parece Moçambique (5,24%), segundo informou o Ipea. Dentre os nove países da América Latina que constam no estudo o Chile tem a maior participação de Teletrabalho (25,74%).

Os pesquisadores consideraram prematuro, porém, avaliar se as modalidades de trabalho remoto que surgiram ou cresceram durante o período de isolamento social seguirão a mesma tendência no pós-pandemia.

Como as relações trabalhistas no país são, sob vários recortes, muito heterogêneas muito cedo ainda para se descortinar tendências mesmo que setoriais”, acrescentou Geraldo Góes, pesquisador do Ipea. (Valor Econômico)
                  

França – Proibida denominação animal em produtos vegetais
A Assembleia Nacional adotou, definitivamente no dia 27 de maio de 2020, a proposta da leite “referente à transparência de informações sobre alimentos”, incluindo um importante dispositivo em que proíbe a utilização de denominações animais (lingüiça, filé, bife...) para produtos contendo proteínas vegetais. As entidades profissionais Iterbev e Inaporc aplaudiram a adoção dessa medida pelo legislativo “dizendo que será um grande progresso quando entrar em vigor, um verdadeiro progresso em matéria de transparência da informação para o consumidor.  Por isso, as entidades pedem ao governo para promulgar rapidamente o decreto para tornar a medida efetiva na França. Com efeito, esse decreto não dependerá da União Europeia (UE), e não será necessário aguardar que a proibição em todo o bloco comunitário. (AGROMedia – Tradução livre: Terra Viva)
 
 

 

 

Porto Alegre, 3 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.233

 Consumo em restaurantes tem queda de 61,2% na primeira quinzena de maio 

Resultado representa pequena melhora em relação à queda da metade inicial de abril, que chegou a 67,7%

O volume de transações em restaurantes caiu 61,2% na primeira quinzena de maio na comparação com igual período do ano passado, segundo o Índice de Consumo em Restaurantes (ICR) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e da bandeira de benefícios Alelo.

O resultado mostra uma queda um pouco menor do que nos primeiros 15 dias de abril, quando o indicador teve recuo de 67,7% nas transações, mas ainda evidencia a forte retração na atividade dos estabelecimentos em função das medidas de isolamento social adotadas desde março.

A pesquisa computa o volume de compras e valor dos gastos realizados por trabalhadores com carteira assinada que recebem vales-alimentação e refeição pela bandeira Alelo. Também há levantamento da quantidade de estabelecimentos que registraram as transações no período.

Nem a abertura gradual do comércio e adaptação dos restaurantes foi suficiente para impulsionar o movimento de consumidores.

Na primeira quinzena de maio, houve queda de 25,7% no número de restaurantes que registraram compras ante um ano antes, contra recuo de 40,5% em mesmo intervalo de abril.

“Mais restaurantes estão abrindo, se adaptando ao delivery, mas o volume de operações não volta ao que era antes. Ainda temos um quarto dos estabelecimentos sem registrar transações. A pergunta que fica é o quanto eles conseguem sobreviver”, afirma Eduardo Zylberstajn, chefe de pesquisa e inovação da Fipe.

O ICR ainda mostra que, no valor das compras, houve baixa de 44,9% em restaurantes na primeira metade do mês passado, sempre na comparação anual.

O desempenho também mostra uma melhora, embora discreta, ante a primeira quinzena de abril, quando a queda no valor das transações foi de 56,7%.

“A retomada não ocorre de uma hora para outra, ela é lenta. Os restaurantes e outros estabelecimentos, como shoppings, vão ter uma capacidade bastante limitada de receber clientes quanto a abertura começar a ocorrer. Será preciso adotar distanciamento entre as mesas e critérios rigorosos de higiene”, diz André Turquetto, diretor de marketing e de produtos da Alelo.

Segundo Zylberstajn, é possível projetar que o mesmo quadro de recuperação gradativa e em patamar mais baixo se repita para o comércio em geral nas próximas semanas e meses. “O dinamismo a que estamos acostumados a ver no nosso dia a dia está longe de voltar”, afirma.

A parceria entre a Fipe e a Alelo também inclui o Indicador de Consumo em Supermercados (ICS), menos afetado pela interrupção de atividades presenciais.

Na primeira quinzena de maio, o consumo em supermercados a partir de vales da Alelo caiu 9,2% em bases anuais, depois de registar uma queda de 19,2% em abril. Em contrapartida, os gastos subiram 6,8% nos primeiros 15 dias de maio. No mês anterior, houve queda de 4,9% em igual período.

“As pessoas estão ficando mais em casa, então não há diferença significativa na quantidade de estabelecimentos funcionando e aumenta o valor médio de gastos. Isso indica que os consumidores vão menos aos supermercados, mas gastam mais a cada ida”, afirma Zylberstajn. (Valor Econômico)
                 

China aprova as importações de permeado de soro de leite

No dia 15 de maio de 2020 a China publicou os padrões oficiais de segurança e qualidade para o uso de permeado em pó (soro de leite desproteinado em pó) em alimentos processados, significando que seu mercado está pronto para aceitar as importações deste ingrediente.

O desenvolvimento veio em decorrência do recente tratado comercial entre os Estados Unidos e a China. No entanto, o padrão é o aceito mundialmente, e o permeado de qualquer país pode ser exportado para a China, desde que cumpra os requisitos.

Henrik Jacob Hjortschoej, chefe de desenvolvimento de vendas de alimentos da Arla Foods Ingredients disse, “A abertura do mercado chinês para as exportações mundiais de permeado é muito significativo para o mercado de ingredientes lácteos. A demanda de permeado cresce rapidamente na China, assim como, em todo o mundo. Esperamos ansiosamente trabalhar com nossos clientes da China para fornecer um permeado de soro de leite de altíssima qualidade para ser utilizado em bebidas e alimentos”.

O permeado de soro de leite é o leite sólido com cerca de 80% de lactose. Usado como agente emulsificante é substituto econômico para o leite em pó desnatado (SMP) lactose e soro de leite em pó. Em 2017, o permeado em pó recebeu um padrão internacional do Codex Alimentarius. 

O permeado está sendo cada vez mais utilizado por marcas multinacionais, particularmente em categorias como chocolate e biscoitos, mas, também em bebidas quentes, laticínios e sobremesas. Os números da Innova mostram que o número de novos produtos que contêm permeado de soro de leite mais que dobrou nos últimos anos, passando de 169 em 2015 para 387 em 2019. A Arla Foods Ingredients é um dos maiores fornecedores mundiais do ingrediente, com instalações de produção na União Europeia (UE) e na Argentina. (As informações são do Dairy Industries, traduzidas pelo Terra Viva)

Daoud: ‘Programa Leve Leite é a solução para aumentar consumo na crise’

Para o comentarista do Canal Rural, uma medida já conhecida pelo governo pode dar fôlego ao setor que emprega cerca de 4 milhões de pessoas no Brasil.

Um dos efeitos da retração econômica é a diminuição da renda das famílias e umas das consequências disso aparece na cadeia leiteira, com a diminuição na demanda por produtos com leite e derivados.

Para o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud uma medida já conhecida pelo governo pode dar fôlego ao setor que emprega cerca de 4 milhões de pessoas no Brasil, o programa Leve Leite, que consiste na distribuição de leite em pó para alunos matriculados na Rede Municipal de Educação de diversas cidades do país. Assista o vídeo clicando aqui. (Canal Rural)
                   

PIB da agropecuária brasileira deverá crescer 1,8% em 2020, prevê MacroSector
Impulsionado por soja e milho, o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária brasileira deverá crescer 1,8% em 2020, segundo novas estimativas divulgadas hoje pela MacroSector, com sede em São Paulo. O avanço, classificado pela consultoria como “modesto”, não evitará uma forte queda de 9% do PIB do país como um todo, determinada por recuos nos setores industrial e de serviços. No cenário que traçou, a MacroSector projeta recuos de 11,5% no consumo doméstico, de 15% dos investimentos e de 8,5% das exportações, além de um aumento de 3% das despesas do governo. No primeiro trimestre, quando o PIB brasileiro caiu 1,5%, a agropecuária cresceu 0,6%. (As informações são do Valor Econômico)

 

 

Porto Alegre, 2 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.232

 Leilão GDT fecha com preços estáveis; importações seguem não atrativas para Brasil

O evento 261 da plataforma Global Dairy Trade (GDT), realizado nesta terça-feira, 02/06, sinalizou manutenção do índice de preços médios dos produtos negociados. Após o encerramento do leilão, o preço médio das negociações fechou em US$2.902/ton, valorização de apenas 0,10% em relação ao evento anterior, realizado na segunda quinzena de maio. Confira, no Gráfico 1, a evolução de preços médios praticados nos leilões e sua variação.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT x GDT Price Index; elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade.

Neste evento foram negociadas 21.968 toneladas, volume 30,9% maior do que no evento anterior. O significativo aumento no volume vendido pode sinalizar uma melhor dinâmica do mercado, que não praticava volumes acima de 21 mil toneladas em um evento GDT desde a segunda quinzena de março.

O leite em pó integral, que representou 54% do volume ofertado neste evento, fechou em alta de 2,1%, com preço médio de US$2.761/ton. O segundo produto mais negociado, o leite em pó desnatado, que representou 19% do volume total, teve uma queda de 0,5% em seu índice de preços, fechando em US$2.530/ton. A tabela 1, apresenta os preços médios e variações de todos os derivados negociados no evento 261.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no evento 261 do GDT, realizado em 02/06/2020.

As variações positivas nos últimos dois eventos GDT sinalizam para uma gradual recuperação do mercado de lácteos, após o cenário desfavorável dos últimos meses construído pela crise causada pela Covid-19. Alguns fatores, como a retomada nos preços do petróleo e sucessivas medidas de afrouxamento das políticas de isolamento social pelo mundo, apontam para a volta do crescimento do consumo de lácteos. Entretanto, ainda é necessária cautela, e saber que, dificilmente o setor retornará aos níveis de receita pré-Corona no curto prazo.

Analisando os contratos de leite em pó integral para os próximos meses, nota-se uma expectativa de crescimento dos preços, fechando em patamares superiores aos atuais a partir de setembro, apesar da queda nos meses de julho e agosto.

Gráfico 2. Contratos futuros de leite em pó integral – GDT vs. NZX.

Os impactos dos preços deste leilão no mercado brasileiro podem ser observados na Tabela 2, em que estimamos o valor do leite importado em equivalente leite no Brasil. O preço do leite em pó integral no GDT (US$2.761/ton), equivale a um leite pago na fazenda brasileira de R$1,70, considerando a taxa de câmbio do dia do evento (R$5,25/dólar). Este valor ainda é distante da média CEPEA/ESALQ paga pelo leite em maio, cerca de R$1,38/litro.


Neste cenário, as importações seguem sendo pouco competitivas no mercado brasileiro, em função, principalmente, da taxa de câmbio que, apesar da queda nos últimos dias, segue bastante elevada. (GlobalDairyTrade/Milkpoint)
                  

Demanda por lácteos da China se mantém forte

O país mais populoso do mundo continua sendo um voraz comprador de leite em pó, apesar da pandemia em curso e de uma economia que desacelerou acentuadamente. Com as compras de abril, a China importou quase tanto leite em pó integral nos primeiros quatro meses deste ano quanto no período de janeiro a abril do ano passado, observa Sarina Sharp, analista do Daily Dairy Report.

Em abril, a China importou 63,68 milhões de quilos de leite em pó integral, um aumento de 21,9% em relação ao ano anterior, de acordo com o Trade Data Monitor. "Em relação ao formidável ritmo de compras que o país estabeleceu em 2019, as importações chinesas de leite em pó integral tiveram um início lento este ano, mas a forte contagem de abril as leva a apenas 0,2% do ano passado, depois de se ajustar ao dia bissexto", disse Sharp.

O ritmo de compras ocorre apesar da forte queda da atividade econômica. Em janeiro, antes do bloqueio da China, a economia do país deveria crescer 6% em 2020, um pouco abaixo do crescimento de 6,1% de 2019. Segundo o World Economic Outlook de abril do Fundo Monetário Internacional (FMI), a Covid-19 mudou drasticamente as perspectivas. Agora, o FMI espera que a economia da China cresça apenas 1,2%, um declínio de 4,8 pontos percentuais em relação às perspectivas de janeiro.

Enquanto milhões de trabalhadores foram demitidos na China e outros viram cortes nos salários, a demanda reprimida por bens e serviços passará para 2021 à medida que o mercado de trabalho se recuperar. O FMI espera que a economia da China registre um crescimento de 9,2% no próximo ano, um aumento de 3,2 pontos percentuais em relação às perspectivas de janeiro de 2020.

As importações chinesas de leite em pó desnatado em abril caíram 4,1%, para 25 milhões de quilos, em comparação com o ano passado. Mas no ano passado, a China estava em uma momento de grandes compras de leite em pó, adquirindo grandes volumes da Nova Zelândia, bem como estoques de intervenção baratos da Europa. Sharp observa que, enquanto as importações de leite em pó desnatado na China de janeiro a abril diminuíram 14,3% em 2019, elas ainda eram mais altas no mesmo período em todos os anos anteriores.

"Dadas as interrupções no comércio global e os relatórios de mais envio de leite para os secadores na China durante o bloqueio, as importações de leite em pó do país foram mais fortes do que o previsto", afirma Sharp. "Essas são boas notícias em um mundo com um crescente excedente de leite em pó."

A China também está importando mais soro de leite, mas essas importações ainda estão bem abaixo dos níveis recordes de 2018. "As fortes importações de soro de leite refletem uma melhoria gradual nos esforços da China para reconstruir seu rebanho suíno e modernizar sua indústria suína", afirma Sharp. "A mudança para uma indústria mais moderna favorece o consumo de soro de leite, porque muitos criadores de grande escala incluem soro de leite em rações para leitões, enquanto as fazendas menores normalmente não o fazem."

No entanto, Sharp observa que o rebanho de suínos da China ainda é apenas "uma sombra do que era antes de ser devastado pela peste suína africana" e, assim, provavelmente continuará limitando a demanda de soro de leite no futuro próximo. (As informações são do Farm Journal & MILK Magazine, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Embrapa oferece curso online gratuito sobre melhoramento na produção de leite

Conteúdo aborda as características das principais raças leiteiras do país, estratégias de cruzamento e cálculo dos indicadores zootécnicos. 

A Embrapa Gado de Leite abriu inscrições nesta terça-feira, 2, para uma nova turma do curso a distância sobre Melhoramento Genético e controle Zootécnico para a Produção de Leite. Para colaborar com o período de quarentena devido à pandemia do coronavírus, a Embrapa está oferecendo o curso de forma gratuita. O acesso ao curso ficará disponível de 9 a 22 de junho. 

A capacitação tem o objetivo de informar a respeito das principais raças leiteiras do Brasil, seu potencial de produção e as exigências para cada uma delas. O conteúdo também detalha estratégias de cruzamento entre diferentes raças e quais as informações que é necessário anotar para fazer o cálculo dos indicadores zootécnicos, além de indicar critérios para o descarte de animais em rebanhos leiteiros. De acordo com a Embrapa, o curso é recomendado para técnicos de assistência técnica e extensão rural, produtores de leite, estudantes e profissionais que tenham interesse na produção de leite. 

O curso tem vagas limitadas a 1.000 participantes e as inscrições estão abertas até o próximo dia 7 ou enquanto restarem vagas. A capacitação tem uma carga horária total de 40 horas e será ministrado na plataforma digital da Embrapa Gado de Leite. Após o término, um certificado será emitido ao aluno que atingir os requisitos mínimos. (Canal Rural)

EUA: campanhas em comemoração ao Mês Nacional dos Lácteos

O (DMI) e as equipes de dairy checkoff estaduais e regionais de todos os EUA estão mostrando a resiliência da cadeia e o impacto na comunidade durante a pandemia de Covid-19.

Os esforços começam hoje, 1º de junho — Dia Mundial do Leite — com um vídeo “Raising Gallons” que o DMI criou em parceria com organizações estaduais e regionais de checkoff. O vídeo mostra atletas olímpicos, jogadores da NFL, chefs famosos e outros levantando um galão de leite para mostrar sua apreciação pelos produtores de leite, ao mesmo tempo em que apoia o objetivo do checkoff de levar laticínios nutritivos a americanos por meio de sua parceria com a Feeding America.

O vídeo foi iniciado pela produtora de laticínios da Pensilvânia e presidente da DMI Marilyn Hershey e termina com o diretor de parcerias da cadeia de suprimentos de laticínios da Feeding America, Jerod Matthews, que incentiva os consumidores a divulgar seus próprios galões usando a hashtag #UndeniablyDairy. O MilkPEP fará doações à sua campanha GiveAGallon de até US$ 100.000.

"Essa pandemia mostrou o quão essencial a Feeding America e os produtores de leite são para ajudar a alimentar os necessitados", disse Hershey. "Estamos trabalhando em direção a um objetivo comum, e nossa estratégia de levar laticínios às mãos de quem precisa não seria possível sem a Feeding America e sua rede nacional de 200 bancos de alimentos locais".

Esforços adicionais, realizados nacional e localmente, promoverão “30 dias de laticínios” ao longo de junho. Todos os dias do mês serão preenchidos com tours e conteúdo de fazendas virtuais que comemoram o papel que os laticínios desempenham na vida das pessoas, enquanto ilustram a resiliência e as contribuições dos produtores de leite para suas comunidades, marcadas com o novo emblema "30 dias de laticínios".

"A celebração do Mês Nacional de Lácteos ganhou novo significado este ano, dada a pandemia global", disse Heather Oldani, vice-presidente executiva de comunicações da DMI. “Apesar dos tempos difíceis, os produtores demonstram um compromisso incansável em acordar todas as manhãs para garantir que um suprimento seguro e nutritivo de laticínios esteja disponível em nossos mercados, em nossas casas e nos bancos comunitários de alimentos. O papel essencial que os produtores desempenharam tornou possível para o restante de nós continuar desfrutando dos laticínios que todos amamos.”

O checkoff também promoverá receitas centradas em laticínios para o verão, com a expectativa de que a cozinha em casa continue como uma atividade importante para muitas famílias. O conteúdo será publicado no site redesenhado da DMI – www.usdairy.com – e também através de organizações estaduais e regionais. (As informações são da Hoard’s Dairyman, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
                   

Indústria de laticínios manteve a produção e não realizou demissões neste período de combate ao coronavírus 
O presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios (Sindilat), Alexandre Guerra, fez um balanço do setor nos últimos 75 dias. Observou que o abastecimento foi garantido aos consumidores, bem como o emprego e as atividades normais foram mantidos nas empresas. Para ouvir a entrevista na íntegra, clique aqui. (Agert)

 

 

Porto Alegre, 01 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.231

  Vídeo comemora Dia do Leite

No Dia do Leite, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) divulga o vídeo produzido pelo Comitê de Crise do Ministério da Agriculta com lideranças nacionais do setor. Na voz de dirigentes das entidades que representam produtores, indústrias e órgãos públicos, a mensagem é a valorização da produção. Entre as lideranças que se somaram ao projeto está o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, e o secretário executivo Darlan Palharini. Participe você também!  Beba leite! Valorize quem produz! (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Assista o vídeo clicando aqui.

                  

Governo fornecerá dados para guiar estratégia de desenvolvimento do setor da proteína animal
O governo do Estado, por meio da Secretaria da Fazenda e Receita Estadual, repassará dados setoriais estratégicos para guiar as ações da cadeia produtiva da proteína animal. O modelo, que busca uma visão menos fiscalista e mais desenvolvimentista do Rio Grande do Sul,  foi proposto durante reunião  realizada de forma virtual na tarde desta segunda-feira (1/6) e que contou com secretários de Estado, deputados, o presidente da Assembleia Legislativa, Ernani Polo,  a superintendente do Ministério da Agricultura, Helena Rugeri,  e  lideranças na produção de carne bovina, suína e de aves e do leite. A proposta, defendeu o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, é munir os diferentes setores com informações para guiar estratégias conjuntas.  Nesses “paineis de informação” estão indicadores do Estado, planilhas de carga tributária e cruzamentos de dados de nota fiscal eletrônica para avaliar aquisições e vendas.  “Nosso objetivo é mostrar potencial e compartilhar informação e inteligência para ajudar o Rio Grande do Sul”, frisou Pereira. 

Além da remessa de relatórios, que também incluem informações sobre venda, produção, comercialização entre estados , importações e exportações, o grupo deve manter reuniões mensais nas primeiras segundas-feiras de cada mês. Pereira citou que os relatórios estarão em constante construção tendo em vista o aperfeiçoamento dos dados prestados. E sugeriu que os setores solicitem as informações de que necessitam para que possam ser incluídas.

Representando o Sindilat, o secretário-executivo Darlan Palharini ressaltou que a iniciativa traz um ganho consistente para que os diferentes setores possam trabalhar a competitividade.  “São números que nos trazem ideia de como está o Estado e facilitam muito a discussão de projetos com o objetivo do ganha-ganha, um trabalho que vem sendo feito pelo Sindilat junto à Receita assim como pelos outros setores”, frisou, lembrando da importância de se reinventar em tempos de pandemia.  “Esse material dará muita transparência, inclusive, para mostrar à sociedade o retorno que traz ao Estado concessões como os créditos presumidos”. Posição reforçada pelo deputado Ernani Polo. “Os dados devem contribuir para que se trilhe um caminho conjunto para que setores da proteína animal continuem produzindo “, acrescentou o presidente da AL. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

EUA: campanhas em comemoração ao Mês Nacional dos Lácteos
Em comemoração ao Mês Nacional de Lácteos, a Dairy Management Inc. (DMI) e as equipes de dairy checkoff estaduais e regionais de todos os EUA estão mostrando a resiliência da cadeia e o impacto na comunidade durante a pandemia de Covid-19.

Os esforços começam hoje, 1º de junho — Dia Mundial do Leite — com um vídeo “Raising Gallons” que o DMI criou em parceria com organizações estaduais e regionais de checkoff. O vídeo mostra atletas olímpicos, jogadores da NFL, chefs famosos e outros levantando um galão de leite para mostrar sua apreciação pelos produtores de leite, ao mesmo tempo em que apoia o objetivo do checkoff de levar laticínios nutritivos a americanos por meio de sua parceria com a Feeding America.

O vídeo foi iniciado pela produtora de laticínios da Pensilvânia e presidente da DMI Marilyn Hershey e termina com o diretor de parcerias da cadeia de suprimentos de laticínios da Feeding America, Jerod Matthews, que incentiva os consumidores a divulgar seus próprios galões usando a hashtag #UndeniablyDairy. O MilkPEP fará doações à sua campanha GiveAGallon de até US$ 100.000.

"Essa pandemia mostrou o quão essencial a Feeding America e os produtores de leite são para ajudar a alimentar os necessitados", disse Hershey. "Estamos trabalhando em direção a um objetivo comum, e nossa estratégia de levar laticínios às mãos de quem precisa não seria possível sem a Feeding America e sua rede nacional de 200 bancos de alimentos locais".

Esforços adicionais, realizados nacional e localmente, promoverão “30 dias de laticínios” ao longo de junho. Todos os dias do mês serão preenchidos com tours e conteúdo de fazendas virtuais que comemoram o papel que os laticínios desempenham na vida das pessoas, enquanto ilustram a resiliência e as contribuições dos produtores de leite para suas comunidades, marcadas com o novo emblema "30 dias de laticínios".

"A celebração do Mês Nacional de Lácteos ganhou novo significado este ano, dada a pandemia global", disse Heather Oldani, vice-presidente executiva de comunicações da DMI. “Apesar dos tempos difíceis, os produtores demonstram um compromisso incansável em acordar todas as manhãs para garantir que um suprimento seguro e nutritivo de laticínios esteja disponível em nossos mercados, em nossas casas e nos bancos comunitários de alimentos. O papel essencial que os produtores desempenharam tornou possível para o restante de nós continuar desfrutando dos laticínios que todos amamos.”

O checkoff também promoverá receitas centradas em laticínios para o verão, com a expectativa de que a cozinha em casa continue como uma atividade importante para muitas famílias. O conteúdo será publicado no site redesenhado da DMI – www.usdairy.com – e também através de organizações estaduais e regionais. (As informações são da Hoard’s Dairyman, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

                  

Remarcado Webinar sobre registro de alimentos
Registros de alimentos - Foi remarcado para a próxima quarta-feira (3/6), às 15h, o Webinar da Anvisa sobre as exigências para os processos de registros de alimentos. Inicialmente, o seminário virtual seria na quinta-feira (28/5), mas não pode ser realizado em razão de indisponibilidade do sistema Broadcast.   Na ocasião, serão apresentados os principais motivos de exigências nos processos, com o intuito de orientar as empresas quanto aos requisitos para o registro dos produtos, de modo a promover a redução do número de exigências e o aperfeiçoamento na submissão dos dossiês de registro. Também serão debatidas as principais inadequações que impedem que a solicitação de registro de um alimento seja deferida em primeira análise, aumentando, portanto, o prazo para a concessão do registro. O seminário virtual é destinado a empresas, associações do setor regulado e especialistas da Gerência de Regularização de Alimentos. Para participar do Webinar, basta clicar no link abaixo, na quarta-feira (3/6), a partir do horário agendado. Não é necessário realizar nenhum tipo de cadastro prévio. (Anvisa)
 

 

 

Porto Alegre, 29 de maio de 2020                                              Ano 14 - N° 3.230

 Já sob efeito do coronavírus e isolamento, PIB cai 1,5% no 1º trimestre

PIB - O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 1,5% no primeiro trimestre de 2020 em relação ao trimestre anterior, já afetado pela pandemia do novo coronavírus e o distanciamento social, informou o IBGE nesta sexta-feira, 29. Em comparação com igual período de 2019, a economia brasileira teve variação negativa de 0,3%.

O fraco desempenho dos indicadores em março, quando a doença se agravou no país, foi suficiente para comprometer o resultado do primeiro trimestre como um todo. A expectativa, no entanto, é que a maior parte dos efeitos apareça no segundo trimestre, atualmente em curso.

A queda interrompe uma sequência de quatro trimestres seguidos de crescimento e marca o menor resultado desde o segundo trimestre de 2015 (-2,1%). Com isso, o PIB está em patamar semelhante ao que se encontrava no segundo trimestre de 2012.
 
“Aconteceu no Brasil o mesmo que ocorreu em outros países afetados pela pandemia, que foi o recuo nos serviços direcionados às famílias devido ao fechamento dos estabelecimentos. Bens duráveis, veículos, vestuário, salões de beleza, academia, alojamento, alimentação sofreram bastante com o isolamento social”, explica a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, em nota.

O consumo das famílias, que responde por 65% do PIB, teve a maior queda (-2%) desde a crise do apagão em 2001, enquanto o consumo do governo ficou praticamente estável.

Os investimentos cresceram 3,1%, puxados pela importação líquida de máquinas e equipamentos pelo setor de petróleo e gás. Já a balança comercial brasileira teve uma queda de 0,9% nas exportações com alta de 2,8% nas importações.

O resultado veio em linha com o esperado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV), mas pior do que a projeção de instituições como o Bradesco (-1%) e Itaú BBA (-0,5%).

Setores

O destaque negativo entre os serviços, setor mais relevante na economia brasileira e mais afetado pelo isolamento, foi em transporte, armazenagem e correio (-2,4%) e informação e comunicação (-1,9%).

Mas também houve queda no comércio (-0,8%), administração, saúde e educação pública (-0,5%), intermediação financeira e seguros (-0,1%). A única alta veio das atividades imobiliárias (0,4%).

Já na indústria, a queda foi puxada pelo setor extrativo (-3,2%). Também tiveram taxas negativas a construção (-2,4%), as indústrias de transformação (-1,4%) e a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,1%).

A agropecuária cresceu 0,6% em relação ao trimestre anterior. Na comparação anual, o setor apresenta crescimento de 1,9%. A evolução, segundo o IBGE, pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos da lavoura com safra relevante no primeiro trimestre, como a soja, e pela produtividade, visível na estimativa de variação da quantidade produzida ante a área plantada. (EXAME)

              

Leite: pecuarista automatiza ordenha, reduz custos e quer dobrar produção

Mesmo com estiagem, preços baixos e pandemia de coronavírus, Ezequiel Nólio não cogita deixar a atividade e se vê como um especialista no negócio

A pandemia do novo coronavírus veio para tirar da atividade muitos produtores de leite do Rio Grande do Sul que já estavam amargando prejuízos. Além da crise atual, eles já sofriam com o preço pago pelo litro do produto e com a severa estiagem que atingiu o estado, reduzindo a disponibilidade de comida para o gado.

“A gente consegue fazer uma leitura de que produtores que estão abaixo dos 400 a 500 litros por dia têm uma dificuldade maior”, diz o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat), Darlan Palharini.

Esse não é o caso do pecuarista Ezequiel Nólio, que produz cerca de 4.000 litros por dia. Há 40 anos na atividade, ele não cogita deixá-la. “Não me vejo fora da atividade, porque não sei fazer outra coisa. Sou especialista no que faço, tenho muito conhecimento da atividade e do meu negócio”, afirma.

Anos atrás, Nólio se deparou com um problema comum da atividade: a falta de mão de obra qualificada. A solução encontrada foi automatizar a propriedade, usando robôs na ordenha das vacas. “Automatizar também ameniza problema de sucessão familiar e êxodo rural. A visão que se tinha de que o produtor precisa acordar na madrugada é passado”, frisa.

Questionado se o investimento alto dá retorno, o produtor afirma que não só financeiramente como na qualidade de vida. “Antes, faltava horas no dia para terminar toda as tarefas. Hoje, trabalho com leite até meio-dia e tenho todas as tardes livres. O retorno se dá em cinco a seis anos, variando para mais ou para menos dependendo do preço do leite”, diz.

Nólio conta que os lucros ficaram enxutos nos últimos anos, porém, com as mudanças a fazenda não chega a operar no vermelho. “A gente automatizou a propriedade e eliminamos a mão de obra. Antes éramos eu e mais dois, agora somos eu e os robôs. Duas pessoas a menos impacta muito nos custos e no rendimento no fim do mês”, comenta.

Em meio à crise gerada pela Covid-19, o pecuarista vê oportunidade para se inventar. Investindo mais em tecnologia, ele espera aumentar a produção para até 6.000 litros por dia até o fim do ano ou até dobrá-la. “Estamos nos especializando, aumentando o pavilhão para acomodar as vacas secas, vacas pré-parto, maternidade e maternal 1 e 2, onde os bezerros serão alimentados pelas máquinas, sem precisar de seres humanos”, conta.

Todo o trabalho de Nólio tem um propósito muito claro, segundo ele: “Para que assim que o leite voltar a engrenar, estejamos um passo à frente dos demais”. (Canal Rural)

Campanha entre associados à Santa Clara doa mais de 45 mil litros de leite

Associados à Santa Clara provaram que a união de pequenos esforços pode ajudar a amenizar a realidade de muitas pessoas que estão passando por dificuldades neste período. Isso porque juntos, mais de 650 produtores doaram mais de 45 mil litros de leite, que vão beneficiar 20 instituições assistenciais de Porto Alegre, Gravataí, Getúlio Vargas, Tapera, Estação, Jacutinga, Paraí, Farroupilha e Bento Gonçalves. 

Com duração de duas semanas, a campanha foi protagonizada pelos associados, que doaram o que foi possível para contribuir. A Cooperativa se comprometeu com a industrialização, envase e entrega dos alimentos. Conforme ressalta o presidente do Conselho de Administração da Cooperativa Santa Clara, Rogerio Bruno Sauthier, mesmo diante das dificuldades encontradas no campo, o espírito solidário e cooperativista falou mais alto. “Apesar do nosso produtor estar sofrendo pela seca, ele ainda foi solidário e ajudou as pessoas mais necessitadas. Esse é o espirito do cooperativismo. Agradecemos imensamente a todos que doaram e contribuíram para esta nobre missão. É gratificante saber que vamos dar paz e alimento a tantos que precisam”, observa.

A entrega de todas as doações será feita até o final desta semana. Para o Banco de Alimentos do RS, com sede em Porto Alegre, que atende 312 entidades gaúchas, foram destinados 25,9 mil litros de leite. “Muito embora neste momento em que a pandemia do coronavírus esteja provocando tanto sofrimento, tanta tristeza e tanta dor, inclusive provocando a fome, nós temos que registrar e agradecer o carinho dos produtores da Cooperativa Santa Clara, que nos fizeram uma doação fantástica na ordem de 26 toneladas de leite para serem distribuídas às pessoas que mais necessitam”, agradeceu o presidente da rede de Banco de Alimentos do RS, Paulo Renê Bernhard.

Santa Clara se torna mantenedora do Banco de Alimentos do RS: Além de destinar parte da doação de leite dos associados ao Banco de Alimentos do RS, a Santa Clara também passa a ser mantenedora da instituição pelo período de um ano. Com isso, a Cooperativa auxiliará a entidade para que siga desempenhando suas ativida¬des e ajudando as pessoas em situação de vulnerabilidade. "Registramos nossa grande alegria e satisfação pela ade¬são da Cooperativa Santa Clara como uma das mantenedoras de nossos Bancos Sociais, garantin¬do assim a continuidade deste gesto de tamanha grandeza e generosidade", frisou Bernhard.

Confira a lista de entidades beneficiadas: 
Porto Alegre:
Banco de Alimentos do RS, Instituto do Câncer Infantil, Casa de Apoio Madre Ana, Asilo Padre Cacique, Associação Beneficente Santa Zita Lucca, Fundação Pão dos Pobres e Instituto Pobres Servos da Divina Providência/Centro de Educação Profissional São João Calabria
Gravataí: Igreja Evangélica Pentecostal Arco Íris e Sociedade Espírita Paz Luz (Sepal)  
Tapera: Fundação Fabrício Marasca, Lar do Idoso e CRAS
Paraí: Associação de Pais e Amigos dos Surdos de Paraí
Estação: CRAS e Hospital Santo Antônio 
Jacutinga: Lar dos Idosos 
Getúlio Vargas: Lar dos Idosos, Lar da Menina e Hospital São Roque
Bento Gonçalves: Lar do Ancião
Farroupilha: Casa Lar Padre Oscar Bertholdo

              

Bolsonaro e Tereza Cristina participam do desafio do leite
A ABRALEITE desafiou a ministra Tereza Cristina, o presidente da FPA dep. Alceu Moreira e a líder do governo dep. Aline Sleutjes. A ministra e a deputada, a pedido da ABRALEITE, desafiaram o presidente Jair Bolsonaro e todos gravaram vídeos tomando leite, que é um alimento extraordinário ao ser humano em todas as fases da vida. Veja os vídeos clicando aqui. O #desafiodoleite continua! Produtores, parceiros, políticos, todos estão aderindo a esta campanha de apoio ao consumo do leite e derivados lácteos. Bebam leite! Consumam lácteos! Gravem seus vídeos e marquem o @milkpoint no Instagram, que iremos compartilhar. (Milkpoint)
 

 

 

 

Porto Alegre, 28 de maio de 2020                                              Ano 14 - N° 3.229

 A produção de insumos não pode parar em momentos de crise

Produção de insumos - A agropecuária está presente na vida dos seres humanos desde que a espécie deixou de ser nômade. 

Com espaço de moradia fixa, semear grãos e criar animais se tornou fundamental para que os indivíduos pudessem se alimentar. Nos tempos atuais, essa atividade continua sendo indispensável, isso porque ela faz parte do setor primário da indústria e representa um peso decisivo na balança comercial. 

Por esses motivos, em um cenário de pandemia, como a do novo coronavírus, continuar com as atividades agropecuárias e agroindustriais é essencial para suprir a grande demanda por comida. E para garantir a qualidade alimentícia da população é também necessário continuar investindo em insumos de excelência para os animais.

O diretor da Quimtia Brasil, Anderson Veiga, estes insumos são importantes na cadeia alimentar porque todos os animais necessitam de alimentação balanceada para o seu desenvolvimento e animais como o gado de corte, que se alimenta somente de pasto, podem sofrer com a deficiência de algum micro ou macro nutriente, resultando em subnutrição.

"Com a utilização de insumos na criação de animais faz com que seja possível o desenvolvimento integral do potencial genético das espécies, além de assegurar o crescimento correto" explica.

Conforme Veiga esclarece, os suprimentos necessários para garantir a qualidade do produto estão divididos em quatro categorias: a ração pronta; os premix, que são produtos com componentes para serem adicionados às rações; as matérias primas puras para fabricação de rações e os produtos específicos para auxiliar a nutrição animal.

A Quimtia é uma indústria que faz parte da cadeia produtiva do agronegócio, desenvolvendo suprimentos alimentícios de excelente qualidade para criação de animais esportivos, de companhia, de zoológicos, de pesquisa e para os destinados ao consumo humano. A empresa é reconhecida no mercado pela qualidade de seus produtos, além de ter insumos homologados por um departamento de qualidade.

O diretor regional conta que no início da crise pensou em paralisar a fábrica de insumos, porém, essa medida poderia deixar seus clientes com um grande problema de abastecimento e consequentemente com grandes perdas econômicas. Mas, para que fosse possível continuar com a produção a empresa precisou se adaptar as normas de saúde individuais e coletivas.

"Pensamos principalmente no cuidado dos nossos colaboradores, usando dos mais severos controles sanitários, como: home office para os funcionários que podem desempenhar suas funções de casa; garantia de transporte empresarial porta a porta para os que precisam comparecer presencialmente, evitando a utilização de ônibus pelos funcionários; higienização diária dos veículos; uso de mascaras; palestras com especialistas em saúde; controle de temperatura corporal de 100% dos funcionários; disponibilidade de álcool gel em todos os setores, além de muitas outras ações que adotamos para evitar ao máximo possíveis contaminações", salienta. (Agrolink)

                 

PR: programação para ser livre de aftosa sem vacinação é mantida

Mesmo diante da grave crise sanitária causada pela pandemia que assola o mundo, o Paraná mantém a programação para conquistar o status de "Estado Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação". O título permitirá ao setor agropecuário paranaense ampliar mercados e é considerada pelo governador Ratinho Junior como essencial para impulsionar a retomada econômica pós-coronavírus.
 
A expectativa é que a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) chancele a nova condição paranaense em maio de 2021, em um evento na sede da entidade (em Paris). “Tenho certeza de que esse reconhecimento vai resultar na criação de muitos empregos, já que os produtores do Paraná terão condições de acessar mercados mais disputados. Isso fortalece a nossa indústria e também o comércio exterior”, afirmou o governador.
 
De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), até a primeira quinzena de maio, 50.739 cargas foram fiscalizadas nos 33 postos de trânsito agropecuário nas divisas com os estados de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
 
Do total de averiguações, cerca de 20% (10.102) foram em carregamentos de animais. A medida atende a Instrução Normativa 37, da Secretaria de Defesa Agropecuária, órgão do MAPA, que determinou a proibição de ingresso e incorporação de animais vacinados contra a febre aftosa no Estado do Paraná. O texto foi publicado em 30 de dezembro do ano passado.
 
Como parte do protocolo, o Paraná já foi dispensado da vacinação, que normalmente ocorria em novembro. Também por determinação do Ministério da Agricultura foi proibida a manutenção e uso de vacina em território paranaense.
 
Planejamento: O secretário estadual da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, explicou que o número de fiscalizações se manteve estável mesmo nos meses de maior incidência do coronavírus no Paraná, como março e abril. “Apesar da pandemia, estamos mantendo tudo o que foi planejado com o foco daqui a um ano, na conquista deste título”, disse. “É um passaporte que o Paraná terá em mãos para entrar em muitos mercados”, afirmou.
 
Ele ressaltou que a abertura de novas frentes de negociação vai significar investimentos diretos no Estado, como a instalação e ampliação de indústrias e cooperativas. Para Ortigara, há um potencial enorme de crescimento nas cadeias de suínos, peixe, frango, leite e pecuária bovina de corte.
 
“O status aliado a um bom produto, estratégia comercial e preços competitivos farão toda a diferença. Sem esse título você não bate na porta dos bons mercados compradores”, destacou o secretário. “E tudo isso ajudará o Paraná a se recuperar mais rapidamente deste momento econômico. O potencial é enorme”, acrescentou.
 
Ortigara lembrou ainda que o último foco de febre aftosa no Paraná foi em 2006. De lá para cá, não houve mais circulação viral, em razão dos esforços de vários setores, entre eles o governo estadual que estruturou a Adapar para garantir o serviço de fiscalização e vigilância animal.
 
Adaptação: O vírus não mexeu no cronograma de fiscalização, mas fez com que a estrutura da agência tivesse de se adaptar para combater a circulação da doença.
 
Gerente de Saúde Animal da Adapar, Rafael Gonçalves Dias disse que todos os profissionais que estão em campo trabalhando na conclusão do inquérito soro-epidemiológico do rebanho bovino do Estado estão devidamente protegidos por equipamentos validados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), além de seguir as regras de distanciamento social. O mesmo vale para os produtores.
 
A Adapar começou o monitoramento na segunda-feira (18). Serão coletadas amostras do sangue de quase 10 mil animais em 330 propriedades rurais espalhadas pelo Paraná. “Diminuímos outras rotinas para priorizar essa ação, sempre com muita responsabilidade e tomando todos os cuidados necessários, seja em relação aos nossos servidores ou aos produtores”, afirmou Rafael.
 
“Somos um serviço essencial porque o Paraná não pode parar de produzir alimentos, abastecer o Brasil e o mundo. Com a pandemia, adaptamos e melhoramos os procedimentos de segurança que já existiam”, acrescentou o gerente de Trânsito Agropecuário da Adapar, Muriel Moreschi. (As informações são da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná)

ABCBRH inova e apresenta resultados de 2019 em live nas redes sociais

Atravessamos tempos diferentes. A pandemia de Covid-19 alterou nossa rotina, nossos hábitos, nos fez cancelar encontros, adiar festas, e nos mostrou ainda mais o poder da tecnologia. Grande aliada para nos aproximar das pessoas em dias de distanciamento social, a tecnologia e as redes sociais serão as ferramentas que permitirão a realização de um grande momento da Raça Holandesa no Brasil.

Impossibilitada de realizar o tradicional jantar para divulgação dos resultados do ano anterior, a Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa – ABCBRH realizará uma live, direto da sede da associação que fica na Cidade do Leite em Castro/PR, para apresentar os destaques de 2019.

A live será transmitida pelo Facebook Gado Holandês e através do Canal Holstein Brasil no Youtube, no próximo dia 04 de junho (quinta-feira), às 19 horas. Neste dia conheceremos o resultado do Circuito Nacional da Raça Holandesa 2019, Criadores Supremos em produção e conformação, Recordistas Nacionais em produção de leite e as novidades do Projeto Genoma para os criadores associados.

O Presidente da Associação, Hans Groenwold, convida amigos, associados, produtores de leite, técnicos e parceiros, para participarem, acompanharem e interagirem com a associação durante a transmissão. “Conforme as recomendações dos órgãos públicos não poderemos confraternizar pessoalmente, mas contamos com a participação de todos via redes sociais”, aborda.
O Presidente do Conselho Deliberativo Técnico, Hilton Silveira Ribeiro, comenta que a inovação no formato de apresentação dos resultados foi a maneira encontrada para que a cadeia do leite da raça holandesa se reúna de alguma forma em 2020. “Não sabemos quando tudo isso irá passar e precisamos apresentar os resultados, algo que todos aguardam anualmente. O aperto de mão fica para depois, mas os resultados conhecemos agora”, relata.

Ribeiro ressalta que um dos principais pontos da live é também uma das principais atividades para o futuro da associação: o Projeto Genoma, que visa o melhoramento dos rebanhos leiteiros Brasil afora mediante seleção de animais geneticamente superiores. Durante a transmissão, a Embrapa Gado de Leite já apresentará uma prévia dos resultados da avaliação genética do rebanho nacional.

A Associação Brasileira espera por todos virtualmente, no dia 04 de junho (quinta-feira), às 19 horas. Até lá! (As informações são da ABCBRH)
                  

No radar
O departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura tem novo comando. Rosane Collares, que era chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal, assume o cargo. Ela substituirá o diretor Antonio Carlos de Quadros Ferreira Neto, que solicitou aposentadoria. A nova diretora terá pela frente a missão de dar continuidade ao processo de retirada da vacina contra a febre aftosa. (Zero Hora)
 

 

 

 

Porto Alegre, 27 de maio de 2020                                              Ano 14 - N° 3.228

 Ministra destaca trabalho do Mapa para garantir abastecimento durante a pandemia

Ministério desenvolveu protocolos para a segurança dos trabalhadores dos frigoríficos

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, destacou nesta terça-feira (26) as ações mais recentes da pasta para combater a pandemia do Coronavirus. A ministra afirmou que o Mapa tem trabalhado desde o primeiro momento para garantir o abastecimento dos cidadãos brasileiros.

“Temos tido sucesso com isso porque, alem da grande safra que foi colhida neste verão, temos tido a logística absolutamente normalizada. Portanto, além do abastecimento dos 212 milhões de brasileiros, também temos conseguido cumprir a nossa missão de provedores de alimentos do mundo”.

Ela lembrou que o Mapa vem trabalhando com protocolos para a segurança dos trabalhadores dos frigoríficos, em conjunto com a iniciativa privada e com os ministérios da Economia e da Saúde. Segundo a ministra, atualmente, há apenas dois frigoríficos fechados por Covid-19, um em Pernambuco, outro em Santa Catarina, que deve abrir até o fim da semana. “Portanto, a produção de proteína animal no Brasil está funcionando perfeitamente”.

O Mapa também lançou cartilhas com medidas destinadas ao período de colheita, funcionamento de feiras e transporte de alimentos. O Mapa tem prorrogado prazos de diversas ações em razão da pandemia, como consultas públicas sobre revisão de normas, além de digitalizar o acesso a diversos serviços, com intuito de evitar o deslocamento do cidadão até unidades do Mapa.

A ministra também falou sobre o canal exclusivo e gratuito no WhatsApp para que agricultores familiares comuniquem ao Mapa sobre possíveis perdas de alimentos ocasionadas por problemas na comercialização em função da Covid-19. O Disque Perdas de Alimentos é (61) 9873-3519.

Tereza Cristina também lembrou a liberação de R$ 500 milhões para compra de produtos da agricultura familiar. Os alimentos serão destinados a entidades e famílias em vulnerabilidade social. A compra dos produtos será feita por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), com crédito extraordinário em favor do Ministério da Cidadania para ações de segurança alimentar e nutricional, no âmbito do enfrentamento ao novo Coronavírus.

Também foram lançadas linhas de crédito para capital de giro de até R$ 65 milhões para cooperativas e ajuda financeira para os pequenos produtores.

Vacinação: Como medida preventiva, o Mapa está disponibilizando vacinação contra a gripe H1N1. Em uma primeira fase, serão 12 mil vacinas para frigoríficos, superintendências da Conab e sedes da Embrapa. Na segunda fase, 132 mil vacinas serão distribuídas para centrais de abastecimento (Ceasas) e outras 70,5 mil para frigoríficos de carne bovina. Servidores do Mapa, que atuam na fiscalização da produção, e da Conab também serão vacinados contra gripe.

A ministra lembrou que os laboratórios da rede do Ministério, como os Federais de Defesa Agropecuária (LFDAs) e da Embrapa, estão autorizados pela Anvisa a realizarem análises para o diagnóstico da Covid-19. Os laboratórios estão prontos para iniciarem os exames, aguardando o recebimento de insumos. Atualmente, seis laboratórios federais de agropecuária do Mapa e dois da Embrapa estão fazendo o teste.

Abertura de mercados externos: Na coletiva, a ministra destacou que o Brasil já abriu mais de 60 mercados externos para produtos agropecuários desde janeiro de 2019. Entre produtos para exportação estão: castanha de baru para Coreia do Sul, melão para China (primeira fruta brasileira para o país asiático), gergelim para a Índia, castanha-do-Brasil (conhecida também por castanha-do-Pará) para Arábia Saudita e material genético. As exportações do agronegócio atingiram valor recorde em abril, ultrapassando pela primeira vez a barreira de US$ 10 bilhões no mês.

Bioinsumos: Tereza Cristina falou sobre o lançamento do Programa Nacional de Bioinsumos, marcado para amanhã (27). “Essa política é vital para o agro continuar no caminho da sustentabilidade, da produção com tecnologia que garante produtividade e proteção ao meio ambiente e com a vantagem de depender menos da importação de fertilizantes”, destacou. (MAPA)
                  

RS: Instrução Normativa reestrutura defesa agropecuária

Medida faz parte do processo de retirada da vacinação contra febre aftosa

O secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Seapdr), Covatti Filho, publicou nesta terça-feira (26) a Instrução Normativa 11/2020, que estrutura e organiza o serviço de defesa agropecuária do Estado. A medida faz parte das exigências do Mapa, durante auditoria do Programa de Avaliação da Qualidade e Aperfeiçoamento dos Serviços Veterinários Oficiais  (QUALI-SV). O intuito desta ferramenta é de promover melhorias nos serviços de defesa agropecuários executados pelos estados brasileiros.

O atendimento aos municípios continuará valendo sem qualquer prejuízo logístico para o produtor.

A IN considera a necessidade de concretização do princípio da eficiência, com a modernização dos processos de trabalho através da organização administrativa e funcional da SEAPDR e considera as recentes e iminentes aposentadorias, especialmente as atinentes aos quadros da SEAPDR pertencentes às categorias funcionais de Fiscal Estadual Agropecuário e de Técnico Superior Agropecuário. (Agrolink)

Para acessar a Instrução Normativa SEAPDR nº 11/2020 na integra, clique aqui. 

GO: índice de preços da cesta de derivados lácteos tem queda de 7,27% em maio
O índice divulgado no Boletim de Mercado do Setor Lácteo Goiano surgiu a partir da iniciativa do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e do Instituto Mauro Borges (IMB), em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e o Sindicato das Indústrias de Laticínios no Estado de Goiás (Sindileite). É calculado a partir da variação dos preços de uma cesta de produtos lácteos que representa o mix médio de derivados produzidos pelos laticínios no Estado de Goiás.
 
Na cesta avaliada são considerados cinco produtos: leite UHT integral, leite em pó integral, queijo muçarela de barra, leite condensado e creme de leite à granel. O cálculo leva em consideração os preços recebidos pela indústria no mercado atacadista.
 
Boletim de Mercado do Setor Lácteo Goiano do mês de maio de 2020: O Boletim de mercado do setor lácteo goiano tem como objetivo apresentar os resultados do índice de preços da cesta de derivados lácteos definida pela Câmara Técnica e de Conciliação da Cadeia Láctea de Goiás. A seguir, são apresentados os resultados para o mês de referência de maio e que foram levados à reunião deliberativa da câmara técnica no dia 25 de maio de 2020.
 
No mês de maio, a indústria de laticínios do estado de Goiás teve uma redução do preço médio da sua cesta de derivados lácteos, comparado com o mês anterior. As baixas nos preços médios foram observadas para todos os produtos que compõem a cesta. O preço médio do leite UHT caiu 13,22%, o leite em pó 5,02%, o queijo muçarela 6,65%, o leite condensado 6,65% e o creme de leite 1,29%.
 
Tabela 1 – Preços Nominais dos derivados lácteos no atacado.
 
Notas: (1) Preço referente ao mês de março. (2) Preço referente ao mês de abril.
Fonte: MilkPoint Mercado. Elaboração: Instituto Mauro Borges / Secretaria de Estado da Economia de Goiás.
 
Com base nessas variações individuais, o índice da cesta de derivados lácteos teve uma variação total ponderada de -7,27% no mês de referência de maio. (As informações são da FAEG)
                  

Live: um queijo, uma harmonia, uma música
Live degustação de queijos - Na primeira live do blog vamos fazer uma degustação de queijos harmonizada com bebidas e música, com participação do expert em queijos Arnaud Sperat Czar. Na primeira live do blog Só Queijo, vamos propor uma degustação diferente, brincando com todos os sentidos. Todos estão convidados para participar ao vivo, dia 28 de maio, quinta-feira, às 15h. A ideia é escolher seis queijos de famílias diferentes. Para acompanhar, vamos escolher uma bebida ou alimento que formem uma bela aliança com cada queijo. Para intensificar as emoções, de forma lúdica, vamos escolher uma música para cada harmonização. O desafio é que a música possa potencializar as sensações do queijo! Queijobulário: O objetivo é degustar famílias de queijos diferentes: massas duras, massas moles de casca florida, de casca lavada, queijos azuis… E convidei um expert queijeiro especial, Arnaud Sperat Czar, que já escreveu vários livros dedicados aos queijos tradicionais. Vamos descrever juntos cada queijo, com uma lista de adjetivos usados profissionalmente. Para se inscrever, é grátis, preencha esse formulário com seu nome e email para receber o link de conexão. Esperamos vocês lá! (Estadão/Paladar)