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Porto Alegre, 24 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.807

Câmara setorial do leite discute regulamentos técnicos
 

Representantes da indústria de laticínios participaram ontem da reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em Brasília. Um dos assuntos tratados foi a situação das consultas públicas referentes às portarias 38/2018 e 39/2018, que estabelecem novas regras para características de qualidade do leite cru refrigerado, do leite pasteurizado e do leite tipo A.

Segundo o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, que participou da reunião, a Câmara decidiu incluir em sua pauta a criação de um RTQI para o soro de leite, que será submetido a consulta pública. A medida atende a uma reivindicação das indústrias associadas do Sindilat que processam soro líquido para transformação em soro em pó. "Acreditamos que a publicação do regulamento técnico possa sair até o fim do ano. Com isso, teremos regras e padronização para a operação das indústrias", diz Palharini. Também foram aprovadas pela Câmara as propostas de criação de novos RTQIs, para ricota, queijo minas padrão, queijo meia cura e provolone.

A Câmara Setorial também discutiu o tabelamento de preços do frete rodoviário instituído pelo governo federal em junho, por medida provisória, após a crise desencadeada pela greve dos caminhoneiros. A tabela, que desagradou a diversos setores da economia, enfrenta questionamentos do Supremo Tribunal Federal (STF). (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Seca na Europa e as consequências para a produção leiteira

Devido às consequências da seca em curso, os produtores rurais de toda a Europa enfrentam grandes dificuldades. No setor lácteo, a seca contribuiu para que a situação se tornasse ainda mais aguda, de acordo com o European Milk Board (EMB). No meio da crise dos lácteos, as reservas foram completamente dizimadas e, em muitos lugares, as dívidas se acumularam, disse a organização.

As reduções no rendimento e as colheitas fracassadas estão atingindo duramente os produtores, e o EMB acrescentou que os custos dos alimentos levam a um aumento da pressão e crescentes déficits financeiros. O EMB acrescentou que a ajuda financeira é útil para lidar com os efeitos diretos da seca e o leite em pó dos estoques de intervenção da UE deve ser mantido fora do mercado, porque isso pressionaria ainda mais os baixos preços do leite - que atualmente estão em média em torno de 33 centavos por litro na UE.

Procurando por soluções
O presidente do EMB, Erwin Schöpges, disse que é importante trabalhar em soluções de curto e longo prazo. "Um mecanismo que acabaria com a longa série de crises no setor é um elemento indispensável nesse sentido e deve contribuir para que os produtores recebam preços que realmente cubram os custos de produção - incluindo uma renda 'decente' - e assim, permitam que as fazendas operem sustentavelmente e visando a sobrevivência", disse Schöpges.

Boris Gondouin, membro do comitê executivo da EMB e produtor francês de lácteos, acredita que o gerenciamento progressivo de crises é a única maneira de garantir que as fazendas permaneçam vivas em situações extremas, como a atual seca. "Desde o ano de 2000, as secas se tornaram mais severas e muito mais frequentes, tanto na França quanto em outros países. Isso mostra que é importante 'ganharmos o suficiente' nos chamados anos normais, sem acabar com as nossas economias. Mas isso só seria possível se instrumentos como o Programa de Responsabilidade do Mercado (MRP) fossem integrados à Política Agrícola Comum (PAC) da UE", disse Gondouin.

Benefícios do MRP
O MRP desenvolvido pelo EMB promove o ajuste temporário dos volumes de produção para que o colapso dos preços do leite possa se recuperar. Flexivelmente adaptado à situação do mercado, diferentes fases do MRP podem ser ativadas - cortes de produção voluntários são um exemplo disso.

O MRP previne perdas de criação de valor que enfraquecem massivamente os produtores, disse a EMB. Para atender aos muitos desafios da produção leiteira sustentável, ecológica, animal e favorável ao clima, são necessários mercados à prova de crise e preços que cubram os custos para os produtores.

A vice-presidente do EMB, Sieta van Keimpema, disse que o MRP é um passo importante em direção a uma política agrícola comum, reduzindo o que ela disse ser uma desigualdade, já que diferentes países europeus lidam com a situação de forma diferente.

"Alguns países estão atualmente apoiando seus produtores durante a seca, enquanto outros estão relutantes em fazê-lo. O MRP adota uma abordagem diferente. Como seria aplicado da mesma maneira a todos os países da União Europeia e também previa e evitaria crises a nível da UE, isso ajudaria a estabilizar o mercado de lácteos como um todo, o que, no final, beneficiaria todos os produtores da UE", disse van Keimpema.

Maior pagamento
No Reino Unido, a empresa de lácteos, Dairy Crest anunciou no mês passado que, devido às condições meteorológicas extremas, estava fazendo um pagamento suplementar de 0,5 centavos (0,64 centavos de dólar) por litro a partir de 1 de setembro de 2018 para seus agricultores de Davidstow.

Chris Thomson, diretor de compras do grupo Dairy Crest, disse: "estamos bem conscientes dos desafios que nossos produtores estão enfrentando no momento devido ao clima extremamente quente e seco e estamos satisfeitos por podermos apoiá-los durante este período difícil". (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Em setembro, Buenos Aires será a capital dos lácteos

Congresso Panamericano do Leite - Entre 11 e 13 de setembro, será realizado o 15º Panamericano do Leite na sede de exposições Rurais em Buenos Aires. Ali estarão os principais atores da cadeia láctea do continente americano para conhecer as últimas tendências, debater, e planejar o futuro do setor lácteo. 

Entre os conferencistas convidados estarão presentes a diretora geral da Federação Internacional de Lecheria (FIL), Caroline Emond; o presidente e diretor executivo da Federação Nacional dos Produtores de Leite dos Estados Unidos, Jim Mulhern; altos executivos e diretores das empresas Lactalis (França), Arla Foods (Dinamarca), Tetra Pak (Estados Unidos) e Dairy Farmers of America (Estados Unidos). Também participarão destacados pesquisadores e professores de universidades da Austrália, Estados Unidos e Nova Zelândia, entre outros países. Durante o Congresso, também serão realizadas reuniões e atividades: a Assembleia Geral Anual da Fepale, a reunião do Conselho Latinoamericano de Proteína Animal (Colapa), assim como uma série de rodadas técnicas nas províncias de Buenos Aires, Santa Fe e Córdoba, quando os participantes conhecerão fazendas de leite, plantas industriais, institutos de pesquisa e PYMES queijeiras. (Infortambo - Tradução livre: www.terraviva.com.br')

Projeto Leiteria
 As indústrias lácteas gaúchas uniram-se para levar um espaço de aconchego e sabores inusitados para a Expointer 2018. É a Leiteiria Sindi¬lat, um projeto que chega ao Parque de Exposições Assis Brasil, em Es¬teio, para oferecer aos visitantes da exposição um conceito diferenciado de alimentação, composto por lan¬ches rápidos e saborosos com uma proposta que se assemelha a uma pâtisserie. No local, além do deli¬cioso e tradicional leite com café, haverá um mix diferenciado de cap¬puccinos, cafés especiais, salgados e doces à base de leite e derivados. O espaço na Boulevard Quadra 46 vem complementar o projeto do PUB do Queijo, inaugurado em 2017 e que volta a Expointer este ano. (Jornal do Comércio
)

Porto Alegre, 23 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.806

Técnicas para reduzir o teor de açúcar em produtos lácteos são promissoras

Além de populares entre os consumidores, os alimentos lácteos faturam mais de US$ 125 bilhões por ano (IDFA, 2017) nos Estados Unidos. Com sua popularidade, surgem novas demandas dos consumidores por produtos mais saudáveis e de baixa caloria, que tenham o mesmo sabor dos produtos tradicionais e mais calóricos. A saúde pública e o foco do consumidor na saúde aumentaram nos últimos 20 anos, levando a um impulso significativo para escolhas alimentares mais saudáveis, incluindo produtos lácteos. Não é novidade que o consumo excessivo de açúcar, por exemplo, pode contribuir para uma série de questões como hipertensão, diabetes tipo 2, doença cardiovascular e cáries dentárias.

Em um relatório publicado no Journal of Dairy Science, os pesquisadores analisaram as opções disponíveis para a indústria de laticínios que possibilitariam a redução do açúcar em produtos como sorvete, iogurte e leite aromatizado sem sacrificar o sabor. Produtos lácteos como sorvete, iogurte e leite com sabor são potencialmente ricos em açúcares indesejados. Alguns dos processos padrão para o desenvolvimento de produtos alimentícios mais saudáveis, como redução de gordura, açúcar e sal, resultam em um sabor inaceitável. A percepção do sabor doce também pode ser afetada pela textura da matriz alimentar e pela presença de gordura.

Outras técnicas de redução de açúcar incluem hidrólise de lactose, ultrafiltração e redução direta. Nesta revisão, os pesquisadores analisaram estudos recentes para avaliar o papel do açúcar, adoçantes alternativos e redução de açúcar no sorvete, iogurte e leite com sabor e discutir as opções disponíveis para a indústria de laticínios.

"Os alimentos lácteos representam um grande mercado", explicou a pesquisadora MaryAnne Drake, PhD, e William Neal Reynolds, professor do Departamento de Alimentos, Bioprocessamento e Ciências da Nutrição do Southeast Dairy Foods Research Center, North Carolina State University, Raleigh, NC, EUA.

"O dilema de como reduzir o teor de açúcar sem sacrificar o sabor e afetar negativamente as vendas de produtos é um desafio, pois o açúcar desempenha um papel importante nos alimentos lácteos, não apenas no sabor, mas também na textura, cor e viscosidade. Substituir açúcar pode ter efeitos, tornando a substituição inerentemente difícil", completaram.

Sorvete

O sorvete é um dos lácteos mais consumidos no mundo. Para alcançar o sabor doce desejado pelos consumidores, entre 10 a 14% de açúcar precisa ser adicionado. Estudos mostraram que a redução de açúcar e gordura mostram uma maior propensão para um sabor amargo e uma menor intensidade de cremosidade. Entre as opções promissoras, os pesquisadores descobriram:

Sorvetes com teor calórico reduzido com sorbitol e sucralose foram os mais aceitos em comparação com outros sorvetes "light" de baunilha ou sorvetes com uma redução mínima de 25% da energia total, açúcar ou lipídios;

Eritritol e lactitol são álcoois de açúcar que foram usados para criar sorvete de baixa caloria. O eritritol é mais comumente usado para redução de açúcar no sorvete porque fornece volume e textura e é apenas uma fração de calorias da sacarose;

Sorvetes com sabor de chocolate são normalmente formulados com maior teor de açúcar para diminuir o amargor associado ao cacau. Quando o açúcar é reduzido, o sorvete não só tem um sabor mais amargo como também tem menos sabor. Em um estudo, os pesquisadores propuseram uma solução ao comercializar sorvetes de chocolate com pouco açúcar para os amantes de chocolate amargo, que já desejam e toleram níveis substancialmente mais altos de amargor;

 O frozen yogurt (iogurte congelado) é muitas vezes visto como uma alternativa saudável ao sorvete, devido ao seu baixo teor de gordura e a presença de bactérias do ácido láctico, mesmo quando congelado, mas seu teor de açúcar é normalmente o mesmo que o do sorvete comum. Um estudo com frozen yogurt determinou que a substituição de inulina e isomalte por açúcar e gordura resultou em um produto muito semelhante ao original, com grande proximidade no sabor e na textura.

Iogurte
O iogurte é geralmente reconhecido como um alimento saudável devido ao seu teor nutricional, mas é geralmente adoçado com açúcar para aumentar a palatabilidade. Vários estudos relataram que o gosto do iogurte é influenciado pela textura, aroma e sabor e que a doçura é um componente importante.

Vários estudos descobriram que as misturas de adoçantes não nutritivos têm sido muito bem sucedidas na redução do teor de açúcar do iogurte; 

Um estudo relatou que era possível produzir um iogurte probiótico, usando com sucesso adoçantes sem afetar a viabilidade dos microrganismos probióticos. A adição de adoçantes não nutritivos não afetou negativamente o processo de fabricação de iogurte, porque os adoçantes 'não quebraram' com o tempo.

Leite com sabor
O leite com sabor é popular entre crianças e adultos devido ao seu sabor especial e capacidade de atender às exigências dietéticas para alimentos lácteos nos Estados Unidos. Estudos mostraram que o leite com sabor também aumenta o consumo de leite.

O leite com chocolate, o sabor mais popular, normalmente tem maior teor de açúcar e, portanto, é um alvo frequente para técnicas de redução de açúcar. No entanto, reduzir o açúcar no leite com chocolate é bastante caro e muitos diretores de escolas escolhem a alternativa com mais açúcar para reduzir o custo ou optam por eliminar o leite com chocolate inteiramente. Tem ocorrido vários estudos sobre formas alternativas de reduzir as calorias de açúcar no leite com chocolate. Alguns resultados foram contraditórios.

Em uma pesquisa, os pais preferiram adoçantes naturais não nutritivos ao invés de adoçantes nutritivos, como fonte de adoçantes no leite com chocolate;

Alguns estudos descobriram que o açúcar adicionado poderia ser diretamente reduzido no leite com chocolate e ainda ser aceito por crianças e adultos se não excedesse 30%.

No geral, as técnicas mais bem sucedidas para a redução de açúcar em alimentos lácteos envolvem a substituição de açúcar por adoçantes não nutritivos, naturais ou artificiais, porque estes fornecem o sabor doce desejado pelos consumidores sem adição de calorias. A redução direta dos métodos de hidrólise de açúcar e lactose também é promissora.

"Compreender as técnicas atuais de redução de açúcar, além das pesquisas e respostas dos consumidores à redução de açúcar em produtos lácteos é importante para os fabricantes, a fim de projetar e produzir produtos com redução de açúcar", observou Drake. "A redução do açúcar é uma tarefa intrinsecamente difícil devido às muitas funções do açúcar nos produtos alimentícios, mas está sendo feito um progresso no desenvolvimento de produtos aceitáveis para os consumidores".

"Reduzir o açúcar é responsabilidade de todos para melhorar a saúde pública e individual, e este artigo de revisão é oportuno para destacar as opções disponíveis para a indústria de laticínios", comentou Siva Kaliappan, Vice-Presidente de Pesquisa de Produtos do Conselho Nacional de Laticínios, Rosemont, IL, EUA. (As informações são do Science Daily, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

 

Quedas internacionais dos lácteos indicam que mesmo NZ$ 6,50/kgMS pode ser muito
 
Preços/NZ - Parece que a Fonterra terá que enfrentar, cedo ou tarde, a necessidade de reduzir a previsão de pagamento de NZ$ 7,00/kgMS na temporada 2018/2019. Mais pressão de baixa vieram do último GlobalDairyTrade que caiu 3,6%. 

A redução do preço será outra má notícia para os agricultores que estão absorvendo o anúncio do corte dos dividendos e também do preço do leite da temporada passada, além de continuarem à espera de um CEO permanente para substituir os interinos. Tantos acontecimentos adversos acenderam uma luz amarela, levantando discussões sobre o futuro da Fonterra. O preço de NZ$ 7/kgMs pareceu otimista quando a Fonterra anunciou, e alguns economistas não acreditavam que pudesse ser viável. Tanto economistas dos bancos Westpac, quando do ASB projetaram NZ$ 6,50/kgMs como preço do leite, mas, depois do último resultado do GDT, esse valor ainda pode ser muito elevado. O economista sênior do Westpac, Michael Gordon, disse que a desaceleração da demanda chinesa, um yuan mais fraco, e as crescentes tensões comerciais estão, potencialmente, atingindo os preços. "Recentemente, reajustamos nossa previsão do preço do leite ao produtor de NZ$ 6,40/kgMS, para NZ$ 6,40/kgMS, com base no melhor desempenho do leite em pó desnatado, já que os estoques da Europa estão esgotados. "O resultado do último leilão não está de acordo com nossa previsão, correndo o risco de queda. Continuamos a ver a previsão de NZ$ 7,00/kgMS da Fonterra como muito otimista".

O economista do banco ASB, Nathan Penny, disse que os recentes ganhos do setor de lácteos com o câmbio parece ter vida curta.

"Nas últimas duas semanas, o dólar kiwi caiu quase 3% em relação ao dólar norte-americano. E essa queda estava impulsionando os preços dos lácteos para o mercado interno. No entanto, o resultado do último leilão com queda de 3,6%, superou esses ganhos. Além disso o dólar neozelandês recuperou 1% de sua cotação em relação à divisa norte-americana. Curiosamente, a queda deste último evento não coincidiu com alterações nos fundamentos do mercado de lácteos, como mudança nas perspectivas de produção da Nova Zelândia. Pelo contrário, coincidiu com a Fonterra elevando os volumes ofertados nos próximos 12 meses - os volumes de manteiga subiram cerca de 12%. Com isto posto, não foi surpresa ver os preços dos produtos de manteiga do leite caírem até 8% no leilão".

Penny disse que "na ausência de mudanças fundamentais nos mercados" a ASB estava aderindo à atual previsão do preço do leite.

"No entanto, não podemos ignorar as quedas de preços por tempo indeterminado. Como resultado, ficamos com a previsão de NZ$ 6,50/kgMS em 2018/2019, mas continuamos observando os cenários negativos para esse número". (interest.co.nz - Tradução livre: www.terraviva.com.br)  

DF: CNA debate desafios para exportação de produtos lácteos

O presidente da Comissão, Rodrigo Alvim, afirmou que o Brasil é o quarto maior produtor de leite do mundo, mas precisa investir em ações e projetos para se tornar mais competitivo no mercado internacional.

"A CNA enxerga a exportação como um caminho natural para o desenvolvimento da cadeia de lácteos nacional. O setor está empenhado em melhorar cada vez mais a qualidade dos produtos para garantir a abertura de novos mercados, bem como trabalhar nas adequações sanitárias".
No encontro, o gerente setorial do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes), Artur Milanez, falou das principais barreiras para aumentar a exportação do leite brasileiro.
"O país possui estrutura e infraestrutura ineficientes e os produtores dificuldade para acessar as linhas de crédito, mas os pecuaristas produzem leite com qualidade e com custos compatíveis com a exportação".
A engenheira agrônoma da empresa Labor Rural Vanessa Martins apresentou um diagnóstico da cadeia produtiva de lácteos e afirmou que o Brasil tem potencial para ampliar as exportações, mas é necessário ajustar na base. "É preciso focar em políticas públicas e programas de assistência técnica e gerencial".
Em outra linha de atuação, mas com resultados que também podem impactar nas exportações, a CNA está elaborando, junto às entidades do setor uma nota técnica com sugestões para aprimorar o Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose (Pncebt), instituído em 2001.
"Nós identificamos a necessidade de reestruturação do Pncebt, para que ele seja mais dinâmico, repensando desde a logística de distribuição de insumos até o processo de certificação das propriedades", disse o assessor técnico da CNA, Thiago Rodrigues.
Segundo ele, há dois pontos na proposta que podem trazer avanços imediatos no controle das doenças. Um deles é a aprovação de novos testes para diagnóstico das zoonoses e a criação de fundos sanitários privados em parceria com a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural e da Agricultura em cada estado da federação.
"Com esses fundos privados, os produtores se sentirão seguros de que, se identificarem na propriedade algum animal doente, eles serão indenizados, uma vez que são obrigados a sacrificar esse animal". (Página Rural)
 

Entrevista com Darlan Palharini - SINDILAT
Lucas Rivas entrevistou o Secretário do SINDILAT, Darlan Palharini sobre os preparativos da entidade para a 41ª EXPOINTER. Ouça a entrevista. (Rádio Guaíba)

Porto Alegre, 22 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.805

China mantém importações de lácteos firmes no primeiro semestre

China - As importações chinesas de lácteos continuaram aumentando, segundo os dados de exportação de seus principais fornecedores publicados no site especializado CLAL. Devido à guerra comercial com os Estados Unidos, a China deixou de publicar os dados sobre importações de alguns produtos como os lácteos. A CLAL realizou estimativas com base nos dados de exportação dos principais fornecedores de lácteos para a China. E segundo esses cálculos, as exportações para a China aumentaram, em média, 3,8% na primeira metade do ano medidas em volume.

As remessas da União Europeia (UE) para a China aumentaram 1% no período, as vendas dos Estados Unidos saltaram 17,7%, enquanto que as remessas neozelandesas caíram 6,4%. A UE se aproximou de 500.000 toneladas enviadas para a China no primeiro semestre do ano. Foi sólido o desempenho dos envios de fórmulas infantis, com 138.000 toneladas exportadas (um salto interanual de 30,4%) sendo o principal produto enviado ao país asiático. Em sentido contrário, caíram em relação ao ano passado as remessas de leite em pó desnatado (-7,5%) e creme (-9,7%). Os Estados Unidos ganhou terreno, escalando em 34% as exportações de queijos, mas, reduzindo os envios de leite em pó desnatado (-25%). (Blasina y Asociados - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Sistema vai integrar até fim do ano a rede de laboratórios oficiais e credenciados

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai instalar até o fim do ano o sistema Hub Laboratorial para centralizar todas as informações de amostras dos seis Lanagros (Laboratório Nacional Agropecuário) e da rede de 450 laboratórios credenciados no país. A cada ano, são feitas cerca de 33 milhões de análises laboratoriais pela rede do Mapa e credenciados. O secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel, avalia que o Hub irá proporcionar maior grau de transparência, como está sendo reivindicado por importadores. 

O Hub Laboratorial vai rastrear as amostras desde a coleta na propriedade até o resultado final da análise. As informações serão acessadas em tempo real, com acompanhamento da custódia da amostra (guarda), manutenção do material, insumos aplicados, análises realizadas, permitindo o controle e a auditoria de todas as ações envolvidas. Os laboratórios, por sua vez, poderão planejar melhor seu trabalho. A decisão foi tomada em reunião na quinta-feira (16) entre o secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel, o coordenador-geral de laboratórios agropecuários, Rodrigo Nazareno e outros integrantes do Mapa. 

O sistema é voltado para o combate de fraudes ou quaisquer desvios de finalidade em análises laboratoriais. O foco inicial do sistema são as análises de Salmonella e Listeria em carcaças de frango, em resposta a problemas apontados na "Operação Trapaça", deflagrada pela Polícia Federal com apoio do Mapa, no início de março. "A defesa agropecuária compreende ações que visam evitar danos à saúde dos consumidores, aos rebanhos e lavouras e que eliminem o risco econômico para o Brasil", observou o coordenador-geral.

"Não são necessários grandes investimentos, apenas a integração total dos sistemas existentes no Mapa e a implantação de alguns que serão instalados", explica Rodrigo Nazareno. "O Hub pode ser executado e vai trazer resultados que permitirão melhorar o planejamento da fiscalização sanitária no país", acrescenta Nazareno.

A racionalização das análises, de ponta a ponta, vai gerar economia e ganho de eficiência. Atualmente o auditor fiscal federal agropecuário faz a coleta da amostra no campo, preenchendo, formulário, por vezes, manualmente, e, quando a amostra chega no laboratório, as informações do formulário devem ser transcritas. Com o Hub as informações da coleta serão enviadas diretamente ao laboratório e o resultado diretamente à pessoa que solicitou a análise, com ganho de tempo. (As informações são do Mapa) 

Pesquisa analisa gestão de resíduos em fazendas leiteiras no Brasil, Chile e Argentina

Uma pesquisa avaliou percepções, necessidades e obstáculos para o manejo adequado de dejetos em fazendas de leite na América do Sul. O objetivo foi identificar prioridades para estratégias de gerenciamento e transferência de tecnologias para melhorar a gestão dos resíduos. A consulta foi realizada no Brasil, Chile e Argentina, entre março de 2015 e novembro de 2017, com 593 produtores de leite, técnicos, consultores, funcionários de fazendas, prestadores de serviços, estudantes, pesquisadores e representantes de instituições públicas e de laticínios.

É o primeiro estudo que analisa as percepções do público de interesse sobre o manejo de dejetos na América Latina, considerando três países diferentes, onde o setor de lácteos é uma indústria forte.
Os três possuem 70% dos rebanhos leiteiros da América do Sul e produzem 73% do leite. Dessa forma, a gestão de resíduos é importante devido ao grande volume produzido e ao impacto ambiental que práticas inadequadas podem causar.

De acordo com o pesquisador Julio Palhares, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos - SP), nesses países, na maioria das vezes, os resíduos da produção de leite são utilizados de forma incorreta, sem considerar as limitações ambientais, aumentando as chances de causar impactos negativos, como contaminação do solo, emissão de gases e odores para o ar e poluição das águas. "O uso como fertilizante ou para produção de biogás são alternativas para se fazer o manejo de resíduos na propriedade. Mas a falta de gestão ou aplicação em excesso pode resultar em danos ao meio ambiente", explica Palhares.

Cerca de 90% dos entrevistados reconhece o esterco como um bom fertilizante. Em relação à produção de biogás, 60% consideram uma opção eficaz para tratamento de dejetos animais. No entanto, o manejo complexo, os altos custos e a falta de conhecimento e de leis específicas foram apontados como obstáculos para se fazer a gestão adequada. Também, os entrevistados indicaram necessidades para um melhor gerenciamento: ter um manual de com práticas para o manejo dos resíduos, disponibilidade de equipamentos e tecnologias e acesso a análises laboratoriais para caracterização dos resíduos.

Da amostra total, 52% que responderam o questionário são argentinos, 308 pessoas. Brasileiros, 37% (217) e chilenos, 11%. Em relação à profissão, 77% são produtores de leite.

Algumas diferenças aparecem de acordo com o país. Especificamente, em relação ao Brasil, quase todos os entrevistados concordaram com o uso de esterco como fertilizante e que o usariam para substituir o adubo mineral. Para 80% dos brasileiros a biodigestão é uma boa opção para o manejo. Pouco mais de 60% afirmou que os odores são poluentes e um percentual elevado acredita que não há regulamentação adequada no Brasil para esse tema.

Palhares ressalta que apesar das semelhantes condições produtivas, culturais, econômicas e ambientais dos países, observaram-se diferenças entre o Brasil e os outros dois países. "Isso é resultado dos diferentes níveis de desenvolvimento da aplicação de regulações e programas voltados ao manejo dos resíduos leiteiros. No caso do Chile e Argentina, a discussão sobre o tema e, consequentemente, a sua internalização pelos envolvidos está mais avançada que no Brasil. Por exemplo, no Chile já há alguns anos empresas bonificam o produtor pelas suas práticas ambientais. No Brasil isso começa a ser implementado", conta.

Os resultados podem contribuir para que esses países estabeleçam planos de manejo dos resíduos, desenvolvimento de políticas públicas e programas de pesquisa e educação.

O estudo foi realizado por pesquisadores da Embrapa Pecuária Sudeste, Universidade de Buenos Aires, Instituto de Investigações Agropecuárias (INIA - Chile), Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA - Argentina) e Universidade Tecnológica Nacional (Argentina). (As informações são da Embrapa Pecuária Sudeste)

Produção de leite cresceu 8% na Argentina em julho
O Ministério da Agroindústria da Argentina informou na sexta-feira (17) que a produção de leite cresceu 8% em julho deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado. As estatísticas elaboradas pelo Sistema Integrado de Gestão do Leite Argentino (SIGLeA) também revelaram que o preço pago ao produtor pelo litro de leite em julho cresceu 28% em termos interanuais, chegando a 7,12 pesos (23,84 centavos de dólar). Enquanto isso, a variação da produção de julho em relação ao mês anterior foi de 4% e o preço pago ao produtor por cada litro de leite cresceu 5% em junho em relação a maio deste ano. O aumento da produção é observado principalmente nas províncias de Santa Fé e Córdoba, que ficaram acima de oito por cento, enquanto a província de Buenos Aires, por exemplo, cresceu, mas em menor porcentagem. A estatística leva em conta a compra de leite cru de 307 indústrias e vincula as bases de dados da Administração Federal de Receitas Públicas (AFIP), do Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa) e do Ministério da Agroindústria. O objetivo deste indicador é tornar a dinâmica operacional mais transparente e ter informações confiáveis para o desenho de políticas públicas. O mesmo ocorre em decorrência dos acordos assinados pelo Departamento de Laticínios com representantes da indústria e produção, com o objetivo de ter mais informações para aumentar a competitividade da cadeia. (As informações são do jornal Diario Clarín, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Porto Alegre, 21 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.804

Conseleite indica retração no preço do leite

 

  
Foto: Carolina Jardine 

Depois de meses de alta, o preço de referência do leite no Rio Grande do Sul registrou queda em agosto. Segundo dados divulgados pelo Conseleite nesta terça-feira (21/8), o valor projetado com base nos primeiros dez dias do mês de agosto é de R$ 1,2210 por litro, 5,71% abaixo do consolidado de julho que fechou em R$ 1,2949. O professor da UPF Eduardo Finamore explica que a redução foi puxada pelo preço do leite UHT, que caiu 10% no mês. No entanto, alerta ele, no acumulado de janeiro a agosto de 2018, o UHT está 5,69% acima do preço praticado no mesmo período de 2017. No mês, também tiveram redução o queijo mussarella (-5,59%) e o leite pasteurizado (-3,13%). 

O encontro mensal, presidido por Pedrinho Signori, reuniu representantes dos laticínios e produtores na sede da Fetag, em Porto Alegre (RS). "O momento para o produtor é de cautela com investimentos. Cada um deve avaliar seu sistema de produção, considerando que o preço ao produtor está bom no momento, mas, sem esquecer de atentar aos custos de produção", pontuou Signori.

Segundo presidente do Sindilat e vice-presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, o que preocupa é que a produção no campo não está crescendo como em anos anteriores e, mesmo assim, o preço no mercado demonstrou queda. "A produção no campo está menor do que na mesma época do ano passado", constatou, lembrando que os meses de agosto e setembro são pico de produção no Rio Grande do Sul, patamar 30% acima da captação de abril (pico da entressafra). O que explica o cenário, aponta o executivo, é a política de promoções praticada no varejo, que gerencia seus estoques de forma a garantir compras de leite sempre mais vantajosas, espremendo as margens da indústria.  Como a produção não está se expandindo como a média histórica, estima ele, a tendência é que a estabilidade de preços chegue mais rápido. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Vitrine do Leite apresentará processo de ordenha na Expointer

Os visitantes da Expointer neste ano que forem à Vitrine do Leite poderão conhecer de perto todo o processo de ordenha das vacas. Essa será uma das grandes inovações desse ano no estande, localizado dentro do Pavilhão do Gado Leiteiro, no Parque de Exposições Assis Brasil. O processo de ordenha ocorrerá na segunda-feira (27) e na terça-feira (28), às 10h, e entre quarta e sexta-feira em dois horários, às 10h e às 14h. 

O público terá um benefício extra. Será montada uma arquibancada, com espaço para 50 pessoas, garantindo maior conforto aos visitantes, que também poderão, durante o evento, tirar dúvidas e outros esclarecimentos.  "Nós acreditamos que irá trazer ao grande público uma oportunidade de efetivamente acompanhar o processo de ordenha que ocorre nas propriedades rurais", adiantou o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. 

A apresentação será feita por um técnico da Emater. Assim, os visitantes poderão acompanhar uma passo a passo da ordenha, desde a preparação das vacas até o que acontece depois da retirada do leite.  Os cuidados com o animal, as questões sanitárias e o manuseio do leite cru também serão abordados. 

Além disso, nos demais horários será exibido um breve filme mostrando todo o  processo de transformação do leite, desde a ordenha na propriedade rural, o manuseio na indústria, até o produto final que chega aos consumidores.    A indústria láctea também terá destaque, mostrando as ações que elevam o padrão de qualidade dos produtos, como a segurança alimentar, exigidos de um produto lácteo.   A atividade é uma realização do Fundesa, com o apoio do Sindilat, da Secretaria Estadual de Agricultura, do Ministério da Agricultura, Gado Holandês,  Fetag, Farsul, Emater e Eurolatte. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

Leiteria terá workshop de harmonização de lácteos e bebidas 

Além de proporcionar um ambiente aconchegante para degustação de produtos lácteos com sabores diferenciados, a Leiteria Sindilat, que será realizada de 25 de agosto a 2 setembro, na Expointer, também será um espaço de conhecimento gastronômico. A programação conta com diversas atividades diárias abertas ao público, que poderá aprender desde como montar uma tábua de queijos, até como fazer harmonização dos produtos lácteos com cervejas ou vinhos. 

"A Leiteria não é só gastronomia, mas também tem programação técnica. Irão ser desenvolvidas atividades, durante os nove dias de feira, para que as pessoas possam efetivamente, além de fazer a degustação, aprender algumas receitas e harmonizações com os produtos lácteos", afirma o secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini.

A abertura da Leiteria, junto ao Pub do Queijo, será às 10h do sábado (25/08), com vídeo sobre boas práticas na ordenha. Na segunda-feira (27/08), às 10h, será realizada a a coletiva de imprensa do Sindilat, em que haverá o lançamento oficial do 4º Prêmio Sindilat de Jornalismo.  

Leiteria Sindilat
Diferentes opções gastronômicas à base de produtos lácteos estarão disponíveis aos visitantes da Expointer 2018 bem no coração da Boulevard. Poderão ser degustados pratos de massa, fondue, tábuas de queijo, ou lanches mais rápidos em um verdadeiro pâtisserie. O primeiro da modalidade organizado na feira oferecerá o tradicional leite com café, mixs diferenciados de cappuccinos, cafés especiais, salgados e doces à base de leite e derivados. A Leiteria Sindilat vem complementar o PUB do Queijo, que foi o maior sucesso em 2017. A operação ficará a cargo do Mule Bule e tem a assinatura da Storia Eventos. 

Confira a programação completa:

25/08 - SÁBADO

10h- Apresentação vídeo de boas práticas na ordenha

16h- Patrona da 21ª feira do livro de esteio, em 2018
Contação de história e autógrafo com léia cassol - autora do livro a menina do cabelo roxo 

18h - Como montar uma tábua de frios para receber convidados - chef Mule Bule

26/08 - DOMINGO

10h- Degustação de diferentes tipos de queijos e outros produtos da indústria láctea gaúcha.

18h- Como montar uma tábua de frios para receber convidados - chef Mule Bule

27/08 - SEGUNDA-FEIRA

10h- Coletiva de imprensa e lançamento do 4º prêmio sindilat de jornalismo e vídeo da cadeia produtiva leiteira

18h- Harmonização queijos e cervejas

28/08 - TERÇA-FEIRA

10h- Apresentação vídeo da ordenha até o consumidor

18h- Harmonização queijos e vinhos

29/08 - QUARTA-FEIRA

18h- Harmonização queijos e cervejas

30/08 - QUINTA-FEIRA

10h- Apresentação vídeo da ordenha até o consumidor

18h- Degustação de diferentes tipos de queijos gaúchos harmonizados com geleias artesanais 

31/08 - SEXTA-FEIRA

10h- Degustação e apresentação de azeites gaúchos.

18h- Harmonização queijos e vinhos

01/09 - SÁBADO

18h- Como montar uma tábua de frios para receber convidados - chef mule bule

02/09 - DOMINGO

10h- Degustação de diferentes tipos de queijos e outros produtos da indústria láctea gaúcha. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
GDT
 
Fonte: GDT
 

Preço do leite longa vida cai quase 5% na primeira quinzena de agosto
O preço do leite UHT caiu pela segunda quinzena seguida no atacado. De acordo com levantamento da Scot Consultoria, o produto ficou cotado, em média, em R$ 2,97 por litro em São Paulo na primeira metade de agosto. Houve queda de 4,7% em relação a segunda quinzena de julho, que já tinha registrado uma queda de 0,7%, frente ao início de julho. A consultoria explica que apesar da desvalorização, o produto está custando 27,8% mais na comparação com o mesmo período do ano anterior. No varejo em São Paulo, o leite longa vida ficou cotado, em média, em R$ 3,77 por litro na primeira quinzena deste mês, uma desvalorização de 2,2% em relação a segunda metade de julho. Este foi o primeiro período de queda nos preços desde fevereiro. Para o restante de agosto, a expectativa das indústrias pesquisadas é de manutenção ou queda nos preços do produto nas indústrias. Embora o período seja de entressafra na região central do Brasil e no Sudeste, com menor disponibilidade de matéria-prima, o cenário é de regularização na cotação do produto depois das fortes altas em junho e primeira quinzena de julho, devido à greve dos caminhoneiros e prejuízos a cadeia do leite. (Canal Rural)

Porto Alegre, 20 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.803

Conseleite/MS

 

A diretoria do Conseleite - Mato Grosso do Sul reunida no dia 17 de agosto de 2018, atendendo os dispositivos do seu Estatuto, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de julho de 2018 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de agosto de 2018.  Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor.  (Famasul)

 

Banco europeu fomenta indústria láctea egípcia com empréstimo de US$ 44 mi

O Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (ERBD) está fornecendo à produtora egípcia de laticínios e sucos, a Companhia Internacional para Projetos de Indústrias Agrícolas, S.A.E (Beyti), um empréstimo de US$ 44 milhões. O financiamento do ERBD permitirá à Beyti refinanciar os empréstimos de curto prazo existentes com um empréstimo de prazo mais longo, mais adequado à sua fase de investimento e desenvolvimento. O empréstimo também financiará novos investimentos para expandir as capacidades de produção e logística da empresa, à medida que os setores nacionais e regionais de laticínios e sucos crescem no Egito.

A Beyti, uma das maiores produtoras de leite, suco e iogurte do Egito, também visa reduzir sua pegada de carbono por meio do aumento da eficiência hídrica e energética e da implantação de fontes de energia renováveis. Os planos incluem a mudança para a energia solar e a melhoria do tratamento de águas residuais para reduzir as emissões de carbono.
A empresa também está trabalhando no aprimoramento de políticas e práticas de igualdade de oportunidades para aumentar a participação das mulheres na força de trabalho. A empresa recebeu um Prêmio Ambiental e Social do ERBD por seu trabalho até agora no desenvolvimento de um plano de ação para a igualdade de gênero.

Suporte de expansão
A Beyti, que tem 52% de sua propriedade nas mãos da Almarai Company, empresa sediada na Arábia Saudita, e 48% nas mãos da PepsiCo Inc., possui uma instalação totalmente automatizada na Estrada do Deserto do Cairo-Alexandria, que emprega mais de 3.000 pessoas.

O ERBD disse que seu investimento também apoiará a expansão do mercado dos setores de laticínios e sucos no Egito. Isso inclui o aumento da produção de leite cru e concentrado de frutas nas fazendas leiteiras locais e produtores de suco concentrado e expansão da capacidade logística da Beyti em ambos os setores, aumentando o número de centros de distribuição e capacidade de entrega. Mohamed Badran, CEO da Beyti, disse: "estamos muito felizes com o nosso acordo com o ERBD, que criará novas oportunidades para o nosso negócio. A parceria com uma instituição financeira que coloca esse foco na promoção de um desenvolvimento sustentável e ambientalmente saudável é um valor agregado para qualquer negócio". Tarek El Sherbini, chefe de agronegócio do ERBD para a região do sul e leste do Mediterrâneo (SEMED), disse: "estamos extremamente satisfeitos com a assinatura de nosso primeiro projeto com a Beyti e com dois grandes acionistas internacionais, Almarai Company e PepsiCo. Estamos ansiosos para aumentar a cooperação estratégica no Egito e outros países comuns de operações".

Assistindo negócios egípcios
Até o momento, o ERBD investiu mais de US$ 4,5 bilhões em 85 projetos no país. O banco também prestou assistência técnica a mais de 700 empresas locais de pequeno e médio porte. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

RS: na Expointer, Emater/RS-Ascar lançará e-book sobre produtores de leite

Livro virtual - Na 41ª Expointer, que acontecerá entre os dias 25 de agosto a 02 de setembro de 2018, no Parque Estadual de Exposições Assis Brasil, em Esteio, será lançado o primeiro e-book sobre produção leiteira produzido pela Emater/RS-Ascar. O evento acontecerá às 14h, na Casa Institucional da Emater/RS-Ascar, no Parque da Expointer.

A intenção com a criação do livro virtual é fazer uma publicação sobre os casos de sucesso das atividades leiteiras dos assistidos da Instituição. Serão relatadas 105 experiências, descritas por 148 extensionistas de 83 municípios, que demonstram a importância do trabalho da extensão rural com essa atividade em termos de assistência técnica e acesso às políticas públicas.

O formato da publicação e o seu conteúdo foram definidos pelo assistente técnico estadual em Sistemas de Produção Animal da Emater/RS-Ascar e coordenador do projeto, zootecnista Jaime Eduardo Ries, que repassou para os escritórios municipais das doze regiões administrativas da Instituição as informações sobre como participar, possibilitando a redação dos textos pelos extensionistas que assistem aos produtores de leite selecionados para os relatos. Cada caso apresentado tem o espaço de uma página no livro virtual, onde são apontadas as razões pelo sucesso obtido pelas famílias, além de dados em tabelas, inclusive da renda obtida, e fotos das famílias dos produtores de leite.

Região de Santa Maria
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Santa Maria foram selecionadas casos de três famílias de produtores de leite para serem apresentadas no livro virtual.

O extensionista Ricardo Lopes Machado, do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de Santa Maria, relatou o trabalho feito com a família Schimit da Rocha, do distrito de Boca do Monte, que adotou outro sistema de produção de leite, através do Pastoreio Racional Voisin, para a pecuária de base ecológica. Machado também descreveu a experiência da família Santini, que está na quarta geração de leiteiros da família, e possui hoje uma propriedade que é referência na produção em bases ecológicas, com manejo mais sustentável do agroecossistema, uso da homeopatia e respeito ao bem-estar animal.

Já o extensionista João Raimundo Cruz da Cruz, do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar de São Vicente do Sul, discorreu sobre a família Veiga dos Santos, da localidade de Dois Irmãos, que teve aumento significativo na produção e na rentabilidade do leite com investimento na aquisição de animais de qualidade, entre outras ações orientadas pela Emater/RS-Ascar. As famílias, Schimit da Rocha, Santini e Veiga dos Santos, já eram assistidas pelos extensionistas e por isso foi possível uma análise aprofundada da situação de cada uma.

Lançamento
No dia 31/08, data de lançamento da publicação, está planejada uma apresentação do e-book, às 14h, pelo coordenador do projeto Jaime Ries, seguida da exposição de dois casos descritos na publicação por técnicos dos escritórios municipais, acompanhados pelos respectivos produtores envolvidos. Na sequência será entregue o cartão contendo o código QR, com link para acesso ao livro. O código QR (Quick Response Code) é um código de barras que pode ser escaneado pela maioria dos aparelhos celulares que têm câmera fotográfica. Esse código, após a decodificação, passa a ser um trecho de texto, um link ou um link que irá redirecionar o acesso ao conteúdo publicado em algum site.

Segundo Jaime Ries, o e-book é uma forma de mostrar o trabalho do produtor e da Emater/RS-Ascar de uma maneira acessível e que já está presente na extensão rural. - É crescente o número de produtores e extensionistas que hoje tem smartphone, Whatsapp, e acesso às novas tecnologias, tanto para o trabalho quanto para o lazer. Esse formato de livro permite fazer atualizações com tempo e maior alcance de pessoas, onde a nossa principal intenção é valorizar o trabalho dos produtores de leite e de todo o pessoal da Emater que trabalha com eles -, assegurou Ries. (Página Rural)

 

O Brasil pode sofrer novo período de El Niño no clima de todas as regiões
El Niño - Os estudos realizados até agora indicam que há quase 80% de chance de se configurar o fenômeno El Niño para os próximos meses. O fenômeno, que tem influência direta na agricultura, é responsável por alterar significativamente o regime de chuva em todas as regiões brasileiras. Para a meteorologista da Climatempo Graziella Gonçalves é importante alertar os produtores para estarem preparados e transformarem o clima em um dos principais aliados dos negócios no campo.  Caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do oceano Pacífico, o El Niño promove alteração na distribuição de chuva em todo o mundo, afetando consideravelmente a agricultura. No Brasil, os efeitos do fenômeno são excesso de chuvas no Sul, seca no Nordeste e precipitações irregulares no Centro-Oeste. "Cada localidade sofre de uma maneira distinta com a ação do El Niño. Mas, em todas elas, é preciso estar preparado e atento às mudanças desde o início do plantio para evitar atrasos e consequentes perdas na produtividade", explica a meteorologista. (Nordeste Rural)

Porto Alegre, 17 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.802

EUA: exportações de lácteos serão cruciais na próxima década

"Exportar o excedente dos produtos lácteos dos EUA é essencial para os preços do leite", afirmou Marin Bozik a um grupo de 250 produtores de leite e agricultores do Meio-Oeste. Mas ele reconheceu que lidar com as consequências de uma guerra comercial não é fácil. "Quando você vai para uma briga, você sabe que haverá baixas. Nós somos as vítimas. É muito corajoso entrar em uma guerra comercial em um ano eleitoral", continuou.

Bozik, professor associado de economia de marketing de produtos lácteos da Universidade de Minnesota, falou no Dairy Experience Forum, no dia  26 de julho em Bloomington, Minnesota, sobre o comércio de lácteos, questões políticas e oportunidades de demanda. Além de ser diretor associado do Midwest Dairy Foods Research Center, Bozik é um dos oito membros do corpo docente do Programa Nacional de Mercados e Política de Lácteos.

Bozik disse ao público que os concorrentes comerciais dos EUA estão lutando agressivamente por participação de mercado. "Nós não estamos. Estamos renegociando acordos de livre comércio com o México, o Canadá e a Coreia do Sul e travando uma guerra comercial. Nossos concorrentes estão assinando acordos de livre comércio, e nós não". 

Bozik reconheceu que as exportações são arriscadas, porém eles não possuem um programa de gerenciamento de fornecimento de leite, por isso, não há outra alternativa. O economista disse que as exportações são críticas para os preços do leite nos EUA. "Em 2009, estávamos exportando 16% de nosso leite e, até o final de 2009, as exportações caíram para apenas 11% - e todos sabemos o que aconteceu com os preços do leite".

Pelos números
Na última década, as exportações absorveram a maior parte do crescimento da produção de leite dos EUA. De 2007 a 2014, os EUA exportaram 79% do aumento doméstico de lácteos. O que as exportações de produtos lácteos significam para os produtores dos EUA nos próximos 10 anos?

De acordo com Bozik, as exportações de lácteos dos EUA totalizam US$ 5 bilhões por ano, o que representa cerca de 15% da produção de leite dos EUA. "As exportações de lácteos representam uma queda proverbial em comparação com o total das exportações de produtos agrícolas", explicou ele. "As exportações totais agrícolas dos EUA totalizam US$ 161 bilhões por ano. Enquanto as importações agrícolas também estão crescendo, exportamos muito mais produtos do agro do que importamos".  Então, quanto os produtores de leite dos EUA precisam exportar nos próximos 10 anos?

Bozik calcula que existam 9,4 milhões de vacas nos EUA, que permanecem praticamente iguais desde 2000. A vaca média dos EUA produz 23.000 libras (10.400 litros) de leite. Ele projeta que, com vacas produzindo em média 1,2% a mais de leite do que no ano anterior, o rebanho leiteiro dos EUA produzirá 979,75 milhões de quilos a mais de leite este ano do que no ano passado. Em 2016, cada pessoa nos EUA consumiu 250 quilos de equivalentes de leite fluido.

"Não há tendência de aumento no consumo de leite", observou ele. "Enquanto consumimos mais queijo, o consumo de leite fluido está diminuindo. Eu vou assumir que a demanda por leite vai se manter estável nos EUA para a próxima década". Mas as notícias não são todas ruins. Bozik disse que o consumo de gordura está aumentando nos EUA.

"O consumo de gordura do leite foi crescente nos últimos anos", disse ele. "As pessoas estão bebendo leite integral e comendo manteiga e iogurte integral. A pessoa média consome 290 quilos de gordura de leite por ano. Nós realmente não temos que exportar qualquer manteiga. Podemos vender tudo internamente".

No geral, Bozik calcula que os EUA precisarão exportar 6 bilhões de quilos de leite, ou 44% do aumento nacional de lácteos, em cada um dos próximos 10 anos. "É uma quantia considerável", defendeu.

Como resultado, Bozik acredita que haverá muita pressão sobre as fazendas leiteiras de tamanho médio na próxima década. "A lei agrícola de 2018 oferecerá proteção substancial para os produtores de leite que ordenham 300 vacas ou menos", disse ele. "Mas as fazendas de tamanho médio, que possuem entre 500 e 2.000 vacas, estarão sob considerável pressão. Grandes fazendas com 2.000 vacas ou mais ficarão bem devido às vantagens de tamanho e escala". (As informações são do portal American Agriculturist, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Veja como o Brasil aprendeu a produzir mais leite com um rebanho menor

Produção - Mesmo com a redução de animais ordenhados de 12 milhões para 11 milhões na última década, a produção brasileira de leite saltou de 20,567 bilhões de litros em 2006 para 30,114 bilhões no último ano, de acordo com o Censo Agropecuário 2017. De acordo com a pesquisa, conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de leite quase dobrou no Rio Grande do Sul, um dos principais estados produtores. O investimento no rebanho foi essencial para essa evolução. Em 2006, os produtores gaúchos declararam produtividade média de 2.500 litros de leite por animal. Onze anos depois, o rendimento quase dobrou, passando para 4.301 litros por vaca. Lideranças do setor acreditam que a demanda da indústria tem papel importante no fomento da produção.

"Dobrar a produção em dez anos é um peso muito forte, tem que ter uma qualidade definida que atenda o mercado, se não nós estaríamos aí com leite sobrando. Eu acho que hoje, se houver uma demanda maior da indústria, o produtor tem condições de atender", afirma o presidente da Comissão de Leite da Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Jorge Rodrigues. Em Estrela, município no vale do Taquari, a produtividade cresceu 62%. Na propriedade onde Anderson Wermeier mantêm um pequeno rebanho de gado holandês, o desempenho duplicou, segundo ele, como resultado do melhoramento genético. O produtor conta que foram descartados muitos animais com baixa produtividade e o dinheiro obtido foi investido em exemplares de melhor genética.

A dieta do rebanho também sofreu alterações. Os animais agora dispõem de pastagem melhorada e também recebem, segundo Wermeier, milho, silagem, farelo de soja, sal mineral, bicarbonato, gordura protegida, calcário calcítico. "Teve animal que aumentou em 30% a produtividade", diz. O médico-veterinário Martin Schmachtenberg, que atua como assistente técnico regional da Emater, lembra que cada vaca tem uma necessidade nutricional própria. Observar essa particularidade, acredita, ajuda a garantir o sucesso da produção leiteira. O veterinário afirma que muitos produtores mal sabem quanto cada uma de suas matrizes está produzindo. "Ali nós podemos ter vaca de 30 litros de leite (por dia), podemos ter vacas de 10 litros de leite. Se nós tratarmos as duas vacas pensando que elas são iguais, provavelmente a de 30 litros não vai dar essa litragem e aquela que está produzindo 10 litros tem tendência a engordar e não vai aumentar (a produção)", afirma Schmachtenberg. Vídeo (Canal Rural)

Com apoio da Faep, Nova Zelândia promoverá evento sobre leite no PR

Leite/PR - A Nova Zelândia lidera com folga o mercado internacional de leite. Em 2017, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), o país movimentou US$ 5,6 bilhões, o equivalente a 20,4% de todo o volume mundial. Mesmo somadas, Alemanha (US$ 3 bilhões) e Holanda (US$ 2,5 bilhão), que ocupam as posições seguintes no ranking mundial, não conseguem alcançar os neozelandeses. A nação da Oceania é uma potência global. É nessa esfera internacional de comercialização que a região Sul do Brasil, maior produtor de leite nacional, quer entrar nos próximos anos. A tendência é natural, já que nos últimos 15 anos os bovinocultores de leite paranaenses mais que dobraram sua produção. E o ritmo de crescimento segue acelerado. A partir desse cenário, a Embaixada da Nova Zelândia no Brasil irá promover um workshop para 150 pessoas em Curitiba, em novembro deste ano. O objetivo é compartilhar com lideranças paranaenses como o país da Oceania conseguiu atingir esse patamar de destaque mundial na cadeia de lácteos. Na programação estarão o embaixador da Nova Zelândia, Chris Langley, e integrantes de empresas de processamento de lácteos do país, além de pesquisadores do setor. A data prevista para o evento é 21 de novembro.

A programação e a data foram definidas em uma reunião promovida na sede da FAEP, em Curitiba, no 15 de agosto. Estiveram presentes no encontro, além de membros da FAEP e da embaixada neozelandesa, representantes da Superintendência Federal de Agricultura (SFA) do Paraná do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Sindicato das Indústrias de Leite (Sindileite) do Paraná, Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Sistema Ocepar, Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab). Na ocasião, a delegação da Nova Zelândia acompanhou uma apresentação do agronegócio paranaense, realizada pelo Departamento Técnico Econômico (Detec) do Sistema FAEP/SENAR-PR. Após a exposição, o embaixador avaliou que há desafios a serem vencidos pela cadeia, mas enxerga um grande potencial para melhorar a produção, tanto em qualidade quanto em quantidade (confira entrevista do embaixador ao lado).

O presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette, lembrou que o trabalho da entidade nas últimas décadas contribuiu para colocar o Estado em um nível diferenciado na produção brasileira de leite. Isso faz com que a capital nacional do leite, Castro, nos Campos Gerais, esteja no Paraná, além de produtores de nível internacional espalhados em todo o território estadual. "Tenho certeza que esse trabalho de promover um intercâmbio será de grande valor para melhorar ainda mais a qualidade dos produtos lácteos e nos elevar à condição de exportador de lácteos", disse Meneguette. Leia entrevista com o embaixador no Boletim Informativo. (Agronovas) 

Panamá investe em raça leiteira do Brasil
Investimento - Os produtores de leite do Panamá estão investindo na raça brasileira Girolando para melhorar a produção leiteira do país. Por apresentar boa produtividade mesmo em regiões de clima mais quente, como é o caso do Panamá, o Girolando já domina grande parte dos rebanhos panamenhos. O país acaba de sediar o XXIII Congresso Nacional Leiteiro - Produzindo em tempos difíceis, ocorrido nos dias 9 e 10 de agosto, na cidade de David, que contou com palestras técnicas sobre a internacionalização da raça e ferramentas de seleção. "Houve um interesse muito grande dos participantes em relação ao programa de melhoramento genético do Girolando e ao sistema de seleção do Brasil. O Panamá é um mercado com grande potencial e tem importado bastante sêmen de touros Girolando", esclarece o coordenador Operacional do PMGG (Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando), Marcello Cembranelli. Durante o XXIII Congresso Nacional Leiteiro, ele ministrou duas palestras. Na primeira delas, o tema abordado foi sobre o contexto do Girolando no Brasil e a internacionalização da raça. Atualmente, o Girolando é a raça leiteira nacional que mais vende sêmen no Brasil e já conta com um rebanho de animais registrados de quase 1,7 milhão. A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando conta com termos de cooperação técnica na área de melhoramento genético com vários países da América Latina. O Panamá em breve assinará o acordo, passando a receber orientação técnica da associação para a seleção do rebanho Girolando. Cembranelli ministrou uma segunda palestra no evento, desta vez o tema foi o uso do controle leiteiro como ferramenta de seleção do rebanho. Os dados coletados pelo serviço de Controle Leiteiro são utilizados na geração das avaliações genéticas dos animais. Segundo dados da Embrapa Gado de Leite, houve um crescente aumento na produção de leite das vacas Girolando nos últimos anos. Enquanto em 2000, a produção era 3.599 kg em até 305 dias no ano (considerando as três primeiras lactações), em 2016, esta produção passou a ser de 5.445 kg no mesmo período, o que representa um incremento de 51,29%, na produção leiteira. Para o coordenador do PMGG, o Panamá já conta com bons exemplares da raça e tem condições de evoluir ainda mais com a adoção de ferramentas de seleção já utilizadas no Brasil. "O Girolando tem muito a contribuir com a pecuária leiteira panamenha, pois é uma raça rústica, bem adaptada aos Trópicos, de menor custo já que não apresenta tantos problemas sanitários como outras raças", diz Cembranelli. O XXIII Congresso Nacional Leiteiro foi promovido pela Associação dos Produtores de Gado Leiteiro do Panamá (Aprogalpa) e teve palestras de especialistas do Chile, Colômbia, Cuba, México e Panamá, além do Brasil. (Compre Rural)

Porto Alegre, 16 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.801

Conseleite SC 

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 16 de Agosto de 2018 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Julho de 2018 e a projeção dos preços de referência para o mês de Agosto de 2018. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (Faesc)

 
 

Anuário do Leite 2018 é lançado na Agroleite

Anuário do Leite - Ontem foi lançado em Castro-PR, durante a Agroleite, o Anuário Leite 2018. A publicação é oriunda da parceria entre a Embrapa Gado de Leite e a Texto Comunicação Coorporativa e conta com coordenação técnica da pesquisadora Rosângela Zoccal e do jornalista Nelson Renteiro, um dos mais influentes profissionais de imprensa do setor leiteiro no Brasil.

O anuário possui 40 artigos, com diferentes enfoques. Entre os autores estão pesquisadores, jornalistas e técnicos do setor. Segundo Rentero, a publicação é pontual e inédita. "Buscamos associar indicadores e análises que ajudem a compor o perfil da pecuária leiteira, considerada uma das mais complexas atividades do agronegócio", afirma.

Alguns artigos e reportagens contidos no anuário trazem informações sobre aspectos econômicos do setor, avaliando custos, margens e preços nos últimos meses. No cenário mundial, a publicação apresenta indicadores de várias partes do mundo. Outros artigos abordam as novidades da pesquisa agropecuária em bovinocultura de leite.

O Anuário traz ainda duas entrevistas exclusivas, com o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, e com o presidente da Comissão de Pecuária de Leite da Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Eles falam sobre o atual momento da cadeia produtiva do leite no país.

O lançamento do Anuário ocorreu num dos maiores eventos do setor na América Latina, realizado no município de maior expressão nacional em produção de leite. Castro é a cidade com a maior produtividade leiteira do país. São 7.478 litros/vaca/ano. Número muito superior à média brasileira (1.709 litros) e de países especializados como Argentina, Uruguai ou Nova Zelândia.

Além da versão imprensa, a publicação está disponível em versão digital, no site da Embrapa Gado de Leite. Para ter acesso ao Anuário Leite 2018, clique aqui. (Embrapa)

 

Fazendas inteligentes alimentadas por TIC para impulsionar a produção de leite

Fazendas Inteligentes - A aplicação da tecnologia de informação e comunicação (TIC) transformou as fazendas tradicionais em fazendas inteligentes, impulsionando o setor lácteo. A Internet of Things (IoT), o uso de dados e a robótica estão melhorando a eficiência e a produtividade no gerenciamento de fazendas.

Especialistas globais em tecnologias agrícolas inteligentes compartilharão seus conhecimentos no World Dairy Summit da FIL/IDF em Daejeon, Coreia do Sul, de 15 a 19 de outubro de 2018.
O Dr. Hen Honig da 'Organização de Pesquisa Agrícola', no Volcani Centre, em Israel, discutirá a utilidade dos biossensores em fazendas leiteiras em uma sessão especial sobre TIC Inteligente em Fazendas de leite em 17 de outubro.

"Os biossensores são úteis em todos os aspectos dos laticínios, incluindo o monitoramento das condições fisiológicas e sua saúde geral", disse o Dr. Honig. "Existem muitos tipos de biossensores disponíveis no mercado hoje, com perspectivas interessantes de crescimento no futuro".

O Sr. Timo Joosten da 'Leyly International', na França, discutirá o uso da robótica em fazendas de leite para sistemas automáticos de ordenha e alimentação. A IoT e a computação em nuvem, que foram integradas à agricultura inteligente, beneficiam os produtores de leite japoneses. Soichio Honda, da 'Farm Note', do Japão, vai se concentrar na integração de TICs para avançar nos processos de automação e controle. O uso de Big Data para saúde e bem-estar animal será abordado pela Sra. Marion Carrier, da 'CybeleTech', na França, com o Dr. Luis Tedeschi, da 'Texas A & M University', dos EUA, falando sobre modelagem e agricultura de precisão.

"À medida que a integração entre agricultura de precisão e modelagem computacional se torna realidade, a lucratividade máxima de uma fazenda de gado leiteiro é alcançada, otimizando o desempenho individual das vacas leiteiras ao ponto de que o bem-estar animal e a produtividade sejam incorporados aos sistemas de apoio à tomada de decisões", disse Tedeschi.

A Dra. Laurence Shalloo da 'Teagasc', na Irlanda, ressalta a importância da integração de dados em tecnologias de precisão, na agricultura, para aumentar a eficiência, a qualidade do produto e a redução do impacto ambiental.

"As tecnologias de precisão orientadas por soluções podem oferecer benefícios reais em lucratividade, sustentabilidade e resiliência por meio do fornecimento de soluções de gerenciamento informadas em tempo real para o produtor", afirmou Shalloo. A Diretora-Geral da FIL/IDF, Caroline Emond, disse que há muito a ser aprendido na pecuária inteligente, que impulsionará o crescimento dos negócios para o futuro em um ambiente comercial competitivo global.

"As tecnologias agrícolas inteligentes podem dar às fazendas de leite uma vantagem comparativa ao maximizar a produção por meio de monitoramento e adaptação", disse Emond.

Clique aqui para baixar o programa em português do World Dairy Summit 2018 da FIL/IDF.
Para mais detalhes sobre o evento, acesse https://filbrasil.org.br/eventos/world-dairy-summit-2018/. (FIL/IDF - Tradução livre: www.terraviva.com.br) 

 

Alta nos preços do iogurte natural no atacado

A baixa demanda na primeira quinzena de agosto impôs pressão de baixa no mercado de lácteos. A exceção ficou por conta do iogurte natural que teve valorização nesse período.

Segundo o levantamento da Scot Consultoria, no atacado, na primeira quinzena de agosto o iogurte natural subiu 2,2% frente a quinzena anterior. O retorno às aulas escolares colabora com este aumento. (SCOT CONSULTORIA)

Leite: ordenha robotizada aumenta em até 15% a produção por animal
Ordenha - A ordenha robotizada registra aumentos de até 15% na produção de leite por animal. De acordo com o gerente nacional de vendas da Lely América Latina, João Vicente Pedreira, é necessário um investimento de cerca de R$ 700 mil para adquirir uma máquina que realiza essa função. Vídeo (Canal Rural)

Porto Alegre, 15 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.800

Solo de qualidade auxilia na engorda do rebanho e na produção do leite

Solo de qualidade - Pastagens nutridas com cálcio e enxofre podem representar ganho de peso e massa seca, resultando em até dois litros de leite a mais na produção. O investimento em uma pastagem de qualidade tende a garantir a rentabilidade da pecuária, mesmo em momentos de aperto econômico.  Seja na engorda do rebanho ou na qualidade do leite, uma boa estratégia pode iniciar já nas características nutricionais que contém o solo onde a atividade agrícola é desenvolvida.

De acordo com o agrônomo e especialista em solo, Eduardo Silva e Silva, se o objetivo for criar um gado de boa qualidade, o investimento no solo é estritamente necessário, uma vez que ele vai oferecer a base nutricional da pastagem. "É um processo de transferência, onde a partir de um solo equilibrado o produtor terá uma pastagem mais nutritiva e, por consequência, um reflexo na qualidade e produção do leite e também na engorda dos animais", destaca.

O especialista explica que o segredo está na área explorada pela raiz da planta no solo. Reforça que fertilizantes minerais à base de sulfato de cálcio granulado são fonte de cálcio e enxofre solúveis e auxiliam muito no aumento do tamanho e profundidade da raiz, com consequente aumento da capacidade de absorver água e, assim, melhorar a produtividade. Além disso, sobre as culturas consorciadas aveia mais azevém, típicas pastagens de inverno nos campos gaúchos e catarinenses, Silva e Silva cita um estudo desenvolvido em parceria com a Seeds Pesquisa Agrícola, no qual se verifica um incremento de 42 kg/ha de massa seca e 195 kg/ha de massa fresca, podendo chegar a níveis de 763 kg/ha de massa seca e 7.741 kg/ha de massa fresca.

Essa estratégia foi adotada na propriedade do produtor Júnior Debiase, no município de Quilombo, em Santa Catarina, e já rendeu bons resultados. Debiase atingiu um incremento de 30% na produção de tifton (usada principalmente para pastagens gerenciadas e para feno), após a aplicação de sulfato de cálcio granulado. "Antes de eu usar eu fazia 400 fardos/hectare em média, depois foi para 600 fardos em média. A qualidade da planta ficou bem melhor e a área mais uniforme. Um resultado excelente para quem tem gado leiteiro na propriedade", conta o produtor. 

Outro exemplo de resultados positivos com a adoção de sulfato de cálcio na pastagem vem do Rio Grande do Sul, na região da grande Passo Fundo. "Temos relatos de produtores que aplicaram o sulfato de cálcio granulado na pastagem de inverno, como a aveia, e comprovam o resultado positivo na planta pelo incremento de fitomassa ao sistema e, além disso, o solo fica solto mesmo com o pisoteio dos animais. Outra região que tem colhido os bons resultados no tifton e milho silagem é a de Lajeado, onde a integração lavoura e pecuária é marcante", destaca Silva e Silva, que também é diretor técnico da SulGesso, empresa catarinense líder no fornecimento de sulfato de cálcio. (Mapa)

Piracanjuba é a empresa destaque no segmento de Leite e Derivados no Brasil

Referência no segmento lácteo brasileiro, a Piracanjuba comemora mais um importante reconhecimento. A marca foi eleita como destaque no segmento de Leite e Derivados (segmento Agronegócio), de acordo com o Anuário Melhores & Maiores, da Revista EXAME. O ranking foi divulgado na segunda-feira (13/08), em São Paulo, na Sala São Paulo, em evento que reuniu autoridades, formadores de opiniões e líderes de várias empresas do país.

"Esse reconhecimento só reforça que estamos no caminho certo, lançando tendências, de modo a atender cada vez melhor as necessidades dos nossos consumidores e clientes", comemora o Diretor Comercial da Piracanjuba, Luiz Cláudio Lorenzo.

A Piracanjuba também figurou entre as 1000 Maiores Empresas Por Venda, Melhores no Setor de Bens de Consumo e também entre as 100 Maiores da Região Centro Oeste. "O avanço deve-se aos contínuos investimentos em inovação, tecnologia e expansões fabris, que permitiram à empresa ampliar o volume de vendas e o mix de produtos, que hoje já é comercializado de norte a sul do Brasil", finaliza o Diretor.

Sobre a pesquisa
A 45ª edição do especial Melhores & Maiores da Revista EXAME identificou, em 20 setores da economia, as empresas que obtiveram sucesso na condução de seus negócios e na disputa de mercado com as concorrentes no ano que passou, comparativamente ao exercício anterior.
O critério para essa avaliação é realizado por meio de uma comparação dos resultados obtidos em termos de crescimento, rentabilidade, saúde financeira, participação de mercado e produtividade por empregado. Para chegar à lista final, foram avaliados balanços de 3 mil companhias.

Sobre a Piracanjuba
Com 63 anos de mercado e ocupando a posição de 12ª marca mais presente nos lares de todo o país, a Piracanjuba preza pela qualidade e por oferecer produtos que encantem os consumidores. A história, que começou em 1955, apresenta, ao longo do tempo, marcos importantes, com lançamentos de produtos nutritivos, pioneiros e inovadores. As bebidas lácteas com cereais e os produtos zero lactose para pessoas com intolerância à lactose são alguns dos exemplos e fornecem ainda mais praticidade aos consumidores. Com isso, a marca tem trabalhado para se antecipar às tendências e agradar com qualidade. 

Sobre o Laticínios Bela Vista
O Laticínios Bela Vista possui um portfólio com mais de 130 produtos, distribuídos nas marcas Piracanjuba, Pirakids, LeitBom, Chocobom e Viva Bem. Os itens são comercializados em todas as regiões do Brasil. A empresa reúne cinco Unidades Fabris, localizadas em Bela Vista de Goiás (GO), Dr. Maurício Cardoso (RS), Governador Valadares (MG), Maravilha (SC) e Sulina (PR). Juntas, as fábricas têm capacidade de processar mais de 5 milhões de litros de leite por dia, mobilizando 2,5 mil colaboradores diretos. A empresa é uma das quatro maiores indústrias de laticínios do Brasil e tem recebido importantes premiações e reconhecimentos nacionais e internacionais relacionados à marca Piracanjuba, aos produtos e à gestão, fundamentada em valores sólidos, como ética, valorização das pessoas e responsabilidade socioambiental. (Cartão de Visita)

Com join venture, Fonterra entra no mercado lácteo indiano

A Fonterra entrou no mercado indiano de lácteos em parceria com a empresa de bens de consumo Future Consumer Ltd, também indiana, para criar uma nova joint venture no país. Chamada de Fonterra Future Dairy Partners, a joint venture produzirá uma série de produtos lácteos para os setores de consumo e serviços de alimentação, que atenderão à crescente demanda por produtos lácteos dos consumidores indianos. De acordo com o comunicado divulgado pela Fonterra, a parceria foi estabelecida para atender às necessidades dos jovens consumidores indianos, que desejam consumir produtos lácteos nutritivos e de alta qualidade. A Future Consumer faz parte do Future Group, que opera mais de 2.000 pontos de venda modernos e 5.000 pontos de distribuição públicos em toda a Índia, e o Future Consumer pretende lançar 1.100 lojas de varejo este ano.

Segundo Lukas Paravicini, diretor de operações, consumo global e serviço de alimentação da Fonterra, a parceria permitirá à empresa preparar as bases e aproveitar ao máximo a experiência de entrarem no maior e mais rápido mercado de lácteos do mundo. "Nos próximos sete anos, a demanda dos consumidores por lácteos na Índia deve aumentar em 82 bilhões de litros - sete vezes o crescimento previsto para a China. A parceria será impulsionada pelo crescimento por meio da lucratividade. Os estágios iniciais da parceria se concentrarão no desenvolvimento de produtos e no marketing, com o investimento de capital correto feito durante esse período. Os primeiros produtos de consumo serão lançados em meados de 2019, usando leite local e lácteos da Nova Zelândia. Também usaremos esse tempo para nos instalarmos na infraestrutura da parceria, aprender sobre o mercado e priorizar geografias."

"O consumo de leite e outros produtos lácteos na Índia está aumentando e continuará recebendo forte demanda", acrescentou Kishore Biyani, diretor executivo do grupo Future Group. "Com a Fonterra, a Future Consumer aprimorará seu portfólio de alimentos e FMCG (sigla do Inglês Fast-moving consumer goods - ou bens de grande consumo), oferecendo uma variedade de produtos lácteos com alta demanda e consumidos diariamente". 

Ashni Biyani, diretor-gerente da Future Consumer, concluiu: "Como uma empresa que representa o FMCG 2.0, a Future Consumer está comprometida em fornecer não apenas os melhores, mas também os mais recentes alimentos e outros produtos consumidos diariamente. Estamos muito satisfeitos em fazer parceria com a Fonterra, que lidera globalmente a indústria de lácteos em qualidade e inovação. Por meio dessa parceria, poderemos alcançar nossos clientes diariamente com produtos lácteos de qualidade". (As informações são do portal FoodBev, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)


EUA: planta de queijo e soro de leite será construída em Michigan
A Glanbia Nutritionals, a Dairy Farmers of America (DFA) e a Select Milk Producers revelaram planos para criar uma nova unidade de produção de queijo e soro de leite no valor de US$ 470 milhões nos EUA. Localizado em St. Johns, Michigan, o local processará 3,63 milhões de quilos de leite por dia em uma variedade de produtos de queijo e soro para os mercados dos EUA e internacional, empregando aproximadamente 250 funcionários na produção. As três empresas também anunciaram que foi alcançado um acordo com a Proliant Dairy Ingredients, para processar o permeado de soro do leite. A Proliant investirá US$ 85 milhões em uma instalação adjacente, criando até 38 empregos. Os parceiros acrescentaram que a planta em St. Johns atende aos principais critérios de seleção em termos de localização estratégica em relação à oferta de leite, fortes conexões de transporte, um ambiente de negócios positivo e disponibilidade de mão de obra. A Glanbia, a DFA e a Select colaboraram com as autoridades estaduais para tratar de questões como custo, infraestrutura e planejamento, a fim de finalizar a decisão. De acordo com o CEO da Glanbia Nutritionals, Brian Phelan, a finalização do local ideal é um passo crítico na jornada para entregar uma nova e ultramoderna fábrica de laticínios em Michigan. "Queremos agradecer às autoridades estaduais e municipais por seu apoio contínuo à medida que avançamos para iniciar a construção o mais rápido possível". "A construção desta fábrica em St. Johns não apenas atenderá a uma necessidade crescente da indústria por capacidade de fabricação de Michigan, mas também agregará valor e apoiará nossas famílias de fazendas locais nesta área", acrescentou o diretor financeiro da DFA, Greg Wickham. Espera-se que a instalação seja finalizada no quarto trimestre de 2020. Vale destacar que no ano passado, a DFA inaugurou uma nova fábrica de ingredientes lácteos localizada no Kansas, com o objetivo de atender a demanda por seus produtos nos EUA e no mundo. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Porto Alegre, 14 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.799

Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 14 de Agosto de 2018 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Julho de 2018 e a projeção dos valores de referência para o mês de Agosto de 2018, calculados por metodologia definida pelo ConseleiteParaná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Agosto de 2018 é de R$ 2,5509/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

Setor prepara exportações

Depois de projetar que o Sul do país responderá por metade da produção do leite brasileiro até 2025, a Aliança Láctea Sul- Brasileira e a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) apresentaram ao setor, na sede do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), um projeto-piloto para que as indústrias comecem a se preparar para a exportação, especialmente de leite em pó.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, explica que o plano será repassado aos associados, principalmente às médias empresas que atualmente não vendem para fora do país. "Na medida em que eles começarem a entender melhor o mercado externo, vão se adequando para ter as condições e a competitividade necessárias", diz Guerra.

Por meio das informações da Aliança Láctea, explica Guerra, os laticínios interessados podem ter subsídios sobre o mercado externo, o tipo de embalagens que são demandadas, as questões tributárias para a saída dos produtos, as normas sanitárias, o funcionamento da logística e as oportunidades que existem nos variados países. "O primeiro passo é este, entender para depois vislumbrar as oportunidades. Assim como ocorre com outras proteínas, precisamos nos tornar exportadores", enfatizou o dirigente do Sindilat, ao lembrar que o alto volume de lácteos no mercado interno, concentrado no Sul nos próximos anos, pode levar milhares de famílias à exclusão da atividade.

De acordo com o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Rodrigo Alvim, a região Sul foi escolhida para encabeçar o projeto por apresentar o maior potencial produtivo do país. Dados da Aliança Láctea apontam que os três estados do Sul, juntos, já representam 38% da produção láctea do Brasil, mas concentram apenas 15% da população, o que gera uma preocupação em função do alto estoque de leite. Para o secretário de Agricultura de Santa Catarina, Airton Spies, o ideal é que, em 2025, 10% da produção do Brasil seja exportada.

Em 2017, o Brasil industrializou 24 bilhões de litros de leite e exportou 23,9 mil toneladas de lácteos, enquanto que importou 103,4 mil toneladas, segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). (Correio do Povo) 

A cada dois dias, uma agroindústria gaúcha obtém a regularização das suas atividade

Para conseguir vender o seu produto em todo o Estado, a Cooperativa Sulleite teve de buscar um registro que dependia de aval sanitário, por se tratar de matéria-prima animal. O processo levou quatro anos até cumprir as exigências legais e a tramitação nos órgãos públicos municipais e estaduais. A Sulleite contou com um apoio da Emater para estruturar e organizar o processo. "A Emater foi tudo", valoriza o presidente da cooperativa, Carlos Talavera Campos. A empresa de extensão, por meio do Programa de Agroindústria Familiar, vem ajudando associações ligadas à agricultura familiar para atender aos quesitos. 

A coordenadora do programa pela empresa de assistência, a engenheira de alimentos Bruna Bresolin Roldan, diz que o trabalho aumenta a formalização. Em 2018, uma agroindústria obtém registro a cada dois dias úteis. A meta é legalizar 130 empreendimentos este ano. O programa fornece assistência técnica gratuita para projetos financeiros, legalização sanitária e ambiental e para montar tabelas nutricionais dos produtos. São informações que também auxiliam na busca de linhas de crédito. Hoje existem mais de 3,1 mil famílias cadastradas e mais de 1,15 mil agroindústrias. Em 2017, 149 agroindústrias foram registradas, enquanto a meta era de 120. 

"O primeiro passo é cadastrar a família ou da cooperativa. É exigido talão de produtor", explica Bruna. O registro permite que os empreendimentos participem de feiras apoiadas pelo Estado, como a Expointer e Expodireto. 

O maior obstáculo para venda estadual é atender aos requisitos sanitários. Produtos de origem animal precisam passar por inspeção. O caminho inicial é passar pelo Serviço de Inspeção Municipal (SIM). Depois é possível migrar para o Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (Susafi), criado em 2012 e que promove a equivalência entre as autorizações municipal e estadual. 

Poucas cidades conseguiram a adesão, pois as prefeituras precisam passar por auditoria da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) para comprovar se os processos e procedimentos de inspeção e fiscalização seguem o padrão estadual. Recen-temente, decreto estadual facilitou a adesão ao Susaf, dispensando a auditoria. A agroindústria deve enviar os documentos da inspeção municipal. Se tudo estiver dentro das exigências, é feita a adesão ao sistema, que permite vender fora da localidade. (Jornal do Comércio) 


Produção de leite aumenta depois da instalação de colchões para vacas descansarem
Colchões para vacas - A produção de leite aumentou em uma propriedade rural de Medianeira, no oeste do Paraná, depois que colchões foram instalados para que as vacas passem o dia mais confortáveis, descansando. Assista ao vídeo. O casal Assir e Vaneide Rosso contou que a ideia de investir no bem-estar animal partiu do filho, que estava estudando zootecnia. As vacas da propriedade ficam confinadas em um espaço que foi adaptado pela família para receber os colchões. O sistema foi implantado há quatro anos e os produtores de leite conta que, um mês depois, cada animal começou a produzir, em média, dez litros de leite a mais por dia. A propriedade tem 22 vacas e produz, atualmente, 500 litros de leite diariamente. O custo para a instalação dos colchões foi de R$ 1,3 mil por animal. O material foi comprado na cidade e, sobre o colchão, foi colocado um tapete que protege a espuma. (G1/PR)

Porto Alegre, 13 de agosto de 2018                                              Ano 12 - N° 2.798

Avançam as discussões sobre projeto-piloto de exportação de lácteos 


Crédito: Camila Silva

Representantes do setor lácteo deram continuidade às discussões que visam fomentar as exportações de leite em pó. O encontro, realizado na sede do Sindilat, contou com a participação da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e de integrantes da Aliança Láctea Sul-Brasileira. A ideia é avançar em um projeto-piloto para as indústrias de laticínios do país ganharem mercado internacional.

Na oportunidade, o consultor Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior, apresentou o projeto CNA/Aliança Láctea: Exportação de Leite em Pó, plano que sugere a ação que deve ser adotada pelas indústrias para ganhar mercado, as adequações necessárias e o preço ideal para competir lá fora. De acordo com Barral, para se tornar competitivo é preciso comercializar o produto brasileiro com preço 7% inferior ao praticado na Oceania, por exemplo. O documento inclui também mecanismos de financiamento de exportação, além dos cálculos de lucros, nos casos em que as operações forem efetuadas.

A aplicabilidade do plano suscitou dúvidas entre os participantes do encontro, tendo em vista que o processo de exportação exige inúmeras modificações processuais por parte da indústria e dos produtores, pois envolve e exige desde treinamento de pessoas até adequação às normas sanitárias dos países para os quais as indústrias desejam exportar.

Para o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, a reunião foi um marco e representou a unificação do setor em prol de um objetivo comum. "A pauta de exportação faz parte do planejamento da nossa gestão, essas reuniões são preparatórias para que nossas empresas possam iniciar o processo e entender o mercado externo", ressaltou.

De acordo com o presidente da câmara setorial do leite da CNA, Rodrigo Alvim, a região Sul foi escolhida para encabeçar o projeto por apresentar o maior potencial produtivo do país. Dados da Aliança Láctea apontam que os três estados do Sul, unidos, totalizam 38% da produção láctea do Brasil, percentual que pode chegar a 50% até 2025. Entretanto, a região concentra apenas 15% da população brasileira, o que leva a uma preocupação em função do alto estoque que pode ser gerado nos próximos anos. "Teremos, sim, de escoar tanta produção para o mercado lá fora, caso contrário, haverá muita exclusão no setor. Teremos de escolher quem fica e quem sai da atividade", frisa o secretário de Agricultura de Santa Catarina, Airton Spies. O ideal, segundo ele, é que, em 2025, 10% da produção do Brasil seja exportada.

O próximo passo, de acordo com o presidente do Sindilat, é apresentar o projeto- piloto aos associados, prospectando, assim, indústrias interessadas em ingressar no projeto. "É o primeiro passo para a exportação, e as indústrias terão de buscar maneiras de vender excedentes de forma a manter o nosso mercado equilibrado", afirmou.

Uma das principais pautas levantadas pelos participantes foi a necessidade de adequação ao Certificado Sanitário Internacional (CSI), já que países como a Argentina possuem certificações sanitárias específicas. Ou seja, para ingressar naquele mercado, além de obedecer às normas vigentes do Brasil, é necessário atentar para a CSI argentina.  De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, discutir a adequação a essas normas é um dos principais fatores a serem trabalhados nos processos de exportação. O encontro também contou com representantes dos sindicatos das indústrias lácteas de Santa Catarina e do Paraná. 
 
IN 38 - Manifestações extraídas da consulta pública da IN 38, que trata dos regulamentos técnicos que fixam a identidade e as características de qualidade exigidas para o leite cru refrigerado, o leite pasteurizado e o leite tipo A, foram apresentadas pelo presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. Segundo ele, os retornos não estão adequados à realidade do setor no Brasil. Ele citou como exemplo a exigência para o leite cru refrigerado, que, pela IN 38, deve apresentar limite máximo para Contagem Padrão em Placas de até 900.000 UFC/mL. "Não somos contra as exigências, mas elas ainda não são compatíveis com a nossa realidade, precisamos de tempo e de escala para chegarmos lá", disse Guerra.

O presidente do Sindilat considerou necessário um debate mais aprofundado com a área técnica do Ministério da Agricultura para rever o que pede a instrução normativa. "A ideia é que o setor possa aprofundar suas argumentações sobre as novas normas e deixar claro que não somos contra melhorias, mas nossa estrutura atual é que não consegue cumprir o que diz ali", afirmou. Guerra lembrou que o setor não conhece estatísticas de contagem bacteriana, pois as planilhas não são liberadas pelo Mapa. "Temos acesso apenas a amostras individuais repassadas pelos associados", disse. "Se não sei onde estou, como vou saber para onde quero ir", questionou, sobre as exigências da área técnica em torno da IN 38

O presidente da Aliança Láctea, Ronei Volpi, acredita que o tema precisa ser aprofundado em reunião da Câmara Setorial do ministério, em Brasília, para saber se as instituições de defesa acham "factível" o cumprimento da INS 38. Antes disso, no entanto, o grupo pretende formatar uma posição em reunião no dia 21 de agosto, às 10h, na sede da Faesc, em Florianópolis. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

PÃO QUENTE

 

Tem novidade saindo do forno da 41ª Expointer. Depois de aguçar o paladar com o Pub do Queijo, o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat-RS) chega à feira deste ano com nova proposta. A Leiteria (Boulevard Quadra 46, no parque Assis Brasil, em Esteio) colocará na vitrine outros produtos do segmento, de leite a iogurtes.

O Pub do Queijo será mantido e funcionará no mesmo espaço. Diferentemente do ano passado, quando o visitante pagava para entrar e podia se servir à vontade, agora o acesso será livre e as pessoas vão desembolsar apenas pelos itens consumidos. Na Leiteria, será possível saborear café da manhã, com promessa de pão (e leite) quentinho.

- A ideia é ter no espaço telões nos quais as pessoas possam ver informações dos processos de industrialização, mostrando o trabalho da indústria e do produtor - explica Alexandre Guerra, presidente do Sindilat-RS.

A operação da Leiteria ficará com a equipe do Mule Bule. A assinatura do espaço é da Storia Eventos. Depois de passar por período crítico, nos cinco primeiros meses do ano, o setor teve recuperação nos valores do produto em junho e julho, movimento esse que já enfraqueceu um pouco, avalia Guerra. A expectativa é de que o segundo semestre seja de recuperação, principalmente porque os últimos seis meses de 2017 foram de resultados considerados muito ruins. (Zero Hora)

 

Sulleite venderá doce de leite em todo o Estado

O dono da gelateria Quati, Fernando Campello, não precisa mais percorrer os mil quilômetros em rodovias entre ida e volta de Porto Alegre a Santa Vitória do Palmar, na Zona Sul do Rio Grande do Sul e quase na fronteira com o Uruguai, para comprar um dos principais ingredientes de seu cardápio de sorvetes artesanais. Tudo porque agora o doce de leite da Cooperativa Sulleite, que fica no município do Extremo-Sul do Estado, já pode ser vendido para fora dos limites do município. Desde que obteve o registro estadual, a Sulleite conta com dois representantes comerciais, sendo um em Porto Alegre e outro em Pelotas. 

"O produto fica no mesmo nível dos doces de leite mineiros e é melhor do que os uruguaios", garante Campello, que não abre mão da matéria-prima para elaborar um dos sabores mais requisitados pela clientela da Quati, que fica no bairro Bom Fim, na Capital. "É um doce de leite que não tem amido. As vacas se alimentam de pastagem muito parecida com a usada no setor leiteiro uruguaio, e a produção tem muita qualidade e cuidado", valoriza o dono da gelateria. A exemplo de Campello, outros fãs do doce de leite, principalmente consumidores finais, costumam adquirir potes do produto da marca quando vão à fronteira para comprinhas nos free shops na cidade de Chuí, vizinha a Santa Vitória do Palmar. 

A Sulleite recebeu, em maio deste ano, o selo da Coordenadoria de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (Cispoa), que permite a venda em todo o território do Rio Grande do Sul. O próximo passo é a conquista do registro no Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi), adianta o presidente da cooperativa, Carlos Talavera Campos. Com o Sisbi, a marca poderá chegar a outros mercados do Brasil. Além disso, os 60 produtores associados querem buscar registro de denominação de origem, explorando as ca¬racterísticas da região, que foi já foi mar. A existência de minerais e sais no solo gera nutrientes que reforçam a qualidade do pasto. "É como terroir que só tem aqui", diz Campos. 

A cooperativa foi fundada em 1997 para unificar os produtores de leite da cidade. "Havia muita produção de leite nas granjas", diz Campos, explicando que a associação foi uma saída para fortalecer os agricultores que estrearam na atividade leiteira no modelo de agrovilas na década de 1960. A produção do derivado teve início em 2006, com venda apenas no município sede. Segundo Campos, o processamento ocorreu para resolver um gargalo da produção da matéria-prima, que era a dificuldade do escoamento de leite para plantas de beneficiamento em outras localidades já que o volume por propriedade é baixo. 

A principal fonte de renda da Sulleite ainda é a venda de leite in natura para laticínios. Mas a fabricação do doce de leite já responde por 5% do faturamento da cooperativa que reúne 60 associados. A produção do derivado é de cerca de 500 quilos por dia e envolve seis funcionários. O maquinário instalado permite fabricar até 2 mil quilos diários processando 4 mil litros de leite, operando em mais turnos. Por enquanto, está descartada a expansão no curto prazo, mas tudo vai depender da procura. 

"Temos uma meta modesta, pois as quantidades mudam dramaticamente as coisas", explica o presidente, referindo-se à estrutura de produção já instalada. A Sulleite segue à risca o perfil quase artesanal de produção. Contudo, isso não o impede os associados de sonhar alto. "Enquanto não tivermos nosso doce de leite em cada lojinha, em cada vendinha ou delicatessen não estaremos 100% satisfeitos", avisa o presidente. Para quem quiser provar, o produto estará à venda no pavilhão da agricultura familiar na Expointer, em Esteio, de 25 de agosto a 2 de setembro. (Jornal do Comércio)

Brasileiro dedica cada vez menos tempo ao preparo das refeições, aponta estudo
Simplificação e praticidade. As duas palavras ganham cada vez mais importância na rotina dos brasileiros, principalmente quando relacionadas ao comportamento de consumo. De acordo com dados do Consumer Watch da Kantar Worldpanel, 85% dos lares buscam receitas rápidas e fáceis de preparar na hora das refeições. Nesse cenário, o tempo dedicado ao preparo dos alimentos em casa tem diminuído. Segundo a análise, no segundo semestre de 2017 os lares gastaram 15 minutos em média para fazer o café da manhã, uma queda de 7% no tempo empregado no mesmo período do ano anterior. O almoço apresentou diminuição de 4%, consumindo 31 minutos, enquanto o jantar, com queda de 2%, foi feito em média em 27 minutos. A refeição que apresentou a maior diminuição de tempo foi o lanche da noite, com 13% menos, sendo preparado, em média, em 11 minutos. O tradicional lanche da tarde teve redução de 11% em sua elaboração, sendo feito em 13 minutos. Na soma de todas as refeições, a redução no tempo de preparo foi de 4%, totalizando 21 minutos. (As informações são da Kantar Wordpanel)