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Porto Alegre, 15 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.642

 

  Cooperativas da agricultura familiar vão vender leite em pó para a Conab
 
Cooperativas gaúchas da agricultura familiar assinaram nesta sexta-feira (15/12), em Porto Alegre (RS), um termo de aquisição de leite em pó, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para a distribuição na rede assistencial. A medida, formalizada em cerimônia no Palácio Piratini, foi alinhada através do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) com um investimento do governo federal de R$ 13,7 milhões para 31 cooperativas do Rio Grande do Sul. O investimento total do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) para o país foi de R$ 17 milhões. O termo de aquisição foi assinado pelo ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra, e o governador José Ivo Sartori.

A compra representa mil toneladas, o que para o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, não é o suficiente para tirar a pressão do mercado, mas simboliza um alento para os produtores. "A partir do momento que existe uma compra governamental que traz para as cooperativas um benefício e se consegue fazer a venda para o governo por um valor que seja, de fato, condizente e justo, porque foi a R$ 13,94 ao quilo, isso faz com que também se contribua para regular a questão de preços e fazer com que se possa beneficiar o produtor de forma direta", afirmou. "Não importa quem está vendendo, o importante é que se tire a pressão do mercado", frisou. 

Guerra ainda apontou que as conquistas, como a compra do leite em pó, reajuste do valor do quilo do leite em pó, abertura de linhas de crédito para comercialização e industrialização com taxas máximas de 12% a.a., é uma mostra da maneira inédita da organização do setor. "Foi uma demanda iniciada pelo Sindilat e articulada com outras entidades do Estado, como Fetag, Farsul, Famurs, IGL, Secretaria da Agricultura, SDR, Casa Civil, teve o envolvimento do próprio governador, além de diversos deputados estaduais e federais, além de entidades dos estados de SC, PR, MG e GO", pontuou.

A partir de agora, o MDS repassará o valor, com um teto de até R$ 500 mil para cada cadastrada, para a Conab efetuar o pagamento às cooperativas mediante comprovação de entrega do produto, de forma imediata. O leite em pó adquirido poderá ser incluído em cestas básicas doadas para Banco de Alimentos e Ceasas, além de entidades assistenciais, como APAEs. "O Rio Grande do Sul foi o estado que mais recebeu o investimento, o que mostra a organização das cooperativas gaúchas", afirmou o ministro Osmar Terra. Na ocasião, ele reconheceu, no entanto, que as compras não solucionam o problema de mercado e ressaltou a importância do setor para o Estado. O Rio Grande do Sul produz 4,6 bilhões de litros de leite por ano, concentra 13% da produção nacional e possui 65 mil famílias que entregam o alimento para a indústria. O secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social, Caio Rocha, também prestigiou o evento. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito: Jézica Bruno 

 

Após recuperação, preço do leite volta a cair, avalia Conseleite/SC

Os preços pagos ao produtor de Santa Catarina devem cair 1,7%, segundo o Conselho Paritário Produtor/Indústrias de Leite do Estado (Conseleite/SC). Em reunião nesta semana em Joaçaba (SC) para definir os valores de referência para o mês, o Conseleite disse que o produto entregue em dezembro a ser pago em janeiro pelos laticínios terá uma redução de quase dois centavos por litro nos valores de referência.

"No mês passado, o mercado sinalizava uma lenta recuperação nos preços pagos ao produtor rural, depois de seis meses de quedas decorrentes da redução generalizada de consumo de leite e derivados. O otimismo durou pouco", disse a entidade em nota, se referindo aos 5,2% de reajuste nos preços em novembro. 

Conforme a projeção, o leite acima do padrão deve ser negociado a R$ 1,1271/litro; leite padrão a R$ 0,9801 e abaixo do padrão a R$ 0,8910. Os valores se referem ao leite posto na propriedade com Funrural incluso. O Conseleite disse que em novembro a recuperação parcial de preço estava fundada na leve melhoria do consumo interno e na suspensão das maciças importações do Uruguai. "O recuo deste mês de dezembro decorre do excesso de produção e do baixo consumo, reflexo da queda de renda do brasileiro". Santa Catarina é o quarto produtor de leite do Brasil. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo e FAESC)

 

Preços/UE 

Os preços dos produtos lácteos caíram novamente em novembro, embora em diferentes degraus nos mercados físicos e futuros. Os preços da manteiga e do leite em pó desnatado (SMP) no mercado físico estiveram sob pressão em novembro, tanto em decorrência do aumento do nível da produção, como pela baixa atividade comercial. 

No entanto, os mercados futuros responderam discretamente ao aumento da produção. Os preços dos contratos de manteiga e SMP para março de 2018 declinaram em decorrência do alinhamento com as perspectivas de oferta sazonal mais elevada. Isso teve o efeito de reduzir o valor médio do leite (FMPE) em pouco menos de 8% em relação aos preços futuros de fevereiro de 2018. Já os mercados físicos (spot) foram impactados com maior intensidade pelo recuo da demanda. A queda nos preços da manteiga reduziu em 13% o valor médio do leite (AMPE). Após o alto valor negativo de outubro, o indicador FMP* para novembro continuaram negativos, indicando que os comerciantes esperam maior flexibilização dos preços na primavera, o que não é surpreendente, já que estará perto do pico de produção, aumentando a oferta.

 
*Desempenho do Mercado Futuro (FMP, sigla em inglês) é um indicador de mercado do AHDB Lácteos que monitora a diferença entre os preços correntes do mercado e os preços futuros negociados em contratos. O objetivo é fornecer alguma indicação da expectativa dos negócios futuros em relação à oferta e à demanda que deverá ocorrer nos próximos meses. A comparação é entre um Preço Equivalente Atual do Leite (AMPE) e o Preço Equivalente do Preço do Leite Futuro (FMPE). Ambos são cotados em Euros para anular as variações cambiais, pois não existe preços futuros em Libras. O FMPE é calculado da mesma forma que o AMPE, mas, usando os preços futuros da Bolsa de Valores Europeia de Energia e Commodities (EEX). O FMPE é calculado quatro meses antes do AMPE, pois geralmente é quando a maior parte dos negócios já foram realizados. O FMP é a relação entre o AMPE e o FMPE. Conforme mencionado, trata-se das posições comerciais, sobre a expectativa da oferta/demanda futuras. Portanto, um valor negativo indica que aqueles envolvidos no mercado futuro no mês acham que pode haver uma oferta relativamente alta e que o mercado estará focado na oferta nos próximos meses. Um resultado positivo significa que os comerciantes esperam uma oferta futura apertada, e demanda forte, fazendo com que o mercado fique mais focado na demanda.

 
FMP não é para nós quanto o preço do leite irá variar, mas, combinado com outros aspectos do mercado, pode indicar um movimento potencial, ou tendências dos preços. É também importante lembrar, até o presente, a quantidade de produtos negociados pelo mercado futuro é pequeno.

Nota:
Os preços Futuros são da EEX, indicando qual a expectativa em relação aos preços futuros, mas que estão sujeitos a mudanças constantemente. Esta página é atualizada semanalmente, segunda ou terça-feira. O comércio no mercado futuro é muito reduzido, e, portanto, esses números devem ser vistos como indicadores das tendências do mercado. O Preço Equivalente Atual do Leite (AMPE) é um indicador de mercado para o setor de produtos lácteos, estimando resultados. O valor dos indicadores de mercado é a base para identificar tendências e usá-las para fins mais precisos, tendo ciência dos limites do alcance e precisão. (AHDB - Tradução livre: Terra Viva) 

Senado aprova a negociação do Funrural
O Senado aprovou ontem o projeto de lei que trata do programa de regularização dos produtores com dívidas com o Funrural. Ficou estabelecido que quem aderir ao "Refis" do Funrural terá que quitar 2,5% do total da dívida consolidada como entrada e o restante em 176 parcelas mensais, sem incidência de multas, juros e encargos. O texto segue agora para a sanção presidencial. (Correio do Povo)

Porto Alegre, 14 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.641

 

  Embaixador do Uruguai no Brasil vai mediar maior integração entre os setores lácteos dos países

A embaixada do Uruguai no Brasil mediará tratativas para maior integração entre os países para comercialização de produtos lácteos a mercados que são de interesse comum. O encaminhamento ocorreu durante reunião entre representantes do setor e o embaixador do Uruguai no Brasil, Gustavo Vanerio, nesta quinta-feira (14/12), em Brasília. 

O secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, participou do encontro, que foi mediado pelo deputado Covatti Filho e também contou com representantes da CNA, OCB, Fetag, Contag, G100 e Viva Lácteos. Segundo Palharini, o embaixador se comprometeu de encaminhar o pleito para Montevidéu. 

Outra pauta comum é um acordo com a União Europeia, que quer definir com o Mercosul a identificação geográfica de cada produto, medida que implicaria na mudança de nomenclatura de alguns queijos, como o parmesão e gruyère. "Há um consenso entre Brasil e Uruguai de que isto não pode ser acordado porque prejudicaria o setor nos dois países", pontua Palharini. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Crédito: Roberto Soso

Uruguai -A cada dia somos mais caros e menos competitivos

O presidente da Sociedade de Produtores de Leite de Florida, Horacio Rodríguez, disse que o setor continua reclamando a criação de um fundo de garantia para atender à demanda dos produtores de leite endividados, mas também para todo o setor rural. Também comentou que com o aumento de impostos que começará a vigorar em janeiro, a situação irá se agravar. "Cada dia somos mais caros e menos competitivos", disse.

"Nós, os produtores de leite, estamos extremamente preocupados. Faz mais de dois anos que estamos trabalhando para a criação do fundo", disse Rodríguez. Em declarações ao jornal local El Heraldo o produtor e sindicalista acrescentou que a elevação de tarifas nos preocupa" porque cada vez que existe aumento desse tipo "o setor perde competitividade". A situação "é mais grave" para a produção de leite.

"Com a Federação Rural está sendo realizado um trabalho e na quarta-feira (hoje) será realizada uma reunião com a Federação no Parlamento para ver se podemos conseguir algo, não somente para os produtores, mas, para todo o país. Cada dia que passa somos mais caros e menos competitivos", lamentou.

Fundo de Garantia
Rodríguez lembrou que o Ministério da Pecuária "apresentou uma nova lei sobre a criação de um fundo de US$ 30 milhões, um fundo de garantia para trabalhar com o tema endividamento, para que os produtores endividados possam usá-lo, porque irá melhorar as garantias e haverá prolongamento da dívida de dois, para oito anos. Estamos de acordo com o projeto, ainda que precise de algumas mudanças, e foi o que as entidades do setor lácteos fizeram. Na semana passada estivemos na Comissão de Pecuária do Parlamento com uma demanda muito importante, e mencionamos a injustiça desse projeto porque está contemplando todos os produtores endividados, mas, os produtores que por distintas razões, seja porque venderam o capital, ou não quiseram se endividar, não serão contemplados. Nossa proposta é que estes últimos também sejam atendidos nesse fundo de garantia", concluiu. (TodoElCampo - Tradução livre: Terra Viva)

Peru: produção nacional fornecerá 100% do consumo interno de leite

A produção nacional de leite do Peru fornecerá 100% do consumo interno do país. Isso graças ao Plano Nacional de Desenvolvimento da Pecuária que vem executando suas especificações, por meio da Direção Geral de Pecuária (DGGA). A Comissão Agrária do Legislativo, informou que - se este ano a produção de leite for de 1,9 milhões de toneladas - até 2021, ela aumentará para 2,7 milhões, chegando a 4,4 milhões de toneladas até 2027.

"Com este plano, buscamos converter o Peru em um país com uma produção pecuária próspera, competitiva e inserida no mercado nacional e internacional. Nossa produção de leite será capaz de abastecer adequadamente o mercado interno", enfatizou o ministro. Ele destacou que, para alcançar esse objetivo, vem sendo trabalhado a associatividade e o treinamento de produtores pecuários por meio da Serviagro, bem como, a expansão das forragens e implementação do plano de pastagens cultivadas com alfafa, o que triplicará o número de gado nas áreas altas andinas.

"Para isso, trabalhamos em coordenação com os governos locais e assinamos 239 acordos. Estamos empenhados em alcançar o desenvolvimento de uma pecuária sustentável", disse Hernandez.

Ele acrescentou que - até o fim de 2017 - o objetivo é instalar 25.500 hectares de pastagens cultivadas, enquanto em 2021 esse número aumentará para 150 mil hectares, beneficiando 187.500 famílias produtoras de gado em 21 departamentos do país. "Desta forma, ele enfatizou, será possível conseguir até 2027 uma vaca que produza 9,8 litros de leite por dia. A média atual é de 6 litros".

Ele também anunciou que o Plano Nacional de Desenvolvimento da Pecuária 2017-2027 planeja instalar cinco novas usinas de processamento nas regiões de Lima, La Libertad, Arequipa, Puno e Cajamarca, para as quais serão destinados 10 milhões de soles (US$ 3,08 milhões). A isso se adiciona o investimento de 5 milhões de soles (US$ 1,54 milhão), para a melhoria das 25 fábricas de produtos lácteos que operam em nove regiões do país, mas não em todas as suas capacidades.

Essas ações, segundo ele, resultarão em maiores rendimentos para famílias rurais. Durante seu discurso no Parlamento, ele finalmente esclareceu que o objetivo do governo é promover a produção de leite e produtos lácteos, atender a demanda doméstica e depois disso, também olhar para o mercado internacional. 

Em 11/12/17 - 1 Novo Sol Peruano = US$ 0,30862
3,23088 Novo Sol Peruano = US$ 1 (Fonte: Oanda.com) 
(As informações são do DiarioaHora.pe, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Fonterra reduz previsão do preço do leite

A volatilidade do mercado de lácteos levou a Fonterra a reduzir sua previsão de pagamento para a estação de 2017-18 em 35 centavos (24,26 centavos de dólar), para NZ$ 6,40 (US$ 4,43) por quilo de sólidos do leite - equivalente a NZ$ 0,53 (US$ 0,36) por quilo de leite. Supondo que o preço do leite revisado se mantenha, essa redução equivale a uma perda de renda de NZ$ 647,8 milhões (US$ 449,13 milhões), de acordo com dados de produção da DairyNZ, de 1,85 bilhão de quilos coletados para estação de 2016-17. 

Para o produtor médio ordenhando 414 vacas e produzindo 381 quilos por cabeça, a nova previsão significa que eles podem perder em NZ$ 55.206 (US$ 38.275) de renda não recebida. O presidente da Fonterra, John Wilson, disse que a previsão reduzida refletiu uma abordagem prudente da volatilidade, com o preço na GlobalDairyTrade do leite em pó integral caindo em quase 10% desde 1 de agosto. "Embora o resultado da arbitragem com a Danone tenha afetado nossa orientação de ganhos para a estação, isso não influenciou na nossa previsão de preço do leite ao produtor", disse Wilson.

"O que está impulsionando esta previsão é que, apesar de a demanda por produtos lácteos permanecer forte, particularmente na China, outras partes da Ásia e da América Latina, estamos vendo uma produção sólida da Europa e contínuos altos níveis de estoque de intervenção de leite em pó desnatado da UE". Wilson disse que a pressão de baixa foi compensada em parte pela menor taxa de câmbio do dólar da Nova Zelândia com relação ao dólar dos Estados Unidos. A forte posição financeira da cooperativa, os bons pedidos dos clientes e a demanda dinâmica permitiram que a empresa aumentasse os pagamentos aos produtores em janeiro em 10 centavos (6,93 centavos de dólar)/kg. O plano é manter a taxa de adiantamento até maio.

Os produtores receberão pagamentos iguais ou superiores por seu leite durante esse período do que os previstos no preço anterior do leite de NZ$ 6,75 (US$ 4,67) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,56 (US$ 0,38) por quilo de leite]. Este corte virá através dos pagamentos retrospectivos pagos aos produtores de junho a outubro na estação de 2018-19 em vez de nos próximos meses, devido à sua taxa de adiantamento. Como resultado de "condições climáticas desafiadoras", a cooperativa reduziu sua captação de leite em 1%, para 1,525 bilhão de quilogramas. Este é o mesmo volume da estação passada. Chris Lewis, presidente de lácteos da Federated Farmers, disse que a revisão foi decepcionante, mas não foi surpresa para os produtores.

A menor previsão de pagamento foi a segunda semana de más notícias para os produtores da Fonterra após a decisão da cooperativa de cortar 10 centavos (centavos de dólar) de seu dividendo após a decisão da arbitragem com a Danone, disse ele.

Do lado positivo, manter a taxa de adiantamento seria bem-vindo, pois os produtores enfrentam um "duplo golpe" do tempo seco previsto e o corte para a previsão do preço do leite. Lewis previu uma desaceleração na produção de leite, à medida que o clima seco se instala. "Tenho certeza de que compradores estrangeiros descobrirão que menos chuva significa menos pastagem, o que significa menos produção". Isso poderia ver uma recuperação na previsão mais tarde na estação se a demanda ultrapassasse a oferta. Embora isso possa ser compensado pela forte produção da União Europeia (UE), esses países produziram diferentes produtos lácteos para a Nova Zelândia, disse ele.

A Open Country Dairy, a segunda maior empresa de lácteos do país, também revisou sua previsão. Os fornecedores foram informados em uma carta enviada no final de novembro de que seu pagamento seria de cerca de NZ$ 6,40 (US$ 4,43) por quilo de sólidos do leite - equivalente a NZ$ 0,53 (US$ 0,36) por quilo de leite.

O economista rural sênior da ASB, Nathan Penny, disse que a nova previsão dividiu a diferença entre um consenso de mercado informal de NZ$ 6,33 (US$ 4,38) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,56 (US$ 0,38) por quilo de leite] e a previsão do banco de NZ$ 6,50 (US$ 4,50) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,56 (US$ 0,38) por quilo de leite].

Embora a Fonterra tenha errado no lado da conservação em sua previsão revisada, Penny disse que estava mais otimista e manteve sua previsão. "O clima seco da Nova Zelândia tem potencial para aumentar a pressão sobre os preços dos produtos lácteos. Na verdade, a Fonterra também reduziu sua previsão de produção 2017-18 para 2016-17, de 1% de aumento anteriormente. Da mesma forma, a demanda global é firme e a escassez global de manteiga continua. O principal fator de compensação é a produção robusta da UE". 

O economista-chefe da Westpac, Dominick Stephens, disse ter visto algum risco de alta para a previsão do banco de NZ$ 6,20 (US$ 4,29) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,56 (US$ 0,38) por quilo de leite] devido ao último leilão GDT e clima cada vez mais seco.  Stephens destacou que não preveriam o clima de verão ainda, mas se permanecer seco, aumentará sua própria previsão. Ele também estava preocupado com uma potencial desaceleração na economia da China no próximo ano devido às restrições ao crescimento do crédito. "Isso poderia afetar o mercado imobiliário. A última vez que aconteceu em 2015 levou a uma recessão nos preços dos produtos lácteos na Nova Zelândia".

Fonterra anuncia atualização financeira
A Fonterra também anunciou as receitas no primeiro trimestre, de NZ$ 4 bilhões (US$ 2,77 bilhões), 4% acima no mesmo período do ano passado. O diretor executivo da Fonterra, Theo Spierings, disse que os resultados foram esperados. A empresa iniciou o ano com um baixo estoque seguido por um segundo ano de baixas captações de leite na primavera por causa do tempo úmido.

"Isso desafiou nosso negócio de ingredientes, o qual tínhamos volumes mais baixos para vender. Como resultado, as vendas caíram em 19, para 3,6 bilhões de LMEs (equivalentes de leite líquido) em relação ao mesmo período do ano passado". O LME é uma medida da quantidade de leite em litros atribuída a cada produto que a Fonterra faz. Baseia-se na quantidade de gordura e proteína no produto em relação à quantidade de gordura e proteína encontrada no leite cru.

Spierings disse que as empresas de serviços aos clientes e de alimentos da Fonterra tiveram fortes volumes de vendas em seus mercados chinês e asiático, com queda de 3%, para 1,3 bilhão de LME no volume total, em comparação com os níveis recordes do mesmo período do ano passado. Ele esperava que o desempenho financeiro da Fonterra fosse ponderado para o segundo semestre do ano e continua confiante nas previsões do ano inteiro após revisões depois do anúncio da Danone. 

Em 13/12/17 - 1 Dólar Neozelandês = US$ 0,69332 
1,44198 Dólar Neozelandês = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do NZFarmer.co.nz, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Pesquisa Trimestral do Leite 
Já estão disponíveis no SIDRA os dados da pesquisa conjuntural Pesquisa Trimestral do Leite - 3º trimestre 2017. CLIQUE AQUI para acessar. (IBGE).

Porto Alegre, 13 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.640

 

  Preços/Uruguai

O preço da tonelada de leite em pó exportado pelas indústrias de laticínios uruguaias subiu 29% em um ano. Com a cotação média de US$ 3.041 a tonelada, segundo dados estatísticos do Instituto Nacional do Leite (Inale). A análise toma como base novembro de 2016 e o mesmo mês de 2017.

Durante o ano o aumento foi de 25% para a tonelada de manteiga, 5% o leite em pó integral e 3% a tonelada de queijo, enquanto que no caso do leite em pó desnatado houve queda de 22%. Tudo isto repercutiu no faturamento total até novembro, que subiu apenas 4%. O leite em pó integral, no acumulado até novembro faturou US$ 315.926.000; o leite em pó desnatado: US$ 34.194.000; queijos: US$ 120.423.000; e manteiga: US$ 45.544.000. O total faturado com lácteos foi US$ 547.775.000, segundo os dados do Inale.

Medido em toneladas foram embarcadas no ano 98.526 toneladas de leite em pó integral; 11.845 toneladas de leite em pó desnatado; 29.558 toneladas de queijos; e 8.852 toneladas de manteiga. No acumulado até novembro de 2017 todas as vendas de todos os produtos caíram, com a maior queda registrada no leite em pó desnatado (27%), seguido pela manteiga (22%), o leite em pó integral (18%) e os queijos (14%).

Preços
O preço médio da tonelada de leite em pó integral foi de US$ 3.041; do leite em pó desnatado: US$ 2.586; dos queijos: US$ 4.064; e manteiga: US$ 5.836. Segundo os dados do Inale, em relação a dezembro do ano passado os preços que registraram melhoras foram: manteiga, queijo, e leite em pó integral. Em sentido contrário, caminharam os preços do leite em pó desnatado.
Ao comparar os preços médios recebidos pelos produtos exportados no acumulado até novembro de 2017 em relação a igual período de 2016, houve aumento de todos os produtos, na seguinte ordem: manteiga (+60%); leite em pó integral (+29%); queijos (+20%); e leite em pó desnatado (+8%).

Analisando os valores registrados no mês de novembro com os do mês anterior, o único produto que teve aumento de preço foi a manteiga, enquanto caíram as cotações de leite em pó (desnatado e integral) e dos queijos.

No mês de novembro de 2017 os preços dos queijos exportados pelas indústrias lácteas uruguaias caíram 3% em relação a outubro, ficando na média de US$ 4.064 a tonelada. Os mesmos produtos exportados pela Oceania sofreram queda de 2%, e foram vendidos a US$ 4.044 a tonelada.

Seguindo a mesma análise em relação ao leite em pó integral, no caso do Uruguai o valor foi mantido o de outubro de 2017, que teve a média de US$ 3.041 a tonelada. O mesmo produto exportado pela Oceania foi cotado a US$ 2.856 a tonelada e a Europa vendeu a US$ 3.188 a tonelada. 

Ao nível produtivo, o endividamento prossegue, mas, as fazendas continuam produzindo à espera de maiores recuperações de preços que permitam compensar a elevação dos custos de produção e fazer frente a dívidas contraídas, tanto com as instituições bancárias como com os fornecedores. (El País - Tradução Livre: Terra Viva)

RS: Água Santa realiza Seminário Regional do Leite, destaca Emater

Ações e perspectivas ligadas ao setor leiteiro pautaram a programação do Seminário Regional do Leite, realizado nesta terça-feira (12), no município de Água Santa. A promoção foi da Prefeitura, Coasa e Unibon, com apoio da Emater/RS-Ascar e demais entidades e empresas. O evento, que reuniu mais de 400 pessoas, também marca as comemorações de 30 anos de emancipação político-administrativa de Água Santa. O local foi o Ginásio Poliespertivo Aldini Virgílio Coser, onde empresas e empreendimentos fizeram uma exposição.

O assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, Vilmar Fruscalso, foi um dos palestrantes e trouxe o tema Leite como negócio. Ele abordou algumas características importantes para que o produtor tenha sucesso no negócio, como por exemplo vocação e busca pelo conhecimento. Ele ressaltou ainda o que chama de autorresponsabilidade. O produtor deve fugir da busca pelo culpado, independentemente do mercado. Ou seja, ele deve agir da porteira para dentro, fazer planejamento e gestão para que o negócio dê certo, disse.

O gerente regional da Emater/RS-Ascar de Passo Fundo, Oriberto Adami, destacou a importância do evento como palco para discussão técnica, que traz informações de qualidade aos produtores. Estamos comprometidos com esse modelo de evento, somos parceiros, pois entendemos que contribuem com o nosso foco por busca de resultados, com melhoria da qualidade de vida e geração de renda para o meio rural, falou.

Para o prefeito Jacir Miorando, o evento demonstra a importância da atividade para o município. Água Santa está de parabéns, estamos como 3º município do Estado no Idese (Índice de Desenvolvimento Socioeconômico), frisou, dando mérito a todos os envolvidos, resultado de uma comunidade unida e empreendedora, avalia.

Durante a manhã ainda teve palestra com o médico veterinário Ricardo Xavier de Rocha, com o tema Vem chegando o verão: o que fazer com minhas vacas; e outra com o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, sobre o cenário atual do leite e o que esperar para 2018. Na parte da tarde, o engenheiro agrônomo Murilo Damé Pachoal falou sobre desafios e soluções na sucessão de empresas rurais familiares. (Fonte: Emater/RS)

 

Acordo UE-Mercosul

A assinatura do acordo entre a União Europeia e o Mercado Comum do Sul (Mercosul), que vem sendo negociado há quase 20 anos, foi adiada, nesta terça-feira (12), para o início do próximo ano. Até ontem, a ideia dos dois blocos era anunciá-lo em Buenos Aires, no encerramento da 11ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), na quarta-feira (13) ou, no mais tardar, no dia 21 de dezembro, em Brasília. 

O objetivo, segundo os negociadores, era dar uma sinalização aos 164 países-membros da OMC de que os dois blocos regionais estão comprometidos com a liberalização do comércio, em um momento de ressurgimento do protecionismo em todo o mundo. Ontem, os ministros das Relações Exteriores da Argentina, Jorge Faurie, e do Brasil, Aloysio Nunes, afirmaram que tudo estava sendo feito para fechar "o mais rapidamente possível" o acordo politico - primeiro passo para a implementação de medidas, reduzindo as barreiras comerciais entre os 28 países da UE e os quatro do Mercosul, integrado também pelo Paraguai e Uruguai.

Resposta europeia
Os blocos europeu e sul-americano já haviam colocado as suas ofertas na mesa. Na reunião desta terça-feira, o Mercosul deu mais um passo, ao mostrar à UE até onde poderia chegar, se o outro lado fizesse determinadas concessões. Apesar de a proposta ter sido bem acolhida, os negociadores europeus disseram que ainda não estavam prontos para dar uma resposta porque precisam de tempo para convencer o setor agrícola - que tem um peso político importante na Europa e resiste a qualquer abertura de seu mercado para produtos externos.

Segundo fontes próximas aos negociadores, a assinatura do acordo deve ocorrer no início de 2018, mas não há data marcada. A diferença agora, explicam, é que os dois lados realmente querem liberalizar o comércio entre os blocos. De acordo com essas fontes, as negociações entre Mercosul e União Europeia foram lançadas nos anos 1990 como alternativa à Alca, um projeto dos Estados Unidos de integrar as economias das Américas que fracassou. Quando a Alca deixou de existir, as negociações entre UE e Mercosul foram paralisadas e só foram retomadas em 2010.

O acordo entre Mercosul e UE afetaria 90% do comércio entre os dois blocos. Essa etapa final das negociações coincide com uma mudança na política dos Estados Unidos. Desde a sua posse, ha quase um ano, o presidente Donald Trump, há quase um ano, tem deixado claro que prefere negociações bilaterais às multilaterais, e que sua prioridade é defender os interesses norte-americanos. (Agência Brasil)

Oscar" do varejo gaúcho reconhece qualidade da Languiru

A Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL-RS) proporcionou uma noite que não será esquecida tão cedo por personalidades e empresas do Estado. No dia 07 de dezembro, a entidade reconheceu a excelência do trabalho desenvolvido por lideranças e organizações do varejo gaúcho, tendo por local o Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre.

O Prêmio Mérito Lojista foi entregue para 34 empresas agraciadas nas categorias de Alimentos, Bazar, Bebidas, Calçados, Churrascaria, Comunicação, Equipamentos, Higiene Pessoal, Material de Limpeza, Móveis, Papelaria e Serviços. Nesse seleto grupo de premiados, a Cooperativa Languiru recebeu o prêmio de cooperativa mais lembrada na Categoria Alimentos, evidenciando toda a confiança que conquistou no mercado gaúcho. A premiação foi recebida pelo presidente Dirceu Bayer, que esteve acompanhado do vice-presidente Renato Kreimeier, do diretor-administrativo Euclides Andrade, do gerente de negócios Fabiano Leonhardt, da contadora Carla Fabiana Gregory, do gerente de vendas Airton José Prediger, do gerente de varejo Robson Luís Souza e do gerente de supermercados Vitor Claus Dahmer. 

Na cerimônia, também foi entregue o prêmio QComércio nas categorias Bronze, Prata, Ouro e Safira. Da mesma forma, foi entregue a condecoração Personalidade Mérito 2017 para os destaques Empresa Varejista, Comunicação, Jurídica, Dirigente Empresarial, Parlamentar, Empreendedor, Gestão Pública, Gestão Esportiva e Educandário.

Considerado o "Oscar" do varejo gaúcho, o Prêmio Mérito Lojista também foi prestigiado pelo governador do Estado, José Ivo Sartori. Outro ponto que marcou o evento foi o brinde especial à celebração dos 45 anos da FCDL-RS. (Assessoria de Imprensa Languiru)

Leite/EUA 
As Estimativas de Oferta e Demanda do USDA reduziu a previsão da produção de leite para 2017. A tendência deve continuar em 2018. A previsão de produção de leite caiu em decorrência do crescimento menor da produtividade animal. O lento crescimento da produção de leite por animal continuará em 2018, e combinado com a expectativa de baixas taxas de aumento do rebanho, a produção de leite para 2018 é prevista para ser menor. Já as projeções para importação e exportação com base na matéria gorda, em 2017 e 2018 continuam inalteradas, em relação às previsões realizadas no mês passado. Os preços para queijo, manteiga e leite seco desengordurado (NDM) devem cair em 2017, acompanhando a atual fraqueza do mercado, com a demanda lenta. De acordo com o relatório do USDA, os preços dos leites Classe III e Classe IV devem cair, tanto em 2017, como 2018, refletindo as menores cotações dos produtos lácteos. A previsão para todos os preços de leite combinados é mais baixa, saindo de US$ 17,70/cwt, [R$ 1,33/litro], para US$ 17,60/cwt, [R$ 1,32/litro], em 2017, e de US$ 17,45/cwt, [R$ 1,31/litro], para US$ 16,65/cwt, [R$ 1,25/litro]. (Fonte: Dairy Herd - Tradução livre: Terra Viva )

Porto Alegre, 12 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.639

 

  Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 12 de Dezembro de 2017 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Novembro de 2017 e a projeção dos valores de referência para o mês de Dezembro 2017, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Dezembro de 2017 é de R$ 2,1261/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

UE pede ao Mercosul fim de tarifa em 90% da importação

A União Europeia (UE) demanda ao Mercosul completa eliminação de tarifas em pelo menos 90% das importações procedentes dos 27 países comunitários, sem exclusão de qualquer setor, conforme documento europeu ao qual o Valor teve acesso. A UE calcula que já oferece ao Mercosul completa liberalização de 92% do que importa do bloco, com período de transição de no máximo dez anos, sendo 74,4% liberalizado já quando o acordo birregional entrar em vigor. Nas barganhas finais, em Buenos Aires, o balanço ontem foi de que de fato há impasse na oferta da UE, mas a preocupação se estende além da carne bovina. Segundo fontes, a disposição da Argentina é grande para assinar o acordo, enquanto parceiros dizem que há algumas sensibilidades que precisam de maior atenção. Hoje, os ministros do Mercosul se reúnem cedo antes do encontro com a UE. "Poderá acontecer de tudo, inclusive nada", disse um observador. A UE diz querer total reciprocidade de abertura para alguns setores, como têxteis e calçados. Igualmente, quer que o Mercosul elimine, desde a entrada em vigor do acordo, todas as tarifas de importação para produtos incluídos em acordos setoriais internacionais.

A UE cita o Acordo de Informação da Tecnologia (ITA), farmacêuticos, aço, equipamentos médicos e produtos de papel. Na parte agrícola, a UE condiciona sua oferta de melhora do acesso a produtos do Mercosul a que sejam atendidas demandas de agricultores europeus interessados no mercado do cone sul. As exportações prioritárias europeias nesse setor incluem, "mas não estão limitadas", vinhos e destilados, produtos lácteos, trigo, cevada, malte, glúten de trigo, confeitaria, chocolates, cereais preparados, massas, azeite de oliva, frutas e vegetais processados. Bruxelas pede ainda a eliminação de taxas de exportação aplicadas pelo Mercosul. Essa é normalmente uma maneira de governos tentarem estimular a exportação com valor agregado, em vez de vender só commodity. 

Os europeus querem que o Mercosul reveja as regras de licença de importação. Insiste na proibição de drawback (importação de insumos com isenção de tarifa para a produção de produtos de exportação). E exige do Mercosul também a imediata suspensão de medidas de defesa comercial à entrada de leite em pó europeu no bloco. Para fechar o acordo, Bruxelas cobra "resultado satisfatório" nas negociações sobre indicações geográficas, baseadas no princípio de alto nível de proteção da lista de indicações apresentada pela UE ao Mercosul, a ser protegida na entrada em vigor do acordo. Negociador do Mercosul diz que, na prática, falta só um ponto percentual para atender a UE em termos de abertura. Diz que a oferta feita aos europeus na semana passada já elevou de 87% para 89% a cobertura da liberalização futura para os europeus. A dificuldade é que a UE ainda não melhorou as cotas para carne bovina e etanol. "Estamos fazendo tudo para poder fechar [o acordo]", disse o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes. "Queremos o mais rapidamente possível, [mas] não sei se a negociação vai concluir [aqui]." (Valor Econômico)

Produção/AR 

Técnicos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na Argentina projetaram que a produção de leite no país crescerá 5% em 2018, depois de vários anos consecutivos de queda. A produção será de 11 bilhões de litros.

"Esta recuperação será construída sobre as mudanças estruturais em curso, os maiores preços e a melhores condições climáticas depois das inundações de 2016 e 2017. Esta evolução enfrentará, no entanto, muitos obstáculos como os elevados custos de produção, e a falta de competitividade nos mercados internacionais", diz o boletim apresentado pelo USDA, em Buenos Aires. O relatório destacou a evolução dos preços e de alguns custos de produção. O preço de setembro ficou na média de A$ 5,71 por litro (US$ 0,32), o que representou aumento de 30,3% em relação a um ano atrás. A atual relação entre o preço do milho e do leite de 2,5 quilos por litro é "muito favorável". 

As projeções sobre o incremento das exportações são conservadoras. Nos primeiros nove meses de 2017 as exportações representaram 12% do total da produção, o menor percentual deste século. Os fatores que explicam o desempenho foi o menor nível de produção, preços domésticos mais atrativos, e a falta de competitividade no mercado internacional devido o incremento de custos, os elevados impostos, e a moeda valorizada. Técnicos do USDA esperam que a produção de leite em pó integral suba para 146 mil toneladas este ano, a 160 mil toneladas em 2018, mas o aumento nas exportações seria marginal, e 90 para 91 mil toneladas. A produção de queijo subiria das atuais 424 mil toneladas para 466 toneladas em 2018. As colocações externas do produto podem aumentar 5.000 toneladas, totalizando 55 mil toneladas. (El Observador - Tradução Livre: Terra Viva)

Manteiga

No final do primeiro semestre deste ano a manteiga era o produto lácteo com maior destaque no mercado internacional. A commodity passava por uma forte tendência de alta de preços, saindo de US$ 2.687/tonelada em julho do ano passado, para US$ 6.026/tonelada em setembro de 2017.

Segundo analistas de mercados, esta valorização do produto se deu em decorrência de menor produção de leite em pó desnatado, gerando menos matéria gorda para a produção de manteiga; recuperação na economia dos países consumidores, como a Rússia; e uma queda no nível de produção na União Europeia (UE). No entanto, no último leilão da Fonterra, a manteiga teve queda de 11,1% em sua cotação, sendo negociada a US$ 4.575 a tonelada. Esta é a sexta baixa consecutiva, e o produto apresenta queda de US$ 1.451 por tonelada em suas cotações nos últimos três meses. (El País - Tradução Livre: Terra Viva)

Deputado quer cotas no bloco
O deputado federal Heitor Schuch protocolou ontem no Parlamento do Mercosul, em Montevidéu, proposta de sistema de cotas para a importação de leite do Uruguai pelo Brasil. A recomendação limita as compras brasileiras daquele país a três mil toneladas por ano, incluindo-se o leite em pó, soros em pó e queijos. Segundo o deputado, nenhuma das 30 propostas da pauta de ontem foi examinada porque os uruguaios se retiraram do plenário. "A saída gerou especulações sobre os motivos, inclusive sobre uma possível retaliação ao Brasil pelos recentes conflitos na questão do leite", disse. (Correio do Povo)

Porto Alegre, 11 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.638

 

 Nova queda nas importações

Dados da balança comercial brasileira de lácteos referentes a outubro mostram desaceleração do comércio internacional brasileiro. Nas importações, o Brasil internalizou 9.162 toneladas de produtor lácteos, volume 53% inferior ao mesmo mês em 2016. Ao mesmo tempo, as exportações registraram 2.392 toneladas de produtos lácteos, com queda de 58% no total embarcado ante outubro de 2016. De forma geral, o grande volume de produção local e a menor competitividade do produto importado têm reduzido o interesse pelas importações este ano. 

Em outubro, a importação de leite em pó integral foi 83% menor (7,5 mil toneladas) quando comparada a outubro 2016. Já no caso do leite em pó desnatado, há uma conjuntura atual de preços internacionais muito competitivos em relação ao preço interno, o que resultou em importação 25% maior em outubro desse ano, totalizando um saldo de cerca de 700 toneladas a mais de leite em pó desnatado internalizado vs. outubro de 2016. 

Os queijos, por sua vez, seguiram a tendência do leite em pó integral: também apresentaram queda na sua importação de outubro desse ano, na ordem de 53%, com saldo que representa 2,39 mil toneladas a menos do produto no Brasil em relação ao mesmo mês de 2016. Observe na tabela 1 o resumo dos dados de exportações e importações. (As informações são do MDIC, elaboradas pela Equipe MilkPoint)

Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto. Fonte: MDIC.

Orgânico é mais saudável?

A busca por alimentos "sem" ou "livres de" é uma prática crescente entre os consumidores, cada vez mais preocupados com alimentação saudável. Mas, afinal, quais produtos são mais benéficos à saúde? 

- O consumidor está desorientado, confuso em meio a mitos que o fazem deixar de comprar determinados produtos. Muitas vezes escolhe um alimento acreditando em um benefício que ele não tem - diz Luis Madi, diretor-geral do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital). Como exemplo, Madi cita o caso dos orgânicos. Segundo o especialista, não há evidências científicas suficientes para afirmar que esses alimentos são superiores aos convencionais. Crenças dos consumidores, como presença maior de nutrientes e vitaminas e melhor sabor, não foram comprovadas em recente estudo comparativo de propriedades de alimentos com origem de distintas formas de produção agrícola.

 A diferença é que um sistema usa químicos e outro compostos orgânicos. - Desde que sejam empregadas boas práticas, tanto alimentos convencionais quanto orgânicos são seguros, com qualidade e saborosos, podendo ser consumidos sem qualquer receio - diz Madi. O especialista também esclarece que, assim como os aditivos sintéticos, os químicos utilizados na produção de alimentos também foram aprovados pelas agências reguladoras competentes. 

- A regulamentação dessas questões é importante para que os consumidores tenham informações confiáveis e não sejam induzidos ao erro nas suas decisões de compra - completa o diretor-geral do Ital. (Zero Hora)

Conseleite/MS

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 08 de Dezembro de 2017, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de novembro de 2017 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de Dezembro de 2017. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)
 

PL da Defesa Agropecuária está no forno

Com apoio do Palácio do Planalto, o Ministério da Agricultura pretende encaminhar até janeiro o projeto de lei que vem sendo gestado há meses para fortalecer e transformar a Secretaria de Defesa Agropecuária em uma espécie de 'superagência', com autonomia financeira e estrutura mais robusta de pessoal, nos moldes da Receita Federal. Em recente reunião com o presidente Michel Temer, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, recebeu o aval para avançar com o projeto, que deve enfrentar resistências na equipe econômica e entre os auditores fiscais federais agropecuários. A minuta do projeto, ao qual o Valor teve acesso, contém 103 artigos divididos em 14 capítulos e será apresentada a partir desta semana a entidades de produtores rurais e empresas, deputados e senadores da bancada ruralista e ao sindicato dos fiscais, a Anffa Sindical. 

Se os principais itens do projeto confeccionado pela equipe liderada pelo secretário de Defesa Agropecuária, Luís Eduardo Rangel, forem aprovados no Congresso Nacional, o modelo de inspeção sanitária sofrerá mudanças profundas. A proposta é que, em dez anos, somente as empresas habilitadas ao regime de "autocontrole" possam exportar e realizar o comércio interestadual de alimentos no país. Polêmica, a proposta tem potencial para limitar o raio de atuação dos fiscais agropecuários federais. Pelos termos da minuta do projeto, "a autoinspeção [...] para atestar as condições sanitárias ante mortem e post mortem dos animais" deverá ser feita por profissional (veterinários) inscrito no conselho profissional. Aos fiscais agropecuários federais, caberá apenas a inspeção sanitária "periódica complementar". Pela atual legislação, todos os animais abatidos devem ser fiscalizados pelos auditores do governo. "É muito polêmico e, quando o projeto chegar à Câmara, vai ser uma guerra", admitiu uma fonte que acompanha a negociação em torno do projeto, que representa a reação do governo às fragilidades sanitárias reveladas pela Operação Carne Fraca, deflagrada em meados de março pela Polícia Federal. A criação de um sistema que privilegie o autocontrole, direcionando os esforços de fiscalização para mitigar riscos, é uma pauta antiga dos grandes frigoríficos, mas sempre rechaçada pelos fiscais federais. Com a Carne Fraca, que fragilizou a posição dos fiscais em razão de casos de corrupção envolvendo a categoria, essa pode ser a 'janela de oportunidade' para os frigoríficos. Além do autocontrole, outra novidade do modelo gestado é a criação de uma entidade de direito privado, o Operador de Defesa Agropecuária (Onda). A entidade, ligada à Secretaria de Defesa Agropecuária, poderia contratar os auxiliares - agentes de inspeção ou técnicos de laboratório -, que hoje dão suporte aos auditores federais nas tarefas de fiscalização.

Atualmente, os auxiliares não são reconhecidos por importadores como a União Europeia, porque as companhias fiscalizadas - frigoríficos, laticínios, entre outros - é que se responsabilizam pelo pagamento de parte deles. Para viabilizar a reformulação do sistema, o projeto de lei também prevê a criação da Taxa de Defesa Agropecuária, que seria paga trimestralmente considerando o número médio de animais abatidos ou o de produtos vegetais vendidos. A intenção do Ministério da Agricultura é que parte da arrecadação da taxa seja canalizada para a própria Defesa Agropecuária, o que serviria para dar conta do crônico déficit de pessoal. Para tanto, o projeto busca 'blindar' os recursos com a criação de uma "subconta especial". Na prática, porém, há muitas dúvidas sobre a viabilidade dessa proposta. Mesmo nos países que adotam o modelo, como o Uruguai, a repartição dos recursos é motivo de discórdia. Em recente entrevista ao Valor, o presidente da Marfrig, o uruguaio Martín Secco, afirmou que em seu país de origem o recurso acaba em uma conta única do governo. "A briga é que eles usam menos na inspeção, menos do que é arrecadado. Então, não é só criar esse fundo, mas também a condição de como o recurso será usado", disse Secco. No setor privado, fontes avaliam que a subconta será barrada pela equipe econômica. Noutra frente, o projeto de lei da nova Defesa Agropecuária quer criar um órgão recursal nos mesmos moldes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Batizado de Conselho Administrativo de Recurso de Defesa Agropecuária (Carda), funcionaria como a segunda instância administrativa contra penalidades lavradas pela Secretaria de Defesa Agropecuária. Assim como ocorre no Carf, o Carda será composto por conselheiros do governo - indicados pelo Ministério da Agricultura - e representantes dos contribuintes. (Valor Econômico)

Temer viaja para Argentina com expectativa de concluir acordo com UE
Começa neste domingo, em Buenos Aires, na Argentina, a 11ª Reunião Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) e a grande expectativa para o encontro, que terá a participação do presidente Michel Temer, é a conclusão do acordo de comércio entre Mercosul e União Europeia. No entanto, os pontos mais sensíveis das negociações entre os blocos, a carne e o etanol, devem ficar de fora do acordo. A sessão de abertura do encontro da OMC está marcada para as 16h pelo horário local (17h no horário de Brasília). Antes, está previsto um encontro entre representantes do Mercosul para tratar das propostas apresentadas pela União Europeia. Após a sessão de abertura, representantes dos dois blocos sentarão à mesa para acertar as bases do acordo. "A ideia é que o acordo possa ser dado como concluído em Buenos Aires a depender do que for a oferta final da União Europeia", disse o subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty (SGEF), embaixador Carlos Márcio Cozendey, em entrevista concedida esta semana. Segundo Cozendey, como houve progressos na assinatura de acordos comerciais após as reuniões de ministros da OMC em Bali e Nairóbi, a expectativa, agora, é de "pouco avanços" em temas importantes para o Brasil, como subsídios agrícolas, comércio eletrônico e facilitação de investimentos, por exemplo. "A reunião de Buenos Aires vai ter que dar a orientação sobre como continuar a discussão de vários desses temas. A expectativa não é de ter grandes inovações, como houve em Bali e Nairóbi, mas que a OMC possa se organizar na continuação da discussão de todos esses temas", afirmou. O presidente Temer embarca às 13h20 para a Argentina, participa da sessão de abertura 11a Reunião Ministerial da OMC e retorna ao Brasil às 22h30 (horário de Brasília). (Valor Econômico)

Porto Alegre, 08 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.637

 

 Diretoria do Sindilat assume com foco em expansão das exportações

A previsão de expansão de 2,5% no PIB em 2018, que deve aumentar a oferta de emprego e o poder de consumo das famílias brasileiras, embasa projeções otimistas no setor laticinista gaúcho. Em seu discurso de posse na noite desta quinta-feira (7/12), o presidente reeleito do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, reforçou que a expectativa é recuperar o consumo, um fator essencial para tirar a pressão do mercado e reequilibrar a lei da oferta e procura. O dirigente projetou uma gestão lastreada pelo foco nas exportações. Segundo Guerra, há mais de 30 países com mercado aberto aos lácteos brasileiros, um potencial a ser aproveitados nos próximos anos.  "Nossa meta para os próximos três anos é dar mais condições para que as indústrias possam exportar. Se tudo der certo, espero terminar esta gestão atingindo a marca de 10% da produção gaúcha de lácteos exportada", frisou ao dirigente, que comandará o sindicato ao lado dos vice-presidentes Guilherme Portella e Caio Vianna e de uma diretoria com representantes de diversas empresas e cooperativas.

Guerra pontuou que há muito a se avançar em competitividade no setor, mas confia que o Rio Grande do Sul está preparado para desfrutar desse novo momento. "O Estado tem uma média de produção por animal de 3.000 quilos de leite ao ano, o dobro da produtividade nacional. Isso demostra que estamos no caminho correto, apesar de sabermos que ainda há muito a fazer". Nessa caminho, lembrou da importância de se investir em assistência técnica e frisou que os recursos do Fundoleite devem ser destinados para este fim.  "O Sindilat e as indústrias por esta diretoria representadas têm a convicção de que é preciso investir em ações que resultem em produtividade e qualidade". 

A nova diretoria do Sindilat foi empossada pelo presidente da Fiergs, Gilberto Petry, que recebeu uma salva de palmas da plateia ao assegurar que não abre mão de um copo de leite todas as noites antes de se deitar. Em sua manifestação aos colegas que lotaram o salão do Hotel Plaza São Rafael, destacou a relação de parceria existente entre a federação e o sindicato. "Temos sido parceiros e a coletividade tem que ter orgulho", ressaltou, pontuando a importância e força do setor laticinista na indústria gaúcha.

Presente no encontro ao lado da primeira dama Maria Helena Sartori, o governador José Ivo Sartori destacou o empenho do setor em continuar "fazendo e realizando" pelo desenvolvimento do Estado. "É pelo trabalho incansável de vocês que o Rio Grande do Sul tornou-se o segundo maior produtor de leite do Brasil", disse o governador do Estado.

Sobre o prêmio Destaques 2017, recebido na noite de ontem na categoria Liderança Política, disse que quer dividir o mérito com a sua equipe e com todos os outros nove homenageados da noite. "Mais do que uma confraternização,  o momento é de união", completou Sartori, ressaltando que o Estado precisa ter uma visão mais solidária e colaborativa. Também receberam o mérito o Ministério da Agricultura (na categoria Agronegócio Nacional), o deputado Elton Weber (Agronegócio Estadual), o deputado Gabriel Souza (Personalidade), o diretor geral da Secretaria da Agricultura Antônio Aguiar (servidor público), o secretário Nacional de Segurança Alimentar do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, Caio Rocha (Setor Público); a pesquisadora Roberta Zugue (Inovação), o mestrando da UFRGS Cristian Nied (Pesquisa), o Fundesa (Responsabilidade Social) e a Cooperativa Piá (Indústria). 

Diretoria Sindilat - gestão 2018/2020
PRESIDENTE:
Alexandre Guerra

VICE-PRESIDENTES:
Guilherme Portella dos Santos
Caio Cézar Fernandes Vianna

DIRETOR-SECRETÁRIO:
Ângelo Paulo Sartor

DIRETOR-TESOUREIRO:
Jéferson Adonias Smaniotto

SUPLENTES:
Alexandre Santos
Nereu Franscisco Selli
Cláudio Hausen de Souza

CONSELHO FISCAL
TITULARES:
Renato Kreimeier
Nádia P. Penso Bergamaschi
Adalberto Martins de Freitas

SUPLENTES:
José Baldoíno França
Ricardo Augusto Stefanello
Amilton Strelow


DELEGADOS-REPRESENTANTES JUNTO À FIERGS:
TITULARES: 
Alexandre Guerra
Guilherme Portella dos Santos

SUPLENTES:
Renato Kreimeier
Ângelo Paulo Sartor

 
Fotos: Dudu Leal

(Assessoria de Imprensa Sindilat)

3º Prêmio Sindilat de Jornalismo revela ganhadores

Jornalistas de veículos da Capital e do Interior do Rio Grande do Sul, de São Paulo e de Mato Grosso conquistaram o 3º Prêmio Sindilat de Jornalismo, que teve seus vencedores conhecidos na noite desta quinta-feira (7/12), em Porto Alegre. A Band TV, a revista Destaque Rural e os jornais Correio do Povo e O Informativo do Vale foram os primeiros colocados nas categorias Eletrônico, Online, Impresso e Fotografia, respectivamente, e receberam como prêmio um iPhone.

Na categoria Impresso, o 1º lugar foi para a repórter Cintia Marchi, do jornal Correio do Povo, autora da matéria "Confinamento Confortável". Na categoria Eletrônico, o ganhador foi Filipe Peixoto, da Band TV, pela reportagem "Leite: Produção em alta, preços em baixa". Na categoria Online, o 1º lugar ficou com a repórter Juliana Turra Zanatta, da revista Destaque Rural, de Passo Fundo, autora do trabalho "Leite e Grãos integração que dá certo". E na categoria Fotografia, a vencedora foi Lidiane Mallmann, do jornal O Informativo do Vale, de Lajeado, com a imagem "Produtores querem a volta do preço fixo para o leite".

Também foram reconhecidos com troféu e certificado profissionais que conquistaram o 2º e 3º lugar. Entre os laureados, estão jornalistas dos jornais Zero Hora, Pioneiro, de Caxias do Sul, e jornal Alto Taquari, de Arroio do Meio, do SBT, da TV Centro América, de Cuiabá (MT), e do site Farming Brasil, de São Paulo (SP). Confira abaixo quem são os demais ganhadores.
Promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), o prêmio tem como objetivo valorizar os trabalhos jornalísticos que ressaltem a relevância do setor lácteo. Os vencedores foram divulgados em cerimônia de confraternização de fim de ano e posse da diretoria para a gestão 2018/2020 que ocorreu no Hotel Plaza São Rafael.

Na ocasião, o Sindilat também entregou o troféu Destaque 2017, que tem como objetivo reconhecer o trabalho de pessoas e entidades que atuam ou contribuem para o setor lácteo, em dez categorias: Agronegócio Nacional - Ministério da Agricultura; Agronegócio Estadual - deputado Elton Weber; Liderança Política - José Ivo Sartori; Personalidade - deputado Gabriel Souza; Servidor Público - Antônio Aguiar, diretor geral da Secretaria da Agricultura; Setor Público - Caio Rocha, secretário Nacional de Segurança Alimentar do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário; Inovação - Roberta Zugue, pelo projeto A2A2; Pesquisa - Cristian Nied, mestrando da UFRGS; Responsabilidade Social - Fundesa; e Indústria - Cooperativa Piá por seus 50 anos.

A Comissão Julgadora do 3º Prêmio Sindilat de Jornalismo foi composta pelos jornalistas Itamar Aguiar (Arfoc), Laura Glüer (ARI), Laura Santos Rocha (Sindicato dos Jornalistas do RS) e Gerson Raugust (Assessoria de Comunicação do Sistema Farsul). Pelo setor produtivo, participaram o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, e o secretário-executivo, Darlan Palharini.
 
Confira os vencedores do 3º Prêmio Sindilat de Jornalismo

IMPRESSO
1º lugar
Cintia Marchi - Correio do Povo (Porto Alegre -RS)
Trabalho: Confinamento Confortável

2º lugar
Fernando Soares - Pioneiro (Caxias do Sul - RS)
Trabalho: Acima da média

3º lugar
Solano Alexandre Linck - Jornal Alto Taquari (Arroio do Meio - RS)
Trabalho: Profissão Leiteiro - O agente de transformação das exigências do mercado

ELETRÔNICO
1º lugar
Filipe Peixoto - Rede Bandeirantes (Porto Alegre - RS)
Trabalho: Leite: Produção em alta, preços em baixa
2º lugar
Luiz Patroni - TV Centro América (Cuiabá - MT)
Trabalho: Cooperativismo e transferência de Conhecimentos transformam bacia leiteira no Oeste de MT
3º lugar
Alessandra Bergmann - SBT (Porto Alegre - RS)
Trabalho: Queijos e suas Diversidades

ONLINE

1º lugar
Juliana Turra Zanatta - Destaque Rural (Passo Fundo - RS)
Trabalho: Leite e Grãos integração que dá certo
2º lugar
Joana Colussi - Zero Hora (Porto Alegre - RS)
Trabalho: Mão de Obra Digital: Como os robôs estão a serviço do agronegócio

3º lugar
Naiara de Araújo Silva - Farming Brasil (São Paulo - SP)
Trabalho: Produção de leite: o uso irresponsável de medicamentos prejudica rebanho

FOTOGRAFIA
1º lugar
Lidiane Mallmann - O Informativo do Vale (Lajeado - RS)
Trabalho: Produtores querem a volta do preço fixo para o leite
2º lugar
Diogo Zanatta - Zero Hora (Porto Alegre - RS)
Trabalho: Uma Lei, muitas dúvidas
3º lugar
Alina Oliveira de Souza - Correio do Povo (Porto Alegre - RS)
Trabalho: Acordos de Importação de Leite


Foto: Dudu Leal

(Assessoria de Imprensa Sindilat)

Associados debatem mercado e relações comerciais em reunião anual

Os entraves para a exportação de lácteos, em especial as relações comerciais, foram debatidos em reunião anual de análises e projeções realizada na tarde desta quinta-feira (7/ 12), em Porto Alegre, pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grand do Sul (Sindilat). O auditor fiscal agropecuário Leonardo Isolan, chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal da superintendência do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul (Mapa/RS), participou do encontro e esclareceu dúvidas dos associados sobre mercado externo.

O caminho para exportar, avalia Isolan, é fazer trabalho interno de assessoria em relação a negociações internacionais. "A questão sanitária é apenas um dos requisitos. Mas a questão comercial é um nó a ser desatado", alerta. O chefe de Inspeção do Mapa/RS também chamou a atenção para a importância de o setor ter um programa de rastreabilidade.

"Todas as empresas que tem o registro junto ao SIF (Sistema de Inspeção Federal), automaticamente têm habilitação para exportação", esclareceu sobre mudança recente no sistema de habilitações. Segundo Isolan, a maioria dos países aceita o produto sem nenhuma exigência a mais em relação às práticas brasileiras. Contudo, países da Europa, Rússia e China têm requisitos que vão além, portanto necessitam de acordos e habilitações específicas.

Segundo presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, "uma das bandeiras do sindicato é dar suporte aos associados para resolver os problemas". Para 2018, destaca o dirigente, a meta da entidade é ampliar a competitividade do setor para viabilizar que os laticínios gaúchos conquistem o mercado internacional.

Tendências de consumo
O encontro também abordou as tendências de consumo para o mercado em geral e especificamente para o setor lácteo. O diretor da Tetra Pak, Claudio Righi, relatou que, apesar da crise, o consumo em unidades continua crescendo acima da média de 2014. Entretanto, o consumidor compra menos produtos, porém investe na aquisição de mais unidades. Segundo Righi, em 2017 foi possível perceber a busca por equilíbrio nos gastos e priorização das necessidades. Para 2018, a projeção é manter o crescimento, mesmo que pequeno. Os dados são de pesquisa que a Tetra Pak faz com informações do mundo inteiro. Outra tendência é que os produtos zero lactose ganham cada vez mais importância no Sul. "Isso mostra que o consumidor está buscando se alimentar melhor e paga um valor a mais por um produto diferenciado", avalia Righi. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Governo vai comprar leite em pó de 34 cooperativas
Foi divulgada nesta quinta-feira, dia 7, uma lista com 34 cooperativas que terão sua produção de leite em pó adquirida pelo governo federal, para regular o mercado. A compra será realizada por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). O preço de referência subiu de R$ 12 para R$ 13,94 o quilo.
A ação visa minimizar a queda registrada nos últimos meses no preço do produto por conta da importação do Uruguai, e é resultado de uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Social e o Ministério da Agricultura. "É uma forma de ajudar os pequenos produtores. São regras de mercado que criam esse tipo de crise para os agricultores, então, o governo está fazendo a sua parte para regular o preço" disse o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra.
CLIQUE AQUI para ver as cooperativas contempladas e quanto será investido para compra de leite em pó em cada unidade. (Canal Rural)

Porto Alegre, 06 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.636

 

Sindilat: posse da diretoria reeleita ocorre nesta quinta-feira

Reeleita para a gestão 2018/2020, a diretoria do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) tomará posse nesta quinta-feira (7/12), durante o tradicional jantar de confraternização que ocorre a partir das 20h, no Salão de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Alexandre Guerra, atual presidente da entidade e também diretor da Cooperativa Santa Clara, permanecerá à frente da entidade.

"O novo mandato é a consolidação de um trabalho de três anos, feito pela diretoria em parceria com todos os associados. Temos a missão de buscar a competitividade no setor e alcançar o mercado externo para nossa indústria", declarou Guerra. Sobre a festa de final de ano, o dirigente ressalta que é um momento para comemorar. "Apesar do ano difícil, a expectativa é que, com a retomada da economia e o crescimento do PIB, 2018 seja um ano positivo", disse.  

Como 1º vice-presidente, permanece Guilherme Portella, diretor de Comunicação da Lactalis, enquanto o presidente da CCGL, Caio Vianna, assumirá como 2ª vice-presidente. A diretoria ainda conta com Ângelo Sartor, da Rasip, como secretário, e Jéferson Smaniotto, da Cooperativa Piá, como tesoureiro. Para o Conselho Fiscal, foram eleitos Renato Kreimeier, Nádia P. Penso Bergamaschi e Adalberto Martins de Freitas.

Além da posse, durante o evento também ocorrerá a entrega do 3º Prêmio Sindilat de Jornalismo, que reconhecerá os melhores trabalhos veiculados na imprensa, e o troféu Destaques, que premia pessoas e instituições que atuaram em prol do setor lácteo em 2017.

Diretoria Sindilat - gestão 2018/2020
PRESIDENTE:
Alexandre Guerra VICE-PRESIDENTES: Guilherme Portella dos Santos Caio Cézar Fernandes Vianna DIRETOR-SECRETÁRIO: Ângelo Paulo Sartor DIRETOR-TESOUREIRO: Jéferson Adonias Smaniotto SUPLENTES: Alexandre Santos Nereu Franscisco Selli Cláudio Hausen de Souza CONSELHO FISCAL TITULARES: Renato Kreimeier Nádia P. Penso Bergamaschi Adalberto Martins de Freitas SUPLENTES: José Baldoíno França Ricardo Augusto Stefanello Amilton Strelow 
DELEGADOS-REPRESENTANTES JUNTO À FIERGS: TITULARES: Alexandre Guerra Guilherme Portella dos Santos SUPLENTES: Renato Kreimeier Ângelo Paulo Sartor (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Entidades desenvolvem plano de ação contra Febre Aftosa

Com a presença de representantes de mais de vinte entidades do setor da produção de proteína animal, no Seminário de Elaboração do Plano para Avanço da Condição Sanitária em Febre Aftosa, ocorrido nos dias 4 e 5 de dezembro, em Porto Alegre (RS), foram traçados oito objetivos e definidas ações e os responsáveis para atuar na erradicação da Febre Aftosa no Estado. 

As metas estabelecidas tratam do fortalecimento dos cadastros agropecuários no Sistema de Defesa Agropecuária (SDA), da revisão e atualização da legislação e procedimentos operacionais, da avaliação e aperfeiçoamento do Serviço Veterinário Oficial, e do fortalecimento do sistema de vigilância e medidas de prevenção da Febre Aftosa. Além disso, na ocasião, foi proposto o estabelecimento de estratégias de educação em saúde animal e comunicação social, capacitação do Serviço Veterinário Oficial e atores envolvidos, e a instituição e manutenção das relações interinstitucionais regionais, nacionais e internacionais.

O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) esteve representado pelo suplente de diretoria da entidade, Nereu Francisco Selli. "O seminário foi um momento em que a Secretaria (Agricultura, Pecuária e Irrigação) uniu forças para que se alcance o status de zona livre de Febre Aftosa", afirmou. "O plano traçado, com as ações e responsáveis, está num bom caminho", afirmou, destacando o seu otimismo com a proposta. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, também participou do evento.

Durante o seminário, os representantes das entidades foram divididos em quatro grupos de trabalho para debater pontos como Cadastro e Legislações, Aperfeiçoamento do Serviço Veterinário Oficial, entre outros, para, ao final, elaborar o documento com as orientações. As novas atividades traçadas serão colocadas no calendário do estado com prazos para seu cumprimento, segundo Selli. "Todas as ações desenvolvidas dentro do seminário são vistas com bons olhos pelo Sindilat. Estamos dispostos a ajudar em todos os pontos para que os objetivos da secretária sejam cumpridos com êxito", concluiu. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Pesquisa de bioativo em queijo é premiada

A pesquisa que identificou a aplicação de corante bioativo no queijo prato para prevenir doenças oculares venceu na categoria Tecnologia de Alimentos entre diversos trabalhos de todo o País. A Epamig Instituto de Laticínios Cândido Tostes conquistou o primeiro lugar no 11º Prêmio Saúde 2017, da revista Saúde, da Editora Abril. A pesquisa que identificou a aplicação de corante bioativo no queijo prato para prevenir doenças oculares venceu na categoria Tecnologia de Alimentos entre diversos trabalhos de todo o País.

A solenidade de premiação aconteceu no último dia 28, em São Paulo. O chefe do Instituto de Laticínios Cândido Tostes, Cláudio Furtado Soares, recebeu o troféu, representando a equipe de pesquisadores Denise Sobral, Renata Costa, Junio de Paula, Vanessa Teodoro (UFJF), Gisela Machado e Elisângela Miguel. O trabalho foi avaliado por comissão julgadora do prêmio, formada por profissionais especializados na área de tecnologia de alimentos e também por voto popular no site da revista.

"O Prêmio Saúde/Nutrição representa muito para toda a equipe. Temos o compromisso de aplicar o conhecimento para a melhoria da qualidade de vida da sociedade e, nesse sentido, a pesquisa exige que estejamos sempre voltados a identificar as demandas e necessidades das pessoas e de que forma podemos contribuir para isso", ressalta a pesquisadora Denise Sobral.

Queijo prato - De acordo com os estudos, o queijo prato pode ser mais um aliado na prevenção de doenças e lesões oculares, como a catarata e a degeneração macular, que chega a causar cegueira em pessoas com mais de 65 anos. A utilização de corantes bioativos na fabricação do produto, como a luteína em substituição ao urucum, foi testada pela Epamig Instituto de Laticínios Cândido Tostes com resultados positivos.

"Substituímos o corante de urucum, tradicionalmente utilizado durante a fabricação do queijo prato, por corante luteína, com propriedades antioxidantes que evita essas doenças. Os resultados apontaram a absorção de 6mg de luteína em cada 100g de queijo, quantidade necessária para uma dieta diária de reposição dessa substância no organismo; e o melhor, sem alterar o sabor do produto", revela a pesquisadora, que desenvolveu o projeto durante três anos.

Denise explica que o queijo prato é o segundo mais consumido no Brasil e a utilização da luteína pode trazer benefícios à saúde, sem alterar os hábitos da população. A luteína é um dos principais pigmentos maculares contidos na retina humana, sendo responsável por duas funções fundamentais: proteger a mácula contra o estresse oxidativo e filtrar a luz azul de alta energia, melhorando a acuidade visual. Por meio desses mecanismos, acredita-se que a substância possa contribuir para a diminuição do risco de ocorrência de catarata e de degeneração macular relacionada à idade.

Como a luteína não é sintetizada pelo organismo humano, é necessário que seja suprida por meio da alimentação. A dose mínima de luteína a ser ingerida para que tenha efeitos benéficos à saúde é de 6mg diárias. Com informações da Epamig. (Diário do Comércio/Guilat)

Coca-Cola pesquisa produtos no México

O inverno ainda não chegou, mas o frio da manhã, que bate nos 6 o C, já faz os mexicanos saírem às ruas de botas e casacos. No meio do dia, o sol ajuda quem come na rua, nos "puestos" de tacos ou quesadillas. Para acompanhar o lanche rápido, um refrigerante, uma água gaseificada cor de rosa e de outras cores alegres, ou um suco em caixinha de papelão. A Coca-Cola segue sendo a bebida mais procurada, mas Alfredo, dono de um "puesto" no bairro de Polanco, de classe média alta, diz que a venda da água colorida vem crescendo e que quem quer economizar compra a Red Cola de 600 ml por 10 pesos mexicanos, pouco mais de meio dólar -- três pesos a menos do que a Coca-Cola. A maior fabricante de refrigerantes do mundo acompanha com lupa o comportamento dos mexicanos, os maiores consumidores de refrigerantes e bebidas açucaradas do mundo - 163 litros por ano, 45 litros além do que bebem os vizinhos nos Estados Unidos. 

Não por acaso, a empresa instalou na Cidade do México um centro para desenvolver produtos novos, o sexto no mundo. Os engenheiros que trabalham no prédio, não muito longe da barraquinha de Alfredo, têm um objetivo bem definido: renovar as opções de refrigerantes da companhia, impulsionar outros tipos de bebidas e aumentar o portfólio de laticínios e proteínas. No centro, dotado de um laboratório de análises químicas e de uma minifábrica de bebidas, há uma sala onde consumidores experimentam produtos e dizem se gostam ou não. 

Ernesto Arreola, responsável por aprovar as novas bebidas, diz que de agosto de 2016, quando as pesquisas começaram, até agosto deste ano, foram propostas mil fórmulas; 386 receberam sinal verde para ir ao mercado. Duas delas estão sendo lançadas no Brasil: a água gaseificada Crystal nos sabores tangerina e capim-limão, sem adição de açúcar. A marca de sucos Del Valle, também da Coca-Cola, lança em breve, mas apenas para os mexicanos, uma versão que mistura ervilha, grão de bico e soja, adoçada com stévia, e a "Smoothies", um tipo de bebida com frutas batidas, sem açúcar. Bebidas menos doces, com adoçantes ou sem açúcar são um ponto central da estratégia da CocaCola no México. A população aprecia sabores adocicados, mas os hábitos alimentares e o sedentarismo fazem com 64% esteja hoje acima do peso, segundo a FAO, braço da ONU para alimentos e agricultura. A média na América Latina é de 58%. No Brasil, 54%. Mais preocupante são as crianças mexicanas menores de 5 anos: 9% têm sobrepeso. A média mundial é de 6%. 

Em 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou a governos que taxassem bebidas com açúcar, para desestimular o consumo. Elogiou o México, que adotou esse imposto há três anos. Nos EUA, cidades como Chicago e Filadélfia adotaram um sistema similar. O Reino Unido vai taxar refrigerantes em 2018. E no Brasil, a discussão já chegou ao Congresso. A OMS diz que o imposto, para ser eficaz, deve elevar o preço do produto em pelo menos 20%. A Coca-Cola refuta essa argumentação. "O problema da obesidade afeta o México, afeta o mundo. O sedentarismo provoca doenças e quem vai pagar a conta? É mais fácil cobrar imposto do que educar as pessoas", diz Juan Pratts, vice-presidente de assuntos públicos da Coca-Cola no México. Segundo ele, depois de um ano pagando imposto no México, o consumo de açúcar não caiu. "As pessoas compram refrigerante sem açúcar e põem açúcar em casa". Segundo o Ministério de Saúde do México, 66% dos mexicanos consomem açúcar em quantidade além da recomendada pela OMS. 

O peso da Coca-Cola no México é grande. Com seus engarrafadores, ela compra de 10% a 12% da produção local de cana de açúcar. Seu impacto no PIB é calculado pela empresa em 1,4%. Um presidente seu, Vicente Fox, comandou o país no início dos anos 2000. Mas, apesar de sua força econômica e política, o governo mexicano tem mantido a cobrança do imposto sobre as bebidas açucaradas. Testar produtos usando consumidores e profissionais com paladar e olfato apurados para identificar aromas e sabores é algo feito pela Coca-Cola há anos, inclusive no Brasil. A diferença é que o cenário vem mudando cada vez mais rápido. O consumidor, em geral, reduz a compra de refrigerantes e busca outros tipos de bebidas e alimentos, com menos açúcar, menos calóricos. Quer algo diferente. A Coca-Cola, que há 131 anos vende refrigerantes, entendeu isso. "Temos mais de 500 marcas. A Coca-Cola é só uma delas. A estratégia mudou", diz Pratts. "Não somos mais um grupo que quer vender o produto que inventou. Os consumidores dizem o que querem beber e nós tratamos de produzir." Na fábrica-piloto do centro de inovação, o engenheiro Alexandro Esposito diz que o maior desafio é fabricar em larga escala bebidas naturais. Arreola, que aprova as fórmulas, diz que há 400 projetos em andamento direcionados ao mercado latino-americano. (Valor Econômico)

Mapa reconhece o Estados de Amazonas livre de aftosa, com vacinação
Em Manaus, o ministro Blairo Maggi, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), assinou nesta segunda-feira (4), em conjunto com o governador Amazonino Mendes, o documento que reconhece o Estado do Amazonas como zona livre da febre aftosa, com vacinação.  O ministro Blairo Maggi ressaltou a importância do documento de reconhecimento porque é um marco da libertação econômica do Amazonas de sua principal fonte de receita, a zona Franca de Manaus. "O Amazonas, assim como os demais Estados da federação brasileira, hoje se coloca com a mesma possibilidade de exportação de carne bovina, suína, e outras carnes". Blairo Maggi contou que em conversa com Amazonino Mendes historiou o trabalho de erradicação da febre aftosa no Estado, que começou há tempos, em mandatos de governos estaduais anteriores."Já comuniquei ao governador", disse ainda o ministro, "que até 2023 o Brasil será livre de febre aftosa sem vacinação. Amazonas, Acre, Rondônia, Amapá, Roraima e Pará serão os primeiros estados brasileiros liberados para exportação de carne para qualquer parte do mundo, sem mais esse problema da febre aftosa. O produto da região será muito valorizado, a pecuária terá plenas condições de progredir e crescer como uma atividade rentável. O rebanho da região Norte atualmente soma 48 milhões e 240 mil cabeças, entre bovinos e bubalinos. (As informações são do Mapa)

Porto Alegre, 05 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.635

 

 gDT 

O resultado final do gDT de hoje é de quase estabilidade. No entanto, não reflete a variação ocorrida entre os produtos e períodos. A manteiga, que com a queda de hoje acumula perda de US$ 1.451/tonelada em relação ao valor recorde do ano de 19 de setembro, teve queda acentuada de 24,3% para os contratos de janeiro de 2018, e volta aos níveis de preços de janeiro de 2017. Ainda assim é um preço acima dos valores verificados em dezembro dos dois últimos anos. A boa notícia vem dos dois outros produtos mais negociados, o leite em pó desnatado (SMP), +4,7%, e o leite em pó integral (WMP), +1,7%, interrompendo a tendência de queda que vinha desde outubro. As cotações dos dois produtos, no entanto, estão bem abaixo dos valores negociados um ano atrás. (globaldairytrade/Terra Viva)

CNA defende criação do Plano Nacional de Melhoria da Qualidade do Leite

Um dos pontos discutidos dentro da proposta do plano nacional foi a Instrução Normativa 62 do Ministério da Agricultura, de 29 de dezembro de 2011.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defendeu nesta quarta (29), em reunião no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a institucionalização do Plano Nacional de Melhoria da Qualidade do Leite e a análise e divulgação dos dados do Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite Brasileiro (SIMQL).

"A CNA sempre defendeu a qualidade do leite, mas a forma de aferir essa qualidade tem que avançar. O Ministério tem que fazer a parte dele como órgão que normatiza e fiscaliza. É preciso também ter ações integradas do produtor com a indústria e o governo," destacou Rodrigo Alvim, presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA.

Um dos pontos discutidos dentro da proposta do plano nacional foi a Instrução Normativa 62 do Ministério da Agricultura, de 29 de dezembro de 2011. Segundo Alvim, se o Brasil não seguir os padrões estabelecidos pela IN 62, o País não terá condições de exportar. 

"Precisamos ampliar mercado. Somos os maiores no agro em vários setores como café, carne, laranja e poderemos ser do leite também se fizermos o dever de casa. A CNA é favorável e luta para alcançarmos essa qualidade e temos a certeza que esse plano nacional faz parte de um contexto obrigatório para termos competitividade para exportar."

O Sistema de Monitoramento da Qualidade do Leite Brasileiro (SIMQL) foi desenvolvido pela Embrapa e vai reunir milhões de dados referentes aos resultados de análises do leite produzido no País que serão, acredita Rodrigo Alvim, ferramentas de gestão para o setor. A plataforma já está pronta e deve entrar em funcionamento no início do ano que vem. 

Em relação ao preço do leite, que atualmente está em baixa, Alvim reforçou que a institucionalização do plano nacional de qualidade deve trazer melhorias. 

"Enquanto toda a indústria brasileira não entender que qualidade tem um preço e que produto com qualidade significa maior rendimento industrial e maior vida de prateleira dos produtos, não vamos avançar. A velocidade da melhoria desse processo de qualidade é tão maior quanto mais indústrias pagarem e remunerarem a qualidade do leite." 

Na reunião, ficou definida a criação de grupos que vão estabelecer comitês para tratar os gargalos do setor, tendo como pontos iniciais a serem abordados já no início de 2018, a revisão da IN 62 e a adequação da plataforma do SIMQL, de forma que seus dados sejam acessíveis. (Assessoria de Comunicação CNA/SENAR)

O que a Coca-Cola quer no negócio do leite?

No setor de bebidas não alcoólicas, lácteos são a última grande fronteira que começa a ser desbravada pela Coca-Cola no Brasil. De uma empresa que até o final dos anos 90 vivia na monocultura dos refrigerantes, a Coca-Cola se transformou numa especialista em todo tipo de bebida não alcoólicas no país - da água ao café, dos chás aos néctares, passando pela proteína vegetal, sucos e bebidas esportivas. Hoje, produz 152 produtos entre sabores regulares e versões zero ou de baixa caloria.

Curiosamente o leite de vaca, uma bebida ancestral da humanidade, foi a última fronteira conquistada no Brasil, em abril deste ano, quando a multinacional comprou a Campo Verde, um laticínio de Lavras, Minas Gerais. A Campo Verde vinha se destacando com a marca Lacfree, a primeira a oferecer produtos com zero lactose no país, no início da década.

"Somos pato novo no lácteo, ainda fazemos mais perguntas do que respondemos", disse o diretor de Negócios Emergentes da empresa no Brasil, Egon Barbosa, durante palestra no encontro internacional Dairy Vision, em Curitiba, na última semana. Modéstia à parte, o executivo da Coca-Cola sabe bem onde a empresa quer chegar ao entrar numa cadeia produtiva que faz girar 35 bilhões de litros de leite por ano e mobiliza cerca de um milhão de produtores. "Para todo lado, a gente só vê oportunidade. Os produtos lácteos têm características culturais fortes, conforme cada região do país. O desafio é capturar valor para cada mercado em que a gente atua", destaca.

Confira a entrevista de Egon Barbosa, concedida durante o Dairy Vision
- Porque o leite é um bom negócio para a Coca-Cola?
O leite é um bom negócio não só para a Coca-Cola, mas, primeiramente, é um bom negócio para as pessoas. Leite é uma categoria de altíssimo valor nutritivo, totalmente natural, e que efetivamente tem contribuições para o bem estar das pessoas. A Coca cola tem uma visão e posicionamento de ser uma companhia total de bebidas, que visa o bem-estar de seu consumidor. A gente não tinha em nosso portfolio, até há pouco tempo, nem café nem leite. Resolvemos entrar nessas 2 categorias justamente para capturar um valor de mercado, um incremento de negócio, mas, principalmente, para levar o consumidor um completo portfolio, incluindo lácteo, que é absolutamente muito benéfico para o ser humano.

- E a cadeia do leite tem espaço para inovações?
Sem dúvida. O que acontece no Brasil é que a maioria das inovações ainda são incrementais. Existe espaço para inovações mais disruptivas do mercado. Queremos que mercado lácteo dê um salto de valor, principalmente.

- Que mentalidade a Coca-Cola traz para o leite?
A Coca-Cola traz fortemente o tema de nutrição a partir do leite. Cada vez mais o mundo tem déficit nutricional. A responsabilidade de quem efetivamente chega em massa à mesa das pessoas é levar toda uma gama de produtos que promovam o bem-estar. Esse é o foco. O nosso posicionamento mundial agora se chama Beverages for Life, então, nossa missão é ter um portfolio de bebidas para que a vida de todo mundo seja cada vez melhor.

- Vocês já identificaram segmentos em que é possível crescer?
A maior ocasião do lácteo é o café da manhã, mas é um paradigma que pode ser quebrado. Você tem outras ocasiões de consumo ao longo do dia que uma série de produtos lácteos pode atender. E talvez atender melhor que categorias que já existem hoje. De forma mais saudável, mais sustentável. Durante o trabalho, por exemplo, nas suas pausas você pode consumir um natural whey protein (extraída do soro do leite), para te dar efetivamente um boost de energia, para ativar a mente e tudo o mais. Se a gente mapear todos esses momentos de consumo ao longo do dia, o leite como ingrediente pode ter uma contribuição efetiva, tem bastante oportunidade para crescer.

- Como é possível driblar a resistência que alguns apregoam hoje, dizendo que os seres humanos não foram feitos para consumir leite de vaca?
Seja um comportamento de nicho ou não, qualquer coisa que o consumidor verbalize e que sinta, é importante e a gente tem que considerar. Eu trocaria a palavra driblar pela palavra dialogar. E o diálogo passa pela segurança do que você está oferecendo. Todos os produtos que oferecemos têm um nível de segurança alimentar, são aprovados em todos os órgãos brasileiros, no FDA americano, nos organismos europeus e asiáticos. Muitos dos nossos indicadores de qualidade são superiores ao que as regulações da legislação impõem, justamente por acreditarmos que temos que levar sempre a melhor qualidade para o consumidor. E, no final, oferecer escolhas. Então, se você tem problema com açúcar, nós temos uma série de produtos sem açúcar. Se você quer algo mais refrescante ou divertido, pode tomar um refresco. Se quer algo mais nutritivo, pode tomar um suco 100% da fruta. Você tem também a opção aos lácteos, já que recentemente a gente comprou a Ades (bebida à base de soja) da Unilever. Então, tem alternativa láctea vegetal também. A ideia é oferecer ao consumidor sempre altíssima qualidade, e que ele possa escolher, conforme suas restrições ou desejos.

- Durante décadas, esse mercado de não viu muitas inovações. Nos últimos anos parece que a coisa acelerou. Por quê?
A cadeia de alimentos e de bebidas exige cuidados muito grandes para inovar. Não é um produto que você usa, é um produto que você engole, que põe para dentro do seu corpo. Então, o nível de cuidado em inovações é triplicado para trazer alguma coisa para a mesa. Isso significa impacto na indústria. As linhas de produção, toda a parte de assepsia, de processo e de qualidade, precisam ter um nível de sofisticação e, portanto, um custo elevado. Não dá para mover isso todo ano, são ações caríssimas. Agora, alternativas tecnológicas estão surgindo a cada dia. Você tem cadeias mais curtas, de novos equipamentos, novos processos, ingredientes mais saudáveis que surgem, ano a ano, então você começa a ter uma velocidade e potencial de inovação muito mais rápidos. O que dirige isso, basicamente, é o comportamento do consumidor que, nos últimos dez anos, mudou radicalmente. A gente passa de uma cultura de monocategoria, no final dos anos 90, para mais de 20 categorias dentro do portfolio. Isso significa atender ao que o consumidor está demandando, e a indústria precisa se ajustar, de forma cada vez mais veloz.

- Qual deve ser o impacto da entrada da Coca-Cola no setor lácteo?
A Coca-Cola vai estender as mãos para desenvolver e trazer valor ao setor. E isso significa valor para o consumidor. O setor não vai ter crescimento de valor se o consumidor não receber e não quiser pagar por isso. Olhando para o consumidor, o que ele pode esperar é que vamos trazer cada vez mais novidades para a mesa, novidades saudáveis, sustentáveis, que sejam boas para o consumidor, para a indústria e para o planeta. (GAZETA DO POVO/Agrolink)

RS: dia de campo na área leiteira acontecerá em Vila Oliva, diz Emater

A propriedade rural de Marcelo e Marta Camêlo e família, no distrito de Vila Oliva, em Caxias do Sul, irá sediar um Dia de Campo sobre Bovinos de Leite, na próxima quinta-feira (07). A propriedade da família tem como atividade principal a produção leiteira, além do cultivo de uva e de uma agroindústria de queijo, e faz parte do Programa de Gestão Sustentável da Agricultura Familiar, da Secretaria do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR).

O objetivo do dia de campo é demonstrar aos produtores de leite tecnologias de produção, visando o aumento da produção e produtividade, a diminuição da penosidade do trabalho e a gestão da propriedade rural, tendo como consequência o incremento da renda e o bem-estar das famílias.

O evento inicia a partir das 9h e terá quatro estações, que serão conduzidas por profissionais da Emater/RS-Ascar, UCS, Senar e Inspetoria Veterinária. O tema da qualidade do leite será tratado pelo engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, João Carlos Reginato, que vai explicar os cuidados simples para que o produtor tenha animais sadios e um produto de qualidade, evitando perdas na produção, que incluem desde medidas de higiene e limpeza até o melhoramento genético dos animais.

Já a irrigação das pastagens será abordada pela engenheira florestal da Emater/RS-Ascar, Adelaide Ramos, que falará sobre a importância da irrigação e as políticas públicas disponíveis, juntamente com acadêmicas do curso de Agronomia da UCS, que irão apresentar um experimento que comparou uma área com irrigação e outra sem e os resultados em termos de produtividade das forrageiras e leiteira.

Os outros dois assuntos, criação correta da terneira e novilha e sanidade do rebanho leiteiro, serão abordados pelo Senar e Inspetoria Veterinária, respectivamente. A abertura oficial acontece às 12h30, seguida de almoço campeiro. No local, haverá também exposição de máquinas, equipamentos e insumos para a atividade leiteira.

A promoção é da Emater/RS-Ascar, Agrimar, Prefeitura, UCS, Juntos para Competir (Sebrae/Senac/Farsul), Divisão de Defesa Sanitária e Sindicatos Rural e dos Trabalhadores Rurais, com patrocínio de diversas empresas. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 54 3201-1208, do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul. O dia de campo deverá reunir em torno de 300 pessoas de Caxias do Sul e municípios vizinhos.

Mais atividades na região
Também no dia 07 de dezembro, o escritório municipal da Emater/RS-Ascar de Veranópolis irá promover um dia de campo sobre plantas medicinais, com início às 14h, no Horto da Fepagro.

Na programação, extensionistas da Emater/RS-Ascar da região irão explicar sobre as plantas medicinais e condimentares e seus benefícios, jardinagem e cultivo de orquídeas, plantas comestíveis e práticas sustentáveis de produção para agricultura doméstica. (Fonte: Emater/RS)

Queijos/Uruguai
A China reduzirá tarifas alfandegárias no regime de "Nações Mais Favorecidas (NMF)" para 187 produtos importados, incluindo os queijos uruguaios, o que beneficiará os países que não têm Tratado de Livre Comércio (TLC) com o país asiático, como o Uruguai. Esta medida que entrou em vigor no dia 1º de dezembro representa redução da diferença de tarifas alfandegárias diante dos países que têm TLC com a China, destacou o Instituto Nacional do Leite (INALE), com base em informações da embaixada do Uruguai na China. A redução de tarifa alfandegária abrange as seguintes variedades: Queijo ralado ou em pó (tarifa passada de 12% para 8%); queijo fundido (tarifa sai de 12% para 8%), queijo azul (tarifa de 15% para 8%), e outros queijos (tarifa passa de 12% para 8%). Esta queda reduzirá a diferença entre as tarifas do Uruguai e os principais concorrentes, como Nova Zelândia e Austrália, que contam com TLC em vigor, com a China", diz o Inale. As exportações do Uruguai para a China, são, principalmente, de queijos fundidos. Em 2016 o Uruguai foi o sexto maior fornecedor de queijo fundido para a China, ficando atrás da Nova Zelândia, França, Austrália, Estados Unidos, e Dinamarca. Atualmente, as exportações da deste produto da Nova Zelândia para China, são livres de tarifas alfandegárias. Já a Austrália enfrenta uma tarifa preferencial de 8,4%, que em 1º de janeiro de 2018 passará para 7,2%, e irá diminuindo progressivamente, até chegar a 0 em 2024. (El Observador - Tradução livre: Terra Viva)
 

Porto Alegre, 04 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.634

 

Gestão na produção leiteira: o exemplo da Nova Zelândia

A Nova Zelândia está entre os principais países produtores de leite do mundo. Segundo dados das companhias locais que atuam no setor, a produção de leite no último ano foi de 21 milhões de toneladas. Além da alta produção, o país também se destaca pelo elevado padrão de qualidade do produto, com baixos índices de CCS e CBT.

Visitando fazendas no país, durante quatro meses, pude observar alguns segredos de todo esse sucesso. E o que mais me surpreendeu nessas visitas foi que me deparei com vários ensinamentos que já tinha aprendido no Brasil, por meio do Sistema MDA (Master Dairy Administration, sistema de gestão desenvolvido pela Clínica do Leite). Isso porque a principal diferença entre os produtores do Brasil e os da Nova Zelândia está relacionada à gestão da propriedade.

No Brasil, a maior parte dos produtores de leite ainda não consegue enxergar a fazenda como um negócio e, por isso, não têm como prioridade um sistema de gerenciamento realmente eficiente. Essa carência de gestão piora as crises que ocorrem em momentos de baixa nos valores de pagamento do leite, como aconteceu recentemente. Somente com um sistema de gestão adequado se torna possível reduzir custos e aumentar o lucro da fazenda. É o "litro produzido a mais" que gera a rentabilidade e a sobrevivência do negócio!

Nas fazendas neozelandesas, encontrei vários princípios, ferramentas e práticas sugeridos pelo Sistema MDA. Um deles é a liderança, evidente nas propriedades em que visitei. Nelas, a maior parte dos donos das fazendas está presente, diariamente, acompanhando as atividades dos funcionários. E grande parte deles está todos os dias na ordenha. 

Também pude perceber uma dos fatores mais importantes para a boa qualidade do leite: o treinamento dos empregados e a existência de procedimentos operacionais para as atividades que eles realizam. É comum encontrar, nas fazendas, quadros de avisos sobre as atividades que devem ser realizadas durante a semana, bem como de procedimentos que precisam ser lembrados.

Outra prática que chama a atenção na Nova Zelândia é a rotina fixa de atividades. Durante todos esses meses em que fiquei observando a ordenha, a alimentação dos bezerros, o tratamento das vacas, a higiene, entre outros, reparei que tudo sempre é feito do mesmo jeito. Existem protocolos definidos, que não são alterados. Não se muda a dieta, o tratamento das vacas ou o fluxo de trabalho. Assim, por exemplo, existe um procedimento a ser seguido para cada doença que surge na propriedade, de modo que o funcionário já sabe como proceder caso a vaca apresente alguma enfermidade. 

Mais uma vez, vem à tona um dos ensinamentos mais importantes do MDA: a padronização. Afinal, não é possível saber onde se está errando caso haja formas diversas de executar as tarefas e, como consequência, variação nos dados coletados na fazenda. Somente por meio da padronização dos processos que poderemos reconhecer a causa da variação de indicadores. As fazendas produtoras de leite da Nova Zelândia comprovam que esse é o caminho para a melhoria contínua da produção.

 

As crises enfrentadas pelo agronegócio brasileiro exigem que nos espelhemos em países que apresentam eficiência no setor. Embora a realidade desses países seja diferente da brasileira em vários aspectos - do clima à regulamentação - existem medidas simples, que independentemente do contexto, são perfeitamente aplicáveis em nosso país. A maioria delas está relacionada à gestão. Assim, só será possível melhorar a produção e a qualidade do leite no Brasil se o produtor estiver consciente de que sua fazenda é um negócio, como qualquer outra empresa do país e que, como tal, necessita de um gerenciamento adequado para sobreviver e prosperar. (Janielen da Silva, Pesquisadora da Clínica do Leite, Doutoranda em Ciência Animal e Pastagens - ESALQ/USP /MilkPoint - https://www.milkpoint.com.br/mypoint/clinicadoleite/p_gestao_na_producao_leiteira_o_exemplo_da_nova_zelandia_gestao_mda_nova_zelandia_leite_clinica_pessoas_6297.aspx)

China reduz tarifa de importação de queijo dos EUA

A demanda chinesa por queijo importado cresceu de forma impressionante ao longo dos últimos cinco anos. Na sexta-feira, a China reduzirá a tarifa sobre as importações de queijo dos EUA dos atuais 12% para 8%. Como parte dos esforços da China para aumentar a oferta e a acessibilidade dos produtos disponíveis aos consumidores, a China também reduzirá as tarifas em duas categorias de produtos que contém ingredientes lácteos. As importações de fórmula de proteínas hidrolisadas para pessoas com necessidades nutricionais especiais se tornarão isentas de impostos - atualmente, a tarifa é de 20%. A tarifa sobre alimentos infantis pré-embalados vai cair de 15% para 2%.

As mudanças melhorarão imediatamente a capacidade da indústria de lácteos dos Estados Unidos de competir por exportações na China, particularmente para queijos e produtos que contenham soro do leite e leite em pó. A demanda chinesa por queijo importado cresceu de forma impressionante ao longo dos últimos cinco anos. As importações chinesas de queijo foram recordes nos últimos quatro anos.

China reduz tarifa de importação de queijo dos EUA
Em 2016, as importações de queijo atingiram 96,93 milhões de quilos, um aumento de 133% em relação ao ano anterior. As importações de queijo da China provavelmente marcarão um novo recorde neste ano; até agora nesse ano, as importações de queijos foram 19,3% maiores do que os volumes de janeiro a outubro de 2016. Em outubro, as exportações de queijo dos EUA para a China aumentaram 44,8% com relação ao mesmo período do ano anterior.

Os Estados Unidos são o terceiro maior fornecedor de queijo para a China, depois de Nova Zelândia e Austrália, e os Estados Unidos representaram 11% das importações de queijo da China até agora neste ano. Isso é superior a uma participação de 9,2% em 2016, mas abaixo de 15,4% em 2015 e 17,6% em 2014.

A nova estrutura tarifária poderia ajudar os Estados Unidos a recuperar parte da participação de mercado que perdeu para a Nova Zelândia e para a Europa. Essa é uma notícia muito bem-vinda, considerando o tamanho do estoque de queijos dos EUA e uma produção implacavelmente robusta.


 
Em 2016, os EUA exportaram apenas 5,2% do queijo produzido e 14,2% de todos os sólidos do leite. O Conselho de Exportações de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC, da sigla em inglês) estima que, para manter um crescimento forte e amplo na indústria de lácteos, o país precisará aumentar as exportações de produtos lácteos para cerca de 20% da oferta de leite até 2020. (Daily Dairy Report, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Aprendendo a vender leite e iogurtes

A estratégia de ampliar o portfólio levou a Coca-Cola a comprar, em parceria com os engarrafadores locais, duas empresas de derivados de leite na América Latina: a mexicana Santa Clara, há cinco anos, e a brasileira Verde Campo no ano passado. Antes disso, tinha comprado a Leão, que produz chás e café no Brasil. "Os lácteos são um negócio diferente pois vendemos bebidas a vida toda", diz Juan Pratts, vice-presidente de assuntos públicos da Coca-Cola no México. Ele diz que a empresa está aprendendo a vender leite, iogurtes, queijos e sorvetes. Em Pachuca, cidade ao norte da capital mexicana, a uma hora e meia de carro, a Santa Clara está recebendo neste mês 800 mil litros de leite por dia de 17 criadores de gado leiteiro. Isso inclui os 35 mil litros da família Gomez, que fundou a Santa Clara há 90 anos. Quase 90% é transformado em leite ultrapasteurizado UHT, que não necessita ser transportado em caminhão refrigerado e pode ser distribuído ao varejo na frota que leva outros produtos da Coca-Cola. O restante é dividido entre leite fresco, queijos, creme de leite fresco e sorvetes. 

A Coca-Cola enfrenta a francesa Danone, que domina o mercado mexicano de iogurte, e a Lala, que comprou a Vigor no Brasil e é a maior empresa de laticínios do México. "Mas estamos crescendo rápido. Em leite UHT, estamos quase igual à Lala", diz Francisco Javier Muñoz, engenheiro de alimentos, há 30 anos na Santa Clara. Grandes redes de varejo recebem o leite da Santa Clara, mas os sorvetes, queijos e iogurtes são mais facilmente encontrados nas 255 lojas da empresa. A Coca-Cola vê grande potencial no mercado de lácteos. O consumo per capita de leite no México é de cerca de 3 litros, metade do recomendado pela FAO, o braço de alimentos e agricultura da Organização das Nações Unidas. O desafio é fazer um produto de qualidade a um preço acessível, já que 40% dos mexicanos são pobres, segundo o Fundo Monetário Internacional. (Valor Econômico) 
 

Garantia de preço pauta encontro com empresas
A insatisfação com os valores pagos pela indústria motivou a discussão sobre a adoção de uma garantia de preço ao produtor de leite, por meio da formalização de contratos entre as partes. A ideia é defendida pela Fetag, que amanhã irá tratar do assunto em reunião com a empresa Lactalis, em Porto Alegre. No dia 19, haverá um encontro com a direção da Nestlé. Segundo o assessor de Política Agrícola da Fetag, Márcio Langer, o objetivo é possibilitar que o produtor possa planejar seus custos e tenha condições de saber antecipadamente quanto irá receber. Ele afirma que, no modelo atual, a relação entre as partes se dá de maneira informal. O produtor, conforme Langer, somente sabe quanto irá receber no dia 15 de cada mês, quando o pagamento geralmente é efetuado. A Fetag defende que o produtor receba o pagamento até o quinto dia útil. Embora reconheça que seja difícil fixar um preço por um período de vários meses, Langer diz que a Fetag defende a elaboração de uma "metodologia que dê condições de o produtor se organizar". Em novembro, o preço de referência do Conseleite ficou em R$ 0,8653 pelo litro. O assunto divide opiniões. Para o professor Marco Antonio Montoya, do curso de Ciências Econômicas da UPF, estabelecer contratos entre as partes é interessante para garantir parceria de fluxo constante de mercadoria e apoio tecnológico. No entanto, pondera que as cotações são reguladas pelo mercado. "Poderá resultar no aumento da qualidade e, por consequência, melhoria de preço, mas fica difícil determinar valores antecipadamente". O secretário- executivo do Sindilat, Darlan Palharini, considera que a discussão é válida, mas complexa. Ele alerta para a possibilidade de que a medida possa "engessar" o mercado. "Não sabem até que ponto a formalização vai atender ambas as partes, já que existem diversos sistemas de produção", diz. (Correio do Povo)

Porto Alegre, 01 de dezembro  de 2017                                              Ano 11- N° 2.633

 

  Rótulos 

Pesquisa realizada pelo IBOPE Inteligência mostra que 67% das pessoas, ou seja, cerca de 7 em cada 10 entrevistados, preferem o semáforo nutricional, contra 31% que declaram preferir o modelo de advertência nos rótulos de alimentos e bebidas. A proposta que utiliza cores (verde, amarelo e vermelho) para traduzir as informações sobre o teor de açúcares, gordura e sódio dos produtos - conhecida como Semáforo Nutricional Quantitativo - é considerada a mais clara e didática para 65% dos entrevistados.

"Embora os dois modelos sejam bem avaliados pela população na avaliação individual, ela tem uma preferência. Quando perguntamos qual deles gostariam de encontrar na parte frontal das embalagens, a maioria indica o modelo semáforo nutricional", afirma Patricia Pavanelli, diretora de contas do IBOPE.

A nova proposta de rotulagem nutricional frontal, que vem sendo discutida pela sociedade, tem o objetivo de trazer as informações sobre o teor de nutrientes contidos nos alimentos para a parte da frente das embalagens. A pesquisa fez a comparação entre o modelo de semáforo nutricional e o de advertência, ambos apresentados à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) como propostas para rotulagem frontal no Brasil. O tema é prioritário na agenda regulatória da Agência.

Comparação de modelos
A pesquisa ainda revela que 81% dos entrevistados avaliam que o modelo do semáforo facilita a compreensão das informações nutricionais, contra 78% do modelo de advertência. O sistema de cores usado para classificar os nutrientes em um rótulo frontal é avaliado como ótimo/bom por 85% da população, contra 74% do modelo de advertência. Além disso, 47% avaliam a facilidade de leitura e compreensão das informações com nota 9 ou 10, contra apenas 26% da avaliação do modelo de advertência.

Mais um argumento favorável ao modelo de semáforo nutricional quantitativo é o fato de a relação entre as cores verde, amarela e vermelha já ser algo comum para o brasileiro, enquanto outras propostas apresentadas se baseiam em modelos de advertências, com mensagens escritas em fundo preto, que não informam a quantidade dos nutrientes destacados.

O brasileiro quer informação
A população já tem por hábito consultar informações nas embalagens, mas ressalta a necessidade da adequação e revisão de alguns itens. Aproximadamente 3/4 da população procura, de modo geral, informações nas embalagens para auxiliar na escolha dos produtos. A tabela nutricional é o terceiro item mais buscado:
o Prazo de validade ou data de fabricação: 45%
o Preço: 24%
o Tabela nutricional/ Informação nutricional: 21%
o Advertências relacionadas à saúde (diet, light, sem colesterol, sem gordura trans, sem lactose, contém glúten, etc): 18%
o Marca ou fabricante: 13%
o Lista de ingredientes: 10%
o Quantidade: 7%

A apresentação da informação por porção e por medida caseira, complementando medidas em gramas e litros, também aparece como uma necessidade dos brasileiros, vindo ao encontro da proposta apresentada pela indústria. A pesquisa qualitativa aponta a preferência pela referência nutricional baseada em quantidades mais concretas e de fácil compreensão, como as unidades ou medidas caseiras: copo americano, xícara, colher de sopa.

O estudo foi solicitado pela Rede de Rotulagem, que reúne associações das indústrias de alimentos e bebidas não alcoólicas. "A realização desta pesquisa foi muito importante para obtermos a opinião da população brasileira. Os dados coletados mostram uma clara preferência pelo modelo de rotulagem frontal com semáforo quantitativo proposto pelo setor, uma vez que ele é informativo e educativo, além de ter fácil entendimento para toda a população", afirma Daniella Cunha, diretora de Relações Institucionais da Abia (Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação).

A informação por cores demonstra ter apelo popular, proporcionar comunicação instantânea e ser acessível a todos. Além disso, apresenta-se como um recurso didático, a fim de educar novas gerações e pessoas com baixa escolaridade. O modelo semáforo mostra-se ainda capaz de proporcionar uma rápida identificação no momento da compra e de permitir comparação entre alimentos, o que favorece a decisão do indivíduo e sua soberania na escolha.

"O modelo do semáforo demonstrou ser o que mais desperta o interesse das pessoas pela busca de informações nutricionais. Isso é fundamental quando pensamos em garantir eficiência a uma política pública como esta em discussão. O que adianta os rótulos serem fontes seguras de informação, se elas não forem percebidas pelas pessoas? Hábitos saudáveis são resultados de escolhas equilibradas, não se desenvolvem por imposição", afirma Pablo Cesário, gerente executivo da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

Outros números da pesquisa revelam que os brasileiros procuram e querem ter acesso às informações nutricionais, mesmo que não compreendam na totalidade os dados da tabela nutricional. O modelo com cores se revela uma proposta que cumpre a função de comunicar, de modo didático, lúdico e com empatia, essas informações. Ademais o levantamento indica que o modelo teve a preferência até de quem declara "raramente ler" as informações da tabela.

"A indústria acredita que qualquer modelo de rotulagem, sozinho, não é capaz de substituir uma ação ampla de educação alimentar e nutricional, que oriente a população a entender as informações nos rótulos dos alimentos e saber como compor uma alimentação saudável e equilibrada, aliada à prática de atividade física", Alexandre K. Jobim, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (ABIR). (Newtrade)

Produção leiteira 

A produção de leite no Brasil deve aumentar 1,8% em 2018, para 23,98 milhões de toneladas ante as 23,55 milhões de toneladas esperadas para o total de 2017, estima o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em relatório. A elevação da produção tende a ser impulsionada pelas exportações de lácteos, como o leite condensado, principalmente para o mercado africano, e o leite em pó.

Outro fator que influencia neste aumento é a suspensão das importações de produtos lácteos do Uruguai. O USDA destaca que, em 10 de outubro, o Ministério da Agricultura brasileiro suspendeu as compras do país vizinho e solicitou comprovante de rastreabilidade, para verificar se 100% do produto vindo do Uruguai era, de fato, daquele país.

A maior produção doméstica do setor e a demanda mais amena resultaram em importações limitadas de leite em pó.Sobre o mercado interno, o relatório ressalta que o consumo da bebida tende a permanecer em volumes baixos no ano que vem, em linha com o desempenho de 2017.

"O cenário é derivado do excesso de leite no mercado e da fraca demanda dos consumidores, mesmo que indicadores mostrem que a situação econômica do Brasil está melhorando gradualmente", diz o documento. Com isso, as empresas do setor estão apostando nos derivados em vez da matéria-prima em si. Para 2018, a expectativa é que o consumo doméstico de leite fique estável em 10 milhões de toneladas. (Globo Rural)

Mercosul x UE 

Esta semana ocorrerá uma nova reunião de negociações Mercosul x União Europeia (UE), que possivelmente será definidora. Até agora "os lácteos continuam excluídos das negociações", ressaltou à Conexión Agropecuaria Mercedes Baráibar, economista do Instituto Nacional de la Leche (Inale), que viajará para Bruxelas, com a delegação negociadora. 

Na primeira reunião que ocorreu em Brasília, no mês de setembro, o Uruguai chegou com a firme postura de excluir os lácteos do acordo. A novidade é que a UE pediu formalmente uma consulta pública, com o objetivo de conhecer a opinião da população e fornecer informações para que os negociadores sobre os possíveis conflitos de nomes que estavam entre as Indicações Geográficas europeias e os nomes que utilizados no Uruguai para alguns queijos.

"Quem se sentir vulnerável em seus direitos porque a UE se apropria de determinado nome terá que enviar um e.mail para ( consultapublicaigdo@miem.gub.uy). As informações serão processadas pelo escritório nacional de propriedade intelectual e enviadas ao chefe da equipe de negociadores para que na semana que vem esteja na mesa de trabalho, a quantidade de oposições ou objeções feitas", explicou Baráibar. Esta semana serão negociados produtos e na próxima as indicações geográficas, acrescentou.

O reconhecimento pedido pela UE é de exclusividade de certos nomes. Uma vez firmado o acordo, os países do Mercosul não poderão utilizar os nomes nas etiquetas de queijos se eles não procederem dos países mencionados na lista. Isto quer dizer, que o Uruguai não poderá utilizar os nomes, nem para suas vendas internas, nem para as vendas no mercado externo. A maior informação em relação a possíveis conflitos com os nomes nacionais, proporcionará aos negociadores do Uruguai maiores elementos para debater a lista. A consulta pública terá duração de 30 dias, a partir de 20 de novembro. (Blasina y Asociados - Tradução livre: Terra Viva)

Demanda fraca aprofunda queda das cotações do leite

O preço médio do leite ao produtor brasileiro voltou a cair em novembro, refletindo a oferta crescente da matéria-prima devido ao período de safra, mas a retração superou a expectativa de analistas. No mês passado, os produtores receberam, em média, R$ 1,041 pelo litro do leite entregue em outubro, um recuo mensal de 1,6%, de acordo com levantamento da Scot Consultoria. "A expectativa era de uma queda menor", disse Rafael Ribeiro, analista da Scot Consultoria. Isso porque os preços do leite longa vida no atacado haviam esboçado reação em outubro. No entanto, segundo Ribeiro, a tentativa dos laticínios de melhorar suas margens não foi bem-sucedida uma vez que a demanda no varejo continuou fraca. Diante disso, os preços do leite longa vida no atacado voltaram a recuar em novembro, assim como no varejo. 

Segundo o levantamento da Scot, no mês que se encerra, o longa vida caiu R$ 0,05 no atacado paulista, para R$ 2,13 o litro. No varejo, o recuo foi de R$ 0,04, para R$ 2,81 por litro. Considerando que a demanda doméstica por lácteos segue fraca e que o pico da safra de leite ainda deve ocorrer em dezembro nas principais regiões produtoras, como Minas Gerais, Goiás e São Paulo, a tendência é de novas quedas nas cotações ao produtor até o fim do ano, avalia Rafael Ribeiro. Em janeiro, estima, a produção de leite deve começar a se estabilizar no Brasil. Segundo o Índice Scot de Captação de Leite, a produção de leite na média do país subiu 1,1% em outubro sobre setembro, e dados parciais indicam novo aumento, de 0,9%, em novembro sobre outubro passado. 

Para Ribeiro, neste fim de ano, o consumo interno de leite longa vida deve seguir patinando, mas a demanda por outros produtos lácteos, como creme de leite e leite condensado, deve crescer em função das festas de fim de ano. A expectativa, segundo ele, é que a demanda doméstica por lácteos comece a melhorar em 2018, mas, inicialmente, ainda em ritmo lento. (Valor Econômico)

 

Súmulas do TST
O presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), ministro Ives Gandra da Silva Martins Filho, já marcou uma data, em fevereiro, para que a corte reveja o conteúdo de aproximadamente 35 a 40 súmulas do tribunal, com o objetivo de readequá-las à nova legislação trabalhista. De acordo com membros do tribunal, a sessão de fevereiro pode resultar na extinção de algumas dessas súmulas, devido à disparidade entre seus conteúdos e o que está previsto na reforma trabalhista, que entrou em vigor em novembro. "Temos mais de 400 súmulas no tribunal, porque a CLT era omissa", explicou o ministro Alexandre Agra Belmonte. "Algumas delas precisam de readequação. Precisam ser adaptadas em razão da reforma, porque a súmula diz uma coisa e a reforma diz outra." (Valor Econômico)