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Porto Alegre, 02 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.686

 

Japão: mercado de leite em pó para adultos está em alta

Quando se ouve ou lê leite em pó a primeira imagem é de bebês ou crianças. Ou, às vezes, para fazer algum doce. No Japão, esse produto alimentício anda em baixa porque o número de bebês vem caindo a cada ano. Tanto que as indústrias andam exportando o leite em pó para bebês, para outros países da Ásia. Mas, por outro lado alguns fabricantes descobriram um segmento interessante. Desenvolveram leites em pó com sabores diferentes, acrescidos de suplementos, para finalidades diferentes.

Em setembro do ano passado a Yukijirushi, uma tradicional indústria de leite e derivados, criou uma linha chamada Platina Milk. Já deu para imaginar para que público. Sim, o de cabelo platinado, ou acima de 60 anos. E acertou em cheio. O público da terceira idade é ativo pois foi-se o tempo em que avançar na idade era sinônimo de hospitais e medicamentos. De uns anos para cá, a pessoas da terceira idade querem ter longevidade com saúde.

Leite em pó para terceira idade
Uma pesquisa realizada pela fabricante apurou o que o público maduro deseja quando chegar na terceira idade. As respostas foram: boa memória em primeiro lugar, força muscular em segundo e beleza em terceiro. Assim, a fabricante desenvolveu três leites em pó com finalidades distintas. Um deles tem sabor de matcha com suplementos para pessoas ativas, enriquecido com cálcio, leucina e vitamina D. O outro é leite puro acrescido de suplementos como 11 tipos de vitamina, 8 tipos de minerais, DHA e proteína para balancear a saúde. O terceiro tem sabor de sopa potage, acrescido de colágeno, cerâmica e geleia real para a beleza da pele.

Outra que iniciará uma linha a ser vendida nos supermercados e farmácias a partir de abril é a morinaga, com suplementação de lactobacilos para manter a imunidade. Outra indústria, a Kyushin, já tem o leite em pó para adultos, mas criou um com sabor de iogurte, há quatro anos. (As informações são do Portal Mie)    

 
 
Nova Zelândia - Quanto será a queda efetiva de produção de leite?

Produção/NZ - Nas últimas semanas começou uma polêmica na Nova Zelândia em relação a quanto poderá cair a produção de leite no país e se a Fonterra poderá aumentar o preço a seus produtores na temporada 2017/2018. No início do ano os valores dos produtos lácteos (especialmente do leite em pó integral) se incrementaram no GlobalDairyTrade, influenciados pela menor oferta prevista pela cooperativa neozelandesa.

Nos quatro primeiros eventos de 2018 o preço do leite em pó integral subiu 17,8%. O banco ASB disse que a queda de 3% na produção prevista pela Fonterra na temporada 2017/2018 é muito pessimista. Os analistas do banco questionaram essa projeção devido ao retorno das chuvas em boa parte do país nas últimas semanas. No último boletim da Associação das Empresas de Laticínios da Nova Zelândia foi divulgada a informação de quem janeiro a produção do país caiu 7,4% em relação a igual mês do ano anterior, medido em quilos de sólidos. No acumulado a produção 2017/2018 até agora está 0,9% abaixo do volume registrado em igual período do ciclo anterior. E, nos 12 meses fechados em janeiro a captação é 0,8% superior. No relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a previsão é de que no ano calendário de 2018 a produção cairia 1% em relação a 2017.

Atualmente a Fonterra projeta o preço do leite ao produtor em NZ$ 6,40/kgMS, [R$ 1,15/litro]. Os analistas do banco ABS mantiveram uma estimativa de preço em NZ$ 6,50/kgMS, [R$ 1,17/litro]. Já o banco ANZ considera que a Fonterra manterá sua atual projeção de preço para essa temporada. Ainda que seja esperada nova queda de preços com maior oferta interna nos próximos meses, o preço do leite em pó deverá se manter na faixa entre US$ 2.800 a US$ 3.200 a tonelada. Já os corretores da OMF estima que a Fonterra deverá aumentar para NZ$ 6,78/kgMS, [R$ 1,22/litro], o preço do leite ao produtor. (El Observador - Adaptação: Terra Viva)

Perspectivas do mercado lácteo - América do Sul - Relatório 09/2018 de 02 de março de 2018

Leite/América do Sul - Nas duas últimas semanas, chuvas esparsas trouxeram alívio para o milho, soja e outras culturas de verão da América do Sul. No entanto, temperaturas elevadas e falta de chuvas é a previsão do tempo para o resto do verão, e outono, como efeito do fenômeno La Niña. Na realidade, de acordo com o Instituto Nacional de Tecnologia Agrícola da Argentina (INTA), até o dia 19 de fevereiro de 2018, o percentual de água disponível no solo variou entre 0 e 10% em todo o país, o que é sinal de seca severa. Sabendo disso os produtores de leite estão muito preocupados com a sua rentabilidade, diante do potencial aumento no preço dos grãos, que representam em torno de 50% da alimentação de seus rebanhos. De acordo com alguns contatos das indústrias, os preços das fazendas permanecerão bastante estáveis pelo menos até o final do verão. Em geral a produção de leite vem mantendo um declínio constante em todo o continente, enquanto os níveis de matéria gorda e proteína permanecem baixos. 

A volta às aulas na Argentina e Uruguai estão fazendo crescer a demanda de leite engarrafado. Por outro lado, já começa a faltar leite para as necessidades das indústrias. Diante disso, algumas fábricas começam a priorizar a produção de queijos e iogurtes, por exemplo, reduzindo a secagem para leite em pó. Também a fabricação de manteiga é menor, com a menor disponibilidade de creme. De acordo com as indústrias, os produtores de leite ainda não receberam os subsídios do governo para ajudar a superar os danos causados pelas inundações de anos anteriores. Assim, as estradas rurais continuam precárias nas principais bacias leiteiras.
No Brasil a escassez de leite está ajudando a sustentar o preço do leite ao produtor. Após as tradicionais comemorações das duas últimas semanas, os pedidos de leite engarrafado pelo varejo e food service caíram. A produção de queijo e manteiga está ativa, mas, já começa a faltar matéria prima em algumas regiões do país. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)
 
 
 

Captação de leite na UE aumentou 1,8% em 2017
A captação de leite na União Europeia (UE) no mês de dezembro registrou um aumento significativo, sendo 3,9% superior ao de dezembro de 2016 (+474 000 toneladas). Os maiores aumentos de volume foram registrados na Alemanha, na França e no Reino Unido. Os maiores aumentos percentuais foram registrados na Irlanda (+ 13,6%), Romênia (+ 10,9%), Lituânia (+ 10%) e Áustria (+ 9,4%). As captações acumuladas ao longo do ano de 2017 foram 1,8% superiores às de 2016, o que se traduz em 2,7 milhões de toneladas de aumento, de acordo com os últimos dados do Observatório da Indústria de Lácteos da UE. Os maiores percentuais de aumentos nas entregas em 2017 foram registrados na Bulgária, Chipre, Irlanda e Romênia, enquanto 10 Estados-Membros reduziram suas entregas de leite (Alemanha, Holanda, Suécia, Finlândia, Hungria, Croácia, Grécia, Malta, Letônia, Lituânia). Na Espanha, as entregas aumentaram 1,8%, ficando na média da UE. Os produtos lácteos cuja produção aumentou em 2017 foram leite em pó integral (+ 2,8%), queijo (+ 2,0%, embora a queda no último mês do ano tenha sido muito pronunciada), leite concentrado (+ 1,4%) e creme (+ 1,0%), enquanto o leite em pó desnatado (-2,6%), o leite de consumo (-0,7%) e a manteiga (-0,4%) apresentaram redução. (As informações são do Agrodigital, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Porto Alegre, 01 de março de 2018                                              Ano 12 - N° 2.685

 

    Lactalis produz leite UHT em garrafas e manteiga com a verdadeira receita francesa no RS

O Grupo Lactalis deu início, neste mês de fevereiro, à fabricação de leite UHT das marcas Parmalat e Elegê envasado em garrafas. Os produtos sairão da nova linha da unidade de Teutônia, no Rio Grande do Sul, cuja inauguração ocorreu na manhã desta quarta-feira (28/2) com a presença de autoridades e do governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori. Tendência no mercado europeu, as embalagens representam apenas 2,2% do volume de leite comercializado no Brasil. Em seu pronunciamento, o governador destacou que o projeto consolidado hoje é resultado de uma parceria iniciada no começo de sua gestão. "O amanhã depende do que estivermos realizando hoje", frisou, elogiando a iniciativa da Lactalis e lembrando que mais empresas precisam seguir esse exemplo e investir no RS.

Para adaptar a fábrica de Teutônia, a Lactalis investiu R$ 50 milhões em equipamentos para produção de leite UHT em garrafas e R$ 20 milhões para a linha de manteiga premium, muitos deles importados da Europa. O processo durou 12 meses e foi concluído no final de 2017. Segundo o CEO da Lactalis do Brasil, André Salles, o Rio Grande do Sul é um estado estratégico para a empresa. "Esta é uma tendência que chega ao Brasil como fruto do amadurecimento do mercado de lácteos. O leite em garrafas agrega um novo conceito de praticidade e conveniência ao consumidor", completou o diretor de comunicação da Lactalis do Brasil, Guilherme Portella.  

As garrafas Multiprotect apresentam barreiras de revestimento que evitam o contato do leite com o ambiente externo, ajudando a mantê-lo fresco por mais tempo. A embalagem ainda tem alta resistência, fácil acondicionamento e manuseio simples, evitando perdas e respingos. A aposta da Lactalis é na capacidade de amadurecimento do mercado brasileiro, uma vez que, na França, por exemplo, o leite em garrafa PET representa 43% do mercado. No Reino Unido, a embalagem lidera com 75% das vendas.

MANTEIGA PRÉSIDENT GASTRONOMIQUE - Os investimentos na nova fábrica também permitiram a inauguração de uma nova unidade de produção de manteiga. Agora, será produzida no RS a manteiga com a verdadeira receita francesa: a Président Gastronomique. Comercializada em todo o país, levará às mesas brasileiras o sabor único da manteiga mais vendida na França. "É um produto que traz ao Brasil  inovação,  diferenciação e  qualidade que desenvolverá o mercado, como a  Lactalis  faz ao redor do mundo", pontua Salles.

LACTALIS NO BRASIL ─  A Lactalis é uma empresa familiar de origem francesa fundada em 1933. Inicialmente destinada à produção de queijos, cresceu com base em uma política de valorização dos produtores/fornecedores e comprometimento com o consumidor. A Lactalis tem 80 mil funcionários e está presente em 85 países. São 236 fábricas com captação de 18 bilhões de litros ao ano. No Brasil, a empresa deu início às atividades em 2013 com a compra da Balkis. Em seguida, assumiu unidades da LBR que lhe concederam o uso da marca Parmalat no Brasil. Atualmente, tem 4 mil funcionários atuando em 15 unidades. (Assessoria de Imprensa Lactalis)

 
Foto: Wiliam Perin/ Divulgação Lactalis

 
 
PIB 2017: Brasil cresce 1% e encerra 2 anos de recessão

A soma de todos os produtos e serviços produzidos no País teve, em 2017, a primeira expansão desde 2014 (quando o Produto Interno Bruto subiu 0,50%), confirmando a saída da recessão.  O PIB subiu 1% ano passado, segundo divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. Em 2015 e 2016, houve declínio de 3,5% do PIB em cada ano, conforme dados revisados pelo IBGE. O resultado veio abaixo da mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, de 1,10%, e dentro do intervalo das previsões, de alta de 0,93% a 1,30%.


 
No quarto trimestre de 2017, o PIB subiu 0,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior, resultado que ficou no piso do intervalo das estimativas dos analistas. O teto era 1,0% e a mediana, 0,30%. Na comparação com o quarto trimestre de 2016, o PIB apresentou alta de 2,1% no quarto trimestre de 2017, vindo abaixo da mediana, de 2,50%, e mais perto do piso das estimativas, de 1,90% a 3,10%. 

Destaques. Um dos fatores que ajudaram a puxar o PIB foi a agropecuária, que subiu 13,0% em 2017 ante 2016, o melhor resultado da série histórica iniciada em 1996. Já no quarto trimestre de 2017, o PIB da agropecuária ficou estável contra o terceiro trimestre. Na comparação com o quarto trimestre de 2016, o PIB da agropecuária mostrou alta de 6,1%.

O consumo das famílias também cresceu: subiu 1,0% em 2017 ante 2016 e 0,1% ante o terceiro trimestre do ano. Na comparação com o quarto trimestre de 2016, o consumo das famílias mostrou alta de 2,6%. O consumo do governo, por sua vez, caiu 0,6% em 2017 ante 2016. No quarto trimestre de 2017, esse indicador subiu 0,2% ante o terceiro trimestre do ano. Na comparação com o quarto trimestre de 2016, o consumo do governo mostrou queda de 0,4%. Já o PIB da indústria ficou estável em relação a 2016.  No quarto trimestre de 2017, porém, houve alta de 0,5% ante o terceiro trimestre do ano. Na comparação com o quarto trimestre de 2016, o avanço foi de 2,7%.

Retomada. Desde o início do ano, a economia já dava sinais de reação, com avanço de 1,3% no primeiro trimestre, 0,7% no período de abril a junho e 0,1% do terceiro trimestre, todos os dados na margem com ajuste sazonal. 

Além das questões temporárias que deram impulso para o consumo, a inflação baixa e o corte na taxa de juros foram alguns dos fatores que ajudaram a estimular a atividade doméstica em 2017, diz Luiz Castelli, da GO Associados. "Não são só fatores pontuais. Também tem uma dinâmica melhor da situação externa", acrescenta.

Entre os fatores pontuais, o mais relevante, lembram os economistas, foi a liberação das contas inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que somaram saques de R$ 44 bilhões entre março e julho, favorecendo bastante o consumo, que foi o principal motor da recuperação em 2017, e o varejo do lado da oferta, que é contabilizado no PIB dentro de Serviços.

O consumo das famílias deve voltar a crescer depois de anos de contração, de 3,2% em 2015 e 4,3% em 2016. "No lado da demanda, o destaque é o consumo das famílias voltando a ficar positivo, como reflexo da inflação mais baixa, da liberação do FGTS e da melhora da confiança. Mas a retração menor dos investimentos também pode ser comemorada", diz o economista Francisco Pessoa Faria, da LCA Consultores.

Do lado da oferta, a recuperação entre todos os grandes setores, dizem os economistas, ocorre graças à safra recorde de grãos do ano passado. A agropecuária deve dar a principal contribuição para o crescimento previsto.

Pessoa Faria, da LCA, que esperava avanço de 1,03% do PIB de 2017, destaca como principais influências a agropecuária e a indústria de transformação. Ele diz que, embora, o PIB agrícola, beneficiada pela safra recorde, contribua para o resultado, o crescimento previsto para a indústria de transformação é mais representativo do início do processo de retomada visto no ano passado.

"Sem prejuízo dos ganhos de produtividade no campo, a expansão da agropecuária está mais relacionada a questões climáticas. Em termos de virada da atividade, a indústria de transformação é o principal destaque." 

Para 2018, a GO Associados espera um cenário mais favorável, com possibilidade de crescimento de 3,2% para o PIB. "A retomada que vem acontecendo de forma paulatina trimestre a trimestre deve ganhar força ao longo de 2018", diz. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)


Tetra Pak 

Monica Pieratti é a nova líder de Marketing da área de processamento da Tetra Pak Américas. A executiva chega com o desafio de desenvolver produtos e serviços que tornem a indústria alimentícia mais competitiva, além de fomentar a inovação, alta performance e eficiência dos fabricantes de alimentos e bebidas. 

Na companhia desde 2001, a executiva já atuou no escritório de Modena, na Itália, como gerente global de Marketing, e, em 2011, foi transferida para a filial da empresa em Lima, no Peru, no cargo de gerente de marketing e produto. Em 2014, voltou ao Brasil para assumir a posição de gerente de portfólio, na qual permaneceu até fevereiro deste ano. Formada em Marketing pela Universidade Luterana da Califórnia, Monica também acumula passagens por Colgate-Palmolive e Coca-Cola. Por meio de sua área de processamento, a Tetra Pak fornece soluções completas e equipamentos para processamento de lácteos, queijos, sorvetes, bebidas e alimentos preparados. Com tecnologias de ponta, é possível obter as melhores práticas em termos de segurança alimentar, eficiência, qualidade do produto e desempenho ambiental. (Assessoria de Imprensa Tetra Pak)

Uruguai: comparada a janeiro de 2017, produção de leite cresce 2,7%
A produção de leite no Uruguai continua recuperando os volumes enviados para as indústrias, atingindo um aumento de 2,7% em janeiro em relação ao mesmo mês de 2017, de acordo com dados do Instituto Nacional do Leite (INALE). Os envios em janeiro desse ano foram de 156,6 milhões de litros, contra 152,58 milhões em janeiro de 2017. O preço do leite para o produtor durante o último mês de janeiro aumentou 0,9% em relação a dezembro passado, ao atingir uma média de 9,49 pesos por litro. Medido em dólares, o preço foi de 0,33 a litro, registrando um aumento de 2,1%. Durante o mês de janeiro, o preço médio do leite registrou um aumento de 5% em relação ao mesmo período de 2017, tanto em pesos como em dólares. (As informações são do El Observador, traduzidas e resumidas pela Equipe MilkPoint)

 

Porto Alegre, 28 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.684

 

    Setor leiteiro pede agilidade na votação do PL do Fundoleite

Dirigentes de entidades representativas da cadeia produtiva do leite reivindicaram a votação do projeto de lei 287/2017, que altera a destinação dos recursos captados pelo Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite) junto ao presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Marlon Santos (PDT). O pedido foi feito na manhã desta terça-feira (27/02), em reunião da qual participou o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, no gabinete da presidência. Na ocasião, também estavam presentes representantes da Fetag, Farsul, Famurs, Apil, Ocergs e Conseleite, além de deputados. Embora o projeto já tivesse sido formatado e apresentado no final do ano passado ao ex-presidente da casa, Edegar Pretto (PT), o encontro teve o objetivo de buscar agilidade na tramitação da matéria a partir do conhecimento da pauta pelo novo chefe do Legislativo.

O PL refere-se, principalmente, à distribuição dos recursos do Fundoleite. Pela proposta, a nova divisão ficará da seguinte forma: 70% para assistência técnica a produtores, 20% para fomentar projetos em benefício do setor e 10% para custeio do Instituto Gaúcho do Leite (IGL). Na avaliação de Guerra, esta modificação proporciona condições de todas as entidades do setor acessarem os recursos do fundo.

De acordo com o secretário da Agricultura do Estado, Ernani Polo, a construção da mudança foi feita de forma harmônica entre as entidades. O presidente da casa elogiou a iniciativa, afirmando que "mobilizações como essas são necessárias", destacando que nunca na história da Assembleia houve tanta dedicação ao setor primário. A força coletiva para chegar ao consenso foi elogiada pelo presidente do Sindilat. "Fizemos um esforço muito grande pra organizar as diretrizes, com efeitos positivos que tanto o setor como o produtor merecem ter", pontuou Guerra. (Assessoria de Imprensa Sindilat)



 
Foto: Vitorya Paulo

 
 
Preços no mercado interno contribuem para reduzir déficit da balança comercial de lácteos 

A queda de 15% nas importações de lácteos em 2017 contribuiu para reduzir o déficit da balança comercial do setor. No período foram trazidos de outros mercados o equivalente a US$ 561,91 milhões contra US$ 658,37 milhões importados em 2016. Já a receita com as exportações de produtos lácteos caiu 34%, atingindo US$ 112,58 milhões. Assim, o déficit da balança comercial do setor, de US$ 449 milhões, representou um recuo de 7,4% na comparação com 2016.

Para o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), a perda significativa do mercado da Venezuela nas exportações – em 2016 representava 48% dos embarques de lácteos brasileiros e, em 2017, passou para 15% - foi um dos fatores que afetou o desempenho das vendas externas no ano passado. Por outro lado, segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o menor volume importado ocorreu em função dos baixos preços praticados no mercado interno ao longo do ano passado. “A diminuição da renda do brasileiro levou a uma redução do consumo de lácteos, forçando os preços para baixo. Esse comportamento tornou o mercado interno mais competitivo, nivelando com preços internacionais”, explica. Também o menor volume de compras externas reduziu a oferta de produtos no mercado interno e impactou parte das exportações. “Esses fatores deixaram um segundo semestre de péssimos resultados tanto para a indústria quanto para os produtores”.

O presidente do Sindilat acredita que 2018 será de reação do setor lácteo, com a perspectiva de retomada da economia, aumento da confiança do consumidor e recomposição da renda do brasileiro, que nos últimos anos passou a priorizar as contas mais básicas e deixou de lado alguns hábitos de consumo. “A expectativa é que os lácteos sejam os primeiros a voltarem com força para a mesa dos brasileiros”, afirma o dirigente.

O campo já deu os primeiros sinais de que está pronto para atender ao aquecimento dessa demanda. Dados relativos à captação do leite no terceiro trimestre de 2017 indicam crescimento na comparação com o mesmo período de 2016. “Pela primeira vez em dois anos, os números apresentam expansão e evidenciam uma tendência positiva para o ano”, afirma Guerra.

De acordo com o IBGE, a quantidade de leite captado, considerando propriedades com inspeção federal, estadual e municipal, chegou a 6,16 bilhões de litros no terceiro trimestre de 2017, alta de 5,4% sobre o mesmo período de 2016. Na mesma base de comparação, no Rio Grande do Sul, a elevação foi de 8%, alcançando 954,18 milhões de litros, dando ao Estado a terceira colocação nacional em volume de leite captado. “O mercado, de uma forma geral, sinaliza para uma retomada, e a cadeia produtiva deve seguir fazendo o seu trabalho buscando a eficiência”, salientou Guerra. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 28 de Fevereiro de 2018, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de janeiro de 2018 e a projeção dos preços de referência para o mês de Fevereiro de 2018. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)


 

 

COPO CHEIO
Comprado para ajudar a enxugar a oferta de leite no mercado interno brasileiro, no ano passado, o leite em pó foi distribuído ontem para a Federação das Apaes do Estado. A quantia destinada à entidade é de 270 toneladas, mas a aquisição do governo federal foi de mil toneladas, em um investimento de R$ 15 milhões do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). A compra foi feita pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). (Zero Hora)

 

Porto Alegre, 27 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.683

 

  Rio Grande do Sul credencia segundo laboratório de diagnóstico de brucelose

A cadeia produtiva do leite do Rio Grande do Sul passa a contar com mais um endereço para a realização de testes de brucelose animal. O Estado ganha o seu segundo laboratório credenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O Laboratório de Microbiologia Veterinária (Microvet) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) teve sua metodologia acreditada e credenciada pelo MAPA no final do ano passado.  Os primeiros testes começaram a ser feitos neste mês de fevereiro com a distribuição dos reagentes. A Portaria Nº 147, que trata do credenciamento, foi publicada no Diário Oficial da União.
 
O superintendente do MAPA no Rio Grande do Sul, Bernardo Todeschini, classificou o credenciamento como de grande importância para a sanidade animal do Estado, especialmente pelo fato de dobrar a capacidade de realização de testes contra enfermidades bovinas em uma região com grande concentração pecuária. "O local escolhido é estratégico, junto a uma das instituições mais reconhecidas do Brasil e próximo de um grande contingente de profissionais que atuam na medicina veterinária", destaca Todeschini. 
 
O Microvet vem para atender uma demanda reprimida na área de sanidade animal - de indústrias, propriedades e comunidade acadêmica - e se torna o segundo capacitado a realizar teste de brucelose, ao lado do Instituto de Pesquisas Veterinárias Agropecuárias Desidério Finamor (IPVDF), em Eldorado do Sul.  Em todo o Brasil, são apenas 13 laboratórios credenciados para a detecção da enfermidade no rebanho. Segundo Darlan Palharini, secretário-executivo do SIndilat, o credenciamento de mais um laboratório é importante para a logística do Estado. De acordo com ele, o Rio Grande do Sul é o Estado que mais realiza testes justamente por ter uma política incentivada pelo Sindilat. "Com o apoio do Fundesa, o Sindilat busca o maior número de propriedades com controle da tuberculose e brucelose. E, com essa ação, o Rio Grande do Sul se habilita a ter uma maior participação no mercado brasileiro e mundial de derivados do leite e carne", afirma Palharini.
 
O projeto de diagnóstico atende produtores rurais que necessitam certificar rebanhos livres de brucelose animal da cadeia leiteira e de corte do Rio Grande do Sul. De acordo com Geder Paulo Herrmann, responsável técnico do Microvet, o laboratório está apto a realizar ensaios em amostras oriundas dos programas e controles oficiais em sanidade animal com escopos em teste de triagem e confirmatório para obtenção do diagnóstico. Toda a metodologia pertence ao Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT) do Mapa.
 
A rapidez no diagnóstico do rebanho é uma das prioridades no Microvet. Nos testes simples, o resultado praticamente é fornecido no mesmo dia, e todos são entregues no prazo máximo de 72h.  "Trata-se de um grande avanço em sanidade animal no Rio Grande do Sul, pois o projeto visa o atendimento dos animais da maioria dos produtores rurais que fornecem matéria-prima para as indústrias de leite e de carne", afirma Herrmann. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
 
China: país está cada vez mais sedento de leite
 
O consumo de leite na China até a década de 1960 foi insignificante, mas o aumento da prosperidade fez com que essa necessidade crescesse 25 vezes nos últimos 50 anos. Como resultado, grandes investimentos foram realizados para que o país também aumente a sua produção nacional de leite. Provavelmente em 2050 - com o crescimento contínuo e rápido no consumo - o país asiático precisará triplicar o volume produzido comparado a - por exemplo - o ano de 2010.
Utilização de maiores áreas certamente contribuirão para o aumento da produção de leite chinesa, mas com alguns possíveis efeitos sobre a sustentabilidade ambiental, como:
 
aumento de 35% nas emissões de gases de efeito estufa (GEE);
necessidade de ter um terço de áreas adicionais para o gado;
aumento de 48% nos níveis de nitratos no solo.
 
Esses fatores podem estimular a China a importar maiores quantias de alimentos. Todo este contexto confirma que o mercado do leite é uma realidade global e que interconecta muitos países produtores, exportadores e consumidores. Acima de tudo, demonstra que a produção de leite está se encaminhando para a sustentabilidade em todo o mundo e a eficiência da produção deve aumentar ao longo de toda a cadeia de abastecimento, com redução nas emissões e constante busca por terras cultiváveis. (As informações são da OCLA, com base em dados do CLAL.it, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
 
Preços/Reino Unido
 
A Arla anunciou que o preço do leite padrão será reduzido em 2,16 pences, o que representa 27,11 pences por litro (ppl), [R$ 1,22/litro], a partir de 1º de março de 2018. Comentando sobre a decisão de reduzir o preço, o diretor da Arla Foods, Johnnie Russel, disse: "Mesmo que seja uma má notícia para os produtores, o desafio é o nosso preço em relação ao preço dos concorrentes, e que estão sendo impactados pelas dramáticas quedas nas cotações das commodities lácteas desde o último outono".
 
Se de um lado as elevadas cotações da manteiga sustentaram o preço do leite ao produtor, de outro, a persistente queda no valor das proteínas desde o início de 2017 está tendo um impacto significativo. As proteínas chegaram ao menor nível histórico, e com poucas perspectivas de recuperação, diante dos elevados estoques na União Europeia (UE).
 
Começou a recuperação dos queijos, mas, os preços ainda estão abaixo dos níveis de um ano atrás. Também melhoraram as cotações da manteiga. No entanto, estão próximas aos preços do ano passado. Embora o mercado venha se recuperando, os preços da manteiga e das proteínas, combinados, permanecem abaixo dos níveis de 2017.
 
A First Milk anunciou na sexta-feira passada que o preço do leite em março será reduzido em 1,25 pences por litro. Comentando o anúncio, o vice-presidente, Jim Baird disse: "Como relatamos nos últimos meses, a fraqueza do mercado de lácteos impacta em nossas receitas e não podemos pagar o leite de forma a prejudicar nossa rentabilidade. Sabemos que essa queda adicional será uma decepção para nossos produtores associados mas continuaremos a fazer tudo o que pudermos para amortecer as condições do mercado". (The Dairy Site - Tradução livre: Terra Viva)

Iogurte contribui na prevenção de problemas cardiovasculares entre indivíduos com pressão alta
Uma nova pesquisa publicada no American Journal of Hypertension traz um belo motivo para colocarmos o iogurte no carrinho na próxima visita ao supermercado. De acordo com ela, o alimento é aliado na prevenção de problemas cardiovasculares entre indivíduos com pressão alta. Para traçar essa relação, pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, analisaram os hábitos de 55.898 mulheres e 18.232 homens. Todos foram seguidos por aproximadamente 30 anos. Ao avaliar os dados, os estudiosos notaram que a ingestão de iogurte foi inversamente associada ao risco de doenças cardiovasculares, como infarto e derrame. Para sermos mais exatos, consumir o alimento duas ou mais vezes na semana diminuiu em 17% a probabilidade de males cardíacos nelas e 21% neles - isso em comparação com quem degustava uma porção do produto menos de uma vez ao mês. Em comunicado à imprensa, um dos autores da investigação comentou que estudos menores já haviam sugerido que o iogurte faz bem ao coração por se tratar de um produto fermentado por bactérias. Independentemente dos benefícios ligados a esse derivado lácteo - que incluem ajuda na perda de peso e manutenção da saúde óssea, por exemplo -, é bom lembrar que um alimento não faz milagre sozinho. (As informações são da Exame, resumidas pela Equipe MilkPoint)

 

Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.682

 

  Seapi definirá como será a capacitação

A Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) definirá de que forma serão capacitados os veterinários a serem contratados pela iniciativa privada para a prestação de serviços de inspeção sanitária animal nas empresas gaúchas até o final da semana que vem. A modalidade de contratação é autorizada pela lei 15.027. De acordo com o diretor-geral da Seapi, Antônio Machado, o treinamento deve começar até a metade de março. "Serão 120 horas de capacitação, 60 horas teóricas e 60 práticas. Falta definir se a própria Seapi ministrará as aulas ou se faremos um chamamento (de quem vai capacitar) por edital", explicou. 

Inicialmente, a secretaria iria firmar um termo de cooperação com o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV/RS) para o treinamento, mas discordâncias internas do conselho fizeram o presidente Air Fagundes desistir da parceria. A assessoria da autarquia afirma que a atuação do conselho em relação à nova lei será de fiscalização do exercício profissional. Ontem, a Seapi publicou no Diário Oficial do Estado o Edital de Chamamento Público 01/2018 abrindo o credenciamento das empresas que disponibilizarão o serviço dos veterinários. 

As interessadas poderão acessar o link do edital − que não tem prazo para expirar − a partir de segunda feira, no site da secretaria. Os postulantes devem atender a uma série de requisitos, entre os quais a regularidade jurídica, fiscal, previdenciária e trabalhista, para serem aprovados. Se credenciados, poderão atuar por cinco anos. (Correio do Povo)

 

Fetag incentiva o consumo

A Fetag e Sindicatos de Trabalhadores Rurais iniciaram nesta semana campanha para estimular o consumo de leite entre os gaúchos. Com o tema "Leite gaúcho de qualidade, beba com tranquilidade", uma propaganda começou a ser veiculada em rádios em todo o Estado, aproveitando a parceria dos sindicatos com as emissoras. A campanha se estenderá ao longo do ano e terá ainda a distribuição de panfletos e cartazes. O presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, diz que o aumento do consumo ajudará a minimizar a crise do setor. "O consumidor pode confiar no leite gaúcho", afirma. (Correio do Povo)

Fundoleite volta à pauta

Apresentado no final do ano passado, o projeto de lei que altera o Fundoleite deverá voltar à pauta da Assembleia Legislativa em breve. Um encontro com o novo presidente da Casa, deputado Marlon Santos (PDT), será agendado para que ele possa conhecer o texto e dar agilidade à votação.

Entre as modificações sugeridas, estão as de percentuais de uso dos recursos: 10% para convênio com entidade, 70% para projetos de assistência técnica (que poderão ser executados por qualquer entidade do setor) e 20% para programas de desenvolvimento. Enquanto o projeto não anda na Assembleia, o conselho gestor do fundo aprovou, por decisão unânime, a retomada de repasses para o Instituto Gaúcho do Leite, que estava suspensa desde 2016. (Zero Hora)

Fabricantes de alimentos retomam crescimento em 2017

Após dois anos de queda em produção física e vendas reais, o setor de alimentação voltou a crescer em 2017. A previsão para 2018 é de aumentos mais fortes em produção, vendas e exportações. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia), as indústrias apresentaram um ganho real no faturamento de 1,01%, para R$ 642,6 bilhões. Para 2018, a entidade prevê um avanço real de 2,6% a 2,8% no faturamento do setor - descontando a inflação, estimada em 2,7% para o ano.

"A expectativa para 2018 é de um crescimento mais forte. A inflação continua baixa. A safra agrícola ainda depende do clima, mas parece que vai ser uma boa safra. Há uma melhora no cenário macroeconômico que favorece a recuperação do consumo", afirmou Edmundo Klotz, presidente da Abia. O executivo disse que vê como uma fonte de preocupação para este ano a evolução da situação política.

"Se as eleições indicarem um caminho que não seja de renovação do quadro político, pode haver instabilidade política e isso pode acabar afetando o crescimento da economia e do setor", disse Klotz. A Abia adota como expectativa de crescimento da economia a previsão feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), de 1,9% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Klotz acrescentou que espera melhorias no desempenho das exportações de alimentos e recuperação do consumo no Brasil, favorecida pela inflação baixa.

Na indústria de alimentos, as categorias que mais tiveram crescimento real no faturamento no ano passado foram as de conservas vegetais, com alta de 9,06%, a cadeia do trigo (8,22%), óleos e gorduras vegetais (3,67%) e chocolate, cacau e balas (3,60%). A única categoria que apresentou queda real no faturamento em 2017 foi a de sucos, com retração de 1,28%. Em volume, a produção cresceu 1,25% em 2017, após ter caído 2,90% em 2015 e 0,98% em 2016. Para 2018, a Abia prevê um crescimento entre 2,5% e 2,9%. Já o consumo de alimentos no país cresceu 4,6% em 2017. O varejo alimentar avançou 3,8% e as vendas de serviços de alimentação fora do lar tiveram aumento de 6,2%. Para 2018, a previsão da Abia é de um crescimento real de 2,7% a 2,9% nas vendas do setor de alimentação no país.


 
Para as exportações, a Abia prevê embarques de US$ 39 bilhões a US$ 41 bilhões. Em 2017, as exportações somaram US$ 38,8 bilhões, com crescimento em dólar de 6,6%. "No passado, o Brasil já chegou a exportar US$ 45 bilhões por ano. Agora está em recuperação", afirmou o presidente da Abia. A Abia também informou que os investimentos no setor recuaram 1,1% em 2017, para R$ 8,9 bilhões. No ano, houve redução nos investimentos feitos pelas indústrias de café, chás e cereais, açúcar, carne e derivados, conservas vegetais e sucos e derivados do trigo. Klotz observou que, em anos anteriores, houve mais investimentos das empresas abrindo fábricas no Norte e no Nordeste para atender essas regiões. Esse movimento não se repetiu no ano passado. O volume de fusões e aquisições também diminuiu em 2017, chegando a R$ 9,9 bilhões, com queda de 14,7%.

"O cenário político instável levou investidores estrangeiros a reduzir as compras no Brasil", disse Klotz. Ele considera pouco provável que haja aumento no volume de fusões e aquisições este ano, devido ao cenário político ainda indefinido. (As informações são do jornal Valor Econômico)

Entre aspas
"Passamos por um cenário difícil que vem desde agosto do ano passado (no leite). E, agora, ainda estamos com preços abaixo desse valor. A crise política e econômica teve um impacto muito negativo no setor." ALEXANDRE GUERRA, Vice-Presidente do Conseleite e Presidente do Sindilat. (Zero Hora)

 

Porto Alegre, 23 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.681

 

  OMC volta a expor o protagonismo agrícola do Brasil

O Brasil continua a ganhar espaço no comércio mundial de produtos do agronegócio. De acordo com dados apresentados ontem no Comitê de Agricultura da Organização Mundial do Comércio (OMC), entre os anos de 2007 e 2016 o peso do país nas exportações globais aumentou tanto em mercados nos quais a participação já era elevada, como soja em grão, quanto naqueles em que as vendas ao exterior são menos relevantes, como o arroz.

No tabuleiro global de oleaginosas - grupo que inclui a soja em grão, carro-chefe do campo brasileiro -, a fatia das exportações do país no total passou de 27%, em 2007, para 35,3% em 2016. Na mesma comparação, os principais concorrentes do Brasil nessa frente, Estados Unidos e Argentina, perderam terreno. Mesmo com todos os problemas que enfrentou em consequência de uma política que desestimulou durante anos as exportações, a Argentina manteve sua primazia nas exportações de farelo e óleo de soja, conforme as estatísticas apresentadas ontem na OMC.

No comércio de açúcar, o Brasil continua imbatível, ainda que a participação do país nas exportações mundiais tenha diminuído de 52,2%, em 2007, para 49,3% em 2016. No tabaco, a liderança também é brasileira, com fatia estável na casa de 14,5%. Nas exportações de algodão, o país ganhou espaço - representava 2,5% do total em 2007, mas 10,7% em 2016. Mas nesse caso a liderança ainda é dos Estados Unidos, mesmo derrotados pelo Brasil em painel da OMC em razão dos enormes subsídios concedidos a seus cotonicultores.

Entre produtos que ainda não podem ser considerados relevante na pauta de exportações do Brasil, o destaque positivo é o arroz. Nesse mercado, a fatia do país nos embarques globais aumentou de 0,3%, em 2007, para 1,8% em 2016. Mas em frutas e vegetais, por exemplo, a participação registrou queda de 3,8% para 1,9% na mesma comparação.

Nas carnes, o país também se consolida cada vez mais como protagonista. Na carne de frango, o domínio é cada vez maior, e na carne bovina disputa o segundo lugar com a Austrália, uma vez que a Índia assumiu a liderança. A informação chegou a surpreender alguns negociadores ontem na OMC, mas a liderança indiana se dá por causa de seu grande rebanho de búfalos. De qualquer forma, a velocidade da ascensão da Índia no ranking dos exportadores de carne bovina é impressionante. A fatia indiana saltou de 1,9%, em 2007, para 18,4% em 2016. Na carne suína, porém, o Brasil custa a deslanchar. (As informações são do jornal Valor Econômico)

 

Créditos junto à Receita Federal contribuem para melhorar a produção de leite

Créditos do PIS/Pasep e Cofins de 300 empresas beneficiaram diretamente quase 40 mil produtores de leite do país com assistência técnica, educação sanitária e melhoramento genético. Recursos da ordem de R$ 130 milhões foram aplicados por meio do Programa Mais Leite Saudável desde a sua criação em setembro de 2015.

O programa é gerenciado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento com o objetivo de implementar boas práticas agropecuárias, melhorar a competitividade e rentabilidade dos produtores, incentivar a certificação de propriedades como livres de tuberculose e brucelose.

Charli Ludtke, coordenadora do Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e da Produção Sustentável da Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo, observa que ainda há muito espaço para adesão ao programa. Em estados grandes produtores, como o Rio Grande do Sul, por exemplo, apenas 18% de estabelecimentos sob inspeção federal participam do Mais Leite Saudável. E há mesmo muito espaço para expansão do programa, pois produtores que já participam do programa podem ter novo projeto aprovado em uma nova modalidade.

De acordo com a coordenadora, o número de pessoas beneficiadas até agora passa de 55 mil, incluindo aqueles produtores que acompanham atividades coletivas como palestras, por exemplo. A assistência direta contemplou em maior escala Minas Gerais (10.375 produtores), seguido do Rio Grande do Sul (9.944), Santa Catarina (8.170) e Paraná (4.082).

O projeto deve ser encaminhado ao Mapa pela empresa de lacticínios com foco na área de interesse do produtor. Isso porque é a empresa que tem o direito a crédito junto à Receita Federal para custear o programa. (As informações são do Mapa)

Preços/Uruguai 

Em janeiro, o preço médio pago pelas indústrias aos seus produtores chegou a 9,49 pesos/litro, um aumento de 0,9% em relação a dezembro. No entanto, o preço ao produtor em dólar fechou em US$ 0,33/litro, subindo 2,1% em relação a dezembro, segundo dados preliminares do Inale.

Em janeiro, o preço médio ao produtor ficou aproximadamente 5% acima do preço de igual mês do ano anterior, tanto em pesos, como em dólares. Por outro lado, o quilo de sólidos (matéria e proteína) pago pelas indústrias em janeiro obteve a média de 136,6 pesos, um aumento de 5,3% em relação aos 129,3 pesos pago no mesmo mês de 2017. (Tardaguila - Tradução livre: Terra Viva)


Qualidade do Leite
A Coordenação Geral de Acreditação (CGCRE) do Inmetro oficializou, em janeiro deste ano, a acreditação do Laboratório de Qualidade do Leite (LQL) da Embrapa Gado de Leite nos Requisitos Gerais, para a Competência de Laboratórios de Ensaio e Calibração (ABNT NBR ISO/IEC 17025). (Fonte: Embrapa)

 

Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.680

 

  Empresas gaúchas precisam abrir ofensiva na Ásia

O secretário da Agricultura, Ernani Polo, apresentou a representantes do setor alimentício gaúcho as percepções do mercado asiático e relatou andamento de tratativas iniciadas em recente comitiva brasileira à Ásia durante encontro nesta quinta-feira (22/2). O grupo visitou embaixadores e investidores na Coreia do Sul, Malásia, Indonésia e Singapura. Segundo Polo, há na região um mercado gigante para as empresas brasileiras porque existe grande necessidade de alimentos. "A Coreia do Sul tem 1/3 do território do Rio Grande do Sul e 52 milhões de habitantes. Eles têm uma produção de alimentos reduzida e renda per capita elevada", informou. Apesar do potencial existente, o secretário disse que falta prospecção de empresas brasileiras nesse mercado, principalmente em ações de marketing que agreguem maior valor aos produtos ofertados.
 
Ao lado do diretor do Departamento de Promoção Internacional do Agronegócio do Mapa, Evaldo Silva, Polo pontuou a importância de o Brasil assumir uma postura mais ostensiva perante esses mercados para viabilizar colocação de cortes de suínos e de aves e produtos lácteos. "Temos produtos de qualidade que muitas vezes não são mostrados. Se as empresas ficarem esperando que o mercado venha comprar será difícil. Temos que tentar ir quebrando as barreiras", recomendou, lembrando que a Apex Brasil tem um escritório na Ásia ao mesmo tempo que a Austrália tem 65.
  
Presente no encontro, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, reforçou a relevância que esses novos mercados devem ter para o setor lácteo para viabilizar o enfrentamento da crise e as constantes oscilações de preço do leite. "Somos um país importador, mas precisamos que o setor sinta o gosto do mercado externo. Sem dúvida, isso irá tirar pressão do mercado", salientou. Ainda reforçou a relevância de ganhar competitividade, uma vez que a produção leiteira no Brasil tem alto custo, o que dificulta a presença de produtos brasileiros nesse mercado externo.

Guerra convidou o secretário Ernani Polo para participar de reunião de associados do Sindilat para expor as informações coletadas às indústrias. Polo frisou a relevância da união das cooperativas e empresas para atenderem de forma conjunto demandas mais amplas desses mercados. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Foto: Carolina Jardine

 

Lácteos/UE 

De acordo com as últimas informações do Observatório Lácteos da União Europeia, com dados de 15 de fevereiro de 2018, cabe destacar:

- Os preços dos produtos lácteos da União Europeia (UE) ficaram bastante estáveis na 6ª semana.
- O preço spot do leite na Itália caiu 9% (30,5 centavos/kg) na semana passada, enquanto que o leite na Holanda aumentou 25,0 centavos/kg.
- O custo da energia caiu 1,1% na 6ª semana, em comparação com a média das quatro semanas anteriores.
- As exportações de leite em pó desnatado da UE (+36%), queijo (+4%), e Leite em pó integral (+3%) aumentaram em 2017, embora a exportação de manteiga tenha caído 15%.
- Aumento significativo das exportações de queijo da UE para o Chile em 2017
- A UE foi o principal exportador de queijos e leite em pó integral, em 2017
- A Espanha aumentou suas exportações de leite em pó, em 2017, assim como também as importações e exportações de queijos.
- A China aumentou as importações de produtos lácteos em 2017, com exceção da caseína.
- A Nova Zelândia diminuiu as exportações de manteiga (-13%), leite em pó integral (-9%), e queijo (-3%), em 2017.
- O México, a China e a Argélia lideraram as importações de leite em pó integral, em 2017, com maiores volumes em comparação com 2016. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

Preços/NZ

Existe um entendimento de que a recuperação do preço do leite em pó integral teve sua origem principal na seca que ocorre na Nova Zelândia e esse será o fator determinante para que continue a melhora este ano. 

As condições de seca na Nova Zelândia foram fundamentais para determinação dos preços na plataforma GlobalDairyTrade, principal referência de preços ao nível internacional, segundo informou o Instituto Nacional do Leite (Inale). Segundo estimativas da Bolsa de Valores da Nova Zelândia, haverá queda de 1,5% na produção de leite do país. Até o final de 2017 houve seca, as chuvas de janeiro foram poucas e junte-se a isso as elevadas temperaturas.

A queda da produção de leite na Nova Zelândia será mais que compensada pelo incremento na União Europeia (UE). Portanto, a melhora de preços das commodities lácteas estará ligada àquelas que são produzidas, principalmente, na Nova Zelândia.

O leite em pó integral é a que tem mais chances de melhorar de preços, dado que 50% do comércio internacional deste produto tem origem na Nova Zelândia. Portanto, a sustentação ou aumento do preço deste produto em 2018, dependerá das consequências da situação climática na Nova Zelândia. (El Observador - Tradução livre: Terra Viva)

Produção/EUA

Relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sobre a produção de leite de janeiro apontou que o número de fazendas de leite autorizadas nos Estados Unidos caiu 1.600, totalizando 40.219. É um declínio de 3,8%. 

Na última década, os Estados Unidos perderam perto de 17.000 fazendas de leite, um declínio de 30%. Com 9,4 milhões de vacas o rebanho leiteiro médio em janeiro deste ano, possuía 234 vacas. A média em 2008 era de 163 vacas. Wisconsin permanece tendo o maior número de fazendas, com 9.090 propriedades tirando leite. Mas, também perdeu 430 unidades em 2017. A Pennsylvania vem em segundo lugar com 6.570 fazenda, sendo que 80 fazendas abandonaram a atividade no ano passado. Nova Iorque tem 4.490 fazendas licenciadas, tendo perdido 160. E Minnesota possui 3.210 produtores de leite, perdendo 140.

A Califórnia, é o estado com maior produção de leite, depois de perder 30 fazendas licenciadas, mantém 1.390 em operação. Com base no número de vacas de janeiro de 2018, o rebanho médio de uma fazenda na Califórnia possui 1.250 vacas. Em Wisconsin, o segundo maior produtor de leite, o tamanho médio do rebanho é de 140 vacas. (Dairy Herd - Tradução livre: Terra Viva)
  

Consumo
O consumo das famílias será a grande alavanca da economia em 2018 e irá responder por quase a totalidade do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), de cerca de 3%, esperado para o ano. Com base nesse cenário, crescem as apostas em ações ligadas ao setor, em especial varejistas, que ainda têm grande potencial de valorização. (Fonte: Supermercado Moderno)

 

Porto Alegre, 21 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.679

 

  Setor leiteiro gaúcho pede audiência pública para tratar da crise

Entidades do setor lácteo, em conjunto com deputados estaduais, vão protocolar pedido de audiência pública com o governador do Estado do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, para tentar negociar um fim à crise atual da cadeia leiteira gaúcha. A decisão, considerada urgente, foi tomada na manhã desta quarta-feira (21/2), durante reunião do Grupo de Trabalho do Leite (GTL) da Assembleia Legislativa, em Porto Alegre (RS). O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, esteve presente no encontro, que foi presidido pelo deputado estadual Zé Nunes (PT).

O debate focou na grave situação em que se encontra o setor produtivo, especialmente no que se refere ao cenário formado pelos altos custos de produção,calamidade nos municípios com forte atividade leiteira e pela atividade comercial com o Mercosul. Para Palharini, os altos custos de insumos que os produtores gaúchos pagam representam uma grande dificuldade, pois não são competitivos em comparação aos produtores de outros estados e países. Além disso, de acordo com o executivo, não há equalização sanitária entre os países do Mercosul, o que deve ser levado em consideração na discussão sobre importações de leite. "Acho difícil barrar. O que devemos fazer é nos aproximarmos do Mercosul e trabalhar outras pautas", afirmou.

Em concordância, o presidente do Conseleite e secretário-geral da Fetag, Pedrinho Signori, pontuou que a suspensão das importações, determinada pelo governo federal em 2017, durou apenas 18 dias em razão da pressão de outros estados. "A força política de São Paulo, atrelada ao governo, abriu as fronteiras de novo". Signori ainda contrapôs o superintendente do Ministério da Agricultura (Mapa), Bernardo Todeschini, presente na reunião, que voltou a dizer que o órgão não encontrou evidências de triangulação de leite em pó uruguaio. "Houve, sim, triangulação. A conta não fecha", protestou Signori.

Para acompanhar as atualizações sobre o caso do leite em pó uruguaio e transmitir informações à casa, o deputado estadual Sérgio Turra (PP  foi escalado como porta-voz do Mapa. Estiveram presentes entidades como Apil, IGL, Famurs, Fetraf, entre outros. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Vitorya Paulo 

 

Comitê Científico da OIE aceita pedido para declarar o Brasil livre de aftosa com vacinação

O Comitê Científico da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) recomendou que o Brasil seja reconhecido como livre da febre aftosa com vacinação aos 180 países integrantes da OIE. Com isso, 25 estados e o Distrito Federal tendem a ser declarados livres da aftosa com vacinação pelo organismo internacional.

Santa Catarina é reconhecida pela OIE como livre da doença sem vacinação desde 2007. A decisão deverá ser anunciada na assembleia geral da entidade a realizar-se em Paris de 20 a 25 de maio, e o certificado de país livre de aftosa será entregue no dia 24. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, deverá estar presente na solenidade. Também está prevista a presença do presidente Michel Temer.

O informe do comitê formado por 15 cientistas elaborado nesta semana ao ministro Blairo e a integrantes da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA). O ministro comemorou a decisão do comitê, alcançada depois de décadas de luta do governo e de lideranças da pecuária nacional, conforme lembrou. "Estou muito feliz e quero compartilhar a conquista com milhares de pessoas que colaboraram para isto". Após a decisão a ser tomada em maio próximo, o Brasil, de acordo com cronograma já aprovado, irá intensificar os esforços para ser declarado livre da aftosa sem vacinação até 2023. "Será o grande salto da pecuária brasileira", acredita Maggi.

Segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa e representante do Brasil na OIE, Guilherme Marques, "com o excelente relatório enviado pelo Brasil, a ausência da circulação do vírus no país e as medidas adotadas para evitar a doença, o Comitê Científico enviará sua recomendação do Brasil livre da aftosa com vacinação aos países integrantes da OIE. Em maio, será uma etapa formal, quando os países deverão acatar recomendação do comitê", avalia Marques. O Comitê Científico recomendou ao Brasil reforçar a vigilância das fronteiras com a Venezuela e Colômbia, para evitar eventual reingresso da doença no Brasil.

Reforço nas fronteiras
Em setembro do ano passado, o ministério encaminhou pedido de reconhecimento do Amazonas, Amapá, Roraima e parte do Pará, como áreas livre de aftosa com vacinação, que não havia solicitado até então. "Cumprimos todas as exigências com a realização da sorologia, envio de informações sobre os serviços veterinários, reforço na vigilância interna e junto às fronteiras. Em novembro, o assunto foi tratado por uma equipe de febre especializada em aftosa formada por cientistas indicados pelos países da OIE. E o grupo encaminhou, a seguir, recomendações favoráveis ao pleito brasileiro ao Comitê Científico da organização.

Sem vacinação
Conforme prevê o Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PNEFA), o próximo grande passo do Brasil será retirar a vacinação contra a doença. A partir de maio do próximo ano, Acre e Rondônia, além de municípios do Amazonas e de Mato Grosso, começarão a abolir a vacinação. A previsão é que até maio de 2021 todo o país deixe de vacinar o rebanho e, até maio de 2023, o país inteiro poderá ser reconhecido pela OIE como livre da aftosa sem vacinação. (As informações são do Mapa)

Governo prorroga pagamento das dívidas dos produtores de leite

O governo vai prorrogar o pagamento das dívidas dos produtores de leite para 30 de março. A informação foi confirmada pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, durante evento da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) na noite desta terça-feira, dia 20. 

Segundo Maggi, o Banco do Brasil e o Ministério da Fazenda decidiram atender ao pedido feito pela Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite). Portanto, quem possui débitos com a entidade deve comparecer às agências. A liberação da renegociação, no entanto, será verificada caso a caso. 

"Esse é um reconhecimento de que os produtores de leite tiveram uma renda diminuída a tal ponto que estava comprometendo a capacidade de pagar as dívidas com do crédito rural. É uma decisão que veio ajudar" explicou o comentarista do Canal Rural, Benedito Rosa. CLIQUE AQUI para assistir ao vídeo. (Canal Rural)

Queijo Itálico Santa Clara chega ao mercado

Mais um lançamento da Cooperativa Santa Clara chega ao mercado. Trata-se do Queijo Itálico, produto pré-lançado para os supermercadistas durante a 36ª Expoagas 2017, em Porto Alegre. Entre as características que o Queijo Itálico possui estão o sabor delicado e uma textura amanteigada. 

O produto será disponibilizado em cunha de 200 gramas e é indicado para o preparo de lanches ou pode ser servido como aperitivo. O Queijo Itálico Santa Clara será comercializado para toda a região Sul do país. (Assessoria de Imprensa Santa Clara)

 

O Governo Estadual decidiu prorrogar por um ano a suspensão do diferimento de ICMS nas importações de leite em pó. A medida havia sido tomada anteriormente por 90 dias e atende a pedido do setor produtivo local. (Zero Hora)

 

Porto Alegre, 20 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.678

 

 Preço do leite tem recuperação no RS

O preço do leite no Rio Grande do Sul registra pequena recuperação neste início de ano. Segundo dados divulgados pelos Conseleite, nesta terça-feira (20/2) em reunião na Farsul, o valor de referência previsto para fevereiro é de R$ 0,9493, 1,98% acima do consolidado de janeiro, que fechou em R$ 0,9309. O resultado foi puxado pela elevação do leite UHT (6,03%), do queijo prato (4,33%) e do leite condensado (3,45%). O professor da UPF Eduardo Finamore pontuou que, apesar da alta, os preços de fevereiro ainda estão abaixo dos praticados em fevereiro do ano passado. "A expectativa é que os preços do UHT subam no primeiro semestre, mas ainda fiquem um pouco abaixo do parâmetro de 2017", ressaltou.

O presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, lembrou que a produção de leite está em entressafra no Rio Grande do Sul, processo esse que deve se acentuar nos próximos meses. "O produtor está vivendo um momento difícil", disse, também citando a baixa rentabilidade de outras culturas. 

O vice-presidente do Conseleite e presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, lembrou do impacto que a diminuição da renda da população trouxe ao setor lácteo gaúcho. "Passamos por um cenário difícil que vem desde agosto do ano passado. E, agora, ainda estamos com preços abaixo desse valor. A crise política e econômica teve um impacto muito negativo no setor", lamentou. Segundo ele, as indústrias precisam ganhar escala de forma a se tornarem mais competitivas, movimento que precisa ser acompanhado pelos produtores. 

O diretor da Farsul Jorge Rodrigues lembrou da concorrência que o Rio Grande do Sul sofre de outros estados como São Paulo e Minas Gerais. Contudo, conclamou os laticínios para que trabalhem na produção e prospecção de vendas de itens de maior valor agregado, que garantam melhor remuneração pelo leite. "Mercado existe. Há 35 países para os quais exportamos, mas temos que ser competitivos", respondeu Guerra. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Foto: Carolina Jardine

 

Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 20 de Fevereiro de 2018 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Janeiro de 2018 e a projeção dos valores de referência para o mês de Fevereiro 2018, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Fevereiro de 2018 é de R$ 2,1323/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

 

Leilão GDT encerra sequência de fortes altas

Após fortes altas nos últimos eventos, o leilão GDT da última terça-feira (20/02) fechou com queda de 0,5% no índice de preços médios, ficando praticamente estável em relação ao leilão anterior, com a média de preços em US$ 3.623/tonelada.

Conforme a Nova Zelândia vai se aproximando do final de sua safra, a quantidade negociada no leilão segue em queda. Nesse leilão, foram negociadas 20.256 toneladas de produtos lácteos, 8,7% a menos do que fora negociado no leilão anterior. A estabilidade de preços como resultado deste leilão era, de certa forma, esperada. Primeiramente, as negociações tiveram influência da melhoria das condições climáticas na Nova Zelândia. Além disso, os fundamentos do mercado internacional não trazem justificativas sólidas e de longo prazo para as fortes valorizações que vinham ocorrendo nos últimos leilões, especialmente nas proteínas. Os principais produtores do mundo estão aumentando sua produção, e têm cada vez mais adentrado a mercados que antes eram mais "fiéis" à Nova Zelândia. Até por isso, os dados mais atuais disponíveis de exportação da Nova Zelândia mostram queda de 0,8% em equivalente leite no acumulado da safra atual (jun/17-dez/17) - com um amento de 0,9% na produção no mesmo período.

Após as fortes altas no leite em pó integral, este leilão foi de estabilidade. Com uma leve alta de 0,3%, a tonelada fechou a US$ 3.246/ton. Nota-se que o preço do produto neozelandês já é praticamente o mesmo em relação ao da União Europeia, onde o preço está em torno de US$3.275/tonelada (FOB), restringindo muito a sua competitividade internacional.

Já no leite em pó desnatado, nesse leilão a queda foi mais forte (3%), e trouxe o produto para US$ 1.832/tonelada. Os estoques governamentais da União Europeia permanecem altos e estáveis, e mesmo assim, a produção do derivado segue em crescimento, principalmente devido às altas nos preços das gorduras.

A gordura láctea permanece com um desequilíbrio entre a oferta e a demanda, com disponibilidade sendo insuficiente para suprir a procura. Assim, a manteiga, já historicamente valorizada, registrou nova alta (1,1%) e fechou em US$ 5.334/tonelada. Para os próximos leilões, o mercado não espera que as fortes altas sejam retomadas, a não ser que algo surpreendente ocorra. (GDT/Milkpoint)

Balança 

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 808 milhões na terceira semana de fevereiro de 2018. O valor é resultado de exportações de US$ 3,022 bilhões e importações de US$ 2,214 bilhões. (Fonte: MDIC )

 
 
 

Porto Alegre, 19 de fevereiro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.677

 

Conseleite MS 
 

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 16 de Fevereiro de 2018, atendendo os dispositivos do seu Estatuto, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de Janeiro de 2018 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de Fevereiro de 2018.

Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. (Famasul)


Compost barn afunila integração entre o café e o leite

De 21 a 23 de fevereiro, os produtores rurais do sul de Minas Gerais e da média mogiana do estado de São Paulo - importantes regiões de bacia leiteira - encontrarão na 17ª FEMAGRI (Feira de Máquinas, Implementos e Insumos Agrícolas) novidades em estrutura de produção que integra café e leite. A FEMAGRI é um evento gratuito e que acontece das 08h às 18h, na cidade de Guaxupé.

integração entre leite e café
A integração entre leite e café pode ser benéfica para os pecuaristas e agricultores

O compost barn, sistema de confinamento para vacas leiteiras, vem ganhando força em algumas propriedades brasileiras e será um dos destaques durante a feira promovida pela Cooxupé em Guaxupé, Sul de Minas. "Muitos dos nossos cooperados trabalham com as produções de café e leite, refletindo uma realidade muito forte da região e uma alternativa econômica eficiente para quem vive do agronegócio. Por isso, trouxemos este tema para que eles conheçam novas possibilidades para ganhar mais eficiência em seus negócios", destaca o presidente da cooperativa Carlos Paulino.

"As principais vantagens ao produtor são uma maior produção de leite com maior eficiência alimentar, além de números reprodutivos e sanitários melhores. O maior benefício para as vacas são a facilidade de adaptação, a menor quantidade de lesões e maior longevidade", pontua o médico veterinário e consultor, Adriano Seddon, pioneiro em adaptar o compost barn no Brasil. Segundo ele, em média, o compost barn é 20% mais barato comparado ao sistema de free stall. "Vale destacar também que este sistema produz uma grande quantidade de composto que é altamente benéfico para o solo", completa.

Sérgio Ribeiro Cruvinel, supervisor de mercado agropecuário da Cooxupé e médico veterinário, conta que na região da cooperativa a palha de café como cama está sendo utilizada no lugar da serragem. "E estamos tendo muito sucesso. Após um período, o composto volta à agricultura em lavouras de milho, pastagem e café, fornecendo matéria orgânica ao solo", antecipa.

Recentemente, o MilkPoint  recebeu do produtor de leite Marco Antônio Costa, de Cristais/MG, um vídeo sobre o processo de compostagem dos dejetos bovinos na Fazenda Córrego D'Antas. Veja aqui. 

Além de leite, Marco também produz café, comercializado no mercado hoje por meio da marca Café Fazenda Caeté. Para otimizar a integração leite & café e pensando nos problemas ambientais, a compostagem foi idealizada e implantada. Além do esterco dos animais, a casca de café da própria fazenda e de alguns parceiros é utilizada no composto. Após a compostagem, o material final (biofertilizante) é utilizado para contribuir com o plantio do próprio café e na safrinha de milho (tanto na propriedade de Marco como nas fazendas dos parceiros).

O produtor destacou que a responsabilidade ambiental é uma tendência sem volta e que ser sustentável é lucrativo. "Os produtores não precisam ter medo de perder dinheiro com a sustentabilidade. Pelo contrário, ela pode ajudar na rentabilidade do negócio". Ele acredita que os custos da implementação do sistema de compostagem serão rapidamente cobertos - já que os ganhos e benefícios da compostagem são inúmeros. (Esta matéria contém informações da FEMAGRI e do portal Exame)

Fraca demanda interna reduz importações em janeiro

Importações de lácteos - As importações de lácteos recuaram no primeiro mês de 2018 frente a dezembro do ano passado. Em janeiro, o País internalizou 64,6 milhões de litros em equivalente leite, volume 14,2% menor em relação a dezembro/17 e 57,3% abaixo do de janeiro/17. A demanda enfraquecida no mercado doméstico limitou as compras externas de leites em pó e queijo muçarela, principalmente.

Ainda assim, o principal produto adquirido pelo Brasil continuou sendo o leite em pó, com a entrada de 42,4 milhões de litros em equivalente leite (65,5% do total importado) em janeiro. Os países que mais exportaram esse produto para o mercado nacional foram a Argentina (74,5% do total de leite em pó importado) e Uruguai (12,3% do total). Ainda que o preço desse produto tenha se mantido praticamente estável, o volume de importação é cada vez menor, devido à baixa demanda nacional, com queda de 24,1% em relação ao mês anterior e queda acumulada de 60% de janeiro de 2017 ao mesmo mês deste ano. Em segundo lugar na pauta das importações estão os queijos, com a entrada de 19,7 milhões de litros em equivalente leite do produto, alta de 24,4% em relação à dezembro, volume que representa 30,5% do total de lácteos importados. Os principais países vendedores de queijos ao Brasil foram a Argentina e o Uruguai, com 51,3% e 39,1% do total adquirido, respectivamente. Com a oferta elevada de muçarela no mercado doméstico, a pauta de importações de queijos vem se modificando, com maior entrada de produtos de maior valor agregado, como os queijos frescos e de massa fundida, o que elevou o preço médio desse grupo de lácteos em 15,3% nos últimos 12 meses. Em relação às exportações, 5,3 milhões de litros em equivalente leite foram negociados no mercado internacional, volume 33,7% menor que o do mês anterior e 51% abaixo do de janeiro de 2017. 

Quanto à receita obtida com os embarques, a queda foi de 27,9% em relação a dezembro e de 51,1% comparado ao primeiro mês do ano anterior. Os queijos estão em primeiro lugar dentre os principais produtos exportados, com 2,3 milhões de litros em equivalente leite (43,3% do total embarcado) em janeiro, queda de 15,9% em relação ao mês anterior. Os principais países a adquirir o produto foram Taiwan (19,6% do total de queijos exportados), o Chile (19,3% do total) e a Rússia (16,2%). O segundo produto mais negociado no mercado externo foi o leite condensado, com 2,2 milhões de litros em equivalente leite (42,6% do total embarcado), alta de 85,4% em relação ao mês anterior. Os principais países compradores deste produto foram a Angola (43,9% do total do produto), Tunísia (26,1% do total) e Trinidad e Tobago (11,5% do total). Em terceiro lugar estão os leites fluídos (categoria representada principalmente pelo creme de leite), com embarques de 573 toneladas (27,8% do total exportado) - 43% desse volume foi enviado aos Emirados Árabes Unidos. No saldo da balança comercial, houve déficit de 59,3 milhões de litros em equivalente leite em janeiro, redução de 11,9% frente a dezembro. Porém, devido à importação de lácteos de maior valor agregado, a redução do déficit da balança comercial em valor foi de 1,2%, com saldo negativo de US$ 25,2 milhões. (Cepea)

A Comissão Europeia estima preço de 36,94 €/100 kg para janeiro
Preços/UE - O preço médio do leite na União Europeia (UE) pago aos produtores de leite em dezembro passado foi de € 37,49/100 kg, ou seja, menos 0,9% em relação a novembro. É a primeira redução do preço médio do leite na UE desde junho de 2017, segundo os dados do Observatório Lácteo da UE.  O preço na Espanha em dezembro foi de € 32,43/100 kg. Ainda que tenha sido 7% acima do valor de dezembro de 2016, ficou 5 centavos menor que o valor médio da UE. O preço espanhol, em dezembro, foi o quinto mais baixo de toda a UE, somente ficando à frente de Portugal, Bulgária, Lituânia e Romênia. O aumento da captação na UE no outono passado teve um efeito sobre o preço ao produtor. Para janeiro de 2018 a Comissão Europeia (CE) prevê forte queda, de 1,5%, podendo fechar a € 36,94/qoo kg. Para a Espanha a previsão é de que o preço de janeiro seja igual ao de dezembro. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)