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Porto Alegre, 22 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.312

Conseleite divulga dados e sinaliza novo padrão de consumo
O setor lácteo gaúcho confia em uma retomada rápida da economia nacional e que os hábitos adquiridos pela população durante a pandemia serão incorporados, consolidando um novo padrão de consumo de leite e derivados no Brasil. A projeção foi feita com base nos dados apresentados pelo Conseleite nesta terça-feira (22/09). Com mercado comprador e captação em queda no campo, indústrias e produtores vêm buscando estratégias para elevar a competitividade e driblar a alta dos custos de produção. Segundo o vice-presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, insumos básicos como ração, medicamentos, ingredientes e embalagens tiveram valores elevados, acompanhando a variação cambial.
No campo, o que se verificou no primeiro semestre foi queda da produção inspecionada, com redução de 4,6% da captação do primeiro trimestre e de 5,9% no segundo, conforme o IBGE. Entre os estados avaliados, o Rio Grande do Sul foi o que teve maior redução percentual na região Sul. Ao mesmo tempo, o dólar valorizado segurou as importações no primeiro semestre, o que já está em reversão. O cenário levou à projeção de R$ 1,65 para o valor de referência do litro do leite em setembro. O dado, divulgado pelo Conseleite, indica elevação de 4,36% em relação ao consolidado de agosto (R$ 1,5811). Segundo o presidente do Conseleite, Rodrigo Rizzo, isso reflete a pressão de compra por lácteos no Estado, tendência também verificada em nível nacional em tempos de pandemia. “O auxílio emergencial do governo federal injetou recursos na economia que colaboraram com a recuperação de preços. Com a redução do valor para R$ 300,00, temos que reavaliar”.
As importações de leite já vêm aumentando neste segundo semestre, o que poderá impactar na competitividade do setor. Em agosto de 2020, as aquisições de produtos lácteos pelo Brasil cresceram 39% em relação a julho. “O mercado está demandando e consumindo, mas o Brasil também está recebendo mais leite. Isso significa que precisamos estar em alerta”, ponderou Alexandre Guerra. “Há algo errado na nossa competitividade. Não podemos aceitar qualquer mudança neste momento”, frisou, referindo-se às propostas de Reforma Tributária.
O professor da Universidade de Passo Fundo (UPF) Marco Antonio Montoya cita que a pandemia veio com a valorização das proteínas, possibilidade de incentivo ao consumo do leite, um produto de excelente relação custo-benefício. “O mundo está apontando para uma recuperação mundial com muita liquidez, taxas de juros menores, e isso se reflete em potencial de investimento”, prevê. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

                     

Mapa aprova padrões de identidade e qualidade para soro de leite

Soro de leite - O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta terça-feira (22/09), no Diário Oficial da União, a Instrução Normativa nº 94.
Esta IN aprova o Regulamento Técnico (RTIQ) que fixa os padrões de identidade e os requisitos de qualidade para o soro de leite e o soro ácido, nas formas líquida, concentrada e em pó, destinados ao consumo humano.
Acesse aqui a INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 94, DE 18 DE SETEMBRO DE 2020. (Terra Viva/Diário Oficial da União)

 

Nestlé aposta no cashback e vai devolver até 35% do valor dos produtos da marca

Nestlé - Diante do cenário de incertezas econômicas e redução de renda de boa parte da população, a Nestlé traz uma promoção para ajudar o consumidor a fazer seu dinheiro render mais. A empresa lança, neste mês, a promoção “Dinheiro de Volta com Nestlé”, em uma campanha que devolverá até 35% do valor de produtos da marca nas compras.

Até 31 de outubro, consumidores Nestlé que se cadastrarem na plataforma da promoção – www.dinheirodevoltanestle.com.br – podem ganhar 10% de cashback na compra dos principais produtos da companhia ou 30% em marcas selecionadas, além da possibilidade de 5% adicionais por meio de clubes de fidelidade. Acumulando R﹩ 30,00 de cashback, a Nestlé vai dobrar o valor devolvido ao cliente, sendo a única empresa que possibilitará um rendimento de até 100% para o dinheiro do consumidor, incentivando-o também a poupar com sua carteira digital.

A campanha será realizada em todo o país, com comunicação direta aos consumidores nos pontos de venda parceiros e mídia digital no e-commerce.

Conforme pesquisa realizada em maio deste ano pelo C.Lab, laboratório de pesquisas da Nestlé focado no mercado consumidor, mais de 1/3 dos brasileiros afirmam que a renda diminuiu drasticamente. Neste cenário, a população está buscando maneiras de acertar as contas e equilibrar o orçamento, enquanto marcas e empresas se esforçam para atender às demandas mais urgentes dos clientes. No mesmo estudo, cerca de 40% dos consumidores afirmaram que começaram a buscar mais promoções após o início da pandemia, sendo atraídos principalmente por promoções com benefícios diretos, como descontos nos valores dos produtos.

O Head de Consumer & Marketing Insights da empresa, Diego Venturelli, explica a importância de estar próximo do consumidor e entender suas necessidades. “Além de ser parte integral da cultura da Nestlé, escutar nossos clientes nos ajuda a obter dados que facilitam o direcionamento, de forma ainda mais assertiva, dos serviços e experiências que oferecemos para eles. Os dados ajudam a guiar a estratégia de relacionamento e comunicação com o consumidor, direcionando os esforços para a solução das necessidades reais das pessoas, ainda mais em um momento de crescente necessidade de controle do orçamento”, ressalta.(Newtrade)

 

ALRS | Retirada da Reforma Tributária
O governo acaba de solicitar a retirada de tramitação dos projetos da reforma tributária. O argumento é de que, mesmo com as alterações propostas na semana passada, o governo não teria votos suficientes para aprovar a proposta. Dessa forma, o governo passa a avaliar a apresentação de um novo projeto, a ser sancionado até 30/09, prorrogando até o fim de 2023 a majoração das alíquotas do ICMS, que iriam vencer esse ano. Esse novo projeto ainda pode contar com vestígios de outros pontos da reforma, avisamos quando tivermos mais detalhes. (ALRS)

 

Porto Alegre, 19 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.310

Reforma tributária – Como fica o projeto com as mudanças

                     

Adidos agrícolas encerram encontro virtual com cerca de 500 reuniões realizadas
Os adidos realizam iniciativas para abrir novos mercados, promover os produtos brasileiros e atrair novos investimentos

O 2° Encontro dos Adidos Agrícolas brasileiros, encerrado nesta sexta-feira (18), resultou em quase 500 reuniões em cerca de 90 salas virtuais, com a participação de 46 instituições. Os adidos, que estiveram reunidos durante toda semana, promovem iniciativas para abrir novos mercados, promover os produtos brasileiros e atrair novos investimentos.
Ao encerrar o encontro, o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Marcos Montes, ressaltou o desempenho desses servidores nas negociações internacionais já que o Brasil se tornou uma potência agroambiental.
“Vocês, adidos, também são fiscais do nosso Ministério, mas vocês têm que sair pelo mundo convencendo da qualidade do nosso produto agrícola. Lamentavelmente, pela competitividade, muitas inverdades são ditas do nosso país e nós precisamos fazer esse processo de convencimento, ou seja, a consolidação e o reconhecimento do Brasil como potência do agronegócio. Vocês têm uma grande missão que é colocar o Brasil onde ele merece”, salientou Marcos Montes.
Para o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Orlando Leite Ribeiro, é o agricultor brasileiro que ganha com a maior sinergia entre o Mapa, o Itamaraty e a Apex. “Juntos, podemos mais e fazemos melhor. Os resultados estão aí: 92 mercados abertos desde o início do governo Bolsonaro e recordes mensais nas exportações, apesar da pandemia”, ressalta Orlando Leite Ribeiro, secretário de Comércio e Relações Internacionais do Mapa.
O presidente da Apex-Brasil, Sergio Segovia, comemorou o resultado do encontro realizado em formato virtual por meio da plataforma MS Teams, que, segundo ele, permitiu construir um retrato único do atual estágio de parceria público-privada em relação ao agronegócio brasileiro. “O formato inédito do evento funcionou muito bem, sem prejuízo da consistência ou da fluidez das informações. Ao contrário, tivemos ganhos diferentes com as informações diferenciadas, discussões relevantes e principalmente interação de qualidade”, disse o presidente da instituição.
Segovia afirmou que a ação coordenada entre Apex-Brasil e os ministérios das Relações Exteriores e o da Agricultura, Pecuária e Abastecimento se consolida cada vez mais. “Saímos definitivamente do discurso para alcançar o terreno da ação e atuar de forma estruturada em favor da promoção do agronegócio brasileiro”, disse o presidente da Apex.
O Mapa conta, atualmente, com 24 adidos agrícolas lotados em 22 países (China e Bruxelas contam com dois adidos). A ministra Tereza Cristina, na abertura do encontro dessa segunda-feira (14), comunicou que irá ampliar novos postos de adidos para Paris (OIE e OCDE), Berlim (Alemanha) e Camberra (Austrália). Os países foram escolhidos por sediarem a Organização Mundial da Saúde Animal e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, para ampliar a comunicação do agro brasileiro na Europa e por serem importantes players no mercado agrícola mundial. (MAPA)

 

Leite/Europa
As discussões entre o Reino Unido (RU) e a União Europeia (UE) sobre as relações futuras tomaram uma nova direção recentemente. O RU propôs a rescisão de algumas partes do acordo prévio que afetava as fronteiras da Irlanda do Norte. Isso deixa um elevado grau de incertezas sobre as futuras relações comerciais.
A produção de leite depois da onda de calor do início de setembro é relatada como normal em alguns países. Fontes irlandesas disseram que mesmo em julho, o verão muito chuvoso ajudou no crescimento da produção de leite, e os volumes estão sendo relatados como maiores em comparação com o ano passado.
A mesma perspectiva vem da Alemanha neste início de setembro.

A demanda interna por queijo fatiado na UE é muito boa. Este fato, juntamente com a menor produção de leite durante a recente onda de calor na Alemanha e na França, em particular, comprimiu o fornecimento de queijo. Alguns queijos em maturação foram sacrificados para atender à demanda atual.
Um objetivo de longo prazo é aumentar os queijos em maturação, mas isso não poderá ocorrer agora. Os contratos atuais estão sendo cumpridos. Contratos novos não podem ser firmados.
Dados preliminares da Polônia indicam que a produção de leite em julho aumentou em relação ao mesmo mês do ano passado. A produção também foi superior à média dos últimos três anos. A instabilidade civil na Bielorrússia interrompeu algumas exportações de lácteos. As discussões giram em torno do momento em que a situação será normalizada. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 

Nota de esclarecimento: Guia Alimentar para a População Brasileira
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) não encaminhou ao Ministério da Saúde sugestões para alteração no Guia Alimentar para a População Brasileira (edição 2014). O assunto está sendo debatido internamente, em Câmaras Setoriais do Mapa, tendo como referência princípios científicos. Os textos que circularam nas redes sociais são minutas de documentos internos. Sugerem a revisão do Guia Alimentar, incorporando, entre outros temas, a participação de engenheiros de alimentos na atualização do documento. Destacamos que o debate está em estágio inicial e certamente todos os setores da sociedade ligados ao tema serão ouvidos. (As informações são do Mapa)

 

 

 

Porto Alegre, 18 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.309

Novo prazo para entrega PQFL é 31 de dezembro e contempla práticas emergenciais nos estabelecimentos

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) alerta às empresas associadas sobre decisão do colegiado do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), órgão do Ministério da Agricultura, que prorrogou a entrada em vigor para entrega do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite (PQFL), já na formatação com a última versão do formulário padrão. A partir de solicitação feita por Grupo de Trabalho da Câmara Setorial do Leite, o documento agora poderá ser entregue ao Mapa até 31 de dezembro de 2020. O formulário é o documento que deve ser usado pelos estabelecimentos para enviar os planos ao Mapa.

De acordo com a consultora de qualidade do Sindilat, Letícia Vieira, o novo formulário contempla descrições também sobre ações emergenciais a serem desenvolvidas pelos estabelecimentos, além das ações relativas às boas práticas agropecuárias. “O formulário do PQFL já existia, mas foram feitas adequações para que seja introduzido o campo descritivo relativo às ações emergenciais. Na prática, a prorrogação foi feita para possibilitar a readequação das respostas nos campos a serem preenchidos no formulário, bem como adequações necessárias no plano de autocontrole de matérias primas, onde este deverá constar”, explica.

O PQFL foi instituído pela Instrução Normativa nº 77 e se consolida como uma ferramenta de controle elaborada pelas empresas ou cooperativas. Nele é definida a política do laticínio em relação aos seus fornecedores de leite, contemplando a assistência técnica e gerencial, bem como a capacitação de todos os produtores, com foco em gestão da propriedade e implementação das boas práticas agropecuárias.

O plano é obrigatório para os três níveis de inspeções: Serviço de Inspeção Municipal (SIM), Serviço de Inspeção Federal (SIF) e Coordenadoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal (CISPOA).

                     

Sooro Renner Nutrição inicia as operações em novo Centro de Distribuição
No dia 27 de agosto a Sooro Renner Nutrição iniciou oficialmente as operações no Centro de Distribuição, localizado no Techno Park Campinas.

Com capacidade para 350 toneladas de produtos acabados, podendo ser ampliada para até 900 toneladas, o centro está próximo ao entroncamento da Rod. Dom Pedro com a Rod. Anhanguera.

Inicialmente as operações funcionam somente com o recebimento de produtos, contudo, já foi iniciado o processo de estruturamento das rotas com parceiros locais para obterem as operações completas até o final do mês de setembro.
Mais um marco na história da Sooro Renner

Claudio Hausen de Souza, Diretor Comercial e Marketing, resume bem o impacto que o Centro de Distribuição tem nas operações da Sooro Renner: “ Este CD em Campinas traz duas grandes vantagens para as nossas operações. A primeira é garantir que teremos um ponto de estoque avançado e mais próximo dos nossos clientes, facilitando a logística para entregas fracionadas, aumentando a rapidez do processo. A segunda vantagem está no fato de que o CD Campinas também funcionará como um ponto de referência para nossa área de vendas.”

Este passo abre diversas possibilidades estratégicas para a empresa. Entre elas, habilita a entrada da Sooro Renner nas vendas online B2B, uma vez que proporciona um ponto de entrega com vantagens logísticas em relação às fábricas, localizadas no interior do Rio Grande do Sul e Paraná, respectivamente.

Os clientes terão uma entrega mais ágil e poderão fazer seus pedidos com maior frequência, seja no frete FOB ou CIF. Além de tudo, terão a área de vendas mais próxima. (As informações são da Assessoria de Imprensa da Sooro Renner)

 

CONSELEITE/SANTA CATARINA

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 18 de Setembro de 2020 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Agosto de 2020 e a projeção dos valores de referência para o mês de Setembro de 2020. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

VALORES DE REFERÊNCIA1 DA MATÉRIA-PRIMA (LEITE)

1 - Valor, em R$/litro, para o leite posto propriedade com Funrural incluso.

Períodos de apuração
Mês de Julho/2020: De 29/06/2020 a 02/08/2020
Mês de Agosto/2020: De 03/08/2020 a 30/08/2020
Decêndio de Setembro/2020: De 31/08/2020 a 13/09/2020

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão.

 

Vencedores do agro
A premiação da 8ª edição do Vencedores do Agronegócio e da 4ª edição do Elas no Agro, da Federasul, ocorrerá neste ano em formato digital. Os escolhidos receberão o troféu Três Porteiras no dia 30 de setembro no encontro virtual do Tá na Mesa. Abaixo os homenageados. Os eleitos são: Antes da Porteira: Simbiose, Cruz Alta, com o case "VirControl: Especificidade, eficiência e proteção". Dentro da Porteira: Languiru, Teutônia, com o case "Leite Languiru Origem". Depois da Porteira: Sicredi Alto Uruguai, Rodeio Bonito, com o case "Desenvolvimento do agronegócio por meio do programa Propriedade Sustentável". Sustentabilidade: Afubra, Santa Cruz do Sul com o case "Curso de Atualização a Distância - Curso de Educação Socioambiental Rural". Elas no Agro: Neiva Ebrin, Horizontina, Mulher Determinada. (Zero Hora)

 

 

 

Porto Alegre, 16 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.307

Auxílio emergencial supera em 61% a perda na renda familiar, diz estudo
Só em 4 Estados e no DF benefício não compensou totalmente a queda da massa de rendimentos
Com a resposta mais agressiva à pandemia entre os emergentes, o Brasil injetou na economia - apenas no segundo trimestre - um volume de recursos 61% superior a perda de renda das famílias no ano acumulado até julho. Somente em cinco unidades da federação (São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Mato Grosso e Distrito Federal), o montante do benefício distribuído não compensou totalmente a perda da massa de rendimentos.
Os dados fazem parte de um levantamento realizado pelos economistas Ecio Costa (UFPE) e Marcelo Freire (UFRPE). “Os números sugerem que houve um overshooting. Tentou-se matar um ratinho com uma bazuca”, avalia Costa.
Calculada pela Pnad, a massa de rendimentos inclui todos os trabalhadores com 14 anos ou mais - incluindo formais, informais e desalentados - que declararam ter tido rendimento no período da pesquisa. No acumulado até junho, a renda das família recuou R$ 66,8 bilhões, enquanto o auxílio emergencial, segundo Caixa Econômica Federal, somou R$ 108,3 bilhões no segundo trimestre.
O recuo da renda nos meses mais duros da pandemia remonta a dados de 2012, seu menor nível da série história. Em relação aos três primeiros meses do ano, a diminuição da renda das famílias no segundo trimestre foi de mais de 20%.
Apesar disso, quatro Estados do Norte e Nordeste (Rio Grande do Norte, Pará, Amazonas e Amapá) passaram pelo trimestre com avanço da massa de rendimentos. A hipótese mais provável para esse fenômeno é que esses Estados não tenham feito fechamento da economia (“lockdown”) tão severo, diz Costa, da UFPE. Além disso, diz, o peso de programas sociais na economia já era alto nessas regiões, onde, com exceção do Amazonas, há baixa penetração da indústria.
Costa considera que o auxílio emergencial chegou para quem precisa, mas com muita força. Dados das vendas o varejo já mostram recuperação do setor para os níveis pré-crise. Em categoria mais aquecidas, como alimentos e material de construção, há uma elevação abrupta de preços.
O estudo identificou regiões metropolitanas no Norte e Nordeste, que têm maior peso do auxílio emergencial sobre o PIB, que estão enfrentando inflação maior no segmento de alimentos e bebidas no acumulado do ano. Destaque para Salvador, com alta de 8,5% dos preços do segmento. Logo em seguida, aparecem Aracaju (avanço de 7,23%) e Fortaleza (7,03%).
Mesmo diante dessa correlação, Costa não considera que o Brasil esteja hoje ameaçado por uma inflação estrutural. “Ninguém planejava excesso de demanda em 2020 quando foi plantar soja e arroz. A oferta vai se ajustar, mas não é da noite para o dia”, afirma.
No entanto, ele alerta que os movimentos inflacionários de curto prazo podem se acelerar no segundo semestre. Isso porque há uma tendência de recuperação da massa de rendimentos até o fim do ano com a abertura da economia e, em paralelo, o governo continuará injetando recursos, ainda que em menor volume, com o restante das parcelas do auxílio emergencial.
Se consideradas as projeções para as nove parcelas do benefício - sendo as quatro últimas reduzidas de R$ 600 para R$ 300 -, o volume de recursos injetado na economia brasileira pode alcançar R$ 326,8 bilhões neste ano, aponta o levantamento.
Para Gustavo Rangel, economista-chefe do ING para América Latina, a resposta do governo brasileiro “foi arriscada, mas possivelmente acertada” sob a ótica da recuperação da economia. O governo do México, segundo ele, optou por uma reação mínima e a economia vai cair 10%, enquanto para Brasil ele estima recuo em torno 3,5%.
Ele considera que há elementos que justificam uma preocupação inflacionária, mas eles têm sido superdimensionados. “Quando se olha medidas de núcleo de inflação, serviços, salários e expectativa de inflação, a perspectiva extremamente benigna.” Por outro lado, a questão fiscal é alarmante, diz Rangel. S
egundo ele, a resposta do Palácio do Planalto para a crise foi “agressiva” considerando a situação das contas públicas e que o governo vai precisar pagar a conta da pandemia, realizando corte de gastos, sob pena de pôr em risco a sustentabilidade dos juros baixos. “Só se pode contar com estímulo monetário enquanto o ambiente fiscal for crível”, diz.
O economista acredita que o cancelamento do Renda Brasil, anunciado nesta semana pelo presidente Jair Bolsonaro, é a “realidade fiscal se impondo”. (Valor Econômico)

                     

Conseleite/MG: leite entregue em setembro tem projeção de alta de 6,73%
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 16 de setembro de 2020, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) os valores de referência finais do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Julho/2020a ser pago em Agosto/2020.b) os valores de referência projetados do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Agosto/2020a ser pago em Setembro/2020.
c) os valores de referência projetados do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Setembro/2020 a ser pago em Outubro/2020.

Períodos de apuração:
• Mês de Julho/2020: De 03/07a 30/07/2020
• Mês de Agosto/2020:De 31/07 a 27/08
• Decêndio de Setembro/2020: De 28/08a 10/09/2020
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml,100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

Calcule o seu valor de referência: O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite padrão, maior e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. (As informações são do Conseleite/MG)

 

Projeto do PAA distribui mais de 130 mil litros de leite na região de Lajeado
PAA Leite - Mais de 130 mil litros de leite começaram a ser distribuídos a famílias em situação de insegurança alimentar em Lajeado e região.
Esta ação vai atender 9.857 pessoas, que receberão o alimento mensalmente durante a vigência do projeto, que faz parte do Programa de Aquisição de Alimentos, na modalidade Compra com Doação Simultânea (PAA-CDS), executado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Além de permitir o acesso ao alimento, esta ação contempla os agricultores familiares vinculados à cooperativa, com investimento total de R$ 319,9 mil, garantindo uma renda extra anual de até R$ 8 mil por produtor participante do projeto. Neste projeto, a produção é dos municípios de Antônio Prado, Carlos Barbosa, Casca, Caseiros, Nova Prata, Nova Roma do Sul, Paraí, Tapera, Veranópolis e Vila Flores.
O contrato assinado entre a Conab e a Cooperativa Santa Clara tem como entidade beneficiária o SESC Mesa Brasil, que organizará a distribuição dos alimentos às entidades e famílias cadastradas.
Esse é um dos projetos do PAA executados no Rio Grande do Sul, com recursos financeiros do Ministério da Cidadania. Neste ano, a Conab vai adquirir cerca de 2.300 toneladas de alimentos da agricultura familiar, produzidos em 89 municípios gaúchos. O programa vai contemplar diretamente 949 agricultores familiares na região, com um investimento de R$ 6,5 milhões. A doação de alimentos vai atender mais de 219 mil pessoas residentes em 33 diferentes cidades do estado. (CONAB)

 

Prorrogado prazo para envio do Formulário Padrão do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite- PQFL
A Câmara Setorial Do Leite – Brasília/DF solicitou ao MAPA a prorrogação de prazo para o envio do Formulário Padrão do Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite- PQFL. O MAPA analisou e emitiu o documento, que adia o prazo para 31/12/2020. Clique aqui e acesse o Guia Orientativo do PQFL. Considerando que o formulário visa estabelecer uma padronização para a avaliação documental, que não acarretará em prejuízo ao pleno acompanhamento dos produtores, que é obrigatório desde a vigência da normava em maio de 2019, o MAPA se demonstrou favoravel à prorrogação do prazo até a data proposta pela Câmara do Setorial do Leite.

 

 

 

Porto Alegre, 16 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.307

Argentina - Grande salto nas exportações de lácteos em julho   

Lácteos/AR – Cresceram mais de 50% tanto em volume como em faturamento no mês de junho. O Brasil continua sendo o principal destino dos produtos lácteos argentinos. 

O Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (Ocla) elaborou um relatório com base nos dados consolidados das exportações de julho que foram divulgados pelo Departamento Nacional do Leite do Ministério da Agricultura Pecuária e Pesca (MAGyP). Houve crescimento de 59,1% em volume e de 53,2% em valores no mês de julho de 2020, em relação a junho de 2020.

A variação das exportações por produtos em US$ para o período de janeiro a julho de 2020 foi:
- 51,1% para leite em pó;
- 22,7% para queijos em suas diferentes formas;
- 17,5% para outros produtos (doce de leite, manteiga, manteiga, soro, etc);
- 8,7% de produtos como lactose, caseína iogurtes, etc).   

Em litros equivalente leite, as exportações representaram nesses 7 meses, 22,5% da produção total (no ano passado foram 20%), absorvendo perto de 379 milhões de litros de leite adicionais em relação ao mesmo período do ano passado. Cabe destacar que neste período houve 492 milhões mais de produção e 103 milhões de litros equivalentes leite a mais no estoque inicial.

No que se refere ao leite em pó em geral, no período janeiro-julho de 2020 houve crescimento de 72,3% em volume e de 82% em dólares, e o valor unitário médio aumentou 5,6% em dólares (cabe mencionar que isto é sobre o mix de leites em pó e não de um produto em particular).

Por último, os gráficos representam o total das exportações em volume e em dólares no período janeiro-julho de 2020, em função do tipo de produto exportado e com base no mercado de destino.

O principal produto exportado, tanto em volume como em valor continua sendo o leite em pó integral (fundamentalmente em embalagens de 25 kgs) e os queijos que representam 18,1% e 22,8%, respectivamente.

O principal destino de nossas exportações continua sendo o Brasil, tendo participação de 27% nas remessas, tanto em volume como em dólares. Depois vem de perto a Argélia e um pouco mais na frente, mantendo uma participação importante, vem a Rússia. (TodoAgro – Tradução livre: Terra Viva)

                     

Conseleite – Mato Grosso do Sul 
A diretoria do Conseleite – Mato Grosso do Sul atendendo os dispositivos do seu Estatuto, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de Agosto de 2020 e a projeção dos valores de referência para o leite a ser entregue no mês de Setembro de 2020. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor.

OBS: (1) Os valores de referência da tabela são para a matéria-prima leite “posto propriedade”, o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural 

(2) O valor de referência para o “Leite Padrão” corresponde ao valor da matéria-prima para um volume médio diário de até 100 litros por dia, com 3,00 a 3,5% de gordura, 2,90% a 3,30% de proteína, 200 a 400 mil c/ml de células somáticas e 150.001 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. 

(3) Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme parâmetros de qualidade e volume, o Conseleite Mato Grosso do Sul disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função do volume e de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: sistemafamasul.com.br/conseleitems/

Lactalis anuncia aquisição da divisão de queijo natural da Kraft Heinz

A Lactalis, um dos maiores grupos de laticínios mundiais, firmou um acordo definitivo para a aquisição das empresas de queijos naturais, ralados, cultivados e especiais da Kraft Heinz nos Estados Unidos, queijos ralados no Canadá e todo o negócio de queijos fora da América do Norte.

Com esta aquisição, a Lactalis irá adquirir um portfólio de marcas icônicas e fortemente posicionadas que incluem Cracker Barrel, Breakstone’s, Knudsen, Polly-O, Athenos, Hoffman’s e, fora dos EUA e Canadá, Cheez Whiz. Além disso, a Kraft Heinz irá partilhar com a Lactalis uma licença perpétua para queijos naturais, ralados e queijos Velveeta.

Sob os termos da transação, a Lactalis irá adquirir três instalações de produção da Kraft Heinz localizadas em Tulare (CA), Walton (NY) e Wausau (WI) e um centro de distribuição em Weyauwega, WI. Aproximadamente 750 funcionários da Kraft Heinz ingressarão na Lactalis e a empresa contratar outros empregados americanos para apoiar este negócio após o fechamento da transação, que está prevista para o primeiro semestre de 2021, sujeito a aprovações regulatórias.

“O pessoal da Kraft Heinz construiu um portfólio extraordinário de produtos de queijo de alta qualidade e marcas que os consumidores amam e confiam e estamos honrados por termos sido escolhidos para ajudar a levar esse legado adiante”, disse

Thierry Clément, CEO da Lactalis North America. “Esta combinação de ofertas é um ajuste estratégico e cultural que criará importantes oportunidades para a expansão nacional e internacional, inovação de produtos e impacto positivo na comunidade e nos funcionários. Estamos ansiosos para trabalhar e aprender com nossos novos colegas, construindo nossas orgulhosas histórias juntos e continuando nossa estratégia de colaboração para expansão: investir, incluir, apoiar e crescer.”

Com um portfólio de marcas que inclui Président®, Galbani®, Parmalat®, Stonyfield Organic®, Siggi's®, Karoun®, Rondele® e Black Diamond®, a Lactalis tem forte presença nos EUA com 8 fábricas em Nova York, Vermont, New Hampshire, Wisconsin, Idaho, Arizona e Califórnia e 2.600 funcionários em todo o país. A empresa tem sido uma parte importante do suprimento de alimentos dos EUA há 40 anos, líder em práticas responsáveis de fabricação e fornecimento em toda a América e um impulsionador da expansão da demanda internacional por queijos e laticínios feitos nos EUA. A Lactalis compra cerca de 1,45 bilhão de quilos de leite anualmente de produtores dos EUA e seus produtos estão disponíveis em todo o país e exportados para todo o mundo.

Perella Weinberg Partners atuou como consultor financeiro líder do Grupo Lactalis para esta transação, enquanto Dentons atuou como consultor jurídico. (As informações são da BusinessWire, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
           

 
Na Expointer 
A versão híbrida da Expointer 2020, com parte da programação presencial e parte digital, tem 1.017 animais oficialmente inscritos, segundo a Federação das Associações Brasileiras de Criadores de Animais de Raça (Febrac). São 18 raças (10 de ovinos, cinco de bovinos e três de equinos) que participarão de provas e julgamentos no parque Assis Brasil, em Esteio, de 26 de setembro a 4 de outubro. Leonardo Lamachia, presidente da Febrac, avalia que participação surpreendeu, "por toda a dificuldade do ano, a crise, a seca e o curto período desde a definição do formato". Na edição presencial de 2019, o número de animais inscritos somou 3.975. (Zero Hora)
 

 

 

Porto Alegre, 15 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.306

SIF registra aumento na emissão de certificados sanitários para produtos de origem animal

Os dados constam do 6º Relatório de Atividades do Serviço de Inspeção Federal. 

Segundo o levantamento, em agosto/2020 foram emitidos 43.529 certificados sanitários para produtos de origem animal, o que representa um aumento de 39% em comparação a agosto/2019. 

Assim como em julho/2020, em agosto/2020 permaneceu o elevado número de solicitações de Licenças de Importação (LI) de produtos de origem animal para avaliar se são provenientes de empresas e países que não contenham restrições sanitárias. O total de LIs analisadas em agosto foi de 5.544, com tempo médio de análise de 2,8 dias.
Estão registrados no SIF 3.320 estabelecimentos de produtos de origem animal nas áreas de carnes e produtos cárneos, leite e produtos lácteos, mel e produtos apícolas, ovos e pescado e seus produtos derivados, além de 2.999 estabelecimentos de produtos destinados à alimentação animal. 

Desde a publicação do Decreto 10.282, de 2020, que definiu as atividades de inspeção de produtos de origem animal e certificação sanitária como essenciais para a sobrevivência, a saúde e a segurança da população, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA/SDA/MAPA) vem adotando medidas administrativas para a manutenção das atividades exercidas pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF). 

Com isso, desde o início da pandemia por Covid-19, o SIF continuou trabalhando para garantir o abastecimento interno de produtos de origem animal para consumo humano e de produtos destinados à alimentação animal. 

Regulamentação: Outro destaque para o mês de agosto foi a publicação do Decreto 10.468, de 18 de agosto de 2020, que alterou o Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA). Na primeira semana após a publicação do decreto, foram realizadas pelo DIPOA um total de 12 apresentações transmitidas ao vivo por meio de redes sociais para esclarecer os principais pontos de mudança. 
Essas apresentações contaram com a presença de mais de 5 mil participantes ao vivo, e os vídeos disponibilizados no canal da Enagro já somaram mais de 27,2 mil visualizações.  (MAPA)
 
                     

GDT – Global Dairy Trade

 

Conseleite Paraná
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 15 de Setembro de 2020 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Agosto de 2020 e a projeção dos valores de referência para o mês de Setembro de 2020, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Setembro de 2020 é de R$ 2,7937/litro. 

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)
           

 
Votação da proposta de reforma tributária é transferida para 23 de setembro
Por meio de acordo de líderes de bancada, a Assembleia Legislativa decidiu suspender a Ordem do Dia da sessão deliberativa de amanhã (16). Com isso, a votação dos projetos de lei que contemplam a proposta de reforma tributária do governo do Estado foi transferida para 23 de setembro. A decisão foi tomada em reunião virtual conduzida pelo presidente Ernani Polo (PP), após sugestão do deputado Sérgio Turra (PP). A sessão de amanhã, portanto, será realizada apenas com o período das comunicações parlamentares. Na semana que vem, a votação começará por quatro projetos do Executivo que tramitam em regime de urgência e trancam a pauta de votações – três deles integram a proposta de reforma tributária do governo do Estado (PLs 184, 185 e 186). A Ordem do Dia prevê ainda mais nove propostas. Na próxima reunião de líderes, em 22 de setembro, serão definidos os projetos que irão a votação em 30 de setembro. (Assembleia Legislativa)
 

 

 

  

Porto Alegre, 14 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.305

Encontro virtual reúne adidos agrícolas de 22 países

De 14 a 18 de setembro, estão sendo discutidos temas sobre a internacionalização do agronegócio brasileiro

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) organizam, de 14 a 18 de setembro, o 2º Encontro dos Adidos Agrícolas Brasileiros.

A abertura do evento foi realizada na manhã desta segunda-feira (14), com pronunciamentos da ministra Tereza Cristina, do ministro Ernesto Araújo,  do presidente da Apex-Brasil, Sergio Segovia, além do deputado federal Alceu Moreira, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária. A cerimônia foi transmitida ao vivo, a partir do auditório da Apex-Brasil.

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, destacou a importância da sintonia entre governo, Congresso e setor privado. “Nossa missão compartilhada é tratar a agropecuária brasileira de forma integral. Juntos poderemos implementar, efetivamente, a diplomacia do agronegócio nacional. Temos ajudado a sustentar a economia nacional. Somos o único PIB setorial que cresceu, o único segmento que ampliou exportações. Metade da pauta exportadora do país vem do agro e fizemos isso sem descuidar do abastecimento interno. Juntos continuaremos a construir uma agropecuária que trará prosperidade a toda a sociedade brasileira e a nossos parceiros ao redor do mundo”.

Tereza Cristina anunciou ainda três novos adidos agrícolas a partir deste ano, que ficarão estabelecidos na França (Paris), na Alemanha (Berlim) e na Austrália (Camberra). Os países foram escolhidos por sediarem a Organização Mundial da Saúde Animal e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, para ampliar a comunicação do agro brasileiro na Europa e por serem importantes players no mercado agrícola mundial. 

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, lembrou que o agronegócio brasileiro manteve a trajetória de crescimento, a despeito da recessão que atinge muitos países e da pandemia, inclusive com a abertura de novos mercados para dezenas de produtos. “Um dos fatores importantes para esse sucesso é o alto grau de integração do trabalho do Itamaraty, Apex-Brasil e Mapa, sempre em diálogo franco, aberto e produtivo com o setor privado e com o Parlamento. Tanto no Brasil quanto no exterior a colaboração se expandiu ainda mais com a ampliação da rede de adidos agrícolas e com as ações da Apex-Brasil, que tem atuado com competência e agilidade na organização e promoção de feiras, rodadas de negócios, projetos compradores e eventos diversos em intensa atuação com as embaixadas brasileiras”, disse o ministro.

Acordos de Cooperação: Na ocasião, foram assinados dois acordos de cooperação entre a Apex-Brasil e o Mapa, estabelecendo parceria para ações de promoção comercial, atração de investimentos e de integridade.  Os objetivos dos acordos incluem o fortalecimento e a uniformização da agenda de promoção internacional da cadeia do agronegócio; a inserção de novas empresas no comércio internacional, bem como ampliação da presença daquelas que já exportam; a atração de investimentos estrangeiros para o setor; a internacionalização de empresas e o estímulo ao empreendedorismo e à inovação no setor.

A ministra Tereza Cristina disse que uma das metas dos acordos é a realização de, pelo menos, 15 feiras internacionais até o final de 2021. Segundo ela, os acordos vão unificar a estratégia de atuação, permitindo ganhos de escala e otimização de recursos, além de alavancar a divulgação do trabalho inovador e sustentável da agropecuária. “Cada grão de soja, de milho, cada fibra de algodão ou litro de biocombustível, cada pedaço da produção nacional traz tecnologia de ponta, cinco décadas de investimento público, traz as rígidas exigências de nosso Código Florestal. Não exportamos simplesmente bens primários: exportamos, sobretudo, inovação e preservação ambiental, em cada um de nossos produtos”, ressaltou.

No âmbito da integridade, os compromissos incluem a produção de estudos sobre o tema; a criação de grupos de trabalho para discussão técnica sobre integridade; a preparação de material técnico; organização de seminários, congressos e workshops voltados para empresas privadas e cooperativas. “Em muitas das nossas iniciativas, já contamos com a parceria assídua do MRE e do Mapa. Essa sinergia é crescente e será ampliada por meio dos acordos de cooperação hoje assinados. Juntos, vamos trabalhar para que o Brasil se destaque cada vez mais pela sua confiabilidade e pelo estrito cumprimento dos compromissos assumidos junto aos seus clientes internacionais, mesmo na situação excepcional que vivenciamos. Isso claramente reforça a situação do País como protagonista no atendimento da segurança alimentar global, sempre de modo sustentável”, comentou o presidente da Apex-Brasil, Sergio Segovia.

O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado federal Alceu Moreira, enfatizou a importância da parceria para que mais produtores rurais tenham acesso ao mercado internacional. 

Temas em discussão: O evento reúne adidos agrícolas de 22 países, representantes dos departamentos de agricultura de embaixadas brasileiras e dos escritórios internacionais da Apex-Brasil. Durante a semana, eles discutem com representantes do Governo Federal e do setor privado, temas sanitários e fitossanitários, negociação e promoção comercial, cooperação, investimentos, biodiversidade, entre outros.

Em um dos painéis realizados ao longo da semana, a Apex-Brasil vai apresentar sua estratégia para o Agronegócio, incluindo ações de promoção de exportações, inteligência de mercado e atração de investimentos, com foco na agregação de valor à pauta de exportação e na diversificação de mercados. O evento está sendo realizado em formato virtual por meio da plataforma MS Teams.  (MAPA)

 
                     

Com alimentos sob pressão, BC deve manter juro em 2%
Esta semana deve ser marcada pela pausa no recente ciclo de cortes na taxa básica de juro do país. Depois de nove reduções consecutivas, o Banco Central (BC) tende a manter a Selic inalterada, na mínima histórica de 2% ao ano, indicam analistas do mercado financeiro.

O Comitê de Política Monetária do BC (Copom) discute o tema a partir de amanhã. O resultado da reunião sai na quarta-feira.
Com a pressão gerada pela pandemia, o colegiado foi forçado a cortar a Selic nos últimos meses. A questão é que as reduções tendem a levar algum tempo até provocarem efeitos mais robustos em linhas de crédito para consumidores e empresas. Em períodos de crise, esse movimento fica ainda mais complicado, já que bancos enxergam mais riscos no horizonte, como aumento no desemprego e na inadimplência.

Após a reunião mais recente, em agosto, o Copom não fechou a porta para novas reduções na taxa de juro. Contudo, reconheceu que o espaço para cortes seria "pequeno".

De lá para cá, surgiram elementos que sustentam a projeção de Selic inalterada nesta semana. O principal é o choque em preços de alimentos. Na teoria, pressões sobre a inflação, que segue controlada na média, fazem o Copom adotar cautela em relação ao juro básico.

- Em agosto, o BC tinha sinalizado que a reunião de setembro seria para parar e ver o que estaria acontecendo. Há informações novas, como o choque de alimentos e as dúvidas fiscais. Faz sentido parar para olhar - avalia o economista-chefe do banco BNP Paribas no Brasil, Gustavo Arruda (leia entrevista ao lado).

O preço salgado de alimentos tem ligação com o dólar em patamar elevado, acima de R$ 5. Produtos básicos são cotados em moeda americana no mercado internacional. A alta no dólar, por sua vez, está relacionada ao juro na mínima histórica.

Ao mesmo tempo em que tenta estimular aportes de empresas para aumento de produção, a Selic em baixa faz com que parcela de investidores estrangeiros deixe o país. Isso ocorre porque a diferença fica menor entre o juro de aplicações no Brasil e o registrado em outras regiões. Assim, correr mais riscos no país, com retorno inferior ao de outras épocas, acaba afastando parte dos investidores. A saída de estrangeiros reduz a quantidade de dólares no Brasil, o que incentiva a alta na moeda. (Zero Hora)

Após cinco meses, arrecadação de ICMS volta a crescer no Estado 
Depois de cinco meses consecutivos de variações negativas em decorrência da pandemia, a arrecadação de ICMS no Rio Grande do Sul voltou a apresentar crescimento. Em agosto, o desempenho foi 1,7% (R$ 50 milhões) superior ao registrado no mesmo período de 2019, em números atualizados pelo IPCA. Os dados constam na 24ª edição do boletim sobre os impactos da Covid-19 nas movimentações econômicas dos contribuintes de ICMS do Estado.

Após fechar o primeiro trimestre do ano com crescimento real de +3,5%, apesar da queda de -0,3% contabilizada em março, o desempenho havia sido de -14,8% (R$ 450 milhões) em abril, -28,6% (R$ 825 milhões) em maio, -13,9% (R$ 400 milhões) em junho e -5,3% (R$ 150 milhões) em julho.

 “O mês de agosto registrou o melhor resultado desde o início da crise, o que corrobora o movimento de retomada gradual das atividades econômicas. Entretanto, no acumulado do ano ainda estamos com queda de -6,2%, ou seja, arrecadamos R$ 1,47 bilhão a menos em ICMS do que em 2019”, explica Ricardo Neves Pereira, subsecretário da Receita Estadual. 

Na visão da arrecadação por setores, conforme os Grupos Especializados Setoriais da Receita Estadual, também foram verificados avanços. Em agosto, dez segmentos apresentaram variação positiva no indicador, frente a seis em julho, três em junho e apenas dois em maio e abril. Os melhores resultados ocorreram nos setores de Transportes (+122,7%), Eletrônicos e Artefatos Domésticos (+27,6%) e Supermercados (+24,1%). Os piores desempenhos foram nos ramos de Calçados e Vestuários (-44,4%), Combustíveis e Lubrificantes (-19,2%) e Veículos (-11,5%). (Jornal do Comércio)
           

 
Compost barn vira alternativa para aumentar produtividade
Após visitar propriedades em outras regiões do Estado, o pecuarista Davi de Moraes Gass se tornou o primeiro de Santa Cruz do Sul a implantar a técnica de confinamento conhecida como compost barn (estábulo com compostagem) na propriedade em Cerro Alegre Alto. O método visa reduzir custos de implantação e manutenção, melhorar índices produtivos e sanitários dos rebanhos e possibilitar o uso correto de dejetos orgânicos provenientes da atividade. O agricultor ergueu um galpão de 1,3 mil metros quadrados com capacidade para 72 vacas leiteiras confinadas. A estrutura física coberta visa melhorar o conforto e bem-estar dos animais e, consequentemente, aumentar os índices de produtividade. Entre as vantagens, Gass cita o aumento da produção em área menor. E como não haverá o pisoteio dos animais em áreas produtivas, poderá aproveitar melhor este espaço para o cultivo de milho e feno. Além disso, a técnica reduz o serviço, pois não há necessidade de manejar os animais. O produtor conta com 52 vacas da raça Holandês e uma produção média de 1,7 mil litros por dia. O volume já aumentou cerca de 20% por animal com o novo sistema. (Correio do Povo)
 

 

 

Porto Alegre, 11 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.304

Anuário do leite

Publicação reúne 34 artigos em 104 páginas. São conteúdos exclusivos sobre os temas mais importantes relacionados à cadeia de produtos lácteos. 

A cadeia do leite no pós-Covid, a produção com foco em bem-estar animal e sustentabilidade, as novas exigências dos consumidores, a vaca que produz mais e consome menos, o novo ambiente nas fazendas para ter vacas e pessoas felizes. Estes são alguns dos 34 temas do Anuário Leite 2020, da Embrapa Gado de Leite, que já está disponível para download no site da empresa. 

O Anuário Leite 2020 é resultado de parceria da Embrapa Gado de Leite com o jornalista Nelson Rentero, que tem mais de 30 anos dedicado à cadeia do leite, e a Texto Comunicação, responsável pela produção editorial. “Esta é a terceira edição do anuário, que está cada vez melhor porque evolui conforme as novas diretrizes e necessidades do mercado”, destaca Paulo Martins, chefe-geral da Embrapa Gado de Leite.

“A proposta do anuário é reunir em uma única publicação as reportagens, estatísticas e conteúdos mais importantes para que todos os agentes envolvidos na cadeia dos produtos lácteos estejam bem informados sobre a agenda temática do setor, que movimenta mais de R$ 80 bilhões por ano”, resume o editor Nelson Rentero.

Ter vacas e pessoas felizes é o propósito realizado pela Embrapa Gado de Leite. O compost barn instalado na fazenda de Coronel Pacheco (MG) é o mais recente investimento da empresa e representa com fidelidade o novo horizonte da atividade leiteira no Brasil. “Bem-estar animal e produção sustentável estão na ordem do dia do leite. É preciso criar vacas felizes e fazer as pessoas felizes. É a combinação perfeita para projetar ainda mais essa cadeia fantástica”, detalha Paulo Martins, chefe-geral da Embrapa Gado de Leite.

O Anuário Leite 2020 teve a coordenação técnica da zootecnista Rosangela Zoccal. Os conteúdos são assinados pela equipe de pesquisadores da Embrapa Gado de Leite, pelos jornalistas Nelson Rentero e Altair Albuquerque, além de contribuições de especialistas em vários campos de atuação.

As reportagens especiais também destacam a importância da produção direcionada para o atendimento das demandas dos consumidores. Nesse campo, entram o leite orgânico, o queijo artesanal, as embalagens, os produtos funcionais. “Também incluímos conteúdos sobre normas de qualidade, uso racional de água, enfermidades importantes, artigos assinados e duas entrevistas exclusivas. O pesquisador Marcus Vinícius Barbosa da Silva, da Embrapa Gado de Leite, detalha as características da vaca do futuro, e Roberto Jank Jr., proprietário da Agrindus mostra como obtém lucro com o leite”, informa Nelson Rentero.

Além das reportagens especiais, o anuário reúne as mais importantes estatísticas do leite no Brasil e no mundo, incluindo dados de produção (maiores produtores, laticínios, estados, regiões), demanda, preços/custos, exportação/importação, mercado dos Estados Unidos, China e Índia. O Anuário Leite 2020 está disponível para download em arquivos.  (Embrapa)

                     

Produtor investe em leite A2 e vê demanda crescer 300% em dois anos

Como a produção depende do DNA da vaca, o criador tem que fazer cruzamentos para obter combinação genética específica

A fazenda Agrindus, em Descalvado (SP), produz leite desde a década de 1940. Nos últimos dois anos, o proprietário Roberto Jank decidiu investir em leite tipo A2. A demanda pelo produto aumentou 300% nesse período, mesmo sendo um leite, em média, 15% mais caro em relação ao tipo A. “Pela qualidade alta e baixa carga bacteriana que ele carrega, tem uma vida bastante razoável. Meu leite, por exemplo, dura 18 dias na geladeira”, conta.

A produção do leite A2 depende, basicamente, do genoma da vaca, que é a sequência completa de DNA. São três sequências de genes possíveis: A1 A1, A1 A2 e A2 A2. Às vezes, é preciso fazer o cruzamento genético para obter a combinação A2 A2. “O A1 foi uma mutação que ocorreu a 10 mil anos atrás E a mudança de apenas um pedacinho dessa proteína acaba causando essa reação em muitas pessoas”, conta a médica-veterinária Roberta Zuge.

O manejo das vacas é praticamente o mesmo, mas é preciso separar animais A2 A2 para identificá-los e obter o selo de certificação.

Outro fator importante é investir no bem-estar do rebanho. “O importante é que você ter, na sua propriedade, uma maior quantidade de sombra e evitar manejar animais em horário de extremo calor. Quando um animal precisa ser ordenhado, tem que estar no maior nível de conforto possível”, conta o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Marcos Vinicius da Silva. (Canal Rural)

Exportações/UR

O Brasil voltou a ser o principal comprador dos lácteos uruguaios em agosto, destronando a Argélia. 

As exportações totais de lácteos somaram 17.888 toneladas, 16% abaixo das 21,363 toneladas de julho e 14% menos que o volume exportado em agosto do ano passado, de acordo com dados da Alfândega.

A Argélia mostrou forte retrocesso em suas compras, que em agosto foram as mais baixas desde setembro do ano passado, com apenas 2.252 toneladas. Os envios a esse destino caíram 77% em relação às 9.658 toneladas exportadas em julho e 70% em comparação com o volume de agosto de 2019. Dessa forma passou do primeiro postos para o terceiro em volume de compras. A maior parte do volume de leite em pó integral ao preço médio de US$ 2.801 a tonelada.

Por outro lado, o Brasil mostrou seu quarto mês consecutivo de crescimento ao comprar 6.611 toneladas. Trata-se do maior volume mensal exportado para esse destino desde maio de 2019. O principal produto importado pelo Brasil foi o leite em pó integral, com 4.909 toneladas ao preço médio de US$ 3.096.

A China foi o segundo principal destino dos lácteos uruguaios em agosto, com 4.326 toneladas. Trata-se do maior volume registrado desde março de 2014. Do total, 3.875 toneladas foram de leite em pó integral ao valor médio de US$ 3.059.

Nos primeiros oito meses do ano o Uruguai exportou 132.939 toneladas pelo valor total de US$ 393,2 milhões. Isto fica 3,4% abaixo das 137.672 toneladas enviadas de janeiro a agosto de 2019, e 3,2% menos que os US$ 406,4 milhões faturados um ano atrás. (Blasina y Asociados – Tradução livre: Terra Viva)               

 
Presidência Mundial da Federação Internacional do Leite (FIL/IDF) será indicada pelo Comitê Brasileiro FIL/IDF
O Comitê Brasileiro FIL/IDF indicou para a Diretoria da FIL/IDF (Board of Directors FIL/IDF), o Dr Piercristiano Brazzale, representante da Associada Brazzale, para candidato à Presidência Mundial da FIL/IDF, cuja votação se realizará na Assembleia Geral da organização no dia 2 de novembro de 2020. O mandato da Presidência é de 4 anos, sem reeleição. Sobre a FIL/IDF: Fundada em 1903, a FIL/IDF tem sede na Bélgica e representa 42 países, responsáveis por cerca de 80% da produção mundial de leite, sendo a única representação global do setor lácteo. (Terra Viva)
 

 

  

Porto Alegre, 10 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.303

Recepção de leite no 2º trimestre de 2020
No 2º trimestre de 2020, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal) foi de 5,76 bilhões de litros, equivalente à redução de 1,7% em relação ao 2° trimestre de 2019, e retração de 9,3% em comparação com o trimestre imediatamente anterior. 
No Gráfico I.12 é possível perceber um comportamento cíclico no setor leiteiro, em que os 2° trimestres regularmente apresentam a menor captação ao longo dos anos, devido à etapa de entressafra nas principais bacias leiteiras do País. 
Os efeitos da pandemia de COVID-19 também impactaram o setor ao reduzir o consumo de derivados lácteos. Apesar disso, considerando a série histórica, iniciada em 1997, o resultado representa a terceira maior captação de leite acumulada em um 2° trimestre, superada pelos períodos equivalentes do ano anterior e de 2014. 
O mês de maior captação dentro do segundo trimestre de 2020, foi abril, no qual foram contabilizados 1,94 bilhão de litros de leite.
 
                     

Manteiga com Flor de Sal é a novidade gourmet da Piracanjuba
O termo gourmet, de origem francesa, passou a fazer parte do vocabulário e das escolhas dos brasileiros que, atentos às tendências da alta cozinha, se esmeram em criar e decifrar sabores. Nas degustações, os ingredientes de qualidade fazem a diferença. E quem entende desse assunto é a Piracanjuba que, desde 1955, seleciona o que há de melhor em matéria-prima para a Manteiga de primeira qualidade, o produto número 1 do portfólio da marca. Utilizando creme de leite com baixa acidez e sabor suave, a marca aperfeiçoou o que os consumidores já aprovaram e agora, apresenta a Manteiga Flor de Sal Piracanjuba, em embalagem metálica de 200 gramas.
 
“Pensando em surpreender os consumidores, fomos atrás de uma opção refinada, que mantivesse as características de qualidade e tradição da Manteiga Piracanjuba e, ao mesmo tempo, tivesse a experiência gourmet. O resultado é um produto que permite a suave sensação de cristais de sais derretidos na boca, o que proporciona um sabor diferenciado, com tempero na medida do paladar”, descreve o Diretor de Refrigerados, Cláudio Henrique Sales Costa.

Os raros cristais de Flor de Sal são 100% naturais e artesanais. Sensíveis às condições climáticas, eles necessitam de muito sol, brisa suave e baixa unidade para se precipitarem. Depois disso, são coletados artesanalmente em períodos específicos nas superfícies das salinas, constituindo um produto natural da mais alta qualidade. Além de manter todo aroma do mar, a Flor de Sal contém mais de 80 minerais e oligoelementos. Ao mesmo tempo, o teor de cloreto de sódio, o principal componente do sal, é relativamente baixo.

“A Manteiga Piracanjuba de primeira qualidade, por ser um produto com umidade próxima a 16%, interage com os cristais de Flor de Sal, que proporcionam a experiência sensorial dos pontos de salmoura dispersos pontualmente no produto, sem, contudo, alterar o teor de sal”, reforça Cláudio.

A Manteiga Flor de Sal Piracanjuba estará disponível para vendas a partir de setembro e possui validade de 6 meses. (As informações são da Assessoria de Imprensa da Piracanjuba)

Vendas de leite A2 crescem nos EUA e demonstram grande potencial
Um tipo relativamente novo de leite, chamado leite A2, chegou ao mercado dos EUA. O leite agora é vendido em 20.000 lojas nos EUA, incluindo muitos varejistas grandes. As vendas de leite A2 estão crescendo rapidamente, mas o mercado total, tanto lá quanto no exterior, é relativamente pequeno, avaliado em US$ 6 bilhões a US$ 7 bilhões. No entanto, o potencial de crescimento é enorme. O MarketWatch observa que o mercado deve crescer a uma taxa média composta de 22% entre 2020 e 2025, alcançando US$ 22 bilhões em vendas até 2025.

Embora os estudos sobre os benefícios do leite A2 sejam escassos e muitas vezes conflitantes, alguns resultados mostram ele pode ser mais fácil de digerir para algumas pessoas que pensam que são intolerantes à lactose – um açúcar do leite, mas que na realidade podem ser sensíveis à proteína A1 do leite. Para essas pessoas, beber leite A2 pode resultar em menos problemas digestivos e inchaço do que beber leite convencional ou sem lactose, mostram os estudos.

De acordo com Betty Berning, analista do Daily Dairy Report, “o leite A2 distingue entre duas proteínas beta-caseína encontradas no leite de vaca, A1 e A2. A2 é uma característica recessiva, o que significa que uma vaca deve ter duas cópias do gene a2 para produzir leite A2.”

Algumas pessoas consideram a proteína A2 uma forma mais natural de beta-caseína, devido à possibilidade de o gene A1 ser uma mutação, diz Berning. Os cientistas acreditam que a razão de haver duas versões da proteína beta caseína, A1 e A2, foi uma mutação genética que ocorreu na época em que o gado foi domesticado na Europa – cerca de 5.000 a 10.000 anos atrás. Naquela época, Berning diz que se acredita que o gene A1 mutado se espalhou pela população de gado na Europa e nos Estados Unidos.
A a2 Milk Company, com sede na Nova Zelândia, a maior empresa que vende leite A2, relatou ganhos fiscais de US$ 1,13 bilhão em 2020, um aumento de 33% em relação a 2019. A maioria dos lucros da empresa se origina de seus produtos de nutrição infantil vendidos principalmente na Austrália, Nova Zelândia e China. As vendas da empresa nos EUA de US$ 43 milhões são exclusivamente leite fluido.

“As vendas da empresa nos EUA, embora representem apenas uma pequena parte das vendas totais, estão crescendo rapidamente”, observa Berning. “As vendas da empresa nos EUA em 2020 cresceram 91% em relação ao ano anterior, apesar do produto ser vendido por um preço mais alto, de US$ 4 por 1,7 litros. Isso é mais do que o dobro do preço do leite convencional.”
O crescimento não passou despercebido pela indústria de laticínios dos EUA. “Alguns produtores de leite começaram a converter seus rebanhos para todas as vacas A2 e alguns estão até mesmo engarrafando e comercializando seu leite, porque existem opções limitadas para vender leite A2 diretamente a um engarrafador dos EUA com um preço premium”, disse Berning.

As empresas de genética estão ansiosas para capitalizar no leite A2. Cerca de 60% dos touros oferecidos por empresas de sêmen são agora a2a2, o que significa que eles têm duas cópias do gene A2, disse Brand Heins, cientista leiteiro do Centro de Pesquisa e Extensão West Central em Morris, Minnesota, ao Daily Dairy Report. Além disso, as empresas de genômica dos EUA agora oferecem serviços de teste que variam de US$ 25 a US$ 40 para determinar se uma vaca tem dois genes A2.

“Seria fácil para as fazendas converterem suas vacas em A2A2 por meio de programas de melhoramento”, disse Berning, observando que raças como Guernsey, Jersey, Brown Swiss e Normande Red têm maior probabilidade de carregar o gene recessivo do que Holsteins.

Se os consumidores mostrarem que estão dispostos a pagar mais por leite A2, a indústria de laticínios pode aumentar rapidamente a produção A2, observa ela. “Mas se os suprimentos aumentassem substancialmente, isso poderia corroer o prêmio A2 com o tempo”, acrescenta ela. (As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
               

 
Ministério da Agricultura confirma bloqueio no orçamento e corte de recursos da Embrapa
O Ministério da Agricultura confirmou que sofreu um bloqueio de R$ 249,5 milhões do orçamento deste ano, conforme antecipou o Valor. Desse total, R$ 118,5 milhões são recursos destinados à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que prevê dificuldades para manter as operações caso o montante não seja recomposto rapidamente. Ontem, o presidente da estatal, Celso Moretti, se reuniu com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e dirigentes da Pasta para tratar do assunto. A avaliação de quem acompanha a questão é que existe sensibilidade da cúpula ministerial para encontrar uma solução, mas que essa solução não é simples. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) também deve agir para tentar recompor o orçamento da Embrapa no Congresso Nacional. “A Pasta entende o momento de ajuste fiscal que o país está enfrentando e vai avaliar os impactos dessa decisão”, disse o ministério, em nota. “Durante as discussões sobre a lei orçamentária no Congresso Nacional, o ministério vai trabalhar para conseguir reforçar as verbas destinadas à Pasta, envolvendo inclusive as vinculadas, como é o caso da Embrapa”, concluiu. (As informações são do Valor Econômico)
 
 

 

 

Porto Alegre, 09 de setembro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.302

Máquinas para qualificar a atuação do Cepagro

O Centro de Extensão e Pesquisa Agropecuária (Cepagro) da Universidade de Passo Fundo (UPF) se destaca pelo intenso trabalho desenvolvido junto ao setor agropecuário. E como forma de qualificar ainda mais as atividades já realizadas no local, bem como a produção de conhecimento, nesta quarta-feira, 9 de setembro, foram entregues dois novos tratores e uma plantadeira, que serão utilizados nas várias ações do Centro.

A entrega dos equipamentos foi feita pela empresa AGCO, que atua no desenvolvimento, fabricação e distribuição de máquinas agrícolas, com o intuito de ampliar a parceria já firmada entre Cepagro/UPF e Razera Agrícola. Os tratores devem ser utilizados principalmente pela empresa Laticínios Stefanello, também parceira do Cepagro na área de produção de leite. Eles ainda poderão ser usados em atividades nas áreas de horticultura e plantio de soja, por exemplo.
Segundo o coordenador do Cepagro, professor Dr. Fernando Pilotto, o trabalho conjunto com as empresas visa proporcionar melhores condições de aprendizado para os estudantes, com equipamentos modernos e tecnológicos.

Oportunidade de crescimento: Na opinião do diretor da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da UPF, professor Dr. Eraldo Zanella, ao trazer estas parcerias para dentro da UPF, é possível interagir com as empresas das diferentes áreas do setor agropecuário e ter um contato próximo das necessidades para poder ter um crescimento mútuo, em especial realizar pesquisas e inovação na área. “Podemos, desta forma, melhorar a infraestrutura e oferecer maquinários de ponta para uso e/ou demonstração para nossos estudantes da graduação e pós-graduação”, comenta.

Ainda, conforme Zanella, também há o interesse em desenvolver trabalhos de pesquisa envolvendo os acadêmicos de graduação, com eles sendo estagiários, interagindo com as empresas e visando uma capacitação deles nas áreas com maior procura no futuro. “A parceria entre empresas privadas e academia deverá ter ganhos para todos os elos da cadeia do agronegócio”, finaliza.

                     

Santa Clara lança produtos em linha pouch 250g
Cozinhar tornou-se o hobby preferido de diversas pessoas. Sair do arroz com feijão e preparar pratos incrementados tem sido um desafio para algumas delas. Pensando nisso, a Cooperativa Santa Clara lança produtos já consolidados, porém em embalagens pouch (sachê) de 250 gramas, o que facilita o seu uso no dia a dia e é ideal para duas pessoas.

Os consumidores poderão encontrar sete produtos na nova versão: Cream Cheese, Molho Lácteo Branco e Molho Lácteo Quatro Queijos, que já integravam a linha Food Service, além do Requeijão Tradicional e Temper Cheese nos sabores Tradicional, Ervas Finas e Provolone. Além da nova versão da Manteiga com e sem sal que pode ser encontrada em potes de 400g. Todos os itens estarão disponíveis nos pontos de venda da região sul do país na próxima semana.
 
A novidade foi apresentada em primeira mão para os supermercadistas gaúchos ontem, durante a Expolive, evento on-line promovido pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas). No evento, também foi mostrado o Queijo Ralado em pote de 70g, que já está disponível no mercado.

Sobre a Cooperativa Santa Clara: Em 2020, a Santa Clara completou 108 anos de história, o que a faz a mais antiga cooperativa de laticínios em atividade no Brasil. A sua sede está localizada no município de Carlos Barbosa e está presente, através de seus mais de 5 mil associados, em mais de 135 municípios gaúchos, atuando nos ramos de Laticínios, Frigorífico, Fábrica de Rações, Cozinha Industrial, Farmácia e 27 unidades de varejo, entre supermercados e mercados agropecuários, nos municípios onde possui associados. Atualmente possui um mix de mais de 360 produtos, entre Laticínios, Frigorífico, Doces e Sucos. (Santa Clara)

China – Como a educação assegura o desenvolvimento do setor lácteo   
Educação/China – Educação de qualidade é parte vital para o desenvolvimento do setor de laticínios na China. Isso irá assegurar profissionais altamente qualificados em toda a cadeia láctea, de acordo com o último relatório da FIL/IDF – Dairy Sustainability Outlook.

A pesquisa mostrou a importância e os benefícios da educação de qualidade, e as vantagens do conhecimento sobre lácteos, trazendo benefícios para toda a cadeia de valor do leite – dos produtores às indústrias, passando pelas vendas. 

Para construir uma educação para o setor de laticínios, a Associação Chinesa da Indústrias de Laticínios, por exemplo, realizou 50 sessões de treinamento e 10 conferências anuais na última década, beneficiando 15.000 pessoas e treinando mais de 5.000 profissionais em laticínios. Em termos de educação universitária, existe a Universidade Rural da China por onde passaram, na última década, mais de 7.000 alunos que estudaram e receberam treinamento na área de laticínios. 

De acordo com o relatório da FIL, os benefícios serão:
- Produtores de leite cru: Através da educação em bases científicas e conceitos de segurança, os pecuaristas podem produzir leite de alta qualidade.

- Indústrias e Vendedores: Empregados treinados em plantas de processamento de leite resultam em produtos de qualidade superior, gestão mais eficaz da empresa, melhorando os resultados finais. 

- Consumidores: Com o aumento do conhecimento sobre o valor nutricional dos produtos lácteos, os consumidores podem aproveitar mais dos benefícios à saúde que são proporcionados pelos produtos lácteos. 
- Sociedade e o país todo: Aumentar a conscientização sobre a proteção ambiental construirá um país desenvolvido mais sustentável. 

Educação de qualidade lança no mercado profissionais qualificados e formados sobre os conceitos atuais de desenvolvimento sustentável. Eles podem aplicar esses conceitos em toda a cadeia de laticínios, construindo uma sociedade mais sustentável.  Acesse aqui o relatório completo FIL/IDF – Dairy Sustainability. (Dairy Global – Tradução livre: Terra Viva)
               

 
Programa de desenvolvimento de veterinários dos serviços de inspeção será realizado online
O programa será oferecido na forma de minicursos que serão disponibilizados a partir do dia 9 de setembro. Por causa da pandemia do coronavírus, os Departamentos de Suporte e Normas e de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária irão promover o programa de desenvolvimento de médicos veterinários inspetores do Serviço de Inspeção Estadual (SIE) e do Serviço de Inspeção Municipal (SIM) de forma online. O programa será oferecido na forma de minicursos que serão disponibilizados semanalmente, às quartas-feiras, a partir do dia 9 de setembro, pelo canal do Suasa no youtube. Serão quatro temas: registro de produtos, implementação de autocontrole, verificação oficial de autocontrole e registro de estabelecimentos.  "Trata-se de ações básicas e importantes para organização e aperfeiçoamento dos serviços de inspeção. Uma oportunidade fantástica de atualização e desenvolvimento", avalia a diretora do Departamento de Suporte e Normas do Mapa, Judi Nóbrega. (MAPA)