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Porto Alegre, 31 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.296

Leite/América do Sul

No Cone Sul da América do Sul, Argentina, Uruguai e Chile, a produção de leite nas fazendas continua aumentando, principalmente, onde as condições do tempo proporcionam melhoria das pastagens. A expectativa é de que os volumes continuem crescendo na primavera.

De acordo com observadores, a oferta de leite cru é suficiente para atender as necessidades dos processadores.
A região está se acostumando com os protocolos de distanciamento social e ameaça do coronavírus, incorporando os procedimentos às normas operacionais das fábricas. As indústrias de laticínios procuram se adaptar às mudanças dos padrões de consumo, o que significa produzir mais leite fluido, particularmente, leite UHT. A produção de queijo destinada a pizzarias e restaurantes vem melhorando assim que o setor de serviços de alimentação retorna lentamente.

No Brasil o clima seco persiste, comprometendo o crescimento e a qualidade das pastagens. E mesmo que a produção de leite esteja crescendo lentamente, os volumes estão abaixo dos níveis registrados um ano antes. Os operadores das indústrias esperam por melhores condições climáticas na primavera, já que o fenômeno La Niña pode trazer mais chuvas em algumas das maiores bacias leiteiras. No momento a oferta de leite cru está aquém das necessidades de processamento. As indústrias continuam priorizando a produção de leite UHT em relação a outros produtos lácteos, já que é o item lácteo favorito dos consumidores durante a Covid-19.  (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 

Leite/Oceania
A Austrália foi beneficiada com as recentes chuvas sobre as grandes regiões produtoras de leite, deixando o inverno ameno. O resultado são estoques confortáveis de ração e feno no início dessa nova temporada.
Os produtores estão com menor necessidade de transportar alimentos e manter estoques elevados. Os preços do feno caíram, contribuindo para melhorar a lucratividade dos produtores de leite.

Produção de leite na Europa cresceu 1,9% no primeiro semestre

Os dados do European Milk Market Observatory mostram um crescimento da produção, até junho de 2020, de 1,9% em relação ao mesmo período em 2019. Todos os principais produtores da União Europeia (UE) apresentam evolução positiva, com a França registrando aumento de 0,7% enquanto a Alemanha, de 1%. Os Países Baixos e a Polônia apresentam aumentos significativos de 2,4% e 2,8% na produção de leite no primeiro semestre de 2020, enquanto a Espanha e a Irlanda são os que apresentam os melhores valores com aumentos de 3,1% e 3,5%. 

Em relação ao mês de junho, destaca-se que houve um aumento geral de 1,4% com 173 mil toneladas de leite produzidas a mais que no mesmo mês em 2019. A Polônia é o país com maior percentagem e crescimento numérico, com um acréscimo de 4,5%, o que se traduz em mais 47.000 toneladas; seguido pela Irlanda, cuja produção aumentou em 2,9% com 30.000 toneladas de leite coletadas pelas indústrias a mais do que na temporada anterior. Holanda e Espanha se movimentam em cifras semelhantes, com aumentos percentuais de 0,9% e 0,7% com 11.000 e 5.000 toneladas a mais, respectivamente. 

O principal produtor, a Alemanha, teve aumento de 0,2% com mais 6.000 toneladas, enquanto na França houve uma diminuição da produção de 0,5%, que se traduz em uma redução de 9.000 toneladas. (As informações são do Agronews Castilla y León, traduzidas pela equipe do MilkPoint)

Nova torre de secagem da Lactalis tem data para ser inaugurada
A Lactalis Ingredients, a líder mundial na produção de soro de leite, está instalando uma nova torre em Verdun na França que será inaugurada ainda no verão de 2020. A companhia disse que isso significa o aumento da oferta da sua linha Flowhey de soro em pó em seus dois locais de produção em Mayenne e Verdun. O mercado global de soro de leite é extremamente dinâmico. A quantidade de soro líquido disponível para a indústria internacional está crescendo mais e mais a cada ano. Esse crescimento é impulsionado pelo produção de produtos lácteos: 2% ao ano de queijos. Embora os EUA continue sendo o maior exportador de soro e derivados de soro, com 400.000 toneladas por ano, a Lactalis Ingredients diz que a Europa é o líder na exportação mundial com mais de 600.000 toneladas por ano. A Lactalis Ingredients disse que agora está se posicionando como a maior produtora mundial de soro de leite desmineralizado. A Lactalis Ingredients desenvolve produtos como soro de leite em pó e outros ingredientes lácteos para atender às necessidades específicas da indústria de alimentos. (Dairy Reporter – Tradução livre: Terra Viva)
 

 

 

Porto Alegre, 28 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.295

Consumo de alimentos ganha fôlego com auxílio 

Benefício de R$ 600 e limitação de oferta elevam preços dos produtos

A quarentena mudou a rotina de muitos brasileiros. Em casa, as famílias tiveram de cozinhar mais, o que afetou a dinâmica de preços dos alimentos e estimulou a venda de produtos como margarina e linguiça. Mas, ainda que seja tentador atribuir aos novos hábitos o movimento nas gôndolas e a disparada de básicos como arroz e leite, é a limitação da oferta no campo e a sustentação proporcionada pelo auxílio emergencial que dão as cartas.

O Valor entrevistou executivos da indústria de alimentos, analistas e produtores rurais para compreender as razões das oscilações expressivas nos preços de alimentos. Ao consumidor, leite longa vida e arroz subiram mais de 15% ao longo do ano, um reflexo da situação no campo - não à toa, as cotações aos orizicultores gaúchos seguem no maior nível da história, e próximas disso aos pecuaristas.

Outros produtos agropecuários, como feijão, trigo e carne de porco, também enfrentam um cenário de limitação de oferta. O ritmo aquecido da exportações, particularmente de carne suína e bovina, e o encarecimento da importação por causa da apreciação do dólar, o que afeta leite em pó e trigo, também ajudam a explicar o movimento dos preços.

“É o auxílio emergencial que está mantendo o consumo. Não há dúvida. Mesmo com o aumento de preço, o consumo está acontecendo”, ressaltou o diretor de uma das maiores indústrias de carnes do país, que pediu anonimato. No segundo trimestre, Seara e BRF aumentaram em mais de 10% as vendas de alimentos processados. Na comparação com o período pré-pandemia, o volume vendido de itens como kibe que almôndegas cresceu 17%. No caso de hambúrguer, o alta bateu 10%.

Nas regiões Norte e Nordeste, a venda de produtos cárneos surpreendeu positivamente, acrescentou um executivo da indústria frigorífica. Citando dados da consultoria Nielsen, ele disse que, de maio a junho, as vendas de alimentos industrializados à base de carnes aumentaram mais de 5%.

Entre os produtos cárneos, avaliou a fonte, a demanda está mais aquecida por produtos de “baixo valor agregado”, como salsicha e linguiça. Nesse sentido, é perceptível diferença de oscilação de preços entre tipos de carne. Conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o preço da linguiça subiu 6,4% no ano, ao passo que o filé mignon consumido nos domicílios registrou queda de 19,3% - nesse caso, o fechamento de restaurantes e churrascarias também pesou.

Quando se considera commodities como arroz, feijão e trigo - além de derivados -, a demanda também aumentou, mas a persistente valorização dos preços reflete, sobretudo, a menor oferta disponível. “No primeiro semestre, vendemos 10% mais arroz. Mas desde junho os pedidos vêm voltando aos patamares normais”, contou Renato Franzner, diretor de vendas da Urbano Alimentos.

No caso do arroz, os estoques estavam baixos, após a quebra da safra gaúcha da temporada passada. Somado à maior demanda internacional, que fez o Brasil elevar as exportações de arroz em casca, e à manutenção da procura nacional, os preços seguiram elevados.

Situação semelhante ocorre com o feijão. Com o estoques apertados após a quebra da primeira safra no início do ano, os preços não arrefeceram. “Passaremos um período de escassez”, disse o diretor de política agrícola e informações da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sérgio De Zen. Ao consumidores, o preço do feijão aumentou entre 19% e 34% no ano, a depender da variedade, conforme o IPCA.

A Conab prevê que a terceira safra da leguminosa, ainda sendo colhida, crescerá 13,4%. Mas mesmo se confirmadas as previsões, ainda faltará feijão porque a terceira safra representa 23% do total produzido no país, e a próxima colheita será só no começo do ano que vem. “Ainda tem pouco produto disponível para comprar”, disse Franzner, da Urbano.

No mercado de trigo e derivados, a demanda também está aquecida. ”Só não se vende mais porque nossas capacidades produtivas estão limitadas. Há muita demanda para massas secas e massas frescas”, disse o representante da cooperativa gaúcha Cotriel, Cesar Pierezan.

Como no caso das outras commodities, a forte demanda e a menor oferta de trigo nos últimos meses fizeram os preços aos agricultores baterem recorde no Paraná e Rio Grande do Sul. Ao consumidor, os preços da farinha de trigo subiram quase 12% no ano, e o macarrão, 3%, acima do índice geral da inflação, que acumulou alta de só 0,46% no período.

Entre os laticínios, foi a combinação de menor oferta, fruto do atraso da safra no Sul, cautela dos produtores e aumento das vendas que fez os preços dispararem. Em meio às incertezas provocadas pela pandemia, muitos laticínios haviam indicado, ainda em abril, que a demanda seria menor e que os pecuaristas deveriam reduzir a produção. No entanto, o auxílio emergencial ampliou a demanda, disse o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV) e sócio do Laticínios Jussara, Laércio Barbosa.

Cientes do papel do auxílio para amparar as vendas, os empresários já se preparam um cenário negativo com o fim ou redução do benefício. “Vamos passar este ano tranquilos. Mas em 2021 vamos pagar a conta”, reconheceu um executivo. (Valor Economico)

 
               

Leite/Europa
O calor extremo no meado de agosto na Alemanha e França resultaram em menor produção de leite. Observações preliminares concluíram que a produção não apenas foi menor do que na semana anterior, mas, também ficou abaixo de um ano atrás.
A produção de leite em junho de 2020 foi 1,5% acima em relação a junho de 2019, de acordo com a Eurostat. De janeiro a junho de 2020 a produção de leite ficou 1,4% acima da verificada entre janeiro e junho de 2019.

A variação da produção de leite, em alguns países, no primeiro semestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2019 foram: Alemanha (+1%); França (+0,7%); Irlanda (+3,5%); Holanda (+2,4%); e Itália (+3%), segundo o site CLAL.   
 
A produção de queijo no mês de junho de 2020 foi 4,3% maior do que a registrada em junho de 2019, de acordo com a Eurostat. No acumulado do ano até junho, subiu 2%.

As variações por países produtores, no primeiro semestre de 2020 e os seis primeiros meses de 2019 foram: Alemanha (=3,4%); França (-0,5%); Holanda (+2%); Itália (-0,3%). E Irlanda (+7,1%).

As exportações de queijo pela União Europeia (UE) de janeiro a junho atingiram 650.738 toneladas, volume igual ao registrado no mesmo período de 2019, de acordo com a Eurostat. Os maiores importadores em quantidades e variação percentual em relação a 2019 são: Reino Unido, 203.776 toneladas (-21%); Japão, 63.812 toneladas (+12%); e Estados Unidos, 52.344 toneladas (-12%).

No Leste europeu a produção de leite na Polônia em junho foi 4,6% superior à verificada em junho de 2019. No primeiro semestre a produção foi 2,8% superior ao volume de janeiro a junho de 2019. A variação da produção de algumas commodities lácteas na Polônia no primeiro semestre em comparação com o mesmo período de 2019 foram: queijo (+4,7%); manteiga (+10,7%); leite em pó desnatado (+3,6%) e leite em pó integral (-4,2%). (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 

 

Qualidade/Chile

O aumento na concentração de matéria gorda e proteína é um dos aspectos de destaque do Boletim do Consórcio Lechero, revelando os avanços conseguidos pelo setor. O documento “Setor Lácteo: Produção e qualidade do leite processado no Chile” faz parte dos Indicadores Setoriais 2019, publicação do Consorcio Lehcero que desde 2014 analisa a informação sobre a produção nacional, sob a coordenação de René Anrique. 

Estes indicadores setoriais analisam os dados da produção por região e comunidade, número de fornecedores das indústrias, indicadores de qualidade como sólidos (matéria gorda e proteína). Contagem de Células Somáticas (CCS), e Unidades Formadoras de Colônias (CBT, sigla em português) e o avanço nos programas de erradicação de brucelose, tuberculose, leucose e PABCO, de forma a avançar nas metas propostas pelo setor, através do monitoramento da informação de 14 empresas processadores de lácteos, que representam quase 95% da captação nacional de leite, segundo o cadastro relatado pelo Departamento de Estatísticas (ODEPA). 

Um dos dados mais reveladores deste monitoramento é o nível dos componentes dos sólidos do leite, a parte comercial mais valorizada pela indústria de laticínios, um indicador que mostra o teor de matéria gorda e proteína, e que vem registrando aumento sustentado na produção nacional. A meta proposta pelo Consorcio Lechero era conseguir 7,6% de sólidos em 2019, e de acordo com o boletim, o percentual foi de 7,66% a nível de país, o que significa um notável aumento. Em 2012 o percentual era de 7,36%. Na região sul (La Araucanía a Los Lagos) este percentual foi de 7,7% em 2019, enquanto que na zona central (Bío Bío) foi de 7,2%. Este é um indicador dinâmico, que continuará adequando-se no futuro, à medida que as indústrias valorizam cada vez mais os sólidos. O consumidor está atento à proteína láctea como nutriente e a matéria gorda vem sendo reconhecida pela sua importância do ponto de vista da saúde e da nutrição. “Ambos componentes são reconhecidos economicamente, e impacto no preço pago ao produtor”. 

Enquanto as indústrias concentram-se nos sólidos para agregar maior valor aos produtos lácteos e ao leite que é distribuído ao consumidor. Para Octavio Oltra, o melhoramento nos parâmetros é resultado do esforço dos produtores e do apoio tecnológico que recebem tanto em genética como em alimentação, e que agora começam dar frutos.   O documento também apresenta indicadores nacionais sobre o avanço na qualidade higiênica do leite. O manejo sanitário, fruto do trabalho conjunto entre indústria e produtores, apresentando melhoramento nos indicadores CCS e CBT de forma consistente melhorando 20% e 28%, respectivamente de 2014 a 2019. Também há o avanço com o aumento da quantidade de leite procedente de fazendas oficialmente livres de brucelose (quase 97%) e tuberculose (90%). Por outro lado, hoje 83% do leite do Chile é procedente de propriedades que estão no programa PABCO o que implica em aumento de 38% em relação a 2014. (Diario Lechero - Tradução livre: Terra Viva)
                

 
Incertezas sobre tendência para os próximos meses
Líderes de entidades do setor de laticínios avaliam que não há clareza sobre o comportamento dos preços nos próximos meses. O cenário dependerá dos desdobramentos da pandemia de coronavírus e de seus impactos no consumo. Além disso, empresários e produtores seguem de olho na variação cambial, já que o dólar mais alto tende a dificultar importações. - Há uma sinalização de que os preços podem permanecer em patamar de recuperação. Mas existem muitas incertezas em razão da pandemia. Enquanto não houver vacina contra o vírus, vai ser difícil fazer qualquer tipo de previsão - pondera o presidente do Conseleite-RS, Rodrigo Rizzo. Apesar da elevação recente, a tendência de preços pode mudar rapidamente, porque o setor é influenciado por fatores diversos, reforça o presidente do Sindilat- RS, Alexandre Guerra: - A necessidade de produtores e indústria é de que os valores se mantenham no patamar atual. Os custos subiram muito. Nos últimos anos, o aumento de despesas e a redução nos ganhos foram motivos apontados para o encolhimento do setor no Rio Grande do Sul. Balanço da Emater-RS, de dezembro passado, dá dimensão desse movimento. De 2015 para 2019, o número de produtores gaúchos caiu cerca de 40%. Passou de 84,2 mil para 50,7 mil. Ou seja, 33,5 mil deixaram a atividade no Estado. (Zero Hora)
 
 

 

 

Porto Alegre, 27 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.294

Tetra Pak soma 50 bilhões de embalagens recicladas globalmente em 2019

22° Relatório de Sustentabilidade compila visão completa da longa jornada de sustentabilidade da companhia, ações desenvolvidas no último ano e as expectativas para a próxima década.

Sustentabilidade está no centro da estratégia dos negócios e operações da Tetra Pak. Presente em mais de 160 países, a companhia mantém uma atuação sustentável e holística, com ações que permeiam três grandes frentes atreladas à promessa de marca de Proteger o que é Bom, o que engloba a proteção dos alimentos, das pessoas e dos futuros.

Referência na fabricação de embalagens e soluções de processamento de alimentos e bebidas, a Tetra Pak anuncia que, em 2019, somou 50 bilhões de embalagens cartonadas direcionadas para reciclagem em todo o mundo. Na última década, a companhia também deixou de emitir o equivalente a 10 milhões de toneladas de carbono, fruto de uma série de adequações em suas operações. As informações constam na 22° edição do Relatório de Sustentabilidade da companhia, divulgado em agosto.

No Brasil, mais de 81 mil toneladas de embalagens pós-consumo foram recicladas somente em 2019. Em partes, o número é resultado da condução de ações socioambientais realizadas pela companhia, que impactaram mais de 135 mil pessoas no último ano. Os projetos envolveram desde a capacitação de trabalhadores de cooperativas de materiais recicláveis e melhorias na estrutura desses espaços até ações de conscientização sobre a importância do descarte adequado de resíduos e sólidas parcerias com recicladores de modo a contribuir e tornar viável que os materiais direcionados para reciclagem sejam reincorporados a um novo ciclo.

Outros dados que se destacam nas três frentes são: Globalmente,  69% da energia nas operações provenientes de fontes renováveis e no Brasil esse índice chega a 100%; crescimento local de 10% de mulheres em posições de liderança; colaboradores mais produtivos após programa de trabalho flexível; participação em programa de nutrição escolar em mais de 50 países e apoio a pequenos agricultores de laticínios para a coleta de mais de 380 mil litros de leite. 

O material também apresenta reconhecimentos importantes para a Tetra Pak, como estar presente, pelo quarto ano consecutivo, na lista A do CPD (Carbon Disclosure Program), programa sem fins lucrativos que reconhece iniciativas para reduzir emissões e atenuar as mudanças climáticas. Além disso, a Tetra Pak foi classificada na categoria de líderes em 2019, méritos alcançados pelos esforços contra as alterações climáticas e proteção às florestas, bem como por impulsionar o fornecimento sustentável na cadeia de suprimentos de alimentos e bebidas.

Entre os objetivos para 2030, a Tetra Pak foca em contribuir para uma sociedade de baixo carbono, buscando minimizar o impacto em toda a cadeia de valor, alcançar zero emissões líquidas de gases de efeito estufa (GEE) nas operações próprias,  aumentar a sustentabilidade da caixinha com uma embalagem totalmente renovável e que tenha em sua composição materiais reciclados, sem que isso comprometa a segurança do alimento.

“O relatório reflete nossos esforços contínuos e as iniciativas implementadas globalmente ao longo da nossa jornada em sustentabilidade, o que envolve nossa forma de enxergar um futuro sustentável que equacione desafios ambientais, sociais e econômicos”, afirma Valéria Michel, diretora de Sustentabilidade da Tetra Pak do Brasil e Cone Sul. Segundo a executiva, entre esses esforços estão: ajudar a garantir a segurança do alimento, garantir uma cadeia de valor responsável, promover a diversidade e a inclusão, e contribuir para uma economia circular de baixo carbono. 

Decisões guiadas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: Com atuação fortemente pautada nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, a Tetra Pak mantém um trabalho bastante próximo a clientes e parceiros para tornar os alimentos seguros e disponíveis, utilizando soluções inovadoras de processamento de alimentos e embalagens. 

Já na frente que foca na proteção às pessoas, a Tetra Pak promove o desenvolvimento de seus colaboradores, além de assegurar um ambiente de trabalho e uma cultura inclusivos. A companhia também atua para proteger e apoiar comunidades onde seus fornecedores operam, olhando para uma cadeia de valor que proteja os direitos humanos e trabalhistas.

E, olhando para um futuro mais sustentável, a companhia tem entre seus objetivos estratégicos liderar soluções de baixa emissão de carbono para uma economia circular e aprimorar a sustentabilidade de toda a cadeia de valor, do fornecimento e produção até o pós-consumo. Isso inclui minimizar as emissões e o desperdício, proteger a biodiversidade e os ecossistemas, manter a disponibilidade de água potável e promover a reciclagem e a circularidade dos materiais. 

“Acreditamos que, para atuar nesses três pilares com solidez e resultados, é preciso trabalhar em conjunto com nossos clientes, fornecedores, parceiros e demais stakeholders. Apenas dessa forma colaborativa poderemos liderar a transformação sustentável e gerar uma mudança positiva”, ressalta Valéria. Acesse aqui para consultar o relatório completo. (Tetra Pak) 

 
               

Reforma deve elevar os custos e preocupa produtores de leite
As três propostas de reforma tributária em debate atualmente no Congresso Nacional têm potencial de aumentar a carga de impostos no agronegócio e elevar os custos de produção no campo. Na avaliação de lideranças do setor, tanto as grandes cadeias exportadoras, como soja e carnes, quanto atividades desenvolvidas pela agricultura familiar - e com influência no preço da cesta básica -, a exemplo de frutas e leite, serão impactadas e poderão perder competitividade caso qualquer um dos textos seja aprovado como está.

Em Mato Grosso, que lidera a produção nacional de soja, milho e carne bovina, a alíquota do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) de 25% prevista na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/2019, por exemplo, poderá gerar aumento de custos de R$ 6,3 bilhões por ano nessas três culturas, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). “Isso representa um quarto do total investido no agronegócio do Estado em 2019. A proposta reduz a capacidade de investimentos do setor e inviabiliza algumas culturas”, disse Daniel Latorraca, superintendente do órgão.

Nos cálculos do Imea, o aumento nos custos de produção seriam de 11% no caso da soja, de 10% no milho e de 15% na pecuária. Dependendo das condições de mercado, observou Latorraca, a rentabilidade no milho poderia quase desaparecer, e a da soja cairia mais de 50%.

A PEC 45, discutida no momento pela Câmara dos Deputados, também é considerada a mais prejudicial ao agronegócio pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), por acabar com benefícios tributários como as isenções sobre insumos - fertilizantes, defensivos e sementes. O aumento do custo de produção com o fim das desonerações ronda os 20% em diversas culturas, e poderá haver impacto até na oferta de crédito, de acordo com a CNA.

“Esse aumento de custo vai exigir mais fluxo de caixa do produtor e vai pressionar o Plano Safra”, disse ao Valor Renato Conchon, coordenador do núcleo econômico da entidade. Outra preocupação é com a burocracia, já que a proposta torna o produtor rural um contribuinte direto do tributo. “Obriga os produtores a terem uma contabilidade mínima, mas 98% deles são pessoas físicas. Eles não vão ter condições de fazer, principalmente os pequenos”.

Esse item preocupa o segmento leiteiro, formado basicamente por pequenos produtores. A exigência pode expulsar muita gente do ramo, argumenta a Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite).

A CNA também teme pela competitividade brasileira no cenário internacional. “Os nossos concorrentes tratam diferentemente o setor, não tributam insumos, não adotam alíquota ou usam alíquota diferenciada para alimentos. O setor agropecuário tem que ser pensado diferente na reforma”, disse Conchon.

A PEC 110/2019, em análise no Senado, até garante um tratamento diferenciado ao agronegócio, com isenção de insumos, e prevê alíquota máxima de 4% sobre alimentos. Mas extingue créditos com uso da energia elétrica, que podem gerar custo adicional.

Já quanto ao projeto de lei enviado pelo governo ao Congresso para criar a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), a preocupação do setor é com a elevação da alíquota para 12% (hoje em 9,25% com PIS/Cofins) e a diminuição do percentual do crédito presumido, de até 60% para 15%.

A medida, segundo Conchon, pode prejudicar a agroindústria no aproveitamento dos créditos e afetar indiretamente os produtores nos preços pagos a eles. “O fato é que todas as propostas de reforma, em maior ou menor grau, impactam o setor”, acrescentou ele.

A apreensão do setor também é com o que está por vir, como as reformas dos tributos sobre a renda e sobre a propriedade, já que os três textos de agora tratam de tributação apenas sobre o consumo.

O advogado tributarista Eduardo Lourenço, sócio do escritório Maneira Advogados, defende que a premissa da reforma deve ser simplificar a arrecadação e manter o custo tributário no setor, não elevá-lo. Para ele, a discussão também é uma oportunidade de deixar mais clara na lei a aplicação do ato cooperativo, para que não haja tributação na relação entre o cooperado e a cooperativa, e evitar interpretações fiscais que possam onerar o segmento.

Na semana passada, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que as propostas “preocupam muito”. “O setor acordou um pouco tarde, mas está correndo. O agro tem que estar de olho ou pode ter perdas significativas”, afirmou ela durante uma transmissão ao vivo. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) também está se articulando para evitar oneração do setor na votação do tema, que deve ser discutido em breve com o relator na Câmara, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (Progressistas-PB). (As informações são do Valor Econômico)

Novos insights sobre compra e consumo de lácteos nos EUA
A geração Millenials e famílias com crianças são os principais públicos que impulsionam o crescimento do setor de laticínios no varejo desde o início da pandemia, de acordo com Megan Sheets, gerente de informações do consumidor da Midwest Dairy.

Sheets apresentou uma nova pesquisa sobre os gastos do consumidor com lácteos, junto com Chris Costagli, consultor de insights do cliente, da Information Resources Inc. (IRI), durante o webinar “Navigating Dairy Growth Post-Covid-19”, realizado em 19 de agosto.

“O lar é o novo centro de tudo”, disse Sheets. “Como resultado da pandemia, houve um grande aumento nas refeições em casa. Antes da Covid-19, cerca de 20% da população dos EUA comia 90% das refeições em casa. Agora, cerca da metade das famílias relatam comer em casa em pelo menos 90% do tempo.”

“O aumento das refeições no lar é um fator que contribui muito para o aumento nas vendas de lácteos no varejo”, disse Sheets. As vendas totais em dólares no setor de laticínios ultrapassaram o crescimento das lojas desde o início da pandemia e até o momento. Em 2 de agosto, as vendas do setor de lácteos em 2020 aumentaram 15% em relação ao ano passado.

Para saber mais sobre o público que está impulsionando esse crescimento, a Midwest Dairy fez parceria com a IRI para conduzir uma pesquisa online com consumidores dos EUA que aumentaram seus gastos com leite, queijo, iogurte e manteiga em pelo menos 25% em lojas de varejo nos últimos três meses. A pesquisa foi realizada de 25 de junho a 2 de julho.

“O sabor, a natureza básica dessas categorias, a nutrição que oferecem e sua salubridade foram os principais fatores para o aumento do consumo durante a Covid-19”, diz Costagli. “Aqueles que aumentaram o consumo relataram que isso o consumo de lácteos os deixava satisfeitos, nutridos, confortados e saudáveis.”

“Desde o começo da pandemia de Covid-19, as categorias de queijo, manteiga, iogurte e leite experimentaram um crescimento”, disse Costagli, observando que o consumo de laticínios aumentou em todas as partes do dia, com os maiores aumentos no café da manhã e como lanche.

“O queijo é uma categoria de ingrediente de destaque”, disse ele. No acumulado do ano, o volume de vendas de queijos cresceu para mais de 16%, impulsionado pelo aumento do consumo ao longo do dia, mas principalmente durante o café da manhã, tarde, lanche e lanches noturnos. Costagli disse que o consumo de queijo em sanduíches cresceu 40%, o que faz sentido, uma vez que as crianças não vão à escola e muitas empresas estão mudando para trabalhar em casa.

A manteiga teve um aumento de 32,6% no volume de vendas acumulado no ano, de acordo com dados do IRI. "Mais da metade das pessoas que gastam mais com manteiga dizem que estão preparando mais refeições e assados", diz Costagli.

O iogurte também aumentou o volume de vendas no ano em cerca de 3%. Como a manteiga, o consumo de iogurte aumentou mais durante o café e o lanche da manhã. Seu uso também aumentou como ingrediente e como guloseima. No entanto, Costagli disse que o iogurte não teve o mesmo aumento nas vendas de outras categorias e isso é potencialmente devido à sua natureza de dose única, e ao fato de ter menos pessoas em movimento.

"O volume de vendas de leite cresceu mais de 4% em 2020, com o café e o lanche da manhã liderando, disse Costagli". Embora a utilização em bolos e sobremesas seja o principal motivador para esta categoria, ele observa que este ingrediente também era usado quando os entrevistados estavam procurando por uma guloseima.

As compras em supermercados físicos ainda são o principal método e local para comprar laticínios, mas muitos entrevistados acessaram a internet para fazer suas compras e Costagli espera que o comércio eletrônico aumente.

Os respondentes da pesquisa afirmam que as principais barreiras para a compra on-line são: falta de interação humana nas lojas, sensação de que não estão fazendo o mesmo negócio que fariam na loja, taxas/dicas de entrega, preferências pessoais e necessidades imediatas. Os entrevistados também apontaram essas opções como as principais barreiras para comprar laticínios, além de se sentirem menos à vontade para comprar online.

Quando questionados sobre o que os fabricantes de lácteos poderiam fazer para levar os consumidores a comprar mais, os entrevistados indicaram que gostariam de ver economia de custos, aumento da produção, manterem-se informados sobre as medidas de segurança empregadas e que as empresas deveriam mostras novas maneiras de usar o produto. “Da mesma forma, os entrevistados disseram que procuram os varejistas para obter descontos e disponibilidade de produtos”, disse Sheets.

Para sustentar esse crescimento, Sheets compartilhou as oportunidades de ativação da Midwest Dairy, que incluem a personalização de promoções de marketing para compradores com base na nova pesquisa, para futuras ocasiões de uso, como promoções de "jantar fora em casa" e outras campanhas. Ela diz que outras oportunidades estão disponíveis para responder às barreiras das compras online de laticínios usando vídeos e corredores virtuais de lojas que ajudam os compradores a se conectarem com os laticínios, destacar informações sobre nutrição e bem-estar promovidos pelos lácteos, e personalização de campanhas de marketing para clientes a fim de atender às necessidades das famílias.

“Os consumidores realmente já estão se adaptando ao novo normal e adotando o estilo de vida doméstico, então a categoria de laticínios precisará se ajustar para evoluir para as necessidades do consumidor e permanecer relevante”, diz Sheets. (As informações são do Cheese Market News, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

                

 
Produção/AR
O Departamento Nacional do Leite informou que em julho foram produzidos 965,4 milhões de litros, o que significa crescimento de 5% em relação a junho  e de 8% quando comparado com o mesmo mês do ano passado. Dessa forma, o acumulado desde o início do ano cresceu 9%, em relação ao mesmo período do ano anterior, e permite avaliar que 2020 deverá fechar com crescimento em torno de 7,5%. A má notícia para os produtores é que no mês passado o preço pago pelo leite cru permaneceu estagnado, o que complica a equação econômica e financeira do setor. De acordo com as estatísticas oficiais, o preço médio pago foi de AR 18,33 por litro de leite, valor que representa apenas 0,4% de aumento em relação a junho, e apenas 20% na comparação anual, valores que não chegam a cobrir nem metade da inflação acumulada. Do mesmo modo, este preço significa aproximadamente US$ 0,24/litro, uma cotação que está longe do ponto de equilíbrio para as fazendas leiteiras: a conta que fazem na cadeia é que são necessários US$ 0,30 para que a atividade, pelo menos, deixe de perder. O problema neste contexto é que a maior oferta de leite vai de encontro com um mercado interno que consome cada vez menos em consequência da pandemia de Covid-19 e da quarentena. O mercado exterior é desanimador devido aos preços internacionais do leite em pó (principal produto de exportação) que voltaram a cair no último leilão da Fonterra e no mercado de futuros da Nova Zelândia. (AgroVoz – Tradução livre: Terra Viva)
 
 

 

Porto Alegre, 26 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.293

Mapa realiza live para debater as atualizações no RIISPOA voltadas a empresas do setor lácteo
RIISPOA - Foi realizada uma live pela Secretaria de Defesa Agropecuária-SDA / Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal-DIPOA sobre as atualizações no RIISPOA voltadas para empresas do setor lácteo.
A live teve a duração de duas horas e contou com a participação Ana Lúcia Viana - Diretora do DIPOA/SDA e Alexandre Campos - Coordenador-Geral de Inspeção. 
Foram apresentadas as principais alterações no RIISPOA relacionadas ao setor lácteo de acordo com o Decreto nº 10.468/2020. 
A Live foi gravada e pode ser acessada no canal da Escola Nacional de Gestão Agropecuária clicando aqui.  (Terra Viva)
               

Rebanho leiteiro do Uruguai cresceu 8%
Os números preliminares do Dicose 2020 mostram uma recuperação de 8% do rebanho leiteiro do Uruguai, apesar das dificuldades que o setor atravessa, carregando uma dívida pesada e muita incerteza nas costas. Em 2019, o rebanho leiteiro uruguaio era de 767.342 cabeças e cresceu para 829.588 cabeças em 2020, segundo dados primários divulgados pelo Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca nesta semana, com base em uma projeção. Boa parte desse crescimento foi na categoria de novilhas e houve um menor volume de exportação de bezerros e novilhas para a China em comparação a outros anos. Desta forma, o produtor conseguiu substituir boa parte das vacas que estavam em final de vida produtiva, incorporando novos animais, com um futuro melhor e com maior vida reprodutiva. Não foram divulgados os números da produtividade individual por animal, que certamente devem ser maiores, porque o clima obrigou os produtores a usar mais rações e concentrados. Por outro lado, segundo dados do Instituto Nacional do Leite (Inale), a remissão de leite para julho subiu 4,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior e foram retirados 1,168 bilhão de litros no acumulado anual. O preço que o pecuarista recebeu em julho foi de 12,31 pesos por litro – apenas 0,5% maior que no mês anterior – ou US$ 0,29 por litro. O setor pagou 168,2 pesos (US$ 3,92) por quilo de sólidos (gordura e proteína), que são insumos básicos dos produtos que produz. (As informações são do El País, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Secretário da Agricultura apresenta proposta para realização da primeira Expointer Digital
O secretário estadual da Agricultura, Covatti Filho, apresentou na segunda-feira (24) um planejamento para realização da Expointer Digital. A proposta será avaliada pelas seis entidades copromotoras do evento antes da divulgação oficial. O objetivo é abrir o diálogo para ajustes que viabilizem os ganhos de todos setores ligados à feira: tecnologia, inovação, agricultura familiar e pecuária. Participaram do encontro representantes do Simers, da Febrac, da Fetag, da Farsul e do Sistema Ocergs, além da prefeitura de Esteio. “Não podemos simplesmente cancelar um evento que rendeu R$ 2,7 bilhões em vendas no ano passado. Vamos acompanhar as tendências e unir esforços para que todos os setores envolvidos sejam contemplados na primeira feira virtual”, disse o secretário. O Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, completa 50 anos no próximo sábado, 29 de agosto. (SEAPDR)

Produção/EU
Os dados apresentados pelo Observatório Europeu do Mercado de Leite mostram crescimento de 1,9% da produção, até junho de 2020, em relação ao mesmo período de 2019. Todos os principais produtores da União Europeia (UE) tiveram números positivos. A França subiu 0,7% e a Alemanha 1%. Holanda e Polônia mostram crescimentos significativos de 2,4% e 2,8%, respectivamente, enquanto que os maiores incrementos ocorreram na Espanha (+3,1%) e Irlanda (+3,5%). Em relação ao mês de junho, houve um crescimento total de 1,4%, o correspondente a 173.000 toneladas de leite de vaca captados a mais em relação ao mesmo mês de 2019. A Polônia foi o país com maior crescimento, tanto em percentual como e volume, 4,5% traduzidos em 47.000 toneladas a mais de leite. Em seguida vem a Irlanda com a produção subindo 2,9%, proporcionando 30.000 toneladas de leite extra para as indústrias, em comparação com a campanha anterior. Holanda e Espanha tiveram cifras similares com aumentos percentuais de 0,9% e 0,7%, e 11.000 e 5.000 toneladas a mais de leite. (Diario Lehcero – Tradução livre: Terra Viva)

                

 
Audiência pública debate propostas do governo para Reforma Tributária nesta quinta-feira
Debater as propostas enviadas pelo governo do Estado referentes à Reforma Tributária. Esse é o objetivo da audiência pública virtual que será realizada nesta quinta-feira (27/8), a partir das 14h. O encontro será transmitido através do canal no YouTube da TV Assembleia (https://www.youtube.com/user/tvalrs), do Facebook da ALRS, do canal aberto 61.2 e do Canal 16 da Net. A audiência foi convocada pelo presidente da Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa, deputado Luís Augusto Lara (PTB) e pelo Relator da Subcomissão para tratar da Reforma Tributária, deputado Giuseppe Riesgo (NOVO).
 

 

 

Porto Alegre, 25 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.292

Mapa aprova a lista de usuários prévios não impedidos de usar nomes protegidos como Indicação Geográfica

Foi publicado, hoje, no Diário Oficial da União a PORTARIA Nº 2, DE 24 DE AGOSTO DE 2020 que aprova a lista de usuários prévios não impedidos de usar nomes protegidos como Indicação Geográfica, nos termos do Acordo de Associação Mercosul-União Europeia.

No caso dos queijos, os nomes protegidos são: Parmesão, Reggianito, Fontina, Gruyère, Queso Manchego, Grappamiel, Grana, Gorgonzola e cada um possui uma data de corte específica. Entre as bebidas estão Genebra e Steinhaeger.

As pessoas físicas ou jurídicas, que já utilizavam esses nomes até uma data de corte negociada, poderão continuar fazendo uso comercial dos nomes, por serem considerados usuários prévios.

Na portaria também encontra-se o resultado da consulta pública realizada nos termos da Portaria nº 1, de 08 de julho de 2020.
O MAPA aceitará recurso ao resultado da portaria até o dia 01/09/2020, mediante envio de documentação comprobatória completa no e-mail: tnt.sri@agricultura.gov.br  Acesse aqui a lista de usuários na PORTARIA Nº 2, DE 24 DE AGOSTO DE 2020. (Terra Viva / DOU)
           

Leite tem alta de 3,83% no RS
O valor de referência do leite no Rio Grande do Sul atingiu R$ 1,5082 no mês de agosto, 3,83% acima do consolidado de julho (R$ 1,4526). O valor segue tendência nacional de alta e é o mais elevado da série histórica do Conseleite/RS. Segundo dados apresentados nesta terça-feira (25/08), o que se verifica neste momento é um aumento de demanda e importações desfavorecidas pelo câmbio valorizado. O queijo mussarela destacou-se com recuperação de preço, principalmente, em função de mudanças nos hábitos de consumo. “O mercado está aquecido. Nos últimos 14 anos, nunca atingimos esse valor, o que é compreensível no momento atual. A dúvida agora é se essa valorização terá seguimento ao longo do ano”, pontuou o professor da UPF e responsável  pelo levantamento do Conseleite, Marco Antonio Montoya.

Segundo o presidente do Conseleite, Rodrigo Rizzo, o cenário é de valorização do leite e de reconhecimento do trabalho no campo, uma vez que o produtor também vem recebendo mais por litro. “É um momento justo para o setor em função de nossos custos”, completou o vice-presidente do Conseleite, Alexandre Guerra.  Ele citou que, apesar de estarmos em plena safra, as indústrias estão trabalhando com estoques menores, o que garante maior giro  e melhor operação. “O setor lácteo está passando pelo seu pico de produção e captação, e o preço está em um patamar adequado que reflete o cenário e o auxílio-emergencial concedido pelo governo”, salientou Guerra. 

Rizzo alertou que, com o aumento do preço do leite, acende-se uma luz amarela em relação à retomada da atratividade das importações.  Apesar da valorização cambial, as aquisições externas voltam a ser uma opção de oferta, o que já se verifica nos números da balança comercial de lácteos nos meses de julho e agosto. “É algo que deixa o setor em alerta”, ponderou o presidente. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Fundesa-RS tem nova composição
Foi aprovada e formalizada na sexta-feira (21), em assembleia extraordinária, o ingresso de duas novas entidades no Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul. 

A Federação das Cooperativas Agropecuárias do RS e a Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça passam a fazer parte do fundo. A adesão das novas entidades, que já vinha sendo discutida há alguns meses, tem objetivo de contribuir para o fortalecimento do fundo. 

Conforme o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, cada vez mais os fundos privados vêm ganhando relevância frente ao cenário de avanço sanitário em todo o país. “Com o ingresso dos novos participantes, o Fundesa segue com o desafio de manter a celeridade nas ações, a credibilidade junto aos órgãos oficiais e com a transparência na gestão de recursos”.

O presidente da FecoAgro-RS, Paulo Pires destacou que “entrar para o Fundesa era uma demanda das próprias cooperativas e representa orgulho para a entidade”. Já o presidente da Febrac, Leonardo Lamachia, o ingresso no Fundo “representa motivo de júbilo e responsabilidade já que cada vez mais sua missão ganha importância diante do avanço de status sanitário do Rio Grande do Sul”.

A partir de agora, os Conselhos Técnicos Operacionais do Fundesa, responsáveis pela elaboração e sugestão de projetos nas quatro cadeias produtivas que compõem o fundo, ganham a participação de representantes das duas entidades. 

A necessidade de reforço do Fundesa, mencionada em todos os encontros relacionados à retirada da vacinação contra a febre aftosa será a primeira pauta da nova composição dos Conselhos Técnicos Operacionais. Os grupos têm até o dia 30 de setembro para reavaliar critérios existentes, redimensionar a necessidade de recursos e apresentar sugestões para garantir o aumento da arrecadação do fundo.

Sobre o Fundesa: O Fundesa, criado em 2005, tem a missão de propor e apoiar o desenvolvimento de ações de defesa sanitária animal, além de garantir agilidade e rapidez na intervenção em casos de eventos sanitários e posterior indenização dos produtores. O fundo é composto agora por dez entidades: Federação da Agricultura do RS, Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS, Sindicato das Indústrias de Carnes do RS, Sindicato das Indústrias de Suínos do RS, Sindicato da Indústria de Laticínios, Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas, Associação Gaúcha de Avicultura, Associação dos Criadores de Suínos do RS, Federação das Cooperativas Agropecuárias do RS e Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça. (FUNDESA)
                

 
RS reforça vigilância e aumenta a fiscalização 
No Rio Grande do Sul, o chefe da Divisão de Fiscalização e Defesa Sanitária Animal do Estado, Fernando Groff, avisa que não há previsão de que o Estado faça o mesmo, fornecendo os chips para rastreio dos animais. Mas Groff pondera que o rastreamento não é fundamental nesse processo. Outras medidas, porém, estão em fase final de implantação, e são consideradas essenciais. Groff cita o reforço na vigilância rural por meio do programa Sentinela, com aumento da fiscalização e maior uso de georreferenciamento. Também há um processo aberto para contratação terceirizada de 150 auxiliares administrativos para o setor e foram adquiridas 72 camionetes para melhorar a estrutura de defesa sanitária. Outras 28 unidades ainda serão fornecidas pela União. (Jornal do Comércio)
 

 

 

Porto Alegre, 24 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.291

Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 21 de Agosto de 2020 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Julho de 2020 e a projeção dos valores de referência para o mês de Agosto de 2020. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.
 
VALORES DE REFERÊNCIA1 DA MATÉRIA-PRIMA (LEITE)
 
1 - Valor, em R$/litro, para o leite posto propriedade com Funrural incluso.

Períodos de apuração
Mês de Junho/2020: De 01/06/2020 a 29/06/2020
Mês de Julho/2020: De 29/06/2020 a 02/08/2020
Decêndio de Agosto/2020: De 03/08/2020 a 16/08/2020

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Sistema Faesc)

 
           

Whey protein: Sooro Renner Nutrição faz seu 1º embarque para o Chile
Os constantes investimentos em tecnologias de produção e inovação em produtos, além das certificações BRC FOODS e FSSC 22000, fizeram com que a Sooro Renner fosse precursora no Brasil na produção de whey protein concentrado 34%, 60% e 80% e a primeira da América Latina a produzir whey protein isolado. Hoje a empresa produz mais de 50 mil toneladas por ano em duas plantas industriais estrategicamente instaladas no sul do país. 

 
No dia 21 de agosto de 2020, a empresa realizou o primeiro embarque de produtos lácteos para o Chile, uma carga de 25 mil quilos de whey protein concentrado 34%. A exportação ocorreu por meio da planta industrial de Marechal Cândido Rondon e teve como destino Santiago, capital do Chile.

Em junho de 2020, foi concretizada a primeira exportação para o  continente Asiático: “O embarque para o Chile é muito representativo para nós e é a certeza que estamos no caminho certo e que nossos produtos atendem às mais rigorosas especificações técnicas de qualidade a nível mundial”, apontou o Diretor Comercial e Marketing, Claudio Hausen de Souza.

“Em meio ao cenário de pandemia, nós continuamos nosso trabalho sempre investindo em infraestrutura, tecnologia e acreditando na recuperação da economia como um todo”, ressaltou Souza.

Ampliação da capacidade produtiva: A Sooro Renner está investindo na ampliação do parque Industrial de Marechal Cândido Rondon no Paraná, a obra tem previsão de conclusão no primeiro semestre de 2021. Com esse investimento a capacidade de produção de soro de leite e seus derivados deve chegar a 230 toneladas por dia, nas duas plantas. (As informações são da Assessoria de Imprensa da Sooro Renner)

Desemprego sobe e atinge 12,3 milhões 

São 438 mil pessoas desocupadas a mais do que em junho, um aumento de 3,7%
 
O número de desempregados no Brasil chegou a 12,3 milhões em julho, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São 438 mil pessoas desocupadas a mais do que em junho, um aumento de 3,7%. Em paralelo, o instituto detectou a terceira expansão seguida na cobertura do auxílio emergencial, que passou a alcançar 107,1 milhões de brasileiros, mais da metade da população (50,7%).

Técnicos do IBGE e economistas ouvidos pelo Valor afirmam que, embora esperado, o aumento do desemprego em julho aconteceu sob bases diferentes de meses anteriores.

Ao limitar a circulação, a pandemia fez aumentar o número de pessoas fora da força de trabalho, ou seja, quem não procura emprego e, por isso, não é considerado desocupado. Com a crescente flexibilização do isolamento, porém, esperava-se que as pessoas voltassem à busca por vagas e o contingente fora da força caísse, aumentando a pressão sobre o mercado de trabalho. O fenômeno aconteceu em junho, mas não se repetiu em julho.

Nesse mês, a população fora da força cresceu 2,1% com relação ao dado de junho, somando 76,5 milhões de pessoas. Isso levou especialistas a descartarem sua dinâmica como principal fator gerador do desemprego no país. Mais grave, dizem, o desemprego provavelmente foi alimentado por novos cortes de pessoal ou fechamento de empresas. Segundo o IBGE, no quinto mês da pandemia, a taxa de desocupação do país subiu para 13,1%, ante 12,4% em junho.

“O fim do primeiro semestre é um período em que a ocupação tradicionalmente diminui, mas isso está intensificado pela pandemia. Temos observado muitas empresas fecharem as portas ou dispensarem mais pessoas”, diz a gerente da pesquisa do IBGE, Maria Lúcia Vieira.

Economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação GetulioVargas (Ibre/FGV), Daniel Duque concorda com essa leitura, mas afirma que, nos próximos meses, sobretudo no quarto trimestre, as variações no desemprego devem se associar novamente à redução do desalento.

“Não há nenhum sinal de recuperação do trabalho, exceto a redução dos afastados. E esse afastamento mascarava o número de desocupados. Em julho, com a flexibilização e a volta dessas pessoas, elas mesmas podem ter sido demitidas ou abriram espaço para outros cortes”, diz Duque.

O IBGE mostrou que, dos 81,5 milhões de ocupados em julho, 9,7 milhões estavam afastados do trabalho. Desses afastados, 6,8 milhões dos casos se deviam ao distanciamento social. Os dois contingentes caíram, respectivamente, 34% e 42,6% ante junho. Entre os que permaneciam trabalhando em julho, 8,4 milhões o faziam remotamente, parcela 3,3% menor que a do mês anterior.

Para Duque, a redução do número de ocupados ainda deve pesar sobre a taxa de desemprego nos próximos meses. Além da crise em si, diz ele, o aumento gradativo do número médio de horas trabalhadas pode ser um fator marginal de estímulo a demissões quando a demanda ainda está baixa. Para o desemprego oficial (Pnad Contínua), ele projeta desemprego de 13,6% em julho e, no ano, taxa de 13,2%.

Mecanismo de redução dos danos no trabalho, o auxílio emergencial chegou a 30,2 milhões de lares em julho, 44,1% do total e onde moram mais da metade dos brasileiros. Em maio, primeiro mês de medições, o socorro chegava a 26,3 milhões de casas (38,7%) e, em junho, a 29,4 milhões (43%).

Duque reconhece a importância do instrumento, mas diz que seu peso na recuperação da massa de rendimentos tem caído. O auxílio teria ancorado metade da recuperação dos rendimentos em junho, mas só 20% em julho. “O fim das reduções de salário e o aumento das horas trabalhadas já têm sido mais importantes para a renda do que o auxílio em si”, diz Duque. (Valor Econômico)
                

 
Mapa publica norma de identidade e qualidade para sobremesa láctea
Foi publicada, na última sexta-feira (21), a Instrução Normativa n º 84 que dispõe sobre a identidade e os requisitos de qualidade, que deve apresentar o produto denominado sobremesa láctea. Entende-se por sobremesa láctea, o produto lácteo composto pronto para o consumo, elaborado a partir da mistura de leite, em suas diversas formas, padronizado ou não em seu teor de gordura, proteína, ou ambos, com derivados lácteos ou substâncias alimentícias, ou ambos, previstos neste Regulamento Técnico, podendo ser adicionada de amidos, amidos modificados e maltodextrina. Confira aqui a IN nº 84, de 17 de agosto de 2020. (DOU)

 

 

 

Porto Alegre, 21 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.290

Arrecadação federal cai 17,7%, mas ritmo de perda desacelera 
Resultado é o pior para julho em 11 anos, segundo a Receita

 
A arrecadação federal atingiu R$ 115,99 bilhões em julho, valor 17,7% abaixo, em termos reais, do obtido no mesmo mês do ano passado. Foi o pior resultado para o mês em 11 anos, mas ainda assim a queda veio em menor magnitude do que as registradas em abril, maio e junho, quando os resultados ficaram perto de 30% abaixo dos verificados em iguais períodos de 2019.

Essa aparente reação poderia ter sido um pouco maior, se não fosse o volume recorde de compensações tributárias realizadas em julho: R$ 18,70 bilhões, 95,83% a mais que no mesmo mês do ano passado. O crescimento nessas operações explica em parte o desempenho das receitas federais no mês.

O chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias, afirmou que indicadores como a emissão de notas fiscais eletrônicas apontam para a recuperação da atividade. Mas parte das vendas pode não se refletir em resultado de caixa, por ser parcelada, por exemplo. O importante, acrescentou, é que “se houve compensação é porque houve débito”.

“Só existe compensação porque tem tributo a pagar. Isso porque a atividade realmente está sendo retomada”, afirmou, frisando que a “perspectiva é positiva” e que a equipe não vê “nenhum sinal contrário a isso”.

A pandemia e as medidas adotadas pelo governo para combater seus efeitos seguiram determinantes para o resultado da arrecadação em julho. A redução a zero do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) sobre operações de crédito diminui as receitas em R$ 2,35 bilhões. Já os diferimentos de impostos tiveram impacto de R$ 516 milhões.

Desconsiderando esses fatores, classificados como não recorrentes pelo fisco, a queda das receitas administradas, que foi de 15,35% em julho, teria sido menor, de 5,72%, destacou Malaquias. No mês passado, as receitas próprias de outros órgãos royalties de petróleo, por exemplo - somaram R$ 5,45 bilhões, queda real de 47,24% em relação ao mesmo mês de 2019.

O comportamento das principais variáveis macroeconômicas também influenciou a arrecadação. Em relação a julho de 2019, a produção industrial caiu 10,05% no mês passado, as vendas de bens, 0,9%, e as vendas de serviços, 12,1%. A massa salarial nominal caiu 9,98%, e o valor em dólar das importações, 28,55%.

Na mesma divulgação, o coordenador-geral de Modelos e Projeções EconômicoFiscais da SPE, Sergio Gadelha, reforçou que, apesar de ainda haver “muitas incertezas”, a economia está em processo de recuperação desde o fim de maio. Ele exibiu diversos indicadores de confiança dos empresários, apontando para uma trajetória positiva.

No ano, o recolhimento atingiu R$ 781,95 bilhões, baixa real de 15,16% ante o mesmo período de 2019. Também foi o pior resultado para o período de 2009.

No corte por setores da economia, os dados mostram que a retração foi menor no atacadista, em que a queda real nos recolhimentos - exceto Previdência - foi de 2,93% de janeiro a julho comparado com igual período em 2019. No outro extremo, os recolhimentos no setor de combustíveis recuaram 58,45%.

O setor de alimentação é outro que apresenta recuo bem acima da média: 40,72%. O recolhimento de impostos e contribuições federais administrados pela Receita na fabricação de veículos automotores recuou 33,67%. No setor de eletricidade, a queda foi de 30,13%, e, nas entidades financeiras, de 20,45%. No ano, o governo deixou ainda de arrecadar R$ 64,142 bilhões devido a desonerações tributárias, como o Simples Nacional e cesta básica. (Valor Econômico)

            

Piá firma parceria com Banrisul 
A Piá firmou uma importante parceria com o Banrisul. Através do programa Banriagro Custeio, os associados da cooperativa terão acesso a recursos disponibilizados pela instituição bancária para custeio agrícola e pecuário.  

De acordo com o presidente da Piá, Jeferson Smaniotto, a empresa vem trabalhando junto a parceiros e agentes financeiros para facilitar o acesso do produtor rural a linhas de crédito. “Nesse momento de pandemia, ações como essa que colocam recursos diretamente nas mãos do produtor são essenciais, pois amenizam os impactos da Covid-19 na economia e na vida do associado, que precisa se manter competitivo e continuar na atividade produtiva de maneira sustentável”, explica.  

O executivo destaca que, com o programa, o agricultor terá a garantia de recursos para pequenos investimentos, como a melhoria da propriedade, a formação de lavouras para a silagem e a ampliação e qualificação do rebanho leiteiro, com a aquisição de vacas com taxas de juros moderados e um prazo de até 36 meses para pagar.  

A Piá vai disponibilizar, ainda, o programa “Aquisição de Rações Bonificadas”, que poderá ser adquirido quando o associado contratar rações por um tempo específico. “No final do período contratado, se o produtor cumprir todas as etapas do processo e as regras estabelecidas, nós o remuneramos com R$ 0,02 por cada litro de leite entregue no período de vigência do programa. Isso é uma das vantagens que oferecemos ao agricultor”, informa Smaniotto.  

Além destas linhas, também serão disponibilizados créditos para aquisição de sementes de milho, sementes de pastagem, sementes forrageiras, entre outros insumos necessários para a produção de leite. “Existem linhas de crédito especiais que podem ser trabalhadas de forma compartilhada ou por parcerias construídas com a Cooperativa, o produtor e agentes financeiros”.  

Para acessar as linhas de crédito, a Piá coloca à disposição do produtor rural associado técnicos que farão a elaboração dos projetos sem nenhum custo. Os profissionais orientam e calculam a necessidade dos investimentos, de acordo com o tamanho da propriedade e o número de animais existentes. “O cooperativado que tiver interesse deve contatar os técnicos em uma das nossas unidades. Todos estão plenamente habilitados e são conhecedores do Banriagro Custeio para indicar o que é melhor para o associado. Essa também é mais uma das facilidades que a Cooperativa oferece”, finaliza.  (Cooperativa Piá)

Como aumentar o consumo de leite entre as crianças?
O consumo de leite entre as crianças vem diminuindo há décadas, portanto, compreender e atender às necessidades delas é crucial para reverter o declínio. Em um artigo publicado no Journal of Dairy Science, cientistas da North Carolina State University e da Cornell University estudaram os principais contribuintes para aumentar o consumo de leite entre as crianças.

Os fatores avaliados no estudo incluíram tendências alimentares, requisitos nutricionais e de programas de alimentação escolar, percepções e preferências das crianças e influências ambientais. Entre essas influências, o sabor e o hábito foram os principais impulsionadores do consumo de leite a longo prazo. Fatores intrínsecos variaram em influência sobre a preferência por leite, mostrando que aromatizantes, tratamento térmico e adoçantes se correlacionaram positivamente com maior consumo. Fatores extrínsecos, como influência social (ou seja, colegas, pais ou responsáveis e funcionários da escola), embalagem e benefícios para a saúde, afetaram as atitudes das crianças em relação ao leite também.

“Tornar o leite mais atraente para as crianças, fazer com que as escolas incluam leite em seus planos de alimentação e aumentar os tipos de leite disponíveis nas escolas são opções positivas para incentivá-las a consumir leite fluido e receber esses benefícios de saúde”, disse a autora sênior, Dra. MaryAnne Drake Departamento de Alimentos, Bioprocessamento e Ciências da Nutrição, Universidade Estadual da Carolina do Norte, Raleigh, NC, EUA. “As descobertas neste estudo revelam percepções críticas que ajudarão nos esforços para aumentar o consumo de leite entre as crianças.”

Entender como criar produtos lácteos que sejam atraentes para as crianças sem comprometer os benefícios à saúde e tomar nota dos vários fatores que influenciam a escolha são necessários para incentivar e aumentar o consumo de leite por toda a vida. (As informações são do Dairy Industries International, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
                

 
‘Brasil será o maior produtor de alimentos do mundo até 2025’
Produção de alimentos - Brasil voltou a ser o maior fornecedor de açúcar para o mercado chinês, respondendo por 60% das importações do país asiático em junho, de acordo com a Administração Geral da Aduanas da China. As importações chinesas de açúcar brasileiro, que tinham somado apenas 145,3 mil toneladas entre janeiro e maio, deram um pulo em junho: o volume exportado no mês foi de 239,4 mil toneladas, crescimento de 477% em relação ao mês passado. Em 2017, Pequim submeteu o açúcar brasileiro às taxas para proteger a produção doméstica. Este ano, o Brasil abandonou uma denúncia na Organização Mundial do Comércio (OMC) e evitou a abertura de um comitê de investigação contra a China por causa da sobretaxa, depois que Pequim se comprometeu a não estender para além de maio de 2020. Assim, a tarifa fora de cota, que era 85%, voltou a ser de 50%. O comentarista do Canal Rural Miguel Daoud afirma que notícia é excelente e que o Brasil tem as condições necessárias para atender essa demanda. “Vários países, principalmente a China, que mais demanda produção agrícola, está enfrentando problemas de seca e enchentes. O mundo está vivendo um momento com temperaturas extremas, o que acaba levando a um aumento de demanda grupal”, diz. Daoud acredita que, dentro de cinco anos, o Brasil será o maior produtor de alimentos do mundo, mas para que isso se converta em renda para o produtor serão necessários ajustes. Em relação à China, o comentarista acredita que precisamos manter uma boa relação diplomática com o país asiático. “Temos que ter bom relacionamento para a China trazer recursos e trazer desenvolvimento”, finaliza.  Acesse ao vídeo. (Canal Rural)
 
 

 

 

  

Porto Alegre, 20 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.289

Novo sistema do Programa Mais Leite Saudável agiliza habilitação de projetos

Implantado no primeiro semestre deste ano, o novo sistema que habilita laticínios, agroindústrias e cooperativas de leite no Programa Mais Leite Saudável vem imprimindo agilidade nos processos de avaliação de projetos apresentados pelas empresas. A operação agora é feita exclusivamente de forma online através do Portal de Serviços do governo federal (https://www.gov.br/pt-br). Após, clicar na categoria “Agricultura e Pecuária”. Na sequência, em “Licenciamento e Habilitação” e “Mercado Interno”. Neste link estará “Habilitar Laticínios ou Cooperativas de leite no Programa Mais Leite Saudável” por onde poderá enviar o projeto, via web, de qualquer local do país.

O Programa Mais Leite Saudável permite às empresas participantes utilizar créditos presumidos do PIS/Pasep e da Cofins, da compra do leite in natura utilizado como insumo de seus produtos lácteos. As ações propostas devem corresponder, no mínimo, a 5% do valor de créditos a que tem direito. 

De acordo com o auditor fiscal federal agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Roberto Lucena, a migração para a plataforma online, além de agilizar as habilitações, permite a consolidação de resultados de uma forma mais ampla, uma vez que as planilhas são analisadas em uma única ferramenta. De acordo com ele, os projetos entregues antes desta sistemática permanecem em análise no modelo anterior. 

Segundo dados atualizados referentes ao Rio Grande do Sul, até agora foram 101 projetos ingressos no Programa Mais leite Saudável, sendo que 45 estão concluídos. “Isso significa mais de 40 mil produtores beneficiados direta e indiretamente, num investimento que supera os R$ 85 milhões nas mais variadas ações de atendimento ao produtor rural”, destaca Lucena.

A fim de se enquadrar na iniciativa, é preciso apresentar um projeto com foco em assistência técnica gerencial com, no mínimo, 5% do valor dos créditos a que o estabelecimento tem direito. Ao participar do programa a cooperativa ou laticínio passa a contar com a possibilidade de utilizar os créditos gerados a partir da compra e processamento do leite. A intenção, com o novo sistema, é trazer mais agilidade, transparência e controle dos projetos aprovados. “Essa era uma antiga reivindicação nossa e da cadeia produtiva, que agora pode ser acessada a qualquer tempo e local”, completa.  

 
Estão disponíveis um vídeo explicativo e um manual para envio de projetos. Manual e Vídeo (Assessoria de Imprensa Sindilat/Rs
 
            

Novos produtos ganham força na exportação; lácteos entre eles
Produtos agropecuários menos tradicionais na balança comercial brasileira como cera, mel, lácteos, chás, mate e especiarias têm aumentado a participação nas exportações do país e ajudado a impulsionar os embarques do setor, liderados por grãos e derivados, carnes, produtos florestais, açúcar e etanol e café.

É o que destaca a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que mantém um projeto de promoção dessa cesta de produtos no exterior, além de frutas e pescados, ainda carentes de mercados em outros países.

Os produtos apícolas puxam a lista de novidades, com incrementos de 82,7% no valor e de 87% no volume das exportações em julho na comparação com o mesmo mês de 2019. Nos sete primeiros meses do ano já foram exportadas 25 mil toneladas de cera e mel brasileiros, aumento de 80% em relação aos sete primeiros meses do ano passado.

Conforme os dados compilados pela CNA, os principais clientes desses produtos no exterior são os Estados Unidos, a União Europeia e a Austrália. Os negócios em 2020 já renderam US$ 56 milhões, avanço de 40%.

Mesmo com as dificuldades para engrenar as exportações para a China, por exemplo, as vendas de lácteos brasileiros no exterior também têm melhorado. A receita gerada pelo embarque de 3 mil toneladas desses produtos em julho foi 51% maior que no mesmo mês do ano passado, chegando a US$ 6,7 milhões. O desempenho foi puxado por queijos, leite condensado e leite modificado, de acordo com a entidade. 

No acumulado do ano, o aumento das vendas chegou a 23% em valor, para US$ 40 milhões, e 22% em volume, para 17,4 mil toneladas. No período, houve destaque também os embarques de leite em pó e creme de leite. 

“No caso do leite em pó, o grande volume exportado para a Argélia em janeiro desse ano foi a principal razão para o aumento de US$ 2,8 milhões nas vendas do produto nos primeiros sete meses de 2020”, diz comunicado técnico da CNA. Venezuela, Argentina, República Dominicana, Catar e Paraguai são outros compradores do Brasil nesse segmento. 

Também cresceu o volume e o valor exportado de chás, especiarias e mate. No mês passado, os embarques avançaram 53% em relação a julho de 2019 e chegaram a US$ 30,4 milhões, ou 17 mil toneladas. Nos sete primeiros meses de 2020, já foram comercializadas 104 mil toneladas, que renderam US$ 203 milhões - 20% a mais que no ano passado. 

A pimenta do reino é o carro-chefe nessa área. No ano, as exportações mensais foram sempre superiores a US$ 12 milhões. O mate também apresentou variação positiva em julho. Na contramão está apenas o chá verde. Os principais destinos dos produtos do segmento no ano foram a União Europeia (US$ 38,3 milhões), Uruguai (US$ 37,2 milhões) e EUA (US$ 32,5 milhões). 

Apesar das altas nos volumes embarcados em julho, frutas e pescados ainda apresentam quedas expressivas no acumulado do ano. (As informações são do Valor Econômico)

Conseleite/MG 
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 19 de agosto de 2020, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, aprova e divulga: 
a) os valores de referência finais do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Junho/2020 a ser pago em Julho/2020. 
b) os valores de referência finais do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Julho/2020 a ser pago em Agosto/2020. 
c) os valores de referência projetados do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Agosto/2020 a ser pago em Setembro/2020.

Períodos de apuração:
Mês de Junho/2020: De 29/05 a 02/07/2020
Mês de Julho/2020: De 03/07 a 30/07/2020
Decêndio de Agosto/2020: De 31/07 a 13/08/2020
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural. (Faemg)

                 

 
Produção de leite fluido da Argentina será a menor em 10 anos
Segundo relatório setorial, a indústria de laticínios argentina atingirá o menor nível de atividade dos últimos dez anos em 2020. De acordo com estudo da consultoria Claves, com base em dados oficiais e fontes privadas, a deterioração setorial no setor de leite fluido na última década se refletiu em uma queda de 33% no volume produzido. O documento mostra a tendência de queda registrada no mercado de lácteos argentino desde 2010 até o momento, com exceção de uma leve recuperação registrada entre 2011 e 2012. Considerando os valores de 2010, e com base na atividade do ano corrente, a produção de leite será reduzida em 593 mil litros, enquanto a queda no iogurte chegará a 134 mil toneladas. Enquanto em 2010 a produção de leite atingiu 1.781.111 litros e iogurte 490.834 toneladas, as projeções setoriais indicam que este ano o nível de produção atingirá cerca de 1.187.000 litros de leite e 357.000 toneladas de iogurte. Segundo dados do Observatório da Cadeia Leiteira (OCLA), cerca de 47% do leite produzido nas fazendas leiteiras é utilizado pela indústria para a produção de leite em diferentes formas (líquido, em pó, desnatado), e 17% deixa as fábricas como leite fluido (refrigerado ou não). Em relação ao iogurte e outros leites fermentados, eles correspondem a apenas 4,1% do leite total que as plantas recebem. Fontes industriais confirmaram que desde 2010 até o momento, o iogurte perdeu presença em 24% dos lares do país, o que significa que mais de 3,2 milhões de famílias argentinas deixaram de consumir esse alimento. “A queda no nível de renda das famílias, somada às restrições tanto na oferta quanto na demanda, explicam a contração que vem sofrendo o consumo de bens e serviços em geral”, diz o relatório do consultor. (As informações são do Clarín, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

 

 

Porto Alegre, 19 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.288

Publicada no Diário Oficial alterações no RIISPOA

Foi publicado hoje, no Diário Oficial da União, o DECRETO Nº 10.468, DE 18 DE AGOSTO DE 2020 que dispõem sobre o regulamento da inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal.

Este decreto passa a vigorar com alterações no RIISPOA - Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal. Dentre as alterações estão as exigências relacionadas à temperatura de conservação do leite.

Acesse em arquivos as alterações e as perguntas e respostas relacionadas aos Decreto. (Terra Viva) 

            

Conseleite/MS
A diretoria do Conseleite – Mato Grosso do Sul atendendo os dispositivos do seu Estatuto, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de julho de 2020 e a projeção dos valores de referência para o leite a ser entregue no mês de agosto de 2020. 

Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor.


 
OBS: (1) Os valores de referência da tabela são para a matéria-prima leite “posto propriedade”, o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural 

(2) O valor de referência para o “Leite Padrão” corresponde ao valor da matéria-prima para um volume médio diário de até 100 litros por dia, com 3,00 a 3,5% de gordura, 2,90% a 3,30% de proteína, 200 a 400 mil c/ml de células somáticas e 150.001 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. 

(3) Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme parâmetros de qualidade e volume, o Conseleite Mato Grosso do Sul disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função do volume e de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: sistemafamasul.com.br/conseleitems/

Leite/Oceania
Está apenas iniciando a produção de leite da próxima estação. Sazonalmente a produção é baixa e vai aumentando nos próximos meses. 

Os produtores se adaptam aos novos tempos e procuram estão saindo dos padrões tradicionais de venda de leite. A seca recente resultou em mais opções para os produtores de Victoria, que agora podem levar para New South Wales e Queensland. Outro fator que leva à mudança dos padrões é que os processadores estão dispostos a estender ainda mais as rotas dos caminhões para garantir o fornecimento de leite. Os processadores agora são obrigados a publicar contratos online para que os produtores de leite possam escolher os preços oferecidos e avaliar opções. Isso também resultou em novas formas de vender o leite. 

 
Em junho de 2020 a produção de sólidos na Nova Zelândia foi de 20,3 milhões de quilos, aumento de 2% mais que os 19,9 milhões de quilos em junho de 2019. Também as 230 milhões de toneladas de leite em junho de 2020 foram 1,8% mais que as 226 milhões registradas um ano antes.

A produção do mês de junho é sazonalmente a menor do ano. Sobe normalmente um pouco em julho, elevar consideravelmente a partir de agosto, quando o volume quadruplica. Assim, os dados oficiais de junho têm pouco significado para a temporada. Alguns observadores relatam que na Ilha Norte o clima excelente está propiciando boas pastagens. A temporada de parições está começando e está bem preparada. Se as condições do tempo continuarem, a temporada pode ser muito positiva para a produção de leite.  (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


                 

 
Troca da guarda
Prevista para abril deste ano, a troca no comando da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) ocorre hoje em cerimônia virtual. O ex-ministro da Agricultura Francisco Turra deixa a presidência e passa a integrar o conselho consultivo da entidade. Ricardo Santin, diretor-executivo, assume o comando, em uma transição programada desde o ano passado. Por conta da pandemia, o processo acabou sendo adiado. (Zero Hora)
 
 

 

 

Porto Alegre, 18 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.287

GDT – Global Dairy Trade

A oferta confortável de produtos no GlobalDairyTrade – Evento 266 de 18 de agosto de 2020 manteve o enfraquecimento dos preços. 

O Índice geral caiu 1,7%, um percentual mais moderado do que o verificado no início do mês, e resumiu a queda geral em praticamente todos os produtos, menos o leite em pó desnatado (SMP) que subiu 1,1%. Ainda assim sua cotação está 14% menor do que a verificada no primeiro evento de 2020, embora tenha aumentos de 34% e 5% quando comparado com os valores registrados em agosto de 2018 e agosto de 2019, respectivamente.

 

 
O leite em pó integral (WMP) registrou nova queda, ficando agora com o preço abaixo dos US$ 3.000/tonelada, valor considerado de equilíbrio para o pagamento dos produtores de leite da Fonterra, na Nova Zelândia. Sustenta uma cotação acima dos níveis verificados durante o período mais grave da pandemia de Covid-19, quando as incertezas geradas pela interrupção de redes de fornecimento e produção na Europa e Estados Unidos convulsionaram o setor. Mas, já está com um preço 7% menor do que o registrado no primeiro leilão do ano. As perspectivas futuras tanto para o SMP como WMP mostram fraqueza, podendo chegar ao final do ano com valores menores do que os negociados hoje.
Comparando com agosto de 2018 existe ganho de 2%, mas perde 5% em relação a agosto de 2019.   
A manteiga anidra perdeu parte do ganho que havia obtido entre junho e julho, e acumula perdas de 21,4% em relação ao valor do início do ano. As perdas também são de 27% e 23% em relação às cotações verificadas na segunda quinzena de agosto de 2018 e 2019, respectivamente.
O índice GDT se aproxima dos níveis registrados durante a depressão sofrida pelo Covid-19, entre 17 de março e 16 de junho deste ano, mas, também acumula perdas quando comparado com o início do ano, e com agosto de 2018 e agosto de 2019.      
 
            

Conseleite–Paraná 
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 18 de Agosto de 2020 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Julho de 2020 e a projeção dos valores de referência para o mês de Agosto de 2020, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.


 
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Agosto de 2020 é de R$ 2,6458/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br.

Leite/Europa
Operadores de fábricas da Alemanha acreditam que a produção de leite terminou julho com alguns percentuais acima dos registros da mesma semana de 2019. 

O declínio sazonal do final do mês foi a metade do declínio da semana anterior. Na França os relatos são semelhantes. O leite captado no final de julho é cerca de 2% maior do que o recebido na mesma semana do ano passado.

Esta semana uma onda de calor atingiu o Norte da Europa, incluindo Alemanha e França. A Alemanha registrou temperaturas de 95º Fahrenheit, [35ºC]. Na França era em torno de 90º, [32,2ºC]. A expectativa é de que o calor será breve, mas pode acelerar o declínio sazonal. A fabricação de produtos lácteos está declinando junto com a produção de leite, e enfrenta uma demanda crescente, principalmente de consumidores que voltaram de longos períodos de férias em julho. Isso fez aumentar o preço do creme no mercado spot. 

Enquanto os números oficiais da União Europeia (UE-27), sem o Reino Unido (RU) são aguardados, dados do RU foram divulgados. A produção de leite no acumulado do ano até junho caiu 0,6% em relação ao mesmo período de 2019, mostram os dados da Eurostat divulgados pela Eucolait. A produção em junho de 2020, no entanto, subiu 0,1% em relação a junho de 2019.

O leite excedente foi encaminhado, prioritariamente para a fabricação de queijo e leite em pó integral (WMP). No mês de junho a produção de queijo subiu 4,3% em relação a junho de 2019 e no acumulado do ano, o crescimento foi de 0,9%. Já o WMP produzido em junho ficou 5,6% acima do volume fabricado em junho de 2019, e de janeiro a junho de 2020, o crescimento foi de 4,5%.

A produção de manteiga, no entanto, declinou 1,5% no primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 2019, e a produção de leite em pó desnatado (SMP) caiu 16%.

As negociações formais entre a UE-27 e o RU sobre as questões comerciais do Brexit estão suspensas até o final de agosto. Historicamente, significativo volume dos queijos e do WMP produzidos no RU vão para consumidores da UE-27. A demanda de queijo é considerada estável. Os estoques dos queijos maturados estão relativamente baixos, mas, os fabricantes dizem que estão com níveis adequados. É preciso lembrar que existe queijo no programa de Ajuda ao Estoque Privado (PSA) que foi encerrado em 30 de junho de 2020. Esse queijo pode ficar estocado entre 60 e 180 dias, podendo ser colocado no mercado quando for retirado do programa.

Um novo Tratado de Livre Comércio entre a UE e o Vietnã entrou em vigor neste 1º de agosto. As mercadorias já começaram a se deslocar nesse trajeto, e no máximo em cinco anos, todas as tarifas dos lácteos da UE para o Vietnã serão eliminadas. Alguns produtos terão tarifa zero mais cedo.

As exportações de queijo da Bielorrússia de janeiro a junho de 2020 foram 10,1% maiores do que no mesmo período de 2019 de acordo com o site CLAL. A Rússia recebeu a maioria dessas exportações. O soro de leite exportado no primeiro semestre aumentou 44,4% em relação ao 1º semestre de 2019. A Rússia e a China foram os maiores importadores. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

                

 
IN define padrões para soro de leite
Publicada ontem pelo Ministério da Agricultura, a Instrução Normativa (IN) n° 80, que fixa os padrões de identidade e os requisitos de qualidade para o soro de leite e o soro ácido, destinados ao consumo humano, foi bem recebida pela indústria gaúcha de laticínios. Segundo a veterinária Letícia de Albuquerque Vieira, consultora do Sindilat, o soro do leite (subproduto da fabricação de queijo e outros derivados) é um alimento valorizado pelo seu alto teor nutricional, sendo componente da maioria das bebidas lácteas fermentadas. A IN fixa requisitos para obtenção do soro de leite nas suas formas líquida, concentrada e em pó. “Isso traz segurança para a indústria e o consumidor”, destaca a veterinária. (Correio do Povo)