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Porto Alegre, 12 de novembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.857

Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da América do Sul - Relatório 45 de 08/11/2018

Leite/América do Sul - Nas duas últimas semanas, a produção de leite na fazenda atingiu o pico nas principais bacias leiteiras do Cone Sul da América do Sul, depois de atingirem o pico de primavera. No Brasil, no entanto, continua a melhora da produção de leite, e o maior volume de leite ocorre nas primeiras semanas do verão.

No nível continental, o leite recebido nas fábricas é intenso, e existe volume mais do que suficiente para atender as necessidades de processamento. De fato, em algumas áreas rurais não existe transporte suficiente para atender toda a demanda para o transporte de leite.

Enquanto isso, no nível industrial, a demanda por leite/creme dos fabricantes de queijo e biscoitos de manteiga é intensa, pois, precisam atender a demanda para as festas de final do ano. Da mesma forma, devido à proximidade das férias, a produção de doce de leite, sorvete e outras sobremesas favoritas estão ativas.

E, voltando à fazenda, as chuvas recentes melhoraram a qualidade das pastagens e as condições para a emergência do milho e da soja. Para alguns produtores de leite em todo o continente, isso poderia representar uma redução de custo de alimentação a curto prazo. No entanto, a maioria dos produtores continua lutando com baixas receitas que deixam o resultado no vermelho, devido os baixos preços na fazenda e despesas operacionais elevadas. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
 
 

ANTT define multas para quem não cumprir preço mínimo do frete

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) definiu os valores das multas que serão aplicadas a quem descumprir os preços mínimos da tabela dos fretes rodoviários. Os valores da punição vão variar para contratantes, transportadores e anunciantes, e podem chegar a R$ 10,5 mil. A resolução 5.833 foi publicada hoje no "Diário Oficial da União".

Para quem contratar o serviço de transporte rodoviário de cargas abaixo do piso mínimo estabelecido pela ANTT, a multa será de duas vezes a diferença entre o valor pago e o piso devido, limitada ao mínimo de R$ 550 e ao máximo de R$ 10,5 mil.

Para o transportador que realizar o serviço por um valor inferior ao piso mínimo, a multa será de R$ 550. Já os responsáveis por anúncios de ofertas para contratação do transporte rodoviário de carga por um valor inferior ao piso mínimo pagarão multa de R$ 4,97 mil.

Finalmente, os contratantes, transportadores, responsáveis por anúncios ou outros agentes do mercado que impedirem, obstruírem ou, de qualquer forma, dificultarem o acesso às informações e aos documentos solicitados pela fiscalização pagarão multa de R$ 5 mil.

"A ANTT poderá utilizar-se do documento que caracteriza a operação de transporte, de documentos fiscais a ele relacionados e das informações utilizadas na geração do Código Identificador da Operação de Transporte para comprovação da infração prevista neste artigo", diz a resolução.

A agência já vinha realizando fiscalizações para verificar se a tabela estava sendo cumprida, mas apenas notificando os envolvidos que estavam fora da lei. Com a resolução, as multas podem ser aplicadas a partir de hoje.

Entidades do setor produtivo reunidas no movimento Frente sem Tabela, que garantem representar mais de 20% do PIB, empregar quase 20 milhões de pessoas e responder por mais de 40% das exportações, informaram que receberam com preocupação e surpresa a resolução da ANTT.

"Acreditamos que a publicação da Resolução 5.833/18 não condiz com o devido processo regulatório: os valores das multas são definidos sem metodologia clara e a multa é estabelecida sobre uma tabela inaplicável. Ademais, a referida resolução não respeita a proporcionalidade na aplicação das multas e as mesmas poderiam chegar a 200% do valor do produto transportado", informou o movimento, em nota.

"Temos confiança que o Brasil pode vencer as adversidades atuais, mas entendemos que o tabelamento de serviços privados jamais será o caminho correto para reverter a crise econômica e retomar o crescimento e desenvolvimento no país", continua a nota, que conclui: "O movimento Frete sem Tabela aguarda uma rápida manifestação do Supremo Tribunal Federal de forma a solucionar este impasse que prejudica, não apenas o setor produtivo, mas toda população brasileira". (As informações são do jornal Valor Econômico) 


Clima de El Niño no horizonte do estado
Ingrediente determinante para uma boa produção, o clima da próxima safra de verão deve ter a cara do El Niño. O fenômeno se caracteriza pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico e costuma trazer consigo temporada de precipitações reduzidas no norte e ampliadas no sul do Brasil. Os prognósticos apontam, no entanto, para ocorrência fraca. No Rio Grande do Sul, a maior preocupação para os produtores costuma vir de anos com projeções de chuva escassa e não de anos com precipitações acima da média. O meteorologista João Luiz Martins Basso, da Somar Meteorologia, lembra, no entanto, que apesar da elevada umidade ser benéfica no enchimento de grão, em excesso, pode trazer prejuízos: - Dias nublados, sem luminosidade, podem afetar o desenvolvimento da cultura. Assim como quando ocorrem períodos mais chuvosos, a qualidade das lavouras pode ser afetada. A perspectiva de termos um El Niño para os meses de dezembro, janeiro e fevereiro surgiu com maior clareza nas últimas três semanas, explica o professor e climatologista Francisco Eliseu Aquino, diretor do Centro Polar e Climático da UFRGS: - No momento, agências internacionais de prognósticos estão em um certo consenso: entre 60% e 70% de chances do fenômeno se configurar no final do ano, início de verão. No Estado, deveremos ter, além da possibilidade de chuva intensa, temperaturas um pouco acima da média, da Região Central para o Norte. No Sul, a tendência é de registros dentro da média. Há a discussão, ainda, de que esse poderá ser um El Niño modoki, quando o aquecimento das águas do Oceano Pacífico não ocorre de maneira uniforme. Dentro desse cenário, por enquanto, as estimativas são de que não haja efeitos a ponto de influenciar negativamente os resultados da safra de verão, em que são cultivados carros-chefes da economia gaúcha, como soja, milho e arroz. - Houve problemas na arrancada (plantio) da safra. Mas estamos trabalhando com a perspectiva de normalidade - afirma Lino Moura, diretor técnico da Emater. (Zero Hora) 
 

Porto Alegre, 09 de novembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.856

Sindilat registra recorde de inscrições ao 4° Prêmio de Jornalismo

O 4° Prêmio Sindilat de Jornalismo encerrou seu período de inscrições com um número recorde de projetos protocolados. Ao todo, foram apresentados 56 trabalhos e, entre as quatro categorias que serão contempladas na premiação, o destaque ficou com o jornalismo impresso, com 18 trabalhos inscritos. O reconhecimento do Sindilat será concedido aos jornalistas que atuam nos meios impresso, eletrônico, online e fotografia.

Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o prêmio reconhece o trabalho dos profissionais que desenvolvem suas reportagens com o cuidado de reproduzir a realidade do campo. O tema desta edição aborda os aspectos relacionados ao setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços, novos produtos e os desafios enfrentados.

Formada por representantes do Sindilat, Farsul, Fetag, Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Sindicato dos Jornalistas e Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do RS (ARFOC), a comissão julgadora divulgará os finalistas até o dia 19 de novembro. Os primeiros colocados de cada categoria receberão um troféu e um iPhone. Já os segundos e terceiros premiados receberão um troféu. A premiação ocorrerá no dia 12 de dezembro, no hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre/RS, durante as festividades de final de ano do Sindilat.

Personalidades do Agronegócio também serão reconhecidos
No mesmo evento serão conhecidos os vencedores do Prêmio Destaques 2018. A distinção é tradicionalmente concedida a pessoas que atuam no desenvolvimento do agronegócio gaúcho e brasileiro. Serão premiadas personalidades nas seguintes categorias: Agronegócio Nacional; Agronegócio Estadual; Liderança Política; Personalidade; Servidor Público; Setor Público; Inovação; Pesquisa; Responsabilidade Social e Industrial. Os nomes dos indicados serão divulgados em breve.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, afirma que a premiação busca contemplar pessoas que trabalham com pesquisas, investem em melhorando visando ampliar a qualidade dos produtos e que contribuem para o desenvolvimento do setor em suas áreas de atuação. Ele destaca ainda a relevância das premiações no cenário gaúcho. "Os prêmios Sindilat de Jornalismo e Destaques 2018 consolidam-se na agenda do agronegócio gaúcho como um reconhecimento essencial para quem faz do jornalismo e da pesquisa um caminho para o desenvolvimento do campo", destacou Guerra. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

Teutônia será palco de discussões sobre a cadeia produtiva do leite 

No mês de novembro, o município de Teutônia, no Vale do Taquari (RS), concentrará as discussões sobre a cadeia produtiva do leite no Estado. A cidade sediará, no dia 22 de novembro, o 7º Fórum Itinerante do Leite, evento promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), que ocorrerá paralelamente à 12ª edição do Fórum Tecnológico do Leite, tradicional encontro organizado pelo Colégio Teutônia. Os eventos são complementares. 

Por meio de palestras e oficinas, o Fórum Tecnológico do Leite pretende discutir o uso de tecnologias aplicadas na produção leitera que visem ampliar a renda dos produtores. O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, será o mediador da oficina Panorama da Tuberculose e Brucelose no Vale do Taquari. Segundo Palharini, o objetivo é levar informação de ponta ao produtor rural e explorar as potencialidades da região que concentra uma das bacias leiteiras mais expressivas do Estado. 

O Fórum Itinerante do Leite e o Fórum Tecnológico do Leite ocorrerão no dia 22 de novembro, no Ginásio da Sociedade Esportiva e Recreativa (SER) Gaúcho e no Colégio Teutônia, respectivamente. Para Márcio Mugge, coordenador do Fórum Tecnológico, os dois eventos têm o mesmo foco, que é o de levar aos produtores conhecimento relacionado à gestão, à qualidade, à produtividade, a tendências, a tecnologias, à sanidade, entre outros. "São eventos que se conectam. Um, por ser itinerante, traz a percepção do contexto mais abrangente, e, o outro, por sempre acontecer em Teutônia, identifica as características do ambiente onde está inserido," afirmou. 

Entre os destaques da programação estão os painéis sobre o uso de novas tecnologias para qualificar o dia a dia no campo e ferramentas de inteligência para profissionalizar a gestão dos tambos. A agenda ainda apresentará aos produtores da região o trabalho realizado pelo Conseleite, painel em que se pretende explicar a metodologia de cálculo do valor de referência para o litro de leite divulgado todos os meses no Rio Grande do Sul. "Queremos mostrar aos produtores como utilizar as informações disponíveis para profissionalizar seus sistemas de produção, elevar renda e competitividade", elencou o secretário executivo do Sindilat. 

Além do debate mediado por Palharini, ocorrerão outras três oficinas técnicas: Eficiência Energética e Energia Alternativa Aplicada na Propriedade; Balanceamento de Dietas para Vacas Leiteiras em Lactação; e Reprodução e Controle de Doenças Reprodutivas. Para finalizar o encontro, haverá um happy hour com degustação de produtos lácteos e Concurso de Leite em Metro, disputa tradicional na região que premia os amantes do leite. (Jornal do Comércio) 

 

Coca-Cola aposta em produtos lácteos `naturais' no Brasil

Produtos lácteos - A maior fabricante de refrigerantes do mundo quer um pedaço maior do mercado brasileiro de laticínios, de US$ 20 bilhões. A Coca-Cola, que enfrenta queda nas vendas à medida que os consumidores abandonam o refrigerante, anunciou que produzirá o primeiro iogurte "natural" do Brasil, fabricando o produto sem aromatizantes, corantes nem conservantes artificiais.

O objetivo é dar impulso à unidade brasileira de laticínios da empresa, cujas vendas aumentaram 30 por cento no último ano, de acordo com Pedro Massa, o executivo que administra novos negócios no Brasil.

A Coca-Cola, que tem sede em Atlanta, e seus concorrentes do setor de bebidas têm buscado outras alternativas para impulsionar o crescimento, devido à queda do consumo de refrigerantes. A empresa adquiriu em 2016 a laticínios Verde Campo, com sede no estado de Minas Gerais, e investiu cerca de R$ 50 milhões (US$ 13,3 milhões) para ampliar a produção de produtos lácteos naturais. No mundo inteiro, os consumidores estão buscando opções mais saudáveis, e a empresa vai retirar os ingredientes artificiais de seu iogurte até o final do mês e pretende fazer o mesmo com o queijo e outros produtos até o final de 2019.

"A Verde Campo é uma empresa que tem inovação no seu DNA e é estratégica para a Coca-Cola", disse Massa, em entrevista.

A Coca-Cola fez investimentos para dobrar a capacidade de produção de queijo e quintuplicou sua capacidade de produzir iogurte, segundo a Verde Campo. O objetivo é registrar um crescimento superior a 30 por cento ao ano, informou a empresa. A Coca-Cola também administra operações de leite em outros países, inclusive nos EUA, com a marca Fairlife.

Como parte da iniciativa para retirar ingredientes artificiais de produtos lácteos brasileiros, a Coca-Cola alterou o processo de aquisição do leite: passou a captar o produto mais rapidamente nas fazendas e desenvolveu um programa que ajuda os produtores a fornecer leite com índice de bactérias bem abaixo dos padrões internacionais, segundo Alessandro Rios, CEO da Verde Campo. (UOL)


LEITE/CEPEA: DEMANDA RECUA E PREÇOS CAEM COM FORÇA NO SPOT
Leite spot - Os preços do leite comercializado no mercado spot (entre indústrias) recuaram expressivamente na comparação entre as primeiras quinzenas de novembro e outubro nos estados pesquisados pelo Cepea. As quedas foram de 29% para São Paulo, 23% para Minas Gerais, 17% para Goiás e 17% para o Paraná, para as respectivas médias de R$ 1,12/litro, R$ 1,16/l, R$ 1,28/l e R$ 1,22/l na primeira metade de novembro. Vale lembrar que os preços negociados no spot são fixados para toda a quinzena e não sofrem alterações até o início da próxima. Segundo colaboradores do Cepea, a desvalorização do leite no spot está atrelada ao desaquecimento da demanda, que vem sendo pressionada desde agosto, e ao aumento da oferta de leite no campo. (Cepea)​

 

Porto Alegre, 08 de novembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.855

Leite em pó 'puxa' crescimento nas importações
 
Ontem (07/11) a Secex divulgou os dados de balança comercial láctea do Brasil para o mês de outubro, evidenciando um movimento de forte alta nas importações. Em equivalente leite, o volume total importado de 155,6 milhões de litros foi 69% superior ao registrado em setembro, e 115% maior em relação a outubro de 2017. Enquanto as exportações recuaram 37%, de 14,7 milhões de litros em setembro para 9,3 milhões de outubro. Este movimento trouxe o déficit da balança comercial para o maior nível desde outubro de 2016, em -146 milhões de litros, como ilustra o gráfico 1.  
Gráfico 1. Evolução do saldo da balança comercial de lácteos no Brasil (em equivalente leite). Fonte: Elaborado pelo MilkPoint com base em dados da Secex.

Os leites em pó foram os grandes "responsáveis" por este forte aumento no volume total importado. Em outubro, 10,3 mil toneladas de leite em pó integral foram internalizadas, quase 90% a mais em relação ao volume de setembro (5,4 mil toneladas). No desnatado, o volume importado de quase 4 mil toneladas foi mais do que o dobro (+150,7%) em relação a setembro (1,6 mil toneladas).

Internamente, há um certo equilíbrio entre a oferta e a demanda de leite em pó (seja desnatado ou integral), que vem impedindo fortes variações nos preços. Mesmo assim, o momento de desvalorização cambial na Argentina e no Uruguai (especialmente no primeiro), fez com que o produto ficasse consideravelmente mais competitivo no Brasil, como abordamos recentemente aqui. No acumulado de 2018 (janeiro - outubro), o preço médio de importação do leite em pó integral argentino caiu 11,1% em relação ao mesmo período de 2017, enquanto o uruguaio recuou 8,8% no mesmo período.

Assim, em outubro o Brasil importou 6,4 mil toneladas de leite em pó integral da Argentina, contra 3 mil toneladas em setembro, a um preço médio de US$2.962/tonelada, o menor preço de 2018, como ilustra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volume e preço de importação do leite em pó integral argentino. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint com base em dados da Secex. 
 

Quanto aos demais produtos, as importações de queijos caíram 12% em outubro (2,5 mil toneladas) na comparação com setembro (2,8 mil toneladas), as de manteiga aumentaram 1% (481 toneladas em outubro vs. 476 em setembro), e as de soro praticamente não tiveram alteração com 937 toneladas adquiridas em outubro, contra 928 em setembro. Observe na tabela 1 a estratificação dos produtos lácteos importados e exportados pelo Brasil em outubro. (MilkPoint) 

Tabela 1. Balança comercial láctea em outubro de 2018. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da Secex. 
 

Arla utiliza tecnologia blockchain para mostrar a jornada do leite aos consumidores

A Arla Finlândia foi a primeira a tornar a sua cadeia de produção leiteira (da fazenda aos lácteos nas prateleiras) aberta ao público, por meio da tecnologia blockchain. Os dados salvos na fazenda leiteira, durante a coleta e processamento de leite são automaticamente transferidos para a Arla Milkchain, onde podem ser vistos por qualquer pessoa.

A gerente de marca e categoria da Arla, Sanna Heikfolk disse que o desenvolvimento é devido às demandas dos consumidores. "As pessoas querem que seus alimentos sejam produzidos de maneira responsável e transparente. O objetivo da Arla é promover a transparência na produção de lácteos", explicou Heikfolk. Os consumidores podem aprender sobre a jornada de seu leite, verificando a data na embalagem e olhando no calendário da Arla Milkchain, no site da Arla.
 
O serviço fornece informações sobre os diferentes estágios de produção do leite, como quantas vacas foram ordenhadas, se algum bezerro nasceu na fazenda e quais funcionários estavam trabalhando no momento. Ele mostra quando o leite foi retirado da fazenda, quando o leite chegou ao laticínio e muito mais. A maioria dos dados é salva automaticamente, portanto, coletá-los não exige trabalho adicional na cadeia de produção de leite.
 
A matéria-prima para o leite orgânico - de propriedade única - vem da fazenda Tikka em Kurikka, na Finlândia. Tuomo Mäkinen, empresário agrícola da fazenda disse que é muito importante entender as origens e a jornada dos produtos, para que seja construída uma confiança por parte dos consumidores. "É natural que as pessoas queiram saber quem trabalhou em seu produto e como as coisas na fazenda foram nesse dia". O leite orgânico é embalado na cooperativa de lácteos Hämeenlinnan Osuusmeijeri, da Arla Finland. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)
 

Israel assina acordo para reformar o mercado lácteo

O Ministro das Finanças de Israel, Moshe Kahlon, o Ministro da Agricultura Uri Ariel, a Associação de Agricultores de Israel e a Associação de Criadores de Gado assinaram um acordo de reforma no mercado de lácteos no dia 29 de outubro. A reforma deve reduzir o custo dos produtos lácteos, abrir a economia para importações graduais, economizar centenas de milhões de shekels por ano para a economia e para as famílias consumidoras. 

"Assinamos uma reforma histórica no mercado de lácteos que reduzirá significativamente os preços do leite para os cidadãos israelenses, melhorará a indústria de laticínios e desenvolverá uma competição saudável, juntamente com medidas destinadas a proteger o agricultor israelense. Parabenizo os agricultores e os chefes das organizações sobre a assinatura do acordo que traz grandes notícias para os cidadãos de Israel na luta para reduzir o custo de vida".

Benefício para os consumidores
Ariel chamou o acordo de "inovador" e disse que o acordo beneficiará os agricultores e os consumidores israelenses. "O acordo faz parte da política do Ministério da Agricultura para fortalecer o setor lácteo e assinar um acordo de exportação de lácteos para a China. Continuaremos trabalhando para fortalecer os agricultores israelenses e a produção local de que tanto nos orgulhamos", disse Ariel. O presidente da Associação de Agricultores de Israel, Meir Tzur, disse: "meu objetivo ao chegar a um acordo era preservar a produção familiar, toda a indústria de laticínios na agricultura e indústria, e de fato mantermos, a indústria de lácteos e a indústria local".

Preços mais baixos
Atualmente, segundo o governo, os produtos lácteos em Israel estão entre os mais caros do mundo. O acordo deve reduzir significativamente os preços de produtos lácteos supervisionados, como leite, queijo amarelo e creme, bem como produtos não regulamentados. As doações de NIS 450 milhões (US$ 120,96 milhões) serão destinadas à manutenção das fazendas existentes, para incentivar a construção de grandes e eficientes fazendas leiteiras, aposentadoria e o estabelecimento de parcerias. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e resumidas pela Equipe MilkPoint)

FrieslandCampina Ingredients inaugura novo escritório em São Paulo
A gigante de laticínios FrieslandCampina Ingredients tem como objetivo capitalizar com mais eficácia a crescente demanda por ingredientes de alta qualidade na América Latina, com seu novo escritório de vendas em São Paulo, Brasil. O movimento segue expansões geográficas semelhantes nos últimos anos, com o fornecedor de ingredientes abrindo novos escritórios regionais de vendas em Nova York, Pequim, Cingapura e São Paulo, além do escritório central em Amersfoort, na Holanda. "Nosso principal objetivo para o crescimento é criar uma ponte de sucesso entre nossos ingredientes de alta qualidade e a indústria de alimentos da América Latina", disse Eliane Cabral, diretora-geral para a América Latina. "Ao expandir na região, estamos em uma posição melhor para fazer parcerias com nossos clientes para oferecer experiências saudáveis e prazerosas aos consumidores." (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

 

 

Porto Alegre, 07 de novembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.854

Brasil produz mais leite em pó e importa menos
 

Leite em pó - Na América do Sul a produção de leite continua crescendo e o excedente não encontra destino. Em relação ao leite em pó integral, o Brasil produz mais desse produto dependendo cada vez menos das importações.

Essa situação levou a Argentina a vender menos desse produto para o Brasil e está buscando novos mercados, por exemplo a Argélia, que paga preços significativamente menores. O Uruguai não está alheio a esse processo e também encontra na Argélia um destino importante para seus produtos lácteos. A produção de leite continua aumentando no continente e o excesso não tem mercado. Paralelamente muitos produtores de leite continuam sofrendo com os custos operacionais de seus estabelecimentos, enquanto que os preços do leite ao produtor encontram-se em níveis relativamente baixos, informou o portal especializado CLAL News.

Brasil compra menos leite em pó
Os preços de exportação do leite em pó integral diminuíram ligeiramente na América do Sul. A maioria das fábricas que secam leite trabalham com sua capacidade máxima, enquanto que a produção de leite continua aumentando. O Brasil produz leite em pó integral suficiente e isso o libera de importações da Argentina. O resultado é que a Argentina tem que exportar mais desse produto para fora do Mercosul, e países como Argélia estão acostumados com preços mais baixos do que os pagos pelo Brasil. A produção de leite em pó desnatado está limitada, e é dedicada a atender os contratos já firmados. A demanda do Brasil é forte, mas, a disponibilidade escassa. A consequência é um ligeiro aumento nos preços de exportação.

Queda das exportações uruguaias para o Brasil
As exportações gerais do Uruguai para o Brasil entre janeiro e outubro deste ano totalizaram US$ 1.022 milhões, 8,7% menos em relação a igual período de 2017, não obstante continue sendo, o segundo principal cliente do Uruguai, atrás apenas da China. O setor lácteo é o terceiro em vendas para o Brasil, com destaque para o leite em pó. Como a Argentina, o Uruguai também vem diversificando seu mercado e a Argélia está tendo destaque nessa estratégia.

Marcos Soto e a Consultora CSC destacaram em outubro que "a diversificação de mercados é fundamental para mitigar os riscos de exposição a mercados pontuais", e que é "interessante" a "irrupção e confirmação da Argélia como destino relevante". A Argélia, que desbancou o Brasil, se consolida como o principal destino das vendas de lácteos ao exterior, com participação de 27%. Depois vem o Brasil com 25%, a Rússia (10%), Cuba (6,55%), a China (6,5%), e o México (6,25%). (TodoElCampo - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Mercado global de commodities lácteas obriga Westland Milk rever preço ao produtor

Preços/NZ - O declínio nos preços globais das commodities lácteas, especialmente a manteiga, forçou a diretoria da Westland Milk Products a reduzir a faixa de pagamento prevista para a temporada 2018-19 para NZ$ 6,10/kgMS, [R$ 1,18/litro], a NZ$ 6,50/kgMS, [R$ 1,26/litro], (anteriormente em NZ$ 6,50/kgMS, [R$ 1,26/litro], a NZ$ 6,90/kgMS, [R$ 1,33/litro]).

O presidente do conselho, Pete Morrison, disse que os fatores responsáveis pela revisão estão, em grande parte, foram de controle da Westland, sendo, primordialmente, as forças do mercado internacional e uma crescente oferta de leite.

Alguns fatores internos
"Ironicamente, tivemos um bom começo de temporada. Mas, a produção no período de pico foi maior do que o previsto, e com uma duração maior que a normal. Se, em um primeiro momento possa parecer positivo para a cooperativa, a realidade é que, durante o pico, nossa capacidade de processamento foi direcionada á fabricação de leite em pó, para que pudéssemos captar todo o aumento da produção de leite. Isso significou fabricação menor dos produtos de alto valor agregado, como Fórmulas infantis, que dão um melhor retorno".

"A Westland tem uma estratégia de negócio promissora, com foco em produtos especializados produzidos com leites especiais como o A2, alimentação somente em pastagens, e ambientalmente sustentáveis. A demanda por nosso leite Ten Star Premium Standard (10SPS) é elevada e proporciona bom rendimento. Temos grande interesse no mercado internacional e a demanda prevista supera a oferta. Precisamos de mais produtores acionistas para converter para esse padrão o mais rápido possível. Esse tipo de produto proporcionará retornos muito melhores e provavelmente não será afetado pelos movimentos internacionais de preços das commodities", completou Morrison. (interest.co.nz - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

 UE - Há uma lacuna entre os custos de produção e o preço do leite ao produtor

Produção x Custos - Existe uma lacuna entre o custo de produção e o preço ao produtor em países como França, Alemanha, Dinamarca, Bélgica, Luxemburgo e Holanda, conforme dados divulgados em 10 de outubro de 2018. Os resultados dos últimos cálculos dos custos nesses seis países europeus mostram objetivamente, em termos econômicos, que a atividade dos produtores de leite está em um cenário sombrio: Os custos de produção e os preços dentro da porteira estão se distanciando cada vez mais. Mesmo nos chamados "anos dourados", ou seja, entre as crises dos produtos lácteos, os preços estão permanentemente abaixo dos custos de produção. De acordo com o último estudo feito pelo Bureau de Sociologia Rural e Agricultura (BAL) - Qual o custo de produção de leite? - a média dos custos de produção de leite nos últimos cinco anos nos seis países europeus variou entre € 0,41 e € 0,46 por quilo de leite produzido. No entanto, o preço ao produtor no mesmo período teve variação média entre € 0,32 e € 0,35 por quilo de leite. "Os produtores de leite europeus estão vivendo constantemente no vermelho, todos os meses", diz a autora do estudo, Karin Jürgens, acertando em cheio. "Se o dilema não for resolvido, será cada vez mais difícil para os produtores de leite - tanto grandes, quanto pequenos - continuarem produzindo leite na Europa".

Em 2017, o custo de produção nos seis países, incluindo a remuneração e a média dos investimentos líquidos foi significativamente maior que o preço do leite ao produtor, variando de € 0,4339/kg (Alemanha), e € 0,4889/kg (Luxemburgo).
E mesmo sem levar em conta os investimentos líquidos necessários, o déficit do custo médio ao longo dos cinco anos é significativo, variando de 14% (Dinamarca) a 27% (Bélgica e França).
 
 
 
Comparação dos custos de produção (em azul) e dos investimentos líquidos (em cinza) com o preço pago aos produtores (em vermelho): os preços não cobrem os custos de produção Para Erwin Schöpges, produtor de leite em Amel no leste da Bélgica e presidente da Comissão Europeia de Leite (EMB) o quadro confirma a situação crônica de tensão entre os produtores. "Nós produtores de leite nem mesmo recuperamos nossos custos de produção - esquecemos a remuneração pelo nosso trabalho". Em princípio, os produtores de leite recebem aquilo que os laticínios estão dispostos a ceder, explica Schöpges. "Mantemos nossas fazendas vivas graças à renda complementar obtida de outras atividades fora da agricultura".
Os produtores de leite europeus também esperam que os custos aumentem no próximo inverno devido à escassez de alimentos provocada pela seca. "Tempos difíceis estão à nossa frente, com os preços do leite permanecendo em baixos níveis", diz o presidente da entidade europeia que representa os produtores de leite. O estudo sobre os custos de produção também foi apresentado aos especialistas do Observatório do Mercado Lácteo (MMO) da Comissão Europeia. "Eles notaram o balanço negativo da produção de leite, mas, não houve manifestação em relação ao desequilíbrio na cadeia de abastecimento", declarou o Presidente da EMB, desapontado com as reações dos participantes (ou melhor, a falta de reação deles)".
 
"Cabe agora aos formadores de políticas da União Europeia (UE) ter vontade de incluir um mecanismo eficaz contra crises na futura Política Agrícola Comum (PAC)". Cálculo baseado em dados da UE e abordagem para uma remuneração justa do trabalho
O atual estudo BAL foi com base em dados representativos da Comissão Europeia, reconhecidos e comparáveis em toda UE. O cálculo dos custos do trabalho é com base em normas salariais dos diferentes países. Leva em conta o nível de formação e de qualificação dos trabalhadores, bem como os salários dos dirigentes das fazendas agrícolas do país. As ajudas recebidas são deduzidas dos custos totais e os investimentos líquidos são adicionados. (EMB - Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 
 
 
SÃO PAULO - Doação de leite em pó beneficia 75 mil pessoas no estado
Doação leite em pó - Cerca de 118 toneladas de leite em pó serão doadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a 75 mil pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional, no estado de São Paulo. A ação é resultado de parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que compra produtos da agricultura familiar para doação simultânea. O leite foi adquirido de 31 cooperativas de pequenos produtores do Rio Grande do Sul. A operação beneficiou mais de 1.900 produtores gaúchos de leite em pó em diversos municípios do estado. Os itens ficaram armazenados na unidade da Companhia em Canoas e foram transportados para a Unidade Armazenadora de Bernardino de Campos, em São Paulo. As doações serão destinadas à Federação das Associações de Pais e Amigos de Excepcionais (Apaes), que ficarão responsáveis pela retirada e distribuição do produto. Ao todo, serão contempladas cerca de 170 instituições localizadas nos municípios de Araçatuba, Batatis, Catanduva, Jaú, Lençóis Paulista, Martinópolis, Nova Odessa, Pirassununga, Santa Cruz do Rio Pardo, Taquarituba, Tupã e Várzea Paulista. O Programa executado pela Conab oferece a agricultores familiares, por meio de suas cooperativas e associações, a garantia de compra de sua produção por preços remuneradores, gerando renda e inclusão social no meio rural. Ao mesmo tempo, também auxilia na segurança alimentar e nutricional em todo o país. (Conab)

 

Porto Alegre, 06 de novembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.853

GDT 
 

GDT - O Índice GDT de hoje marcou a 15ª queda no ano, fechando em US$ 2.851/tonelada. Isso representa queda acumulada de 8,74% em relação ao início do ano. A manteiga anidra é a que mais acumula queda percentual.

Em relação ao início do ano, a perda é de 21,25%. Em comparação com o mesmo período de 2017, a cotação caiu 26,83%. O leite em pó desnatado é o único produto, entre os quatro mais negociados no GDT, que vem ganhando cotação. Em relação ao preço médio negociado na primeira semana de janeiro de 2018 ganhou 17,54%. Também teve valorização de 9,85% quando comparado com os valores pagos em novembro de 2017. (globaldairytrade/Terra Viva) 

 
 
 

Gado holandês ganha espaço para comercialização on-line

A Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando) está disponibilizando em seu site www.gadolando.com.br a compra e venda de animais da raça. A comercialização on-line é uma nova iniciativa da entidade que tem por objetivo ajudar os criadores a complementar os seus plantéis, assim como vender fêmeas excedentes. O site é uma via de acesso aos produtores que têm interesse comum na raça holandesa, em um gado diferenciado, com melhor morfologia, controle leiteiro e classificação linear.

O presidente da Gadolando, Marcos Tang, destaca que o foco principal dos criadores é a atividade leiteira e, portanto, a comercialização do leite produzido, mas também outra importante fonte de renda da propriedade é a venda de animais que muitas vezes permite mais investimentos. Segundo o dirigente, o criador que registra os seus animais é diferenciado, sabe dar valor ao que tem. "Quem vai vender um animal registrado, que tem classificação e controle leiteiro oficial, quer comercializá-lo para outro criador que valoriza pedigree e melhoramento genético", enfatiza.

Tang ressalta que a Gadolando não será responsável pela venda de gado, mas sim estará oportunizando em seu site mais um serviço para os criadores que é a negociação via on-line. "Quem já tem o rebanho constituído e, principalmente, usa sêmen sexado, sempre vai ter no ano algumas fêmeas excedentes. Estas novilhas, se forem vendidas, podem prover um bom rendimento extra. Da mesma forma, outros criadores que querem aumentar ou melhorar o seu plantel poderão comprar gado diferenciado dentro do nosso site", observa. (As informações são da Assessoria de Comunicação da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul - Gadolando)

Cotações das commodities lácteas no mercado holandês - novembro de 2018

 A oferta de leite na União Europeia estagnou no mês de agosto. A seca em grandes áreas da Europa deixou consequências evidentes. Na Alemanha quase não houve crescimento. Na França o volume diminuiu ligeiramente, aliás, o que também ocorreu na Itália e Reino Unido. Foi impressionante a forte recuperação na Irlanda depois de um período de redução. A oferta de leite holandesa caiu acentuadamente em agosto (e setembro), em decorrência da introdução do limite no uso de fosfato. Muitos produtores diminuíram o número de vacas.

Fora da Europa ainda há crescimento na produção de leite. Em agosto, o volume aumentou na Argentina, Nova Zelândia, Uruguai e Estados Unidos. Na Austrália, no entanto, foi registrado queda pelo terceiro mês consecutivo. Nos Estados Unidos o crescimento tem sido muito abaixo da taxa de crescimento de longo prazo (1,6%). Esse percentual também não foi alcançado em setembro.
Na Nova Zelândia houve manutenção do forte início de temporada, e em setembro, o volume aumentou 6%. Depois que o impacto inicial dos efeitos da seca desapareceu no final de agosto, os preços no mercado ficaram sob pressão. Particularmente os preços da manteiga, que caíram rapidamente. No final de outubro, a cotação já era um quarto menor que a de dois meses antes. 
 
A cotação do leite em pó desnatado também caiu até o início de outubro, voltando a se recuperar ligeiramente, depois. Mas as vendas de grande quantidade de leite em pó dos estoques de intervenção em meados de outubro, ao preço de € 123,10, [US$1.403/tonelada), parece ter estabelecido um preço mínimo para o mercado. Influenciado pelos baixos preços, tanto da matéria gorda, como da proteína, o preço do leite em pó integral também ficou sob pressão. O produto europeu ainda está muito caro para o mercado mundial. As cotações na Nova Zelândia e América do Sul são muito mais competitivas.  (LTO Nederland - Tradução livre: Terra Viva)
 
 
Preço do leite ao produtor europeu em setembro de 2018 - LTO Nederland 
 

O cálculo mensal dos preços do leite em setembro de 2018 chegou à média de € 34,69/100 kg, [R$ 1,51/litro], para o leite padrão. Aumento de € 0,34/100 kg em relação ao mês anterior. Quando comparado com setembro de 2017, a média de preços foi € 2,51 ou 6,7%, menor. Mesmo assim a média dos preços sobe pelo quinto mês consecutivo, e começa se estabilizar.  

Alguns aumentos foram anunciados para outubro, mas, em novembro, até o momento, a maioria dos preços ficarão estáveis. Uma exceção é a FrieslandCampina, que depois do aumento de outubro reduziu o preço do leite de novembro em € 0,7/100 kg. Os produtores de leite que abastecem as companhias francesas Savencia e Lactalis, e a britânica Dairy Crest já têm conhecimento do preço que receberão até o final do ano, e às vezes, até um pouco mais. A Dairy Crest sustentará os preços em outubro e novembro, mas, anunciou um preço mínimo para dezembro e janeiro. 

Fora da Europa, o quadro é variável. A neozelandesa Fonterra, que coloca a maior parte de sua produção no mercado mundial, reduziu a previsão do preço ao produtor este ano, enquanto nos Estados Unidos os preços sobem.

Antecipando a apresentação dos resultados anuais de 2017/2018 que seria em setembro, a Fonterra No dia 10 de outubro a Fonterra revisou a previsão do preço ao produtor para a temporada 2018/19, de NZ$ 6,75/kgMS, [R$ 1,27/litro], para a faixa entre NZ$ 6,25 a NZ$ 6,50/kgMS, [R$ 1,17/litro a R$ 1,22/litro]. O cálculo é com base no pagamento de NZ$ 6,375/kgMS, [R$ 1,20/litro], ao produtor, e dividendos médio de NZ$ 0,30/kgMS, mas que podem variar na faixa de NZ$ 0,25 a NZ$ 0,35/kgMS, o que dará um total de NZ$ 6,675/kgMS, [R$ 1,25/litro]. Comparado com a previsão anterior (NZ$ 7,05/kgMS, [R$ 1,32/litro], de 13 de setembro de 2018) houve queda de € 1,6/100 kg pelo leite padrão. Nos Estados Unidos o leite Classe III subiu de US$ 14,95, [R$ 1,26/litro], em agosto, para US$ 16,09/cwt, [R$ 1,36/litro], em setembro. (LTO Nederland - Tradução livre: Terra Viva)

 

LEITE/CEPEA: OFERTA ELEVADA E CONSUMO ENFRAQUECIDO MANTÊM PRESSÃO SOBRE COTAÇÕES
Derivados lácteos - Os preços dos derivados lácteos permaneceram em queda em outubro, pressionados pela elevada oferta da matéria-prima e pelo consumo enfraquecido. Entre 28 de outubro e 1º de novembro, o preço do leite UHT teve média de R$ 2,3312/litro, 3,47% menor que a da semana anterior. O valor do queijo muçarela, por sua vez, recuou 1,73% na mesma comparação, para a média de R$ 17,9445/kg na última semana de outubro. Segundo colaboradores do Cepea, a previsão para os próximos dias ainda é de queda para os derivados. (Cepea)

 

 

Porto Alegre, 05 de novembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.852

Vale do Taquari será palco de discussões sobre a cadeia produtiva do leite no RS

No mês de novembro, o município de Teutônia, no Vale do Taquari (RS), concentrará as discussões sobre a cadeia produtiva do leite no Estado. A cidade sediará, no dia 22 de novembro, o 7º Fórum Itinerante do Leite, evento promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), que ocorrerá paralelamente a 12° edição do Fórum Tecnológico do Leite, tradicional encontro organizado pelo Colégio Teutônia. Os eventos são complementares e iniciam-se às 7h30min com café da manhã de recepção. Haverá almoço e transporte gratuitos. 

Por meio de palestras e oficinas, o Fórum Tecnológico do Leite pretende discutir o uso de tecnologias aplicadas na produção leiteria que visem ampliar a renda dos produtores. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, será o mediador da oficina 'Panorama da Tuberculose e Brucelose no Vale do Taquari.' Segundo Palharini, o objetivo é levar informação de ponta ao produtor rural e explorar as potencialidades da região que concentra uma das bacias leiteiras mais expressivas do Estado. 

O Fórum Itinerante do Leite e o Fórum Tecnológico do Leite ocorrerão no dia 22 de novembro, no Ginásio da Sociedade Esportiva e Recreativa (SER) Gaúcho e no Colégio Teutônia, respectivamente. Para Márcio Mugge, coordenador do Fórum Tecnológico, os dois eventos têm o mesmo foco, que é o de levar aos produtores conhecimento relacionado à gestão, qualidade, produtividade, tendências, tecnologias, sanidade, entre outros. "São eventos que se conectam. Um, por ser itinerante, traz a percepção do contexto mais abrangente e, o outro, por sempre acontecer em Teutônia, identifica as características do ambiente onde está inserido," afirmou.  

Entre os destaques da programação estão os painéis sobre o uso de novas tecnologias para qualificar o dia a dia no campo e ferramentas de inteligência para profissionalizar a gestão dos tambos. A agenda ainda apresentará aos produtores da região o trabalho realizado pelo Conseleite, painel em que se pretende explicar a metodologia de cálculo do valor de referência para o litro de leite divulgado todos os meses no Rio Grande do Sul. "Queremos mostrar aos produtores como utilizar as informações disponíveis para profissionalizar seus sistemas de produção, elevar renda e competitividade", elencou o secretário-executivo do Sindilat. 

Além do debate mediado por Palharini, ocorrerão outras três oficinas técnicas: Eficiência Energética e Energia Alternativa Aplicada na Propriedade; Balanceamento de Dietas para Vacas Leiteiras em Lactação e Reprodução e Controle de Doenças Reprodutivas. Para finalizar o encontro, haverá um happy hour com degustação de produtos lácteos e Concurso de Leite em Metro, disputa tradicional na região que premia os amantes do leite. 

O Fórum Tecnológico do Leite é uma realização do Colégio Teutônia com a participação da Emater, Fetag e as cooperativas Languiru, Certel e Sicredi. O 7ª Fórum Itinerante do Leite é uma promoção do Sindilat, Secretaria da Agricultura, Ministério da Agricultura, Emater, Fundesa, Fetag, Farsul e Colégio Teutônia e tem o patrocínio do BRDE.  As inscrições podem ser realizadas através do link www.colegioteutonia.com.br/forumdoleite/ (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

De olho na exportação, Sindilat apresenta bandeira pela erradicação de brucelose e tuberculose no Sul

As conquistas, avanços e uma projeção do que será o futuro da cadeia produtiva do leite serão os temas que o Sindicato das Indústrias de Laticínios e produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat) levará para o Ideas For Milk, evento que começa nesta terça-feira (6) em Juiz de Fora (MG), com coordenação da Embrapa Gado de Leite. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, e o secretário-executivo, Darlan Palharini, são os convidados para palestrar em painéis no dia 6 de novembro.

Uma das grandes bandeiras do Sindilat e que será trabalhada com mais intensidade daqui para a frente será divulgada no evento, que é a exportação de produtos lácteos. "Para isso, vamos destacar a necessidade de trabalharmos juntos com os três estados da Região Sul em um plano de erradicação de brucelose e tuberculose, pensando numa política de Estado de no mínimo 10 anos", pontua Palharini. Segundo ele, esse será o grande diferencial sanitário da região que será decisiva para a ampliação do mercado interno e externo de lácteos e que agregará valor aos produtos com a certificação. "Podemos deixar como legado para o Rio Grande do Sul essa iniciativa encabeçada pelo Sindilat e suas empresas associadas", afirma o dirigente. O presidente Alexandre Guerra, também da diretoria da Cooperativa Santa Clara, vai apresentar aos participantes do Ideas For Milk a história de sucesso da mais antiga cooperativa de laticínios do Brasil, que hoje possui 5.500 associados de 125 municípios gaúchos e um mix que chega a 340 produtos.

Idealizado pela Embrapa Gado do Leite, o Ideas for Milk chega à sua terceira edição e tem o Sindilat como um dos patrocinadores da iniciativa que visa fomentar soluções inovadoras para a cadeia produtiva do leite. O projeto será dividido em dois grandes eventos: Vacathon e Desafio das Startups. O Vacathon acontecerá de 6 a 10 de novembro, na sede Juiz de Fora. Nos primeiros dois dias de evento, as 17 equipes formadas cada uma por seis estudantes de diferentes universidades brasileiras terão dois dias de aprendizado em imersão nos processos relacionados à produção de leite.

No primeiro dia (6), as equipes visitarão todo o processo industrial junto ao Instituto de Laticínios Cândido Torres, oportunidade em que acompanharão a produção de diversos tipos de derivados e ver de perto quais possíveis problemas podem ser solucionados com o uso da tecnologia. Na quarta-feira (7), vão conhecer os detalhes de uma propriedade rural da Embrapa Gado de Leite, na cidade de Coronel Pacheco (MG). Manejo, nutrição, sanidade, ordenha e gestão da propriedade serão explorados ao máximo pelos grupos participantes. Na quinta-feira (8), empresas de tecnologia como Microsoft, Cisco e IBM vão mostrar aos universitários as ferramentas de TI que podem ser utilizadas em soluções para a cadeia do leite.

Na sequência, o grupo participará de uma maratona de programação onde irão explorar dados abertos de pesquisas realizadas pela Embrapa Gado Leite para desenvolver projetos de software ou hardware. Além de desenvolver ideias para o setor, o objetivo é aproximar os estudantes da cadeia produtiva por meio de imersão nas diferenças áreas da produção de leite. O desafio das equipes começa logo após o fim das apresentações das empresas: a duração vai das 12h de quinta-feira (8) até às 8h do sábado (10). Cada equipe terá 4 minutos para apresentar a solução desenvolvida, e os trabalhos serão julgados por uma turma multidisciplinar. Serão premiadas três soluções, com troféus, de 1º, 2º e 3º lugar. "A cadeia produtiva do leite é a única que consegue reunir, dentro de uma mesma proposta, profissionais de diversas áreas como agronomia, zootecnia, medicina veterinária e tecnologia, além da indústria, produtores e entidades", pontua Paulo do Carmo Martins, diretor da Embrapa Gado de Leite e um dos idealizadores do Ideas for Mik. Martins destaca que o evento é uma porta aberta para o surgimento de soluções digitais para serem aplicadas na cadeia produtiva do leite. "O resultado desse esforço é fazer com que o setor se torne mais produtivo e gere mais renda a todos que atuam na atividade", reforça o diretor da Embrapa.

Desafio das Startups - A programação do Ideas for Milk prossegue no dia 30 de novembro, que será dedicado exclusivamente ao empreendedorismo. O Desafio das Startups do Agronegócio do Leite acontecerá no Cubo Itaú, em São Paulo/SP. A competição nacional incentiva empreendedores a desenvolver projetos que promovam a eficiência no setor leiteiro. As ideias podem ser de modelo de negócio, produto, processo ou serviço, baseadas em software web. As disputas devem promover a eficiência no setor lácteo.

O projeto Ideas for Milk é uma realização da Embrapa Gado de Leite idealizado em conjunto com empresas públicas e privadas que buscam o desenvolvimento do ecossistema voltado para as agTechs, ou seja, criar ambiente que vise estimular o surgimento de startups que se dedicam ao agronegócio. Por isso, a iniciativa reúne diversas instituições. Mais informações no site. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Sindilat parabeniza nova diretoria da Farsul e destaca bandeira da bacia leiteira 

A Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) elegeu na última semana os componentes da diretoria para a gestão 2019/2021. O 42º pleito conduziu o médico veterinário Gedeão Pereira à presidência da federação, em uma eleição que contou com a adesão de grande parte dos 137 sindicatos filiados.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, destacou que o agronegócio gaúcho precisa de líderes fortes e dispostos a enfrentar os problemas que freiam o desenvolvimento do Estado, como os gargalos logísticos e de mercado. "Desejo sucesso ao novo presidente da Farsul com a certeza de que o desenvolvimento da bacia leiteira estará entre suas bandeiras", afirmou Guerra. 

Médico veterinário formado pela Universidade Federal de Santa Maria, Gedeão é produtor rural, com passagem pela diretoria da Associação Brasileira de Criadores de Hereford e Braford e presidência do Sindicato/Associação Rural de Bagé. Presidiu a Comissão de Assuntos Fundiários da Farsul, onde, também, foi vice-presidente por quatro mandatos e vice-presidente da CNA. Preside a Federação, desde dezembro de 2017, após o falecimento de Carlos Sperotto. Pela mesma razão, é presidente do Sebrae/RS e vice-presidente do Fundesa. É o responsável pelas negociações de comércio exterior da CNA e presidente do Fórum Mercosul da Carne.
 
Diretoria - Gestão 2019/2021
Gedeão Silveira Pereira - Presidente 
Elmar Konrad - 1º Vice-Presidente
Carlos Roberto Simm - Diretor Vice-Presidente
Cesar Luiz Tagliari Vieira - Diretor Vice-Presidente
Fábio Avancini Rodrigues - Diretor Vice-Presidente
Hamilton Guterres Jardim - Diretor Vice-Presidente
José Aurélio Saldanha Silveira - Diretor Vice-Presidente
Luiz Carlos Nemitz - Diretor Vice-Presidente
Sérgio Renato de Freitas - Diretor Vice-Presidente
Tarso Francisco Pires Teixeira- Diretor Vice-Presidente
Viriato João Jung Vargas - Diretor Vice-Presidente
Francisco Lineu Schardong - 1º Diretor-Administrativo
Paulo Ricardo de Souza Dias - 2º Diretor-Administrativo
José Alcindo de Souza Ávila - 1º Diretor-Financeiro
Domingos Antonio Velho Lopes - 2º Diretor-Financeiro
Claudio Gilberto Duarte - Diretor-Suplente
Fernando Hernandez Cunha - Diretor-Suplente
Fernando Rechsteiner - Diretor-Suplente
Hermes Ribeiro de Souza Filho - Diretor-Suplente
Jair Dutra Rodrigues - Diretor-Suplente
Jefferson Holleben Camozzato - Diretor-Suplente
João Geraldo Bosa - Diretor-Suplente
Marco Antonio dos Santos - Diretor-Suplente
Maria Tereza Scherer Mendes - Diretor-Suplente
Yara Bento Pereira Suñe - Diretor-Suplente
Ayrton Oliveira Marçal - Conselho Fiscal Titular 
Jorge Luiz Dutra dos Santos - Conselho Fiscal Titular
Paulo Roberto Vargas - Conselho Fiscal Titular
Adão Fernando Portinho Carpes - Conselho Fiscal Suplente
Antônio Carlos Cassol Conselho Fiscal Suplente Três de Maio
Marilia Lazzarotto Terra Lopes - Conselho Fiscal Suplente
Gedeão Silveira Pereira-  Del.Representante na CNA Efetivo 
Elmar Konrad - Del.Representante na CNA Suplente (Assessoria de Imprensa Sindiat) 

Mapa prepara gestores de emergências zoossanitárias

Curso capacita profissionais para agir em situações críticas - Dezoito médicos veterinários do Ministério da Agricultura e de Órgãos Estaduais de Sanidade Agropecuária (OESA) participaram do 2º Curso de Gestores de Emergência Zoossanitária com palestras e estudo de caso na sede da Escola Nacional de Gestão Agropecuária (Enagro), de 15 a 19 de outubro. No primeiro treinamento, realizado no período de 23 a 27 de julho, foram capacitados 20 veterinários.  O curso visou dois objetivos principais: capacitação de profissionais para exercer a função de gestores do Plano Nacional de Contingência em Emergências Zoossanitárias e composição de cadastro de gestores.

A preparação dos médicos veterinários segue as determinações legais que criaram o Sistema Unificado de Atenção a Sanidade Agropecuária (Suasa) e o Sistema Nacional de Emergências Agropecuárias (Sineagro). O Ministério da Agricultura está encarregado de elaborar planos de contingência, formar Grupos Nacionais de Emergência Sanitária e Fitossanitária e desenvolver planos de capacitação.

"A nossa preocupação é que nas emergências zoossanitárias enfrentamos dificuldades de ordem operacional, prática e técnica para executar as ações previstas nos planos de contingência para as diferentes doenças emergenciais", explica Carlos Pizarro, médico veterinário da Coordenação de Emergências Zoossanitárias. Mas existe, conforme observou, dificuldade de dispor de profissionais com perfil de gestão, que saibam conduzir os procedimentos de emergência. "É um cenário adverso em que também há complicações políticas, econômicas e sociais. A boa gestão emergencial é fundamental para minimizar esses impactos." 

Na primeira parte do curso foram apresentadas e discutidas as teorias de aspectos relacionados à emergência zoossanitária. Na segunda parte, os alunos foram divididos em grupos para estudo de caso hipotético. A situação proposta foi um foco de febre aftosa na zona livre sem vacinação. A partir de informações sobre a região, o cadastro de propriedades rurais e a movimentação animal, a tarefa dos grupos foi a de definir quais seriam as ações de resposta a essa ocorrência nas primeiras 48 e 72 horas.

Os alunos também fizeram testes de conhecimento e de levantamento de competências. "Essa é a segunda turma", disse Pizarro. "Já sabemos quais são as principais competências necessárias para esses gestores. Essas competências foram trabalhadas durante a capacitação com o objetivo de formar um grupo preparado para enfrentar os desafios da gestão de emergência zoossanitária." (Mapa)  

Colômbia exportará lácteos para Trinidad e Tobago
A Colômbia exportará leite e produtos lácteos para Trinidad e Tobago graças às negociações entre o Instituto Nacional de Vigilância de Alimentos e Medicamentos (INVIMA) e o Ministério da Agricultura da ilha caribenha, disseram fontes do setor. "Agora as empresas colombianas que processam leite e produtos lácteos que atendem aos requisitos sanitários e que têm o código de exportação emitido por este instituto poderão exportar seus produtos para este país", disse a Invima em um comunicado. Essa entidade assegurou que emitirá o Certificado de Inspeção Sanitária (CIS) para exportação de acordo com o "modelo definido" com as autoridades de Trinidad e Tobago, que contêm "os requerimentos acordados bilateralmente", acrescenta a informação. A Colômbia exporta este tipo de produtos para o México, Canadá, Chile, Costa Rica, Cuba, EUA, Índia, Japão, Marrocos, Panamá, Peru, Rússia, Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão e Armênia. (As informações são da EFE)

 

Porto Alegre, 01 de novembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.851

Fazendas elevam produção de leite com adoção de planejamento genético

Planejamento genético - Considerada a técnica mais barata, simples e eficiente para elevar a produtividade e a lucratividade de uma fazenda, a inseminação artificial tem sido a aposta de várias propriedades leiteiras para ampliar seus projetos pecuários. No primeiro semestre de 2018, foram comercializadas 2.169.238 doses de sêmen das raças leiteiras (quase 60 mil doses acima do mesmo período de 2017), segundo dados da ASBIA - Associação Brasileira de Inseminação Artificial.

Este foi o caminho adotado há quatro anos pelo pecuarista Areno Eduardo Martins Parreira para viabilizar o projeto de ampliação da Fazenda Brasília, em Rio Verde/GO. A propriedade usava a monta natural e mantinha um sistema de produção a pasto em que obtinha uma produção de menos de mil litros de leite por dia. Com a elaboração de um planejamento genético para melhorar a qualidade do rebanho, a propriedade passou a ter todo o rebanho inseminado com sêmen de touros Holandês. "A fazenda começou com um projeto pequeno de produção de leite e tinha um gado que não vinha apresentando muito avanço genético. A produção era de 12 litros de leite por vaca. Para atingir a meta de 4 mil litros/dia, foram feitos investimentos em inseminação, compost barn e bezerreiro argentino", diz o médico-veterinário da fazenda, Valdir Chioga.

As vacas passaram a ser inseminadas com touros Holandês selecionados estrategicamente para acelerar o ganho genético do rebanho. De acordo com Valdemir Lima, regional da Semex em Rio Verde que presta assessoria à Fazenda Brasília, a melhoria genética permitiu elevar em oito vezes a produção, que hoje é de 8.800 litros de leite. Agora, a fazenda trabalha para dar um novo salto. O objetivo é ampliar o rebanho para 500 vacas e chegar a 13 mil litros de leite.

Em Minas Gerais, estado que concentra as maiores vendas de sêmen de raças leiteiras, a Fazenda Estância do Leite conseguiu tornar o negócio rentável após investir em genética. O produtor de leite Luiz Humberto Ferreira está na atividade há mais de 15 anos, mas, nos últimos cinco anos, decidiu intensificar o sistema de produção. "Antes, tirava de 8 a 10 litros de leite por animal. Não dava nem para pagar os custos de produção com o leite vendido. Depois que passamos a investir em inseminação e em outras tecnologias, conseguimos mudar a realidade da fazenda. Hoje, é possível seguir um planejamento, controlar os gastos e ter uma margem de lucro maior. Temos quase 300 animais em lactação e uma média por animal de 30 litros/dia", conta o pecuarista. A Estância do Leite mantém os animais em sistema de confinamento no compost barn e, para ser autossuficiente em alimentos, passou a produzir milho em uma área plantada de 42 hectares, totalmente irrigada.

Uma estratégia adotada pela Estância do Leite foi inseminar o rebanho com touros capazes de produzir filhas mais saudáveis. Segundo dados apresentados pelo programa Immunitty+ da Semex, os reprodutores com alta imunidade são mais férteis, melhorando consideravelmente os índices de prenhez do rebanho. Já as filhas dos touros de maior imunidade apresentam colostro de qualidade superior à média e melhor resposta às vacinas comerciais. "Isso significa menos casos de mastite, de cetose e de outras doenças, reduzindo bastante os custos com sanidade. Além disso, um rebanho saudável produz muito mais", fala Luiz Fernando Oliveira, regional da Semex em Patos de Minas, que assessora a propriedade no planejamento genético.

A fazenda integra o programa Semex Progressive, que oferece soluções genéticas e estratégicas para maximizar a produtividade dos rebanhos leiteiros. Esse planejamento genético inclui orientação e seleção de matrizes, acasalamentos genéticos dirigidos e otimização do uso dos touros com genética comercializada pela Semex, além do acompanhamento e da verificação dos resultados alcançados. (Gadoecia)

 

Casa do Produtor Rural lança publicação técnica para orientar pecuaristas na criação de bezerras leiteiras

Publicação - Livro aborda de maneira simples as diferentes práticas de manejo, que vão desde o nascimento até o desaleitamento, auxiliando na gestão da criação de bezerras leiteiras de qualidade. 

O livro "Criação de Bezerras Leiteiras" foi escrito com a finalidade de produzir informações sobre a criação de bezerras, considerando aspectos nutricionais e de manejo geral para obtenção de animais de alta qualidade.

Dedicado aos produtores rurais, pesquisadores, profissionais do setor, empreendedores agrícolas e estudantes de ciências agrárias, o material é um guia de práticas que orienta na eficiência da criação, como a redução nas taxas de mortalidade ou o aumento no desempenho do animal com um manejo nutricional adequado. A publicação ressalta, ainda, a importância do acompanhamento da vaca gestante até o crescimento do bezerro.

A autoria é da docente Carla Maris Machado Bittar, do Departamento de Zootecnia (ESALQ/USP), que esteve à frente do projeto, juntamente com as alunas de graduação em Engenharia Agronômica e estagiárias da Casa do Produtor Rural, Ana Carolina Fett da Cunha Pereira e Rafaela Nunes Sanchez Portal.

"Estudos demonstram que a adequada criação das fêmeas de reposição corresponde a 22% da produção de leite. Além disso, animais com maiores taxas de ganho nesta fase se tornam vacas mais produtivas. Assim, o investimento na criação de bezerras, embora seja de longo prazo, traz retorno econômico aos rebanhos", comenta a professora.

O maior gargalo na criação de bezerras ainda é a colostragem, tema que foi abordado de maneira bem prática, dando subsídios para que avaliações dos protocolos sejam realizados. Além disso, foram abordados aspectos importantes sobre a dieta líquida e o fornecimento de dieta sólida e água e suas relações no processo do desenvolvimento ruminal, de forma que os animais estejam prontos para o desaleitamento, mantendo taxas de crescimento satisfatórias.

Outros fatores também são destacados, como as instalações que abrigarão as bezerras. Para que possam crescer saudáveis, algumas práticas precisam ser implantadas para garantir um ambiente propício ao seu desenvolvimento e bem-estar animal. O manejo sanitário também é essencial e, quando não realizado, traz grandes prejuízos.

O livro "Criação de Bezerras Leiteiras", editado pela Casa do Produtor Rural, possui 76 páginas com linguagem simples e didática, tabelas, fotos, ilustrações e imagens exclusivas, que dão ao material fluidez e leveza.

O projeto teve o apoio do 2° Edital Santander/USP/FUSP de Fomento às Iniciativas de Cultura e Extensão - Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária, do Programa Unificado de Bolsas de Estudos para Apoio e Formação de Estudantes de Graduação (PUB-USP), da Comissão de Cultura e Extensão Universitária (CCEx) e do Serviço de Cultura e Extensão Universitária (SVCEx).

A versão digital do livro está disponível para leitura, impressão e download no site da Casa do Produtor Rural, na seção Publicações. Texto: Beatris Cortelazzi Porta, estagiária de comunicação - Casa do Produtor Rural. Revisado por: Marcela Matavelli, Coordenadora - Casa do Produtor Rural. (Esalq)

EUA: o que o USMCA significa para o setor lácteo do país?

O Acordo EUA-México-Canadá (USMCA), anunciado em 30 de setembro, foi alcançado após meses de duras negociações. Agora que os três países chegaram a um acordo verbal, o que isso significa para os produtores de leite americanos que lutam financeiramente e que estão ansiosos por notícias promissoras?

Mesmo antes de o governo Trump iniciar as negociações oficiais no ano passado para modernizar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), a equipe de política comercial do USDEC (Conselho de Exportação de Lácteos dos Estados Unidos) e da NMPF (Federação Nacional de Produtores de Leite) tornou conhecidas as necessidades dos produtores e processadores de leite.

O NAFTA foi crucial para o crescimento das exportações de lácteos dos EUA porque foi o catalisador para começar a aumentar as exportações do país por meio do acesso preferencial ao México. Em 1993, um ano antes do início da implementação do NAFTA, as exportações de lácteos dos EUA para o México eram de apenas US$ 250 milhões. Avancemos para 2017. As exportações de lácteos para o México totalizaram US$ 1,3 bilhão!

De um ponto de vista estratégico de longo alcance, um dos maiores benefícios do novo NAFTA, agora conhecido como USMCA, é manter a estrutura geral do pacto comercial anterior em vigor. Isso deve significar mais exportações para nossos fornecedores e mais oportunidades para os produtores de leite dos EUA permanecerem nos negócios com a esperança de um futuro melhor. Este acordo, se devidamente implementado, deve dar novas oportunidades de vendas que permitirão aos Estados Unidos inclusive a exportar mais produtos lácteos para o Canadá. É importante notar, no entanto, que o Canadá continuará sendo um mercado de leite amplamente protegido e autossuficiente.

Em um comunicado de imprensa conjunto com a International Dairy Foods Association (IDFA), três organizações agradeceram o presidente Trump e seu governo por lutarem pelos produtores e processadores e pelos empregos gerados nas indústrias.

O texto do acordo também foi divulgado em 30 de setembro. A legislação da Trade Promotion Authority estabeleceu uma linha do tempo para assinaturas e aprovações de acordos de livre comércio, afirmando que o presidente pode assinar em até 60 dias após a divulgação do texto. Depois disso, a rapidez com que o acordo avançará é desconhecida e pode ser influenciada por vários fatores, incluindo eleições de meio de mandato. Embora a consideração do Congresso seja possível durante sua sessão, após a metade do mandato, o cenário mais provável é uma votação na primavera de 2019.

O USMCA não é uma solução rápida para os produtores de leite prejudicados pelos baixos preços do leite. Mas parece ser um passo promissor na direção certa, já que a indústria trabalha em uma estratégia de longo prazo para aumentar as exportações, especialmente para o mercado número 1 dos Estados Unidos, o México. 

 

As tarifas retaliatórias do México e da China estão prejudicando os produtores americanos. Elas já custaram US$ 1,5 bilhão aos produtores de leite dos EUA, com perdas previstas para 2019 superiores a US$ 3 bilhões, de acordo com um recente estudo da Informa Agribusiness.

A China e outros países precisam de atenção. Espera-se que o acordo sobre o USMCA libere o governo Trump para dedicar mais tempo ao conserto das relações comerciais dos EUA com a China, que cobrou tarifas retaliatórias sobre exportações de lácteos dos EUA no valor de US$ 577 milhões no ano passado, e para buscar negociações bilaterais com mercados de alto potencial como o Japão e, pós-Brexit, o Reino Unido. (O artigo foi publicado no Hoard's Dairyman, traduzido e adaptado pela Equipe MilkPoint) 

Alta da produção do leite deve ser afetada por tabela de frete
Produção de leite - A tabela de frete conquistada pelos caminhoneiros, logo após a paralisação no mês de maio deste ano, reduziu a perspectiva de crescimento na produção de leite no Brasil em 2018, de 3,3% foi para 1,5% a 2%, de acordo com a Associação Brasileira de Laticínios (Vivos Lácteos). Em 2017, os dados mostram que a captação do leite teve um total estimado em 33 bilhões de litros. Segundo diretor executivo da associação, a paralisação causou prejuízos de R$ 1 bilhão, desde a falta de produtos para higienização dos maquinários como também a perda de leite que, infelizmente, não pode ser entregue aos laticínios. Só o estado do Rio Grande do Sul deixou de entregar 56 milhões de litros devido à estagnação. De acordo com o diretor, as empresas estão trabalhando com uma quantia mais reduzida e sem nenhum incentivo para qualquer investimento. Ele afirma que a indústria ficou desprovida de estoque, deixando o varejo com um volume de oferta mais reduzido. O que motivou isso foi a alta dos custos do leite pagos aos produtores, que, por sua vez, repassaram ao consumidor nas gôndolas dos supermercados. Segundo a associação, o frete aumentou três vezes, o que fica mais caro para o transporte de leite por trecho. Isso acontece por ser uma carga dedicada e que não permite o frete de retorno por inquisições sanitárias. O embate do tabelamento poderá alcançar 6% no preço final do produto ao consumidor. De acordo com os dados levantados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), no ano de 2017, houve uma variação entre preços mínimo e máximo cobrados pelo leite UHT, no varejo, de 31,4%. Portanto, nesse ano, a variação está em 55%. (Exame)

 

Porto Alegre, 31 de outubro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.850

Sindilat participa do 1° Seminário de Brucelose e Tuberculose na Bovinocultura do Leite
 

Investir na sanidade animal para prevenir zoonoses como brucelose e tuberculose no rebanho leiteiro é fundamental para viabilizar a manutenção do mercado interno e para a ampliar a exportação de produtos lácteos brasileiros e a segurança dos produtores da cadeia. Para debater os principais desafios no controle e erradicação das duas doenças, a Universidade de Passo Fundo (UFP) promoveu, nesta quarta-feira (31/10), o 1° Seminário de Brucelose e Tuberculose na Bovinocultura do Leite. 

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, abriu o ciclo de palestras do evento, com o tema 'Impacto da brucelose e tuberculose na comercialização dos produtos lácteos', durante o painel titulado "Cenário atual no controle de Brucelose e Tuberculose na bovinocultura de leite". A tônica da apresentação foi a garantia de que os processos de pasteurização realizados nas indústrias de laticínios e o serviço de inspeção com o selo e requisitos de exigências sanitárias da matéria-prima junto aos produtores de leite garantem a qualidade e garantia de excelência ao consumidor final de produtos lácteos. "A certificação das produção livre de brucelose e tuberculose é um diferencial na comercialização quando se trata de abertura e manutenção de mercados", ressaltou Guerra. 

Para ilustrar essa condição sanitária, o presidente citou a União Europeia. Para que as indústrias brasileiras conquistem espaço nos países integrantes do bloco é necessária a apresentação de documentos que comprovem a certificação da matéria-prima quanto a tuberculose e brucelose. De acordo com Guerra, o Sindilat incentiva o debate do tema e, por meio da Aliança Láctea Sul-Brasileira, estuda a possibilidade da criação de um programa para ampliar a conscientização dos produtores dos três estados do Sul do país, vislumbrando a manutenção do mercado interno e aplicação do externo. "O objetivo é ter as propriedades controladas e posteriormente certificas das doenças. É um passo de cada vez", destacou.

Além do painel que discutiu o cenário atual de controle das doenças, o evento promoveu outros três painéis: Desafios no controle das doenças na produção animal e na saúde humana; Responsabilidade dos médicos veterinários PNCEBT e as dificuldades enfrentadas na execução dos testes para as zoonoses e Incentivos oficiais para a cerificação da brucelose e tuberculose. 

Segundo o coordenador do evento, Fernando Pilotto, o seminário foi pensando para conscientizar os produtores, a indústria e profissionais da área sobre a urgência na prevenção e na certificação das propriedades livres de zoonoses .  (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Crédito da foto: Alessandra Pasinato
 

A Captação de leite na UE caiu pela primeira vez em 18 meses

Produção/UE - A captação de leite na União Europeia (UE), em agosto, foi ligeiramente inferior à de agosto de 2017 (-0,1%), o que resultou em 19.000 toneladas a menos de leite. 

Este foi o primeiro mês com queda da produção de leite na UE, desde fevereiro de 2017. Portanto, é a primeira redução na captação de leite, depois de estarem subindo por 18 meses consecutivos. A captação de leite em agosto diminui 9,9% na Lituânia, seguido pela Letônia (-7,9%) e Estônia (-7,6%), como consequência da seca. No total, 14 estados membros reduziram a produção. As maiores quedas em termos absolutos são Itália, e Holanda com volumes menores em 40.000 e 35.000 toneladas.

Os maiores aumentos em volume foram detectados na Irlanda e Dinamarca, enquanto, em percentuais foram verificados na Romênia (+9,7%). Na Espanha houve crescimento de 1,5% na captação de leite. No acumulado de janeiro a agosto, a captação de leite na UE cresceu 1,5%, em relação ao mesmo período de 2017.
 
Como mostra o gráfico, nos oito primeiros meses do ano, a captação acumulada diminuiu basicamente nos países do leste europeu. Na UE-15, a captação acumulada aumentou, embora, no Reino Unido e Irlanda, grandes produtores de leite, o percentual de crescimento tenha sido muito pequeno.

No acumulado de 2018 a produção de produtos variaram assim: manteiga (+1,8%); queijo (+a,8%); leite fermentado (+1,1%); leite concentrado (-12,1%); Leite em pó integral (-2,7%); leite fluido (-1,3%); creme de leite (-1,2%); e leite em pó desnatado (-0,4%). (Agrodigital - Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 
 

China: com consumo de lácteos ainda baixo, pesquisa aponta possibilidade de expansão do mercado

Um novo relatório classificou os chineses como pouco conhecedores do consumo de leite e sugeriu que - se houver maior discernimento do assunto - há um potencial de crescimento significativo para a indústria de lácteos no país. Com base em uma pesquisa com 4 mil entrevistados de mais de 20 cidades chinesas, o relatório Chinese Milk Quotient descobriu que o quociente de leite dos consumidores é de 60,6 dos 100 pontos, quase abaixo do padrão.

Os trabalhos da pesquisa começaram no início deste ano e o relatório foi publicado pela Associação da Indústria de Laticínios da China e pela holandesa Royal FrieslandCampina em setembro, em Pequim. "Os consumidores chineses têm consciência de que o leite é bom para sua saúde, mas o público não sabe como consumir corretamente os produtos lácteos e, mais importante, eles não têm o hábito. A tarefa de melhorar a alfabetização nacional da saúde ainda é árdua, disse o diretor geral do CDIA, Wu Qiulin.

Os adultos chineses devem consumir 300 gramas de leite ou a mesma quantidade de produtos lácteos diariamente, de acordo com as Diretrizes Dietéticas Chinesas, mas muitas pessoas não estão cientes dessa informação.

O relatório mostrou que apenas 43% dos consumidores pesquisados conheciam a diretriz e mais de 22% conseguiram atingir o padrão. Mais de 50 milhões nunca bebem leite porque não gostam do sabor e não estão acostumados a beber, segundo o relatório, que apontou também que a maioria consome leite e iogurte, com pouquíssimos consumidores de queijos e manteiga. "A atualização contínua do consumo no país exigiu maiores exigências para o setor lácteo", afirmou o presidente do Comitê Nacional Chinês de Federação Internacional de Laticínios, Song Kungang.

"Alguns fabricantes de laticínios introduziram produtos diferenciados, como o leite sem lactose na China nos últimos anos, para atender à demanda de chineses intolerantes à lactose. Este é um movimento altamente benéfico. Iremos incentivar as empresas de lácteos a desenvolver produtos mais diversificados e enriquecer tipos de produtos", completou. Este ano, as vendas de produtos lácteos na China devem subir 6,4%, para 399 bilhões de yuans (US$ 57,44 bilhões), segundo a Euromonitor International.

Estima-se que as vendas anuais de produtos lácteos na China cresçam 16,8% para 480 bilhões de yuans (US$ 69,10 bilhões) até 2023. Atualmente, a o país é o segundo maior mercado mundial de laticínios, depois dos Estados Unidos. Neste ano, as vendas totais de produtos lácteos devem chegar a US$ 65 bilhões nos EUA, apurou a Euromonitor.

Na China, o consumo anual e total per capita de produtos lácteos é de cerca de 36 quilos por ano, enquanto o valor é de 50 quilos nos países vizinhos como Japão e Coreia do Sul. Especialistas do setor disseram que o mercado de laticínios da China deve continuar crescendo.

Nas principais cidades chinesas, o mercado de lácteos tende a empreender algumas mudanças estruturais. "As vendas de leite puro de alta qualidade continuarão a crescer, e as vendas de iogurte e queijo estão crescendo", explicou Zhang Liebing, professor associado da Universidade Agrícola da China. (As informações são do China Daily, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Preço da Arla Foods para novembro não altera
Arla/Preço - O preço do leite convencional da Arla Foods não sofrerá alteração em novembro de 2018, permanecendo em 32,47 pence, [R$ 1,51/litro]. "Não percebemos ainda qualquer impacto da seca de verão e enquanto a oferta global de leite se mantiver estável, haverá significativa redução nos preços das commodities manteiga e creme", disse Johnnie Russel, diretor do Conselho da Arla Foods. (The Dairy Site - Tradução livre: Terra Viva)

 

Porto Alegre, 30 de outubro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.849

Sindilat prestigia lançamento da obra que marca o cinquentenário da Cooperativa Piá

Livro 50 Anos de Histórias - Crédito Miron Neto

A Cooperativa Piá lançou na terça-feira (29) o livro "50 anos de histórias", obra que aborda a trajetória da cooperativa desde a sua fundação - 1967-2017, data de cinquentenário. Assinado pela jornalista Maria Lúcia Badejo, o livro mostra o ciclo de crescimento da Piá, com prefácio de Werno Neumann, primeiro presidente da cooperativa.

O lançamento da obra que remete ao cinquentenário foi realizado em cerimônia na Sociedade de Vila Olinda, em Nova Petrópolis, e contou com a presença de associados fundadores, familiares e representas do setor lácteo. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, participou da festividade.  Na ocasião, os associados fundadores foram presenteados com o livro e um certificado. 

O presidente da cooperativa, Jeferson Smaniotto, destaca que o livro é um importante resgate histórico do legado da cooperativa, e também uma homenagem aos colaboradores "pelo ato de bravura e de coragem em acreditar no processo de organização de uma sociedade em cooperativa". Para Smaniotto, a obra encoraja os novos investidores a darem continuidade ao trabalho dos antepassados. 

Fundada com 213 associados, a Cooperativa Agropecuária Petrópolis alcançou 20,7 mil associados no ano passado.  Hoje, a marca está entre as líderes de mercado de iogurtes da Região Sul, e recebendo 131,5 milhões de litros de leite anualmente.  A cooperativa possui 17 unidades de supermercados e agropecuárias. (Assessoria de Imprensa Piá)

Produtores de leite de Cruzaltense garantem resultados pela profissionalização
 

Produção/RS - Numa propriedade, uma família garante uma sobra de até R$ 0,75 por litro de leite que produz e na outra, a família conseguiu um patrimônio de mais de R$ 700 mil só com a produção de leite.  

O segredo está na profissionalização das pessoas que trabalham na atividade e na escolha da estratégia certa para produzir com custos baixos e numa escala que garanta uma média de rentabilidade para evitar cair no vermelho. Na comunidade de Nossa Senhora de Lourdes, o agricultor Neri Bampi e a esposa produzem sete mil litros de leite por mês com 14 animais em lactação. Na propriedade são 27 animais no total e a própria família cria as novilhas. Atualmente a família recebe R$ 1,27 por litro e garante um lucro de quase 60%, ou seja, o custo de produção e o frete representam menos que a metade do eu recebem. Isso acontece porque a família produz leite exclusivamente à pasto. A única alimentação adicional vem da silagem de milho plantada em três hectares da propriedade. A silagem garante alimento quando a pastagem não dá conta. "Para quem tem pouca terra como nós, o leite é um excelente negócio. Para produzir grãos e ter a mesma renda, teríamos que ter mais terra", raciocina Neri. Ele tem auxílio da prefeitura de Cruzaltense para fazer a silagem.  A Secretaria da Agricultura fornece as máquinas a preço subsidiado para os produtores de leite. "É uma boa ajuda, principalmente porque falta mão de obra na agricultura. Quando vem a máquina também vem junto o operador", avalia o agricultor.

Na propriedade de Ildo Schmidt, os únicos insumos que vem de fora são o sal mineral e o farelo de soja, componentes da ração que a própria família produz. A fábrica de rações foi o último investimento, com o objetivo de dar autonomia para a atividade. A aveia, cevada e o milho vem da propriedade, assim como a silagem. Desta forma o custo de produção da família Schmidt é mais alto: chega a 62%, mas o que perde no custo, a família ganha na escala. Com 32 vacas produzindo a propriedade garante uma média de 850 a 1.000 litros de leite por dia, confirmando a projeção feita há oito anos.

Outra característica da propriedade é o manejo. Todos os piquetes tem água e árvores que foram plantadas para garantir sombra para o rebanho, porque Schmidt considera que o bem estar dos animais vem em primeiro lugar. O planejamento e o controle financeiro são outra característica marcante do produtor. Ele tem o controle de todos os custos, todas as metas e todas as necessidades de investimento, que são feitas de forma escalonada. Primeiro, a família comprou as ordenhadeiras, depois, investiu em irrigação de pastagens, em seguida foram instalados os silos e agora, a fábrica de rações. Sei Ildo calcula que a estrutura instalada dobrou o valor da propriedade. "100% do resultado que nós atingimos vem da gestão, nós fazemos todos os cursos que estão disponíveis, aprendemos a calcular a expectativa de retorno, os investimentos necessários e cruzando estas informações chegamos à conclusão de que a atividade é viável, por isso investimos e trabalhamos com segurança", diz o agricultor. Ele calcula que em média a produção de leite rende quatro vezes mais do que a produção de soja, mas em anos de baixa valorização do cereal, chega a ser sete vezes mais rentável.   

O secretário de agricultura do município, Moacir Rochemback, destaca o profissionalismo das duas famílias. "Eles atendem a todas as normas de sanidade e higiene, estão prontos para os novos desafios que a indústria e a legislação impõem, ou seja, são profissionais na sua atividade". Ildo Schmidt já visualiza um incremento de 25% na produção, a partir da análise feita pelo instrutor do último curso que ele participou e a projeção da Emater, que acompanha a atividade leiteira no município. Bampi, que sempre produziu leite, pretende manter a produção como principal atividade da propriedade. (Jornal Bom Dia)

CEPEA: com retorno das chuvas e lenta recuperação econômica, preço do leite recua

O preço do leite entregue em setembro e recebido pelo produtor em outubro registrou queda pelo segundo mês consecutivo. Segundo pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, a "Média Brasil" líquida¹ de outubro foi de R$ 1,4401/litro, recuo de 3 centavos ou de 2,4% em relação ao mês anterior. Ainda assim, a média de outubro ficou 37,6% acima da do mesmo mês de 2017. No acumulado de janeiro a outubro, o preço ao produtor registra alta de 39,3%, em termos reais².

A diminuição das cotações em outubro continuou atrelada ao consumo enfraquecido de lácteos, que, por sua vez, esteve associado à lenta recuperação econômica e aos elevados patamares de preços. Segundo agentes consultados pelo Cepea, indústrias e atacados ainda precisam praticar promoções para assegurar liquidez.

O leite UHT negociado entre indústria e mercado atacadista do estado de São Paulo se desvalorizou 4% entre setembro e outubro (a média deste mês considera até o dia 29). Apesar das vendas fracas, colaboradores relatam que os estoques estão baixos, o que limitou o movimento de queda neste mês - vale lembrar que, de agosto para setembro, o recuo foi de 6,6%.

Além disso, com o retorno das chuvas, a disponibilidade de pastagens se elevou e favoreceu a produção em muitas bacias leiteiras - o que também pressionou as cotações no campo. Apesar do crescimento do volume disponível, a oferta ainda segue enxuta, sem excedentes consideráveis para "inundar" o mercado. Por esse motivo, a competição entre as indústrias de laticínios impediu quedas mais intensas de preços neste mês. O Índice de Captação Leiteira do Cepea (ICAP-L) registrou alta de 2,8% na "Média Brasil". Ressalta-se, contudo, que o aumento da captação para algumas empresas apenas refletiu o maior poder de mercado.

1 - A "Média Brasil" considera os estados de BA, GO, MG, SP, PR, SC e RS. Os preços líquidos não incluem frete e impostos.
2 - Os dados desta análise estão deflacionados pelo IPCA de setembro.

E o que esperar daqui para frente?
Para agentes do setor, a perspectiva é de que o movimento de desvalorização continue nos próximos meses. O aumento da oferta deve pesar mais no processo de formação de preços já em novembro (captação de outubro), com a consolidação do período de chuvas e melhoria das pastagens. Assim, colaboradores do Cepea esperam maior intensidade na queda das cotações para novembro e dezembro, podendo chegar aos patamares registrados em 2016, em termos reais.

Tabela 1. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquido) em outubro/18 referentes ao leite entregue em setembro/18 nos estados que compõem a "Média Brasil". Fonte: Cepea-Esalq/USP. Nota: em janeiro de 2017, o CESSR (ex-Funrural) foi reajustado para 1,5%.


 
Tabela 2. Preços pagos pelos laticínios (brutos) e recebidos pelos produtores (líquido) em outubro/18 referentes ao leite entregue em setembro/18 nos estados que não estão incluídos na "Média Brasil" - RJ, MS, ES e CE. Fonte: Cepea-Esalq/USP. Nota: em janeiro de 2017, o CESSR (ex-Funrural) foi reajustado para 1,5%. (Por Natália Grigol, do CEPEA/ESALQ-USP)
 

 

Aumento da produtividade na cadeia do leite
Produtividade - Alimentação balanceada para produzir mais leite. As 40 vacas aumentaram de 750 para 1.100 litros por dia. Vídeo (Negócios da Terra)

Porto Alegre, 29 de outubro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.848

Preço garantido da FrieslandCampina - novembro de 2018

FrieslandCampina - O preço garantido do leite cru da FrieslandCampina para o mês de novembro de 2018 é de € 37,25/100 kg de leite, [R$ 1,60/litro]. Representou queda de € 0,75 em relação ao mês anterior que foi de € 38/100 quilos de leite, [R$ 1,63/litro]. 

Convertido em reais, o preço da FrielsandCampina caiu R$ 0,15/litro em decorrência de variações cambiais. A redução do preço de novembro foi decorrente da pressão sobre as cotações dos lácteos, ainda que esteja incluída uma correção de € 0,27 correspondente a estimativas feitas a menor no preço do leite em meses recentes. O valor é 12% menor do que o preço garantido em novembro de 2017.

O preço garantido é aplicado a 100 quilos de leite que contenha 3,47% de proteína, 4,41% de matéria gorda e 4,51% de lactose, sem o imposto de valor agregado (IVA). O preço é garantido a produtores que entreguem acima de 800.000 quilos de leite por ano. Até 2016 o volume era de 600.000 quilos. A alteração do volume base de bonificação e o esquema da sazonalidade foi, então, descontinuado, iniciando novos parâmetros em 2017. (FrieslandCampina - Tradução livre: Terra Viva)

COM A FORÇA dos robôs

Robotização na produção de leite reduz dependência de mão de obra na ordenha e melhora condições de trabalho nas propriedades.

Geralmente associado à ordenha, o uso de robôs nas propriedades de leite fornece um arsenal de informações que ajuda o produtor a gerenciar a propriedade. Os dados servem, por exemplo, para o aprimoramento genético. Como o sistema gera relatórios em tempo real e armazena o histórico de produção, é possível identificar quais são os animais com melhores resultados e até qual é o momento mais adequado para a reprodução.

A tecnologia permite ainda detectar problemas de saúde e controlar melhor a alimentação. Isso porque a ração é fornecida pelo próprio robô, que libera alimento no momento da ordenha e de acordo com o rendimento da vaca, estimulando a produtividade.

Esses ganhos podem abrir oportunidades para a indústria, com maior qualidade dos produtos. O resultado, porém, deve ser sentido a longo prazo pelo consumidor, segundo Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat-RS):

- No Rio Grande do Sul, há espaço para melhoramento genético. E, trazendo o robô para as propriedades, é possível aumentar o índice de sólidos no leite, o que gera uma conversão industrial maior em alguns produtos, como queijos.

ANIMAIS MAIS SAUDÁVEIS E PRODUTIVIDADE MAIOR
Matéria-prima dos queijos finos, o leite produzido por meio da ordenha robotizada na Granja Cichelero já resultou em ganhos nos sólidos, com incremento de gordura e proteína. Os R$ 1,4 milhão investidos na aquisição de dois robôs de ordenha e em melhorias estruturais também diminuíram a necessidade de mão de obra na empresa de Carlos Barbosa, na Serra.

- Conseguimos aumentar em 5% a produtividade do rebanho, mas o principal incremento é na qualidade do leite. Reduzimos em 60% a contagem de células somáticas desde que implantamos robôs (quanto menos células, mais saudável está o animal) - afirma o produtor Daniel Cichelero.

Escala de produção das cooperativas ajuda a disseminar tecnologia
As cooperativas devem ter papel importante na disseminação dos robôs de ordenha. Isso porque o investimento é alto e necessita de escala de produção para gerar retorno. O valor para adotar a tecnologia pode passar de R$ 1 milhão, incluindo reforma e custo do robô, que sozinho, fica a partir de R$ 600 mil.

Nos últimos anos, a Dália Alimentos investiu na estruturação de quatro granjas equipadas com três máquinas cada. Os chamados condomínios leiteiros estão em Arroio do Meio, Candelária, Nova Bréscia e Roca Sales e envolvem mais de 50 famílias associadas.

- Cada condomínio tem em torno de 210 vacas, atingindo produção de 6,3 mil litros por dia - destaca Igor Weingartner, gerente da divisão de produção agropecuária da Dália.

Já a Santa Clara, de Carlos Barbosa, foi a primeira cooperativa a ter um produtor com ordenha robotizada. Ezequiel Nólio segue como único que produz com a ajuda de robôs, mas outros associados pretendem adotar a tecnologia.

- É um caminho sem volta porque melhora a vida do produtor e ajuda a manter a atividade nas propriedades - afirma Maurício Bonafé, gerente do departamento de política leiteira da Santa Clara.

PROCESSO MAIS EFICIENTE SEM INTERFERÊNCIA HUMANA
Cheias de leite no úbere, as vacas se aproximam sozinhas da sala de ordenha. Assim que um animal se acomoda dentro da estrutura, um braço robótico começa a atuar. Em questão de segundos, a máquina encaixa as teteiras, por onde passará o leite com destino ao tanque resfriador. Todo o processo ocorre sem interferência humana. Há três anos, essa cena ocorre durante 24 horas por dia no Tambo Nólio, em Paraí. Aos poucos, a situação começa a se tornar comum também em outras localidades do Rio Grande do Sul.

A família Nólio foi pioneira na robotização da ordenha no Estado. Em 2015, o produtor Ezequiel Nólio e seus pais investiram mais de R$ 900 mil na aquisição de um robô e em melhorias estruturais para a adaptação ao sistema. Foi instalado um software, que gera relatórios em tempo real sobre a produtividade e a saúde dos animais. A opção pela tecnologia mudou radicalmente a rotina na produção.

- A prioridade não é mais fazer a ordenha, mas sim tomar decisões em cima dos dados gerados pela própria máquina. Hoje, dá para gerir melhor a propriedade e decidir, por exemplo, qual vaca fica e qual é descartada - relata Ezequiel Nólio, responsável por gerenciar o tambo.

O produtor salienta que o único arrependimento foi não ter adotado a tecnologia há mais tempo. Ele aponta como maior vantagem a melhora na qualidade de vida. Hoje, não precisa acordar às 5h para ordenhar as vacas, que agora "escolhem" o horário que desejam fornecer leite. O produtor trabalha pela manhã e tem as tardes livres. Além disso, não é mais necessária mão de obra na ordenha, que antes ocupava três funcionários.

No local, as mais de 60 vacas do rebanho geram em torno de 2,3 mil litros de leite por dia, que são entregues à cooperativa Santa Clara. Antes do robô, era produzida a mesma quantidade da bebida, mas a partir de 80 animais.

A adoção do sistema fez o Tambo Nólio virar atração turística em Paraí. Por mês, em torno de 500 pessoas, entre estudantes, pecuaristas e profissionais de diferentes áreas, vão conhecer de perto como opera o robô na ordenha. 

Cenário econômico impede maior expansão
Plantel de gado leiteiro com maior produtividade do país, o Rio Grande do Sul também é líder na robotização da ordenha. Em solo gaúcho, a tecnologia começou a ser utilizada em 2015 e hoje está presente em 16 propriedades. Essa expansão poderia ter sido mais rápida, não fosse a crise enfrentada pelo setor leiteiro, sobretudo no ano passado, com a queda da remuneração dos profissionais da atividade.

Mais recentemente, outro fator se tornou obstáculo para o avanço do sistema: a desvalorização do real frente ao dólar e ao euro. Atualmente, três fabricantes atuam no país e importam os equipamentos de Alemanha, Holanda e Suécia. E, por isso, o preço no mercado nacional acaba acompanhando a oscilação do câmbio.

- A crise no setor e a alta do dólar impactaram um pouco a procura pelos robôs, mas vemos tendência de aumento da robotização - aposta Valdair Kliks, representante comercial da holandesa Lely no Brasil.

Como o investimento é significativo, empresas começam a oferecer aluguel do equipamento. É o caso da sueca DeLaval, que já tem boa parte da demanda vinda desta modalidade.

- O custo do aluguel sai em torno de R$ 5,5 mil mensais, e a procura está muito forte. Devemos instalar 33 robôs até o final do ano, a maioria por aluguel - menciona Márcio Gato, gerente comercial da DeLaval no Rio Grande do Sul.

Custos à parte, a adoção dos equipamentos de ordenha passa pela melhora na qualidade de vida do produtor, que não precisa mais madrugar para tirar leite, e pela redução da necessidade de funcionários.

- O robô permite a flexibilização de horários. No modelo tradicional, o produtor fica preso sete dias da semana - compara Pedro Hepp, representante comercial da alemã GEA.

SISTEMA AJUDA NO BEM-ESTAR ANIMAL
Com o robô, os animais são ordenhados três vezes ou mais ao dia. Segundo criadores que já adotaram o sistema, a ordenha realizada em diferentes períodos melhora o bem-estar dos animais e diminui problemas de saúde, como a mastite (inflamação das glândulas mamárias).
No Rio Grande do Sul, o sistema está presente em 14 municípios, sendo sete na Serra. Apesar do avanço do modelo, a tecnologia é restrita a um grupo pequeno de produtores, em razão do custo do investimento.

Jaime Ries, assistente técnico da Emater-RS, avalia que é preciso alta produção ao dia - em torno de 2 mil litros de leite - para justificar o valor aplicado na tecnologia.
O Estado conta com cerca de 65 mil produtores de leite, mas no máximo mil teriam potencial para automatizar a ordenha, reforça o presidente da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios (AGL), Ernesto Krug. Mesmo assim, ele explica que a adoção do sistema é tendência mundial por ser mais eficiente do que a mão de obra humana e gerar ganhos de rendimento:

- Com o robô, a vaca vai à sala no horário que prefere, o que aumenta o conforto do animal e gera incremento médio de 10% na produtividade - avalia.

O dirigente destaca que a robotização é vantajosa para propriedades com mais de 60 animais e que adotam o sistema de confinamento. Mas ressalta a necessidade de análise individual para saber se o investimento efetivamente compensa. (Zero Hora)

Pecuária leiteira: revolução tecnológica acontece agora
Revolução tecnológica - "Essa revolução está acontecendo silenciosamente no Brasil. Nós conseguimos juntar as empresas de tecnologias de informação, as chamadas chics, juntar 25 universidades com a Embrapa e todas as entidades que apoiam o setor produtivo vinculado ao leite. Isso criou um ecossistema fundamental para que jovens descubram que é possível ganhar dinheiro criando soluções e fazendo com que o leite esteja no ambiente digital, no smartphone. O que não cabe no celular não cabe mais no mundo. Temos o ideas for milk, que já levamos para o Vale do Silício, para mostrar o que o Brasil está fazendo. Temos hoje startups, jovens de 22 anos, que estão vendendo tecnologia para empresas no exterior e aqui também. Tem uma coisa silenciosa que está acontecendo, muito forte, que está vindo com o leite e vai fazer com que tenhamos outra perspectiva: produção de leite com eficiência, inteligência, custo de produção menor e qualidade melhor. Isso não é para daqui a uns anos. Já está acontecendo. As empresas estão acordando e descobrindo que não é preciso vender só produto e sim serviço. Leite exige muita tomada de decisão no dia a dia. Facilita a vida do produtor e a vida do consumidor, que terá produto mais barato e melhor. Semana passada tivemos oportunidade de apresentar projeto pro BNDES que envolve empresas que produzem robôs. Pelo menos três já estão atuando. Envolve as startups, sensores na vaca que medem temperatura e sinalizam o cio dos animais". (Compre Rural
)