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Porto Alegre, 10 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.260

Governo do Estado dispensa a exigência da Nota Fiscal do Produtor de leite

Confira na íntegra:

DECRETO Nº 55.354, DE 9 DE JULHO DE 2020.  (DOE 10/07/20)

Modifica o Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (RICMS).

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 82, inciso V, da Constituição do Estado,

D E C R E T A:
Com fundamento no art. 13 do Conv. s/nº, de 15 de dezembro de 1970, publicado no Diário Oficial da União de 18/02/71, ficam introduzidas as seguintes alterações no Livro II do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 37.699, de 26/08/97:

ALTERAÇÃO Nº 5306 - Na alínea "a" do inciso I do art. 26, é dada nova redação à alínea "c" da nota 02, conforme segue:

"c) no período de 1º de abril a 30 de setembro de 2020, nas saídas internas de mercadorias, promovidas por produtores, destinadas a contribuinte inscrito no CGC/TE."

ALTERAÇÃO Nº 5307 - No art. 44, é dada nova redação ao inciso XVIII, conforme segue:

"XVIII - no período de 1º de abril a 30 de setembro de 2020, nas saídas internas de mercadorias, promovidas por produtores, destinadas a contribuinte inscrito no CGC/TE, desde que, conforme previsto no art. 26, I, "a", o destinatário emita nota fiscal relativa à entrada que acoberte o transporte da mercadoria."

Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus efeitos a 1º de julho de 2020.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 9 de julho de 2020.
EDUARDO LEITE, Governador do Estado.

DECRETO Nº 55.355, DE 9 DE JULHO DE 2020.  (DOE 10/07/20)

Modifica o Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (RICMS).

O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 82, inciso V, da Constituição do Estado,

D E C R E T A:
Com fundamento no art. 13 do Conv. s/nº, de 15 de dezembro de 1970, publicado no Diário Oficial da União de 18/02/71, fica introduzida a seguinte alteração no Livro II do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 37.699, de 26/08/97:

ALTERAÇÃO Nº 5308 - No art. 44, é dada nova redação ao inciso XVII, conforme segue:

"XVII - no período de 19 de março a 30 de setembro de 2020, nas entradas de bens ou mercadorias importadas do exterior por contribuinte não habitual, dispensado de inscrição no CGC/TE, conforme art. 1º, nota 01, desde que o desembaraço aduaneiro ocorra neste Estado e que sejam observadas as instruções baixadas pela Receita Estadual."

Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação, retroagindo seus efeitos a 1º de julho de 2020.

PALÁCIO PIRATINI, em Porto Alegre, 9 de julho de 2020.
EDUARDO LEITE, Governador do Estado.

                  

Inmetro renova acreditação de Laboratório de Qualidade do Leite da Embrapa
A Coordenação Geral de Acreditação (CGCRE) do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) renovou a acreditação do Laboratório de Qualidade do Leite (LQL) da Embrapa Gado de Leite. Essa é a terceira vez consecutiva que a acreditação é renovada.
 
Segundo o analista Anderson Christ, gestor do Laboratório, essa renovação consolida a confiança de produtores e laticínios pelos serviços prestados: “Ela vem num momento importante, de transformação do LQL. O Laboratório passa por uma nova fase em seus trabalhos, com o fornecimento de resultados de caseína e nitrogênio ureico”.
 
Christ prossegue: “O laboratório também se torna um instrumento de transformação dos clientes, oferecendo soluções nas questões relacionadas a qualidade do leite, seja por meio de cursos EAD, boletins mensais de conjuntura e webinars técnicos”. Segundo o gestor, está sendo desenvolvido um novo software que permitirá maior integração com os clientes trazendo maior agilidade nas informações.
 
Outra mudança importante foi a ampliação do relacionamento com a indústria, com o recém-implementado sistema de coleta das amostras de leite diretamente nos laticínios, em veículo próprio refrigerado e com monitoramento em tempo real. O processo contribui para evitar o descarte de amostras por problemas de conservação em razão de temperatura fora do padrão.
 
A nova modalidade também permite a rastreabilidade de toda a logística, desde o laticínio até o LQL. “O processo de coleta está na fase inicial, com os ajustes necessários a um sistema dessa complexidade, com quase 10.000 quilômetros em quatro rotas distintas”, diz. O LQL da Embrapa atende cerca de 150 clientes, com um total estimado de 30.000 amostras, abrangendo quase 120 cidades em quatro estados (MG-BA-RJ-ES).
 
A auditoria externa foi realizada pelo Inmetro em novembro do ano passado e a próxima avaliação para manutenção da certificação ainda não foi agendada, mas deve acontecer somente no final do próximo ano. (As informações são da Embrapa Gado de Leite) 

EMATER/RS: aumento na oferta de pastagens de inverno sustenta produção de leite
Apesar das dificuldades climáticas que prejudicaram o desenvolvimento e a utilização das pastagens anuais de inverno em alguns dias da semana, o aumento na oferta de forragem nas propriedades, principalmente de aveia, tem resultado num aumento sustentado da produção de leite no Estado. Superado o período de entressafra, caracterizado pelo vazio forrageiro entre as pastagens de verão e as de inverno, que nesse ano se estendeu um pouco mais do que o normal, em função da estiagem prolongada, a produção avança em direção ao pico de produção no final de inverno/início de primavera. De um modo geral, a produção de leite no Estado vem crescendo a uma taxa entre 7,5% e 10%, em relação ao mesmo período do mês passado.

A maior oferta de pastagens aumenta a produção e a produtividade dos rebanhos e contribui para uma redução no custo de produção pelo menor uso de silagem e concentrados, o que amplia os ganhos financeiros dos produtores. Além disso, ao reduzir a necessidade de suplementação dos animais com silagem, as pastagens contribuem para economizar o volumoso conservado que neste ano está estocado em menor quantidade nas propriedades em função da estiagem.

Na regional de Soledade, os preços estão elevados para quem necessita adquirir silagem, atingindo o valor de R$ 0,35 a R$ 0,40/kg. Outros insumos, como ração e resíduos agroindustriais, também têm maior procura, elevando o custo de produção de leite.

Os silos abertos até o momento comprovam a previsão de baixa qualidade nutricional da silagem de milho desta safra, pela falta de grãos na massa ensilada devido aos efeitos da seca, necessitando de maior complementação energética na dieta dos animais em produção.

Nas regionais de Erechim e Ijuí, diversos produtores de leite relataram falta de energia elétrica na semana, por períodos de tempo variável, prejudicando a realização de tarefas de rotina com a ordenha dos animais e o resfriamento do leite. Em diversas localidades do Estado, foram verificadas dificuldades de trânsito de caminhões para a coleta do leite nas propriedades, devido ao excesso de barro nas estradas, no entanto, sem notícias de que o produto tenha ficado retido nas propriedades.

As condições climáticas, com a associação de frio, chuvas e ventos fortes, dificultaram a realização das atividades nas propriedades leiteiras, principalmente nas menos estruturadas em termos de instalações e máquinas e naquelas onde as tarefas são desenvolvidas por pessoas mais idosas.

Também os animais sofreram com o desconforto térmico e ficaram mais expostos a infecção da glândula mamária, em função do barro formado nos locais de descanso e nos caminhos, principalmente nas propriedades onde os animais não são estabulados.
O manejo dos animais na sala de ordenha também foi prejudicado devido ao barro formado ao redor das instalações, o que exigiu maior cuidado na higienização dos animais, dos locais de ordenha e equipamentos para não comprometer a qualidade do leite. (As informações são da Emater/RS)
                  

 
ICMS - Arrecadação no RS ficou 13,9% menor em junho
A Receita Estadual publicou ontem a 15ª edição do Boletim Semanal sobre os impactos da Covid-19 nas movimentações econômicas dos contribuintes de ICMS do RS. O resultado da arrecadação de ICMS em junho aponta redução de 13,9% (R$ 400 milhões) frente ao mesmo período de 2019 em números atualizados pelo IPCA. Os valores se referem em parte a fatos geradores do mês anterior, ou seja, maio, período em que os indicadores de atividade começaram a mostrar sinais de recuperação. Após o início da pandemia a queda na arrecadação de abril foi de 14,8% (R$ 450 milhões), e em maio o recuo chegou a 28,6% (R$ 825 milhões). Com o resultado, o acumulado do ano declina 7,7% (R$ 1,36 bilhão). “Os números da arrecadação de junho refletem o processo de retomada gradual, mostrando evolução frente aos resultados de abril e maio”, destacou o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, ao salientar que a pandemia interrompeu um momento positivo, com crescimento real de 3,5% no primeiro trimestre. O resultado foi reflexo, entre outros fatores, de medidas adotadas pelo Fisco, sobretudo relacionadas à agenda Receita 2030, um conjunto de iniciativas para modernizar a administração tributária. Conforme os Grupos Especializados Setoriais da Receita Estadual, só três segmentos tiveram variação positiva em junho: Transportes (72,1%), Supermercados (31,9%) e Agronegócio (7,9%). Os piores desempenhos vieram de Calçados e Vestuário (-43,4%) e Veículos (-41,9%). No acumulado do ano, Supermercados (12,1%), Agronegócio (10,3%) e Medicamentos e Cosméticos (1,1%) são os únicos com variação positiva. As maiores quedas acumuladas ocorrem em Calçados e Vestuário (-35,6%), Metalmecânico (-23,5%) e também Polímeros (-21,6%). (Correio do Povo)
 

 

Porto Alegre, 09 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.259

Brasil tem a quarta maior taxação sobre as empresas, aponta OCDE 

A taxa média sobre a renda das companhias, segundo a entidade, fica em 20%, ou 14 pontos percentuais a menos que no Brasil

O Brasil tem em 2020 a quarta maior cobrança de imposto sobre as empresas entre 109 países, com taxação de 34%, segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Em seu relatório anual “Corporate Tax Statistics”, a entidade mostra que a taxa média globalmente sobre a renda das companhias fica em 20%, ou 14 pontos percentuais a menos que no Brasil.

Dos 109 países pesquisados, somente 21 tem taxa igual ou acima de 30% em 2020. A Índia é a campeã, com cobrança de 48,3%, incluindo uma taxa sobre distribuição de dividendos.

Malta fica em segundo lugar com taxa de 35%, mas um abatimento fiscal é concedido para a distribuição de dividendos e a imposição efetiva varia de 0% a 10%. A República Democrática do Congo fica em terceiro lugar. Depois do Brasil, vem a França em quinta posição.

No ano passado, ao participar do Fórum Mundial de Economia, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que o governo pretendia reduzir de 34% para perto de 15% a taxação sobre as empresas. E compensaria essa baixa com introdução de imposto sobre dividendos e juros sobre o capital próprio.

Comparando as taxas entre 2000 e 2020, a OCDE constata que 88 países baixaram o imposto sobre a renda das companhias. Em contrapartida, aumentaram a taxação Andorra, Chile, Hong Kong, China, Índia, Maldivas e Oman.

Enquanto Andorra e Chile elevaram o imposto em 10 pontos percentuais, em países como Alemanha, Paraguai e Barbados a taxa caiu 20 pontos percentuais ou mais.

Entre 2019 e 2020, a imposição sobre as companhias diminuiu nos EUA, Bélgica, Canadá, França, Groenlândia, e Mônaco e não houve alta de imposto nos 109 países pesquisados. A maior redução nesse período ocorreu na Bélgica e Groenlândia, com cerca de -5 pontos percentuais.

País tem a sete maior taxa efetiva média: Conforme o relatório, o Brasil tem a sétima maior taxa efetiva média sobre as empresas entre 74 países pesquisados, com 30,1%. Mas economistas da entidade observam que, nesse caso, trata-se de cálculo de uma taxa efetiva paga num hipotético investimento, e não a taxa realmente paga como uma parcela do lucro.

O imposto sobre as empresas continua a ser uma fonte importante de receita tributária para os governos, representando 14,6% do total em 93 países pesquisados, comparado a 12,1% em 2000.

No Brasil, o imposto sobre as empresas representa menos de 10% da receita tributária total, bem abaixo dos 15,5% na média na América Latina e Caribe mais em linha com os 9,3% nos países ricos.

A receita com a taxação sobre as empresas no Brasil era equivalente a 2,8% do PIB em 2017, abaixo da média global de 3,1%.

O relatório traz informações também sobre taxação e atividade econômica de quase quatro mil multinacionais com sedes em 26 países e operando em mais de 100 nações. As estatísticas dão uma ideia dos efeitos do projeto Beps (Erosão da Base Tributária e Transferência de Lucros), que visa fechar lacunas nas regras tributárias internacionais que são exploradas por multinacionais para evitar pagar impostos.

A OCDE tira algumas conclusões: primeiro, há um desajuste entre a locação onde o lucro é reportado e a locação onde a atividade econômica ocorre, com multis em “hubs de investimento” declarando uma parte relativamente alta de lucros comparado a seu número de empregados e de ativos tangíveis.

Segundo, a receita por empregado tende a ser mais alta onde a taxa sobre a renda das empresas é zero e em “hubs de investimentos”. Terceiro, na média a fatia da receita no rendimento total é maior para multis em “hubs de investimentos”.

A OCDE tira algumas conclusões: primeiro, há um desajuste entre a locação onde o lucro é reportado e a locação onde a atividade econômica ocorre, com multis em “hubs de investimento” declarando uma parte relativamente alta de lucros comparado a seu número de empregados e de ativos tangíveis.

Segundo, a receita por empregado tende a ser mais alta onde a taxa sobre a renda das empresas é zero e em “hubs de investimentos”. Terceiro, na média a fatia da receita no rendimento total é maior para multis em “hubs de investimentos”. (Valor Econômico)
                 

Exportações brasileiras de lácteos NCM 04 – 1º semestre de 2020

As exportações brasileiras de produtos lácteos NCM 04 no acumulado de 2020 aumentaram 10% e 12% em valores e volumes, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano passado. Representam menos de 16% dos mesmos produtos importados em equivalente leite, e historicamente é menos de 0,01% do volume de leite captado pelas indústrias no Brasil.  

Os itens mais exportados em valores e toneladas são os pertencentes ao grupo NCM 0402, mas, estão em queda desde 2014, e em 2019 chegaram ao menor valor em dez anos, US$ 17.143 mil. No acumulado de 2020, até o mês de junho, a categoria já está 23% e 18% acima de 2019 no mesmo período, em valores e volumes, respectivamente.

Os queijos, que representam mais de um quarto de nossas exportações, tiveram quedas de vendas em 4 dos 6 primeiros meses.
As exportações totais NCM 04 no primeiro semestre estão 10,5% e 12,5% superiores ao primeiro semestre de 2019.

Em valores, o Chile foi o maior comprador de lácteos do Brasil no primeiro semestre, representando 10,4% de todas nossas exportações de produtos lácteos NCM 04, e a Argélia ficou em segundo, 10,1%, com uma excepcional compra de leite em pó em janeiro.  

As remessas para os Estados Unidos da América foram responsáveis por 8,8% dos valores exportados, seguido imediatamente pela Venezuela que também representou 8,4% de nossos embarques. Acesse aqui para maiores informações. (Terra Viva com dados do MDIC)

UE - Resumo da utilização do Programa de Ajuda ao Estoque Privado

A União Europeia (UE) abriu o Programa de Ajuda ao Estoque Privado (PSA) no dia 7 de maio, medida de emergência para apoiar a indústria durante a fase do lockdown. Para os lácteos, o programa subsidiou a armazenagem do leite em pó desnatado (SMP), manteiga e queijos (tipos variados).

Até 30 de junho, quando o programa foi encerrado, um total de 135.543 toneladas de produtos lácteos foram recebidos no PSA. Em termos percentuais o SMP ocupou 15% das cotas disponibilizadas, a manteiga 50%, e os queijos 35%.
 
O quadro mostra o percentual de utilização dos países:

O Reino Unido também utilizou o programa, mas, somente para queijo e manteiga. No total foram 1.695 toneladas de manteiga, e 4.499 toneladas de queijos – preenchendo sua cota de queijos na primeira semana.

Os volumes de SMP, manteiga e queijo que foram para o PSA de todos os Estados Membros, representaram 1,4%, 3% e 0,5%, respectivamente, da produção anual desses países em 2019. (AHDB – Tradução livre: Terra Viva)
                  

 
CICLONE BOMBA - Ministério avalia prejuízos no RS 
A falta de cobertura de algum tipo de seguro deve complicar a situação dos agricultores do Litoral Norte do Estado atingidos pelo ciclone bomba da semana passada. Produtores de bananas e hortigranjeiros tiveram perdas nas lavouras e em estufas, câmaras frias e rede elétrica. Na terça-feira, o secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Fernando Schwanke, visitou áreas rurais de Dom Pedro de Alcântara, Morrinhos, Torres e Três Cachoeiras. “Observamos que a maioria dos produtores não têm crédito de custeio e, portanto, estão fora da cobertura do seguro”, relatou. Schwanke levará a situação ao ministério para estudar um plano de ajuda. (Correio do Povo)
 

 

Porto Alegre, 08 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.258

Venda de cimento cresce 24% em plena pandemia

Vendas do produto tiveram alta de 24,2% no mês passado, destinadas principalmente para obras de reformas residenciais e comerciais e de novos edifícios.

Depois de quatro anos de profunda depressão no consumo de cimento no país, e um 2019 morno, a indústria cimenteira já se preparava para mais um ano de crise, e desempenho no vermelho, com a chegada da pandemia da covid-19.
Surpreendentemente, em maio, as vendas do insumo reagiram bem. O que trouxe grande alívio ao setor foi, em grande parte, foi a autoconstrução - compra de material para reformas e ampliações de residências.

O fenômeno, como foi chamado, reviveu algo comum nos anos 80 e que durou até fim dos 90. Uma fatia expressiva do orçamento familiar, na faixa de 4,5%, era usada em gastos com reforma do lar. Baixou para menos de 1%.

Assim, as vendas de cimento em junho tiveram aumento de 24,2% ante o volume do mesmo mês de 2019. Foram comercializadas 5,2 milhões de toneladas, segundo os números divulgados ontem pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).

“A covid-19 provocou uma série de mudanças nas nossas vidas, nos nossos hábitos e nas nossas prioridades. Para a indústria do cimento, a crise mostrou que o cuidado com a casa e o uso de reservas pessoais e investimentos para pequenas reformas, tão populares na década de 80, voltaram a fazer parte do orçamento familiar”, disse ao Valor o presidente do SNIC, Paulo Camillo Penna.

                  

Uruguai – Exportações de lácteos em junho foram as mais altas do ano

As exportações de lácteos deram um salto em junho e forma, em volume as mais altas do ano. Somaram 20.150 toneladas, quase 40% a mais que em maio e 37% acima das 14.679 toneladas exportadas em igual mês do ano passado. 

Em valor janeiro foi o mês com melhor desempenho e junho ficou em segundo lugar, com um faturamento de US4 58,17 milhões. 


 
A Argélia foi o principal destino. Os envios cresceram pelo segundo mês consecutivo, com 7.863 toneladas frente as 5.255 do mês anterior. Foi mais que o dobro exportado em junho de 2019, 3.533 toneladas. 

Também houve recuperação das vendas para o Brasil – o segundo maior destino – com 3.650 toneladas, frente as 2.706 toneladas do mês anterior, e foi o maior volume exportado para o país vizinho em 2020. Ainda assim, está 12% abaixo das 4.153 toneladas exportadas em igual mês do ano passado.

Quanto à China, não houve alteração entre maio e junho. Nos dois meses foram exportadas 943 toneladas, 16% menos em relação a junho de 2019. 

O leite em pó integral foi o principal produto exportado, com 13.395 toneladas, mostrando uma melhora mensal de 32% e interanual de 35%.

O preço de exportação registrou o terceiro mês consecutivo de queda, e a média de junho foi de US$ 2.887/tonelada, 4% menos que a média de US$ 3.021 registrada em junho de 2019.  (Blasina y Asociados – Tradução livre: Terra Viva)

Programa de emprego e renda vira lei

O Diário Oficial da União de ontem trouxe a publicação da Lei nº 14.020/2020, que instituiu o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda, como forma de diminuir os efeitos econômicos e sociais causados pela pandemia do Covid-19.

O texto, sancionado com 13 vetos pelo presidente Jair Bolsonaro, teve como base a Medida Provisória 936, editada no início de abril pelo governo e que foi aprovada pelo Congresso no mês passado, com algumas alterações.

A lei permite a suspensão temporária do contrato de trabalho por até 60 dias e a redução proporcional de salários e da jornada dos trabalhadores pelo período de até 90 dias. Esses prazos podem ser prorrogados. O objetivo é diminuir as despesas das empresas em um período em que estão com atividades suspensas ou reduzidas.

No caso de redução de jornada e salário em 25%, 50% ou 70%, o governo paga um benefício emergencial ao trabalhador para repor parte da redução salarial. As empresas podem optar ainda por pagar mais uma ajuda compensatória mensal a seus funcionários que tiveram o salário reduzido.

O benefício é calculado aplicando-se o percentual de redução do salário a que o trabalhador teria direito se requeresse o seguro-desemprego, ou seja, o trabalhador que tiver jornada e salário reduzidos em 50%, seu benefício será de 50% do valor do seguro desemprego ao que teria direito, se tivesse sido dispensado. No total, o benefício pago pode chegar até a R$ 1.813,03 por mês.

No caso de suspensão temporária do contrato de trabalho em empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões, o trabalhador receberá 100% do valor do seguro desemprego a que teria direito.

Para empresas com faturamento maior, o valor do benefício pago pelo governo será de 70% do seguro desemprego, enquanto a empresa pagará uma ajuda compensatória mensal de 30% do valor do salário do empregado.

O recebimento do benefício emergencial não alterará o valor do seguro desemprego a que o empregado vier a ter direito, caso seja dispensado. O funcionário também terá estabilidade no emprego pelo período equivalente ao acordado para a redução ou a suspensão. Caso ele seja dispensado antes, sem justa causa, a empresa deverá pagar uma indenização.

As medidas de redução ou suspensão do contrato de trabalho poderão ser celebradas por meio de acordo individual com empregados que têm curso superior e recebem até três salários mínimos, o equivalente a R$ 3.135, ou mais de dois tetos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou seja, salários acima de R$ 12.202,12.

Trabalhadores que recebam salários entre R$ 3.135 e R$ 12.202,12 só poderão ter os salários reduzidos mediante acordo coletivos.

Durante a vigência do estado de calamidade pública em razão da pandemia do Covid-19, a lei garante que os trabalhadores que tiveram contrato suspenso ou jornada e salários reduzidos poderão renegociar dívidas contraídas com o desconto em folha de pagamento ou na remuneração.

Vetos – O presidente Jair Bolsonaro vetou 13 dispositivos da lei. As razões dos vetos também foram publicadas no Diário Oficial da União de ontem e serão analisadas pelo Congresso Nacional.

Foram vetados o artigo que prorroga por um ano a desoneração da folha de determinados setores econômicos e o artigo que garante recebimento de benefício emergencial a trabalhador demitido que não tem direito a seguro-desemprego.

Os dispositivos vetados podem ser derrubados por maioria absoluta nas duas Casas. Para se derrubar um veto na Câmara, são necessários 257 votos. No Senado, 41.

De acordo com o Ministério da Economia, desde a publicação da MP que institui o benefício até o dia 26 de junho, 11,6 milhões de acordos individuais e coletivos foram celebrados e R$ 17,4 bilhões já estão na conta dos trabalhadores.

As reduções de jornada somam 6,1 milhões, as suspensões totalizam 5,4 milhões e os intermitentes 167 mil. Entre as reduções, 2,2 milhões são de 70%. As reduções de 50% somam 2,1 milhões e as de 25%, 1,7 milhão. (Diário do Comércio/MG)
                  

 
Exposição virtual celebrará os 50 anos do Parque de Exposições Assis Brasil
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) realizará uma exposição virtual para celebrar os 50 anos do Parque de Exposições Assis Brasil. O evento online já conta com o apoio da Federação das Associações dos Criadores de Animais de Raça (Febrac) e Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) para realização das provas de animais e julgamentos de raças entre 26 de setembro a 4 de outubro. Quando do cancelamento da Expointer, entidades já haviam ressaltado ao secretário Covatti Filho a pretensão de procurar alternativas que pudessem amenizar o impacto da não realização do evento. A proposta inicial prevê atrações musicais, provas equestres, julgamentos morfológicos e inclusive leilões de animais, além de outras atividades de entidades que mostrarem interesse, o que converge com as intenções do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos no RS (Simers). “Estamos analisando o formato e dialogando com demais entidades representativas que tenham interesse na participação no evento virtual. Existem diversas possibilidades de contar com a tecnologia em nosso favor, e o Governo do Estado do RS capitaneará o processo cujo projeto final - ora em construção - deve ser divulgado nas próximas semanas" disse o secretário.  Segundo Covatti Filho, a feira virtual também terá um papel fundamental para estimular a cadeia do agronegócio e a economia em meio à crise da Covid-19. "Estamos vivenciando uma pandemia sem precedentes, e é preciso se reinventar. O parque merece ter essa data celebrada”. (Seapdr)
 

 

Porto Alegre, 07 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.257

Auxílio tira 5,6 milhões de crianças da miséria 

Se retirado o benefício emergencial da renda dessas famílias, o total de crianças abaixo da linha de extrema pobreza subiria para 7,9 milhões em maio, aponta cálculo do Ibre/FGV

O auxílio emergencial de R$ 600 distribuído pelo governo a partir de abril evitou que 5,6 milhões de crianças (zero a 13 anos) passassem para debaixo da linha de extrema pobreza no Brasil durante a pandemia, mostram cálculos do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), obtidos pelo Valor.

De acordo com o levantamento, que tem como base microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Covid, do IBGE, 2,27 milhões de crianças estavam abaixo da linha de extrema pobreza em maio, ou seja, viviam com menos de US$ 1,90 de renda domiciliar per capita por dia - o cálculo soma todas as rendas da família, inclusive do auxílio, e divide pelo número de moradores.

Se retirado o auxílio emergencial da renda dessas famílias, o total de crianças abaixo da linha de extrema pobreza subiria para 7,9 milhões em maio, cálculo que já assume que essas famílias continuaram recebendo o benefício Bolsa Família. Nesse cenário, essa miséria monetária seria de 19,4% do total, em vez dos atuais 5,5% calculados com o auxílio.

O auxílio emergencial contribuiu para evitar o aumento da miséria não apenas entre crianças, mas da população em geral. Seus efeitos foram proporcionalmente maiores, porém, entre as famílias com crianças. Nos cálculos do Ibre/FGV, a parcela extremamente pobre da população total estaria em 13,3% sem o auxílio, em vez dos 4,2% estimados para maio.

Num momento em que o governo ainda não oficializou a forma como pretende manter o auxílio emergencial, o reflexo positivo do programa de distribuição de renda durante a pandemia reforçou a discussão entre especialistas sobre a importância de um programa de transferência de recursos com critério de pobreza infantil.

Autor dos cálculos, Daniel Duque diz que as famílias mais pobres ainda tendem a ter um número maior de filhos, embora a taxa de fecundidade esteja em queda para todas as faixas de renda. Além disso, o programa do governo prevê que mães solteiras recebam duplo benefício, ou seja, R$ 1.200 por parcela.

“Houve sensibilidade do Congresso de dar benefício duplo para mães solteiras. É uma população mais vulnerável, especialmente em um momento de escolas fechadas. São mães que ficaram sem capacidade de entrar no mercado de trabalho, por terem que cuidar dos filhos e não ter com quem deixá-los”, afirma ele.

Pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole da Universidade de São Paulo (USP), Rogério Barbosa tem estudado e simulado exaustivamente cenários de um programa de renda básica infantil no Brasil. Em comum, os resultados mostram custo fiscal expressivo e elevada capacidade de redução da pobreza e da pobreza extrema no país.

Um dos cenários mostra que 27 milhões de lares poderiam ser beneficiados por programa de renda básica voltado a crianças de zero a 14 anos. Se o benefício pago fosse de R$ 522,50 mensais por criança, o programa custaria R$ 259,4 bilhões por ano, mas reduziria de 18,7% para 7,8% a pobreza no país, considerada linha de R$ 348,33 per capita mensal.

Num programa de renda básica para crianças de zero a 14 anos, ele explica, qualquer família com pessoas nessa faixa etária receberia o benefício - seja ela pobre ou rica. Segundo ele, isso não significa, porém, que o programa seria mal focalizado, uma vez que a maioria das crianças e adolescentes viveria em uma situação de pobreza.

“Um programa assim também pagaria benefício para crianças mais ricas, que moram em Ipanema, no Alto Pinheiros, por causa da impossibilidade de separá-los dos demais. Seria preciso pensar em um esquema de tributação progressiva que compensasse isso, como na questão da dedução da educação no imposto de renda”, afirma Barbosa.

O pesquisador reconhece que não está necessariamente convencido de que a renda básica infantil é o melhor caminho a ser seguido e que vem debatendo o tema com outros economistas. “As crianças são um bom critério de focalização para alcançar as famílias mais pobres. O problema é, além das fontes de financiamento, como ficariam as famílias mais pobres sem filho”, avalia o economista. (Valor Econômico)
                  
GDT – Global Dairy Trade

 

Ciclo de Palestras comemora os 85 anos do Instituto de Laticínios Cândido Tostes

Congresso ILCT - A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, por meio do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (EPAMIG/ILCT) promove, entre os dias 14 e 16 de julho, o Ciclo de Palestras do 33º Congresso Nacional de Laticínios. 

O evento, que comemora os 85 anos do Instituto será composto por nove palestras online, ministradas por especialistas em pesquisa e produção de leite e derivados. A programação é gratuita e as inscrições podem ser feitas no site https://epamigilct.online/cnl/.

A pesquisadora e professora da EPAMIG ILCT Renata Golin Bueno Costa, integrante da comissão organizadora do evento, conta que as palestras foram inicialmente previstas para serem presenciais e ocorrerem em maio, mês do aniversário do Instituto. No entanto, em função da pandemia da Covid-19, veio a opção pela programação virtual, na terceira semana de julho, período em que costuma ser realizado o Congresso Nacional de Laticínios.

“Nossa proposta é diversificar a programação e trazer alguns temas diferentes daqueles que sempre abordamos no Congresso, no qual as palestras são mais técnicas. Teremos sim palestras técnicas, sobre queijo, ingredientes, controle de qualidade e sobre sorvete, tema que no CNL só tínhamos abordado em cursos. Saímos um pouco do tradicional, agregando estudos de caso, discussões sobre sustentabilidade ambiental e palestras motivacional e sobre liderança. Mas sempre mantendo o foco na área de leite e derivados”, explica.

Renata acredita que essa gama de temas tenha atraído a atenção do público, até a manhã desta segunda-feira (6), quase 4800 pessoas já haviam confirmado participação no evento. “O público este ano está muito grande e não temos conhecimento sobre o que cada um está buscando. Essa diversificação na programação nos permite atender toda a cadeia, contemplando diferentes áreas”, conclui.

Todos os inscritos receberão por email o link para acesso às palestras. Para a emissão do certificado de participação, é necessária a confirmação de presença, diariamente, por meio de lista virtual. Durante a exibição dos conteúdos serão disponibilizados os contatos dos palestrantes para o envio de perguntas e dúvidas.

Confira a programação:
 
                  

 
PIB do agronegócio cresce 3,78% de janeiro a abril de 2020
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro teve alta de 3,78% no primeiro quadrimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado, puxado principalmente pelo crescimento de 8,22% do segmento primário (dentro da porteira). Os dados são da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), calculados em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Segundo o estudo, de janeiro a abril deste ano, o resultado se manteve positivo para todos os segmentos. Além da alta da atividade primária, o setor de agrosserviços cresceu 3,98%, seguido por insumos (0,97%) e agroindústria (0,44%). Tanto a agricultura quanto a pecuária tiverem crescimento no acumulado do primeiro quadrimestre, de 1,72% e 8,01%, respectivamente. No segmento primário agrícola, os produtos destaques em termos de altas de preços foram milho, café, cacau e arroz, com altas superiores a 20%, além de soja, trigo, mandioca e cana. Já o bom comportamento do segmento primário pecuário é reflexo dos preços elevados em 2020, com destaque para boi gordo, suínos e ovos. O resultado reflete um efeito inercial da forte elevação ao longo de 2019, relacionada à Peste Suína Africana. “Se por um lado a demanda doméstica de carnes tem sido afetada pela crise econômica desencadeada pelo coronavírus, por outro, a demanda externa segue em alta puxada ainda pelos efeitos da Peste Suína Africana na China, e mais recentemente pela desvalorização do Real frente ao dólar que amplia a competitividade das proteínas brasileiras”, diz o estudo. O PIB do agro em abril teve alta de 0,36%, menor crescimento mensal registrado ao longo deste ano, diante os impactos da pandemia da Covid-19. Todos os segmentos registraram alta, exceto a agroindústria, que teve queda de 1,08%, pressionada pela base agrícola. “Nesse mês, que foi o primeiro marcado em sua totalidade pelos efeitos das medidas relacionadas ao coronavírus, houve forte queda de produção da agroindústria de base agrícola, com baixas acentuadas para móveis e produtos de madeira, biocombustíveis, têxteis e vestuário e bebidas. Ao contrário, os segmentos de insumos e primário cresceram no mês, 0,46% e 3,26%, respectivamente”, explica a publicação. Clique aqui para ler o estudo. (CNA)
 
 

 

Porto Alegre, 06 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.256

Governo inclui leite no Programa de Aquisição de Alimentos

O Ministério da Cidadania publicou no Diário Oficial da União no dia 03/07 uma resolução com normas para a distribuição de leite a pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional. Para ter acesso a esse benefício será necessário registro no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com prioridade àqueles com perfil do Bolsa Família. 

Além de contribuir para a complementação alimentar de famílias em situação de vulnerabilidade social ou em estado de insegurança alimentar e nutricional, a resolução pretende fortalecer o setor produtivo local e a agricultura familiar, garantindo a compra de leite, “a preços justos”, de agricultores familiares, “com prioridade para aqueles agrupados em organizações fornecedoras e/ou inscritos no CadÚnico”.

Pretende também incorporar o leite aos demais circuitos de abastecimentos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), política pública criada em 2003 com o objetivo de comprar produtos da agricultura familiar para distribuí-los a entidades filantrópicas e famílias carentes.

A resolução publicada hoje descreve os procedimentos relativos a cadastro, aquisição e beneficiamento do leite, a serem seguidos pelas organizações fornecedoras e inscritos no CadÚnico para participar do programa, bem como a forma de distribuição. 

Detalha também como serão calculados e atualizados os preços a serem pagos pelo produto. Em geral, terão como referência a média dos preços pagos ao produtor nos últimos três meses, em cada unidade da federação. “Nos estados em que não houver série histórica de preços, será utilizado preço médio dos estados de atuação do PAA Leite”, diz a resolução.

O valor a ser pago pela pasteurização será calculado mediante reajuste pelo IPCA do último valor definido. (As informações são da Agência Brasil)

                  
Balança comercial de lácteos: importações e exportações maiores em junho 
Os dados publicados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), sobre o volume e preço dos lácteos importados e exportados do Brasil em junho/2020, indicam um aumento nos volumes das negociações no mês. O saldo da balança comercial de lácteos foi de - 46 milhões de litros (em equivalente leite) no mês de junho, um aumento de 22% no déficit, em relação ao mês anterior. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no Gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos.
 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT

Em junho as importações voltaram a subir: 58,4 milhões de litros (equivalente) de leite foram internalizados, um aumento de 19% em relação a maio/20. Isso é reflexo, principalmente, da baixa disponibilidade do leite matéria-prima no Brasil e aumento da demanda de derivados no período. Além disso, o aumento dos preços nacionais tornou o produto importado mais competitivo. A média do preço nacional do leite spot coletado pelo MilkPoint Mercado em junho foi de R$2,24/litro, enquanto o leite importado foi internalizado a um preço médio equivalente de R$1,73/litro.

O leite em pó integral foi o derivado lácteo mais importante da pauta importadora em junho. Os 28,7 milhões de litros (equivalentes) importados do derivado representaram um aumento de 69% no volume internalizado do produto em relação a maio e 49% do volume total importado no mês.

O volume exportado em junho foi de 12,1 milhões de litros de leite (equivalente), acréscimo de 7% em relação a maio. No acumulado do ano foram exportados 73 milhões de litros em equivalente leite, contra 61 milhões no mesmo período em 2019. A maior desvalorização do real em 2020 contribuiu para este cenário, em que o leite brasileiro se torna mais competitivo.
A tabela 2 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de junho deste ano.

Tabela 2. Balança comercial láctea em junho de 2020
 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint, com base em dados COMEXSTAT.

Estado reestrutura serviço de defesa agropecuária
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) está encaminhando todos os procedimentos necessários para concluir a reestruturação do serviço de defesa agropecuária do Rio Grande do Sul, feita a partir de estudo do departamento de defesa agropecuária da Seapdr que levou em consideração auditoria realizada pelo Ministério da Agricultura. A reestruturação foi estipulada pela Instrução Normativa 11/2020 e deve entrar em vigor no final deste mês.

"A reestruturação atende a uma recomendação do Ministério da Agricultura para a retirada da vacina da aftosa. Ela passa por uma mudança de nomenclatura de algumas inspetorias veterinárias, mas garante a continuidade de todos os serviços que hoje são oferecidos nos municípios, sem qualquer prejuízo ao produtor”, destaca o secretário Covatti Filho.

Nesta nova estruturação, os municípios gaúchos serão classificados de acordo com uma análise multicritério que atribuirá pontuação numa escala de um a dez. Os critérios técnicos para mensuração da pontuação são área territorial; distanciamento da linha de fronteira internacional; número de propriedades rurais; quantitativo de populacional de animais de interesse do Serviço Veterinário Oficial; movimentação animal; e análise de risco de ocorrência de doenças. 

Cada inspetoria de defesa agropecuária será constituída pelos municípios cuja soma de pontuação atinja, no mínimo, dois e, no máximo, 20 pontos. A definição dos municípios abrangidos pela inspetoria e qual deles será sua sede se baseará em critérios estruturais, administrativos e de defesa sanitária animal. A inspetoria será classificada, pela soma da pontuação de seus municípios, em três classes: classe I, unidade com pontuação entre dois e três; classe II, unidade com pontuação entre quatro e nove; classe III, unidade com pontuação entre dez e 20. 

Estas pontuações servirão de referência para definir quantidades mínimas e máximas de médicos veterinários, técnicos agropecuários e auxiliares administrativos que devem ser alocados nas inspetorias. O atendimento aos municípios continuará ocorrendo sem qualquer prejuízo logístico para o produtor. (Seapdr)
                  

 
FAO anuncia parceria para enfrentamento das mudanças climáticas
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) anunciou nesta última sexta-feira (3) que se tornou parceira da implementação do Fundo de Adaptação (Adaptation Fund), que visa fomentar projetos de auxílio a países vulneráveis no combate aos efeitos nocivos das mudanças climáticas. A FAO já atuava junto ao Fundo Verde para o Clima (Green Climate Fund) e agora se torna a 13ª entidade apoiadora do Fundo de Adaptação. “A FAO está comprometida no apoio aos países para que alcancem seu potencial de crescimento e promovam a adaptação às mudanças climáticas para o desenvolvimento rural e a sustentabilidade ambiental”, disse Eduardo Mansur, diretor da Divisão de Terras e Águas da FAO, em nota. A organização já havia trabalhado com o Fundo de Adaptação em um projeto regional implementado pela Organização Meteorológica Mundial em prol da resiliência de pequenos agricultores na Etiópia, Quênia e Uganda, e agora terá uma unidade dedicada a novas ações dentro de sua Divisão de Terras e Águas. A unidade prestará assistência imediata no desenvolvimento e execução de projetos de adaptação às mudanças climáticas em países que, de outra forma, não teriam acesso a mecanismos de financiamento climático. A adesão à iniciativa busca aumentar a resiliência de comunidades rurais em tempos de degradação de ecossistemas e aumento da escassez de água, segundo Mansur. (Valor Econômico)
 
 

 

 

Porto Alegre, 03 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.255

RS: forrageiras são beneficiadas pelo clima no Estado, diz Emater/RS

O clima na primeira metade da semana foi excelente para as forrageiras cultivadas e nativas, com ótimos níveis de umidade no solo, radiação solar e temperaturas amenas. De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (02), em parceria com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a sucessão de três geadas na sexta e no final da semana (26 a 28) na regional da Emater/RS-Ascar de Bagé marcou o início efetivo do inverno e a fase de paralisia na produção de forragem nas áreas de campo natural. 

Contudo, produtores que sobrepuseram azevém às áreas observaram bons resultados, com a emergência e o início de desenvolvimento dessa espécie forrageira.

As pastagens de aveia continuam apresentando muito boa taxa de crescimento, permitindo aumentar a lotação de animais para pastejo. Os trevos e o cornichão estão em pleno desenvolvimento vegetativo, e pequenas áreas de pastejo já começaram a ser utilizadas, principalmente onde foi realizada a colheita de sementes ou a fenação, com germinação do banco de sementes nos solos. Animais consomem boa alimentação e apresentam excelente ganho de peso. Nos municípios onde há cultivo de grãos, as áreas de integração lavoura-pecuária aumentaram significativamente a oferta de forragem.

Com clima favorável na regional de Ijuí, o desenvolvimento das pastagens anuais de inverno é considerado excelente. Diferentes estádios de utilização das forrageiras foram favorecidos pelo plantio realizado em diversas épocas. As primeiras áreas semeadas já disponibilizam o segundo pastejo aos animais. Em algumas propriedades, há sobra de forragem nesta época. Após as chuvas, os produtores retomaram a aplicação de adubação nitrogenada em cobertura.

Já na regional de Bagé, as condições nutricionais do rebanho de corte melhoraram com a utilização de pastagens anuais cultivadas, com boa oferta de forragem e água de boa qualidade nos reservatórios. Tal combinação tem proporcionando ganho de peso para os animais de todas as categorias. Com a chegada do inverno e a ocorrência de geadas em dias consecutivos, a restrição na oferta de volumoso deve se ampliar e afetar o desempenho da atividade, prejudicando o estado dos animais. (Página Rural)
                   
Leite/América do Sul

Na Argentina e Uruguai, a produção de leite nas fazendas estão melhorando progressivamente com o tempo mais favoráveis e temperaturas mais baixas nas principais bacias leiteiras. 

Em geral, os volumes de leite e creme atendem as necessidades de processamento das indústrias. As vendas de leite engarrafado a nível do varejo, particularmente do leite UHT, permanecem fortes, motivadas pela crise do Covid-19. 

As vendas de queijo para os serviços de alimentação estão fracas, mas, melhorando paulatinamente, à medida que alguns restaurantes e algumas pizzarias reabrem depois da quarentena. Muitas instituições de ensino deverão continuar fechadas durante as férias de inverno. Portanto, as indústrias estão prevendo maiores volumes de leite para processamento nas próximas semanas.
No Brasil, a produção de leite está com tendência de baixa diante da seca persistente que atinge os maiores estados produtores do país. As vendas de leite UHT enfraqueceram um pouco, e os gerentes dos supermercados tentam reduzir os estoques. 

Com baixa importação da Argentina e do Uruguai, os mercados brasileiros de queijo e produtos lácteos continuam variando entre estáveis para firmes, principalmente devido à menor concorrência. As indústrias começam ter grande preocupação com o aumento dos casos de Covid-19 no interior do Brasil. Em algumas fábricas o Covid-19 vem causando interrupções ou atraso de determinadas linhas de produção. 

Foram estabelecidos protocolos para mitigar a disseminação do coronavírus nas fábricas de laticínios buscando minimizar os efeitos da pandemia. (USDA)

Leite/Europa

O declínio sazonal da produção de leite ocorre dentro do normal. As indústrias alemãs relatam que no final de junho a produção parece estar maior do que a registrada no ano passado nesse mesmo período. Esse resultado também vem sendo registrado na França.

Nesta semana estão em andamento discussões para tentar entender se a China estará mesmo exigindo dos exportadores de lácteos da Europa Ocidental uma certificação adicional para provar que os produtos não contêm Covid-19.


 
A incerteza parece ser vinculada à recente imposição de tais exigências para a exportação de carne, peixe, frutas e vegetais. Não ficou claro se houve expansão para os produtos lácteos.

A utilização da Ajuda ao Armazenamento Privado (PSA) para queijo no último relatório semanal do programa atual, 15 a 21 de junho, totalizou 687 toneladas de acordo com a Eucolait. No acumulado desde o início de maio, a ajuda acolheu 43.772 toneladas, 44% do limite total liberado. Utilizaram toda a cota: Irlanda, Estônia, Itália, Suécia, Lituânia e Reino Unido. A Bélgica utilizou 5% de sua cota. Entre os grandes produtores de leite, a Alemanha utilizou apenas 3% de sua cota e a França 34%.  

A Polônia, onde observadores relatam que a produção de leite no final de junho está maior do que a registrada no mesmo período do ano passado, não usou nada de sua cota no PSA para queijos. Os operadores das indústrias polonesas estão especialmente interessados em fabricar mais queijos, que é um importante produto de exportação. Existe capacidade de aumento da produção.    
 

                  

 
Desempenho avançou em maio
O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) subiu 10,1% em maio após registrar duas quedas recordes, de 14,2% em abril e de 10,6%, em março, revelou a pesquisa divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). O crescimento, entretanto, ainda seria insuficiente para recuperar todas as perdas, que chegaram a 15,5% no acumulado dos três meses. “Os resultados refletem a flexibilização das medidas de isolamento social e o retorno parcial das atividades no período. Porém, com as novas restrições no final de junho a situação tende a se agravar novamente, e pode retardar ou diminuir ainda mais o ritmo da retomada”, disse o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry. O índice de maio foi o segundo mais baixo da série iniciada em janeiro de 2003. A alta do IDI-RS foi puxada por faturamento real (16,5%), utilização da capacidade instalada-UCI (9,1 pontos percentuais), compras industriais (8,2%) e horas trabalhadas na produção (7%). (Correio do Povo)
 
 

 

 

Porto Alegre, 02 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.254

Importações/China

A China continua puxando o mercado mundial de lácteos. As incertezas sobre o impacto da pandemia do Covid-19 sobre a economia chinesa vão se dissipando. 

Sendo o maior importador de lácteos do planeta, chegou ao ponto da demanda do gigante asiático desconfigurar a relação histórica do preço do leite em pó integral (WMP) com o petróleo. Hoje ainda com o barril a US$ 40 e saindo da pandemia, o WMP está cotado a US$ 2.800/tonelada na Oceania (sem a demanda da China o preço poderia estar abaixo de US$ 2.000/tonelada).

Projetando os dados das importações do período janeiro a maio de 2020 sobre o ano anterior, espera-se que a China aumente suas importações em 2020, marcando um novo recorde histórico. A compra de 688.000 toneladas de WMP seria um nível histórico. (DairyLando – Tradução livre: Terra Viva) 

                   

Banrisul anuncia recursos de R$ 4,1 bilhões para Plano Safra 2020/2021
O anúncio de R$ 4,1 bilhões para o Plano Safra 2020/2021 foi feito nesta manhã (02), em coletiva virtual, e contou com a presença do Governador do Estado, Eduardo Leite, do secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Covatti Filho, do Presidente do Banrisul, Cláudio Coutinho, além de diretores do Banrisul e jornalistas. O volume de recursos estará disponível para a agricultura familiar, para os médios e grandes produtores, cooperativas e empresas do setor.

“Nós olhamos para este momento de tantas dificuldades pelo qual passa o mundo inteiro, não apenas o Rio Grande do Sul, sabendo que essas dificuldades passarão, e o que permanece é a nossa histórica capacidade de superação, a garra do povo gaúcho, o empreendedorismo, especialmente, no agronegócio. O nosso Estado é uma grande referência em produção agrícola e tenho absoluta convicção de que superaremos esse momento dando condição de retomada de desenvolvimento”, destacou o governador Eduardo Leite. 

“O plano contempla dois dos principais focos da secretaria, que é trabalhar incentivos à irrigação e a armazenagem. Certamente vamos avançar para aumentar a área irrigada e diminuir as deficiências da armazenagem. Parabéns ao Banrisul por participar cada vez mais do agro gaúcho”, destaca o secretário Covatti Filho.  

De acordo com o presidente do Banrisul, Cláudio Coutinho, os números refletem o direcionamento estratégico dado ao setor.
“Nos últimos três anos, o Banrisul investiu, e continuará investindo, na modernização de sua atuação no agronegócio, com o aperfeiçoamento de processos internos, implementação de tecnologias para avaliação, contratação e acompanhamento de operações de financiamento, capacitação dos nossos colaboradores, desenvolvimento da oferta de produtos e serviços e o aprimoramento da atuação comercial e mercadológica do Banco no setor”, ressaltou.

O valor anunciado é 26% superior ao disponibilizado no período anterior. Desse total, R$ 500 milhões serão destinados exclusivamente para o financiamento de investimentos e R$ 3,6 bilhões para as demais linhas do agronegócio, como custeio, comercialização e industrialização. O volume de recursos para a agricultura familiar é de R$ 800 milhões, aos médios produtores são R$ 635 milhões, e para os demais produtores, cooperativas e empresas do setor, é de R$ 2,67 bilhões.

Recursos para investimentos: No Plano Safra 2020/2021, serão ampliados os recursos próprios disponíveis pelo Banrisul para R$ 450 milhões nas principais linhas de investimento para o agronegócio, como o Inovagro, Moderagro, Pronaf e Pronamp Investimentos. Para promover esse aumento, o banco buscou equalização direta junto ao Tesouro Nacional, visando atender a demanda no Estado, mesmo que os recursos repassados pelo BNDES acabem, como tem ocorrido nos últimos anos.

Nesta safra, a estratégia comercial para os financiamentos será voltada à irrigação das lavouras, conservação do solo e armazenagem de grãos e frutas e seus derivados. Outro destaque é a modalidade AgroInvest 4.0, linha de crédito que tem a finalidade de financiar novas tecnologias para a produção agropecuária, como drones e softwares de gestão e automação agrícola, acelerando a digitalização no campo.

Seguro Rural: Na última safra, diante da severa estiagem que atingiu o Rio Grande do Sul, o Banrisul, utilizando um moderno sistema de análise e julgamento do seguro Proagro, juntamente com uma equipe especializada de analistas, possibilitou ao produtor rural receber o valor das indenizações com segurança e rapidez.

Para a Safra 2020/2021, o Banrisul pretende trabalhar junto aos produtores para ampliar as áreas cobertas por seguro no Estado, contando com a parceria comercial de três seguradoras, todas habilitadas no Programa Seguro Rural do Governo Federal, para contratação de diversas modalidades de seguro para custeio agrícola. O valor relativo ao seguro poderá ser financiado na operação de crédito, facilitando o acesso ao produto pelo produtor.

Atendimento ao produtor: O Banrisul está presente por meio de agências ou postos bancários em 430 municípios gaúchos, que têm atuação em todas as 497 cidades do RS. Além da capilaridade da presença do Banrisul no Estado, o produtor rural também conta com uma equipe de gerentes especializados no agro, dedicados exclusivamente às demandas do setor.

Neste momento de pandemia, o atendimento presencial ao agronegócio está sendo agendado pelo aplicativo Banrisul Digital ou no site www.banrisul.com.br, para garantir a segurança dos clientes e colaboradores do banco. (ASCOM BANRISUL)

Languiru contratará 300 funcionários no próximo semestre
O presidente da Cooperativa, Dirceu Bayer, ainda projeta o faturamento de R$ 1,8 bilhão para 2020

Em meio aos desafios impostos pela covid-19, o presidente da Cooperativa Languiru, Dirceu Bayer, em entrevista ao programa A
Hora Bom Dia, anunciou a contratação de 300 funcionários para o próximo semestre e projetou a inauguração do supermercado no Shopping Lajeado para o mês de agosto.

O presidente da cooperativa esclarece que desde o início da pandemia todas as medidas de prevenção foram adotadas. “Fomos os primeiros a desenvolver um local de sanitização para os funcionários. Todos colaboradores são obrigados a passar pelo setor. Garantimos a segurança”, afirma.

Todos os funcionários que apresentam algum sintoma semelhante a covid-19 são afastados por pelo menos 14 dias. “Quando retornam, aplicamos novamente o teste para verificar”, explica. Além da cooperativa afastar os funcionários do grupo de risco.

Bayer explica que houve queda no faturamento e na produção. “Mas, preferimos essa medida do que correr os riscos de paralisar todas atividades.” Ainda segundo o presidente da cooperativa, o faturamento da Cooperativa segue projetado em R$ 1,8 bilhão, em torno de 20% superior ao realizado no ano passado.

Conforme Bayer, enquanto o mercado interno apresentou certa queda devido as medidas restritivas, as exportações aumentaram nos últimos três meses pelo preço ser mais competitivo. “Apostamos tudo na exportação e destinamos mais da metade da produção de aves para o mercado externo. Acredito num segundo semestre ainda melhor”, relata.

Cenário de contratações: A Languiru emprega cerca de 3,1 mil funcionários. Conforme o presidente, a cooperativa se mantém com um quadro estável de colaboradores. “Não precisamos realizar demissões neste período”, afirma.

Para o próximo semestre, o presidente projeta a contratação de 300 funcionários, principalmente para atuar no supermercado do Shopping Lajeado. Até o momento, cerca de 140 pessoas já estão em treinamento para atuar na nova sede.

Supermercado no Shopping: O investimento no novo mercado é de R$ 8 milhões. Antes da pandemia, a expectativa de inauguração era para maio. “A projeção de inauguração foi adiada para agosto”, reforça o presidente. (Grupo a hora
                  

 
Organizadores decidem suspender a Expointer 
Diante da maior quantidade de dúvidas do que de certezas, organizadores da Expointer  decidiram, em reunião realizada nesta quinta-feira (2), pelo cancelamento da feira em 2020. Originalmente marcada para o final de agosto, a exposição realizada no parque Assis Brasil, em Esteio, foi transferida para o período de 26 de setembro a 4 de outubro. O adiamento em cerca de um mês foi estabelecido pela expectativa de que pudesse haver melhora no quadro da pandemia. A Secretaria da Agricultura ainda não se manifestou oficialmente sobre o tema. O entendimento das entidades foi de que, mesmo assim, seria bastante complicado colocar a feira de pé. Por questões de segurança e também  operacionais. Naquele período, estará em andamento a temporada de remates de primavera, que concentra a venda de reprodutores nas propriedades. E também coincide com o início da plantio da safra de verão, o que seria um empecilho à participação de agricultores, público importante para o setor de máquinas agrícolas. Participam da reunião Federação da Agricultura do Estado, Federação dos Trabalhadores na Agricultura, Organização das Cooperativas, Sindicato das Indústrias de Máquinas, Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça e prefeitura municipal de Esteio. Na quarta-feira (1), a Associação Brasileira de Angus (ABA) havia emitido nota, manifestando contrariedade à realização da exposição na nova data. (Zero Hora)
 
 

 

Porto Alegre, 01 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.253

Tecnologia garante maior produtividade em Venâncio Aires

Para marcar os primeiros dias de operação com o novo sistema de ordenha robotizada, os gestores do Executivo de Venâncio Aires estiveram no Quarto Distrito de Venâncio Aires, em Linha Cecília, onde a cultura do leite atravessa gerações há mais de 50 anos. Na propriedade de Írio Frey, foram investidos cerca de R$ 3 milhões na construção de um galpão com capacidade para 140 animais. Dentro de toda essa estrutura, iniciada em janeiro do ano passado, está o Compost Barn, um grande estábulo com cama de serragem em compostagem e o sistema robotizado de ordenha com dois boxes. 

Atualmente, a produção é de aproximadamente 600 mil litros por ano (ou 1.6 mil litros por dia) com 76 matrizes da raça Holandesa. Sob a administração de Marina Frey, filha do proprietário, a expectativa é de que se atinja, com o novo processo robotizado, cerca de 4.000 litros por dia, com 140 matrizes em ordenha para otimizar a produção leiteira na propriedade. 

De acordo com o pai de Marina, produtor que está em meio à atividade leiteira há mais de cinco décadas, esse avanço na propriedade só se deu a partir da decisão da filha, que decidiu retornar e assumir os negócios. “Já estava com pensamentos de parar”, afirmou. Já para a Marina, 32 anos, o pai é um visionário. “Desde criança a gente sempre ajudou em tudo aqui. Muita gente quando chega se admira por eu ser mulher e estar na lida, na ativa. E isso no agronegócio está cada vez mais forte. Dar continuidade nesse negócio, que já ultrapassa gerações, é um sonho antigo. São os 365 dias do ano junto com as vacas, não tem hora, faça chuva, sol ou frio”, conta. 

Para o prefeito Giovane Wickert, este é um dos mais avançados investimentos dentro da cadeia leiteira que Venâncio Aires possui. “Esse é um investimento de R$ 3 milhões. Não é pouco. E não é qualquer um que tem essa coragem de se arriscar no momento de crise que estamos vivendo. Lembro que, há sete anos, na missão empresarial à Hannover, na Alemanha, nós visitamos o estado de Niedersachsen, um dos maiores produtores de leite. E eu vi toda essa modernidade lá, tudo automatizado. E tudo isso aqui está funcionando igual! E sete anos depois, a modernidade que eu vi lá está aqui, na minha cidade, no nosso município mostrando que as coisas podem acontecer”, conta o prefeito. (Jornal do Comércio)
                   

EUA: 25% do leite é produzido em apenas 14 municípios
Os condados da Califórnia continuam dominando a lista das principais áreas produtoras de leite dos EUA, com 8 na lista dos 14 principais municípios produtores de leite. Esses 14 municípios representam 25% do leite da Federal Order comercializado em dezembro de 2019, de acordo com economistas da Central Federal Milk Marketing Order.

"A magnitude do volume de leite produzido nos oito municípios da Califórnia com mais vendas – mais de 76,65 milhões de quilos cada – supera a maioria de todos os outros municípios juntos", observam os economistas. "Classificando em ordem crescente todos os municípios produtores de leite participantes do mercado da Federal Order, seriam necessários 1.249 municípios menores (84% do total de 1.487) para produzir a quantia dos oito maiores municípios da Califórnia."

Os condados de Tulare, Merced, Kings, Kern e Stanislaus, na Califórnia, estão no topo da lista. No entanto, comparando uma lista semelhante feita a partir de 2017, são observadas algumas mudanças dinâmicas. O Condado de Tulare, embora ainda seja o número 1, viu a produção cair cerca de 4% em relação a dois anos atrás. O Condado de Merced, número 2, viu a produção cair quase 10%. King, Kern e Stanislaus viram a produção aumentar em relação a 2 anos atrás.

Em 2017, eram necessários apenas 13 municípios para produzir 25% do leite do país. Os novos 25% da lista de produção em 2019 foram Hartley, Texas e Madera, Califórnia. Chávez, MN, saiu da lista.

Os economistas também observam que a produção de leite nos Estados Unidos permanece altamente concentrada, com apenas 58 municípios que produzem leite dentro do sistema Federal Milk Marketing Order, representando 50% da produção. Isso representa apenas 3,9% de todos os municípios dos mercados de leite da Federal Order. (As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Vendas/AR
Os números de abril mostram um volume de vendas 4,6% superior em produtos e 2,3% em litros equivalente leite em relação a igual período do ano anterior.  Se analisarmos a evolução das vendas mês a mês, em litros equivalente leite (litros necessários para produzir os produtos elaborados), vemos que em janeiro as vendas caíram 5,3%, em fevereiro 2,7% (com igual quantidade de dias), subiram 7,6% em março, e 5,7% em abril, ficando claro que as últimas cifras estão relacionadas com as denominadas compras de pânico ocorridas na segunda quinzena de março e início de abril. 

Já se vê um menor crescimento em abril e segundo os dados disponíveis, em maio e o que já pode ser conhecido de junho, as vendas retornaram ao ritmo similar ao apresentado no início do ano. Como já relatado em análises anteriores, existe uma queda importante nas vendas dos produtos com maior valor agregado e/ou unitário, tais como iogurtes (salvo as bebidas de litro), sobremesas, leites aromatizados, e queijos de pasta semidura ou de alta umidade. 

Compra de produtos para estoque familiar e dos de preços controlados houve aumento significativo, tais como leite não refrigerados e uma situação similar em manteiga, doce de leite, queijos cremosos e iogurtes de litro. No Balanço Lácteo estimado pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA) em abril de 2020 surge um consumo total 1,8% superior ao ano anterior, o consumo per cápita para o 1º trimestre de 2020 é de 56,9 litros/habitante de equivalente leite, que anualizado chega ao valor de 184 litros, 0,9% acima do registrado em 2019, e de 182 litros, igual ao ano anterior, se considerarmos a mesma quantidade de dias para ambos os trimestres. Os números apresentados pela metodologia do Balanço Lácteos são muito similares às vendas totais.  (ON24 – Tradução livre: Terra Viva)
                   

 
Qualidade do leite
Uma produção leiteira com qualidade e produtividade exige técnica e cuidados especiais, por isso, ter o apoio de uma assistência técnica pode fazer grande diferença para o produtor. Para abordar os principais desafios e as soluções em bovinocultura de leite, o SENAR-RS promoverá um debate entre a médica veterinária e pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, Maira Balbinotti Zanela, e o zootecnista da empresa Leite e Corte Consultoria em Agronegócio Ltda, Vinícius Felipe Bratz. A conversa será mediada pelo médico veterinário, supervisor do programa de Assistência Técnica e Gerencial do Senar-RS em Bovinocultura de Leite, Herton Lima. O objetivo do encontro virtual é demonstrar como é possível obter índices tecnicamente preconizados e evitar os prejuízos financeiros na produção através da capacitação da equipe de trabalho. O SENAR-RS oferece um programa de Assistência Técnica e Gerencial, com acesso gratuito aos produtores. Atualmente, o ATeG atua nas cadeias de bovinocultura de leite, bovinocultura de corte, ovinocultura e agricultura com foco em grãos. O debate será transmitido no dia 07 de julho, às 19h30, no canal do SENAR-RS no Youtube. (Terra Viva)
 
 

 

 

Porto Alegre, 30 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.251

Canadá: produtores desmascaram mitos sobre leite promovendo visitas virtuais às fazendas

A Dairy Farmers of Canada (DFC) anunciou o lançamento de uma nova campanha desmistificando os mitos sobre o leite para pais millennials, dando a palavra aos especialistas: os produtores de leite canadenses. No Hey Dairy Farmer – Parents' Virtual Tour, os produtores fornecem visitas virtuais à fazenda para esclarecer os consumidores sobre os altos padrões de produção praticados nas fazendas leiteiras canadenses e tranquilizá-los sobre a qualidade e a segurança do leite, tudo de maneira interativa e envolvente.

A Hey Dairy Farmer simula uma videoconferência entre um produtor e um grupo de pais millennials, na qual o produtor conta um pouco mais sobre a pecuária leiteira. Por meio dessa abordagem única, os produtores se envolverão com os consumidores de maneira inovadora e memorável, alimentando assim um forte senso de orgulho pelos produtos lácteos canadenses.

"Nestes tempos de incerteza, os consumidores têm muitas perguntas sobre o conteúdo dos alimentos que ingerem e de onde vêm", diz Pamela Nalewajek, vice-presidente de marketing da DFC. "Por meio do Hey Dairy Farmer, a DFC está destacando que o leite usado em produtos marcados com o logotipo Blue Cow foi produzido por fazendeiros de comunidades de todo o Canadá, que seguem rigorosos padrões de qualidade e segurança para que os canadenses possam confiar nos laticínios que eles conhecem e amam".

"Ao colocar os verdadeiros produtores de leite canadenses no centro da história, a Hey Dairy Farmer está educando os consumidores sobre os padrões rigorosos que são seguidos para produzir laticínios seguros e de alta qualidade, de maneira transparente e envolvente", acrescentou.

Trabalhando  com o confinamento e do distanciamento social, a DFC criou a campanha usando desktops e telefones celulares com câmera para imitar uma videoconferência na qual um grupo de pais recebe um tour virtual privado em uma fazenda de gado leiteiro com um produtor como guia. Todo o criativo foi direcionado remotamente e capturado com habilidade, sem que ninguém precisasse sair de casa.

Os elementos fora de casa (publicidade ao ar livre) da campanha foram lançados em 15 de junho, enquanto os elementos sociais e digitais da campanha serão lançados em 24 de junho, até 16 de julho. Os consumidores também notarão um componente significativo da televisão, incluindo veiculações de anúncios durante a programação do Dia do Canadá da CBC e durante transmissões de notícias. Os influenciadores também desempenharão um papel fundamental na ampliação da campanha. A agência de criação líder nesta campanha foi a DDB Canadá, com a compra de mídia pela Initiative. Para visualizar a campanha, clique aqui. (As informações são do Dairy Farmers of Canada, traduzidas pela Equipe MilkPoint)     

               

RS: produtores de leite comemoram retorno da chuva na região
O primeiro final de semana foi de frio intenso na região da Campanha/RS. As temperaturas mínimas chegaram a 2 graus em Bagé e a previsão é de que a chuva retorne à Rainha da Fronteira.

A precipitação  deverá chegar a 42 milímetros. O mês de junho tem sido o com maior volume de chuvas até o momento, mais de 170 milímetros no acumulado. Essas precipitações têm amenizado a situação dos produtores que enfrentaram meses de severa estiagem.

A produtora Rosângela Willrich destaca que depois das chuvas, as pastagens de inverno estão crescendo  bem, as que foram adubadas estão com ótimo crescimento. “Aveia e azevém estão com boa recuperação. Nos dias de geada o pasto dá uma freada no crescimento, mas quando temos esse sol maravilhoso durante o dia, o campo verdeja”, detalha a produtora que trabalha com pecuária leiteira. Rosângela comenta ainda que os produtores de leite que foram atingidos com a estiagem e também por a série de desvalorização no preço do produto. “Esperamos que a produção se mantenha, aumentando na verdade, depois da falta de alimento pela seca agora temos melhores condições de produzir leite. Esperamos que os dias de geada sejam alternados. Afinal estamos nos recuperando ainda”, aponta.

Opinião semelhante tem o produtor rural de Aceguá, Sérgio Hubert. Ele destaca que com o retorno das chuvas, as pastagem voltaram a surgir. “Tanto a aveia e o azevém gostam muito desse clima de umidade e luminosidade. Houve alguns dias, que até a situação foi fora do normal, onde houve um 'calorzinho' fora de época. Esse calor com umidade proporcionaram o retorno das pastagens”, relata o produtor rural. Hubert destaca que, pelo retorno do frio e, consequentemente, das geadas, é provável que essas pastagens deem uma parada de novo. “O trevo e o cornichão também estão surgindo novamente, porém com o desenvolvimento um pouco mais lento. As chuvas também trouxeram de volta a tranquilidade em relação à captação de água para os animais. Em muitos casos, os açudes já estão cheios novamente. Aos poucos a situação está se normalizando de novo”, enfatiza o produtor rural.

Em Bagé, os reservatórios principais da cidade já estão próximos da normalidade. A Piraí está sem déficit. Já a barragem da Sanga Rasa está com -2,20 metros, melhor índice do reservatório em muitos meses. (As informações são da Folha do Sul)

Subsídios agrícolas em grupo de 54 países atingiram US$ 708 bi por ano de 2017 a 2019, diz OCDE
O apoio total oferecido por governos de 54 países a seus agricultores chegou a US$ 708 bilhões por ano no período de 2017 a 2019, mostra relatório anual da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre políticas agrícolas.

Do montante total, nada menos do que US$ 536 bilhões foram transferidos pelos governos ao setor agrícola sob a forma de apoio direto que falseia a situação nos mercados, prejudica a inovação e causa danos ao ambiente.

São subsídios que mantêm preços internos acima das cotações internacionais, o que prejudica consumidores e aumenta o fosso de renda entre pequenos e grandes produtores agrícolas. A conclusão, claramente, é que essa injeção de subvenções só amplia as distorções do mercado e torna o setor menos competitivo.

Refletindo sua posição como exportador competitivo, o Brasil fornece pouco suporte e proteção à agricultura. A ajuda aos produtores brasileiro caiu de 7,6% de sua renda bruta, entre 2000 e 2002, para 1,7% de 2017 a 2019.

Para se ter uma ideia, os subsídios dados pelo governo asseguram 59,0% da renda dos agricultores na Noruega, 47,9% na Coreia do Sul e 41,4% no Japão. Na China, a ajuda representa 13,3% da receita bruta do agricultor.

No total, apenas US$ 106 bilhões foram fornecidos pelos governos para serviços úteis na agricultura, e US$ 66 bilhões para beneficiar os consumidores.

No grupo de 54 países estudados estão os membros da OCDE e da União Europeia, além de 12 emergentes. Desse universo, em seis países, entre os quais Argentina e Índia, os governos taxam implicitamente seus produtores agrícolas em cerca de US$ 89 bilhões, minorando artificialmente seus preços.

Desta vez, o relatório da OCDE é publicado em meio à situação excepcional da crise de Covid-19, em que alguns países estão impondo restrições às exportações e outros estão facilitando importações.

Outra constatação da entidade é que, no grupo pesquisado, ganhos de produtividade das últimas décadas e algumas iniciativas para melhorar o desempenho ambiental marcam o passo. Mas as emissões de gases no setor agrícola aumentaram em vários países.

Para Ken Ash, da OCDE, em boa parte das vezes os subsídios à agricultura atualmente não têm utilidade ou são prejudiciais. Para ele, num momento em que os governos têm poucos recursos, no rastro do Covid-19, seria propício reduzir as subvenções que geram distorções nos mercados e fortalecer a ajuda que pode ter melhores resultados para o setor e para a sociedade. (Valor Econômico)
                    

 
Proteínas/EUA
O Departamento de Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos anunciou que permitirá o uso de Proteína Concentrada de Leite (MPC), Proteína Isolada de Leite (MPI) e Proteína Concentrada de Soro de Leite (WPC) em produtos com rotulagem “leite com alto teor de proteína”.  “A decisão do FDA de permitir a utilização de proteínas concentradas de alta qualidade nos rótulos com ‘leite com alto teor de proteína’ é positiva dando um grande salto para a flexibilização e inovação da indústria de laticínios. Esse tipo de flexibilidade permite que a indústria forneça ao público norte-americano produtos lácteos mais nutritivos e de alta qualidade. Empresas de laticínios estão inovando e criando novas formas de fornecer produtos saudáveis, mais convenientes, e mais saborosos para degustação de um crescente número de consumidores”, disse Joe Scimeca, vice-presidente de assuntos regulatórios e científicos da Associação Internacional de Alimentos Lácteos (IDFA). “O IDFA acredita que os padrões e regulamentos desempenham um papel importante para garantir a segurança, qualidade e consistência dos alimentos, mas, regras excessivas podem sufocar a inovação e reduzir a competitividade do setor lácteo. A IDFA continuará trabalhando com o FDA sobre flexibilidade dos rótulos para permitir mais inovação em produtos lácteos”, acrescentou Scimeca. (Dairy Reporter - Tradução livre: Terra Viva)
 
 

 

 

Porto Alegre, 29 de junho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.250

Cuidados para afastar a Covid-19 das propriedades leiteiras são tema de live

Os cuidados que o produtor de leite precisa ter na propriedade para afastar a possibilidade de contaminação por coronavírus foram tema de live promovida na manhã desta segunda-feira (29/6) pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Reunindo um time de especialistas da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (Seapdr) e da Embrapa, o debate remoto elencou dicas importantes que o produtor deve adotar – ou redobrar – para que a doença não chegue aos proprietários e colaboradores das propriedades rurais e, assim, não comprometa a produção e os resultados financeiros.

O Webinar 'Covid-19: o que o produtor precisa saber' deu um foco importante na biosseguridade na cadeia da bovinocultura de leite na rotina do transporte – uma das mais sensíveis do processo, uma vez que o caminhão de coleta passa por diversas propriedades. De acordo com Rogério Dereti, pesquisador da Embrapa Gado de Leite, diante do cenário é essencial que o produtor adote mudanças de hábitos, reforçando que a atividade leiteira em si, já exige uma série de regras e boas práticas de produção que contemplam parte das recomendações das autoridades de saúde. “Não é algo fácil de se fazer no cotidiano e, no caso dos transportadores, que mantêm diversos contatos ao longo do dia, é recomendável que mantenha a distância de dois metros dos indivíduos que atuam na propriedade, bem como faça uso sempre do álcool em gel 70%", afirma Dereti. 

Guilherme Nunes de Souza, também pesquisador da Embrapa Gado de Leite, lembra que o momento de coleta do leite do resfriador também merece atenção especial. “O ideal é o que o próprio transportador encaixe a mangueira no equipamento e, após isso, faça a higiene do registro com álcool”, explica Nunes. Segundo ele, os produtores ainda devem manter a tampa do registro no local adequado, uma vez que isso ajuda na manutenção da qualidade e assepsia de todo o processo. Em outra frente da rotina da propriedade, Dereti sugere que as tarefas na fazenda sejam bem divididas para evitar que diferentes pessoas tenham contato com equipamentos e superfícies – ação que facilita a contaminação pela Covid-19. “Na sala de ordenha, por exemplo, em uma propriedade com quatro conjuntos de ordenha, não é preciso mais de uma pessoa para fazer o serviço. Essa é a proporção ideal neste momento de cuidados extremos”, afirmou Dereti.

Na rotina que não depende de fatores externos, as famílias devem restringir o acesso/visitas de pessoas que não sejam fundamentais para dar andamento à atividade leiteira. No caso da entrega de insumos feita por pessoas de fora, sempre manter a distância recomendada de dois metros e, depois, higienizar as superfícies que tenham sido tocadas pelo visitante. Em outros casos de pessoas da família do produtor que mantenha atividades fora da fazenda, é altamente recomendável manter o distanciamento, além da rotina que se faz necessária a todos nos dias atuais: troca de roupas e assepsia total quando chegar em casa.

A pesquisadora da Secretaria da Agricultura do Estado Laura Lopes de Almeida reforçou a importância dessas medidas preventivas dentro da propriedade, uma vez que 80% das pessoas contaminadas por coronavírus são assintomáticas, ou seja, não apresentam sintomas. Isso significa que os sintomas físicos não podem ser unicamente considerados na hora de manter proximidade com as pessoas. “Dois metros é a distância ideal, além do uso permanente de máscaras quando em contato com pessoas de fora, higiene das mãos e das superfícies regularmente são as armas que temos para enfrentar esta guerra”, pontuou Laura, coautora de um guia organizado pela Embrapa Clima Temperado, que traz orientações aos produtores de leite e como tomar medidas de precaução para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
                   

Uma fazenda leiteira média argentina produz 2.865 litros de leite diariamente
Um relatório elaborado pelo Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (OCLA) detalha o panorama das camadas das fazendas leiteiras na Argentina a partir de maio de 2020, com base nos dados fornecidos pelo SIGLeA.

Pode-se observar que os aproximadamente 340 fazendas de + 10.000 litros no estrato, que produziram uma média de 18.210 litros por dia durante o mês de maio, fornecem 18,5% mais leite do que as 5.430 fazendas que produziram entre 1 e 2.000 litros por dia (com 1.140 litros de leite).

Outro fato interessante é que as propriedades com mais de 10.000 litros de leite por dia representaram 2,7% do total de fazendas leiteiras e 19,1% da produção em maio do ano passado, com uma produção média diária de 16.951 litros de leite.

O processo de concentração da produção em grandes fazendas é contínuo e se acelerou nos últimos anos, com taxas entre 2 e 4% ao ano. Informações publicadas na OCLA, com base na Situação Mundial dos Laticínios da Federação Internacional de Laticínios 2019 (FIL/IDF), mostram uma taxa para os principais países leiteiros do mundo, levemente acima de 4% de redução anual na pecuária leiteira.

Com base na produção mensal e na quantidade anual de fazendas leiteiras (SENASA em 31/03/19), pode-se inferir o tamanho da fazenda média em maio de 2020, que produz de 2.865 litros de leite diariamente, 16,4% a mais que o no ano anterior (note-se que a produção em maio de 2020 foi 10,9% superior a maio de 2019).

Se avaliarmos seu comportamento ao longo do tempo, apesar da diminuição no número de unidades produtivas e no número de vacas, a fazenda média acumula uma taxa de crescimento anual de 2,78% no período 2009-2020, o que, apesar da redução nas unidades de produção e no rebanho, permite a manutenção dos níveis agregados de produção no nível nacional.

 

A série de número de fazendas leiteiras (SENASA) utilizada para os cálculos de produção por fazenda é a única disponível e, apesar de haver algumas deficiências na pesquisa de informações, o critério é mantido ao longo do tempo e permite avaliar a tendência. (As informações são do TodoAgro.com.ar, traduzida pela Equipe MilkPoint)

Despesa caiu e receita de serviços cresceu
A Emater/RS-Ascar conseguiu reduzir suas despesas de custeio em 15% e aumentar sua receita de serviços de classificação e certificação em R$ 1,2 milhão, segundo Balanço Patrimonial apresentado ontem, junto com o Relatório de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social, ao Conselho Técnico Administrativo da Emater/RS e ao Conselho Administrativo da Ascar, em teleconferência. 

O presidente da Emater/RS-Ascar, Geraldo Sandri, destacou que a diminuição nas despesas se deu em razão da implantação do gerenciamento matricial, que prioriza a gestão de recursos sem prejudicar a qualidade dos serviços prestados. 
No ano passado, segundo o relatório de atividades, a Emater atendeu 236 mil famílias nos 497 municípios gaúchos, das quais 55 mil voltadas para a produção de grãos, principalmente milho, e outras 4,7 mil dedicadas à agroindustrialização. 

“Observamos a retomada na produção de milho”, relatou o diretor técnico da Emater, Alencar Rugeri, indicando que isso gerou mais investimentos em silos secadores. (Correio do Povo)
                   

 
Kiformaggio é a nova associada do Sindilat
A empresa de laticínios Kiformaggio, de Nonoai (RS), é a nova associada do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS). Fundado em 1992, o grupo, que fica há cerca de 416 quilômetros de Porto Alegre, possui filial em Carlos Barbosa, na Serra. Focada na produção de queijos cobocó, parmesão, tropical, colonial e queijos ralados, a Kiformaggio também atende mais de 30 marcas próprias, em parceria com outras empresas e indústrias. Representada pelo diretor Humberto Döering Brustolin, com 24 anos de casa, a empresa passa por constante crescimento, após expansão da fábrica. “A Kiformaggio ampliou o atendimento para além da região Sul do Brasil, levando a marca ao Sudeste e Centro-oeste. Além disso, a empresa também possui queijos premiados entre os melhores do Rio Grande do Sul e hoje é conceituada como uma marca de renome nacional”, afirma Brustolin. Com a pandemia de Covid-19, Brustolin destaca que o momento foi de adaptação às novas necessidades. “Foi feito um trabalho de conscientização com os colaboradores. Hoje a empresa possui uma série de protocolos que reforçam a segurança nas indústrias. Também vem se preparando para atuar com vendas on-line e buscando novos nichos de mercado”, pontua. (Assessoria de Imprensa Sindilat)