Pular para o conteúdo

  

Porto Alegre, 10 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.281

Fepale apresenta panorama geral do setor lácteo na América Latina - Radiografia

O mercado exportador da região é liderado pela Argentina e Uruguai, que representam 56% da região. Depois vem o México, Chile, Nicarágua e Peru com exportações menos significativas.

Quanto à participação das exportações no total produzido, neste caso, o Uruguai lidera. O país exporta 75% do que produz, em seguida vem a Nicarágua, exportando 42% de sua produção interna, e a Argentina que exporta 20%. O México é o maior importador de lácteos da região, seguido pelo Brasil, Venezuela e Perú.

Quanto ao consumo aparente de produtos lácteos na América Latina, o conferencista lembrou que os organismos internacionais e profissionais em nutrição recomendam um consumo mínimo per capita entre 150 e 180 litros por habitante ao ano, e que somente quatro países da América Latina tomam leite suficiente.

“Em nossa região temos o Uruguai (250 litros), Argentina (210 litros), Costa Rica (199 litros) e Brasil (176 litros). Depois existem três países em vias de alcançar esse consumo, o Chile, a Colômbia e o México, mas que o resto está em uma escalada descendente e estão longe de alcançar o consumo ideal, o que podemos interpretar de duas formas. Em primeiro lugar, preocupação porque não se alcança o nível nutricional mínimo de consumo de lácteos alguns países da região, mas, por outro lado, a oportunidade de crescer enormemente em cada mercado interno”, destacou Londinsky.

 
            

Pesquisa produz leite com todos os nutrientes preservados, longa vida e com processos sustentáveis
Com uma participação de mercado de mais de 70%, o leite UHT é o líder no mercado alemão de leite fluido. A popularidade é atribuída à capacidade de ser armazenado por meses em temperatura ambiente. No entanto, o aquecimento a temperaturas de 135-140°C, necessárias para fazer produzir leite UHT, pode ter algumas desvantagens.

Entre elas, causa um certo sabor do leite cozido e a perda de alguns nutrientes, como vitaminas. “Também é necessária muita energia para atingir as temperaturas necessárias e a maior parte dela vem de combustíveis fósseis, como petróleo e gás,” explicou Elena Kohler, a vencedora do prêmio estudantil de Bioeconomia em Stuttgart. O prêmio de € 2.000 (US$ 2600) é concedido a alunos da Universidade de Hohenheim. O Bioeconomy Science Yea da Alemanha é organizado pelo Ministério Federal da Educação e Pesquisa.

Kohler está trabalhando para combinar as vantagens do leite UHT e do leite fresco por meio de um novo processo de produção. Sua visão é um novo tipo de leite: armazenável em temperatura ambiente, com sabor de fresco e alto teor de nutrientes. “O produto desejado não deve ser superior apenas ao leite UHT convencional em termos de sabor e fisiologia nutricional. Meu objetivo é também um processo de fabricação, muito mais eficiente em termos energéticos e, portanto, ecologicamente superior ao processo convencional”, resumiu.

No conceito de Kohler, o leite é dividido em duas frações em um novo processo: uma fase de caseína, que contém proteínas do leite estáveis ao calor – além dos microrganismos indesejados – e uma fase de proteínas de soro de leite, que também contém as vitaminas sensíveis ao calor. Como resultado, ambas as fases podem ser aquecidas separadamente e adaptadas aos ingredientes: substâncias redutoras de qualidade, como microrganismos e enzimas, tornam-se inofensivas na fase de caseína, devido à submissão a altas temperaturas. A outra fase, de proteínas do soro, é apenas brevemente aquecida em temperaturas mais baixas, de modo que os nutrientes e proteínas sejam preservados. Após o tratamento, ambas as frações são reunidas.

Para aquecer a fase com proteínas de soro de leite, o processo de alta energia do leite UHT convencional está sendo substituído pela tecnologia de micro-ondas com eficiência energética, cujas necessidades de eletricidade podem ser atendidas 100% com energias renováveis. O aquecimento homogêneo evita a desestabilização das proteínas do soro quando em contato com superfícies de aquecimento. Menos resíduos se formam no equipamento, reduzindo o consumo de produtos químicos de limpeza e a quantidade de efluentes.

Em sua dissertação de mestrado, Kohler quer determinar a temperatura ótima para o aquecimento por micro-ondas da fase proteica do soro de leite, necessária, por um lado, para tornar o leite estável e armazenável, e por outro, para diminuir as modificações causadas no produto pelo calor . Para controle de qualidade, amostras do leite recém-produzido são armazenadas em temperatura ambiente e a 30°C, analisadas e comparadas em intervalos regulares durante três meses, avaliando presença de microrganismos e características de qualidade e sabor. (As informações são do Dairy Industries International, traduzidas pela Equipe MilkPoint) 

84% dos produtores usam ferramentas digitais

Ferramentas digitais - Uma pesquisa mostrou que o uso de tecnologias no campo amplia acesso a mercados, reduz custos e agrega valor aos produtos. Por isso cerca de 40% dos produtores brasileiros já são adeptos dessa nova onda chamada agricultura digital para realizar operações de compra e venda de insumos e 84% já utilizam ao menos uma tecnologia digital como ferramenta de apoio na produção agrícola.

Os resultados foram obtidos em entrevista com 750 participantes entre produtores rurais, empresas e prestadores de serviço sobre tendências, desafios e oportunidades para a agricultura digital no Brasil. O trabalho foi feito por meio de parceria entre a Embrapa, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e foram ouvidos produtores de todos estados e do DF, entre janeiro e junho.

Seja para agilizar a comunicação na hora de contratar um serviço, pesquisar o preço de um insumo ou para enxergar a propriedade com outros “olhos”, mapeando a lavoura e planejando a atividade, a pesquisa mostra um retrato atual de como esses produtores rurais estão utilizando a internet, aplicativos de celular, drones, entre outras tecnologias, e também um panorama das suas expectativas e dificuldades. Cerca de um terço dos entrevistados já usa ferramentas de monitoramento da lavoura e de meteorologia; aquelas voltadas para o bem-estar animal são 21,2% dos respondentes; e para certificação ou rastreabilidade dos alimentos, 13,7%.

Dificuldades de acesso: A amostragem revelou que acesso a informação e internet permitiram essa expansão. As ecnologias digitais têm amplo potencial de expansão e adoção no Brasil, no entanto a ausência de infraestrutura de conectividade é o maior entrave da agricultura digital para 61% dos entrevistados. Outro fator limitante é o valor do investimento, que assusta 67% dos entrevistados e aparece à frente de problemas estruturais, como a qualidade de conexão na área rural. A pesquisa mostrou ainda que   95% dos produtores desejam mais informações sobre agricultura digital.

O que deve revolucionar: A pesquisa também fez a lista de desejos dos entrevistados. Entre as soluções mais almejadas no campo estão as que melhoram planejamento e gestão, com aplicativos e plataformas. Também devem ganhar espaço as tecnologias que contam com inteligência artificial, internet das coisas, automação, robótica, big data, criptografia e blockchain.

Outro exemplo de tecnologia que avança em conhecimento e tem grande potencial de expansão nos próximos anos são as baseadas em dados ou imagens geradas por sensores remotos, como os satélites e drones. Cerca de 37% das empresas e prestadores de serviços entrevistados atuam nessa área. A tecnologia também já é utilizada por 17,5% dos produtores rurais.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Instrumentação (SP) Lúcio André de Castro Jorge, o mercado global de drones de 2016 a 2020 foi da ordem de US$ 32,4 bilhões, especificamente para agricultura. “Nesse período, o aumento no uso de drones na agricultura foi de 172%. A projeção da expansão até 2025 é exponencial”, revela.

Castro Jorge informa que o mercado relativo apenas à fabricação de drones é de 12 bilhões de dólares em negócios, com geração de emprego para mais de 100 mil profissionais no Brasil, sendo 26% só na agricultura, um negócio de US$ 2 bilhões no País até 2020. Assim, o pesquisador acredita que os preços dos veículos aéreos não tripulados devem se tornar mais acessíveis, com a disponibilização de treinamentos acompanhando a demanda, permitindo a adoção pelos pequenos produtores. (Agrolink)

                

 
Vendas de máquinas agrícolas cresceram 14,4% em julho
As vendas de máquinas agrícolas e rodoviárias voltaram a subir em julho, embaladas pela liberação de recursos do Plano Safra e pela valorização das commodities. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), as vendas aumentaram 14,4% em julho ante ao mesmo mês do ano passado, para 4,5 mil unidades. Em relação ao desempenho em junho, o incremento foi de 15,6%. “Os resultados de julho nas vendas internas foram os melhores desde setembro de 2019 e também o melhor julho desde 2018. O crescimento reflete o aumento da demanda por alimentos, o aumento de 50% no desembolso nas linhas de crédito no Plano Safra ante ao mesmo mês do ano passado, de R$ 24 milhões”, afirmou o vice-presidente da Anfavea Alfredo Miguel Neto, que avaliou a recuperação como muito positiva. No acumulado de janeiro a julho, as vendas domésticas somaram 24,1 mil unidades, incremento de 1,3% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. As exportações de máquinas agrícolas e rodoviárias caíram 40,5% em julho ante a igual mês de 2019, para 856 unidades. Na comparação com o mês de junho, porém, houve avanço de 39,4%. “Esse crescimento se deve à demanda da Argentina, onde o setor teve um aquecimento puxado pela demanda chinesa. Os embarques para o país vizinho cresceram 58% na comparação mensal”, disse Miguel Neto. Já a produção de máquinas agrícolas e rodoviárias alcançou 5,1 mil unidades, recuo de 17% ante ao mês de julho de 2019, mas incremento de 53,8% em relação a junho. “Esse crescimento reflete o aumento de exportação e de vendas no mês e demonstra uma confiança muito grande da indústria. É o melhor resultado desde outubro de 2019”, afirmou o vice-presidente da Anfavea. “É um dado bastante significativo e temos a expectativa de que essa confiança irá continuar no Brasil”, acrescentou. (As informações são do Valor Econômico.)
 

 

 

Porto Alegre, 07 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.280

Importações crescem e cadeia produtiva fica de olho!

Segundo dados divulgados nessa quinta-feira (07/08) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), as importações brasileiras de derivados lácteos cresceram bastante no mês de julho; foram cerca de 95 milhões de litros de leite equivalente internalizados no mês, com crescimento de 63% em relação ao volume do mês anterior e 26% maior que em relação a julho/2019.

Em contrapartida, as exportações brasileiras também cresceram; foram 16,7 milhões de litros exportados no mês, 38% a mais do que em junho deste ano e 95% maior do que julho/2019. Dados estes números, o saldo da balança comercial de lácteos foi de -78 milhões de litros (em equivalente leite), um aumento de 69% no déficit quando comparado a jun/20 e de 17% em relação a jul/19. É importante destacar que esse valor representa, também, o menor (mais negativo) saldo no ano. (Milkpoint)

 
 
Elaborado por Sindilat com dados do mdic e Milkpoint
            

Secretário Covatti Filho encaminha repasse de R$ 102 milhões para a EMATER/RS-ASCAR
O secretário da Agricultura Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Covatti Filho, ordenou na tarde desta quinta-feira (06) a solicitação de empenho de R$ 102 milhões para a contratação de prestação de serviço com a Emater/RS-Ascar, para o segundo semestre de 2020. Desta forma, garante a continuidade dos trabalhos de assistência técnica e extensão rural para mais de 250 mil famílias de pequenos agricultores.

“Resolvemos um imbróglio que já se estendia por muitos anos e envolvia inclusive pontos sobre a natureza jurídica da Emater. Agora, estamos liberando os recursos necessários para dar continuidade a esse serviço tão essencial e importante para a agricultura familiar gaúcha”, ressalta Covatti.

Em julho deste ano, por recomendação da Procuradoria Geral do Estado (PGE), houve alteração no regime de contratação da Emater, que passou a ser por dispensa de licitação, sem a necessidade de alterar a sua natureza jurídica.

No primeiro ano do novo vínculo, com validade até julho de 2021, serão repassados, no total, R$ 195 milhões para viabilizar a prestação de serviços.

“Fizemos um esforço enorme para garantir a sobrevivência da Emater. Encaminhamos a solução jurídica da contratação mediante parecer da Procuradoria Geral do Estado, oportunizando segurança para os seus funcionários estarem dentro das propriedades, ao lado do produtor”, comemora Covatti.

O ato de assinatura do empenho contou com a presença de Geraldo Sandri (presidente da Emater), Alencar Rugeri (diretor técnico), Erli Teixeira (presidente do Conselho da Emater) e Luiz Fernando Rodrigues (secretário adjunto da SEAPDR) (Seapdr)

Fepale apresenta panorama geral do setor lácteo na América Latina
Os dados do Observatório para a cadeia láctea da América Latina e Caribe mostram que nossa região, com cerca de três milhões de produtores de leite, produz em torno de 78,5 milhões de litros de leite, o que representa aproximadamente 11% da produção mundial.
Ariel Londinsky, Secretário Geral da Federação Panamericana de Leite (Fepale) disse durante o webinar “Comércio Internacional de lácteos – Oportunidades e Desafios”, organizado pela Comissão Nacional de Leite e ProChile, que o volume mencionado representa uma relativa estagnação da América Latina nos últimos anos.
“A produção de leite da região até 2014 estava em franco crescimento, mas a partir da crise de preços e das diversas crises que atingiram o setor, praticamente impossibilitou o crescimento, vivendo altos e baixos. Com algumas situações climáticas, outros problemas de mercado e agora a pandemia. Sempre existe algo para cortar o nosso crescimento o que impediu qualquer melhoria nos últimos cinco anos”, explicou.
Para este ano, as perspectivas da Fepale é de aumento da produção de leite, no entanto, é preciso refletir sobre as incertezas provocadas pela pandemia do coronavírus. “Tínhamos uma expectativa melhor de crescimento para 2020-2021, mas primeiro vamos ver como sairemos dessa crise sanitária em termos de produção. Como organizar a oferta e a demanda, duas variáveis afetadas imensamente pela pandemia”, acrescentou Londinsky.


 
Neste contexto, assegurou que um dos grandes desafios “para uma região com um perfil tão heterogêneo como a América Latina”, é formalizar em grande medida a produção primária de leite, que apresenta problemas nos países andinos e centro americanos, onde a informalidade é um elemento presente e quase predominante. Destacou, por exemplo, que o Chile está entre os países com a maior proporção da produção de leite processado pela indústria, superando 90%, assegurando inocuidade e qualidade ao leite.
                

 
EMATER/RS: condições climáticas favorecem produção das forrageiras de inverno para gado leiteiro
Foram boas as condições climáticas para a produção das forrageiras. Nesse período, destaca-se o azevém, principalmente o de variedades tetraploides. Os materiais genéticos comuns iniciam o espigamento/florescimento, e nessa fase perdem qualidade. Áreas com aveia precoce reduzem produção e qualidade, mas ainda ofertam volumoso. Destaque para áreas de trigo duplo propósito, que apresentam bom potencial para pastejo em semeaduras mais tardias. Semeaduras precoces desse trigo encontram-se em início de espigamento/florescimento, fase em que é necessário monitorar para possível intervenção com manejo fitossanitário. O clima mais seco e os dias ensolarados permitiram melhores condições no solo das pastagens e secagem do barro acumulado nos acessos a instalações de ordenha e manejo dos animais, que chegam mais limpos para a ordenha. A condição climática proporciona condições de conforto às vacas de alta produção; consequentemente, o consumo de pasto é alto. Essa condição permite fornecer rações com um pouco menos de proteína e menos silagem, reduzindo os custos da alimentação. O aumento da produção de leite se dá a partir do aproveitamento das pastagens de forrageiras anuais de inverno, que apresenta boa oferta de volumoso, tanto em quantidade como em qualidade. A abundância de pasto permite que as vacas permaneçam mais tempo na pastagem, aumentando a produção. A qualidade do leite se manteve em padrões aceitáveis, que cumprem as normativas do Mapa. A condição sanitária é boa; não há problemas sanitários graves, apenas situações pontuais como paresias puerperais devido ao manejo inadequado nas vacas secas ou recém-paridas, que muitas vezes têm sido alimentadas com pastagens muito ricas em potássio, as mais abundantes no momento. Na Fronteira Oeste, em Itacurubi, produtores estimulados pelo compensador preço do leite vêm investindo em aquisição de matrizes para melhorar a condição genética dos seus rebanhos. Na Campanha, em Candiota, o Incra liberou recursos dos projetos de crédito do programa “Fomento Mulher”, elaborados pelo escritório municipal da Emater/RS-Ascar, para 57 agricultoras assentadas, destinado cinco mil reais por beneficiária. O destino principal dos recursos será a aquisição de matrizes leiteiras, fomentando a atividade. Produtores iniciaram o preparo das lavouras para plantio de milho silagem. No Vale do Rio Pardo, iniciou a implantação do cereal. (As informações são da EMATER/RS)
 

 

 

Porto Alegre, 06 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.279

Últimos dias para informar uso de nomes protegidos por Indicações Geográficas

Termina neste sábado (8) o prazo para que pequenos negócios comprovem que usam comercialmente, de boa-fé, alguns nomes protegidos por Indicações Geográficas (IG) da União Europeia, conforme estabelece portaria do Ministério da Agricultura. 

A portaria convoca uma consulta pública para verificar quem pode continuar a usar esses nomes, segundo o acordo firmando entre a União Europeia e os países integrantes do Mercosul, entre eles o Brasil. O SEBRAE/SC está auxiliando as empresas a realizarem esse processo de consulta pública no MAPA.

A Indicação Geográfica (IG) é um nome geográfico que identifica um produto ou serviço como originário de uma área geográfica delimitada quando determinada qualidade, reputação ou outra característica é essencialmente atribuída a essa origem geográfica.

Os seguintes nomes: Parmesano, Parmesão, Reggianito, Fontina, Gruyère / Gruyere, Grana, Gorgonzola, Queso Manchego, Grappamiel / Grapamiel, Steinhäger / Steinhaeger, Ginebra e Genebra utilizados isoladamente ou antecedido de gentílicos, ou simplesmente pela definição "tipo", estão submetidos a portaria.

O diretor técnico do SEBRAE/SC, Luc Pinheiro, explica que muitas nomenclaturas utilizadas em produtos de origem animal têm seu nome reconhecido como propriedade intelectual relacionado à indicação geográfica europeia. Assim, produtos comercializados no Brasil terão restrições no uso desses nomes, no entanto empresas constantes nos registros do MAPA que já utilizavam nomes de IGs europeias, continuadamente até 25/10/2017 ou 2012, dependendo do produto, poderão continuar utilizando-os. "Estamos apoiando na construção ou revisão destas respostas ao Mapa. Por isso, pedimos que os produtores procurem o Sebrae/SC que vamos auxiliar neste processo", reforça. Os empresários podem entrar em contato pelo alan@sc.sebrae.com.br.

A portaria disponibiliza a lista preliminar de usuários prévios já cadastrados no MAPA na página de Consultas Públicas Vigentes no portal eletrônico do ministério. Os demais usuários desses nomes com registros SIE e SIM, mesmo não registrados no Mapa, também podem submeter a análise do uso do nome, desde que atendam os critérios desta portaria. O Ministério ressalta que o objetivo é permitir a ampla participação de pessoas, físicas ou jurídicas, que, com a entrada em vigor do acordo entre os dois blocos, poderão ser obrigadas a deixar de fazer uso dos nomes em produtos comercializados. Além do Brasil, a medida também será aplicada na Argentina, Paraguai e Uruguai. O link para consulta do MAPA é https://bit.ly/2XzSi4q (Página Rural)

 
            

RS: Emater destaca ações de manejo reprodutivo dos rebanhos em Montenegro
Qualificar geneticamente os rebanhos leiteiro e de corte, com vistas a melhorar características produtivas, reprodutivas e de saúde, bem como a longevidade dos animais, é parte de uma ação de Extensão Rural e Social continuada que tem sido realizada desde o primeiro semestre deste ano no município de Montenegro. 

Trata-se, na realidade, de um trabalho pioneiro de manejo reprodutivo dos animais na região do Vale do Caí, com vistas a empoderar os agricultores para futuras tomadas de decisão no que diz respeito ao gerenciamento das propriedades, explica o extensionista da Emater/RS-Ascar Gustavo Krahl Vargas.

O atendimento é feito a produtores de bovinos de leite e de corte, sendo em ambos os casos realizado o diagnóstico reprodutivo dos animais e adotada a tecnologia conhecida como Inseminação Artificial em Tempo Fixo (Iatf), que, aliada ao acasalamento, representa uma melhoria do manejo como um todo. No caso das propriedades leiteiras, a ferramenta busca regular o intervalo entre partos, o que permitirá um escalonamento entre as parições. Nesse caso, devemos levar em conta o fato de que o bovinocultor de leite precisa manter certo padrão de produção durante todo o ano, salienta Vargas.

Além dessa uniformidade possibilitada pela redução do intervalo entre partos  o processo fica melhor sincronizado, a opção pelo sêmen de touros melhoradores, também conhecidos como provados, possibilitará a elevação no volume de leite produzido, com menos custos. De acordo com o extensionista, por reduzir o intervalo entre partos, o manejo reprodutivo também tem reflexo na vida produtiva dos animais. Isso, aliado a outras ações, como ajuste de dieta e cuidados com a higiene, resultará também em mais qualidade, explica.

No caso dos bovinocultores de corte, o Iatf possibilita estabelecer uma temporada reprodutiva, formando lotes de terneiros com idades e tamanhos mais uniformes. Essa sincronização e indução ao cio permitem que as vacas com cria ao pé sejam cobertas com sêmen de touros melhoradores ainda no início da estação de monta, o que eleva a taxa de prenhez, reduz o intervalo entre partos e padroniza o rebanho, observa Vargas. Outra vantagem para os criadores de corte é poder melhorar a genética, a partir do uso de raças mais apreciadas por criadores de terneiros, caso das europeias Angus e Hereford, além das sintéticas Brangus e Braford, buscando o melhor do peso dos animais, bom desenvolvimento e qualidade da carne.

Neste primeiro ano de atividades são atendidas cerca de dez famílias de agricultores das localidades de Muda Boi, Pesqueiro, Costa da Serra, Bom Jardim e Nova Estação, mas é um trabalho que certamente será ampliado para outros pecuaristas interessados nestas tecnologias, destaca o extensionista.

Uma das produtoras envolvidas nesta atividade é a jovem bovinocultora de leite Raquel Carolina Schu, da localidade de Bom Jardim. Com um rebanho de 32 vacas em lactação, espera melhorar a conformação e sanidade dos animais, o que também terá reflexo no volume de leite produzido. Além da possibilidade de ter, futuramente, animais mais fortes, mais longevos, mais férteis e com menos doenças, afirma a agricultora, que pretende continuar na atividade.

Mais informações podem ser obtidas no Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar, que atua em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Governo do Estado. (Página Rural)

EUA aprovou US$ 6,8 bi pra produtores afetados por Covid-19; US$ 1,3 bi para produção de leite

A Agência de Serviços Agrícolas (FSA, na sigla em inglês) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aprovou até agora US$ 6,819 bilhões em pagamentos a produtores rurais afetados pela pandemia de Covid-19, de acordo com dados atualizados pela FSA na segunda-feira. A ajuda financeira total disponível é de US$ 16 bilhões.

Desde 26 de maio, a agência recebeu mais de 629 mil solicitações de ajuda. Até agora, a FSA aprovou pagamentos a mais de 499 mil produtores. Estes receberão 80% de seu pagamento total máximo após a aprovação do pedido. A parcela restante será paga posteriormente.

Do montante total aprovado até agora, US$ 1,794 bilhão foi para lavouras não especiais (soja, milho, algodão, etc.), US$ 269,6 milhões para lavouras especiais (frutas, vegetais, castanhas, cogumelos), US$ 3,442 bilhões para criadores de bovinos, suínos e ovinos e US$ 1,312 bilhão para produtores de lácteos. (As informações são do Estadão)

                

 
PIB do agro
De acordo com informações da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o resultado foi puxado principalmente pela atividade primária (dentro da porteira), que teve expansão de 11,67% nos cinco primeiros meses de 2020, por conta da alta de preços e da estimativa de aumento da produção. Nos outros segmentos da cadeia global do agronegócio, os serviços registraram alta de 4,51%, enquanto os insumos subiram 1%. A agroindústria foi o único a ter queda no acumulado, de 0,24%. No desempenho mensal, o PIB do agronegócio apresentou elevação de 0,78% em maio deste ano na comparação com o mesmo mês de 2019, com resultado positivo para os setores primário (3,08%), serviços (0,49%), insumos (0,17%) e recuo da agroindústria (-0,68%), reflexo dos impactos negativos da Covid-19, especialmente sobre a indústria agrícola. A alta de preços foi um dos fatores que impulsionou o PIB tanto da agricultura quanto da pecuária. No ramo agrícola, o crescimento foi de 2,51% nos cinco primeiros meses deste ano frente ao mesmo período de 2019. Destaque mais uma vez para o setor primário, com expansão de 15,17%. Milho, café, cacau, arroz, soja e trigo, todos com elevações superiores a 15% nos preços, foram as culturas que mais se destacaram. Na parte de produção, as maiores estimativas de safra são para: algodão, arroz, cacau, café, feijão, laranja, milho, soja, trigo e madeira para celulose.  (Agrolink)
 
 

 

 

Porto Alegre, 05 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.278

Governo deverá levar auxílio até final do ano

A equipe econômica está trabalhando mais uma vez com a possibilidade de estender o auxílio emergencial. Agora a ideia é levá-lo até o final do ano. A iniciativa que volta à discussão estaria relacionada com a demora do governo em providenciar um programa permanente de renda, o que seria inicialmente sanado com o Renda Brasil, que segue apenas como proposta por enquanto. Analistas também avaliam que o presidente Jair Bolsonaro já estaria pensando em reeleição, e por isso estaria incentivando sua equipe a voltar ao tema da ampliação por mais meses. 

O benefício que começou com três parcelas de R$ 600 hoje tem cinco, mas para evitar que o rombo nas contas públicas neste ano alcance R$ 1 trilhão, a ideia do governo é negociar com o Congresso um valor menor que os R$ 600, entre R$ 200 e R$ 300. Entretanto, para modificar o valor é preciso o aval dos parlamentares, já que a lei que criou o benefício até pode ter validade para o pagamento do benefício até o fim do ano, mas teria que ser a mesma quantia de R$ 600. Como a ideia é reduzir, seria necessária a negociação no Legislativo. 

Ainda sobre o auxílio emergencial e para quem já tinha feito solicitação, o governo federal anunciou ontem que o site da Dataprev também receberá requerimentos de contestação para quem teve o pedido negado. Segundo informou nota do Ministério da Cidadania, a plataforma é ideal para quem teve o acesso negado por razões cadastrais ou para aqueles que pretendem fazer o requerimento após a atualização dos dados pessoais. Entre outros exemplos de quem deve procurar o serviço estão cidadãos que completaram 18 anos recentemente, aqueles que foram servidores públicos ou militares e perderam vínculo, ou ainda novos desempregados que não tenham acesso a outros programas sociais como o seguro-desemprego. De acordo com dados da Caixa Federal, 438,5 mil cadastros estão em fase de reanálise. Até o lançamento da nova ferramenta a solicitação podia ser feita pelo site da Caixa, pelo aplicativo “Caixa Auxílio Emergencial” e também por solicitação via Defensoria Pública da União (DPU). (Correio do Povo)

            

Leite/Oceania
Fontes australianas relatam que as atuais projeções para o preço do leite melhoraram, possibilitando melhores rendimentos para os produtores. As incertezas estão por conta das chuvas. 

No mês de junho a Austrália registrou precipitações abaixo da média, e os produtores de leite fazem as contas para o verão.

Mantido o atual cenário a lucratividade estará comprometida. As previsões meteorológicas de julho a setembro apontam para chuvas menos favoráveis, dadas às condições do Oceano Índico, o que poderá elevar os custos. Assim, como sempre acontece, as incertezas no início da temporada são particularmente estressantes.    

Na Nova Zelândia também existe alguma preocupação sobre o desenvolvimento da próxima temporada. Até o momento o tempo está sendo favorável ao crescimento das pastagens e produção de leite. Ainda assim, alguns observadores expressam suas incertezas sobre as possíveis mudanças do tempo, o que poderá impactar tanto na produção como nos preços.

Os efeitos macroeconômicos do Covid-19 são aspectos discutidos entre os analistas, e que podem impactar na demanda. Alguns bancos regionais que apoiam o setor agropecuário observam de perto o desenvolvimento do ambiente econômico. Essas incertezas dificultam qualquer projeção a partir da Nova Zelândia, um país que cujo setor lácteo é completamente dependente das exportações. Projetar o futuro em diversos outros mercados é bem mais desafiador, do que quando o consumo de sua produção é doméstico e perto de casa. Alguns observadores questionam a recente volatilidade dos preços das commodities lácteas, se elas não seriam uma resposta de compradores e vendedores às incertezas de um futuro próximo. Até agora, porém, a maioria dos produtores vêm com otimismo o aumento de preço neste início de temporada.    (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

CNA debate alternativas de exportação indireta
Uma live promovida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), na segunda (03), debateu os processos que o produtor precisa conhecer para vender seus produtos no mercado internacional.

A live contou com a participação de consultores do Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (Ceciex) e de uma empresária que tem experiência no assunto.

"É muito importante se preparar, conhecer os níveis de exigência de cada público, a cultura do país e se adequar à legislação desse país", afirmou Letícia Feddersen, dona da Soul Brasil, empresa que comercializa produtos como geleias, molhos de pimenta e de frutas com vinagre para diversos países.

O consultor em comércio exterior, Maurício Manfré, destacou as vantagens do apoio de uma comercial exportadora e de um produto de qualidade para conquistar clientes no exterior.

"O produtor tem a expertise de produzir alimentos, uma empresa como essa tem em vender para o mercado externo. Ao juntar essas expertises, é possível conquistar um maior número de clientes, porque uma comercial exportadora ou trading, não é uma atravessadora, mas uma parceira que pode ajudar o produtor devido à experiência no mercado internacional", disse.

Manfré explicou, por exemplo, que o Oriente Médio tem interesse nos produtos brasileiros e é um mercado com grande potencial para vendas. "A exportação agrega valor ao produto."

A empresária Letícia Feddersen ressaltou a importância também de se investir na comercialização online para ser visto por esse público. "Exportação é uma maneira de aprender. A cada dia eu aprendo algo novo. Minha mensagem para os produtores é que é possível sim, exportar. Não é porque você é pequeno que não pode. O dólar está favorável, o mundo precisa de novos negócios e tem multicanais para isso."

Para a presidente do Ceciex, Damares Costa, através de um parceiro que o produtor confie há possibilidades reais de crescimento, "não apenas em um ou dois mercados, mas no mundo todo." Segundo ela, a empresa comercial apenas operacionaliza a exportação e o produtor não perde nenhum dos seus incentivos. "Por isso peço que todos os produtores olhem para o mercado externo com carinho."

O assessor técnico da Superintendência de Relações Internacionais da CNA, Rafael Gratão, conduziu o debate e afirmou que a exportação indireta pode facilitar os processos administrativos, logísticos e aduaneiros para o produtor que encontrou uma oportunidade comercial no exterior.

"Temos o programa Agro.BR que foca na internacionalização do agro brasileiro. O produtor que quiser conhecer e se inscrever no programa, basta acessar nosso portal cnabrasil.org.br/agrobr."

Assista todo o debate sobre exportação indireta clicando aqui. (CNA)

                

 
Rabobank: Demanda/China
O Índice de preços do Global Dairy Trade caiu 5,1%, levantando suspeitas de que a demanda da China pode está em declínio e os estoques completos. O leite em pó integral foi o mais atingido, com queda de 7,5% e comparação com o evento de duas semanas atrás. Esta foi a maior taxa de queda do produto desde março de 2017. Sendo essa a maior queda desde de dezembro passado, o Rabobank questiona acerca da estabilidade da demanda da China pelos produtos lácteos da Nova Zelândia. A demanda pareceu firme durante o lockdown mas, a demanda para os serviços de alimentação e retalho caíram em junho. Isso sugere que o que parecia uma demanda liderada pelo consumo, na verdade foi alteração no planejamento dos negócios de algumas empresas que procuraram recompor seus estoques para garantir a segurança alimentar. O Rabobank alerta que a combinação do aumento da produção doméstica e a demanda mais fraca pode diminuir as compras chinesas de lácteos. Outro fator a ser observado é a retração da economia dos Estados Unidos e da Europa. Os preços do queijo nos EUA caíram em queda livre e o leite em pó desnatado também. “O último GDT não marca necessariamente o fim da sustentação dos preços dos lácteos da Nova Zelândia, mas, está comprovando a visão do Rabobank de que o caminho de agora em diante será muito acidentado.  (Stuff – Tradução livre: Terra Viva)
 
 


Compartilhe nas redes sociais

Descadastre-se caso não queira receber mais e-mails.

 

Porto Alegre, 04 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.277

Comissão da reforma tributária retoma trabalhos; Guedes será ouvido na quarta

A Comissão Mista Temporária da Reforma Tributária retomou suas atividades nesta sexta-feira (31) após mais de quatro meses de suspensão provocada pela pandemia de covid-19. O presidente da comissão, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), reiniciou os trabalhos comunicando que o ministro da Economia, Paulo Guedes, será ouvido na quarta-feira (5), às 10h. As reuniões são feitas remotamente, por videoconferência entre deputados federais e senadores.

Para Roberto Rocha, a reforma tributária é uma ferramenta indispensável para que o país volte para o caminho do desenvolvimento econômico e da geração de emprego e renda, especialmente depois dos efeitos negativos causado pelo coronavírus. Na opinião dele, o sistema tributário brasileiro é “um verdadeiro pandemônio tributário”. O presidente pediu apoio a todos os deputados e senadores que integram ou não a comissão mista.

Após iniciar a reunião, Roberto Rocha passou a condução do debate para o vice-presidente do colegiado, o deputado federal Hildo Rocha (MDB-MA), que passou a palavra inicialmente para o relator da comissão mista, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). 

O relator disse que a comissão terá de debater as PECs 110/2019 (do Senado) e 45/2019 (da Câmara), além da proposta do governo federal, cuja primeira parte  foi entregue há 10 dias ao Congresso Nacional. Para ele, os parlamentares têm o desafio de avançar “nesse debate complexo” pensando no cenário pós-pandemia. Aguinaldo Ribeiro disse acreditar que a reforma tributária vai ajudar o país a aumentar o PIB ano após ano. Em sua opinião, a reforma tributária tem que simplificar o sistema e torná-lo mais justo e transparente, o que dará segurança jurídica e confiabilidade ao Brasil.

Ribeiro disse que o Congresso tem que buscar uma reforma ampla que traga mudanças estruturais, pois o Brasil tem uma concentração de renda extrema e enorme desigualdade social. Ele acrescentou que a reforma precisa proporcionar mais equilíbrio fiscal, alavancar a geração de emprego e renda e ajudar a combater as mazelas sociais do país.

— Não basta a simplificação tributária, tem que haver mudanças estruturais que reduzam custos e preços e proporcionem crescimento econômico — salientou o relator.

"Justiça tributária"
O senador Major Olimpio (PSL-SP), primeiro vice-relator da comissão, afirmou que esse colegiado terá um papel fundamental para a história do Brasil. Ele disse que a discussão sobre uma reforma tributária vem desde 1988 e afirmou que o Parlamento não deseja aumentar a carga tributária.

A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) disse concordar com a simplificação e a unificação tributária, mas afirmou que a “a justiça tributária é mais importante”. A senadora acrescentou que “os mais pobres do país são os que mais pagam tributos”. Em sua avaliação, a reforma tem que taxar a distribuição de lucros e dividendos e as grandes fortunas, além de reduzir a carga tributária do consumo e reformular a tabela do imposto de renda.

Por sua vez, o senador Wellington Fagundes (PL-MT) afirmou que as empresas brasileiras estão sobrecarregadas de tributos e de burocracia. Ele defendeu uma reforma tributária que promova distribuição de renda e justiça tributária e simplifique o país. Ele afirmou que as micro e pequenas empresas são as maiores geradoras de emprego do país, mas sofrem com a alta carga tributária e a burocracia.

O senador Angelo Coronel (PSD-BA) disse que os empresários brasileiros pagam muito impostos, o que atravanca a geração de empregos. Ele defendeu a redução da carga tributária dos setores industrial e comercial.

— Os empresários não são os vilões. Tem que reduzir a carga tributária do empresário e do consumidor. Não dá para desafogar o consumidor e deixar a empresa afogada — opinou Angelo Coronel.
"Sustentabilidade fiscal"

Para o senador José Serra (PSDB-SP), o foco do Congresso não deveria se apenas a reforma tributária, mas sim, principalmente, equacionar o orçamento público à nova realidade trazida pela pandemia, fazendo uma profunda revisão qualitativa dos gastos públicos. Ele disse que o país precisa de sustentabilidade fiscal e econômica a longo prazo, sem penalizar os mais pobres, e um ousado programa de revisão de gastos públicos.

— Teremos que acomodar maiores gastos sociais e maiores investimentos, e só faremos isso sem o aumento da carga tributária se nos dedicarmos a avaliar, repensar e aperfeiçoar nossas políticas e programas públicos, não tem outra saída — disse Serra.

Já o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) opinou que a reforma não pode ser feita apenas dos pontos de vista arrecadatório ou da justiça social. Todo imposto é repassado aos custos das empresas e recaindo sobre o consumidor, disse.

— É claro que é desejável que quem ganha mais pague mais e quem ganha menos pague proporcionalmente menos, mas a maior justiça social que se pode ter é um país crescendo, é um país criando empregos e gerando riquezas. Além do imposto ser progressivo, além de ter alguma justiça social, que seja um sistema tributário simples, que não aumente o tamanho da carga tributária e que seja amigável a quem quer empreender e gerar empregos e riquezas — afirmou Oriovisto.

Também participaram da reunião os deputados Luiz Miranda (DEM-DF), Alexis Fonteyne (Novo-SP), Afonso Florence (PT-BA), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), Mauro Benevides Filho (PDT-CE), Hugo Leal (PSD-RJ) e Angela Amin (PP-SC). (Agência Senado)

 
            

Gdt – Global Dairy Trade

Aftosa: auditoria para retirar vacinação no Rio Grande do Sul começa nesta 3ª

Equipe do Ministério da Agricultura vai avaliar cumprimento de apontamentos levantados no ano passado, que incluem aquisição de veículos e contratação de pessoal para inspetorias

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Rio Grande do Sul se prepara para receber auditores do Ministério da Agricultura em mais uma etapa para a obtenção do status de zona livre de febre aftosa no estado. Os técnicos irão avaliar o cumprimento de 18 apontamentos levantados no ano passado, como a aquisição de 72 veículos para fiscalização e contratação de 150 auxiliares administrativos para atendimento nas inspetorias de defesa agropecuária.

“A montadora vencedora da licitação dos veículos já está enviando o cronograma de entrega, e o pregão para contratação de pessoal deve abrir as propostas nesta terça. Devemos ser bem avaliados porque o ministério vai comprovar que o governo estadual fez todos os movimentos necessários para a conquista da retirada da vacinação contra a aftosa”, afirma o secretário de Agricultura do estado, Covatti Filho.

Durante os próximos dois dias, a secretaria vai revisar com o ministério cada apontamento levantado pela auditoria anterior e também o plano estratégico para retirada da vacinação contra a febre aftosa.

“Na verdade são duas auditorias em uma. Ela será virtual, junto com o pessoal de Brasília e a superintendência regional do ministério no estado. Já carregamos uma série de documentos num drive que eles estão acompanhando e, a partir de amanhã, vamos repassar juntos item a item”, detalha a diretora de Defesa Agropecuária da secretaria, Rosane Collares.

De acordo com o governo gaúcho, uma pré-avaliação do ministério realizada no início de julho teria indicado que o atendimento às exigências está com andamento “bastante adequado e em fase final de atendimento”.

Status sanitário: A auditoria final também vai considerar o pleito para evolução de status sanitário junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). “Acredito que o relatório do ministério deve sair muito rápido, porque temos prazos nacionais e internacionais que precisamos cumprir para dar andamento no processo de evolução de status sanitário”, diz Rosane Collares. (Canal Rural)
                

 
Apex divulga calendário de feiras de alimentos e bebidas para 2021 com 15 eventos de referência no setor
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vão organizar a participação brasileira em 15 feiras internacionais de alimentos e bebidas em 2021. São eventos de referência no setor, que oferecem oportunidades de negócios em diversas regiões do mundo. Por meio de um calendário unificado, as empresas poderão selecionar os eventos mais interessantes para seu negócio e se inscrever. Conheça aqui as feiras e seus respectivos regulamentos clicando aqui. (Terra Viva)
 

 

 

 

Porto Alegre, 03 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.276

ARGENTINA: Classificação da indústria de laticínios 2019/2020
Todas as empresas que processaram mais de 100.000 litros de média diária de leite no período entre 1 de julho de 2019 e 30 de junho de 2020 foram tomadas para preparar o ranking.De acordo com a pesquisa industrial de 2018 realizada pela Diretoria Nacional Láctea, das 670 indústrias pesquisadas, cerca de 47 indústrias processadas na época, mais de 100.000 litros de leite por dia.
Por questões de sigilo estatístico, não é possível obter as informações do DNL - MAGyP, referentes aos litros processados por cada setor, e também não é possível, por razões de defesa da concorrência, recorrer a esses dados através das respectivas câmaras de negócios. . Portanto, a OCLA passou a solicitar a cada uma das empresas que tivéssemos a possibilidade de contato (34), os dados referentes ao volume de leite processado.
Abaixo está o ranking das empresas que foram solicitadas e concordaram em fornecer:
 
Observações e informações complementares :
• Consideramos que o ranking também deve incluir o Valor total do faturamento industrial e o Faturamento por litro de leite processado, que tentaremos incorporar em nossa próxima publicação.
• Na Argentina, no período analisado, o faturamento médio industrial foi de US $ 0,53 / litro de leite.
• Esse valor, por exemplo, para o ranking das 20 maiores indústrias de laticínios do mundo é próximo a US $ 1,00 / litro de leite (IFCN-2018). Uruguai em 2019/2020: US $ 0,53 / litro, considerando que as exportações representam 70% do destino comercial de litros de leite processado (INALE), quando na Argentina representam 20%.
• Para medir o nível de concentração industrial, é usual o uso do Índice Cr4: quanto processam as quatro principais empresas.
• A principal empresa da Argentina (Cr1) processa 12% do leite total, cujo valor nos principais países leiteiros do mundo é da ordem de 35%.
• O Cr4 atinge 32% na Argentina, quando no mundo dos laticínios as quatro maiores empresas processam mais de 75% da produção total.
• Esses números mostram uma grande atomização no processamento de leite na Argentina.
• Nas dez principais indústrias, 37% são processadas por empresas multinacionais (com sede em outros países).
• O sistema cooperativo para processamento de leite representa 5% (quase 50% do leite processado nos principais países leiteiros do mundo é através de cooperativas). Deve-se notar que, como um setor de produção primária, as cooperativas concentram na Argentina cerca de 26% da produção total de leite.
• Em meados dos anos 90, o Cr1 era de 18%, o Cr4 de 50% e as cooperativas possuíam 25% do leite total produzido na Argentina. 
Aspecto metodológico: considera-se leite processado o que cada indústria costuma comprar de terceiros (recebe, no caso de cooperativas), a produção própria e o leite proveniente de indústrias fora do ranking para compras temporárias.  (OCLA – Tradução livre: Sindilat/RS)
             

Hábito de cozinhar em casa aumenta vendas e resultados de cooperativa gaúcha

Faturamento da Piá cresceu 8,5% no primeiro semestre

Com forte aumento nas vendas de requeijão, manteiga, nata, doce de leite, usados nas receitas que os gaúchos tiveram de aprender a fazer em casa, o faturamento da Cooperativa Piá, de Nova Petrópolis, subiu 8,5% no primeiro semestre.

Jeferson Smaniotto, presidente da Piá, contou à coluna que o produto mais vendido foi o requeijão na embalagem de 400 gramas, lançada no ano passado como opção à de 180 gramas, mais comum.

– O aumento nas vendas desse requeijão foi o mais que mais espantou. Com as famílias em casa, e na cozinha, o consumo em 400 gramas explodiu – relatou, detalhado que o salto chegou a 28% nesse tipo de embalagem.

Conforme Smaniotto, a Piá tem se focado na contínua profissionalização da gestão e na melhoria dos resultados financeiros. A partir de março, detalha, houve necessidade de adaptação aos efeitos econômicos da pandemia. Ocorreram mudanças nos setores administrativo-financeiro e comercial-marketing. O objetivo foi diversificar produtos, com investimentos em máquinas e equipamentos.

Na última década, a Piá acumula investimentos de R$ 95 milhões em estrutura física. Agora, quer colher os resultados dessa aposta cautelosa, mas também ousada. O próximo passo será um reforço na linha de sobremesas e nos leites vitaminados, mas Smaniotto afirma que ainda neste ano a cooperativa vai dar um passo importante na sua trajetória, que prefere não revelar porque alerta a concorrência. (Zero Hora)

Leite/Europa
Observadores do setor lácteo da Europa Ocidental avaliam que os custos da alimentação animal estão mais razoáveis. As recentes chuvas ajudaram no crescimento das pastagens, e o otimismo em relação à produção de leite aumenta.

A produção de leite na União Europeia (UE) no mês de maio de 2020 foi 0,4% maior do que a registrada em maio de 2019, de acordo com a Eurostat. De janeiro a maio de 2020 a produção foi 1,3% acima da verificada no mesmo período do ano passado. As variações nos principais países produtores na mesma comparação foram: Alemanha (+1,1%); França (+0,9%); Holanda (+2,4%); Itália (+3,15); e Reino Unido (+0,9%).

O mercado de queijos na Europa Ocidental ficou estável e a produção por países entre janeiro e maio de 2020, em relação ao ano anterior registraram as seguintes variações: Alemanha (+2,5%); França (-0,8%); Holanda (-3%); Itália (-0,3%); e Reino Unido (+0,1%). No mês de maio, o aumento na UE foi de 2,2% quando comparado com maio de 2019.

As vendas de queijo no mercado varejista estão boas. Os pedidos estão constantes. A demanda de exportação está sendo bem atendida. Muitos contratos previstos para o final de 2020 permanecem em negociação. Existe divergência de desempenho em relação aos estoques de queijos curados nas indústrias. Algumas relatam estoques suficientes e outras, avaliam que estão com estoques baixos.  

As exportações de queijos entre janeiro e maio de 2020 caíram 3,7% em relação a janeiro-maio/2019. Os principais destinos nos primeiros quatro meses do ano, em volume e percentual foram: Reino Unido, 138.047 toneladas (31,9%); Estados Unidos, 38.165 toneladas (8,8%); e Japão, 35.110 toneladas (8,1%).  primeiro trimestre de 2020
 

A produção de leite na Polônia em maio de 2020 foi 1,8% superior à registrada em maio de 2019. De janeiro a maio de 2020 a produção total ficou 1,7% acima do volume captado entre janeiro e maio de 2019. A produção de algumas commodities lácteas na Polônia, entre janeiro e maio de 2020 em comparação com o mesmo período de 2019, foram: queijo (+4,4%); manteiga (+10,2%); leite em pó desnatado (-1,7%); e leite em pó integral (-0,1%).

A produção de leite na República Checa no mês de maio foi 3,7% maior do que a de um ano antes, e de janeiro a maio de 2020, o volume foi 4,5% superior ao verificado entre janeiro e maio de 2019. A produção de commodities lácteas na mesma comparação foram: queijos (+8,7%); manteiga (+3,3%); leite em pó desnatado (+8,3%); e leite em pó integral (-9,1%). (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


                

 
Piracanjuba Health & Nutrition faz doação do IMUNODAY para celebrar o Dia Nacional de Saúde
O Dia Nacional da Saúde carrega uma importante mensagem: a data de 5 de agosto é dedicada à conscientização acerca do valor da saúde. Paralelo a esse objetivo, a Piracanjuba Health & Nutrition também incentiva o cuidado com o bem-estar e o fortalecimento da imunidade e, assim, lançou o IMUNODAY, ideal para aumentar as defesas do organismo. Para celebrar a data, a marca promoverá a experimentação do produto, que conta com 23g de beta-glucana de levedura, é rico em vitaminas C, B12 e D, não tem glúten e é zero açúcar. Por meio de uma parceria com a Rede RD - das farmácias Drogasil, DrogaRaia e Onofre - os consumidores paulistas poderão receber o IMUNODAY em casa, gratuitamente. Para isso, basta acessarem www.drogasil.com.br no dia 5 de agosto, escolher o produto no sabor Chocolate Zero Lactose e adicionar o código IMUNODAY na página de pagamento, que debitará apenas R$ 0,01 do comprador, como forma de bonificação. “Diante da celebração do Dia Nacional de Saúde, especialmente nesses tempos em que a imunidade tem papel salutar na manutenção da saúde, a ação tem o objetivo de presentear consumidores de qualquer idade e promover a degustação do IMUNODAY. Os interessados poderão requerer o produto de forma on-line e com direito à entrega gratuita”, comenta a Gerente de Marketing, Lisiane Guimarães. A ação durará um dia, reforçando a comemoração de 5 de agosto ou, enquanto durarem os estoques. Serão milhares de unidades do IMUNODAY sendo doadas aos consumidores. Os códigos de desconto serão limitados a um para cada CPF, dando a oportunidade de que várias pessoas tenham a oportunidade de conhecer IMUNODAY, a dose diária de imunidade. (As informações são da Piracanjuba)
 

 

 

  

Porto Alegre, 31 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.275

EMATER/RS: recuperação dos índices de produção com melhora das condições climáticas

Durante a semana, as condições climáticas permitiram o uso das pastagens cultivadas com melhor qualidade e sem maiores limitações, refletindo em recuperação nos índices de produção de leite. O rebanho apresenta recuperação do escore corporal e ganho de peso em virtude da maior oferta de volumoso, oriundo de pastagens de aveia, azevém, trigo, trevo, cornichão, entre outros. 

A maior oferta de volumoso exige atenção do produtor e ajustes nos níveis proteicos dos alimentos concentrados, pois a elevada qualidade nutricional das pastagens de inverno reduz a necessidade de suplementação volumosa e proteica nos rebanhos que consomem grande quantidade de forragem no pasto. A produção de leite continua melhorando, agora sem as limitações impostas pelo excesso de umidade no solo e pelas temperaturas baixas que afetavam o desempenho das pastagens e causavam estresse nas matrizes. A qualidade do leite melhorou com a diminuição das chuvas na semana. 

O estado nutricional do rebanho permanece satisfatório na maioria das regiões, observando-se recuperação na condição corporal das fêmeas jovens – categoria mais prejudicada durante os meses de estiagem. Em geral, o gado está com boa sanidade, pois, com as geadas já registradas, diminuiu bastante a incidência do carrapato e da mosca. É bom o desenvolvimento de lavouras de cereais de inverno para ensilagem, sobretudo trigo, implantadas a fim de aumentar a disponibilidade de massa para os rebanhos. 
Nos municípios onde a temperatura é mais alta, bovinocultores começam o preparo para implantar as lavouras de silagem de milho, com aquisição dos insumos, retirada do gado e dessecações das lavouras. (As informações são da EMATER/RS)

 
             

Leite/América do Sul

A produção de leite no Brasil aumenta levemente. A temperatura amena melhora o desempenho produtivo das vacas leiteiras e ajuda no desenvolvimento de pastagens em diversas bacias leiteiras. 

No entanto, o volume de leite fornecido tem sido insuficiente para atender à forte demanda da indústria nacional de processamento de alimentos. Em decorrência disso o preço ao produtor aumentou nas últimas semanas. Da mesma forma, o leite no mercado spot continua crescendo. O leite disponível vai para um intenso processamento de queijo e leite UHT. Com o aumento de casos de Covid-19, as vendas de queijos para os serviços de alimentação e hotelaria continuam fracas. No entanto, de acordo com setores industriais, os preços de queijo deverão crescer no curto prazo, já que os estoques do setor varejista estão baixos, e a demanda dos consumidores deverá ser recuperada muito em breve.

Na Argentina e no Uruguai, a produção de leite está sazonalmente em crescimento. A oferta de leite tem sido suficiente para as necessidades de processamento. Em algumas áreas urbanas e rurais com baixos casos de Covid-19, restaurantes e pizzarias estão abrindo lentamente, o que vem beneficiando indústrias queijeiras regionais. No varejo, as vendas de produtos lácteos estão caindo significativamente dada à contração geral da economia causada pela pandemia. Além disso, os consumidores fizeram estoques suficientes no início do confinamento, resultando em menos compras nos supermercados.

No entanto, está havendo registro do aumento dos casos de coronavírus, e muito provavelmente haverá aumento da demanda de leite UHT, queijo, e iogurte no curto prazo. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

  

Exportações argentinas de lácteos cresceram 20% em junho
A Argentina exportou 148.743 toneladas de produtos lácteos em junho, no valor de US$ 467,4 milhões, segundo dados do INDEC divulgados pela Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla).

O volume é 21,6% superior ao mesmo mês do ano passado, enquanto o valor cresceu em uma proporção maior, 29,7%, devido a uma melhora no valor médio das exportações.

Quase metade do que foi exportado (49,3%) foi leite em pó, 22,9% foram queijos em suas diferentes formas e 18,7% foram o restante dos produtos (doce de leite, manteiga, óleo butírico, soro de leite, etc.)

O Ocla disse que, em litros equivalentes de leite, as exportações representaram 22% da produção total no primeiro semestre (18% no ano passado), absorvendo 250 milhões de litros adicionais de leite no mesmo período do ano passado.  (As informações são do Tardáguila Agromercados, traduzidas pela Equipe MilkPoint)


                

 
Consórcios de laticínios adquire unidade da Nestlé de Palmeira das Missões
Um ano após o fechamento, aconteceu a aquisição da unidade da Nestlé pelo Consórcio de Laticínios da Região, formado pelas empresas: Friolack – Chapada,  Mandaka - Nova Boa Vista, - Doceoli - Santo Cristo Frizzo – Planalto - São Luís – Marau - kiformaggio – Nonoai - Paladar – Guaporé - Stefanello - Rodeio Bonito. A aquisição foi oficializada no início do mês de julho. O Consórcio está elaborando o plano de investimento e que será apresentado nos próximos meses a comunidade de Palmeira em evento específico. No momento da apresentação do plano, a EMPRESA vai informar o volume de investimentos, os produtos a serem produzidos e os empregos que serão gerados para Palmeira e Região. O que podemos adiantar é que vai ser uma das maiores e mais modernas fábricas de secagem de soro de leite do Brasil. Além disso outros produtos serão beneficiados na unidade. O que com toda certeza é uma ótima notícia para comunidade Palmeirense. (Por Sid Farias Jornalismo RP)
 
 

 

 

 

Porto Alegre, 30 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.274

Mapa define identidade e requisitos de qualidade para cream cheese, provolone, queijo minas meia cura e sobremesa láctea
Foi publicado nesta quarta-feira (29) no Diário Oficial da União as Instruções Normativas que definem a identidade e qualidade do queijo provolone, queijo minas meia cura, cream cheese e sobremesas lácteas. 
Acesse abaixo as Instruções Normativas: 
 
(Diário Oficial da União – DOU)
             

Agro foi setor que menos perdeu empregos no RS

Dados do Caged mostram fechamento de 194 vagas no Estado e abertura de 62.633 no país durante o primeiro semestre deste ano

Números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério da Economia nesta semana mostram que a agropecuária foi o setor que menos perdeu empregos formais no primeiro semestre no Rio Grande do Sul. Embora o saldo tenha sido negativo, de 194 vagas com carteira assinada, levando-se em conta a diferença entre as 18.605 admissões e os 18.799 desligamentos, a redução foi menor que a dos demais grupos de atividades econômicas (comércio, serviços, indústria e construção), que fecharam 94.296 vagas. No país, o agro terminou o semestre com saldo positivo de 62.633 mil vagas formais (437.999 admissões e 375.366 desligamentos).

O pesquisador do Departamento de Economia e Estatística (DEE), da Secretaria Estadual de Planejamento, Orçamento e Gestão, economista Rodrigo Feix, avalia que o emprego no setor da agropecuária no Estado seguiu um comportamento semelhante ao dos anos anteriores. No início do ano, contratou mais, em função da colheita da uva e da maçã e apoio à safra de grãos de verão, enquanto que a partir de março ocorreu a desmobilização desta mão de obra. “Mesmo com a pandemia, a produção agrícola seguiu o seu curso, até porque as decisões já estavam tomadas”, observa.

Feix explica ainda que as áreas de alimentos e higiene foram as menos impactadas durante a pandemia, no Brasil e no mundo. “Com menor poder aquisitivo, as famílias cortam outras coisas, mas continuam comprando alimentos”, explica. O economista lembra ainda que o Rio Grande do Sul enfrentou os prejuízos causados pela estiagem. “Estes dois pontos – demanda por alimentos e quebra de safra – se contrabalançaram e os empregos da agropecuária foram os menos impactados”, avalia. Para o segundo semestre, prevê Feix, a tendência é de aumento dos desligamentos, por movimento sazonal. (Correio do Povo)

Preço do leite ao produtor é recorde para o mês de julho 

Valor subiu 16,1% na comparação com o mês anterior, informou o Cepea

O preço do leite ao produtor bateu recorde em julho, conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), vinculado à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP).

Neste mês, o preço pago ao produtor pelo leite captado em junho atingiu R$ 1,7573 por litro, conforme a média nacional calculada pelo Cepea.

Trata-se do maior valor registrado para um mês de julho e o segundo mais alto de toda a série histórica do Cepea, iniciada em 2004, atrás apenas da média de agosto de 2016, que foi de R$ 1,7751 por litro.

Em termos reais, a cotação é 16,1% maior em relação ao mês anterior e 25% frente ao mesmo período do ano passado.

Conforme o Cepea, a elevação nos preços se deve à maior competição entre as indústrias de laticínios para garantir a compra de matéria-prima em junho. A concorrência acirrada esteve atrelada à necessidade de se refazer estoques de derivados lácteos.

“Tipicamente, as indústrias empenham esforços nessa direção antes de abril, prevendo que a captação caia nos meses posteriores. Contudo, neste ano, as perspectivas negativas sobre o consumo nos médio e longo prazos diante da pandemia da covid-19 aumentaram o nível de incerteza em abril e diminuíram os investimentos das indústrias em estoques”, destacou o Cepea em nota.

Ancoradas em programas de auxílio emergencial, as vendas de lácteos se fortaleceram em maio e junho, reduzindo ainda mais os estoques e aumentando os preços dos derivados lácteos. A valorização foi de 17,7% no caso do leite UHT (longa vida), de 23% para a muçarela e de 10,9% no leite em pó.

A oferta restrita em junho resultou na disparada no valor do leite spot — comercializado entre indústrias. Na média de junho, o preço do leite spot em Minas Gerais ficou 45% acima do de maio, em termos nominais, chegando a R$ 2,28 por litro.

Apesar da entressafra no Centro-Oeste, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea registrou alta de 4,5% frente a maio na média nacional, puxado pelos aumentos de 10% no volume captado no Rio Grande do Sul, de 7% em Santa Catarina e de 7,4% no Paraná.

A maior captação no Sul está relacionada às melhores condições climáticas e também à ampliação do fornecimento de concentrado e silagem, estimulados pelos elevados patamares de preços do leite.
                

 
Queijo é + saúde
O presidente da ABIQ- Associação Brasileira das Indústrias de Queijo, Fábio Scarcelli, traz um recado muito importante incentivando o consumo de lácteos e seus benefícios à saúde. Mais queijo é mais saúde! Confira o vídeo clicando aqui. (Abiq/Terra Viva)
 

 

 

Porto Alegre, 29 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.273

 PR: Adapar atualiza regras para brucelose e tuberculose

Para melhor alinhar as exigências para identificação e saneamento de casos de brucelose e tuberculose em animais, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), publicou as portarias 154 e 157, de 17 de julho de 2020. 
Os documentos complementam a Resolução Estadual número 55 de 26 de junho de 2020, da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento.

A Resolução Estadual nº 55/2020 dispõe sobre novas regras de indenização de proprietários de bovinos e bubalinos com diagnóstico positivo para tuberculose. De maneira geral, ela estabelece que a adesão do interessado no modelo de indenização de proprietário de bovinos e búfalos é voluntária e deve atender as seguintes normas: o proprietário de animais positivos para tuberculose deverá encaminhá-los para um estabelecimento sob inspeção oficial (SIM, SIP ou SIF) e realizar o saneamento da propriedade para tuberculose, conforme legislação da Adapar.

Segundo a Resolução, nas propriedades com até dois animais diagnosticados como reagentes positivos para tuberculose, o proprietário ou responsável legal poderá, sem prejuízo da indenização, optar em sacrificá-los na propriedade rural ou encaminhá-los ao abate sanitário em matadouro com inspeção oficial, seguindo os protocolos da Adapar e dos órgãos ambientais. O requerimento de indenização poderá ser protocolado em qualquer núcleo regional da Secretaria em até 60 dias após o saneamento da propriedade.

A Portaria nº 154/2020 complementa a Resolução nº 55. Ela indica que a determinação do peso do animal vivo será realizada por Fiscal de Defesa Agropecuária da Adapar, acompanhado do proprietário do animal, ou seu representante, e do médico veterinário habilitado responsável pela realização do exame.

O matadouro deverá comunicar à Unidade Local de Sanidade Agropecuária (ULSA) o recebimento e abate dos animais positivos para tuberculose. A Guia de Trânsito Animal (GTA) deverá conter identificação e descrição obrigatória dos animais positivos para tuberculose, com a finalidade de “abate sanitário”.

A Portaria nº 157/2020 estabelece as normas para o saneamento de propriedade com bovino ou búfalo diagnosticado positivo para brucelose ou tuberculose. A partir da detecção do foco, o produtor deve identificar todos os bovinos e búfalos com dispositivo de identificação individual. 

Precisa também realizar exames nos demais animais da propriedade em até 90 dias do abate sanitário ou sacrifício do animal positivo. Todos os procedimentos devem atender as normas de bem-estar animal.

Baixar incidência - O diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, explica que, com estas medidas, o Paraná busca baixar a prevalência e incidência de brucelose e tuberculose.  “As normativas estão fundamentadas em estudos realizados pelo serviço veterinário oficial do Paraná e esfera federal”, diz Martins. Em 2018, foi realizado o último inquérito soro epidemiológico de brucelose e tuberculose, com resultados divulgados recentemente.

Medidas sanitárias - Desde 2002, com a implantação do Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PECEBT), o Paraná intensificou as medidas sanitárias para controle e posterior erradicação destas duas doenças.
As estratégias de controle incluem a obrigatoriedade da vacinação contra brucelose para bezerras entre 3 e 8 meses de idade e sua comprovação, realização de exames de diagnóstico para movimentação de animais com destino a reprodução e adesão voluntária a certificação de propriedades livres de brucelose e tuberculose.

Doenças - A brucelose e a tuberculose são doenças crônicas que geram prejuízos ao rebanho, como baixa na produtividade, abortamento, dificuldades respiratórias, entre outras. “As duas enfermidades são zoonoses, portanto as estratégias de combate precisam de atenção da população.

“A Adapar realiza comunicação imediata dos casos detectados em bovinos e bubalinos para as secretarias municipais e a Secretaria Estadual de Saúde”, explica o gerente de Saúde Animal da Adapar Rafael Gonçalves Dias. (Agrolink)

 
             

Piracanjuba comemora 65 anos de fundação
A Piracanjuba, empresa associada ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), comemorou nesta terça-feira (28/7), 65 anos de fundação. Considerada uma das quatro maiores indústrias de laticínios do Brasil, o grupo conta com sete unidades fabris, localizadas em Bela Vista de Goiás (GO), Governador Valadares (MG), Maravilha (SC), Sulina (PR), Araraquara (SP), Três Rios (RJ) e Carazinho (RS). Com mais de 160 itens na linha de produtos, a empresa possui capacidade de processamento de mais de 6 milhões de litros de leite por dia, produção que gera cerca de 3,2 mil empregos.

Os festejos de aniversário vieram acompanhados de uma grande conquista: a empresa foi uma das marcas mais escolhidas do Brasil em 2019. Uma pesquisa realizada pela Kantar, líder global em dados, insights e consultoria, colocou a Piracanjuba no oitavo lugar do ranking Brand Footprint, sendo 242 milhões de vezes escolhida pelos consumidores. O resultado positivo é fruto do desempenho da marca. "Temos a ciência de que trabalhar com seriedade e transparência rende posições relevantes", afirmou a gerente de marketing do laticínio, Lisiane Guimarães, após a divulgação da lista.

Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, ter no sindicato cases de sucesso mostra que o futuro do setor lácteo gaúcho necessita cada vez mais de competitividade. "O setor lácteo tem uma grande importância para a sociedade brasileira, através deles alimentamos as pessoas e geramos empregos. A Piracanjuba vem efetuando um trabalho fundamental para fomentar essa indústria", destacou. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Programa bonifica produtores no período de entressafra
Mais de 700 propriedades rurais recebem o bônus, cujo valor total pago ultrapassa os R$ 400 mil. Incremento da produção é de 1,385 milhão de litros

Finalizou no mês de junho o Programa Mais Leite Languiru na Entressafra 2020. O período tem apresentado melhores preços e a cooperativa visa compartilhar isso com o seu produtor, além de incentivar o aumento da produção, num intervalo de tempo em que, historicamente, ela se apresenta menor.

Conforme previsto no regulamento, no dia 29 de julho iniciou o pagamento do bônus referente aos meses de março, abril, maio e junho. O produtor recebe R$ 0,30 para cada litro que exceder 80% da média da entressafra em relação ao período da safra. É feita uma média do volume de leite entregue nesse intervalo e comparativo para verificar se a meta foi atingida.

Mais de 700 propriedades rurais recebem o bônus conforme preconizado pelo regulamento. O valor que está sendo pago aos produtores rurais ultrapassa os R$ 400 mil. Já o incremento da produção foi de 1,385 milhão de litros, beneficiando produtores e indústria num período que apresentou preços melhores na venda do produto.

Produtor recebe em vale-compras: O pagamento do bônus ocorre na forma de vale-compras nas lojas Agrocenter Languiru, na Fábrica de Rações e nos Supermercados Languiru. Importante observar que um dos critérios para recebimento do bônus trata da fidelidade à cooperativa. O produtor de leite deixa de ter direito ao bônus caso não esteja encaminhando regularmente a produção à Indústria de Laticínios da Languiru até a data do pagamento.

“Fideliza o associado”: Blásio Gräf (61) é dono de uma propriedade rural situada em Linha Forqueta Baixa, no município de Arroio do Meio. No momento, são 45 vacas em lactação que produzem 1,2 mil litros de leite por dia. As tarefas da propriedade também são desempenhadas pela esposa Vera Lúcia (55), filhos Leocádio (22) e Leonardo (27). A família também recebeu o Prêmio Entressafra.

Leonardo entende que o bônus incentiva o aumento da produção, no entanto, reitera que depende de cada produtor receber mais ou menos bonificação. “Isso fideliza o associado”, enfatiza.

Blásio compartilha da opinião do filho e menciona outros fatores. “É um valor que é reinvestido na propriedade e valoriza o capricho do produtor”, acrescenta.

Leonardo comenta que o prêmio vai ser investido na compra de insumos como adubo e sementes no Agrocenter Languiru. O jovem produtor ainda destaca a expansão da cooperativa. “Ela sempre busca a inovação”, percebe.

“Bônus representa um reconhecimento”: Com propriedade em Linha Boa Vista Fundos, município de Teutônia, Rudimar (51) e Janete Fensterseifer (46) assumiram a vocação para produção de leite. São 60 vacas em lactação que entregam em torno de 1,5 mil litros de leite por coleta. Associados há quase três décadas, contam com a ajuda do filho nas atividades.

Janete entende que toda possibilidade de rendimento deve ser comemorada, ainda mais se for resultado de um esforço adicional, como o Prêmio Entressafra. “Esse bônus representa um reconhecimento para quem investiu neste período”, afirma.

Rudimar observa que este ano, em virtude da estiagem, a safra de milho não rendeu conforme o esperado. Reservaram o melhor silo para tratar o rebanho na entressafra e parece que deu resultado. “Recebemos mais de quatro salários mínimos aumentando a produção”, salienta.

Janete complementa que o bônus será usado para comprar ração para o gado leiteiro, visto que a estiagem afetou o desenvolvimento de grãos para silagem. “É algo diferente”, frisa.

Saiba mais: Caso tenha dúvidas sobre o Programa, o associado pode contatar o Setor de Leite do Departamento Técnico pelo fone (51) 3762-5642 ou aplicativo de WhatsApp (51) 99531-0466. (Assessoria de imprensa Languiru)
                

 
Brasil continuará a ser um dos maiores exportadores de alimentos do mundo em 2030
Estudo do Ministério da Agricultura com projeções para o agronegócio na próxima década aponta que o Brasil continuará a ser um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, ao lado dos Estados Unidos. O relatório aponta que haverá forte pressão do mercado internacional especialmente nas áreas de carnes bovina e suína, mas que o Brasil continuará a liderar as vendas externas de frango. Nesse contexto, também haverá incremento da demanda no mercado interno, principalmente de grãos. "Em 2029/30, 50,4% da produção de soja deverá ser destinada ao mercado interno. No milho, serão 69,0%, e no café, 56,6%. Haverá uma dupla pressão sobre o aumento da produção nacional, devido ao crescimento do mercado interno e das exportações do país", diz o estudo. Segundo as projeções, o Brasil deverá participar com quase 52% das exportações mundiais de soja em 2030. Outras participações importantes previstas são na carne de frango (35,3%), no milho (23,2%), no algodão ( 22,7%) e na carne suína (9,7%). Também terão destaque no aumento das exportações na próxima o açúcar, cujos embarques deverão passar de 15,98 milhões de toneladas, em 2019/20, para 25,23 milhões em 2029/30 (alta de 57,9%), e o algodão, com aumento de 41,6%. A exportação de milho deverá aumentar de 34,5 milhões de toneladas para 44,5 milhões (alta de 29,1%). Já a carne de frango deve ter um incremento de 34,3% nas exportações e a carne suína, de 36,8%. As frutas também têm destaque, com aumento nas exportações de manga (57,6%), melão (47,6%) e maçã (43,4%). (As informações são do Valor Econômico)
 

 

Porto Alegre, 28 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.272

 Preço do leite se mantém no RS

A projeção para o valor de referência do leite no Rio Grande do Sul em julho é de R$ 1,4244, alta de 1,82% em relação ao consolidado de junho (R$ 1,3989). A estimativa foi apresentada na reunião virtual do Conseleite/RS nesta terça-feira (28/07) e indica estabilidade de mercado, com recomposição do preço dos queijos. O professor da UPF Marco Antônio Montoya pontuou que, com a concentração do consumo dentro das residências em função quarentena, o que se vê é uma valorização dos alimentos. Segundo o levantamento do Conseleite, a maioria dos derivados lácteos no primeiro semestre de 2020 está acima dos valores praticados no mesmo período de 2019. Contudo, com o avanço da safra e o típico aumento de produção no segundo semestre do ano, a tendência é que os preços se mantenham nesse patamar. 

O presidente do Conseleite, Rodrigo Rizzo, reforçou que a estabilidade do leite no Rio Grande do Sul segue tendência também verificada em outros itens da cesta básica, mas alertou que o momento é de cautela. “A variação cambial tem ajudado. Estamos vivendo um bom momento, mas é preciso atenção com investimentos”, alertou. 

A posição foi reforçada pelo vice-presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, que informou que o câmbio no atual patamar deixou o leite importado pouco competitivo no mercado nacional, favorecendo a produção local. De acordo com Guerra, a estabilidade do mercado nos meses de junho e julho traz alento a um setor que enfrentou muita pressão ao longo dos últimos anos. “Deixamos para trás a volatilidade registrada em março e abril e entramos em um cenário de estabilidade em junho e julho, um patamar necessário para o setor se manter”, completou.

Outro fator citado pelo Conseleite para fomento ao consumo de alimentos foi o auxílio emergencial concedido pelo governo federal às famílias de baixa renda. “Esse valor de R$ 600,00 tem sido revertido para consumo de alimentos em casa”, destacou Rizzo.

O Conseleite também debateu a Reforma Tributária proposta pelos governos estadual e federal. As entidades ligadas ao Conseleite estão estudando o tema e as possíveis contribuições. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

 
              

Países em desenvolvimento impulsionarão produção de leite mundial na próxima década
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) publicaram seu relatório de previsões para o mercado mundial agrícola – World Agricultural Outlook para 2020-2029.

Na próxima década (2020-2029), a produção mundial de leite deverá aumentar 1,6% ao ano. Espera-se que esse crescimento venha da combinação de um rebanho leiteiro maior (0,8%/ano) e melhorias contínuas nos rendimentos (0,7% ao ano).

Em particular, prevê-se que as nações emergentes no mercado global de laticínios contribuam mais para esse crescimento da produção. Somente a Índia e o Paquistão respondem por quase um terço do crescimento previsto nos próximos dez anos. Enquanto isso, espera-se que o crescimento de países mais estabelecidos, como a União Europeia (UE) e os EUA, seja mais silencioso devido a restrições ambientais e crescimento limitado da demanda doméstica.

Também é esperado que a produção dos principais produtos lácteos aumente. Prevê-se que a produção de manteiga, leite em pó desnatado e integral aumente cerca de 1,6% ao ano. No entanto, é provável que o crescimento da produção de queijos seja mais suave, devido a um aumento mais lento do consumo nos mercados mais desenvolvidos.

Prevê-se que o consumo de produtos lácteos cresça de 1,2 a 1,9% ao ano na próxima década. Espera-se que a maior parte desse crescimento venha dos países em desenvolvimento, pois o consumo está positivamente correlacionado com níveis mais altos de urbanização e renda familiar.

Nos países desenvolvidos, esse aumento do consumo ocorre a uma taxa muito mais lenta. O consumo de laticínios frescos tem sido estável ou em diminuído nessas regiões, embora tenha havido uma mudança notável em direção ao maior uso de gordura láctea.

Quais são os principais riscos?
Um dos principais riscos previstos são as mudanças comportamentais de longo prazo no hábito de compra do consumidor devido à Covid-19. O setor de serviços de alimentação é um canal essencial para laticínios e a quase paralisação desse setor afetará os níveis de consumo. Se essas medidas permanecerem em vigor por um período prolongado, poderá haver mudanças mais duradouras nos hábitos dos consumidores. Além disso, a desaceleração econômica será um fator-chave que afetará os níveis de consumo, principalmente de produtos de maior valor, como queijo e manteiga.

O aumento da pressão sobre os sistemas de laticínios para avançar continuamente em direção a práticas sustentáveis, particularmente nos países desenvolvidos, será um importante catalisador para a transição na próxima década. Já vimos algumas nações, como a Holanda, adotarem legislação ambiental que teve efeitos indiretos na produção.

Finalmente, futuros acordos comerciais podem ter impactos importantes no movimento de laticínios. Um ponto de observação importante será a Rússia, já que o embargo a produtos lácteos das principais regiões exportadoras deve terminar este ano. Será interessante ver se as importações voltarão aos níveis de pré-proibição. (As informações são do Agriculture and Horticulture Development Board (AHDB), traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Uruguai: produção de leite aumentou em junho
O Instituto Nacional do Leite (Inale) informou que em junho deste ano a produção de leite foi superior ao mesmo mês de 2019; em termos de valor, houve uma queda devido ao menor teor de sólidos em relação a maio e ao preço dos sólidos com um leve aumento, explicou.

Em junho de 2020, a produção foi de 166 milhões de litros, 5,6% a mais do que em junho de 2019.

No acumulado de 2020, a produção foi de 889 milhões de litros, 4,9% a mais que no mesmo período de 2019.
E no período de junho de 2019 a maio 2020 foram produzidos 2,012 bilhões de litros, 0,8% a mais que no mesmo período anterior (junho 2018/maio de 2019).

 
Preço: Em relação ao preço ao produtor, em junho foi menor por litro, devido ao menor teor de sólidos em relação a maio e ao preço dos sólidos com um leve aumento, explicou o Inale.

Em junho, o preço do leite ao produtor caiu 3,2%, para 12,25 pesos por litro. Medido em dólares, a queda foi de 1,2%, situando-se em US $ 0,29.

Finalmente, o valor por quilo de sólidos aumentou ligeiramente em 0,2%, para 166,5 pesos (US$ 3,91). (As informações são do Todo El Campo, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
                

 
Produção de leite dos EUA aumenta 0,5% em junho
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos informou nesta semana que a produção de leite em junho subiu apenas 0,5%, com 23.000 cabeças a mais em relação ao ano anterior. A produção de leite no segundo trimestre aumentou 0,4%, uma grande redução após o aumento de 3,1% no primeiro trimestre. O número de vacas está diminuindo mês a mês, no entanto. O USDA estima que existam 9,35 milhões de vacas nas fazendas leiteiras dos EUA em junho. Isso é 10.000 cabeças menos que maio e 35.000 cabeças menos que março, quando o número atingiu o pico. A produção de leite por estado é variada, embora a maioria dos principais estados leiteiros do Ocidente continue produzindo mais leite. A Califórnia teve aumento de 1%; Texas, + 4,4%; Colorado, + 5,5% e Idaho, + 3,5%. O Novo México caiu 6,2%, embora o número de vacas tenha subido em 3.000 cabeças Os estados do Centro-Oeste caíram de forma geral, embora Dakota do Sul tenha tido a maior explosão de leite em relação a qualquer estado, um aumento de 9,5%. O número de vacas em Dakota do Sul subiu 12.000 cabeças, um aumento de quase 10%. Mas esse número foi compensado ??por Wisconsin, com menos 11.000 cabeças. A produção de leite em junho no Wisconsin caiu 1,4%, em Michigan caiu 0,6% e Minnesota, 1,4%. No leste, Nova York subiu 0,3% e a Pensilvânia, 1,5%. (As informações são do  Farm Journal & MILK Magazine, traduzidas pela Equipe MilkPoint)