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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 22 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.070


Associado Sindilat/RS tem 10% de desconto no 16º Fórum MilkPoint Mercado

Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para compra de ingressos para o 16º Fórum MilkPoint Mercado, clicando aqui. O evento tem como tema "O que pode guiar a recuperação do mercado de lácteos em 2024". No site www.forummilkpointmercado.com.br, os ingressos estão disponíveis em três lotes.

O evento acontecerá em Campinas (SP) no dia 20 de março. A programação, que pode ser conferida abaixo, está dividida em quatro blocos temáticos: Os Cenários de Mercado; Competitividade da Produção de Leite: onde estamos?; O que há de novo nas relações entre indústrias e produtores de leite? e Novas ferramentas no Supply Chain de leite. Como conteúdo extra, disponível on-line exclusivamente para inscritos, debates sobre: Como começa a economia brasileira em 2024 e quais as perspectivas para o restante do ano? e Cenários para os mercados de soja e milho.

Programação:

8h às 9h - Boas-vindas e credenciamento

Bloco 1 - Os cenários de mercado

9h às 9h20min - Tendências para o mercado Internacional de leite em 2024
Andres Padilla, Industry Specialist na Rabobank Brasil

9h20min às 9h30min - Espaço Patrocinador

9h30min às 9h50min - Como começa o consumo de lácteos em 2024?
Priscila Ariani, Diretora de Marketing na Scanntech Brasil

9h50min às 10h10min - Cenários para o mercado brasileiro de leite e derivados
Matheus Napolitano, Analista de Inteligência de Mercado na MilkPoint Ventures

10h10min às 10h40min - Perguntas e Debate
Andres Padilla, Industry Specialist na Rabobank Brasil
Priscila Ariani, Diretora de Marketing na Scanntech Brasil
Matheus Napolitano, Analista de Inteligência de Mercado na MilkPoint Ventures

10h40min às 11h10min - Milk break e networking

Bloco 2 – Competitividade da produção de leite: onde estamos?

11h10min às 11h30min - Resultados de custos de produção - o que estão fazendo os melhores produtores do mercado brasileiro?
Expedito Netto, Gestor do Educampo no Sebrae Minas Gerais

11h30min às 11h40min - Espaço Patrocinador

11h40min às 12h - Destrinchando a competitividade da Argentina
Gonzalo Berhongaray, CREA Argentina

12h às 12h30min - Perguntas e Debate
Expedito Netto, Gestor do Educampo no Sebrae Minas Gerais
Gonzalo Berhongaray, CREA Argentina

12h30min às 14h - Almoço

Bloco 3 – O que há de novo nas relações entre indústrias e produtores de leite?

14h às 14h20min - Nestlé e o programa Nature
Barbara Sollero, ESG Milk Sourcing Manager na Nestlé

14h20min às 14h40min - Danone e o programa Fazenda Tudo de Bem
Henrique Borges, Diretor de Compras na Danone

14h40min às 14h50min - Espaço Patrocinador

14h50min às 15h10min - Digitalização das relações entre produtores e indústrias – como as empresas têm usado as ferramentas digitais?
Edney Murillo Secco, Diretor Compra Lácteos Piracanjuba

15h10min às 15h40min - Perguntas e Debate
Barbara Sollero, ESG Milk Sourcing Manager na Nestlé
Henrique Borges, Diretor de Compras na Danone
Edney Murillo Secco, Diretor Compra Lácteos Piracanjuba

15h40min às 16h10min - Milk break

Bloco 4 – Novas ferramentas no Supply Chain de leite

16h10min às 16h30min - Porque o Banco Mundial está investindo na Alvoar?
Bruno Girão, CEO na Alvoar Lácteos

16h30min às 16h40min - Espaço Patrocinador

16h40min às 17h - A tese da Ultra Cheese 6 anos depois
Jorge Rocha, Operating Partner da Aqua Capital

17h às 17h20min - Projeções de mercado – quais as novas projeções e como estamos conseguindo evoluir no Mercado Plus?
Valter Galan, Diretor Técnico na MilkPoint Ventures

17h20min às 17h50min - Perguntas e Debate
Bruno Girão, CEO na Alvoar Lácteos
Jorge Rocha, Operating Partner da Aqua Capital
Valter Galan, Diretor Técnico na MilkPoint Ventures

17h50min às 18h - Encerramento

Conteúdo Extra - Disponível online exclusivamente para inscritos

18h - Como começa a economia brasileira em 2024 e quais as perspectivas para o restante do ano?
Roberto Padovani, Economista no Banco BV

18h05min - Cenários para os mercados de soja e milho
Ana Lenat, Líder de Estratégia e Inteligência de Mercado na Germinare
Conrado Zanon, Co Founder & CEO Germinare


Atacarejos tiveram crescimento de 7,8% no faturamento em 2023

Em dezembro, o setor apresentou aumento de 2,0% nas vendas unitárias

Marcado como o principal mês do varejo alimentar, em dezembro de 2023, o setor testemunhou um crescimento sólido, destacando-se pelo aumento de 2,0% nas vendas unitárias em comparação ao mês no ano anterior. Este incremento contribuiu significativamente para a expansão do faturamento, que registrou uma elevação de 4,4%. O aumento dos preços em 2,3% exerceu um impacto positivo adicional sobre o faturamento do setor. No contexto anual, o desempenho do varejo alimentar em 2023 revelou um faturamento 6,6% superior a 2023, impulsionado pela média de inflação de 5,1% nos produtos e um aumento de 1,5% nas vendas unitárias. Ao analisar os canais de venda, o atacarejo superou os supermercados no ano, com crescimento de 7,8% do faturamento contra 6,5%, tanto no acumulado do ano quanto em dezembro. No quesito preço, o desempenho do atacarejo regional também foi melhor, com um incremento de 3,5%, enquanto os supermercados registraram 5,2%.

Quanto ao desempenho mensal, a cesta de bebidas foi o grande destaque de dezembro de 2023, com um aumento expressivo de 12,7% no faturamento em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionada pelas festas de fim de ano e pelas altas temperaturas. Enquanto isso, a mercearia básica continuou a apresentar retração, com uma queda de -4,3% no faturamento e -2,8% nas unidades vendidas em dezembro de 2023, devido à retração de preços de -1,6%.

Ao analisar o desempenho regional durante o mês de dezembro, o estado de São Paulo e a região Norte se destacaram com os maiores crescimentos no faturamento, registrando 5,1% e 6,1%, respectivamente, em comparação a dezembro de 2022. Por outro lado, as regiões Nordeste e Leste (MG, ES, RJ) ficaram abaixo da média nacional, apresentando crescimentos de 2,8% e 3,8%.

Entre os itens que mais contribuíram para a retração no faturamento da cesta de mercearia básica em dezembro de 2023 foram óleo (-27,1%), café (-13,4%) e leite UHT (-10%). Por outro lado, na cesta de bebidas, as categorias que impulsionaram positivamente foram cerveja (9,7%), refrigerante (15,7%) e suco (19%). Tanto supermercados quanto atacarejos regionais registraram crescimento nas vendas unitárias, impactando positivamente o faturamento de ambos os canais no mês de dezembro.

Para Priscila Ariani, diretora de marketing da Scanntech, o ano marcado pelo crescimento do setor de bebidas, foi alavancado pelas altas temperaturas - segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2023 é o mais quente da história do planeta. A executiva ainda aponta o crescimento como consequência dos muitos feriados e também pelas festas de fim de ano. “Neste último semestre, tivemos meses em que o crescimento do faturamento das bebidas chegou a passar a marca de 20% e foi seguido por meses com 12% de taxa”, destaca. (Super Varejo)

 

Tirlán sobre o crescimento da APAC, oportunidades de laticínios funcionais e o apelo da alimentação a pasto

O DairyReporter conversou com Ann Meaney, chefe de marketing e ingredientes da Tirlán, para saber mais sobre a estratégia da empresa para o próximo ano na APAC e além.

DairyReporter: Você fez parte de uma missão comercial organizada pelo The Irish Food Board (Bord Bia) à Malásia e às Filipinas em 2023. Que oportunidades existem para a Tirlán Ingredients na região? Como você está atualmente entrando no mercado da APAC por meio de seu negócio de ingredientes?

Ann Meaney: Com a produção de leite preparada para crescer apenas moderadamente no Sudeste Asiático e a demanda prevista para crescer impulsionada pelo crescimento da população e da renda, esta região será uma oportunidade chave para exportadores de laticínios. Esta missão comercial liderada por um ministério incluiu um programa completo de eventos, incluindo dois seminários técnicos sobre laticínios em Kuala Lumpur e Manila, onde os importadores locais de laticínios tiveram a oportunidade de aprender sobre os laticínios irlandeses com uma série de palestrantes especializados, e também de interagir e explorar o desenvolvimento de negócios. oportunidades com processadores irlandeses. A Tirlán Ingredients está presente em toda a região da APAC há muitos anos e recentemente fortalecemos nossa posição nesta região aumentando nossa presença no local, com equipes locais agora instaladas com bases em Xangai e Tóquio. Este conhecimento e experiência do mercado local são fundamentais para as nossas ambições de crescimento.

DR: Que oportunidades em termos de alimentação e nutrição acessível você pretende explorar na região nos próximos anos?

AM: O consumo de laticínios está crescendo nesta região e, em particular, vemos um grande crescimento no consumo de queijo e novas aplicações para laticínios em pó.

DR: Como é a demanda por ingredientes lácteos alimentados com pasto nos mercados em que você opera? Quão bem o rótulo 'alimentado com pasto' é reconhecido e apreciado pelos consumidores em 2023?

AM: O rótulo 'alimentado com pasto' tem forte reconhecimento nos EUA e um reconhecimento crescente na Ásia e na Europa. O sistema agrícola baseado em pastagens que operamos na Irlanda é um USP chave nos nossos mercados. Vemos uma procura crescente pelas nossas proteínas Truly Grass Fed, à medida que as marcas procuram satisfazer a procura dos consumidores por sustentabilidade. A conscientização e o posicionamento premium da carne bovina produzida a pasto são uma boa base para aumentar a conscientização sobre os benefícios dos laticínios produzidos a pasto.

DR: A queda nas taxas de natalidade na China levou vários fabricantes a direcionar seus ingredientes nutricionais à base de laticínios para outros segmentos nutricionais ou a reduzir sua produção de pó. Como a dinâmica do mercado de fórmulas infantis afeta seu negócio de laticínios em pó? Quais tendências de demanda você experimentou em outros segmentos de alimentos e nutrição para seus lácteos em pó no ano passado e quais são suas expectativas nesse sentido para 2024?

AM: Vemos oportunidades crescentes em outras categorias nutricionais, fora da nutrição infantil. Os consumidores estão em busca de lanches mais saudáveis e de produtos que possam apoiar seus objetivos de saúde e estilo de vida. Os consumidores de estilo de vida ativo e de envelhecimento saudável estão a impulsionar uma maior procura de produtos de uso diário que tenham benefícios funcionais que atendam às suas necessidades nutricionais. Essa demanda impulsionou uma demanda por produtos com alto teor de proteína. Vimos esta procura manifestar-se numa maior procura pelos nossos ingredientes proteicos. Promiko, nosso WPI para o mercado de esportes e nutrição ativa, Solmiko para nutrição clínica e bebidas RTD e Solago para alimentos funcionais, como iogurtes ricos em proteínas, produtos de panificação e sorvetes. Esperamos que esta tendência continue em 2024, mas vemos que os consumidores valorizarão cada vez mais a sustentabilidade e a transparência e esperarão que as marcas que escolherem se alinhem com estes valores. (DairyReporter)


Jogo Rápido

La Niña pode impactar o agronegócio brasileiro em 2024
O National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), uma autoridade climática global, recentemente publicou projeções indicando que o fenômeno climático La Niña terá início em junho de 2024. Essa previsão segue o atual período de pico do El Niño, que deverá terminar em março, seguido de um período de neutralidade climática em abril. O La Niña é conhecido pelo resfriamento anômalo das águas do Oceano Pacífico na região equatorial, um padrão oposto ao observado durante o El Niño. As consequências desse fenômeno para o Brasil são significativas, com previsões de chuvas mais intensas nas regiões Norte e Nordeste, enquanto as regiões Centro-Sul, especialmente o Sul, poderão enfrentar condições mais secas. As mudanças climáticas podem ter impactos graves na agricultura brasileira. As regiões do sul, que já são propensas a altas temperaturas, podem enfrentar danos em suas plantações. Romário Alves, fundador e CEO da Sonhagro, franquia especializada em crédito rural, declara: "As previsões do La Niña destacam a necessidade de estratégias adaptativas no agronegócio. A resiliência e a inovação serão fundamentais para minimizar os efeitos negativos nas regiões mais afetadas". Além dos desafios diretos enfrentados pelos agricultores, também há preocupações em cadeia. A expectativa de menor produtividade das safras pode afetar o setor de insumos agrícolas, com uma provável queda nas receitas devido à demanda reduzida dos produtores. Isso, por sua vez, pode impactar o mercado de commodities, causando reflexos nos custos para frigoríficos e na indústria alimentícia. A perspectiva desses desafios requer uma atenção cuidadosa e um planejamento financeiro por parte dos produtores. Outro aspecto relevante é o planejamento estratégico, a adoção de técnicas de cultivo mais resilientes às variações climáticas, a diversificação das culturas e a utilização de tecnologias inovadoras, as quais podem ser algumas das soluções para enfrentar o período desafiador que se aproxima. O impacto do fenômeno La Niña no setor agrícola do Brasil será um tema a ser constantemente monitorado nos próximos meses, à medida que o país se prepara para enfrentar mais esse desafio climático. (As informações são da Assessoria de Imprensa da Sonhagro, adaptadas pela equipe MilkPoint)


 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 19 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.069


Reflexões para o Dia Mundial do Queijo

O Dia Mundial do Queijo, celebrado em 20 de janeiro, é uma data importante para debater a importância do bem-estar e da sanidade dos rebanhos para que os produtos lácteos cheguem à mesa do consumidor com a devida qualidade.

No cenário desafiador da produção leiteira, a atenção meticulosa aos cuidados com a alimentação e o controle de doenças é vital para assegurar a qualidade e a produtividade do leite. Nesse contexto, profissionais como médicos-veterinários e zootecnistas emergem como peças-chave, orientando os produtores rurais em cada etapa do processo e, desta forma, garantindo que o leite, principal matéria-prima do queijo, passou por todas as etapas e testes necessários.

Isso começa na fazenda, com o manejo nutricional de rebanhos leiteiros, responsabilidade dos zootecnistas. São eles que proporcionam uma alimentação balanceada que resulta em leite de qualidade e rico em nutrientes. Ao melhorar as condições de áreas de sombra e ventilação onde as vacas são confinadas, contribuem para a redução do estresse, aumentando assim a produtividade leiteira, diminuindo o gasto energético dos animais e garantindo o bem-estar animal.

Já aos médicos-veterinários cabe desenvolver programas permanentes voltados ao monitoramento da qualidade do leite produzido e industrializado. Isso inclui aspectos técnicos, como a contagem de células somáticas e a contagem bacteriana, por exemplo.

Além disso, conhecimentos aprofundados em bioquímica e microbiologia são essenciais para compreender as transformações que ocorrem durante a maturação dos queijos. Também é responsabilidade dos profissionais da Medicina Veterinária incentivar boas práticas da produção ao manejo, o que inclui a ordenha, higiene do ordenhador e armazenagem do leite.

A sinergia entre esses profissionais desempenha um papel de total importância na garantia da sanidade do rebanho, no controle de qualidade e na implementação de boas práticas de produção. Portanto, cada vez que você consumir um queijo, vai lembrar dos profissionais que estão por traz desta cadeia produtiva para que o produto chegue até você com o melhor sabor e qualidade.

(Fonte: Artigo para Jornal do Comércio de Mauro Moreira, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul)


Produtores rurais relatam estragos substanciais em propriedades do Estado
 
Apuração das perdas
 
De acordo com dados preliminares da Emater, além de Cruzeiro do Sul, municípios como Estrela, Lajeado e Poço das Antas também tiveram estragos mais substanciais em propriedades rurais. As instalações de suinocultura foram as mais atingidas na região, de acordo com Cristiano Laste, gerente do escritório regional da Emater em Lajeado (RS). “Instalações desabaram com o vento, implodiram com os animais dentro”, relata.
 
Também houve vários casos de quedas de árvores e de interrupção de energia elétrica, deixando muitas propriedades sem comunicação. Outro setor afetado é a produção de leite, tendo em vista que a falta de energia elétrica inviabiliza o armazenamento do produto na fazenda. “Hoje estamos fechando 48 horas sem energia em algumas localidades, dessa maneira, o produtor tem que descartar o leite”, ressalta Cristiano.
 
Somente os produtores que possuem gerador próprio de energia estão com o andamento normal da produção. O escritório ainda trabalha no levantamento dos dados das perdas. Darlan Palharini, secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat) do Rio Grande do Sul, afirma que o último temporal não chegou a atingir de maneira representativa a captação de quase 11 milhões de litros de leite por dia no Estado. “Há problemas de captação pontuais e as perdas devem ser de um percentual muito pequeno, não chegando a 1%”, acredita.
 
Ele destaca que o produtor de leite, hoje, tem infraestrutura, o que inclui gerador próprio de energia. Além disso, a captação pode ser feita em até 48 horas. Mas admite que o pequeno produtor pode ter perdas mais significativas.
 
“O produtor de leite já tem uma margem de lucro ajustada, então, nesse caso, fica difícil, porque ele acaba tendo que arcar com o prejuízo”, observa.
 
A Secretaria de Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul informa que a Emater está trabalhando no levantamento das perdas nas propriedades rurais, por meio do sistema de registro de perdas (Sisperdas), no qual os extensionistas rurais do órgão lançam informações referentes aos municípios de atuação. “Ainda temos situações de falta de energia elétrica e de internet o que prejudica os lançamentos”, explicou à reportagem a assessoria de imprensa da Emater-RS.
 
Outro município gaúcho com registros de perdas nas propriedades rurais é Venâncio Aires. Ornélio Sausen, presidente do Sindicato Rural da cidade, conta que o temporal deixou consequências “desastrosas”. De acordo com ele, houve danos em lavouras de milho e de fumo e prejuízos em galpões de avicultura instalados na região, incluindo a perda de animais.
 
Sausen calcula em torno de 25% de perdas nas lavouras de milho e de 20% de perdas nas plantações de fumo, mas adverte que os percentuais ainda serão apurados. “Em algumas lavouras, a situação está bem crítica”, pontua.
 
Na propriedade de Cássio Fernando Hermes, localizada na área rural de Venâncio Aires, o vendaval chegou a arrancar um eucalipto com cerca de 80 anos. “Agora vamos usar a madeira para cerca”, diz. E completa: “foi aterrorizante o vendaval. Só tivemos a dimensão exata quando o dia amanheceu”. Na lavoura, onde produz fumo e milho, assim como com a criação de gado de corte, o produtor não registrou problemas dessa vez.
 
Cristiano Laste, do escritório regional da Emater em Lajeado, enfatiza que o produtor gaúcho está passando por um período de adaptação ao clima. “O produtor terá que se moldar, conforme a necessidade e as adversidades do clima. Daqui para frente, terá que haver uma organização muito grande nas propriedades para evitar prejuízos”, alerta.
 
O especialista sugere atenção a fatores como reservas alimentar e financeira nas propriedades e investimentos em equipamentos como gerador próprio de energia. “Ele terá que buscar segurança para a produção”, afirma. E, ainda, rever o planejamento de áreas com reflorestamento, considerando um manejo adequado e propondo a substituição de espécies de árvores maiores próximas a redes de energia, por exemplo. “Em alguns casos, é indicada a substituição por árvores de porte menor, com uma estrutura mais adequada”.
 
‌A Defesa Civil divulgou na manhã desta quarta-feira (17/01) que ao menos 49 cidades do Rio Grande do Sul registraram estragos causados pelo temporal que atingiu o Estado na noite de terça. Os danos são consequência da chuva e vento fortes, queda de granizo e descargas elétricas. Em Cachoeirinha, uma pessoa morreu e mais de 100 pessoas ficaram desalojadas. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em Teutônia o vento chegou a 126,7 km/h. (Globo Rural adaptado pelo SINDILAT/RS)
 

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1798 de 18 de janeiro de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a oferta de água para dessedentação permanece de boa qualidade nos açudes, que estão com níveis elevados. As temperaturas também estão adequadas para o bem-estar das matrizes. 

Já na de Caxias do Sul, as altas temperaturas seguem prejudicando o bem-estar animal, reduzindo o consumo e  impactando a produtividade dos rebanhos. 

Na de Frederico Westphalen, os produtores estão conseguindo manter sob controle os custos de produção graças à melhoria na disponibilidade de forragens e à diminuição dos preços da ração. 

Na de Passo Fundo, os animais têm mantido o volume de produção e o escore corporal, assim como o estado sanitário. Os produtores continuam a utilizar alimentos conservados, complementados com rações, conforme as necessidades nutricionais. 

Na de Pelotas, as altas temperaturas estão causando estresse térmico, afetando a produção leiteira e a reprodução dos animais. 

Na de Santa Maria, a oferta adequada de forrageiras aos animais, complementada por ração e silagem, tem garantido produção satisfatória. 

Na de Santa Rosa, na temporada de pastagens de verão, os custos de produção de bovinos de leite são reduzidos pela maior oferta forrageira, embora seja necessário tratar ectoparasitas devido à proliferação de mosca-dos-chifres, berne e carrapato nos rebanhos. 

Na de Soledade, a abundância de pasto impulsiona a produção de leite, diminuindo os custos, mas a necessidade de complementação com concentrados mantém a lucratividade no setor limitada. 

As informações são da EMATER/RS, adaptadas pelo SINDILAT/RS


Jogo Rápido

PREVISÃO METEOROLÓGICA (19 A 21 DE JANEIRO DE 2024)
Os próximos sete dias permanecerão com umidade e calor no RS. Na sexta-feira (19), ainda ocorrerão pancadas de chuva nas faixas Norte e Leste, com tempo seco no restante do Estado. No sábado (20) e domingo (21), o tempo permanecerá firme, com grande variação de nuvens e temperaturas próximas de 30°C na maioria das regiões, apenas nas seções Noroeste e Norte são esperadas pancadas de chuva. Na segunda (22) e terça-feira (23) as temperaturas estarão amenas, com grande variação de nuvens e pancadas isoladas de chuva na maioria das regiões. Na quarta-feira (24) o tempo seco vai predominar em todo Estado. Os totais previstos deverão oscilar entre 35 e 50 mm na maior parte do Centro-Leste do Estado. Na Campanha, Missões e Alto Uruguai, os volumes serão mais elevados e deverão oscilar entre 50 e 80 mm. Na Fronteira Oeste os valores estimados deverão superar 100 mm e poderão alcançar 150 mm em algumas localidades. (SEAPI)


 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 18 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.068


UE é solicitada a concluir as negociações comerciais do Mercosul

Um total de 23 entidades comerciais solicitou a rápida aprovação do acordo de livre comércio UE-Mercosul, que facilitará a exportação de produtos agroalimentares da UE, incluindo os principais produtos lácteos, para a Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai e vice-versa.

De vinhos a queijos, muitos produtos agroalimentares europeus atualmente enfrentam tarifas elevadas quando exportados para países do Mercosul, o que faz com que os produtores da UE e do Mercosul percam oportunidades comerciais. O acordo, cujos termos foram acordados em 2019, ainda não foi ratificado, no entanto, depois que uma resistência de sindicatos, ONGs e grupos ambientais fez com que o Parlamento Europeu fizesse uma "pausa" na aprovação final, em vez de aprovar uma resolução de que o TLC "não pode ser ratificado como está".

Mais recentemente, em dezembro de 2023, foi preparado o cenário para que a UE e os quatro países do Mercosul assinassem o TLC no Rio de Janeiro, mas o presidente francês Emmanuel Macron declarou que o acordo não oferecia salvaguardas ambientais suficientes, especificamente em relação ao desmatamento e à sustentabilidade.

O acordo gerou polêmica ao longo dos anos, inclusive por parte do Ombudsman Europeu, que criticou a Comissão por não ter concluído uma avaliação de sustentabilidade.

As eurodeputadas verdes Saskia Bricmont e Anna Cavezzini escreveram recentemente um artigo de opinião sobre por que o acordo seria "um retrocesso para as pessoas e o planeta", explicando que o acordo "aumentaria o desmatamento e a destruição de alguns dos ecossistemas mais singulares e cruciais do nosso planeta, como a Amazônia".

As oportunidades de comércio para os exportadores da UE e do Mercosul são significativas, pois isso levaria à liberalização do mercado para muitos dos principais produtos agroalimentares da UE. O comércio de bebidas alcoólicas, por exemplo, gera 180 milhões de euros (US$ 195 milhões) por meio do comércio existente, mas os produtos estão sujeitos a tarifas de 20 a 35%. Se o TLC entrar em vigor, produtos como azeite de oliva, vinho e chocolates serão isentos de cotas e tarifas.

Os produtores de lácteos europeus que exportam queijo, leite em pó e fórmulas infantis - que atualmente enfrentam tarifas de 28% para queijo e leite em pó e 18% para fórmulas - estarão sujeitos a cotas de direito zero, o que facilitaria significativamente o comércio com os quatro membros do Mercosul.

A carta aberta, endereçada aos presidentes do Parlamento Europeu, do Conselho Europeu e da Comissão Europeia e assinada por entidades como The European Dairy Association, spiritsEUROPE, CAOBISCO e 19, afirma que o acordo reduziria a burocracia e abriria o mercado do Mercosul, com mais de 270 milhões de consumidores, aos produtores da UE.

"É importante reconhecer as enormes oportunidades que o acordo oferece, o que ajudará a manter uma forte estrutura industrial na UE, inclusive nas áreas rurais, e, assim, salvaguardar os empregos e o bem-estar de milhões de cidadãos europeus", diz a carta.

"Dado que a UE não possui reservas substanciais de matérias-primas essenciais necessárias para a transição verde e digital e o fato de que uma proporção substancial do crescimento global deverá vir de fora da UE na próxima década, nossas indústrias precisam de mercados de exportação abertos para vender bens e serviços europeus e adquirir matérias-primas a preços competitivos. O acordo é, portanto, um imperativo econômico, social e geopolítico."

Os signatários acrescentam que o acordo oferece "um incentivo muito forte e as ferramentas certas para a colaboração, a fim de manter as promessas de desenvolvimento sustentável da região, incluindo a interrupção do desmatamento ilegal" e pedem aos líderes políticos que ratifiquem o TLC "sem mais demora".

As organizações comerciais que apoiam a rápida ratificação também destacam a importância geopolítica do acordo, que muitos analistas acreditam que poderia ajudar a promover laços ainda mais estreitos entre as empresas sul-americanas e a China, o maior parceiro comercial do Mercosul.

"A entrada em vigor do acordo UE-Mercosul impulsionará a integração de nossas economias e ajudará a diversificar nossas cadeias de valor, tanto para importações quanto para exportações", explica a carta.

"Isso é fundamental para a competitividade de nossos setores voltados para a exportação, que criam dezenas de milhões de empregos na Europa e fornecem uma contribuição essencial para a prosperidade e os padrões de vida dos cidadãos europeus. Também ajuda a promover a autonomia estratégica aberta da UE em tempos de crescentes preocupações com a segurança econômica, por meio de parcerias com países que pensam da mesma forma."
 
As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.


Presidente da Fedeleche: "Queremos aumentar a produção de leite no Chile"

O presidente da Federação Nacional de Produtores de Leite do Chile (Fedeleche), Marcos Winkler, analisou as condições para a produção leiteira no país, assegurando que "um ano de grandes incertezas chegou ao fim, desde questões climáticas, com setores com muita chuva e outros com muito pouca, e o mesmo no caso das temperaturas".

O líder se referiu ao fato de que, embora tenha havido fortes chuvas no verão passado, as baixas temperaturas não permitiram um bom crescimento do pasto para alimentar o gado na parte sul do país.

"De Temuco para o sul, há a maior concentração de animais, com um sistema de pastagem. Portanto, eles são muito dependentes do clima. O início do inverno foi muito bom. Depois, houve chuvas importantes que permitiram que o crescimento do pasto fosse interessante, mas depois fez muito frio. O crescimento que deveria ter ocorrido em outubro não aconteceu e não tivemos o pico da primavera", explicou ele.

Com relação ao relacionamento com o setor de processamento de leite, que é o ponto de destino da produção nos campos, Winkler observou que alguns mantiveram seus preços, enquanto outros diminuíram seu padrão de pagamento aos produtores.

Ele também destacou que, sem os incentivos necessários, "claramente os laticínios estão fechando, os produtores estão diminuindo e temos menos produção".

Apesar de tudo, o representante do sindicato disse que "queremos que a produção de leite no Chile aumente, por isso precisamos de condições para mais produção e para que novas pessoas entrem nesse negócio".

Sustentabilidade

Por outro lado, o representante do sindicato garantiu que "estamos trabalhando arduamente na sustentabilidade de nossos rebanhos. Há pessoas no mundo que acreditam que as vacas produzem gases de efeito estufa, mas nós podemos mitigar o carbono e o metano".

Nesse contexto, ele disse que, em termos de sustentabilidade, "as fazendas têm uma consciência social, gerando bons empregos, com salários adequados. O campo tem que ser rentável, que é o que todos nós estamos tentando implementar e mostrar ao mundo".

Pelo mesmo motivo, o presidente da Fedeleche ressaltou que "estamos trabalhando constantemente para demonstrar que o leite é necessário para a nutrição de crianças, jovens e adultos. Como no mundo há campanhas contra o leite, temos que usar a ciência para demonstrar que ele é bom".

Além disso, Marcos Winkler destacou que "na pandemia, todos nós nos fechamos, o que levou a um aumento no consumo de alguns produtos lácteos, o que, juntamente com os recalls e bônus, permitiu que se comprasse mais".

"Infelizmente, o fluxo de caixa acabou, os projetos e o dinheiro diminuíram, diminuindo o consumo de laticínios", disse o presidente da Fedeleche.

Nesse contexto, ele garantiu que atualmente estão trabalhando em uma nova campanha para promover o consumo de leite e seus derivados.

"Nosso foco é o consumidor final e que ele saiba que o leite é chileno. É por isso que estamos trabalhando arduamente na Lei de Rotulagem para que eles saibam que o produto é do país". Nesse contexto, o líder sindical pediu aos consumidores que escolham esses produtos "de qualidade premium em nível global e sustentável".

As informações são do La Tribuna, adaptadas pela equipe MilkPoint.

AR – A produção de leite caiu em 2023. Quais as estimativas para 2024?

Produção/AR – A produção argentina de leite em 2023 alcançou 11.326,6 milhões de litros, o que representou queda de 2% em relação a 2022, devido aos efeitos da seca, das distorções e dos aumentos de custos verificados durante o ano passado, disse o Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA).

Para 2024, a entidade projeta uma nova queda, neste caso de 2,8%, com o volume ficando ligeiramente acima de 11 bilhões de litros.

As causas da queda na produção de leite na Argentina

Segundo o trabalho do OCLA, a seca que afetou o país durante 2022 e boa parte do ano passado, junto com o aumento generalizado dos custos de produção explicam a baixa.

“2023 começou com uma seca generalizada em todas as regiões e que se manteve até o final do ano. Isto gerou falta de pastagens e forrageiras tanto em quantidade como em qualidade e teve que recorrer à compra de alimentos fora dos estabelecimentos”, diz o relatório do OCLA.

Assim, “as diferentes versões do dólar soja produziram elevações de preços dos concentrados e do arrendamento de terras. O forte processo inflacionário e a desvalorização cambial se uniram aos aspectos anteriores, potencializando de forma extraordinária os custos de produção, que não foram compensados no aumento do preço do leite ao produtor”.

Não obstante este panorama, “a produção teve uma leve queda, que analisada por estrato produtivo mostra que as unidades produtivas maiores sustentaram a produção durante todo o ano, acima da produção do ano anterior”.



Jogo Rápido

INDÚSTRIA DE ALIMENTOS BATE RECORDES E SE TORNA MAIOR GERADORA DE EMPREGOS FORMAIS E DIRETOS
O Brasil se tornou o maior exportador mundial de alimentos industrializados do mundo, em volume, com 72,1 milhões de toneladas, e ultrapassou os Estados Unidos, conforme apontam dados apurados pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA). O que representa um crescimento de 11,4% em relação a 2022 e de 51,8% em relação a 2019. Além disso, o segmento gera cerca de 2 milhões de empregos formais e diretos e mais 10 milhões na cadeia produtiva. Os principais destaques, em valor, foram as proteínas animais (US$ 23,6 bilhões), açúcares (US$ 16 bilhões), farelos de soja (US$ 12,6 bilhões), óleos e gorduras (US$ 3,6 bilhões), preparados de vegetais e sucos (US$ 2,9 bilhões). Para a deputada federal Bia Kicis (PL-DF), cabe aos parlamentares trabalhar para que o setor permaneça em condições de colaborar com o país e atuar em pleno desenvolvimento. Bia também reforça a importância que o segmento da indústria fornece à segurança alimentar mundial. “A segurança alimentar é um dos principais focos da indústria de alimentos e bebidas. A nós, Parlamentares, cabe a missão de trabalhar para que o setor permaneça viável, com medidas para evitar a perda de postos de trabalho e de produtividade”, disse ela. De acordo com João Dornellas, presidente da ABIA, o Brasil vem se sobressaindo desde o início da pandemia como fornecedor global de alimentos. “Vários países tomaram a decisão de não exportar ou de fazer estoque, e isso foi agravado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. O Brasil tem uma indústria de alimentos muito forte também, com tecnologia e capacidade de investimento. Continuamos expandindo e atendendo às demandas dos mercados interno e externo”, ressalta Dornellas. Apesar dos números satisfatórios, Dornellas destaca que ainda existe um desafio importante para o segmento. Para ele, esclarecer sobre uma classificação de alimentos equivocada que vem sendo utilizada no Brasil é uma prioridade. A indústria de alimentos brasileira processa 58% do valor da produção de alimentos do campo brasileiro e, em 2022, o faturamento alcançou R$ 1,075 trilhão, o que correspondeu a uma correlação de 10,8% com o PIB do País, quando foram produzidas mais de 250 milhões de toneladas de alimentos, das mais diversas categorias. (Edairy News)


 
 

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Porto Alegre, 17 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.067


Soja atinge menor valor desde agosto de 2020

A comercialização da soja abriu a semana no menor patamar de preço registrado desde 2020 pela série histórica do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (CEPEA-Esalq/USP). A cotação da oleaginosa encerrou a última sexta-feira em R$ 127,61 a saca. Em resposta ao relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, em inglês), que previu recuperação da safra argentina da oleaginosa, a cotação recuou 1.7% ante os R$ 129,83/sc do dia anterior. No entanto, chegou ao menor patamar desde 17 de agosto de 2020 (R$ 129,67/sc) e pouco mais que o de 14 de agosto do mesmo ano, de R$ R$ 127,26.

De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Luiz Fernando Gutierrez Roque, a recuperação da soja argentina, prevista pelos Estados Unidos, compensa boa parte – ou a maior parte - dos problemas previstos para a colheita brasileira. “O mercado não olha só para o Brasil, mas para a América do Sul. Estão acabando plantio por lá (Argentina) e, até agora, as condições climáticas são boas e favoráveis”, analisa. A projeção é que o país colha 50 milhões de toneladas de soja, mais que o dobro das 22 milhões de toneladas colhidas no ano passado. A previsão de alta oferta, segundo Roque, tem sustentação mesmo frente à estimativa de quebra à safra brasileira. “A gente sabe que tem problemas climáticos, mas ainda estamos falando na segunda maior safra da nossa história. Estamos longe de ter uma catástrofe na soja brasileira”, garante. 

O prognóstico da Safras & Mercado leva em conta o impacto da escassez hídrica em importantes estados produtores, como Mato Grosso, Tocantins e Bahia e aponta para 150 milhões d e toneladas n a safra 2023/2024. Já para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção da oleaginosa está estimada em 155,26 milhões de toneladas. Embora o cultivo da oleaginosa se desenvolva de forma irregular devido à estiagem no Centro-Norte e ao traso do plantio devido ao excesso de chuva da região Sul, o especialista não aposta em mudanças no mercado. “Teremos um primeiro semestre de preços pressionados e mais fracos. Com uma produção sul-americana maior, os contratos de Chicago (bolsa) cedem e perdem valor. Logo, a formação de preços internos fica pior”, analisa. O início da colheita em alguns pontos do país também depreciam as cotações. “O mercado sente a entrada da safra. Não vejo fator positivo, no curto prazo, nem o clima mudando de uma hora para outra para os contratos de Chicago ganharem força”, conclui Roque. (Correio do Povo)


Ministério do Desenvolvimento Agrário deve elaborar nova política para produção de leite

O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, se reuniu nesta segunda-feira (15/01) com representantes do setor produtivo de leite, da academia e de outras áreas do governo federal para discutir novas medidas de fortalecimento da pecuária leiteira no país.

O objetivo é elaborar e encaminhar, nos próximos 30 dias, uma proposta de nova política para essa cadeia produtiva ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para superação da crise vivida no setor com o aumento das importações desde 2022.

Nas redes sociais, Paulo Teixeira disse que a cadeia produtiva de leite é uma “questão do Estado”. O encontro reuniu representantes do Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Paulo Teixeira disse que a proposta mira o aumento da produção e do consumo de lácteos no Brasil e a viabilização das exportações desses produtos.

“Colhemos os melhores insumos para oferecer uma proposta para o presidente Lula de aumento da produção de leite, no fortalecimento do pequeno e do médio produtor de leite, evidentemente que do grande também, para que o Brasil consiga melhorar essa economia, aumentar a produção de leite, aumentar o consumo e virar também um país exportador de leite e derivados”, afirmou.

Desde o ano passado, o governo tem adotado medidas para mitigar os efeitos do aumento das importações de lácteos de países do Mercosul, como Uruguai e Argentina. Nesta semana entrará em vigor a norma tributária que impede incentivos no âmbito do Programa Mais Leite Saudável, do Ministério da Agricultura, para indústrias que compram produtos estrangeiros. (As informações são do Globo Rural, adaptadas pela equipe MilkPoint)

Empresa dona da Piracanjuba faz planos para ir além dos lácteos

Dona da Piracanjuba, uma das marcas de leite que mais cresceu no Brasil nos últimos anos, o Laticínio Bela Vista faz planos para diversificar seus negócios. A empresa goiana quer se manter na categoria de alimentos, porém, ir para além da sua zona de conforto.

A estratégia é uma das primeiras medidas a ser implementada por Luiz Cláudio Lorenzo, o novo presidente da companhia. Ele assumiu o posto desde o início de 2024, substituindo os irmãos e sócios Cesar e Marcos Helou, que comandaram a empresa nas últimas décadas.

“Temos a pretensão de ampliar nosso escopo de atuação. Essa diversificação dos negócios pode ocorrer tanto de uma maneira orgânica, quanto por meio de aquisições. Nosso foco estará na saudabilidade”, disse Lorenzo ao IM Business, mantendo ainda em sigilo os setores alvo.

Apesar do interesse na diversificação, o laticínio não vai abrir mão da sua principal fortaleza. A companhia espera inaugurar no início de 2025 a maior fábrica de queijos do Brasil, que está sendo construída em São Jorge d’Oeste (PR), com investimentos da ordem de R$ 80 milhões.

A nova unidade vai ampliar em quase 15% a capacidade de processamento de leite da Bela Vista. Dos atuais 7 milhões de litros por dia, a companhia terá instalada uma capacidade para 8 milhões de litros por dia.

Outra medida a ser implementada pelo executivo é profissionalizar a gestão da companhia, que se manteve familiar desde o início. A migração dos irmãos Helou do dia a dia para o conselho consultivo recém criado é um primeiro passo nesse sentido.

A ideia é reforçar a governança da Bela Vista, preservando a cultura desenvolvida ao longo dos anos e garantindo a longevidade do grupo. Os sinais enviados pelo executivo são manter a companhia como consolidadora no mercado.

Desde 2023, a companhia vem se preparando para acessar o mercado de capitais. Segundo Lorenzo, um IPO não está descartado, porém, a empresa não tem trabalhado com essa possibilidade. “Não é algo que nos move”, diz.

Do ponto de vista do mercado, Lorenzo diz estar cauteloso e não esperar por uma retomada no consumo no curto prazo. Em sua opinião, ainda não é possível medir os impactos que as medidas fiscais anunciadas pelo governo terão ao longo das cadeias produtivas.

“No Brasil e no mundo, os lácteos e todas as commodities têm sofrido com a queda dos preços, em um movimento de acomodação, após o período de pandemia. Porém, a demanda segue reprimida no Brasil, diante do alto grau de endividamento das pessoas”, diz Lorenzo.

O executivo não revela qual o tamanho do faturamento da companhia em 2023. Diz apenas que houve um crescimento de 8% e que a expectativa é manter uma taxa anual de expansão da ordem de 10%. (As informações são do Infomoney)


Jogo Rápido

Saldo da balança comercial é positivo em US$3,5bi 
A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de 1,391 bilhão de dólares na segunda semana de janeiro, entre os dias 8 a 14. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados ontem, o valor foi alcançado com exportações de 6,212 bilhões de dólares e importações de 4,822 bilhões de dólares. No mês, o superávit acumulado é de 3,496 bilhões de dólares. Até a segunda semana do mês, a média diária das exportações registrou aumento de 31,6% na comparação com a média diária do período em 2023, com crescimento de 70,7 milhões de dólares (43,9%) em agropecuária, alta de 134,37 milhões de dólares (55,6%) em indústria extrativa e aumento de 120,54 milhões de dólares (19,2%) em produtos da indústria de transformação. As importações, igualmente, tiveram crescimento: 4,6% no período também na comparação pela média diária, com queda de 2,35 milhões de dólares (-10,2%) em agropecuária, recuo de 13,14 milhões de dólares (-17,7%) em indústria extrativa e crescimento de 57,98 milhões de dólares (7%) em produtos da indústria de transformação, segundo os dados divulgados pela secretaria. (Correio do Povo)


 
 

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Porto Alegre, 16 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.066


GDT - 16/01/2024

(Fonte: GDT)


Saldo do Fundesa-RS cresce R$ 19 milhões em um ano

Conselheiros do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS aprovaram nesta segunda-feira (15), os números referentes ao exercício de 2023. A assembleia também analisou os dados do último trimestre. A cada três meses os relatórios são apresentados e revisados pelos conselheiros e os relatórios encaminhados às Secretaria da Agricultura e da Fazenda, Assembleia Legislativa, Tribunal de Contas do Estado e Corregedoria e Auditoria Geral do Estado. O Fundesa completa 19 anos no próximo dia 1° de fevereiro e o período foi destacado pelo presidente Rogério Kerber na abertura dos trabalhos.

As saídas no exercício somaram R$ 11,2 milhões e foram aplicadas prioritariamente em indenizações e investimentos em insumos, treinamento e tecnologias para o sistema de defesa sanitária animal no Rio Grande do Sul. O saldo do fundo supera R$ 141 milhões, enquanto em janeiro de 2023 era de R$ 122 milhões.

Entre os maiores aportes do Fundo em 2023, estão as indenizações na pecuária leiteira, que totalizaram mais de R$ 6 milhões. Já no último trimestre, o destaque está nos investimentos em prevenção da Influenza Aviária, que totalizaram R$ 35,7 mil. “Ainda estamos com o olhar voltado para o risco de ingresso da influenza aviária no estado. Como há casos em animais marinhos e aves silvestres, mantemos as atividades de prevenção em toda a região de risco”, afirmou o presidente Kerber.

Atualização de valores
Também foi homologado na Assembleia Geral o novo valor médio de R$ 7,70 o quilo do bovino vivo. O valor é o que consta no Boletim Conjuntural da Emater, de janeiro de 2024. O número é a referência utilizada para o cálculo do pagamento de indenizações para o ano, conforme as resoluções do Fundo.

As demais datas de assembleias de prestação de contas trimestrais do Fundesa já foram aprovadas e estão agendadas para os meses de abril, julho, outubro e janeiro de 2025.Todas as informações e números ficam disponíveis no site do Fundesa: fundesa.com.br. (Fundesa)

AR – A produção de leite caiu 2% em 2023

A produção argentina de leite em 2023 alcançou 11.325,4 milhões de litros, o que representou queda de 2% em relação a 2022, quando foram contabilizados 11.557,4 milhões de litros.

Esse resultado, antecipado pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), está longe dos prognósticos catastróficos do princípio do ano, como queda de 10% a 20% na oferta de leite, devido à crise que visivelmente afetava a maioria das fazendas leiteiras. Esta crise foi expressa tanto em matéria climática (a seca afetou fortemente a oferta de pastos) como econômica, ao longo do exercício, as fazendas leiteiras não conseguiram cobrir os custos de produção).

Mas a variação de 2% na produção de leite também está longe de ser comemorada, porque mostra de novo, estagnação em relação ao início do milênio, variação entre 10 e 1 bilhões de litros.
A estatística do OCLA abre uma interrogação: o que acontecerá em 2024, já que a crise de renda da atividade leiteira persiste. De fato, o gráfico da evolução anual mostra que as quedas de produção foram maiores nos últimos quatro meses do ano.

Tomando só os dados do mês de dezembro, de fato, a produção foi de 951 milhões de litros, o que representou 5,3% abaixo do mês anterior e -7,7% na comparação com o ano anterior. Ou seja, que nos meses mais recentes está havendo uma crise que impacta a rentabilidade da produção primária, que leva muitas fazendas a encerrarem a atividade mas, sobretudo, que a maioria reduz o nível de produção, seja reduzindo a qualidade das rações ou eliminando as vacas menos produtivas.

“Normalmente a produção no mês de dezembro decresce entre 5 e 6% em relação a novembro (média diária). Este ano a queda foi de 8,3%, resultado dos efeitos colaterais da seca generalizada e prolongada que abateu sobre todas as regiões produtivas, vindo depois um excesso de chuva em outras, durante o mês e as relações desfavoráveis entre o preço do leite e alguns insumos básicos (sobretudo concentrados”, alertou a análise do OCLA.

Cabe destacar que, “dezembro de 2023 foi o mês de dezembro de menor produção dos últimos 4 anos”.

Em sólidos totais (matéria gorda e proteína) a produção anual caiu 1,1% em 2023, quando os litros produzidos caíram 2%. Esta é uma situação “que ocorre porque a deterioração dos chamados sólidos úteis do leite é mínima (7,16% de sólidos em 2023 e 7,17% em 2022)”. (Fonte: Bichos de campo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido

Declaração de Rebanho 2023: 84,19% dos produtores entregaram no prazo
A Declaração Anual de Rebanho referente ao exercício de 2023 teve adesão de 84,19% dos produtores rurais gaúchos que trabalham com agronegócios de produção animal. O índice se manteve condizente com a média de declarações de rebanho entregues nos anos anteriores. As Supervisões Regionais de Palmeira das Missões, Passo Fundo, Santa Rosa e São Luiz Gonzaga se destacaram por apresentarem os maiores índices para o Estado, com entrega superior a 90%. A Supervisão Regional de Passo Fundo foi a que apresentou a maior porcentagem, registrando 98,72% de entregas.  Em relação aos municípios gaúchos, 115 (23,14%) atingiram 100% de declarações entregues e 252 (50,70%) apresentaram índices de entrega entre 80% e 99%. “A penalidade aos produtores inadimplentes é o bloqueio da movimentação dos animais e uma autuação, que pode ser uma advertência, se primário, ou multa, caso seja reincidente”, explica o diretor adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi), Francisco Lopes. Os produtores que não realizaram a declaração no prazo devem procurar suas inspetorias ou escritórios de defesa agropecuária de referência, para proceder à regularização de seus cadastros. A Declaração Anual de Rebanho 2023 esteve disponível pelo período de 1º de junho a 31 de outubro do ano passado. A partir de setembro de 2023, foi lançado um novo módulo no Produtor Online que permitiu a entrega da declaração pela internet. (SEAPI)


 
 

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Porto Alegre, 15 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.065


Desafios setoriais para o setor de lácteos no Chile em 2024

O presidente do Consórcio Chileno de Lácteos, Sergio Niklitschek, expôs os desafios e as metas do setor de laticínios no Chile para 2024.

A referência chilena em laticínios explicou que 2023 terminou "com alguns contrastes" e disse que "apesar de ter um preço histórico ao produtor, superior ao da maioria dos países mais importantes na produção de leite, os altos custos dos insumos e uma primavera fria e tardia no sul do Chile conspiraram para que fechássemos o ano novamente com um déficit de produção significativo".

"A boa notícia é que as previsões especializadas indicam que a demanda mundial por produtos lácteos continuará crescendo a uma taxa média anual de aproximadamente 1,8% nos próximos anos, o que provavelmente excederá a oferta mundial e oferecerá uma excelente oportunidade para o setor lácteo chileno, desde que saibamos aproveitá-la e não continuemos estagnados como aconteceu nos últimos anos", disse Niklitschek.

Ele disse um desafio importante que a indústria chilena enfrentará como uma cadeia durante o ano de 2024 será o desenvolvimento de uma "Estratégia Setorial" acordada e colaborativa, que nos permita fazer um diagnóstico claro, preciso e documentado das principais causas que mantêm o crescimento estagnado, para posteriormente desenvolver e implementar uma estratégia de desenvolvimento para o setor de lácteps chileno.

Um segundo e importante desafio é promover a rápida ampliação do programa de Certificação de Sustentabilidade da Fazenda de Laticínios com o selo "Chile Origen Consciente", a fim de integrá-lo ao APL (acordo de produção limpa) do setor de processamento e entrar no mercado com produtos lácteos certificados que satisfaçam as novas demandas dos consumidores, que exigirão cada vez mais que os produtos lácteos que consomem sejam social e ambientalmente sustentáveis, destacando o bem-estar animal, a mitigação das emissões de gases de efeito estufa, o cuidado com os recursos hídricos e a biodiversidade, entre outros.

Um terceiro desafio, não menos importante, será fortalecer as bases que sustentam o consumo de lácteos em nosso país, continuando a comunicar vigorosamente os múltiplos benefícios do consumo de lácteos em todas as fases da vida e, além disso, informar o poderoso trabalho que o setor de lácteos chileno está fazendo em termos de sustentabilidade, incluindo a mitigação das emissões de gases de efeito estufa e a adaptação às mudanças climáticas.

Por fim, Niklitschek conclui que a realização da Cúpula Mundial de Laticínios em 2025 exigirá que o setor continue trabalhando em colaboração para preparar um evento de classe mundial, organizado por representantes do setor global. (As informações são do Infortambo, traduzidas pela Equipe MilkPoint)


Análise do mercado lácteo da FAO para a América do Sul

A produção de leite na América do Sul deverá atingir 68 milhões de toneladas, com crescimento moderado de 0,7% em relação a 2022, sustentada pelo aumento de volumes no Brasil, no Uruguai e no Peru, que compensarão possíveis quedas na Argentina, Colômbia e Chile.

No Brasil, a redução dos custos da alimentação animal em decorrência da maior produção de milho e as condições favoráveis do clima melhoraram as margens dos produtores, proporcionando um possível crescimento de 2% em relação ao ano anterior, atingindo 36,7 milhões de toneladas de leite. Entretanto, os impactos do evento climático El Niño constituem uma preocupação.

A produção de leite no Uruguai pode aumentar perto de 1% em relação a 2022, como consequência do clima mais favorável e queda no custo da alimentação animal. Na Argentina, ao contrário, a produção deverá cair 1%, ficando pouco abaixo das 12 milhões de toneladas, como consequência da seca que prejudicou as pastagens em termos de quantidade e qualidade. A desvalorização cambial do peso fez aumentar os custos dos alimentos importados, reduzindo as margens dos produtores, apesar da implementação de programas governamentais de assistência financeira e os esforços para mitigar a pressão inflacionária.

Da mesma forma, a produção de leite na Colômbia deve cair em decorrência dos elevados custos dos fatores de produção e do baixo preço do leite ao produtor. (Fonte: FAO - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Sebrae RS disponibiliza 1,2 mil vagas para o programa ALI Produtividade 

O Sebrae RS está com inscrições abertas até o dia 18 de fevereiro (ou até durarem as vagas) para o novo ciclo do programa ALI Produtividade. A iniciativa gratuita é direcionada a donos de micro e pequenas empresas gaúchas. As inscrições são feitas por meio do formulário: https://sebrae.com.br/ sites/PortalSebrae/brasilmaisprodutivo. Ao todo, são 1,2 mil vagas para empreendedores dos setores do comércio, serviços ou indústria, com faturamento bruto anual de até R$4,8 milhões, com exceção dos microempreendedores individuais (MEI). 

O ALI Produtividade tem o intuito de estimular o aumento da produtividade e faturamento dos pequenos negócios e da inovação dos processos, produtos e/ou serviços, por meio de atividades de orientações e atendimento personalizado durante a jornada de até seis meses. Dentre essas atividades está o acompanhamento, diagnóstico e mapeamento inicial de um dos Agentes Locais Local de Inovação (ALIs) para as empresas, que as orientam para seus principais desafios, realizando protótipos ou testes, identificando soluções tecnológicas, contribuindo para assimilar o processo em métodos ágeis e identificando soluções sob medida, de acordo com as necessidades do negócio. 

“Só em 2023 foram mais de 3,2 mil pequenos negócios atendidos e o programa contribuiu para um aumento médio de 14,4% na produtividade das empresas que concluíram a jornada. Nosso Estado tem apresentado ótima performance das empresas aos participarem do programa. A modalidade é aderente a qualquer setor já que engloba a visão de redução de custos, melhorias e foco na inovação. A ideia é que os empresários tenham um ganho de aprendizado com metodologias para implantar soluções viáveis para seus negócios”, diz a gestora de projetos do Sebrae RS, Michele Seleri. 

A ação faz parte do Programa Brasil Mais Produtivo, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) em parceria com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (Abdi), o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). (Jornal do Comércio)


Jogo Rápido

Estado aprova incentivos para indústrias
A primeira reunião do ano do Grupo de Análise Técnica (Gate) do Sistema Estadual para Atração e Desenvolvimento de Atividades Produtivas (Seadap), realizado na sexta-feira, aprovou 10 projetos via Fundo Operação Empresa do Estado do Rio Grande do Sul (Fundopem) e dois projetos via Programa de Implantação de Distritos Industriais (Proedi). As informações são da assessoria do governo do Estado. Pelo Fundopem, os incentivos somaram R$ 91,7 milhões, com previsão de geração de 62 novos empregos diretos. Via Proedi, o valor chegou a R$ 22,8 milhões e estimativa de criação de 45 vagas diretas. Também foram firmados 3 protocolos de intenções, com perspectiva de R$ 255,5 milhões em benefícios e geração de 240 postos. Dos empreendimentos beneficiados via Fundopem, três são de pequeno porte e sete de médio, instalados em 10 cidades de sete regiões. Os setores da indústria contemplados foram alimentos, bebidas, leite e derivados, petroquímica, plásticos e borracha, químico e saúde avançada e medicamentos. Já pelo Proedi, duas empresas de médio porte receberam incentivos. (Jornal do Comércio)


 
 

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Porto Alegre, 12 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.064


SINDILAT: Pastoreio Rotatínuo aumenta produtividade em fazendas leiteiras

Consolidado ao longo de 16 anos de aplicação, o conceito do Pastoreio Rotatínuo tem devolvido esperança através do aumento na produção e, consequentemente, na renda para produtores leiteiros gaúchos. É o que atesta o zootecnista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Paulo César de Faccio Carvalho, responsável pelo desenvolvimento do conceito de manejo que consiste na diminuição do tempo gasto pelas vacas na obtenção de seus requerimentos nutricionais via pastejo. O sistema foi apresentado durante reunião do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) aos associados. “O Rotatínuo permite uma equalização entre o tempo da vaca e o dos produtores. Com duas ordenhas e acesso ao pasto nas horas mais quentes, a chance de uma vaca conseguir, por exemplo, consumir os 19 kg de matéria seca de que precisa para produzir cerca de 30 litros/dia é pequena. Falta-lhe tempo. Desta forma, os produtores acabam tendo que suplementar em níveis elevados de silagem e concentrado, aumentando os custos. Costumo dizer que temos custo de primeiro mundo com produtividade de terceiro mundo pois, de forma geral, menos de 40% da dieta da vaca é constituída de pasto”, compara.

Segundo o professor, são feitas adaptações na forma de uso da pastagem com o objetivo de garantir que mais de 60% da dieta do animal venha do pasto. Para tanto, os animais precisam ter acesso ao pasto no início da manhã e no final da tarde e os horários de ordenha devem ser ajustados. Além disso, a estrutura do pasto tem que favorecer a máxima ingestão de nutrientes por minuto de pastejo, o que é conseguido pelo oferecimento do pasto em alturas especificamente designadas, economizando o tempo de alimentação das vaca. Esta é a essência do conceito do Pastoreio Rotatínuo: a exata estrutura do pasto para facilitar o consumo, minimizando o tempo necessário no processo de pastejo. “O ajuste da estrutura do pasto em cerca de um centímetro pode significar entre 90 kg a 150 kg de matéria seca (MS) por hectare. Esta diferença é crucial para animais de elevada demanda, como vacas lactantes. Pastos com estrutura ideal podem significar incrementos de ingestão de pasto superiores a 0,5 kg de MS/h de pastejo. E, este ritmo de ingestão, por sua vez, define se um animal pode se saciar do pasto ou se precisará ainda de muita silagem para complementar seus requerimentos”, detalha o professor.

“Vamos a um exemplo de como o manejo sob Rotatínuo é diferente do usual. O azevém é um pasto frequentemente usado em sistemas com descansos de 30 dias, quatro pastoreios nesses intervalos, cujo tempo de descanso acarreta alturas de entrada superiores a 25 cm. Cada vez que as vacas entram, é comum se ter por objetivo aproveitar bem o pasto e não o desperdiçar, o que faz com que as alturas na retirada dos animais sejam inferiores a 10 cm. Já o conceito do Rotatínuo muda radicalmente a forma de conduzir esse manejo. Nossos experimentos demonstram que as vacas maximizam sua ingestão em pastos com azevém a 20 cm de altura, e que não se pode baixar o pasto abaixo de 12 cm. Ao respeitar essas condições, o pasto rebrota bem mais rápido e o descanso cai para algo em torno de 10 dias, o que faz com que o número de pastoreios aumente, chegando a 12 ou mais. Outra consequência é que a necessidade de piquetes diminui bastante, pois o período de descanso é bem pequeno. É muito comum termos mais de 30 piquetes antes de mudar para o Rotatínuo, e usarmos menos de 10 piquetes depois da transição. Diminuem, portanto, os custos com cerca, os problemas na distribuição de aguadas e o tempo que o produtor dedica na divisão dos piquetes”, explica o professor. Com relação às vacas, no Rotatínuo, ao permitir que se aumente o consumo de pasto por unidade de tempo em pastejo, consegue-se a inversão da dieta de 40:60 pasto:silagem para 60:40 pasto:silagem, fazendo cair os custos do leite produzido em  mais de 30%.

O manejo de pastagens sob o conceito do Pastoreio Rotatínuo faz parte das ações do programa Produção Integrada em Sistemas Agropecuários (PISA), oferecido como solução para os produtores através do Sebrae-RS em parceria com a Aliança SIPA. “O PISA é uma alternativa, uma terceira via àqueles que não querem, ou não podem, “fechar as vacas” em sistemas mais intensivos. Porém, ainda que a base de pasto, as adaptações sugeridas no PISA, com tecnologias de baixo custo e buscando a eficiência da produção, podem fazer mais que dobrar a produção de leite através do melhor aproveitamento dos recursos já instalados nas fazendas leiteiras, garantindo autonomia e mantendo os produtores na atividade”, destaca Carvalho.

O PISA já foi aplicado em cerca de três mil propriedades rurais nos estados de SC, PR e RS. Em 2023 eram mais de 700 propriedades ativas no programa. Com duração de quatro anos, o programa compreende ações individuais e coletivas de diagnóstico, treinamento, consultoria, planejamento integrado e monitoramento, dentre outros. O público atendido é composto majoritariamente por produtores que têm, em média, 18 vacas em lactação e rebanho médio de 32 animais, e que produzem menos de 400 litros/dia, perfil que corresponde a 84% das propriedades leiteiras gaúchas, conforme dados da Emater RS. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Por que tanta importação nos lácteos?

Historicamente, os volumes de importações de lácteos do Brasil sempre foram bastante correlacionados ao diferencial de preços do leite ao produtor (em dólares por litro) pagos aqui no nosso mercado e no Mercosul.
Como mostra o gráfico 1, que apresenta esta relação, sempre que ela ultrapassa um determinado patamar médio (de 14%, ne média do período de 2009 a 2023) os volumes de importações também sobem; a relação inversa também funciona, isto é, quando os preços do leite aqui no Brasil ficam mais próximos (ou até menores) que no Mercosul, os volumes importados caem.

Gráfico 1. Relação de preços do leite ao produtor (Brasil/Mercosul) e volume de importações de 2009 a 2023

No entanto, no período destacado no quadro vermelho pontilhado do gráfico 1, esta relação de preços não determinou os volumes de importação. Trata-se do período a partir de agosto de 2022 até o final de 2023 – a relação de preços do leite baixou consideravelmente e os volumes de importações, ao contrário, subiram bastante e se mantiveram bastante elevados até o final de 2023.

A explicação fica ainda mais complexa quando verificamos as vendas de lácteos no primeiro semestre de 2023, quando os volumes caíram, em média 3% em relação ao primeiro semestre de 2022; adicionalmente verificou-se um crescimento de 1,3% na produção brasileira de leite no primeiro semestre do ano em relação ao mesmo período do ano anterior.

Enfim, tivemos demanda menor e produção maior. Por que então tanta importação? Algumas hipóteses que podem ajudar a entender (e a projetar o que pode acontecer em 2024):

Altas expectativas do setor sobre o cenário de crescimento econômico e demanda num novo governo Lula: sabidamente o nosso setor é pródigo em avaliar cenários e decidir com base em expectativas (normalmente otimistas). O novo governo Lula, que normalmente toma medidas para a ativação da economia e do consumo, gerou expectativas de grande aumento de consumo no início deste ano. Os preços elevados dos lácteos na ponta final trataram de “jogar água fria na fervura” do consumo no início de 2023.
 
Tempo entre contratar as importações e a chegada dos volumes ao mercado brasileiro: os traders e empresas importadoras mencionam de 45 dias a 2 meses entre fechar o negócio e os volumes efetivamente chegarem ao comprador. Nos últimos meses de 2023 este “lead time” pode ter sido até maior (quase de 3 meses), em função das maiores dificuldades de obtenção de LI’s (Licenças de Importação) e pela burocratização da entrada de produtos, num ambiente de mercado no qual produtores e muitas indústrias já começavam a “grita” contra os produtos importados;
 
Diferencial de preços do leite em pó industrial (LPI) entre o mercado brasileiro e o mercado internacional: este pode ser o motivo que mais explica os volumes ainda elevados de importações. Como mostra o gráfico 2, a partir de meados de 2022 (mais precisamente, março de 2022) o diferencial de preços do leite em pó industrial no mercado brasileiro e no mercado mundial (representado no gráfico pelas cotações do GDT) cresceu bastante. Ainda que os preços ao produtor tenham se aproximado da média do Mercosul, o derivado em pó seguiu alto, estimulando a manutenção e o aumento dos volumes importados.
 

No cenário de mercado de 2024, entramos o ano ainda com um significativo diferencial de preços do LPI entre o mercado brasileiro e o mercado internacional (GDT). Eventuais restrições de oferta no Mercosul (principalmente na Argentina, onde a produção no primeiro semestre deste ano deve cair entre 4% e 6%) e as medidas de cortes de benefícios fiscais adotadas pelo governo brasileiro (e que devem ser efetivas a partir de fevereiro) podem reduzir um pouco o ímpeto importador, mas nada como o bom e velho “preço” para determinar exatamente o que pode acontecer. (Valter Galan/Milkpoint)

Regulamentação da reforma terá 19 grupos de trabalho

O governo deve criar 19 grupos técnicos de trabalho com Estados e municípios para regulamentar a reforma tributária, aprovada e promulgada pelo Congresso Nacional no fim do ano passado. A previsão é que a portaria saia em breve no “Diário Oficial da União”. O Executivo tem até 180 dias da promulgação para enviar os projetos de leis complementares ao Legislativo, mas o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), deseja que os textos cheguem o quanto antes para que haja tempo de os parlamentares discutirem as matérias. No Executivo, a intenção é terminar as propostas até março. Segundo minuta obtida pelo Valor, os grupos técnicos serão voltados à regulamentação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). O primeiro é um tributo de competência da União, e o segundo, dos entes. 

Os grupos serão temáticos. Entre os assuntos a serem tratados, estão regimes específicos e especiais; cesta básica e cashback; transição; modelo operacional; comitê gestor; fundos; alíquotas de referência; Imposto Seletivo; e Zona Franca. (ver quadro) Parte dos grupos terá seis representantes titulares, e parte, nove. Em ambos os casos, a participação será paritária entre União, Estados e municípios. A minuta diz que compete aos grupos discutir os temas relativos a seu escopo de atuação e formular a respectiva proposta de texto legal, acompanhada de relatório com fundamentação técnica. 

Cúpula da Câmara quer que projetos sejam enviados antes do prazo legal de 180 dias 
Haverá, ainda, uma comissão de sistematização, que formulará o cronograma e o escopo de inicial de trabalho de cada grupo. Essa comissão será uma espécie de coordenação, liderada pela Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda. Haverá, ainda, uma equipe de quantificação que auxiliará no trabalho. A previsão é que esse órgão máximo unifique o resultado dos grupos e proponha os anteprojetos de leis. Paralelamente, os Estados formaram 21 subgrupos de trabalho no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) também para debater a regulamentação da reforma tributária. Nesses subgrupos, somente os Estados têm participação. A ideia é chegar a uma convergência de interesses das 27 unidades da federação. 

As conclusões dos subgrupos do Confaz serão levadas para os grupos formados por União, Estados e municípios e para comissão de sistematização. Uma fonte admite que serão muitos grupos funcionando ao mesmo tempo - diante de um prazo exíguo de trabalho, mas garante que o objetivo de todos é ter textos os mais consensuados o possível. Quando isso não acontecer, as propostas serão levadas à comissão, que deve “deliberar” para criar um documento final que servirá de parâmetro para as leis complementares. Conforme mostrou o Valor, pelo menos 71 pontos da reforma precisarão ser detalhados em leis complementares.

Ao menos três projetos de lei devem ser enviados ao Congresso: um com a regulamentação geral dos novos tributos, outro sobre o comitê gestor do IBS e um terceiro para o Imposto Seletivo. Os demais temas serão inseridos nesses projetos ou num quarto ou quinto. A movimentação na cúpula da Câmara para que os projetos sejam enviados antes do prazo de 180 dias é um esforço para que os textos seja construído um caminho para aprovação dos textos ainda neste ano. Por ser ano eleitoral, é preciso ganhar tempo para aumentar as chances de aprovação. A ideia é escalar um time de parlamentares afiado para dividir as relatorias desses projetos. Com isso, nada ficará concentrado nas mãos do relator da reforma tributária, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), o que aumenta as chances de avanço. Nos bastidores, parlamentares afirmam que a pauta econômica tem grandes chances de continuar prosperando no Legislativo assim como ocorreu em 2023, mas pontuam que isso dependerá de uma “DR” com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que estremeceu a relação ao enviar uma medida provisória (MP) nos últimos dias do ano passado. (Valor Econômico)


Jogo Rápido

A próxima semana poderá ter elevados volumes de chuva no RS
A próxima semana poderá ter elevados volumes de chuva no RS. É o que prevê o Boletim Integrado Agrometeorológico 02/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na quinta (11/01), a aproximação de uma área de baixa pressão manterá a nebulosidade e as pancadas de chuva na maioria das regiões, com possibilidade de temporais isolados principalmente nos setores Oeste e Norte. Na sexta-feira (12/01), o tempo firme com sol e temperaturas elevadas predominará na maior parte do Estado; na Região Norte e Nordeste, haverá céu nublado e pancadas de chuva. No sábado (13), o tempo permanecerá seco em todo o RS, e o ingresso de ar quente favorecerá a elevação das temperaturas, que poderão ultrapassar 35 °C em algumas regiões, especialmente nas Missões e Alto Uruguai. No domingo (14), a presença do ar quente manterá o forte calor, e ocorrerão pancadas de chuva no decorrer do dia na maioria das regiões com possibilidade de temporais principalmente na Metade Sul. Na segunda-feira (15), o tempo seco com temperaturas elevadas e alto teor de umidade predominará em todo o Estado. Na terça (16) e quarta-feira (17), o deslocamento de uma frente fria provocará chuva em todas as regiões com risco de tempestades isoladas. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 
 

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Porto Alegre, 11 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.063


Leite promete Quanto vale o seu tempo? ‘não soltar a mão’ de empresários

Ao reassumir o cargo de governador do Rio Grande do Sul, após período de férias, Eduardo Leite (PSDB) afirmou nesta quarta-feira que dará início a um “período de grande diálogo” com representantes do setor empresarial gaúcho. O objetivo é ouvir demandas das entidades representativas visando atender aquelas que impactem na produtividade. 

A retirada dos decretos que suprimiram incentivos fiscais, no entanto, está descartada. “Não há qualquer possibilidade de simplesmente serem revogados os decretos. Pela responsabilidade que nós temos com as pessoas que precisam das políticas públicas do Estado, vamos precisar viabilizar os recursos”, afirmou Leite, após o ato no Piratini em que o presidente da Assembleia, deputado Vilmar Zanchin (MDB), retransmitiu o cargo ao governador. 

Leite pretende “compensar” os empresários com investimentos em áreas como capacitação de mão de obra, segurança no campo, irrigação e investimento em infraestrutura e logística, por exemplo. “Vamos conversar com as entidades empresariais. Não vamos soltar a mão de ninguém, estamos juntos, e o Estado é de todos”, afirmou. Em dezembro, após não obter apoio no Legislativo para aprovar a majoração da alíquota modal do ICMS de 17% para 19,5% e retirar o projeto, o governo emitiu decretos que cessam benefícios fiscais a pelo menos 64 setores da cadeia produtiva, além de ampliar alíquotas em itens da cesta básica. Eles entram em vigor em abril, por conta da noventena. 

CRÍTICAS.
As ações receberam críticas de entidades empresariais e de parlamentares da oposição, tanto da esquerda quanto da direita. PL e PT entraram com projetos de decreto legislativo (PDL), que ainda precisam ser apreciados pela Comissão de Constituição e Justiça, para tentar sustar os atos. O Executivo prega que os PDLs são inconstitucionais, o que é rechaçado pelos autores. (Correio do Povo)


Exportações de leite em pó do Uruguai aumentaram em 2023

O Uruguai exportou 158.000 toneladas de leite em pó integral em 2023 por US$ 570 milhões, segundo dados do Instituto Nacional do Leite (Inale). O volume exportado cresceu 18% em relação a 2022 e a geração de divisas 7%, mas os preços caíram 10%.

O Brasil foi mais uma vez o principal destino do leite em pó integral, do leite em pó desnatado e do queijo. No primeiro caso, foi seguido pela Argélia, China, Nigéria e Egito, de acordo com dados oficiais do Inale. O preço médio por tonelada foi de US$ 3.602.

Ao mesmo tempo, no leite em pó desnatado, os volumes colocados e a geração de divisas caíram 54% em relação à mesma data da comparação anterior, com um preço por tonelada de US$ 3.649. Brasil, Bolívia, Rússia, Nigéria e China foram os principais compradores.

No caso do queijo, o volume exportado foi menor (22.000 toneladas) e foram gerados US$ 117 milhões. Os cinco principais mercados, em ordem de importância, foram: Brasil, México, Rússia, Argentina e Chile.

A manteiga foi o item mais atingido, pois a indústria de lácteos uruguaia exportou 11 mil toneladas (39% menos) por US$ 55 milhões (41% menos) e um preço por tonelada que caiu 3% e fechou em US$ 5.107, segundo o Inale. Os compradores foram: Rússia, Arábia Saudita, Brasil, Bahrein e Marrocos.

Foram exportados 1.546.000 litros de leite entre dezembro de 2022 e dezembro de 2023. No mesmo período, os embarques geraram US$ 869 milhões. O preço do leite ao produtor caiu 5% medido em pesos e aumentou 1% medido em dólares: 16,2 pesos e US$ 0,42, entre dezembro de 2022 e novembro de 2023.

O ano foi encerrado com um volume de leite enviado às indústrias 1% acima do registrado no ano anterior. O setor absorveu 2.111.000 litros em 2023. O setor de lácteos uruguaio pretende crescer em 2024 e está trabalhando para suspender as restrições em face do clima favorável. (As informações são do El País, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Lactalis inaugura usina de energia solar térmica para produção sustentável de soro de leite

Lactalis, gigante global do setor de lácteos, inaugurou a "maior usina de energia solar térmica da França", o que lhe permitiu reduzir as emissões de CO2 em 2.000 toneladas por ano.

A nova unidade, denominada 'Lactosol', tem como objetivo abordar questões de sustentabilidade, reduzindo a pegada de carbono da empresa e fornecerá calor à unidade adjacente de Verdun pelos próximos 25 anos.

A unidade de Verdun produz soro de leite em pó, obtido pela secagem do soro de leite (lactoserum), que é fornecido para uso em produtos de nutrição infantil, clínica e esportiva.

Inaugurada oficialmente em novembro de 2021, em colaboração com a pioneira em energia térmica renovável Newheat, a torre de secagem na unidade de Verdun foi inicialmente alimentada por uma caldeira a gás. "Após as grandes reformas da unidade de Verdun e a inauguração da nova torre de secagem em 2021, era essencial continuar nossa transformação, concentrando-nos na redução de nossa pegada energética", disse Jean-Luc Bordeau, diretor administrativo da Lactalis Ingredients. 
 
Energia solar para o futuro 
A nova usina de energia solar térmica da Lactosol ocupa 15.000 metros quadrados e tem uma potência máxima de aproximadamente 13 MWth. Equipada com um tanque de armazenamento de 3.000 metros quadrados, capaz de armazenar vários dias de produção de calor, a instalação trabalha para garantir um fornecimento contínuo, mesmo durante a noite e em dias nublados.

Essa abordagem permite que a unidade de Verdun reduza suas emissões de CO2 em cerca de 2.000 toneladas por ano, o que equivale a 7% das emissões totais da unidade. 

Ao incorporar a energia solar térmica em suas operações, a Lactalis pretende reduzir o consumo de gás em 6% na unidade de Verdun, com planos adicionais para instalar uma caldeira de biomassa até 2026, substituindo quase 50% do consumo de gás por energia renovável.
 
Processo de soro de leite em pó da Lactalis 
A empresa produz soro de leite em pó por meio da fabricação de queijo, desnatando e concentrando o subproduto antes de ser seco por pulverização. 

O soro de leite (6% de sólidos totais, 94% de água) passa inicialmente por um processo de evaporação para reduzir o conteúdo de água, de modo que os sólidos sejam 60%, ou seja, uma concentração de 10x.

A Lactalis então "semeia" o concentrado de soro de leite com pó produzido em um lote anterior, o que permite que a lactose mude para uma consistência utilizável - um processo conhecido como cristalização, que leva de seis a 10 horas.

Em seguida, o concentrado é transferido para uma torre cheia de ar quente e pulverizado em gotículas finas, onde a água evapora e os sólidos do soro de leite secam em forma de pó.

Por fim, o pó é passado por um leito de fluido para condicioná-lo à umidade exata necessária.
 
Nova energia
O projeto recebeu apoio financeiro da Newheat, sediada em Bordeaux, e de seus parceiros, incluindo um acordo de financiamento bancário de 13 milhões de euros (US$ 14,23 milhões) em 2020.  "Em 2020, a unidade da Lactalis em Verdun já era pioneira na escolha da energia solar para descarbonizar a atividade de sua futura torre de secagem", disse Hugues Defreville, presidente e cofundador da Newheat. 

"Hoje, o setor de energia renovável, e a energia solar térmica em particular, está experimentando um aumento significativo. Você pode apostar que o exemplo da Lactalis, que é líder global em produtos lácteos e reconhecida por sua excelência industrial, incentivará outros fabricantes a considerar essas soluções virtuosas para seus próprios projetos de descarbonização." 

Após a inauguração bem-sucedida, a Newheat, que anunciou recentemente uma captação de recursos de € 30 milhões (US$ 32,84 milhões), está planejando mais 15 projetos nos próximos três anos, com um investimento total de € 150 milhões (US$ 164,18 milhões).

Espera-se que esses projetos, localizados principalmente na França, forneçam um volume anual de 200 GWh de calor renovável. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido

BNDES anuncia mais R$ 3 bilhões para crédito pelo Plano Safra
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponibiliza nesta quarta-feira, 10, mais R$ 3 bilhões para operações de crédito no âmbito de programas do Plano Safra 2023-2024. Com a medida, o total de recursos ainda disponível nos diferentes Programas Agropecuários do Governo Federal (PAGF) a serem repassados pelo Banco é de R$ 8,5 bilhões, com prazo de utilização até junho de 2024. “O BNDES é um dos principais apoiadores do setor agropecuário, por isso, estamos fazendo, em conjunto com o Governo do presidente Lula, um esforço para disponibilizar recursos extras pra produtores rurais, cooperativas e agricultores familiares. No Plano Safra 2023-2024, o BNDES já aprovou R$ 18,2 bilhões e atendeu a solicitações de mais de 99 mil clientes por meio de operações indiretas, realizadas pela rede de agentes financeiros credenciados”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. “Os produtores rurais precisam estar atentos pois os recursos desta linha, que são repassados para as instituições credenciadas, estão próximos de serem completamente utilizados. De toda forma, além do Plano Safra, o BNDES oferece soluções próprias para garantir a oferta de crédito ao setor agropecuário durante todo o ano, como o BNDES Crédito Rural. Na atual safra, o produto já soma R$ 4,2 bilhões em operações aprovadas”, diz Mercadante. Os recursos do Plano Safra podem ser utilizados para custeio e investimento em diversas finalidades, incluindo ampliação da produção, aquisição de máquinas e equipamentos, armazenagem e inovação. (MAPA)


 
 

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Porto Alegre, 10 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.062


Quase 65 fazendas de gado leiteiro fecham todos os anos no Uruguai

O presidente do Instituto Nacional do Leite do Uruguai (Inale), Juan Daniel Vago, confirmou que no país, quase 65 fazendas leiteiras fecham a cada ano devido à falta de substituição de gerações e aos problemas de escala que os produtores nacionais de leite têm de enfrentar.

Em um diálogo com a rádio Carve, o hierarca do setor lácteo explicou que cerca de 64 fazendas leiteiras têm que fechar suas portas em uma média anual, já que nos últimos três anos cerca de 192 fecharam mais do que o número de aberturas. Por outro lado, ele destacou que cerca de 2.068 fazendas leiteiras estão ativas atualmente, de acordo com os registros do Fundo de Garantia do Leite (Fogale).

"Há produtores que fecham e há produtores que abrem, de modo que a contagem líquida é de 64 produtores por ano", disse ele. "Há produtores de leite que chegam aos 60 anos de idade e não têm ninguém para acompanhá-los, e a única opção que têm é fechar as portas", disse ele, referindo-se ao problema da mudança de geração.

Ele também disse que "há problemas de escala" nas fazendas leiteiras familiares de 40 a 50 vacas, que "não veem que há uma maneira de se associar com vizinhos, entre dois, entre três, para melhorar a escala e distribuir as tarefas e ser mais eficiente. Há 1.000 fazendas leiteiras que estão trabalhando em terras de colonização, o que significa que a contribuição do (Instituto Nacional de) Colonização em termos de tecnologia, créditos e oportunidades para que possam funcionar e ser lucrativas é importante".

Vago comentou que no Inale eles estão cientes de que há fazendas leiteiras que continuarão fechando nos próximos anos, já que "é natural", mas que o importante é que haja mais fazendas que abram ou reabram do que essas.

"Os dados são lapidares e é uma das preocupações que temos". Para reverter a situação, Vago acredita que é essencial "ter uma visão de longo prazo, um guia de 15 anos com objetivos claros e uma visão da cadeia", sobretudo focada no setor primário e na indústria de laticínios, que "tem problemas de ineficiência no setor de queijos por falta de investimento". (As informações são do Ámbito, traduzidas pela Equipe MilkPoint)


Como aumentar ganhos na atividade leiteira? Confira dicas da Área de Difusão de Tecnologias da CCGL

O programa "Mais Sólidos, Maior Valor", visa valorizar produtores que investem na produção de maiores teores de sólidos.

A CCGL desenvolve há dois anos o programa "Mais Sólidos, Maior Valor", uma iniciativa voltada para valorizar os produtores que investem diariamente na produção de maiores teores de sólidos. Esse programa desempenha um papel crucial na elevação do ganho logístico, rendimento industrial e, por consequência, na competitividade de toda a cadeia leiteira, desde a fazenda, até o consumidor final.

A saúde e o manejo adequado dos rebanhos leiteiros são fatores cruciais para a produtividade, e o monitoramento dos sólidos do leite desempenha um papel vital na tomada de decisões para melhorias na rentabilidade das fazendas. O Coordenador Técnico da CCGL,  ngelo Tamiozzo, compartilha valiosas dicas para otimizar o teor de sólidos nas produções leiteiras.

Tamiozzo enfatiza a importância de conhecer a composição e produção de leite do rebanho, compreender os alimentos disponíveis nas fazendas, avaliar a ingestão de matéria seca pelos animais e monitorar o manejo nutricional.  Tamiozzo destaca também a possibilidade de monitoramento das análises de composição via plataforma Smartcoop, acelerando a tomada de decisões e minimizando impactos negativos.

A produtividade dos rebanhos leiteiros está intrinsecamente ligada à saúde dos animais, e o monitoramento dos sólidos do leite se torna uma ferramenta crucial para a tomada de decisões. Atualmente, a vaca é o principal animal utilizado na produção de leite destinado à alimentação humana, e a composição do leite influencia diretamente os processos industriais e a rentabilidade da cadeia produtiva.Os sólidos do leite, como gordura e proteína, são indicadores valiosos da saúde do rebanho, refletindo os processos pelos quais os animais foram expostos. A manutenção do pH ruminal é fundamental para evitar quedas excessivas nos sólidos, e o balanceamento adequado das dietas, aliado a estratégias que promovam a saúde animal, torna-se essencial.

É crucial ajustar os níveis de carboidratos e proteína nas dietas, garantindo a ingestão adequada de matéria seca. Fornecer fibra de qualidade, acesso frequente ao alimento, espaçamento de cocho adequado e redução da competição entre as vacas são práticas que contribuem para a produção de leite e sólidos. Em períodos quentes, práticas de resfriamento são essenciais para evitar estresse térmico, que pode impactar negativamente na produção e nos teores de sólidos do leite.

O programa "Mais Sólidos, Maior Valor", visa valorizar produtores que investem na produção de maiores teores de sólidos. A mudança na unidade de precificação, saindo de reais por litro para reais por kg de gordura e proteína, destaca a importância de aliar altas produções com bons teores de sólidos. A transição da precificação  tradicional para a precificação por sólidos ocorrerá de forma gradual, para que todos os envolvidos tenha tempo de conhecer o programa e entender as alterações propostas. As equipes técnicas do sistema CCGL estão a disposição para auxiliar neste processo e esclarecer quaisquer dúvidas. (CCGL)

Piracanjuba anuncia mudanças em sua diretoria

A Piracanjuba, marca dos laticínios Bela Vista, anunciou nesta terça-feira (9/1) mudanças em sua diretoria com a condução do então vice-presidente da companhia, Luiz Cláudio Lorenzo, ao cargo de presidente e a formalização de seu Conselho Consultivo formado pelos irmãos e sócios, Cesar e Marcos Helou, e pelos executivos José Pereira Silveira e René Machado. A presidência do conselho será exercida por Marcos Helou.

Até então, o cargo de presidência não existia na estrutura organizacional da Piracanjuba. A liderança era exercida pelos então superintendentes Cesar e Marcos Helou. Com a nova estrutura de governança, Luiz Cláudio Lorenzo substitui os superintendentes no topo hierárquico da companhia.

Graduado em Administração de Empresas e pós-graduado em Gestão Corporativa Estratégica Lorenzo está na Piracanjuba desde 2008, onde atuou também como diretor comercial. Junto com a mudança na presidência, também foram criadas duas novas diretorias: a Jurídica, a cargo de Luiz Henrique Bassetti, e a de Marketing, assumida por Lisiane Guimarães Campos – ambos gerentes das respectivas áreas.

De acordo com a Piracanjuba, Lisiane Campos é a segunda mulher a ocupar a diretoria da empresa depois de Aliny Cunha da Rocha Nazar, à frente da diretoria financeira desde 2023. (Globo Rural)


Jogo Rápido

Previsão do PIB sobe para 1,59%
A previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia este ano subiu de uma avaliação semanal a outra, passando de 1,52% a 1,59%. A estimativa está no boletim Focus divulgado ontem pelo Banco Central. Para 2025 a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) é de avanço de 2%, mesma projeção para 2026. O Focus também continua trazendo previsões para 2023, já que os números não estão consolidados. A estimativa é que o PIB do ano passado fique em alta de 2,92%. A previsão de cotação do dólar está em R$ 5 para o fim deste ano. No fim de 2025 a moeda deve ficar neste mesmo patamar. Nesta edição do Focus a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2024 se manteve em 3,9%, acima do centro da meta que deve ser perseguida. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior, 4,5%. Para 2025 e 2026 a projeção também permaneceu no mesmo patamar, em 3,5% em cada um destes anos. (Correio do Povo)


 
 
 

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Porto Alegre, 09 de janeiro de 2024                                                        Ano 18 - N° 4.061


Balança comercial de lácteos: 2023 encerra com novo pico nas importações

O ano de 2023 encerrou e a balança comercial de lácteos seguiu o movimento já observado anteriormente, com o saldo atingindo uma nova queda.
Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo registrado no mês de dezembro chegou a -214 milhões de litros em equivalente-leite, uma queda de 20 milhões em relação a novembro de 2023, conforme pode ser observado no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.
 
As exportações encerraram o último mês de 2023 com um avanço de 23,8%, com um total de 5,62 milhões de litros em equivalente-leite exportados durante o mês. Apesar da variação mensal positiva, em relação a dezembro/22 as exportações do último mês registraram uma queda de 25%, como mostra o gráfico 2. Com este resultado, o ano de 2023 encerrou com 72 milhões de litros exportados, uma queda de 53% em relação ao resultado obtido em 2022.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As importações atingiram o maior volume de lácteos importados desde outubro de 2016 no último mês, com 219,3 milhões de litros em equivalente-leite importados em dezembro, registrando assim uma alta de 10,8% em relação ao mês anterior (+21,4 milhões de litros), como mostra o gráfico 3. Desta forma, o ano de 2023 encerrou com um aumento de 69% em relação as importações de 2022, com 2,18 bilhões de litros importados, sendo este o maior resultado da série histórica iniciada em 2000.
 
Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Dentro das categorias importadas, 3 produtos obtiveram destaques em seu volume importado no mês de dezembro, sendo um deles o leite em pó integral (LPI). O LPI, categoria de maior relevância dentro das importações, passou por um aumento de 27% em seu volume importado no último mês, sendo este o terceiro maior patamar de importações do produto em 2023, com mais de 17 toneladas importadas.

Outros produtos de destaque nas importações foram a manteiga e o soro de leite, com um aumento mensal de 33% e 31%, respectivamente. Apesar do importante aumento para estas categorias, é importante ressaltar que são produtos de baixa relevância dentro do volume total importado.

Por outro lado, a categoria de queijos apresentou uma queda em suas importações no mês de dezembro, registrando uma variação negativa de 17%, assim como o leite em pó desnatado, que também registrou um resultado negativo de -3% no último mês.

Dentro das categorias exportadas, a maior variação mensal percentual foi obtida pelos leites modificados, no entanto, em relação aos demais meses de 2023 o volume exportado em dezembro ficou abaixo do observado em abril, junho e setembro, por exemplo. Da mesma forma, o leite UHT também registrou um importante avanço mensal no volume exportado, porém, ficou aquém do registrado em outros meses de 2023.

O soro de leite e os queijos foram as categorias de maior relevância dentro das exportações que registraram avanços mensais em seus volumes exportados, em 71% e 56%, respectivamente, com os queijos atingindo o segundo maior patamar das exportações de 2023 no mês de dezembro.

O leite condensado, segunda categoria de maior relevância dentro das exportações, registrou uma queda em seu volume exportado no último mês de 2023, de -9%, atingindo o menor volume mensal nas exportações da categoria no último ano.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de dezembro e novembro de 2023.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em dezembro de 2023

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em novembro de 2023.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.

O que podemos esperar para os próximos meses?
Por conta de uma expectativa de aumentos nos preços internacionais dos lácteos ao longo de 2024, alguns compradores brasileiros anteciparam suas compras internacionais de lácteos, gerando este avanço observado nas importações do último mês.

Desta forma, 2024 deve iniciar com as importações ainda em um patamar elevado, porém, com tendência de queda devido justamente a esta tendência de valorização nos preços internacionais.

Portanto, devido as importações em nível bastante elevado ao longo de 2023, devemos observar uma menor disponibilidade de leite neste primeiro semestre de 2024, causada também por importações menos estimuladas quando comparadas ao ano anterior. (Milkpoint)


Poupança tem retirada líquida de R$ 87,8 bilhões

Pelo terceiro ano seguido, o saldo das cadernetas de poupança caiu, com o registro de mais saques do que depósitos em 2023, em um cenário de juros e endividamento ainda altos no país. No ano passado, as saídas superaram as entradas em R$ 87,82 bilhões, conforme relatório divulgado ontem pelo Banco Central (BC).

Em 2023, foram aplicados R$ 3,83 trilhões, contra saques de R$ 3,91 trilhões. Apenas os meses de junho, com R$ 2,59 bilhões, e dezembro, com R$ 13,77 bilhões, registraram saldo positivo, com mais depósitos do que saques. Nos demais meses do ano, houve saídas líquidas.

Os rendimentos creditados nas contas de poupança somaram R$ 73,08 bilhões em 2023. Agora, o estoque aplicado na poupança é de R$ 983,03 bilhões.

O saque de recurso das cadernetas acontece em um momento de alto endividamento no país. De acordo com o BC, o endividamento das famílias (relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses) em operações de crédito chegou a 47,6% em outubro do ano passado. Dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) também apontam que o endividamento ainda alcança cerca de 76,6% das famílias brasileiras.

Os saques na poupança se dão também porque a manutenção da taxa básica de juro em patamar alto estimula a aplicação em investimentos com melhor desempenho. Isso porque o rendimento da poupança segue limitado.

O resultado negativo de 2023, entretanto, foi menor do que o verificado em 2022, quando a poupança teve fuga líquida (mais saques que depósitos) de R$ 103,24 bilhões. O resultado foi recorde, em um cenário de inflação e endividamento altos. Em 2021, a retirada líquida chegou a R$ 35,49 bilhões.

Já em 2020, a poupança tinha registrado captação líquida (mais depósitos que saques) recorde de R$ 166,31 bilhões. (Zero Hora)

Protesto de agricultores piora cenário econômico da Alemanha

A já debilitada economia da Alemanha começa o ano enfrentando novas dificuldades, com os agricultores bloqueando as estradas em protestos contra os planos do governo de cortar os subsídios ao diesel e a ameaça de greve dos maquinistas de trem devido a disputas salariais. Colunas de tratores movimentavam-se pelas cidades alemãs enquanto comboios de agricultores bloqueavam as estradas de acesso às rodovias, numa demonstração de força que alarmou o governo. A “semana de ação” dos agricultores surge em um momento que pesquisas mostram uma crescente desencanto com o governo do premiê Olaf Scholz e frustração com a estagnação econômica. A maior economia da Europa foi a que teve o pior desempenho entre os seus grandes pares da zona euro em 2023, como resultado dos elevados custos da energia, as fracas encomendas globais e das taxas de juro historicamente elevadas para conter a inflação. 

Comboios de tratores e caminhões bloquearam as estradas sob temperaturas abaixo de zero em quase todos os 16 Estados alemães, enquanto os manifestantes entravam em confronto com a polícia e os principais políticos alertavam que a agitação poderia ser cooptada por extremistas.

Os bloqueios afetaram os transportes de passageiros e as operações nas fábricas. Funcionários de uma fábrica da Volkswagen na cidade de Emden, no norte, não conseguiram chegar ao trabalho, e um complexo petroquímico no sul teve suas entregas de combustíveis interrompidas. Mais protestos estão planejados para os próximos dias, ainda assim, Scholz disse que o governo não fará novas concessões e que seguirá com o plano aprovado pelos três partidos da coalizão na semana passada. Em uma tentativa de apaziguar os ânimos, o governo concordou em reduzir o subsídio ao diesel de forma gradual, ao longo de três anos, mas mantiveram a retirada de uma isenção fiscal para caminhões e tratores agrícolas. “Essa é a nossa proposta e acredito que é correta e equilibrada”, disse Scholz ontem. Mas para os agricultores essas concessões não são suficiente.

Os protestos forçam o impopular governo de Scholz a buscar um difícil de tentar conter a agitação e ao mesmo tempo mantendo a disciplina fiscal depois de uma decisão do Tribunal Constitucional em novembro ter desorganizado os seus planos de gastos. Também atingem a Alemanha num momento difícil, uma vez que o país também se prepara para uma greve generalizada de três dias dos maquinistas de trens prevista para começar amanhã, que afetará tanto o transporte de passageiros como o de bens. Tanto Scholz como o ministro da Economia, Robert Habeck, defenderam o direito dos agricultores de protestar, mas num vídeo publicado no X, antigo Twitter, Habeck alertou sobre os esforços de grupos de extrema direita para sequestrar manifestações e desestabilizar o país.

O governo Scholz foi obrigado a rever os planos do orçamento, que incluiu os cortes contestados, depois que o Tribunal Constitucional anulou uma decisão anterior de reaproveitar 60 bilhões originalmente destinados a amortecer as consequências da pandemia de covid-19 para medidas para combater as mudanças climáticas e modernizar a economia. Com isso, o geverno teve de preencher uma lacuna de 17 bilhões no orçamento para cumprir a estrita regra que limita a dívida pública.

Esse rigor fiscal deverá pesar ainda mais no crescimento da Alemanha, já em recessão. Três importantes institutos econômicos alemães reduziram as suas previsões de crescimento para este ano, argumentando que a crise fiscal vai atrasar a recuperação. O Ifo espera agora que a Alemanha cresça 0,9% neste ano, em vez de 1,4%, enquanto o RWI reduziu a sua previsão de 1,1% para 0,8% e o DIW reduziu a sua previsão de 1,2% para 0,6%.? “A incerteza está no momento atrasando a recuperação econômica, uma vez que aumenta a propensão dos consumidores para poupar e reduz a vontade das empresas e das famílias para investir”, disse Timo Wollmershaeuser, analista do Ifo. (Valor Ecnômico)


Jogo Rápido

Sem DOC e TEC
Tradicionais meios de transferência bancária, o DOC (Documento de Ordem de Crédito) e a TEC (Transferência Especial de Crédito) vão acabar. Só poderão ser feitos até o dia 15. Conforme a Febraban, que anunciou a extinção, foram atropelados pelo Pix, e representam hoje 0,05% das transações bancárias. Atenção: outro tipo de transferência, a TED (Transferência Eletrônica Disponível), segue operando normalmente. (Zero Hora)