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Porto Alegre, 04 de agosto de 2017                                              Ano 11- N° 2.556

 

  Argentina: diferença nos tamanhos das fazendas impacta nos ganhos pelo litro do leite

Até agora, em 2017 o setor de lácteos da Argentina está experimentando situações contrastantes. Em junho passado, as grandes fazendas leiteiras do oeste de Buenos Aires, em média, ganharam 0,86 a 0,51 peso (US$ 0,048 a US$ 0,029) por litro produzido (rendimento bastante baixo, mas ainda assim um rendimento). Por sua vez, os médios perderam 0,31-0,36 peso (US$ 0,0176-US$ 0,0204) por litro, enquanto que os pequenos registraram perdas de 0,58-0,63 peso (US$ 0,033-US$ 0,0358) por litro.

O custo médio integral - denominado de "longo prazo" - de uma grande fazenda na bacia leiteira no oeste de Buenos Aires, em junho, foi de 4,84 pesos (US$ 0,27) por litro, de acordo com estimativas publicadas pelo Observatório da Cadeia de Lácteos com base em cálculos do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA).

Por sua vez, o custo médio total de uma fazenda "média" na bacia leiteira do oeste de Buenos Aires foi, em junho, de 5,71 pesos (US$ 0,32) por litro, enquanto o custo na fazenda "pequena" ficou em 5,83 pesos (US$ 0,33) por litro.

A questão é que, de acordo com dados indicativos publicados pela Câmara de Produtores de Leite da Bacia Oeste (Caprolecoba), uma fazenda leiteira de 10 mil litros por dia recebeu, em junho, de 5,35 a 5,70 pesos (US$ 0,30 a US$ 0,32) por litro, enquanto que o intervalo foi entre 5,25 a 5,40 (US$ 0,29 a US$ 0,30) por litro nas fazendas que produzem 4500 litros diários. Já as fazendas pequenas, de 1.500 litros de leite, receberam em junho 5,20 a 5,25 (US$ 0,295 a US$ 0,297) por litro.

Os modelos, a partir do qual são calculados os custos, são construções teóricas que não incluem o impacto de fatores conjunturais, como desastres climáticos. O custo médio integral inclui amortizações e custo de oportunidade da terra.

O "Observatório Lácteo" está a cargo da Direção Nacional de Planeamento Estratégico do Setor do Ministério da Agroindústria e tem um Conselho Assessor Institucional composto por representantes dos setores público e privado. 

Em 03/08/17 - 1 Peso Argentino = US$ 0,05689
17,5667 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do Valorsoja.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Simpósio debate produção com qualidade e rentável 

Um desafio foi lançado nesta quarta-feira, dia 2 de agosto, aos cerca de 250 produtores que prestigiaram o 1º Simpósio Leite Real Cotrijal. Eles foram recepcionados com a frase "+leite/ha/ano". O evento, realizado no auditório central do Parque da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque, abordou assuntos de grande impacto para a atividade leiteira.

"Nosso objetivo inicial foi tirar o produtor da zona de conforto e lançar esse desafio", disse Renne Granato, gerente de Produção Animal da Cotrijal. A programação teve quatro palestras, abrangendo temas como ordenha, período de transição, nutrição pré e pós-parto, nutrição do rebanho, melhoramento genético, reprodução e qualidade do leite.

"É um simpósio diferente, com a proposta de discutir a evolução da produção leiteira, com o pensamento em um melhor custo/benefício para nosso produtor. Além desse evento, restruturamos a forma de atuação dos nossos profissionais junto aos produtores de leite de nossa área de ação, o que nos permite uma maior parceria e participação no que diz respeito à difusão da informação, sempre de olho no resultado", destacou o presidente da Cotrijal, Nei César Mânica.

Preocupados com o custo de produção da atividade leiteira, os palestrantes foram unânimes na afirmação de que investir em manejo e nutrição adequados, do nascimento à fase de lactação da vaca, resultará em uma boa relação custo/benefício. "Temos a missão de ser cada vez mais eficientes, conduzir mais vacas e produzir mais leite na mesma unidade de área. Esse é o caminho a ser seguido por todos os produtores de leite do mundo, com eficiência e uso racional de recursos", disse Rodrigo de Almeida, professor da Universidade Federal do Paraná, que abriu a programação de palestras. 

Debates e questionamentos 
Atentos aos temas, os produtores aproveitaram cada minuto do simpósio para tirar dúvidas e questionar os palestrantes. Fabrício Zatt, de Colorado, aprovou o formato do evento e destacou a importância do tema Período de Transição. "São palestras como essas que nos fazem entender melhor a nossa atividade e como agir com o nosso rebanho. Saio satisfeito e cheio de informações", disse o produtor. 

Outro assunto abordado foi nutrição de gerações, pelo gerente de Negócios Ruminantes na Zinpro Brasil, Rogério Isler. Também foram palestrantes, o gerente do departamento técnico da ABS Pecplan, Hélio Rezende, de Minas Gerais (MG), que abordou o tema Melhoramento Genético e Reprodução, e o espanhol Rafael Ortega, que falou sobre Qualidade do Leite e Sistemas de Ordenha. 

A segunda edição do Simpósio Leite Real Cotrijal já está marcada para o dia 8 de agosto de 2018, consolidando-se como um dos tradicionais eventos anuais realizados pela cooperativa.

Oportunidade de negócios
O intervalo para o almoço foi muito bem aproveitado. Além de confraternizar, os produtores tiveram a oportunidade de fazer bons negócios junto aos estandes das empresas parceiras do evento, que levaram seus produtos ao Restaurante do Parque da Expodireto Cotrijal. Vendedores das Lojas Cotrijal e os profissionais do DEVET também acompanharam as negociações, mais uma facilidade para uma possível compra. (Fonte: Assessoria de Imprensa Cotrijal)

Projeções apontam alta oferta de leite orgânico no mercado dos Estados Unidos
 
As projeções de alguns grandes produtores de lácteos orgânicos dos Estados Unidos são de crescimento de cerca de 5,5% na produção de leite orgânico em 2017. O crescimento mais próximo de 1% seria mais perto do nível de conforto de alguns processadores em termos de expansão de processamento, distribuição e vendas.

Há alguma apreensão quanto à capacidade de processamento e vendas, tanto no varejo quanto no atacado, para absorver todo o aumento. Uma possibilidade é que mais leite orgânico seja enviado para mercados convencionais até que um novo equilíbrio de produtos lácteos orgânicos se desenvolva.

Umidade, calor e importações
Três variáveis nesta equação são umidade, calor e importações. A qualidade e a quantidade de alimentos de origem animal orgânicos cultivados durante a atual safra ainda não foram determinadas à medida que as condições climáticas se desenvolvem. 

As condições de produção no país estão sendo desafiadas em várias áreas por uma umidade quase constante. Outras áreas são afetadas pelo calor extremo. O resultado final da safra orgânica de 2017 ainda não foi determinado e continua a ser uma incerteza nesse ponto.

Para uma série de processadores de lácteos orgânicos, os esforços para recrutar produtores de leite para a transição para o orgânico pararam. Vários recrutados anteriormente permanecem no processo de transição e estão sendo feitos esforços para acomodá-los à medida que eles fazem a transição completa. O interesse em inscrever novos pretendentes é quase zero. 

Poucos produtores de produtos lácteos deverão completar o processo de transição para além do final de 2018. (As informações são do Dairy Foods, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Leite industrial

A Tangará Foods, fabricante de leite em pó e soluções alimentares, prevê investir R$ 80 milhões até 2019. As prioridades da empresa serão a expansão no Sul e no Sudeste, onde tem menos força, e o portfólio de compostos lácteos, vendidos ao comércio, indústria e restaurantes, diz José Aloízio Jr., presidente da companhia.

"Cerca de metade da nossa receita ainda vem de commodities, de leite em pó, mas nossa estratégia é dar mais atenção às soluções lácteas, que sofrem menos na crise", afirma o executivo.  "Em 2016, a produção de leite [no país] foi pequena, então as margens foram excepcionais. Neste ano, há um superabastecimento e a tendência é que o preço [do leite em pó] derreta."

Parte do aporte previsto até 2019 está destinado a ampliações de fábricas em Pernambuco e Rio Grande do Sul, além de aquisições de outras empresas. "Nosso principal foco é uma [aquisição] no setor de alimentício para ampliar nosso portfólio", diz Aloízio.

R$ 750 MILHÕES foi a receita em 2016
550 são os funcionários. (Folha de São Paulo) 

Bloqueios preocupam
O protesto de caminhoneiros nas estradas gaúchas bloqueou a passagem de transportadores de leite em Ijuí e Palmeira das Missões, na quarta-feira e ontem. O Sindilat manifestou preocupação por conta dos eventuais descartes das cargas que ficaram muito tempo no trânsito. "Alguns associados relataram ainda que os caminhões não conseguiram se deslocar até as propriedades para buscar o leite", informou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. (Correio do Povo)

Porto Alegre, 03 de agosto de 2017                                              Ano 11- N° 2.555

 

  CNA defende parceria entre Brasil e Argentina para atender demanda mundial por alimentos

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, disse nesta quarta (02) que Brasil e Argentina devem atuar como parceiros para conquistar mercados e atender à crescente demanda mundial de alimentos. "Esse relacionamento precisa entrar em um novo momento, com mentes abertas que olham para um mercado internacional pulsante, e com olhos de quem vê grandes oportunidades", afirmou Martins na abertura do 1º Diálogo Agrícola Brasil-Argentina, na sede da CNA.

Promovido pela Confederação e pela Embaixada da Argentina, o evento reuniu representantes do governo e do setor privado em três painéis para debater os desafios que os dois principais membros do Mercosul enfrentam no mercado internacional, especialmente a demanda asiática por alimentos.

No discurso, Martins disse que a CNA sempre viu a parceria entre Brasil e Argentina "muito além da concorrência regional" e que agora é hora de "dar as mãos para encarar os imensos desafios e oportunidades que temos pela frente, para que possamos estar preparados para, juntos, enfrentá-los".

Na sua avaliação, há muito mais interesses em comum do que diferenças na relação entre brasileiros e argentinos. E para o agronegócio, uma das prioridades é conquistar o mercado asiático. "O que falta é nos alinharmos na direção do oriente, pensando alto e com estratégia para que os nossos produtos, que já são sustentáveis e de altíssima qualidade, cheguem às prateleiras indianas e chinesas".

Segundo Martins, o caminho é longo e há muito que ser feito, "mas o produtor rural é craque em colocar a mão na massa, em produzir e em colher frutos do seu trabalho". Ao fazer uma analogia com a rivalidade entre argentinos e brasileiros no futebol, o presidente da CNA concluiu seu discurso dizendo que no campo da produção e da exportação, os dois países precisam ser parceiros "em uma partida que, se bem jogada, certamente trará muitos resultados para os nossos países".

Para o embaixador da Argentina, Carlos Magariños, a parceria com o Brasil deve ir além dos governos, estendendo-se também entre os setores privados, pois "os empresários são os atores principais neste processo". Segundo ele, é preciso sair do campo das ideias para as ações.

Já a superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra, afirmou que os dois países têm muito a colaborar com o mercado internacional. "Quando você consegue aliar outros países que têm interesses similares, podemos negociar com maior peso e com melhores condições de acesso a mercados". (As informações são da Assessoria de Comunicação CNA)

 

Lala diz que concluiu negociação para compra da Vigor

A mexicana Lala Foods informou ontem ao mercado em seu país que concluiu o processo de negociações para a compra da Vigor Alimentos S.A., controlada pela J&F Investimentos. No comunicado, a maior empresa de lácteos do México informou que o negócio inclui a participação acionária da Vigor na Itambé Alimentos, mas não mencionou o valor da operação.

Como informou ontem o Valor, a Lala acertou a compra da Vigor por R$ 5,7 bilhões, valor que inclui dívidas. A Lala atribuiu  valor de R$ 5,7 bilhões por 100% da Vigor e também da Itambé, na qual a controlada da J&F tem participação de 50%. A outra metade da Itambé pertence à Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR).

No comunicado de ontem, a Lala informou que a proposta de compra da Vigor será apresentada para aprovação ao conselho de administração da companhia na quinta-feira. A J&F confirmou, por meio de sua assessoria, que está em "processo avançado de negociações com o Grupo Lala acerca da alienação da Vigor Alimentos S.A, incluindo sua participação acionária de 50% no capital da Itambé Alimentos S.A."

De acordo com a Lala, que é listada na bolsa do México, a transação está sujeita a "certas condições comuns", incluindo "a aprovação do conselho de administração e da assembleia de acionistas da Lala, autorizações governamentais, acordos de acionistas e outras condições contratuais inerentes".

O comunicado afirma ainda que a Lala obterá financiamentos e possíveis capitalizações para fazer a aquisição. Em teleconferência com analistas na semana passada, a empresa informou que poderia recorrer a emissão de ações para financiar eventuais aquisições.

A Lala destacou no documento que a Vigor é focada em produtos de valor agregado, como iogurtes e queijos, tem 7.600 empregados, 14 unidades de produção, 31 centros de distribuição e 67 mil pontos de venda no país. Já a Itambé tem em seu portfólio produtos como leite em pó, leite condensado, doce de leite, iogurte e leite longa vida. O faturamento consolidado da Vigor em 2016 foi de R$ 6 bilhões.

Com receita líquida de U$ 2,9 bilhões no ano passado, a Lala tem 22 fábricas, sendo 14 no México, cinco na América Central e três nos EUA. Produz itens como leite, manteiga, iogurtes, queijos, creme de leite, entre outros. Seu valor de mercado na bolsa ontem era de cerca de US$ 4,8 bilhões.

A Vigor é mais um dos ativos que a J&F pôs à venda após a divulgação da delação de seus controladores. Em busca de recursos depois de ver o crédito secar, a holding já vendeu a Alpargatas à Cambuhy investimentos e as operações de carne bovina no Mercosul para a Minerva Foods. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Produção/Uruguai 

A produção de leite caiu em 2016 pelo terceiro ano consecutivo, um fato que não ocorria desde 1977. Também foram fechadas 163 fazendas produtoras de leite, o que representa 6% das unidades produtivas do início do ano, segundo pesquisa anual realizada pela Estadísticas Agropecuarias (DIEA). 

Isso significa que 2016 foi o período com maior fechamento de unidades produtoras, pelos menos desde 2011, quando foi o melhor ano para a atividade. "Precisamos que sejam aprovadas medidas de capitalização do setor ou a devolução de impostos às exportações" para começar a reverter a situação, ressaltou a El Observador o presidente da Sociedad de Productores de Leche de Florida (SPLF), Horacio Rodríguez. Acrescente-se à queda da produção e de fazendas, a perda de qualidade do leite, devido às adversidades climáticas, a baixa qualidade da alimentação dada às vacas pelas dificuldades econômicas dos pecuaristas. Os fatores climáticos "afetaram a alimentação e o manejo", o que refletiu na queda da matéria gorda e da proteína do leite, que são os componentes de qualidade pelos quais se paga o produto. Por trás da realidades estatística do setor lácteo está a crise financeira que vem atravessando o setor, derivada da acentuada queda dos preços dos lácteos nos mercados externos - que ocorreu nos últimos três anos - levando os produtores ao endividamento. "É uma tendência inevitável", o encerramento da atividade leiteira nas fazendas como resultado final dos problemas internos e externos, entre outras causas, que vem ocorrendo nos últimos cinco anos, analisa Rodríguez.

"Todos sabemos que a produção de leite está caindo e seguirá diminuindo, porque os produtores venderam as vacas", acrescentou. "Não temos claro se haverá uma queda ainda mais acentuada" no número de fazendas de leite, que passaram de 3.218 em 2011, para 2.716 no ano passado, redução de 16%, mas, "sabemos que a produção de leite caiu 10% em 2016, e que a Conaprole fechou o exercício de 30 de junho passado, com 4% menos captação de leite", disse o presidente da SPLF.

Rodríguez lembrou também com preocupação que um setor que havia chegado a faturar US$ 914 milhões com exportações em 2013, caiu para US$ 563 milhões em 2016, segundo o Uruguay XXI. "Todos sabemos que a produção de leite está caindo e continuará diminuindo porque os produtores venderam as vacas", acrescentou Rodríguez.

Segundo a pesquisa da DIEA, a produção total de leite de 2016 está 8,8% abaixo da registrada em 2015. Sem dúvida, o mais relevante é que pode retroceder ao ano 2.000 para encontrar uma queda em percentual maior do que a do ano passado, assim como pela primeira vez desde 1977, não se registrava três anos consecutivos de redução na captação de leite nas indústrias.

Os principais produtos elaborados pela indústria em 2016 foram o leite pasteurizado e longa vida, quase inteiramente para o mercado interno, e leite em pó, queijos e manteiga, três itens de exportação, em sua maioria.

As cifras de 2016
- 2.026 milhões de litros de leite foi a produção das fazendas de leite, segundo a DIEA
- 115 milhões de litros a menos que em 2015
- 2.716 produtores entregaram leite para as indústrias
- 163 fazendas de leite a menos no final de 2016, em relação a 2015, o que significa o fechamento de 6% das empresas do setor. (El Observador - Tradução livre: Terra Viva)

 

Fiscalização agropecuária em reconstrução

 

Alvo de forte cobrança dos países importadores de carnes brasileiras por mudanças "concretas" na área de defesa agropecuária, o Ministério da Agricultura corre contra o relógio para implementar uma série de medidas na área de fiscalização. A começar pela dos frigoríficos, "calcanhar de Aquiles" do sistema de inspeção animal do Brasil, na avaliação da atual gestão do ministério.

Concurso público e contratações emergenciais de 600 médicos veterinários, remoções internas de 60 fiscais, mapeamento de frigoríficos exportadores de carne de frango com mais problemas sanitários, auto embargos para as plantas com riscos sanitários maiores e uma Medida Provisória para a criação de um fundo abastecido por taxas de fiscalização e serviços de defesa agropecuária - com potencial de arrecadar R$ 1 bilhão por ano - estão no pacote de novidades. Nem todas, porém, deverão ser aceitas pelos fiscais.

Essas são as apostas do ministro Blairo Maggi para evitar uma enxurrada de fechamentos de mercados estrangeiros ao Brasil, incluindo União Europeia e China. "Da Operação Carne Fraca [deflagrada em 17 de março com foco em casos de corrupção de fiscais e funcionários de frigoríficos] para cá, a pressão sobre o Ministério da Agricultura ficou muito grande. Houve mais cobranças da União Europeia, por exemplo, e críticas ao modelo antigo, o que nos impeliu a adotar essas medidas", afirmou o secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Luís Eduardo Rangel, ao Valor.

"Temos hoje uma oportunidade política de apresentar essas mudanças, mas precisamos correr", acrescentou. De acordo com Rangel, todas essas medidas já estavam no radar de sua secretaria (SDA) há mais de um ano e constavam do rascunho de intenções do Plano de Defesa Agropecuária, desenhado na gestão da ex-ministra Kátia Abreu.

Mas "a temperatura já chegou em um nível inaceitável", reconheceu Rangel, em referência à pressão sobretudo de europeus e americanos, que são enfáticos em dizer em seus relatórios de auditoria que o sistema de defesa da agricultura brasileira precisa funcionar, que a gestão sobre os fiscais é muito fragmentada e descentralizada e que a falta de fiscais é crônica.

É nesse sentido que vem a primeira das mudanças. Uma portaria e um decreto, previstos para sair no início da próxima semana, deverão instituir no país o sistema de "comando e controle" para a área de inspeção animal. Na prática, o sistema centraliza em Brasília todas as ordens de serviço de fiscalização federal para frigoríficos e outras fábricas de alimentos de origem animal. Com isso, o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) passará a ter controle sobre os fiscais que atuam nos frigoríficos. Hoje, esse papel é das superintendências estaduais do ministério, principais alvos da Operação Carne Fraca.

Para responder aos questionamentos dos europeus, que deverão fazer uma nova auditoria no Brasil em novembro, além da contratação emergencial de 300 veterinários temporários, a Pasta vem fazendo concursos internos de remoção interna pra realocar 60 fiscais de outras áreas de atuação para frigoríficos (360 é o déficit atual de fiscais pra auxiliar na fiscalização dos 720 frigoríficos mais críticos). Rangel admite, porém, que a adesão a esse plano está baixa.

"Apoiamos a tentativa de acabar com as ingerências políticas, mas não aceitamos temporários, isso é terceirização. O ministério deveria contratar as pessoas que passaram no último concurso mas não foram chamadas", afirmou Maurício Porto, presidente do Anffa, sindicato dos auditores fiscais agropecuários.

Em outra frente, o ministério contratou o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), que vem fazendo uma consultoria que resultará no texto-base da MP sobre a reformulação da defesa agropecuária federal, por meio da qual a SDA seria equiparada a uma agência reguladora, nos moldes da Receita Federal, com autonomia financeira e de gestão. Aqui entra o fundo de defesa, alimentado por taxas cobradas de empresas. A inspiração são as taxas cobradas pela Aneel, agência do setor de energia elétrica. A MP também poderá criar um "adicional de produtividade" para os fiscais, para suprir a falta de regulamentação de horas-extras da categoria, que teria motivado pagamentos rotineiros de propinas por parte da JBS, como consta em delação de executivos da companhia.

"Não pode ser só a iniciativa privada a única a contribuir para o fundo, mas está claro que temos que melhorar a fiscalização no Brasil", disse Francisco Turra, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). (As informações são do jornal Valor Econômico)

Sexto mês consecutivo de queda nos custos de produção da pecuária leiteira
Os custos de produção da pecuária leiteira caíram pelo sexto mês consecutivo. Segundo o Índice Scot Consultoria, em julho, o recuo foi de 3,8% em relação a junho deste ano. Desde o início da queda, em fevereiro deste ano, a queda acumulada é de 12,1%. O "refresco" para o produtor veio principalmente dos alimentos concentrados, notadamente os energéticos, pressionados pela queda da cotação do milho. Na comparação com julho do ano passado, os custos de produção da atividade caíram 14,8%. Apesar do recuo no preço do leite pago ao produtor a margem da atividade continua em bons patamares, graças a redução dos custos de produção. Para os próximos meses, a expectativa é de aumento dos custos de produção, com um cenário mais firme de preços para os alimentos concentrados. Com as quedas previstas no preço do leite ao produtor, espera-se um estreitamento da margem para o produtor de leite neste segundo semestre. (Scot Consultoria)

Porto Alegre, 02 de agosto de 2017                                              Ano 11- N° 2.554

 

UPF e Sindilat vão estudar impacto da alimentação na qualidade do leite
 
A Universidade de Passo Fundo (UPF) e o Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) formarão um grupo de trabalho (GT) para estudar  os motivos da variabilidade dos valores de sólidos totais encontratados no leite. "É uma preocupação das empresas que o leite não chegue na plataforma fora dos padrões da IN 62", destaca o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini.
 
Coordenador do Serviço de Análise de Rebanhos Leiteiros (Sarle) da UPF, o professor Carlos Bondan vai coordenar o GT que será constituído, conforme reunião nesta terça-feira (1/8) em Passo Fundo. Também devem participar do colegiado representantes da Embrapa Gado de Leite, de Juiz de Fora (MG), Embrapa Clima Temperado, de Pelotas, Ministério da Agricultura, Secretaria da Agricultura, Fetag e Farsul. O primeiro encontro do GT está programado para ocorrer após a Expointer. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

NAFTA para os lácteos na reunião do Congresso

Preservar e atualizar certos elementos do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) é crucial para o futuro da indústria de lácteos dos EUA, disse o presidente e CEO do Conselho de Exportações de Lácteos do país (USDEC), Tom Vilsack, ao House Agricultural Committee. "Quero enfatizar a importância das exportações para o setor lácteo", disse Vilsack. "Desde 1994, vimos um aumento de US$ 36 bilhões para produtores e processadores como resultado das exportações".

Grande parte do crescimento do mercado de exportação pode ser creditada ao papel que o México tem desempenhado no acordo de livre comércio, acrescentou Vilsack. Quase um terço de todos os produtos lácteos dos EUA são exportados para o México, representando cerca de 73% de todas as importações de produtos lácteos mexicanos. O aumento das exportações de produtos lácteos dos EUA desde 2004 elevou os preços do leite aos produtores.

Entretanto, o acesso recíproco ao mercado isento de impostos está sendo ameaçado por outros países que buscam o México para acordos similares de comércio de lácteos, aumentando a necessidade de finalizar a modernização do NAFTA, de acordo com Vilsack. "O México agora está em negociação com a União Europeia (UE) para um acordo de livre comércio e penso que o que nos preocupa é qual negociação será completada primeiro".

Adotando uma visão ainda mais ampla, os benefícios competitivos que o NAFTA oferece devem também ser duplicados em outras nações importantes, disse Vilsack. A UE, a Nova Zelândia e a Austrália estão negociando ativamente acordos em todo o mundo. No mês passado, a UE e o Japão (um dos cinco principais importadores de lácteos) anunciaram um acordo que dará aos fornecedores de produtos lácteos da UE uma grande vantagem em relação aos fornecedores dos EUA. "Se os EUA ficar parado, ficaremos para trás. Precisamos urgentemente de uma agenda de política comercial proativa com os principais países importadores da agricultura da Ásia, como Japão, Vietnã e outros, a fim de manter o ritmo dessa área crescente do mundo".

Exportações de queijo desempenham um papel crucial no NAFTA
Vilsack disse ao comitê do Congresso que a modernização do NAFTA também deve incluir proteções contra os esforços da UE para evitar o uso, do que os EUA consideram como nomes comuns de queijo, sem os indicadores geográficos (GIs) adequados.

Por exemplo, o queijo parmesão só pode ser rotulado como tal se vier da região de Parma da Itália: asiago, gorgonzola e feta são outros exemplos de variedades de queijos que seriam afetadas pelos regulamentos de indicadores geográficos. A UE recentemente entrou em um acordo com o Japão que essencialmente restringe o uso mexicano de GIs em produtos lácteos. "Não podemos perder essa corrida com a UE", disse Vilsack.

Além disso, o Canadá entrou com um acordo comercial com a UE que permite a utilização existente de nomes comuns, mas proíbe e impede que futuras instalações possam usar certos nomes de queijo. "Temos que consertar o que está quebrado no Canadá. É um mercado que está muito fechado, não é transparente e suas regras estão mudando constantemente". (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Medida Provisória 

O governo publicou no "Diário Oficial da União" desta terça-feira (1º) uma medida provisória para aliviar dívidas previdenciárias de produtores rurais. O texto também reduz a alíquota paga pelos produtores ao Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). O fundo é usado para auxiliar no custeio da aposentadoria dos trabalhadores rurais, subsidiado pela União. Atualmente, o valor da contribuição do produtor é de 2,1% (2% da receita bruta com a comercialização dos produtos mais 0,1%, também da receita com os produtos, para financiar casos de acidente de trabalho). Com a medida provisória, o valor total vai para 1,3% (1,2% mais 0,1%). Além disso, produtores com atraso no pagamento das contribuições previdenciárias poderão quitar as dívidas com descontos nas multas e de forma parcelada (veja no final desta reportagem as condições de pagamento).

A medida provisória do Funrural vinha sendo uma reivindicação da bancada ruralista desde abril, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu como constitucional o pagamento das contribuições previdenciárias. Produtores rurais e associações que representam a categoria contestavam a contribuição na Justiça. Por isso, muitos deles interromperam ou atrasaram os pagamentos ao fundo. Diante da decisão do STF, a bancada ruralista passou a negociar com o governo uma medida provisória para redefinir as contribuições previdenciárias rurais. O governo calcula que há entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões em pagamento atrasados ao Funrural. Com o programa de regularização da dívida, a equipe econômica espera arrecadar R$ 2 bilhões em 2017.

Formas de quitação da dívida
Poderão fazer parte do Programa de Regularização Rural as dívidas vencidas até 30 de abril de 2017. Para aderir, o produtor deve desistir das ações na Justiça que contestam a contribuição previdenciária.
Veja as condições de pagamento:
Modalidade produtor rural pessoa física
Entrada de 4% da dívida, em 4 parcelas com pagamento entre setembro a dezembro de 2017, calculada sobre o montante total da dívida, sem reduções;
O restante com redução de 25% nas multas e encargos legais e de 100% nos juros, em até 176 prestações equivalentes a 0,8% da receita bruta da comercialização rural.
Parcela mínima não pode ser inferior a R$ 100
Modalidade do adquirente - dívidas até R$ 15 milhões •
Entrada de 4% da dívida, em 4 parcelas com pagamento entre setembro a dezembro de 2017, calculada sobre o montante total da dívida, sem reduções
O restante com redução de 25% nas multas e encargos legais e de 100% nos juros, em até 176 prestações equivalentes a 0,8% da média mensal da receita bruta proveniente da comercialização do ano civil anterior
Parcela mínima não pode ser inferior a R$ 1000
Modalidade do adquirente - dívidas acima de R$ 15 milhões
Entrada de 4% da dívida, em 4 parcelas com pagamento entre setembro a dezembro de 2017, calculada sobre o montante total da dívida, sem reduções
O restante com redução de 25% nas multas e encargos legais e de 100% nos juros, em até 176 prestações
Parcela mínima não pode ser inferior a R$ 1000(G1)

LEITE/CEPEA: preço ao produtor registra queda atrelado ao aumento da captação e fraca demanda

O preço do leite recebido por produtores registrou a segunda queda consecutiva em julho, conforme expectativas de agentes consultados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Na "média Brasil" (GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA), o preço líquido (que não considera frete nem impostos) recuou 3 centavos/litro (ou -2,7%) frente a junho, a R$ 1,2343/litro. Com a queda, a cotação do leite retomou o patamar de julho de 2014, em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de junho/17). É a primeira vez neste ano que o preço fica abaixo do registrado em 2016 - frente a julho do ano passado, o recuo é de 12,8%. A diminuição dos preços do leite no campo esteve atrelada à demanda ainda enfraquecida por lácteos e ao aumento da captação.

A menor procura por lácteos na ponta final da cadeia continua sendo o principal desafio do setor neste ano. Uma vez que o consumo da maior parte dos derivados ocorre em função da elevação da renda, a diminuição do poder de compra do brasileiro impacta negativamente as negociações. Segundo agentes consultados pelo Cepea, laticínios, atacado e varejo continuam com dificuldades em manter o fluxo de vendas, o que tem estreitado suas margens e, como consequência, pressionado as cotações no campo.  Além disso, de acordo com cálculos do Cepea, o Índice de Captação de Leite(ICAP-L) aumentou 6,8% de maio para junho na "média Brasil". Houve elevação na captação em todos os estados pesquisados, com exceção da Bahia (-2,96%). As variações foram significativas no Sul do País, onde, de modo geral, o clima propício às pastagens e às forrageiras de inverno favoreceu a produção. Santa Catarina e Paraná apresentaram as altas mais expressivas, de 8,57% e 8,13%, respectivamente, e o Rio Grande do Sul, de 5,51%. 

As captações em Goiás, São Paulo e Minas Gerais aumentaram 5,78%, 4,94% e 2,97% respectivamente. O menor preço do leite e a maior competitividade dos laticínios influenciaram na alta da captação. Mesmo com o menor volume de chuvas no Sudeste, a produção não foi tão afetada por conta dos baixos valores do concentrado. Para agosto, a maioria dos agentes consultados pelo Cepea continua esperando queda nos preços. Quase 83% deles (que também respondem por 83% do volume amostrado) apostam em novo recuo no próximo mês, mas 10,8% (4,2% do volume amostrado) esperam estabilidade. A porcentagem de colaboradores do Cepea que acredita em alta nas cotações é de 6,3% (com participação de 12,9% do volume). (As informações são do Cepea-Esalq/USP)

Treze entidades apoiam PL 125/17
Famurs, Farsul, Fundesa, Fetag, Fiergs, Sips, Asgav, Sindilat, Sicadergs, Apil, IGL, Acsurs e
AGL entregaram, ontem, à Secretaria de Agricultura e à Assembleia Legislativa, carta de apoio ao PL 125/17. Proposto pelo governo, o projeto prevê a contratação de veterinários pela iniciativa privada para os serviços de inspeção de produtos de origem animal, desde que capacitados pelo serviço oficial. (Correio do Povo) 

Porto Alegre, 01 de agosto de 2017                                              Ano 11- N° 2.553

 

GDT: leite em pó desnatado e manteiga recuam no 1º leilão de agosto

No primeiro leilão GDT de agosto (01/08), o preço médio dos lácteos voltou a apresentar queda (1,6%) e fechou a US$3.343/ton. Neste cenário, o queijo cheddar apresentou queda de 4,8% e fechou com média de US$3.932/tonelada, um dos maiores recuos desde abril. A manteiga, que vinha apresentando alta, neste mês recuou 4,9%, com preço médio de US$5.747/tonelada. 

Na mesma linha, o leite em pó desnatado apresentou queda 3,0% e média de US$1.966/tonelada, uma das menores desde abril, o que sinaliza altos níveis de estoque. Na contramão deste mercado baixista, o leite em pó integral fechou a um preço médio de US$3.155/tonelada, aumento de 1,3%. (GDT/Milkpoint)

 

Propriedades leiteiras da Bolívia se tornam adeptas ao compost barn

Com um sistema que oferece conforto às vacas para evitar que sofram de "estresse calórico", produtores argentinos, liderados por Guillermo Rocco, começaram a trabalhar para aumentar a produção de leite na Bolívia. A técnica conhecida como compost barn é aplicada na leiteria Madriles, situada no município boliviano de Pailón, a 51 quilômetros da cidade de Santa Cruz, que conta com 400 vacas.

Rocco, que vive na Bolívia há mais de 25 anos, decidiu implementar o novo sistema, que costuma ser usado em locais tropicais de Brasil e Argentina, mas que até agora não tinha sido aplicado para estimular a produção de leite na Bolívia. "Acreditamos que inovamos com este sistema na Bolívia, que vimos e aprendemos no Brasil, em uma região com condições climáticas parecidas", disse Rocco, em referência às altas temperaturas do leste boliviano. Com este sistema, Rocco quer que as vacas não sofram de "estresse calórico" e que isso afete a produção de leite.

No processo é montada uma espécie de cama para as vacas com resíduos de capim e cascas de arroz e de amendoim misturados com estrume e urina de gado. "Esta capa faz com que as doenças dos animais ou agentes como as bactérias e os fungos morram devido à temperatura e dá comodidade aos animais e um solo macio, onde podem se acomodar e ruminar tranquilamente", explicou Rocco.

As vacas que estão em lactação não saem deste galpão construído especialmente para sua comodidade e em cujo teto há ventiladores para refrescar o ambiente. A alimentação destes animais é produzida no mesmo local e tem como base sorgo, milho e soja, que ficam em comedouros para que não falte alimento às vacas, explicou o argentino Federico Barreto.

O investimento para aplicar o sistema é de pelo menos US$ 2,5 mil por vaca, a maioria da raça Holstein-Frísia, excelentes produtoras de leite, mas que não suportam os climas tropicais.  A leiteria produz nove mil litros por dia, ou seja, aproximadamente 24 litros por vaca, num total de 270 mil litros por mês. Com o sistema antiestresse, espera-se que a produção aumente para 30 litros por cabeça, ou seja, 12 mil litros diários e pelo menos 360 mil litros por mês.

Rocco contou que os produtores se reúnem periodicamente para expressar seus problemas na obtenção de leite e as melhorias que podem ser feitas para aumentar sua produção. Segundo Barreto, vários produtores da região se interessaram em utilizar este sistema, mas é necessário capacitar as pessoas para tanto.

De acordo com dados do programa estatal Pró Leite na Bolívia, o consumo anual por pessoa no país subiu para 61,8 litros, mas a meta é chegar aos 122 litros. O consumo de leite na Bolívia está abaixo do de outros países como Brasil, Argentina, Chile e Uruguai, onde são consumidos mais de 100 litros por ano por pessoa, segundo dados desse programa.

Em 2014, a Bolívia produziu mais de 566 milhões de litros de leite e o departamento com maior produção foi Santa Cruz, com 301 milhões de litros, 53,12% do total. (As informações são da agência EFE)

EUA: alta demanda por gordura láctea beneficiará produtores no longo prazo

O valor da gordura do leite aumentou significativamente no mercado dos EUA, impulsionado pela mudança das atitudes dos consumidores, de acordo com a nova análise da Federação Nacional de Produtores de Leite (NMPF). Parte dessa mudança de percepção do consumidor foi impulsionada por mais de duas décadas de pesquisa sobre gordura do leite, disse o CEO do Dairy Management Inc. (DMI), Tom Gallagher. "Nós acreditávamos que a gordura de leite tinha benefícios para os consumidores e para a população, o que em geral, a política do governo e a orientação profissional não refletiam", disse Gallagher. Nos últimos anos, a gordura láctea passou a ser considerada benéfica para a saúde. Nesse sentido, o assuntou ganhou suporte da política governamental, bem como na orientação profissional de saúde. "Isso tudo ocorreu graças às pesquisas sobre o assunto e ao programa Dairy Checkoff". 

O programa Dairy Checkoff é um fundo geral de promoção de produtos lácteos, ao qual os produtores de leite pagam 15 centavos e os importadores de lácteos pagam 7,5 centavos por cada cem libras (45,36 quilos) de leite que vendem ou importam. Essa receita - supervisionada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) - é utilizada para financiar programas destinados a promover o consumo de produtos lácteos e proteger a imagem dos produtores de leite, produtos lácteos e indústria láctea. A demanda recuperada por gordura do leite fortaleceu os preços da manteiga nos EUA, aumentando significativamente a contribuição média do preço reportado pelo USDA recebido pelos produtores pelas vendas de leite - de 38% antes de 2015 para mais de 66% atualmente - de acordo com pesquisa do DMI. 

O valor da gordura do leite também influenciou no volume de vendas de leite integral fluido no mercado interno dos EUA, que tinha sofrido um longo declínio entre 2000 e 2013, de acordo com uma análise do mercado de lácteos feita pela NMPF. "Isso vai muito além da manteiga", disse Peter Vitaliano, vice-presidente de política econômica e pesquisa de mercado da NMPF. "Em termos de leite integral fluido, esse declínio foi revertido em torno de 2013 e estamos vendo maiores vendas". Além disso, o uso de gordura de leite em todo o setor de leite fluido experimentou um aumento e está se encaminhando para as variedades de leite fluido com menor teor de gordura, de acordo com análise de Vitaliano. O uso de gordura do leite também aumentou nas categorias de queijo e iogurte, com Vitaliano prevendo que o setor de alimentos congelados será o próximo. "Temos todas as principais categorias de produtos lácteos aumentando seu de gordura do leite e, em muitos casos, aumentando sua participação na oferta de gordura do leite", disse Vitaliano.

De acordo com a análise, os preços domésticos da manteiga nos Estados Unidos provavelmente não cairão abaixo de US$ 2 por libra (US$ 4,4/kg) devido à manutenção da demanda por gorduras. Para acompanhar a demanda dos consumidores por gordura do leite, a indústria de lácteos dos EUA reduziu suas exportações para o mercado mundial.

"A indústria realmente está retirando a manteiga e os produtos que contêm gordura de leite do mercado mundial; nossas exportações caíram porque precisamos dessa gordura do leite adicional aqui para suprir essa crescente demanda dos consumidores em nosso próprio mercado doméstico", disse Vitaliano. "A demanda por gorduras continua sendo uma força direcionadora dentro da indústria de lácteos. Esta história está apenas começando", completou. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Iraque planeja comprar gado leiteiro do Brasil
A Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Iraque informou que o país do Oriente Médio está interessado em comprar gado leiteiro do Brasil. "A raça girolando mostrou que se adapta bem ao nosso clima", afirma Hayder Majeed Hameed Hameed, dono de uma empresa iraquiana de proteína animal, em comunicado divulgado pela entidade.
Há experiências e negociações em andamento e os negócios poderão incluir também equipamentos voltados a fazendas de produção. A câmara lembra que o Iraque já tem importado gado brasileiro nelore e nelore cruzado com angus para engorda e abate, e diz que o objetivo é expandir as compras com animais para produção de leite. Em geral, o rebanho iraquiano sofreu grande redução por causa de ataques do Estado Islâmico, e que o projeto de recomposição faz parte do programa de retomada da atividade agropecuária do país criado pelo governo, que conta com investimentos de US$ 400 milhões. Conforme a entidade, o Iraque tinha um rebanho de 2,5 milhões de cabeças há dois anos, mas que atualmente esse número é 70% menor. (Valor Econômico)

Porto Alegre, 31 de julho de 2017                                              Ano 11- N° 2.552

 

Fonterra eleva preço ao produtor para a próxima estação

O aumento do preço do leite pela Fonterra de NZ$ 6,50 (US$ 4,84) por quilo de sólidos do leite - equivalente a NZ$ 0,54 (US$ 0,40) por quilo de leite - para NZ$ 6,75 (US$ 5,02) por quilo de sólidos de leite - equivalente a NZ$ 0,56 (US$ 0,41) por quilo de leite - para 2017-18 trará NZ$ 500 milhões (US$ 372,39 milhões) adicionais para a economia da Nova Zelândia. A DairyNZ disse que a receita adicional ao produtor aumentará os ganhos previstos para o leite para um total de NZ$ 12,5 bilhões (US$ 9,3 bilhões) para a estação.

O aumento deve fornecer uma injeção de cerca de NZ$ 104,5 milhões (US$ 77,83 milhões) para a região de Waikato e NZ$ 71,8 milhões (US$ 53,47 milhões) para North Canterbury. A cooperativa também anunciou uma previsão de lucros por ação de 45 centavos a 55 centavos (33,51 a 40,96 centavos de dólar), tornando a previsão de pagamento disponível total para os produtores na estação de 2017-2018 em NZ$ 7,20 a NZ$ 7,30 (US$ 5,36 a US$ 5,43) por quilo de sólidos do leite [equivalente a NZ$ 0,60 (US$ 0,44) a NZ$ 0,61 (US$0,45) por quilo de leite], antes das retenções.

O aumento com relação ao NZ$ 6,15 (US$ 4,58) por quilo de sólidos do leite [equivalente a NZ$ 0,51 (US$ 0,37) por quilo de leite] esperado para a estação anterior foi uma mudança animadora para os produtores, que precisaram de mais de uma estação boa para que seus balanços entrassem em território positivo após baixos pagamentos em 2014-15 e 2015-16. Chris Lewis, presidente do grupo de produtores de leite da Federated Farmers, disse que essa é uma "notícia fantástica" e que outros processadores precisarão acompanhar esse aumento da Fonterra.

Lewis disse que os processadores que processam produtos de valor agregado e estão aproveitando a crescente popularidade das gorduras estariam em uma boa posição, enquanto aqueles que produzem somente leite em pó integral estariam em uma situação mais difícil. O aumento na previsão de preço ao produtor para a estação de 2017-18 foi é bem-vindo aos produtores que enfrentam condições de muita umidade em todo o país, disse o economista sênior do DairyNZ, Matthew Newman.

"Os produtores usarão essa renda extra para pagar algumas das dívidas adicionais que tiveram que assumir ao longo das estações de baixos pagamentos. Então, muitos aproveitarão a oportunidade para colocar o dinheiro de volta em suas fazendas, realizando a manutenção requerida e adicionando a infraestrutura necessária.

O presidente da Fonterra, John Wilson, disse que a previsão revisada refletiu o reequilíbrio da oferta e da demanda nos mercados globais de lácteos. "Estamos vendo uma confiança crescente nas fazendas em todo o país e, com a demanda global por produtos lácteos se fortalecendo, os sinais são de um bom começo de estação para nossos produtores e suas comunidades rurais, embora seguindo um período desafiador de condições muito úmidas para alguns dos nossos produtores". 

O diretor executivo da Fonterra, Theo Spierings, disse que a empresa está bem posicionada para aproveitar a melhora da demanda por lácteos em seus mercados de ingredientes, produtos aos consumidores e food service. "Nossas previsões são prudentes dado que ainda estamos no início da temporada e estamos começando com níveis muito baixos do estoque; estamos focados em continuar demonstrando um forte desempenho nos negócios, de modo a obter maiores retornos para os nossos produtores". (As informações são do NZFarmer.co.nz, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Leite orgânico ganha espaço entre grandes e pequenos produtores

O leite também pode ser orgânico. Sua produção exige vacas que passeiam livres em pastos sem pesticidas e recebem até remédios florais para acalmar os ânimos. É um novo mercado aqui, que cresce e convence de pequenos produtores a grandes empresas como a Nestlé. Desde maio deste ano a companhia toca um plano de incentivo para que os seus fornecedores em Araraquara, interior de São Paulo, passem a produzir o leite orgânico. Já são 18 propriedades parceiras da Nestlé no início do processo de conversão do sistema convencional para o alternativo.

O pasto sem químicos e aditivos não é a única diferença em relação à produção leiteira convencional. A instrução normativa que regulamenta a produção sem aditivos ainda prevê que as vacas tenham a dieta complementada com ração orgânica -pelo menos 85% do total de toda a alimentação deve ser especial- e a saúde, tratada com fitoterapia. O processo de transição, que leva até dois anos, impõe uma série de restrições, além de insumos que podem ser até 40% mais caros do que os tradicionais, segundo André Novo, chefe de transferência de tecnologia da Embrapa Pecuária Sudeste, que trabalha em parceria com a Nestlé. "Por outro lado, a produção é mais sustentável, remunera melhor o produtor e é benéfica para o ambiente", afirma ele.

Os parceiros da Nestlé recebem um valor mais alto pelo leite desde o início do processo de transição e têm as despesas com a certificação, feita pelo IBD, cobertas. A empresa, que não divulga os valores pagos aos produtores nem o investimento, quer alcançar a marca dos 30 mil litros por dia até 2019 -o dobro da produção orgânica atual no Brasil. Hoje, o leite dessas propriedades é misturado ao convencional, mas o plano é vendê-lo separadamente no futuro.
"Após consolidar a produção do leite sem químicos em Araraquara, queremos levar para outras regiões", diz Rachel Muller, gerente de Lácteos da Nestlé Brasil.

VIABILIDADE
Produzir leite orgânico por aqui é viável e vale a pena, de acordo com João Paulo Guimarães Soares, zootecnista e pesquisador da Embrapa Cerrados. Para isso, o preço pago ao produtor precisa ser 70% maior do que o valor pago pelo leite convencional, segundo ele, que estuda o tema há quase 20 anos. O preço ao consumidor final aumenta também, podendo ser até 50% maior. "Mas levantamentos indicam que ele está disposto a pagar mais por produto de melhor qualidade", afirma. Estudo publicado em 2012 na revista científica britânica "Journal of the Science of Food and Agriculture" revelou que índices de alguns nutrientes, como proteínas e ômega 3, são maiores no leite orgânico.

"A dieta dos animais baseada no pasto também colabora para que o leite tenha mais gordura de boa qualidade", diz Soares.

O ator Marcos Palmeira, que é dono da fazenda orgânica Vale das Palmeiras, em Teresópolis (RJ), usa o leite para produção de queijos e iogurtes.

"Estou entregando para o consumidor um produto livre de resíduos e feito com respeito pelo ambiente", diz.

Conforme o ator, as 40 vacas da propriedade geram hoje cerca de 600 litros de leite por dia. Mas, no começo, foi difícil conseguir o domínio técnico para produzir dentro desse modelo. A solução, diz Palmeira, foi entrar em contato com outros criadores de vacas e "aprender juntos".
Treinar produtores para o sistema do leite orgânico é um dos focos do CPRA (Centro Paranaense de Referência em Agroecologia), em Pinhais, no Paraná.

Ali são mantidas 58 vacas que produzem 300 litros do produto por dia. Como nesse sistema os bezerros se alimentam com o leite materno por um tempo, mães e filhotes são tratados com florais para ajudar a passar pelo período desmame. Na visão do veterinário Evandro Richter, do CPRA, essa forma de produção não é uma inovação, mas um retorno ao modelo que era utilizado há 40 anos.

"Esse leite, hoje, é jogado na vala comum, misturado ao convencional para a venda, mas com o fomento da cadeia a realidade pode mudar", afirma Richter.

Vai pastar
Como funciona a produção do leite orgânico
PRATO FEITO
A alimentação dos animais deve ser baseada no pasto e complementada com pelo menos 85% de produtos orgânicos
Saem os aditivos para crescimento, estimulantes de apetite e qualquer alimento transgênico

PLANO DE SAÚDE
As vacinas determinadas pela lei são mantidas, mas o tratamento de saúde é feito preferencialmente com fitoterapia e homeopatia
Ficam de fora os antibióticos, hormônios e vermífugos; se há necessidade de tratar a vaca com antibióticos, ela deve ser tirada da produção

CASOS DE FAMÍLIA
Na produção orgânica, os bezerros mamam na mãe nas primeiras semanas. O processo de desmame, no CPRA (Centro Paranaense de Referência em Agroecologia), é auxiliado por florais, que acalmam mães e filhos
Os florais também são dados para as vacas que têm dificuldade para socializar com os outros animais

SPA RURAL
Os animais devem permanecer livres no pasto pelo maior tempo possível -o mínimo estabelecido pela regulamentação é de seis horas por dia
Sombra e água precisam estar sempre disponíveis
No CPRA, as vacas têm um momento de relaxamento com a escovação dos pelos
Fontes: Lei 10.831/03, CPRA (Centro Paranaense de Referência em Agroecologia) e João Paulo Guimarães Soares (Embrapa Cerrados) (Folha de SP)

 

Mudanças à vista na vacinação contra aftosa

O Ministério da Agricultura deverá decidir, até a próxima sexta-feira, sobre as mudanças na vacina contra a aftosa. O anúncio foi feito na última quarta-feira, em reunião do ministro Blairo Maggi com a Frente Parlamentar Agropecuária e representantes do setor. Uma das propostas de alteração trata da forma de aplicação da vacina, optando pela via subcutânea para reduzir o risco de lesões. Outra recomendação é a retirada da saponina, componente que pode estar causando reações. Entidades pedem ainda limitação da faixa etária da vacinação para animais de até 30 meses e fim da obrigatoriedade da vacina para animais que serão abatidos em até 180 dias.

Sobre a retirada da saponina, o secretário de Defesa Agropecuária, Luis Eduardo Rangel, afirmou que estão sendo tomados cuidados antes de adotar posição. O assunto passou a ser discutido após a suspensão pelos Estados Unidos da compra de carne bovina in natura em razão de abcessos na carne, provocados pela vacina. (Zero Hora) 

 

I-UMA
O Circuito de Gestão e Inovação no Agronegócio, promovido pelo Instituto de Educação no Agronegócio (I-UMA) em parceria com lideranças empresariais, fará a sua quarta etapa em Passo Fundo, amanhã. Nesta fase, a temática será o setor leiteiro. As inscrições, gratuitas e limitadas, podem ser feitas pelo agrocircuito.com.br. (Zero Hora)

Porto Alegre, 28 de julho de 2017                                              Ano 11- N° 2.551

 

Uruguai: preço do leite continua em queda; 163 fazendas deixaram a atividade em 2016

O preço do leite recebido pelos produtores de leite uruguaios ainda está entre os mais baixos da região. Segundo os últimos dados apresentados pelo Instituto Nacional do Leite (INALE), os produtores receberam US$ 0,36 por litro e "o que foi relatado pelas indústrias é que não têm espaço para aumentá-los", porque os preços internacionais "estão pressionados", disse o presidente do INALE, Ricardo De Izaguirre.

Ele disse que "não há muitas perspectivas de que o preço suba. Hoje, estamos esperando que estes preços não caiam." Os preços baixos e o endividamento do setor - de cerca de US$ 400 milhões -, tanto com os bancos e com os fornecedores, estão deixando fazendas leiteiras pelo caminho.

No ano passado, segundo dados do Serviço de Estatísticas Agropecuárias (DIEA) do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) do Uruguai, havia 163 fazendas leiteiras a menos enviando leite à indústria com relação a 2015. O volume médio por fazenda - também considerado um indicador do tamanho produtivo - descontinuou o aumento prolongado e caiu para 1.832 litros por dia, de acordo com a pesquisa oficial do DIEA.

A produção comercial foi estimada em 2,026 bilhões de litros, cerca de 115 milhões de litros abaixo de 2015. O envio às indústrias de processamento permanece sendo o principal destino: 1,816 bilhão de litros (87% da produção total). O processamento nas fazendas e as vendas diretas acumularam 133 milhões de litros; enquanto que os restantes - 79 milhões de litros - são utilizados para consumo nas próprias fazendas leiteiras.

Por sua vez, o volume total de lácteos exportados, convertidos em litros equivalentes durante 2016, totalizou 1,649 milhões, um aumento de 179 milhões com relação ao ano anterior. (As informações são do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Ciclo da crise mundial do leite chega ao fim

Crise do setor lácteo - A última grande crise do setor lácteo no âmbito mundial, entre 2015 e 2016, chegou agora ao seu final. Esse foi o principal destaque da 18º Conferência Anual da IFCN (sigla em inglês para Rede Internacional para a Comparação de Sistemas de Produção de Leite), realizada em junho de 2017 na Alemanha, tendo a Embrapa como representante brasileira. Nesse último mês de junho, o preço mundial para o leite recuperou seu patamar histórico dos últimos dez anos. 

Como comparação, em maio de 2016, o preço representava apenas 58% desse valor. Em decorrência da citada crise, a produção mundial cresceu apenas 1,1% em 2016, menor crescimento desde 1998, enquanto que o número de produtores de leite, que apresentou crescimento constante nas últimas décadas, no biênio 2015/2016 reduziu-se pela primeira vez. No Brasil, a produção total cresceu 3,6% ao ano entre 2006 e 2015, enquanto que em 2016, estima-se retração entre 3% e 4%. No período, os custos de produção se mantiveram dentro da média mundial. No entanto, os produtores nacionais receberam preços melhores do que o preço médio de referência mundial. Nesse cenário, a sinalização de preços no final deste primeiro semestre indica condições mais promissoras para recuperação da produção em 2017. (CILeite)

Fonterra projeta aumento de leite para a próxima temporada

Preços/NZ - A cooperativa Fonterra alterou a previsão do preço do leite ao produtor para a atual temporada para NZ$ 6,75/kgMS, [R$ 1,18/litro]. A previsão inicial era de NZ$6,50/kgMS, [R$ 1,17/litro]. No momento do anúncio, os economistas já previam essa alteração diante da estabilidade nos preços globais dos produtos lácteos.

Para a temporada encerrada em 31 de maio de 2017, o preço do leite foi de NZ$ 6.15/kgMS, [R$1,11/litro], uma grande melhoria em relação à temporada anterior que foi de NZ$ 3,90/kgMS, [R$ 0,70/litro], quando os preços mundiais dos produtos lácteos estavam em níveis mínimos. Os agricultores ficarão bem mais confortáveis diante dessa atualização da Fonterra. No entanto, durante o anúncio dos preços os diretores previram manutenção dos dividendos. Eles devem ficar na faixa de NZ$ 0,45 a NZ$ 0,55, a mesma da temporada passada. Para o exercício financeiro 2016/2017 a Fonterra projeta dividendos de NZ$ 0,40, o mesmo previsto para a temporada 2017/2018, iniciada agora. O que proporcionará um retorno total de NZ$ 7,15. Mas ainda é cedo para avaliar.
 

O presidente, John Wilson, disse que o preço reflete o contínuo "equilíbrio da oferta e da demanda dos mercados globais de produtos lácteos. Os agricultores estão mais confiantes diante do fortalecimento de demanda global dos produtos lácteos, o que significa um bom começo de temporada, embora, estejam enfrentando um período bastante desafiador, com muita umidade em muitas regiões".

O aumento do preço do leite ao produtor é uma boa notícia para os agricultores, que poderão investir em sua atividade, melhorando a temporada 2016/2017, "mas, é preciso cautela, mesmo porque estamos no início da temporada", disse Wilson. O diretor executivo, Theo Spierings disse que a Fonterra ficou bem posicionada para aproveitar a melhoria na demanda por ingredientes lácteos, para o mercado consumidor e segmento de foodservice. "Aumentou o número de consumidores que preferem produtos lácteos como fonte diária de nutrição em nossos mercados globais, e isso está se transformando em uma forte demanda, particularmente em produtos de consumo e foodservice." Spierings também lembrou que a Fonterra está sendo prudente em suas previsões, já que estão em início de temporada e a cooperativa está com os estoques em níveis baixos. "estamos focando em continuar a demonstrar um forte desempenho nos negócios, de modo a proporcionar maiores retornos para os nossos agricultores". (interest.co.nz - Tradução Livre: Terra Viva)

Mapa implementa programa de avaliação da qualidade dos serviços veterinários oficiais

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) implementou oficialmente nesta terça-feira (25) o Programa de Avaliação da Qualidade e Aperfeiçoamento dos Serviços Veterinários Oficiais das instâncias Sistema de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), o Quali-SV, por meio da Instrução Normativa 27, publicada no Diário Oficial da União. 

O Quali-SV será apresentado pelo Mapa durante reunião do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa) nesta quinta-feira (27), em Rio Branco (Acre). O programa reforçará os controles sobre a saúde dos rebanhos, o que tem reflexos positivos na segurança alimentar. 

Segundo o responsável pela Coordenação de Avaliação e Aperfeiçoamento dos Serviços Veterinários (Casv) do Mapa, José Ricardo Lôbo, o programa deverá ser transparente e alinhado aos exigentes padrões internacionais, para promover melhorias contínuas e necessárias ao desempenho do Serviço Veterinário Oficial (SVO).

Os serviços veterinários estaduais e do Distrito Federal serão monitorados não apenas por dados técnicos (indicadores), mas também serão submetidos a avaliações presenciais por meio de auditorias e supervisões. O método, desenvolvido pela Casv, permitirá ter uma visão mais objetiva, atualizada e global dos serviços veterinários.

O serviço veterinário dos estados e do DF passarão por auditoria dos auditores fiscais federais agropecuários do Mapa a cada três anos. Para as auditorias foi desenvolvida uma ferramenta de avaliação da qualidade do SVO, adaptando metodologia da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) usada pelos serviços veterinários dos países-membros, conhecida como PVS/OIE Tool (Performance of Veterinary Services).

Cronograma
O Mapa já tem cronograma de auditorias até 2019. Neste ano, elas devem ser realizadas em 10 estados. A previsão para 2018 é de nove auditorias e de oito (em sete estados e no DF) para 2019.

As avaliações envolvem recursos humanos, físicos e financeiros, além da capacidade técnica e operacional do SVO. Os relatórios das auditorias serão divulgados pelo Mapa. Os órgãos auditados deverão implementar medidas corretivas específicas para os achados e recomendações, visando a melhoria dos serviços.

O Serviço Veterinário Oficial (SVO) é composto pelo Mapa e por órgãos estaduais de sanidade agropecuária, além de veterinários credenciados. O SVO tem como missão garantir proteção e segurança aos consumidores dos produtos de origem animal e o acesso desses produtos aos mercados interno e externo, por meio da prevenção, controle e erradicação de doenças dos animais, além do controle do uso de insumos e atividades que possam afetar a saúde e o bem-estar animal. (As informações são do Mapa)

Leite: o impacto da alta dos combustíveis no setor
A alta do PIS/Cofins sobre os combustíveis vai dificultar ainda mais a vida dos produtores de leite. Quem comenta esse impacto é o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges. Assista o Vídeo (Canal Rural)

Porto Alegre, 27 de julho de 2017                                              Ano 11- N° 2.550

 

  Aumento da oferta e crise política provocam queda do preço do leite 
 

O aumento da produção de leite no campo e a importação que eleva a oferta do alimento no mercado interno refletiram nos preços no Rio Grande do Sul. Dados divulgados pelo Conseleite, nesta quinta-feira (27/7), indicam que o valor de referência do litro projetado para o mês de julho é de R$ 0,9515, queda de 3,77% em relação ao consolidado de junho (R$ 0,9888).  O movimento foi puxado pela baixa de 6% no valor do leite UHT, de 3,5% no pasteurizado e de 3,4% no queijo mussarela. "Tivemos uma importante redução no mercado do UHT, que é quem puxa os preços. Estamos vivendo tempos de preços ruins", frisou o presidente do Conseleite, Alexandre Guerra. Nos últimos três meses, a redução, segundo o Conseleite, chega a 8,09%.Apesar disso, na ponta, o produtor vive um momento de custos de produção menores e recebe mais pelo litro, uma vez que soma bonificação mensais por qualidade e quantidade que elevam o recebido a valores próximos a R$ 1,20 por litro. 
 
 A preocupação, alerta Guerra, é que o setor já vem de um primeiro semestre difícil. "A indústria enfrentou meses de prejuízo e, agora, se começa um semestre com valores muito baixos", salientou, lembrando que o pico da safra ocorre em agosto. Uma das soluções é o governo sinalizar favoravelmente ao pedido feito pelo setor de compra governamental de 20 mil toneladas de leite pó. O pleito foi levado pelo Sindilat e Fetag ao Ministério da Agricultura em reunião em Brasília neste mês.
 
Guerra alega que o cenário de preços em baixa reflete diversos fatores. Além do aumento de 20% na captação entre maio e julho, típica nesse período do ano, a importação crescente de leite a preços menores do que o praticado no país também contribuiu. A crise política também chegou ao varejo, o que demostra a queda do poder de consumo da população. "Esse cenário ainda será impactado pelo aumento dos combustíveis recentemente anunciado", completou o também presidente do Sindilat. Contudo, o Conseleite acredita que os preços chegaram ao "fundo do poço", visto que as pastagens - prejudicadas pela estiagem e pela recente geada - não sustentarão um aumento substancial de produção nas próximas semanas.
 
O assessor da política agrícola da Fetag, Márcio Langer, citou o aumento de produção como um dos principais responsáveis pelos preços praticados atualmente. Os dados apresentados pelo Conseleite são resultado de levantamento realizado pela UPF com indicadores coletados nas indústrias. Os números foram apresentados pelo professor Eduardo Finamore.
 
Carne Fraca - Durante a reunião, o presidente do Conseleite pontuou a importância de o setor reagir de forma unificada contra o acordo firmado recentemente pelo ministro Blairo Maggi para abrir o mercado de lácteos brasileiro, o que seria uma possível contrapartida a nações importadoras de carne. "O setor de leite e derivados vai entrar como moeda de troca para amenizar o impacto internacional da Operação Carne Fraca. Não podemos deixar isso acontecer", concluiu Guerra. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 Crédito: Carolina Jardine

Sindilat reúne-se com secretário Fábio Branco

Os laticínios associados ao Sindilat reuniram-se na tarde desta quinta-feira (27/7) com o secretário da Casa Civil, Fábio Branco, quando debateram os projetos de desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul. Branco reforçou as dificuldades financeiras enfrentadas pelo Estado e a coragem da atual administração de promover as mudanças necessárias para tentar ajustar as finanças públicas.  "Esse não é um projeto de apenas um governo. Esperamos que tudo o que estamos fazendo não seja perdido", reforçou.

O secretário agradeceu o convite do Sindilat e a parceria pelo desenvolvimento durante o período que atuou junto à Sedai. Agora, na Casa Civil, garantiu que as portas seguem abertas para as indústrias do setor lácteo. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, agradeceu o apoio do governo em causas importantes para o segmento, como a questão do ajuste tributário do leite UHT. As empresas também pontuaram posição em relação ao Fundoleite. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Crédito: Carolina Jardine

 

Wilson Zanatta descerra foto em galeria de ex-presidentes

O ex-presidente do Sindilat, Wilson Zanatta, descerrou sua foto na galeria de dirigentes do sindicato no início da tarde desta quinta-feira (27/7), em Porto Alegre. Ao lado do presidente Alexandre Guerra e do secretário executivo, Darlan Palharini, ele destacou sua admiração pelo trabalho da entidade e pelo crescimento vivenciado pela bacia leiteira gaúcha. Lembrou das importações de vacas leiteiras do Uruguai realizadas na década de 90 e dos avanços de manejo e nutrição animal verificados nas últimas décadas.  "O Sindilat é uma entidade respeitada, sinto-me orgulhoso de ter passado por aqui", salientou.

Zanatta foi dirigente da Laticínios Bom Gosto e, há alguns anos, está afastado do segmento.  Contudo, segue com atividade rural no cultivo de soja e criação de gado. Entre seus projetos, está um empreendimento diferenciado e em menor escala no setor leiteiro fora do Rio Grande do Sul. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Crédito: Carolina Jardine

 

Nova Zelândia

As exportações de produtos lácteos da Nova Zelândia para a China aumentaram 102% em valor, atingindo NZ $ 373 milhões (US $ 277 milhões) em junho, um aumento de 63% em quantidade, o que aumenta as exportações do país, informou o departamento de estatísticas Stats NZ nesta quarta-feira. As exportações da Nova Zelândia aumentaram 11% ano a ano até atingir NZ $ 4,7 bilhões (US $ 3,5 bilhões) em junho, disse um comunicado do departamento. O leite em pó, a manteiga e o queijo lideraram o aumento, 45% acima de NZ $ 1,2 bilhão (US $ 890 milhões) e 11% em quantidade. "O grupo do leite em pó, da manteiga e do queijo continua a ser uma mercadoria de exportação chave e representa mais de um quarto de nossas exportações totais", disse a diretora de estatísticas internacionais Daria Kwon no lançamento. As importações mensais totais foram avaliadas em NZ $ 4,5 bilhões (US $ 3,3 bilhões), um aumento de 7,7% em relação a junho de 2016, informou a Stats NZ. (The Diary Site - Tradução Livre: Terra Viva)

 

Mercosul x Canadá

Representantes do Mercosul e do Canadá se reuniram em Buenos Aires para continuar as conversas exploratórias sobre a eventual negociação de um acordo comercial, informaram nesta quarta-feira (26) fontes oficiais. A informação é da Agência EFE. As delegações se encontraram na última segunda-feira (24) na sede do Ministério das Relações Exteriores e Culto da Argentina, que disse hoje em nota que Canadá e o Mercosul estão "mais perto de iniciar um diálogo para um acordo comercial".

"Na reunião foram consideradas as principais posições sobre os possíveis temas e capítulos do acordo: comércio de bens e serviços, tratamento de barreiras não tarifárias e investimentos, entre outros", explicou o comunicado.

As conversas deram continuidade às realizadas em abril, também em Buenos Aires, quando o Mercosul era presidido temporariamente pela Argentina. Agora, o posto é ocupado pelo Brasil. "Se pretende que as conversas progridam e que se dê início, prontamente, à negociação de um acordo comercial entre o Mercosul e o Canadá", conclui o comunicado. (Agência Brasil) 

Produção/Uruguai
A situação crítica do setor lácteo voltou a dar sinais preocupantes: em 2016 foram fechadas 163 fazendas de leite e caiu o número de litros coletados, segundo informou o Departamento de Estatísticas Agropecuárias (DIEZ) do Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca. DIEA apresentou os resultados da pesquisa anual efetuada com as indústrias processadoras de leite em todo o território nacional em 2016. A produção obtida com a produção de leite comercial chegou a 2.026 milhões de litros, uns 115 milhões de litros a menos do que o registrado no ano anterior. A captação pelas indústrias processadoras continua sendo o principal destino: 1.816 milhões de litros (87% da produção total). O processamento nas fazendas e vendas diretas foi avaliada em 133 milhões de litros; enquanto os restantes 79 milhões de litros foram utilizados para consumo próprio (humano e animal) nas fazendas. O número de explorações leiteiras contabilizadas chegou a 2.716, 163 a menos do que em 2015, continuando a tendência de queda dos últimos anos, disse a DIEA. (TodoElCampo - Tradução Livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 26 de julho de 2017                                              Ano 11- N° 2.549

 

SUPER CONECTADOS

Os produtores rurais gaúchos estão em primeiro lugar no Brasil entre os que mais usam celular - com índice de 98,5% dos entrevistados. Apesar da liderança em telefones móveis no campo, o Rio Grande do Sul tem uma das cinco piores avaliações de conexão do país. Os dados constam na pesquisa Tecnologia da Informação no Agronegócio, realizada pelo Sebrae em todo o país, com 4.467 produtores rurais.

Entre os entrevistados no Estado, 51,4% não têm provedor ou o sinal da região é ruim. A insatisfação com a qualidade da conexão pode estar relacionada com o tipo de internet usada nas propriedades - 44,2% via rádio, que costumar oscilar com variações climáticas.

Outra contradição no Estado que mais utiliza o celular no campo é a aplicação das ferramentas de comunicação. Os agricultores daqui são os que mais fazem o controle das receitas e despesas no papel, com 55,3% dos entrevistados - enquanto 17,3% fazem a gestão no computador com planilhas e 4,6%, em programas para controle financeiro. (Zero Hora)
 

Nestlé acelera lançamentos e ajusta estratégia no Brasil

A Nestlé ajusta sua estratégia diante de tempos difíceis para o consumidor brasileiro. A empresa direciona investimentos para categorias em que é mais forte, acelera o ciclo de inovação e passa a buscar novos segmentos de mercado. A novidade mais recente é a comercialização de grãos de café torrados e processados em máquinas, que serão fornecidos a bares, restaurantes, lojas de conveniência, confeitarias e outros pontos de venda, como parte de uma nova linha de café espresso. O guatemalteco Juan Carlos Marroquín, presidente da operação brasileira da Nestlé desde 2012, diz que a inovação nunca foi tão necessária na indústria quanto agora, quando o país atravessa a pior crise de sua história. "Em tempos de bonança, a Nestlé não faria em tão pouco tempo o desenvolvimento de uma nova categoria de café para uso profissional", afirmou o executivo ao Valor durante evento no Museu do Café, em Santos (SP), onde apresentou a nova linha de Nescafé, com máquinas que moem os grãos na hora. 

Até então, a venda era feita por meio de misturas solúveis. Entre a definição do projeto, a escolha do grão e o desenvolvimento de tecnologia para as máquinas, a Nestlé levou menos de um ano. Marcelo Citrângulo, diretor da Nestlé Professional, diz que o projeto é exemplo da nova proposta do grupo, que quer ganhar velocidade ao responder às demandas do mercado. A Nestlé foi pioneira ao lançar o café solúvel, desenvolvido a pedido do governo brasileiro em 1938. No mundo, inaugurou o segmento de café em cápsula, com a marca Nespresso. A mudança de marcas e a tentativa do consumidor de fazer o dinheiro render em um contexto de perda de emprego e de queda de renda estão mudando a estratégia da Nestlé no Brasil, diz Marroquín. "Fizemos escolhas para direcionar os investimentos a categorias em que temos mais oportunidade de vencer. 

A inovação está mais focada e é feita mais rapidamente." A Nestlé assumiu neste mês um novo posicionamento em chocolate, com a assinatura "Pare o mundo que eu quero Nestlé", com a intenção de se aproximar do público jovem. A campanha recebeu investimento de R$ 3 milhões. Entre as marcas consideradas importantes para a companhia na América Latina estão os chocolates Kit Kat, a ração úmida Purina e o mercado de cafés, incluindo a produção de cápsulas de Nescafé Dolce Gusto. A matriz aprovou um orçamento de R$ 480 milhões no Brasil em 2017, para a melhoria operacional e tecnológica de parte de suas 31 fábricas e para a construção da segunda linha de produção dos chocolates na unidade de Caçapava (SP). Marroquín mantém a expectativa de um crescimento orgânico de 2% a 4% neste ano. 

A Nestlé investiu R$ 10 milhões na nova versão de café e espera vender 400 milhões de xícaras de espresso até 2020. Os grãos virão de Minas Gerais e serão processados na fábrica de Araras (SP). Hoje, a Nestlé atua com 15 mil máquinas em pontos comerciais, um parque construído ao longo de 10 anos, em que predominam as vendas de bebidas com leite, como cappuccinos e achocolatados. Em três anos, o plano é instalar 10 mil novas máquinas, que oferecem 4 tipos de café e 8 bebidas cremosas. A Nestlé cogita substituir parte do parque atual de máquinas de café, importadas da Itália e Suíça, mas essa não é a principal estratégia, segundo o diretor. A ideia é buscar a expansão adicionando novos estabelecimentos comerciais. Por isso, firmou parceria com a rede de docerias Sodiê e com a Coop, que vai instalar as máquinas de cafés em seus supermercados. (Valor Econômico) 

Produção/França - O crescimento da coleta de leite terá que esperar

Em maio, a captação de leite de vaca caiu 2,9% em relação a maio de 2016, na França. Uma primavera com condições climáticas anormalmente frias e depois escaldantes prejudicaram o crescimento das pastagens. Assim, a recuperação na coleta de leite terá que esperar na França, e apesar do rebanho bem ajustado, os agricultores não compensaram o déficit de pastagens com alimentos suplementares. Os recuos nas grandes bacias leiteiras foram: Grande Oeste (-0,8%); queda marcante em outras duas bacias leiteiras: Normandia (-3,7%), e Grande Leste (-3,5%). As maiores baixas observadas foram na bacia Charente-Poitou (-7,6%), Sudoeste (-7,5%), e Auvergne-Limousin (-6,2%). O leite orgânico correspondeu a 2,7% do total captado em maio de 2017.
Preço do leite padrão estável em maio
Em maio de 2017, o preço do leite padrão ficou em €318/1.000 litros em média e do leite total com bonificação € 334/1.000 litros. O preço do leite padrão aumentou € 33/1.000 litros em relação a um ano antes, e praticamente estável em quando comparado com abril de 2017. De acordo com a Eurostat, a coleta de leite europeia (UE28) subiu ligeiramente em abril em relação a abril de 2016 (+0,6%). A evolução da captação continua em queda na Alemanha (-3,2%), e na Holanda (-04,%). Em compensação, ela cresceu quase 14% na Irlanda em um ano, aumentou 4% na Polônia Reino Unido (+0,9%), e na Itália (+1,7%).

Recuo de 10% em matéria gorda
Em maio de 2017, as indústrias de produtos lácteos evoluíram de forma diferente de acordo com o produto. O acondicionamento de leite de consumo caiu 5,5% em relação a maio de 2016, enquanto a produção de iogurtes e sobremesas lácteas crescia 1,5% e de creme fresco 10,1%. Entre os principais produtores de queijos, os de queijo fresco diminuíram 7,3%, em maio de 2017 em relação a um ano antes, enquanto a produção de queijos cremosos aumentava 11,6%, e os de massa mole 5,6%. A produção de queijo de massa prensada não cozida e massa prensada cozida recuaram 2,1% e 2,4%, respectivamente, na mesma base de comparação. Já a indústria de queijos de massa filada cresceu 5,5%. Entre os produtos industriais, a fabricação de matéria gorda recuou 10,1% bem como a secagem de pó que também caiu 10,2% em relação a um ano antes. A fabricação de leitelho em pó caiu 5,1%, contrastando com a secagem de soro de leite que aumentou 5,7%, em relação a maio de 2016. (Mon Cultivar - Tradução Livre: Terra Viva)

Jovens tratam da sucessão
A Cooperativa Santa Clara promove hoje, em Carlos Barbosa, seu 2˚ Encontro de Jovens, com foco na sucessão familiar e uso de tecnologias. O presidente da cooperativa, Rogério Bruno Sauthier, diz que é preciso criar espaços para debater os motivos de o jovem deixar a propriedade rural e para incentivá-lo a permanecer no campo. A ênfase da programação será no papel do jovem na propriedade e nas tecnologias que influenciarão a agricultura. (Correio do Povo)

 

Porto Alegre, 25 de julho de 2017                                              Ano 11- N° 2.548

 

Custo cai, mas não alivia produtor

O custo de produção do leite caiu 3,28% no Estado durante os quatro primeiros meses do ano, segundo o Cepea/Esalq. Os produtores avaliam que a redução não foi suficiente para ajudá-los porque os preços de venda na entressafra não subiram como nos anos anteriores. "A perspectiva não é das melhores; neste ano as pastagens de inverno não estão com a qualidade esperada", comenta o assessor de política agrícola da Fetag, Márcio Langer Para o técnico em pecuária leiteira da Emater/RS em Bagé, Fábio Schlick, minimizar o prejuízo com a entressafra atípica vai depender de quanto o agricultor irá conseguir melhorar sua produção dos próximos meses.

"Se tiver à sua disposição uma boa quantidade de forragens, a retirada do milho e do farelo de soja vai fazer diferença significativa nos custos", afirma. "Quem entregar maior volume é que conseguirá liquidez." (Correio do Povo)

O sabor afeta a escolha do consumidor por bebidas não lácteas

Consumo/EUA - Nos últimos anos, as vendas de leite fluido no varejo caíram significativamente, fazendo com que o consumo per capita retraísse 830 ml desde 1975. Entre 2011 e 2014, as vendas de leite fluido caíram 3,8%, enquanto que as vendas de bebidas não-lácteas, cresceram 30% entre 2010 e 2015.  Para entender mais sobre o que afeta a decisão do consumidor em relação ao consumo de leite, pesquisadores da Universidade do Estado da Carolina do Norte utilizaram diversos tipos de análises para descobrir quais valores subjacentes o consumidor utiliza para optar pelo leite ou bebida não láctea. O resultado foi o mesmo para os dois produtos: benefícios à saúde e sabor. Nenhum trabalho anterior estudou o que sustenta a opção do consumidor e como suas atitudes influenciam na compra do leite. 

Para avaliar isso, uma pesquisa utilizou 999 compradores entre 25 e 70 anos de idade, sendo 78% mulheres e 22% homens. Eles afirmaram que compram leite, e bebida não láctea, ou ambos, pelo menos duas a três vezes por mês. A maioria dos consumidores pesquisados não seguiam nenhuma dieta (87,8%), e afirmaram não ter intolerância à lactose (88,4%). Vinte e sete por cento dos consumidores compraram uma ou as duas bebidas mais de uma vez por semana, 47% compraram uma ou as duas bebidas uma vez por semana, e 25% entre duas ou três vezes por mês. Os consumidores mostraram preocupação com a gordura do leite, enquanto que a preocupação com as bebidas não lácteas é o açúcar. Os consumidores de leite disseram preferir o produto com 2% ou 1% de gordura, e perto de 70% das vendas em 2014 foram de leite desnatado ou semidesnatado. 

Os consumidores de bebidas não lácteas preferiam aquelas de origem vegetal adoçadas naturalmente, e sem a adição de açúcar. Entre as bebidas não lácteas, as feitas com amêndoas representaram 65% das vendas em 2014. A proteína foi uma opção universal. Os níveis de proteínas eram fundamentais para escolher tanto o leite como a bebida não láctea. "Detectamos que os consumidores escolhem o leite com base no hábito ou porque gostam do sabor. Leite com sabores atraentes podem convencer um bebedor de não lácteo a consumir leite. Da mesma forma, o leite sem lactose ou o leite procedente de vacas que são alimentadas com pastagens são diferenciais importantes na escolha", disse Kara McCarthy, que coordenou o estudo. "Focar na educação do consumidor estabelecendo uma confiança, bem como no teor nutricional, boas práticas de produção na fazenda, e bem estar animal, pode atrair o consumidor para o leite fluido". Com os dados deste estudo, junto com os critérios de avaliação dos consumidores de leite e bebidas não lácteas, a indústria de laticínios pode se posicionar mais efetivamente no mercado e colocar o leite em destaque, além de dissipar equívocos. ((The Dairy Site - Tradução Livre: Terra Viva)

 Leite pode proteger organismo da ação de metais pesados 

Leite não é panaceia para qualquer intoxicação, como muitos acreditam. Mas é verda¬de que o alimento ajuda a pro¬teger o organismo humano da ação de metais pesados, como o chumbo. E tudo se deve ao cálcio, mineral abundante no leite e seus derivados, capaz de competir com o chumbo no or¬ganismo e fazer com que o me¬tal tóxico seja eliminado com mais facilidade. 

O poder neutralizador de nutrientes já presentes na die¬ta sobre compostos tóxicos já é conhecido. Quanto ao chumbo, diversos estudos apontam para uma possível ação protetora do cálcio. Mas agora, grupo de pes¬quisadores de Universidade de São Paulo (USP), Unifesp e Uni¬versidade Federal do ABC su¬gerem que a ingestão de leite e produtos lácteos pode diminuir concentrações de chumbo em trabalhadores cronicamente ex¬postos ao metal. 

Ao contrário de estudos an¬teriores, feitos com animais de laboratório ou populações ex¬postas ambientalmente a bai¬xas concentrações do metal, desta vez foram avaliados 237 funcionários de indústrias pro¬dutoras de baterias automoti¬vas brasileiras.  Conta Willian Robert Go¬mes, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Pre¬to (Fcfrp) da USP e responsável pela pesquisa, que estes indiví¬duos são "expostos ao chumbo por períodos longos, já que al¬guns passam anos trabalhando com o metal". Mesmo com resultados po¬sitivos de uma simples dieta na redução dos males provocados pelo metal, o pesquisador afir¬ma que a segurança de traba¬lhadores expostos ao chumbo só pode e deve ser garantida por meio do uso de equipamentos de proteção adequados - como luvas e máscaras - e da rigorosa observação das diretrizes legais. 

Gomes é pesquisador do programa de pós-graduação em toxicologia da Fcfrp. Reali¬za seus estudos nos laboratórios do professor Fernando Barbosa Júnior, com orientação do pro¬fessor Gustavo Rafael Mazzaron Barcelos, da Unifesp da Baixada Santista. Os principais resulta¬dos da pesquisa com funcioná¬rios de fábricas de baterias auto¬motivas estão em edição recente da revista Biological Trace Ele¬ment Research. Também participaram do estudo as pesquisadoras Paula Picoli Devóz, da Fcfrp; Marília Ladeira Araujo, da Faculdade de Medicina da USP e Bruno Le¬mos Batista, da Universidade Federal do ABC. (Jornal do Comércio)

Batavo lança novo formato de iogurte com frutas

Cremoso e versátil, o novo Batavo Pedaços traz a combinação do iogurte Batavo com pedaços de frutas de verdade em um formato mais prático de embalagem 100g, com apenas 100 calorias por unidade. A novidade carrega a nutrição e o sabor de um iogurte integral com pedaços de morango, coco, pêssego ou abacaxi, unindo todas as características nutricionais do iogurte com dez vezes mais pedaços frutas. Saboroso e nutritivo, tem a quantidade de energia equilibrada para compor um lanche entre as principais refeições do dia, sendo uma excelente opção de snack balanceado.

Pronto para ser consumido em qualquer lugar e a qualquer momento do dia, Batavo Pedaços 100g reforça a tradição da marca por prezar por qualidade e sabor para os seus consumidores. O Iogurte Batavo Pedaços tem como matéria-prima leite em toda sua integridade, que contém cálcio e proteínas de elevado valor nutricional, além de uma combinação única de nutrientes e compostos que se relacionam aos benefícios do consumo habitual de lácteos.

Lançada pela primeira vez em 2012, a linha Batavo Pedaços possui a maior variedade de sabores do segmento no país e traz o melhor do iogurte, como feito nos bons tempos, reforçando a tradição da marca na categoria e a liderança no segmento de pedaços. A marca sustenta investimentos constantes em inovação de novos sabores e embalagens, portanto a nova versão de iogurte, com 100g, complementa os formatos 170g (versão individual) e 500g (versão família, mais econômica).

Para Daniel Assef, Diretor de Marketing e Trade da Lactalis, a embalagem 100g amplia o portfólio e proporciona mais variedade ao segmento. "Já oferecíamos outras duas versões bastante consumidas dessa linha e, agora com a apresentação do Batavo Pedaços 100g com desembolso unitário menor, temos a meta de ampliar o consumo do iogurte para mais pessoas que desejam incorporar mais opções de lácteos na dieta mais de uma vez ao dia, de forma equilibrada, e tudo isso com muito sabor. A vantagem prática disso é oferecer o benefício da elevada densidade nutricional junto com o verdadeiro sabor das frutas, com menor desembolso, tudo em uma só composição". (Assessoria de Imprensa Batavo)

 

Produtores adotam práticas para melhorar a qualidade do leite no Rio Grande do Sul
Qualidade/RS - O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de leite do país, ficando atrás apenas de Minas Gerais. Durante a ordenha, e mesmo antes, algumas práticas podem ser adotadas para melhorar a qualidade do produto. O produtor de leite Cristiano Didoné tem 125 vacas em lactação em uma propriedade de Ijuí, na Região Noroeste do estado. O trabalho para melhorar a qualidade do leite na produção começa no confinamento dos animais. "Aqui é uma cama coletiva. Uma cama toda de serragem e maravalha [aparas de madeira], onde as vacas tem muito conforto, por isso elas conseguem expressar tanto produtividade como qualidade do leite", explica o produtor. Assista Vídeo (G1/RS)
 

 

 

Porto Alegre, 24 de julho de 2017                                              Ano 11- N° 2.547

 

  Sindilat participa do 1º Workshop Nuplac

Com o intuito de estreitar as relações da pecuária com a tecnologia, o Núcleo de Pesquisa em Pecuária Leiteira e Comportamento Animal (Nuplac) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) está organizando o 1º Workshop Nuplac - Formulação de Dietas para Bovinos de Leite. O evento ocorrerá no dia 8 de setembro, na Faculdade de Agronomia da UFRGS, das 8h às 17h30min. A programação está dividida em módulos teóricos e práticos, ministrados pela professora Vivian Fischer (Ufrgs), que vai abordar os nutrientes do leites e as diferenças de cada dieta para os animais, e o professor brasileiro Phil Cardoso, que atua na University Of Illinois, nos Estados Unidos (EUA), que será responsável pela parte prática. Na ocasião, o Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat) estará promovendo dois milk-breaks com queijos e bebidas lácteas que serão oferecidos pela manhã e à tarde.

Segundo Vivian, o workshop pretende reforçar a importância de oferecer aos animais uma dieta que seja eficiente e dê retorno financeiro. Além disso, os participantes aprenderão a usar os programas Spartan e NRC, específicos para as funções pecuárias. "Cada aluno terá o seu computador para formular a sua própria dieta. É muito importante que os técnicos saibam usar a ferramenta correta", diz, destacando que 50% dos custos de uma propriedade leiteira são destinados à alimentação. 

Serão 25 vagas para o workshop. O valor da inscrição até 11 de agosto é R$ 300 e após R$400. As inscrições serão feitas pelo site: www.workshopnuplac.com. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Grãos devem alcançar 288,2 milhões de toneladas no Brasil em 10 anos

A produção brasileira de grãos deverá chegar a 288,2 milhões de toneladas nos próximos 10 anos, um acréscimo de 51 milhões de toneladas em relação à atual safra (2016/2017), de 237,2 milhões, o que representa um incremento de 21,5%. Milho e soja continuarão puxando a expansão dos grãos até 2026/2027. A previsão de crescimento da área plantada de todas as lavouras (grãos e culturas permanentes) é de 13,5%, saindo de 74 milhões de hectares para 84 milhões de hectares. Já área de grãos deve aumentar 17,3% neste período. As estimativas fazem parte do estudo de projeção da produção agropecuária brasileira para a próxima década, divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Mapa). A pesquisa envolve 29 produtos, como grãos, carnes (bovina, suína e aves), leite, frutas, fumo, celulose, papel e outros. De acordo com o coordenador-geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, José Garcia Gasques, o crescimento da produção agrícola no Brasil continuará sendo impulsionado pela produtividade no campo, pelo aumento do consumo do mercado interno e pela expansão das exportações. O crescimento com base na produtividade deverá ocorrer nas novas regiões agrícolas do Brasil, no Norte e no Centro-Nordeste. 

O estudo, segundo Gasques, aponta que os investimentos em infraestrutura e logística nessas regiões têm dado segurança para o novo cenário agropecuário. Os produtos mais dinâmicos do agronegócio brasileiro deverão ser algodão em pluma, milho, carne suína, carne de frango, soja grão. Entre as frutas, os destaques são manga, uva e melão. A expansão de 13,5% na área plantada de lavouras no País está concentrada em soja (9,3 milhões de hectares), cana-de-açúcar ( 1,9 milhão) e milho ( 1,3 milhão). Entretanto, segundo Gasques, algumas lavouras, como café, arroz e feijão, devem perder área, mas a redução será compensada por ganhos de produtividade. Ainda conforme a publicação, a expansão de área de soja e cana-de-açúcar deverá ocorrer pela incorporação de áreas novas, de pastagens naturais e também pela substituição de outras lavouras que deverão ceder espaço. 

A produção de carnes (bovina, suína e aves), entre 2016/2017 e 2026/2027, deverá aumentar em 7,5 milhões de toneladas, com acréscimo de 28% em relação à produção de carnes de 2016/2017. As carnes de frango (33,4%) e suína (28,6%) devem apresentar maior crescimento nos próximos anos. A produção de carne bovina deve aumentar 20,5% entre o ano base e o nal das projeções. Em 2026/2027, 40% da produção de soja serão destinados ao mercado interno. A produção de milho ( 55,5%) e de café ( 45%) também deve ser consumida internamente. "Haverá, assim, dupla pressão sobre o aumento da produção nacional, devida ao crescimento do mercado interno e das exportações do País", observa Gasques. (Jornal do Comércio)

No radar

É esperada para os próximos dias a regulamentação da lei nº 15.007, sancionada pelo governador do Estado, que reduz o valor das multas aplicadas a produtores rurais em razão de questões sanitárias até 30 de junho deste ano. (Zero Hora)

Mais graúda

Com avanço da produtividade, aumento no consumo do mercado interno e expansão das exportações como adubo, a produção brasileira de grãos deve crescer 51 milhões de toneladas nos próximos 10 anos. É o que mostra estudo de projeção da produção agropecuária brasileira para a próxima década, divulgado pelo Ministério da Agricultura e pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O levantamento envolve um total de 29 produtos como grãos, carnes (bovina, suína e aves), leite, frutas, fumo, celulose e papel.

Milho e soja continuarão sendo os grandes destaques. Em área cultivada, por exemplo, a oleaginosa deverá acrescentar mais 9,3 milhões de hectares no período. Esse avanço se dará sobre áreas novas, pastagens naturais e outras culturas.

O Brasil promete ultrapassar os Estados Unidos, se tornando o maior produtor mundial de soja na próxima década, segundo outro relatório, o da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). A colheita deve crescer 2,6% ao ano, acima do 1% no território americano. (Zero Hora)

R$ 2 MILHÕES
É o valor do convênio firmado com cooperativas da agricultura familiar do RS para entrega de arroz, feijão, leite e carne suína, pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Os produtos abastecerão 17 unidades prisionais de Charqueadas, Osório, Montenegro e Porto Alegre. (Zero Hora)