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Porto Alegre, 23 de novembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.865

Conseleite SC 
 
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 22 de Novembro de 2018 na cidade de Chapecó, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Outubro de 2018 e a projeção dos preços de referência para o mês de Novembro de 2018. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina. (FAESC)
 
 
 
LEITE EM METRO
 
Leticia Szczesy / Jardine Comunicação
 

Não basta produzir leite. É preciso saber apreciar o alimento. Com essa máxima, o 7º Fórum Itinerante do Leite substituiu o tradicional chope e realizou a competição do leite em metro. Josué Teston acabou levando a melhor. O competidor, que trabalha na Fundação Agrícola de Teutônia, contou o segredo para vencer a competição:

- A calma. Na primeira vez, foi rápido demais, daí derramou.

A prova foi um momento de descontração do evento que reuniu cerca de 600 pessoas no Ginásio da Sociedade Esportiva e Recreativa Gaúcho, em Teutônia. Assuntos como gestão, tecnologia, sanidade e rentabilidade estiveram em foco nas palestras e nas quatro oficinas.

A preocupação com a queda nos preços pagos ao produtor também ficou evidenciada na rodada de debates. Mas as alternativas para driblar a sazonalidade existem. Para comprovar que a proposta desenvolvida em Fagundes Varela, na Serra, onde um aplicativo tem ajudado na gestão das propriedades, deu certo, a produtora Ivânia Linda foi chamada a dar um depoimento:

- A gente não tem de pensar só em quantidade e, sim, em qualidade. E planejar. Temos de evoluir com o uso da tecnologia. (Zero Hora)

Estado oferece parcelamento e desconto em dívidas de ICMS

Diante do acúmulo de contas no fim de ano, o governo do Estado decidiu recorrer novamente à renegociação de dívidas de ICMS. Com o Programa Especial de Quitação e Parcelamento (Refaz) lançado ontem, o Piratini espera arrecadar R$ 500 milhões ainda em 2018.

Mesmo se cumprido, o montante será insuficiente para saldar os compromissos financeiros. O valor equivale a um terço da folha de pagamento do funcionalismo - somente para quitar os salários de outubro, o governo ainda precisa de R$ 300 milhões.

Publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) ontem, o Refaz já está valendo. O maior desconto será para as empresas que paguem seus débitos até 26 de dezembro. Para as companhias enquadradas no Simples Nacional, o abatimento será de 40% nos juros e de 100% nas multas. Para as demais, a dedução nos juros também será de 40%. Porém, a redução nas multas ficará entre 50% e 85% - quanto menor o número de parcelas, maior o desconto.

Podem aderir ao programa os devedores de ICMS com vencimento até 30 de abril deste ano. De acordo com a Receita estadual, as dívidas de empresas em atividade são de R$ 21,91 bilhões. Fica de fora quem ingressou no programa de troca de débitos por precatórios (Compensa-RS). (Zero Hora) 

 

Evento tem data marcada

A Associação de Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), a Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) e a Federação Brasileira das Associações 
de Criadores de Animais de Raça (Febrac) decidiram, em reunião realizada ontem, que a próxima Expoleite/Fenasul ocorrerá de 15 a 19 de maio de 2019, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. O presidente da Gadolando, Marcos Tang, disse que os criadores possuem identificação com a exposição. "É uma feira de outono mais curta e se consegue trazer os animais em maior número", destacou. 

Para o presidente da Febrac, Leonardo Lamachia, a feira é de grande importância para todos os criadores de gado leiteiro. "Vamos fazer uma feira envolvendo outras raças de equinos e bovinos. A definição da data com esta antecedência vai nos proporcionar a mobilizar o maior número de associações possível", observou. Entre as atividades que deverão ser confirmadas na Expoleite/Fenasul estão a Feira de Terneiros da Farsul e uma Classificatória Aberta ao Freio de Ouro, no Complexo do Cavalo Crioulo. (Correio do Povo)

Nova invenção promete detectar doenças em rebanho por meio de sensor

Pesquisadores irlandeses desenvolveram um novo sensor de testes em animais que pode detectar doenças em bovinos e permitir que pecuaristas e veterinários isolem um animal afetado antes que a infecção possa se espalhar para o resto do rebanho. Segundo artigo publicado no site Ireland Farmer, o sensor é do tamanho de uma moeda e pode ser preenchido com vários soros de detecção de doenças que podem  ser diagnosticadas no local uma infecção. A velocidade do sensor poderia acabar com o tempo de espera de uma semana entre o diagnóstico por um veterinário de um problema na fazenda e a obtenção dos resultados dos testes dos laboratórios.  A tecnologia portátil "transformará veterinários em laboratórios ambulantes", de acordo com o químico analítico líder do projeto, Alan O'Riordan.

O cientista disse à publicação que o desenvolvimento era parte da iniciativa geral de "digitalizar a agricultura" e reduzir drasticamente os tempos de resposta a problemas de doenças na fazenda. O sensor foi usado com sucesso para detectar condições como diarreia viral bovina e Rinotraqueíte Infecciosa Bovina (IBR) e está sendo testado para verificação de fasciolose.

Na pesquisa secundária, o dispositivo foi usado para testar fungos e bactérias em cevada e sementes de batata. Há esperanças de que ele possa eventualmente ser usado para identificar a poluição em cursos de água. O sensor já foi patenteado na Irlanda, Europa e Estados Unidos, e O'Riordan espera que o produto seja lançado no mercado até o final de 2019.

"Até agora, o sensor mostrou resultados bem-sucedidos na detecção de doenças em bovinos, principalmente no setor lácteo, e acelerou a maneira como lidamos com esses surtos de infecção", disse. Embora o programa de testes tenha sido principalmente em rebanhos leiteiros, o dispositivo pode ser usado para identificar todos os tipos de doenças e infecções com bovinos em geral e com ovelhas. (Canal Rural)

ANTT atualiza tabela do frete
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou no Diário Oficial da União (DOU) os novos preços para o frete, com redução que varia de 1,2% a 5,32%. A alteração ocorreu por conta do disposto que instituiu a política nacional de pisos mínimos para o transporte rodoviário de cargas. A lei determina que a tabela seja reajustada sempre que preço do óleo diesel tenha oscilação superior a 10%. De acordo com os novos valores, o preço mínimo do frete para carga geral caiu de R$ 2,16 para R$ 2,11 até cem quilômetros, considerando um caminhão com três eixos. A mudança se deu por causa de variação no preço do óleo diesel no fim de outubro. Ontem, 75 entidades enviaram ao presidente eleito Jair Bolsonaro carta aberta contra o tabelamento, instaurado pelo governo de Michel Temer após a paralisação dos caminhoneiros em maio. Segundo elas, a medida pode trazer de volta "fantasma" do tabelamento, usado na década de 1980. (Zero Hora)

 

 

Porto Alegre, 21 de novembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.863

Conseleite PR
 
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 20 de novembro de 2018 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em outubro de 2018 e a projeção dos valores de referência para o mês de novembro de 2018, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. (Faep)
 

Maior oferta e demanda enfraquecida pressionam cotações

Derivados lácteos - A oferta ainda elevada da matéria-prima e a fraca demanda por derivados lácteos mantiveram a pressão sobre os valores pelo terceiro mês consecutivo no atacado do estado de São Paulo. A média de preço do leite UHT em outubro foi de R$ 2,4746/litro, 5,03% abaixo da de setembro/18, mas 17,07% superior à de outubro/17.

Colaboradores do Cepea relataram que as chuvas elevaram a oferta de leite, resultando na queda dos preços e na desaceleração da produção de alguns laticínios para evitar o crescimento de estoque. Em relação ao queijo muçarela, a média fechou em R$ 18,33/kg em outubro, aumento de 0,50% na comparação com setembro/18 e de 24,84% frente a outubro/17. Para novembro, as expectativas ainda são de preços enfraquecidos. Com base nas duas primeiras semanas do mês, os preços do leite UHT diminuíram 12% na comparação com outubro/18, fechando em R$ 2,1910/ litros. Para o queijo muçarela, a redução foi de 2,5% na mesma comparação, fechando em R$ 17,95/kg. Essa pesquisa diária de preços tem o apoio financeiro da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras). (Cepea)

 
 

Alta nas importações aumenta o déficit da balança comercial

Importação de lácteos - Após dois meses consecutivos em queda, as importações brasileiras de leite em equivalente leite aumentaram 64,8% de setembro para outubro, somando 154 milhões de litros e gerando receita de US$ 57 milhões, conforme dados da Secex.

Frente ao mesmo período de 2017, as compras externas de produtos lácteos cresceram 114,2%. O principal derivado lácteo importado foi o leite em pó, totalizando 127 milhões de litros em equivalente leite. A Argentina liderou as vendas ao Brasil, com 76 milhões de litros em equivalente leite e participação de 60% no total importado pelo País. O preço médio do leite em pó importado da Argentina em outubro foi de US$ 2,82/kg, estável frente ao de setembro. No Brasil, o valor médio do leite em pó, calculado pelo Cepea, ficou em US$ 4,67/kg em outubro. Já o preço médio do produto brasileiro exportado foi de US$ 3,95/kg, valores superiores aos pagos pela Argentina. Apesar do recuo de 12,8% frente ao volume adquirido em setembro, o queijo foi o segundo produto mais importado pelo Brasil em outubro, somando 25 mil litros em equivalente leite. A participação do queijo nas aquisições totais de derivados em outubro foi de 16,2%. A Argentina também foi a principal vendedora do produto, com participação de 68,6% nas importações brasileiras, que somaram 17 milhões de litros em equivalente leite. As exportações brasileiras de leite em equivalente leite, por sua vez, recuaram 48,7% em relação ao mês de setembro, registrando 5 milhões de litros em volume e US$ 4 milhões em receita. Em relação a outubro de 2017, os embarques de produtos lácteos diminuíram 27,8%. O queijo continua sendo o derivado mais exportado pelo Brasil, com 48,7% de participação no total das vendas ao mercado externo, o que corresponde a 2 milhões de litros em equivalente leite. 

A Rússia ocupa o primeiro lugar nas compras do queijo brasileiro, com participação de 28,2% no total, ou 703 mil litros em equivalente lente. O segundo derivado brasileiro mais demandado pelo mercado internacional foi o leite condensado, com 33% de participação no total exportado pelo País em outubro, ou 1 milhão de litros em equivalente leite. Assim, o déficit da balança comercial aumentou 55% de setembro para outubro, fechando com saldo negativo de US$ 53,5 milhões. Em volume, o déficit foi de 149 milhões de litros em equivalente leite em outubro, 78,2% maior que o de setembro. (Cepea) 
 

 

NZ: preços ao produtor devem cair mais, dizem analistas

A cooperativa neozelandesa Fonterra está prevendo um preço final do leite ao produtor entre NZ$ 6,25 (US$ 4,27) e NZ$ 6,50 (US$ 4,44) por quilo de sólidos do leite, o que equivale a NZ$ 0,52 (US$ 0,35) a NZ$ 0,54 (US$ 0,37) por quilo de leite, quando a estação terminar no ano que vem. Isso é uma redução com relação às previsões anteriores, disse Mark Lister, que dirige a pesquisa privada para a Craigs Investment Partners. Ele disse que há uma pressão crescente sobre o setor, principalmente devido aos preços mais baixos dos produtos lácteos em todo o mundo. "Já vimos derrapagens nos resultados do leilão global de lácteos. Isso se deve em parte à maior oferta de produtos lácteos provenientes de muitas partes do mundo. Em segundo lugar, o dólar da Nova Zelândia está muito forte".

Os números colocam o dólar neozelandês mais baixo do que no início do ano, mas ainda assim 4 centavos acima do nível do início de outubro, quando medidos em relação ao dólar norte-americano. Esse dólar mais alto encareceu as exportações da Nova Zelândia. Lister explicou que esses dois fatores tornariam mais difícil para a Fonterra sustentar suas últimas previsões. Embora não tenha declarado uma previsão formal, para ele uma previsão de NZ$ 6 (US$ 4,10) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,50 (US$ 0,34) por quilo de leite] seria um número mais realista. "Isso pode ser menor do que as pessoas esperam nos últimos seis meses, mas ainda não é tão ruim em relação à história."

Outro analista, Mark Brunel, da OMF, fez uma previsão ainda mais baixa de NZ$ 5,80 (US$ 3,96) por quilo de sólidos do leite [NZ$ 0,48 (US$ 0,32) por quilo de leite]. Ele observou que o volume de produção mundial pressionaria os preços para baixo, com a produção da indústria da Nova Zelândia subindo 6% e a produção americana 1% no ano. (As informações são da Radio New Zealand, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Alta do dólar encarece adubo e eleva custos em outubro
Custo de produção - As valorizações de 6,46% dos adubos e corretivos e também de 3,3% dos combustíveis em outubro elevaram os custos de produção da pecuária leiteira no mês. Na "média Brasil" (BA, GO, MG, PR, RS, SC e SP), o Custo Operacional Efetivo (COE), que considera os gastos correntes das propriedades, registrou alta de 0,82% em outubro. No acumulado de 2018, os custos já subiram 8,66%, muito próximo ao IGP-DI que, de janeiro a outubro, subiu 8,82%. Entre os estados acompanhados pelo Cepea, a maior alta no COE em outubro, de 1,5%, foi observada em Minas Gerais, seguido por São Paulo e Rio Grande do Sul, com elevações de 0,82% e de 0,66%, respectivamente. Goiás foi o único estado que teve recuo no COE no mês, de 0,93% - neste caso, a baixa esteve atrelada à desvalorização de 2,9% do concentrado. As altas nos preços dos adubos e corretivos, por sua vez, se devem à valorização do dólar em setembro - vale lembrar que esses insumos têm parte da matéria-prima importada. Em outubro, o dólar teve média de R$ 3,76, mas, em setembro, atingiu R$ 4,11, devido ao período eleitoral brasileiro. Quanto ao combustível, a Petrobras subiu em 2,8% o preço do diesel em outubro - contexto que também elevou os valores dos fretes. ALIMENTAÇÃO - A alta desses grupos de insumos impacta diretamente nos custos com a implantação e reforma de pastagens e também nos gastos envolvendo o cultivo das lavouras de milho para silagem, que será fornecida em 2019. Nesse cenário de custos de alimentação mais elevados, cabe ao produtor se planejar. Por enquanto, em outubro, o concentrado permaneceu praticamente estável (ligeira alta de 0,13%) na "média Brasil". (Cepea)
 

 

Porto Alegre, 20 de novembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.862

Indústrias mobilizadas para o 7º Fórum Itinerante do Leite

As indústrias gaúchas de leite estão mobilizadas para participar, nesta quinta-feira (22/11), do 7º Fórum Itinerante do Leite, que será realizado a partir das 8h30min no Ginásio da Sociedade Esportiva e Recreativa (SER) Gaúcho, em Teutônia (RS).  A programação do evento e a necessidade de unir produtores e indústrias em prol do desenvolvimento da cadeia foi tema da reunião de associados do Sindilat realizada na tarde de hoje (20/11), em Porto Alegre. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, informou que o evento debaterá novas ferramentas tecnológicas que auxiliam na gestão e rentabilidade das propriedades leiteiras. Também haverá oficinas sobre eficiência energética, balanceamento de dietas para vacas leiteiras e controle de doenças reprodutivas. "Esperamos que a programação atenda à necessidade da região porque foi construída a partir das demandas das empresas e dos produtores locais".  O evento será transmitido ao vivo pelo Facebook. 

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, salientou a importância do Fórum Itinerante do Leite como um encontro para debater as melhorias e desenvolvimento do produtor e da indústria. "Precisamos mobilizar as equipes técnicas das empresas para entrar no debate", conclamou. O 7ª Fórum Itinerante do Leite é uma promoção do Sindilat, Secretaria da Agricultura, Ministério da Agricultura, Emater, Fundesa, Fetag, Farsul e Colégio Teutônia e tem o patrocínio do BRDE. Em paralelo, ocorrerá o Fórum Tecnológico do Leite, evento do Colégio Teutônia com a participação da Emater, Fetag e as cooperativas Languiru, Certel e Sicredi.

Durante a reunião desta terça-feira, Palharini ainda relatou recente visita técnica realizada à Embrapa Gado Leiteiro, em Juiz de Fora (MG), onde conferiu as inovações e projetos de pesquisa, como o uso de novos equipamentos e controle do carrapato. Palharini disse que alinhou com o diretor da Embrapa, Paulo Martins, para que seja feita apresentação das ações da entidade para as indústrias gaúchas em evento técnico que será realizado pelo Sindilat, em Porto Alegre (RS), no dia 12 de dezembro, no Hotel Plaza São Rafael. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 


FOTO: Carolina Jardine
 
 

Leite chega a R$ 1,09 no Rio Grande do Sul

O valor de referência do leite no Rio Grande do Sul em novembro ficou em R$ 1,0920, o que representa queda de 5,44% em relação ao valor consolidado do mês de outubro (R$ 1,1548). Os dados foram divulgados na reunião do Conseleite, realizada na sede da Fecoagro, em Porto Alegre (RS). Segundo o professor da UPF, Eduardo Finamore, a redução reflete baixa dos preços de diversos derivados, principalmente do leite condensado (-11,84%) e do leite UHT (-9,66%). A diminuição só não foi maior devido ao leite em pó, que teve redução de apenas 0,38%. Apesar de estarem em queda, ressalta ele, os valores nominais obtidos em 2018 para os principais produtos do mix (leite UHT, leite em pó, requeijão, queijo prato e iogurte, por exemplo) são os maiores da série histórica do Conseleite, que compara valores desde 2006. "Considerando a correção da inflação, o preço de referência no acumulado de 2018 está 14,39% maior do que o praticado no mesmo período de 2017", complementa Finamore.

Apesar da tendência de queda, explica o economista, a questão essencial é qual será o ponto de inflexão da curva do leite uma vez que os próximos meses são, tradicionalmente, de queda de consumo em função do período de férias. O presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, alertou que, no campo, os produtores estão sentindo queda maior do que os números indicados pelo Conseleite. "Essa instabilidade é terrível para o produtor e para a indústria. Como o produtor vai investir para motivar e deixar a juventude no campo desse jeito?", questionou.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, argumenta que é preciso entender que o setor industrial está pressionado pelo varejo e que os preços estão todos em queda. "O setor precisa ganhar competitividade, mas a indústria não tem como absolver a redução sem reportar parte dela ao produtor. É a regra do mercado".  (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

Foto: Carolina Jardine
 
 
GDT 
 
Fonte (GTD) 
 

Setor de lácteos é nova "vaca leiteira" da economia indiana

Na recém-concluída sessão anual da World Dairy Summit da International Dairy Federation na cênica cidade de Daejeon, na Coreia do Sul, a Índia foi o destaque do mundo. De um mercado em grande parte cativo - apesar de ser o maior produtor de leite do mundo - o país está emergindo como um grande exportador agora, com a produção devendo superar o consumo doméstico em breve. Cheio de orgulho evidente, o representante da Índia na conferência RS Sodhi, diretor-gerente da Federação de Marketing de Leite Cooperativa Gujarat (GCMMF) - a cooperativa mais conhecida pelo nome Amul -, disse que o crescimento da produção de leite na Índia da década, indexado a 4,8% CAGR, é o dobro da produção mundial de leite, que está crescendo a 1,8% CAGR. "Nos últimos cinco anos, isso melhorou ainda mais, para 5,4% CAGR "contou.

Embora a produção mundial de leite em 2017 tenha sido de 849 milhões de toneladas ou 2,32 bilhões de litros por dia, a Índia sozinha representou quase 20% disso, com 174 milhões de toneladas, seguida pelos EUA com 97,7 milhões de toneladas. Indo adiante, a produção de leite da Índia deverá superar a produção global e crescer para 185 milhões de toneladas por ano e ultrapassar a UE para emergir como o maior produtor de lácteos até 2020. O leite, informa Sodhi, "é o produto agrícola mais importante da Índia em termos de valor; é avaliado em cerca de Rs 6,5 lakh crore (US$ 89,26 bilhões), que é mais do que o valor total de arroz e trigo juntos. Além de estar contribuindo com cerca de 26% para o total do PIB agrícola". Ele acrescenta que, nos próximos cinco anos, "enquanto o volume adicional líquido projetado que será gerado por todos os países produtores de leite será de cerca de 25 milhões de toneladas por ano, a Índia adicionará volume adicional de 32 milhões de toneladas por ano".

Além disso, com quase todos os países vizinhos do Nepal a Bangladesh e Paquistão e até a China enfrentando o espectro da deficiência de leite, a Índia está pronta para colher dividendos enormes com o aumento da produção de leite, permitindo que ela se torne um grande exportador de leite em um futuro não tão distante. "Embora as exportações de lácteos da Índia tenham sido insignificantes até alguns anos atrás, dado que o país produz principalmente leite de búfala e que os produtos de valor agregado indiano são consideravelmente diferentes daqueles dos países desenvolvidos, a crescente deficiência nesses países abriu novas perspectivas. Também estamos investindo consideravelmente na criação de produtos de valor agregado mais em sincronia com os requisitos dos países desenvolvidos, o que contribuirá significativamente para nossas receitas de exportação", explicou Sodhi.

O que é mais significativo, no entanto, é o fato de que a indústria de lácteos deverá ultrapassar o setor de tecnologia da informação como o maior gerador de empregos. Na próxima década, o setor deverá gerar 20 milhões de empregos anualmente, afirma Sodhi. "Mas, embora o setor de TI seja em grande parte um gerador de empregos urbanos, os lácteos proporcionarão emprego nas áreas rurais", disse ele. Os cálculos indicam que 11.000 pessoas são empregadas em aquisições, processamento e embalagem de 100.000 litros de leite. E cerca de 60 milhões de famílias rurais na Índia dependem dos lácteos para subsistência e renda, mais de 70% dos quais são produtores pequenos e marginais e famílias sem terra.

Não é de admirar, então, que a indústria de lácteos esteja se expandindo exponencialmente, com o número de novos membros locais e regionais aumentando rapidamente. O fato de as grandes metrópoles possuírem de 30 a 100 marcas de produtos lácteos é um indicador claro de como o setor está sendo direcionado para a lucratividade pelo setor privado. "Porque é lucrativo, mais e mais pessoas estão levando para a produção leiteira,", disse Sodhi. O consumo doméstico está aumentando, em grande parte por melhorar a acessibilidade, mudar os hábitos alimentares graças ao aumento da saúde e à qualidade e ao aumento do consumo de produtos de valor agregado com uma disponibilidade de leite per capita de 370 gramas por pessoa, por dia - muito à frente da disponibilidade mundial de leite per capita de cerca de 260 g por pessoa, por dia.

Tanto os players nacionais quanto os internacionais estão entrando na indústria de lácteos, atraídos pelo tamanho e potencial do mercado indiano. O foco é em produtos de valor agregado, como queijo, iogurte, bebidas probióticas, etc. Produtos inovadores também estão sendo rotineiramente introduzidos, levando em conta as exigências específicas dos consumidores indianos, bem como do mercado de exportação. Esses players estão melhorando sua rede de aquisição de leite, o que está facilitando ainda mais o desenvolvimento da indústria de lácteos na Índia. Olhando para o futuro, espera-se que o mercado atinja um valor de Rs 18.599 bilhões (US$ 255,42 bilhões) até 2023, exibindo um CAGR de 15% durante 2018-23.

Um relatório recente da CRISIL prevê um crescimento 50% mais rápido no setor de produtos de valor agregado nos próximos anos, e sugere que tais produtos registrariam um crescimento anual de 14-15% nos próximos três anos fiscais. O relatório conclui que as receitas de produtos de valor agregado continuarão a se beneficiar do aumento da urbanização. O relatório, baseado em estudos de caso de 100 empresas de laticínios que juntas respondem por mais de 60% da receita do setor, também prevê um futuro saudável para o setor como um todo, com um crescimento constante nas vendas de leite. Embora a concorrência seja difícil, as empresas de grande porte, como a GCMMF, estão fazendo de tudo para garantir sua posição de liderança. "Nosso mantra é aumentar constantemente as aquisições, a capacidade de processamento, a rede de distribuição e a eficiência da cadeia de suprimentos", explica o diretor da GCMMF.

Hoje, 18 sindicatos membros de Gujarat, cobrindo todos os 33 distritos, estão comprando 21 milhões de kg de leite por dia, de 36 membros produtores de leite de mais de 18.600 cooperativas de laticínios de aldeias. GCMMF alcançou vendas de 29.225 crore (US$ 4 bilhões) durante 2017-18. O volume de negócios acumulado e não duplicado do GCMMF e dos seus sindicatos membros é superior a Rs 41.000 crore (US$ 5,6 bilhões). O governo também introduziu vários esquemas e iniciativas visando o desenvolvimento do setor lácteo. O Plano Nacional de Lácteos (Fase I) visa melhorar a produtividade do gado e aumentar a produção de leite, expandir a infraestrutura de aquisição de leite rural e proporcionar maior acesso ao mercado para os produtores.

Sodhi sente que muito mais pode ser feito para melhorar a viabilidade do setor. "Precisamos de mais políticas para motivar e incentivar os produtores de leite. O excesso de matéria-prima no setor de leite é uma ruína para eles, com os preços de compra se tornando cada vez mais não-remunerativos. Além disso, os governos estadual e central precisam aumentar as alocações orçamentárias para o setor de pecuária para aumentar a produção de leite", disse ele. Ele acrescenta que os análogos lácteos também estão criando uma concorrência insalubre de preços, "dificultando a venda de nossos produtos. Isso afeta o sustento dos produtores de leite porque, se vendermos nossos produtos a um preço baixo (a par dos análogos), não poderemos pagar preços adequados aos nossos produtores de leite", ele lamenta. A GCMMF fez várias representações para a FSSAI para restringir o uso de análogos e formular regras para eles. Também sugeriu projetos de regras para embalagem e rotulagem dos produtos. Em última análise, como Sodhi resume de forma sucinta, "para ganhar mais, você precisa dar mais - tanto para seus fornecedores quanto para os consumidores". Essa é a única maneira pela qual o setor de lácteos continuará a ser a 'vaca leiteira' da economia indiana. (As informações são do Financial Express, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint) 

Vendas da Fonterra aumentam 31% em evento on-line de compras chinesas
As vendas da Fonterra cresceram 31% durante o Double 11, o maior evento de compras 24 horas que ocorreu na China. Todos os produtos da Fonterra estavam disponíveis durante a promoção. As vendas do leite Anmum aumentaram em 41% em relação ao ano passado. As vendas de cremes, queijos e manteigas da Anchor nas plataformas on-line (JD e Tmall) dobraram para mais de 5 milhões de yuan chinês (US$ 717.915). A presidente da Fonterra China, Christina Zhu, disse que a companhia alcançou um resultado muito alto de vendas, com um total estimado de 132 milhões de yuan chinês (US$ 18,9 milhões), e as marcas mais vendidas no evento foram Anchor, Anmum e Anlene. "O Anchor UHT é o favorito do público e ficou em primeiro lugar na sua categoria por mais um ano. Depois de nossos esforços contínuos na construção da marca na China nos últimos cinco anos, a popularidade da Anchor entre os consumidores chineses vem aumentando", contou Zhu. De acordo com a presidente, o foco durante o evento foi entregar valor em escala - obtendo o melhor retorno e para alcançar o máximo de consumidores possível. "Embora algumas empresas tenham grandes descontos em suas marcas no Double 11, em geral, nossos preços foram 5% maiores do que no ano passado e 25% maiores do que nossos concorrentes". Mais de 30 milhões de pessoas visitaram a loja on-line da Anchor em 24 horas, levando a um equivalente de 8.400 toneladas de produtos vendidos. Zhu disse que a Fonterra se concentrou na construção da marca, com foco no marketing digital nos últimos cinco anos. "Estamos orgulhosos de levar o leite de nossos produtores para o mundo. O Double 11 é o maior evento de compras do mundo em um mercado de US$ 800 bilhões, mas para nós é importante construir a marca Anchor na China e vender mais leite de nossos produtores por meio de produtos de alto valor". O Double 11 é um evento de venda global varejista realizada no feriado 'Single's Day' da China. Segundo dados do Alibaba, o evento retornou US$ 31 bilhões em faturamento apenas este ano, com 1 bilhão de pedidos. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

 

 

Porto Alegre, 19 de novembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.861

Divulgados os finalistas do Prêmio Sindilat de Jornalismo
 

Reunida na tarde desta segunda-feira (19/11), na sede do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), em Porto Alegre (RS), a Comissão Julgadora do 4º Prêmio Sindilat de Jornalismo compilou os resultados e anunciou os finalistas das quatro categorias para 2018 (Impresso, Eletrônico, Online e Foto). Neste ano, foram 56 trabalhos inscritos, recorde desde que o mérito foi criado em 2015. Segundo o presidente da comissão, o jornalista e diretor cultural da Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Antônio Goulart, chamou atenção a qualidade dos trabalhos apresentados, principalmente nas categorias Impresso e Eletrônico. "Nos surpreendeu por obras importantes de veículos técnicos da área do leite. Levo uma impressão muito positiva desta minha estreia no Prêmio Sindilat de Jornalismo", pontuou o dirigente, que, pela primeira vez, é escalado pela associação para avaliar as reportagens. E completou: "Todos os trabalhos estão de parabéns". A Comissão Julgadora do 4º Prêmio Sindilat de Jornalismo foi composta pelos jornalistas Laura Glüer (Sindicato dos Jornalistas do RS), Antônio Goulart (ARI), Itamar Aguiar (Arfoc), Gerson Raugust (Farsul), Luiz Fernando Boaz (Fetag) e Carolina Jardine (Sindilat).

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, pontuou a importância da premiação para reconhecer profissionais que têm um dia-a-dia atribulado e que, mesmo assim, buscam um olhar diferenciado em reportagens profundas e que ajudam o produtor e o próprio setor e enxergarem além. "Muitas matérias que lemos na imprensa especializada nos fazem pensar sobre nosso cotidiano, sem falar naquelas que ajudam o setor a difundir novas tecnologia de Sul a Norte do país", ressaltou o executivo. Os grandes vencedores serão anunciados em jantar de fim de ano do Sindilat, que será realizado no dia 12 de dezembro no Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre. Além dos troféus, o primeiro colocado de cada categoria receberá um IPhone.

FINALISTAS DO 4º PRÊMIO SINDILAT DE JORNALISMO

IMPRESSO
Carlos Guimarães Filho / Revista Boletim Informativo - Reportagem: Mercado Internacional na mira do leite sulista
Cristiano Vieira / Revista Press Agrobusiness - Reportagem: Renda baixa com o tarro cheio
Fernando Soares / Zero Hora - Reportagem: Soberanas da produtividade

ELETRÔNICO
Alessandra Bergmann / SBT - Reportagem: Pesquisa muda lei sobre colostro
Bruna Essig / Canal Rural - Reportagem: Censo Agropecuário - Há cada vez mais mulheres na produção rural
Juliano Zarembski e equipe / Band TV - Reportagem: Aumenta o consumo de leite de ovelha no Brasil

ONLINE
Danton Júnior / Correio do Povo - Reportagem: Novos Tempos do Leite
Fernando Soares /Pioneiro - Reportagem: O robô tira o leite
Giseli Furlani / Destaque Rural - Reportagem: Tecnologia avançada na produção leiteira

FOTO
Alina Souza / Correio do Povo
Leandro Augusto Hamester / Jornal Informativo Languiru
Lidiane Mallmann / O Informativo do Vale (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

Na foto: Comissão Julgadora Crédito: Carolina Jardine

Leite competitivo

Leite competitivo - Na última segunda-feira (12/11) a coordenação da Aliança Láctea Sul Brasileira, fórum que reúne produtores e indústrias do setor leiteiro nos três Estados da região Sul do país, passou para o secretário estadual de Agricultura e Pesca de Santa Catarina, Airton Spies. A transferência do comando acontece por meio de um rodízio onde se revezam dirigentes do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Em 2018 o coordenador foi o diretor executivo do Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária do Estado do Paraná (Fundepec) e assessor da presidência da FAEP, Ronei Volpi.

Um dos principais objetivos da Aliança Láctea Sul Brasileira é promover a competitividade do setor de leite e derivados dos três Estados do Sul, harmonizando procedimentos técnicos e sanitários a fim de melhorar a qualidade dos produtos e ganhar mais mercados. Segundo Volpi, a região já responde por 38% da produção brasileira, se consolidando como principal bacia leiteira do país e devendo alcançar 50% nos próximos anos. "É fundamental também que os nossos produtos tenham acesso a novos mercados, uma vez que a produção cresce em ritmo mais acelerado que a demanda e o aumento da população", afirma, Volpi.

Neste sentido, a Aliança tem obtido apoio da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e de outras instituições voltadas à exportação para estruturar um projeto único de exportação do leite brasileiro e seus derivados. Esta iniciativa - ainda em formato piloto - teve como primeiras ações a participação de representantes do fórum em uma missão à China, na qual foram identificados potenciais mercados e hábitos de consumo do país asiático, que deverá ser um dos principais destinos dos lácteos brasileiros.

Outro ponto de destaque em 2018, foi a atuação decisiva da Aliança Láctea e da FAEP para que a voz do setor produtivo fosse ouvida na elaboração da legislação que rege a qualidade do leite nacional. Nesse episódio foram feitas - e acatadas - diversas contribuições às portarias nº 38 e 39 do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. A sanidade, outra preocupação da Aliança Láctea Sul Brasileira, esteve constantemente em pauta nas reuniões do fórum. No último encontro, dia 12 de novembro, foi decidido por unanimidade reivindicar a retomada da produção de antígenos para o diagnóstico de brucelose e tuberculose pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), interrompido em 2016. "O programa nacional de controle e erradicação de brucelose e tuberculose depende desses insumos para combater essas doenças, é fundamental que o instituto retome essa produção que atendia 95% da demanda nacional", disse Volpi. (Faep)

Projeto de automação da produção de leite impressiona comitiva catarinense na Alemanha

Ordenha automatizada - Desde a sexta-feira, 16, uma comitiva catarinense está na Alemanha para participar de um Encontro Econômico entre os dois países.  Na próxima segunda, o estado de Santa Catarina e o estado alemão da Turíngia assinam acordo de irmanamento e, já no primeiro dia de estadia no país europeu, a comitiva catarinense ficou impressionada com um projeto que torna a ordenha do gado leiteiro automatizada. O projeto é pioneiro no mundo e foi implantado numa pequena cooperativa agropecuária em Rema-Teichel, uma pequena comunidade alemã no estado da Turíngia. A comitiva catarinense foi a primeira missão oficial de um país latino-americano a ter acesso à tecnologia. "Vamos estudar as características deste projeto para avaliar formas de parcerias que possam levá-lo para Santa Catarina, onde as cooperativas agropecuárias de pequeno porte são bem comuns, especialmente neste momento em que nos aproximamos da Turingia", disse o secretário de Assuntos Internacionais, Carlos Adauto Virmond. 

O Projeto é inovador pelo fato de desenvolver um carrossel com espaço para 40 vacas serem ordenhadas ao mesmo tempo. O espaço foi projetado de forma que as próprias vacas se dirijam até os locais sem interferência humana, o que deixa o animal mais tranquilo e o processo mais eficiente e organizado que os processos atuais. Além disso, a máquina já faz a avaliação do corpo do animal para se ajustar e, assim, garantir uma ordenha ideal para cada animal do rebanho. Após extrair o leite, a própria máquina faz o teste e, não estando dentro das normas, o leite é descartado pelo equipamento. De acordo com a empresa que desenvolveu o equipamento, o custo de implantação do carrossel foi de 45 mil euros por cabeça de gado.

Como se já não tivesse inovações suficientes, a planta ainda aumenta a lucratividade da cooperativa com a geração de energia a partir dos dejetos dos animais. É que o equipamento foi projetado com uma usina de biogás com capacidade de geração de 500kW, o suficiente para o abastecimento de cinco mil residências. A usina abastece toda a propriedade e a energia excedente, que não é consumida ali é vendida para a distribuidora de eletricidade local, aumentando ainda mais os ganhos da cooperativa. Ao todo, o investimento consumiu 8 milhões de euros ao longo de dois anos para a conclusão do projeto. (CONews)

Produção de leite nas principais regiões exportadoras

Produção mundial - A produção de leite das cinco principais regiões exportadoras, UE-28, Argentina, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos mostra a tendência para a oferta de leite. 

Essas cinco regiões são responsáveis por 65% da produção mundial de leite e representam 80% do mercado global exportador de produtos lácteos, influenciando, decisivamente, no rumo dos preços internacionais.  

- A captação média de 802 milhões de litros/dia em setembro, ultrapassou em 0,6% a média apurada no mesmo mês de 2017.

- O crescimento da oferta de leite diminuiu nos meses mais recentes, e ficou abaixo das expectativas dada a baixa quantidade de pastagens na União Europeia e Austrália como resultado do tempo quente e seco. As outras regiões continuam apresentando crescimento na comparação anual.

- A produção de leite da Nova Zelândia teve um forte crescimento no período de pico de produção e a captação em setembro de 2018 foi 6% acima da captação de 2017, atingindo o maior nível desde 2014.

- A captação de setembro de 2018 na União Europeia está estimada em 1% a menos em relação ao mesmo mês de 2017. A maior parte dos principais produtores europeus registraram produção menor em setembro, ainda que o Reino Unido tenha produzido quase 1% a mais em relação ao ano passado. (DairyCo - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Arla Foods introduz solução à base de proteína de soro de leite
Queijo labneh - A Arla Foods Ingredients apresenta Nutrilac como solução para aumentar significativamente o rendimento da produção de queijo labneh sem afetar a qualidade do produto. O queijo Labneh é um queijo cremoso com sabor de iogurte que é amplamente consumido no Oriente Médio. O gerente da Cheese Systems, Claus Bukbjerg Anderson disse: "O queijo Labneh feito com Nutrilac quebra a tradição de baixo rendimento e resolve três grandes desafios: ineficiência na utilização do leite, redução no descarte de soro ácido, e dispensa de equipamentos caros de ultrafiltração. "Tudo isso para contribuir para um processo de fabricação de alto rendimento que oferece um produto final com sabor e textura clássicos". A produção tradicional de queijo labneh é considerada muito ineficiente, pois, apenas 30% do leite usado chega ao produto final. O restante é descarte de soro ácido. A Arla Foods garante que a solução permite que os laticínios aumentem o rendimento para até 100% do leite utilizado. Os testes realizados no centro de pesquisas da Arla, o queijo labneh feito com Nutrilac ficou com a mesma textura suave do queijo labneh produzido da forma tradicional. (Foods Processing - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Porto Alegre, 16 de novembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.860

Comércio exterior brasileiro de produtos lácteos - NCM 04
 

Importação x Exportação - A balança comercial de lácteos das rubricas NCM 04, em outubro, confirma a condição de importador líquido de lácteos do Brasil.

 

Os produtos mais importados foram leite em pó e queijo. Argentina e Uruguai foram os principais fornecedores dos produtos. Cerca de 53% do leite em pó veio da Argentina, e o Uruguai foi responsável por 39% das remessas desse produto. O Chile, o Paraguai e os Estados Unidos preenchem parte do restante significativo do mercado brasileiro de leite em pó. O mercado de queijos é preenchido também prioritariamente pela Argentina (55,7%), Uruguai (22,4%), Holanda (9,4%), Itália (3,7%), e Alemanha (1,3%). (Terra Viva - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
 
 
Como será a genética leiteira em 50 anos?

Genética leiteira - A iniciativa do projeto que estimou como o mercado de leite seria em 50 anos foi liderado por Jack Britt (North Carolina State University) e publicado no Journal of Dairy Science (Volume 101, Edição 5, pag. 3722- 3741).

 O artigo cobriu muita coisa, mas aqui destacaremos alguns tópicos sobre as mudanças que poderemos ver na seleção genética. Espera-se ver constantes ganhos em rendimento de gordura e proteína, estima-se que a produção do volume de sólidos, dobre nos EUA. Isso requer ganhos um pouco mais rápidos do que temos experimentado nos últimos 50 anos, mas seremos auxiliados pela seleção genômica que facilitará as taxas mais rápidas de mudança. Maiores rendimentos de sólidos necessitam de maior produção de leite. Dobrando a produção de leite seria igual a termos um rendimento médio de leite de aproximadamente 23.000 kg. Isso parece um número muito alto para a média dos EUA, mas tenha em mente que várias vacas já conseguiram produções superiores a 30.000 kg e alguns rebanhos já tem médias acima de 18.000 kg. Os níveis de produção de leite tendem crescer a uma taxa mais lenta do que a de sólidos, devido aos sistemas de pagamento que favorecem os sólidos sobre o leite fluido, podemos não dobrar a produção de leite, mas grandes ganhos estão estimados.

Quão baixo podemos ir?
Enquanto estimamos o crescimento das produções, os intervalos entre gerações se tornaram mais curtos. Já vimos um grande declínio no intervalo entre gerações, entre os touros e seus lhos, através dos intensos métodos de seleção usados pelas centrais de I.A. O atual intervalo de geração entre reprodutores, atualmente é um pouco mais de dois anos. . . quatro anos menos do que a uma década atrás. E um intervalo de 17 meses poderá ser possível com novilhas bem criadas e touros que já estejam férteis aos 8 meses de idade. Pode ser possível diminuir ainda mais o intervalo de geração no futuro, através de inovações na área da reprodução. De fato, pode ser possível que embriões se tornem pais de embriões. Oócitos viáveis e espermatozoides já foram produzidos a partir de células-tronco embrionárias em camundongos. Se tais métodos forem aperfeiçoados em bovinos, nós poderemos genotipar embriões e identificar aqueles que gostaríamos de "acasalar". Em teoria, poderíamos até "acasalar" um embrião com si mesmo. Se isso parece um pouco absurdo, você talvez esteja certo. Atualmente, tais técnicas não estão nem perto de serem implementadas, mas quem sabe daqui a 50 anos? Previsão genômica para múltiplas gerações de embriões seria impreciso hoje, dada a uma grande diferença entre a geração mais recente de embriões "pais" e a população prenunciada das vacas em lactação.

Resistência à doença
Tuberculose (TB) é endêmica em grande parte da população mundial de bovinos e é um perigo para as vidas das vacas infectadas e as pessoas com quem entram em contato. E se pudéssemos escolher eliminar a susceptibilidade à TB? Geneticistas do Reino Unido desenvolveram avaliações genômicas para resistência à TB, através da avaliação de dados de animais abatidos. Nós não poderemos ser capazes de eliminar a suscetibilidade em 50 anos, mas poderíamos ir bem adiante nesse caminho que é longo, para reduzir a suscetibilidade à tuberculose, tristeza bovina, febre aftosa e várias outras doenças infecciosas. Isso seria benéfico, particularmente nos países em desenvolvimento onde faltam os controles a doenças, que existem em países desenvolvidos. Resistência a doenças infecciosas são apenas uma das possibilidades que poderíamos desenvolver nos próximos 50 anos. Seleção de proteínas especializadas para produzir mais efetivamente queijo ou outros produtos, já pode ser avistado no horizonte. Estamos observando alguns desenvolvimentos nas avaliações genômicas para eficiência alimentar, e há possibilidade também de que poderemos ser capazes de selecionar para reduzir a poluição causada pelos dejetos das vacas. Avaliações genéticas para nitrogênio da ureia do leite pode ser usado como um caminho para selecionar vacas que venham a eliminar menos nitrogênio através das fezes, embora esse conceito é altamente especulativo, muitos geneticistas já consideram essa possibilidade.

Edição de genes
A edição de genes é viável para algumas características relativamente simples, como a criação de bovinos que já nascem sem chifre (mochos), alteração do alelo beta-caseína A1 para o alelo A2, criando o gene "SLICK" (pelo curto) para combater o estresse calórico em regiões quentes. Mas precisamos deixar claro, que no momento, a edição de genes ainda não foi aprovada para uso em animais destinados à produção de alimentos e talvez possa nunca ser, mas a possibilidade certamente existe. Nós podemos até ser capazes de ir além dessas mudanças relativamente simples e editar grandes porções do genoma para otimizar características como rendimento de leite e fertilidade. Cinquenta anos atrás, a inseminação artificial estava a caminho de se tornar a ferramenta que dominaria a reprodução de gado leiteiro, e a transferência de embriões estava prestes a emergir. Nós sabíamos a respeito de DNA e poderia ter previsto que os testes de DNA se tornariam importantes, mas nós não sabíamos nada sobre a ciência da genômica, que permitiu a criação de animais baseados em DNAs. Nós certamente veremos muitas mudanças na pecuária de leite durante o próximo meio século. E atentem que nem estamos citando o que pode acontecer nas áreas de epigenética e microbioma. Então, o que perdemos e o que antecipamos, que talvez não se realizará? Isso é difícil de dizer, pois a única coisa certa sobre prever o futuro é que, desconsiderando a intervenção divina, você errará muitas coisas! *Fábio Fogaça é gerente de produto leite importado da Alta. (Conexão TO)

Levantamento sobre Qualidade do Leite será realizado no Noroeste Gaúcho

Qualidade do leite - Duzentas amostras para análise da qualidade do leite produzido em propriedades do Noroeste gaúcho serão coletadas por técnicos da Emater/RS-Ascar, sem custo ao produtor, nos meses de novembro e dezembro deste ano.

A ação é uma proposição do Arranjo Produtivo Local (APL Leite) e abrange os 20 municípios da Fronteira Noroeste e cinco municípios das Missões, sendo estes Giruá, Guarani das Missões, Pirapó, São Paulo das Missões e Ubiretama.

As amostras serão encaminhadas para exames laboratoriais bacteriológicos e antibiogramas nos dias 21 de novembro e 13 de dezembro. Para a definição sobre como serão realizados os procedimentos de coleta e o número de propriedades participantes por município, uma reunião foi realizada em Santa Rosa ontem, com a gerência regional, Ademir Renato Nedel e José Vanderlei Waschburger, o assistente técnico regional da Emater/RS-Ascar, médico veterinário Jorge Lunardi, e técnicos dos escritórios municipais da Emater/RS-Ascar.

Segundo Lunardi, os resultados dos exames irão contribuir para a definição de estratégias de Assistência Técnica em bovinocultura de leite, assim como a adoção de práticas de produção limpa de leite contribuem para a sanidade animal e, sobretudo, para a promoção da saúde humana.

O trabalho se adequa à Instrução Normativa 62, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que é exigida atualmente por todas as indústrias que coletam o leite, sendo que o leite de qualidade passa a ter maior valor econômico e é uma questão de saúde pública. O processo de produção de leite de qualidade é oriundo da ordenha completa, em condições de higiene, com vacas sadias, bem alimentadas e descansadas, destacando-se neste contexto também o bem-estar animal. (Rádio Vera Cruz)

Evento detalha sucesso da Nova Zelândia na cadeia dos lácteos

Com o apoio do Sistema FAEP/SENAR-PR e outras entidades do agronegócio paranaense, a Embaixada da Nova Zelândia no Brasil e a New Zealand Trade & Enterprise (NZTE) promovem, no dia 21 de novembro, um workshop, no Auditório da Ocepar, em Curitiba (PR). O evento terá o título "Fundamentos de Produção e Qualidade do Leite da Nova Zelândia", voltado para lideranças e técnicos dos diversos elos da cadeia produtiva do leite no Paraná. O principal objetivo do encontro é detalhar sistemas e as tecnologias do país da Oceania que podem ser aplicadas em propriedades paranaenses.

O presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette, aponta o workshop como uma oportunidade para intensa troca de informações, processo fundamental para promover o desenvolvimento ainda maior da cadeia de lácteos do Paraná. "Temos trabalhado nas últimas décadas para colocar o Estado em um nível superior na produção de leite. Hoje, temos no Paraná vários produtores que podem ser colocados de igual para igual entre os destaques mundiais e devemos seguir com esse trabalho para que possamos chegar também, em breve, à condição de exportador de lácteos", sinaliza.

Na programação do workshop estarão palestrantes como Chris Langley, embaixador da Nova Zelândia no Brasil; Nadia Alcântara, gerente de agronegócios da NZTE; representantes dos governos do Paraná e Santa Catarina, diretores de empresas de processamento de lácteos do país, além de pesquisadores do setor. Ainda, o evento contará com palestras e apresentações de estudos de caso de oito empresas neozelandesas: QCONZ, Tru-Test, PGW Sementes (PGG Wrightson Seeds do Brasil), Milkbar, Simcro, Gallagher e Grupo Kiwi.

Nadia Alcântara, da NZTE, explica que workshops como esse que será realizado no Paraná têm o objetivo de apresentar soluções que foram criadas na Nova Zelândia e que já estão disponíveis no Brasil. "Nossa intenção não é divulgar as empresas em si, mas as tecnologias que são utilizadas. Elas podem ser empregadas e adaptadas no sentido de melhorar a qualidade e produtividade leiteira aqui no Brasil", enfatiza. "Vemos o Paraná como uma referência. Começamos essa parceria por esse evento e esperamos que seja uma relação duradoura", completa. (Comunicação Social - Sistema FAEP/SENAR-PR)

Melhora na relação de troca ameniza queda no preço do leite
Preço do leite - Mantendo a expectativa para esse período de ano com a intensificação do período de safra, os preços do leite pagos ao produtor caíram pelo segundo mês consecutivo em outubro. Nesse último mês, o leite ao produtor fechou cotado a R$1,55 na média nacional, queda de 2,36% em relação ao mês anterior. Confira a análise completa no Boletim Indicadores Leite e Derivados. (Embrapa)

 

Porto Alegre, 14 de novembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.859

Queda do consumo faz população diminuir compra de itens básicos como leite UHT

A aura de indefinição que rondou o país por causa das eleições e das incertezas da economia retraiu o consumo dos brasileiros no primeiro semestre de 2018 em comparação com os seis primeiros meses do ano passado. E mais do que isso: vários itens básicos deixaram de ser comprados no período analisado - importante ressaltar que os produtos podem ter sido estocados ou adquiridos menos de uma vez a cada seis meses, indicando uma redução na frequência de compra.

De acordo com dados apurados pela Kantar Worldpanel, que monitora semanalmente 11.300 lares em todo o país, quase 440.000 domicílios deixaram de comprar papel higiênico no período estudado - queda de 0,8% de penetração. O creme dental, que registrou declínio de 1,1% também em penetração, deixou de entrar em mais de 600.000 lares.

Entre os alimentos, destaque negativo para o extrato de tomate, não sendo comprado por mais de 1,2 milhão domicílios no período estudado, e para a farinha de trigo, que não entrou na despensa de mais de um milhão de lares. Leite pasteurizado e leite UHT também  registraram variações negativas. Confira a tabela abaixo: (As informações são da Kantar Worldpanel)

MAIS UM PASSO PARA A RETIRADA DA VACINA

Técnicos da superintendência do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul realizaram ontem nova auditoria para avaliar o sistema de defesa. A ação é parte do processo para a retirada da vacina contra a febre aftosa. A imunização tem mantido o rebanho bovino e bubalino livre da doença o último foco no Estado foi em 2001, mas também inviabiliza a entrada em alguns mercados. A vistoria de agora, em caso de avaliação positiva, serviria para embasar a vinda de técnicos de Brasília, etapa necessária para o Estado receber autorização para deixar de vacinar. Recentemente, paranaenses receberam o aval, e a projeção é de que já não realizem a segunda etapa da vacinação em 2019.

- Estamos buscando um fato novo. Sem sinal claro de que ocorreu evolução no plano de ação, eles sequer vêm - explica Bernardo Todeschini, superintendente do ministério no Estado.

No final do ano passado, outra auditoria apontou a necessidade de ajustes e foi montado plano de ação.

- Com parecer positivo agora, a gente pode pedir auditoria específica - reforça Antonio de Quadros Ferreira Neto, diretor do departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura.

Tanto ele quanto Todeschini avaliam ser possível acompanhar o passo do Paraná. Aliás, a decisão dos paranaenses certamente criou pressão para que os gaúchos busquem a evolução do status sanitário, uma vez que o Estado ficaria isolado dos demais da Região Sul - Santa Catarina hoje é o único livre da doença sem vacinação.

O Ministério da Agricultura montou plano nacional para a retirada total da vacina. O Brasil foi dividido em cinco blocos, com os três Estados do Sul no grupo cinco, com previsão de fim da vacinação em 2021. No ano passado, a secretaria gaúcha sinalizou, no entanto, vontade de antecipar o calendário.

Quatro temas centrais foram avaliados na auditoria concluída ontem, os mesmos do roteiro de Brasília e do modelo da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). Dentro deles, 43 itens recebem pontuação de um a cinco.

- Penso que é um esforço que deve ser o foco do sistema de saúde animal hoje - avalia o superintendente do ministério. (Zero Hora)

Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da Europa - Relatório 45 de 08/11/2018

Leite/Europa - Dados oficiais na Alemanha relatam que o declínio sazonal da produção de leite parece ter sido revertido na última semana. Acredita-se que a produção aumentou 1% em relação à semana anterior. O declínio deverá ser retomado, talvez ainda nesta semana. No entanto, o fornecimento de leite está ficando mais restrito. Muitas indústrias de laticínios ficariam satisfeitas se mais leite fosse captado. A União Europeia (UE) continua com esforços para melhorar o comércio de lácteos com outros países. Esta semana o Comitê de Comércio Internacional do Parlamento Europeu votou a favor da ratificação dos acordos UE-Japão e UE-Singapura. A aprovação final pelo Parlamento Europeu é esperada para o próximo mês.

De modo contrário estão sendo as negociações entre a UE, a Nova Zelândia e a Austrália, que apenas começaram as algumas conversas, mas, aguardam o estabelecimento de agendas.

A produção de queijo na UE aumentou 1,8% entre janeiro e agosto deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado conforme dados da Eurostat. Entre os principais países produtores as variações percentuais da comparação anual acumulada, e do mês de agosto de 2018 em relação a agosto de 2017 são, respectivamente: Alemanha, (+1%, -0,6%); França (-0,9%, -2,7%); Itália (+6,2%, +3,1%); e Holanda (+1,1%, -2,8%).

Variações percentuais idênticas em países do Leste Europeu foram: Polônia (+2,6%, -1,1%); República Checa (+2,6%, +0,7%); Hungria (-0,8%, +3,4%); Bulgária (+8,9%, -1,1%); e Romênia (+3,6%, +1,1%). (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

NO RADAR
O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, confirmou visita ao Estado na próxima semana. Segundo documento enviado à superintendência regional, ele chega dia 20 e retorna no dia 23. Ainda não há detalhamento da agenda. (Zero Hora)
 

 

Porto Alegre, 13 de novembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.858

SC: secretário da Agricultura vai coordenar a Aliança Láctea Sul-Brasileira

O secretário da Agricultura e da Pesca de Santa Catarina, Airton Spies, assumiu nesta segunda-feira, 12, a coordenação da Aliança Láctea Sul-Brasileira, formada pelos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. "Até 2020, metade do leite brasileiro será produzida no Sul. O leite da região precisa se tornar um produto industrial, senão nós vamos nos afogar em leite", explica Airton Spies, em nota, sobre a necessidade de ampliar os mercados para o produto.

"Os desafios são muito claros e passam por melhorias em tecnologia, sanidade dos rebanhos e organização logística da cadeia produtiva. Temos uma estratégia a médio e longo prazo e já temos excelentes exemplos a seguir, aqui mesmo no Estado, para tornar o leite competitivo no mercado internacional. Temos que fazer com o leite o que já fizemos com cadeias produtivas consolidadas como suinocultura, avicultura e tabaco", afirma Spies.

O secretário, que voltou de uma missão empresarial na China, avalia que o país asiático pode ser comprador do leite. "Os chineses consomem poucos lácteos ainda; cerca de seis vezes menos do que o Brasil. Mas este é um mercado em expansão e nós não podemos ficar fora desse mercado gigante" destaca Spies. Hoje os grandes fornecedores de leite para a China são Austrália, Nova Zelândia e Europa. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)

 

Embrapa Gado de Leite consulta cadeia produtiva sobre prioridades do setor

Está disponível no site da Embrapa Gado de Leite (www.embrapa.br/gado-de-leite) um questionário voltado para os diferentes agentes do agronegócio do leite, que visa compreender quais as prioridades do setor. Segundo o chefe-adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento da instituição, Pedro Arcuri, a consulta visa identificar quais as demandas da cadeia produtiva para a pesquisa nos próximos cinco anos. "Os recursos para P&D são limitados e precisamos alinhar nossas metas de inovação com as necessidades da sociedade", diz Arcuri.

O questionário pode ser respondido por qualquer agente dos diversos setores do agronegócio do leite. Entre o público-alvo, também estão incluídos pesquisadores, professores, técnicos e estudantes de ciências agropecuárias. O questionário é simples e rápido, o preenchimento não leva mais do que cinco minutos. As perguntas estão estruturadas em sete grandes temas:

- Saúde animal;
- Bem-estar animal;
- Qualidade do leite e derivados;
- Nutrição animal e forrageiras;
- Meio ambiente e geotecnologias;
- Melhoramento e reprodução animal;
- Gestão, sistemas de produção e mercado.

"São muitos os problemas e é importante que as pessoas se manifestem por meio dessa pesquisa para que possamos construir nossas metas de inovação em consonância com a realidade do setor", diz a pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, Marta Martins. O questionário pode ser acessado em computadores, tablets ou smartphones. Para ter acesso direto às questões é só acessar o endereço: http://bit.ly/2FabXB5 (As informações são da Embrapa)

Exportações lácteas Uruguai aumentam 21%; Argélia e Brasil são os principais destinos

A exportação de produtos lácteos gerou US$ 681 milhões nos últimos 12 meses, informou o Instituto Nacional do Leite. O valor das vendas foi 21% maior, devido ao aumento significativo na quantidade colocada de leite em pó integral, desnatado e manteiga. A Argélia, com 32%, e o Brasil, com 21%, são os principais destinos dos produtos lácteos uruguaios. O crescimento do volume de negócios deve-se ao aumento dos volumes exportados e não devido a melhores preços. O relatório do Instituto Nacional do Leite (Inale), baseado em registros da Direção Nacional de Aduanas, aponta que o valor das exportações de produtos lácteos aumentou 21% nos últimos doze meses e totalizou US$ 681 milhões.

A Argélia é o principal destino dos lácteos uruguaios, com 32%, seguido pelo Brasil, com 21%, Rússia e Cuba, com 7%, e México, com 6%. O preço médio do leite em pó integral nos últimos doze meses chegou a US$ 2.779 por tonelada e o principal mercado é a Argélia, com 63%. Enquanto isso, para o leite desnatado, o valor médio foi de US $ 2.122 e, com 63%, o Brasil ocupa o primeiro lugar no destino. Por outro lado, o valor dos queijos foi de US$ 2.224, sendo o Brasil o principal mercado, com 24%. Finalmente, para a manteiga, o valor médio em dólares por tonelada foi de US$ 4.638 e 50% do produto foi exportado para a Rússia. 

O ministro da Economia e Finanças, Danilo Astori, afirmou que a exportação de produtos lácteos uruguaios "alcançou níveis extraordinariamente positivos", especialmente no leite em pó integral "com um preço adequado que havia caído muito antes". Astori salientou que o crescimento das exportações "é muito importante, naturalmente sobre uma base que sofreu uma deterioração. Quando a base sofre uma deterioração, o crescimento é mais positivo, mas em qualquer caso, se fortalecermos o motor de investimento e também o de exportação, acredito que o Uruguai possa manter sua meta de crescimento." (As informações são do El País Digital, traduzidas pela Equipe MilkPoint) 

Programa leva técnicos a propriedades do Noroeste do RS para melhorar qualidade do leite

Qualidade do leite/RS - Um programa que busca melhorar a qualidade do leite produzido no Rio Grande do Sul está levando técnicos a propriedades do Noroeste do estado para checar os sistemas de ordenha, máquinas de resfriamento e equipamentos de manutenção do leite. A iniciativa, com foco em 70 propriedades da região, foi desenvolvida pela Associação dos Produtores de Leite (APL) e pela Fundação de Capacitação e Desenvolvimento. O técnico Rogério Ressel visitou 35 terrenos nos últimos meses e, segundo ele, a incidência de problemas é muito grande. "Começando pela vedação, bomba de vácuo produzindo pouco, pulsadores batendo muito rápido e membranas de pulsadores muito antigas", afirma o técnico.

Isso ocorre, principalmente, porque, na maioria dos casos, é a primeira vez que um profissional visita a propriedade para realizar essa medição. No caso de Cristiane Pellenz, que trabalha com o marido na mesma sala de ordenha desde 2011, a manutenção é realizada periodicamente. A produção de leite é a principal fonte de renda da propriedade do casal que fica no interior de Santo Cristo. A produtora diz que sempre trabalhou para entregar um leite de boa qualidade. "É importante para nós e também para a indústria porque, para a indústria, para produzir produtos de qualidade, ela precisa de matéria-prima de qualidade. E nós, quando consumidores, também buscamos por um produto de qualidade", afirma Cristiane. Como a identificação da maior parte dos problemas exige equipamentos específicos, os produtores de leite que não recebem as visitas muitas vezes acabam não percebendo as alterações, o que prejudica a produção. Os ajustes que precisam ser realizados normalmente são simples e podem ser feitos pelo técnico da propriedade. O programa que propõe as visitas é pioneiro. Segundo o Diorgenes Albring, gestor da FUNCAP, a ideia surgiu graças a uma demanda da região. O principal objetivo é dar condições para que o produtor entenda o processo de funcionamento das máquinas.

"Nós queremos ter o produtor o mais próximo possível, no momento das aferições, e explicar para ele o que está acontecendo na máquina dele, quais ações ela realiza", afirma Diorgenes.

Segundo a Emater, a produção diária de leite na região é de 1,7 milhão de litros. Levando em conta a Fronteira Noroeste, a região é uma das maiores produtoras do país - são 234 litros por km² ao dia.
 
Qualificação para toda a cadeia leiteira
A APL Leite, em parceria com a Faculdade de Horizontina (FAHOR), está oferecendo cursos gratuitos em oito municípios da região. As especializações abordam gestão para indústria da cadeia do leite, boas práticas de fabricação para indústria e segurança no trabalho. A ideia é qualificar profissionais que atuam ou venham a atuar em empresas ligadas ao setor lácteo, contemplando todos os processos, desde insumos ao processamento de leite.

Para o professor Jonas Diogo Silva, os cursos contribuem para a qualificação profissional dos participantes. "Resulta em maior competitividade e aumento de riqueza, com empregos, renda e geração de tributos", entende o educador. Ao todo, 150 profissionais devem ser qualificados. A família do Leandro Cortiana sempre trabalhou com a produção de leite, mas foi há dois anos que ele começou a atuar na propriedade. "A questão é que tu tira um pouco de um lado e vai faltar do outro. A gente precisa saber administrar a propriedade, o negócio", acredita.

Já a vendedora Lindiana Leski está buscando qualificação. Ela trabalha em uma loja nos processos de faturamento e abertura de caixa, mas quer levar o conteúdo do curso para dentro de casa. "Eu vim aqui para adquirir um pouco mais de conhecimento, ajudar no meu trabalho e também o meu esposo, que é agricultor e administra as lavouras. Acho que o curso vai ajudar ele também", explica. O professor aponta que tanto o programa de aferimento das máquinas quanto os cursos buscam melhorar a cadeia como um todo. "Identificando os equipamentos que precisam ser melhorados na propriedade, a indústria pode fabricar melhor, gerar melhor condição de produtividade, e a qualidade do leite também melhora, o que possibilita que a indústria produza bons produtos, agregando valor e ganhos para toda a cadeia", completa Jonas. (G1/RS)


Trimestrais da pecuária - primeiros resultados: Abate de bovinos cresce 3,6% frente ao 3º trimestre de 2017 e 7,2% em relação ao 2º trimestre de 2018
Produção Trimestral/IBGE - No 3º trimestre de 2018, o abate de bovinos totalizou 8,28 milhões de cabeças, representando aumentos de 3,6% em relação ao 3º trimestre de 2017 e de 7,2% em relação ao 2° trimestre de 2018. Já o abate de suínos somou 11,52 milhões de cabeças, aumentos de 4,4% na comparação com o mesmo período de 2017 e de 6,5% em relação ao trimestre imediatamente anterior. O abate de frangos, por sua vez, totalizou 1,42 bilhão de cabeças, com queda de 4,0% em relação ao 3º tri de 2017 e alta de 3,4% em relação ao trimestre imediatamente anterior. A aquisição de leite cru foi de 6,30 bilhões de litros, crescimento de 0,3% em relação ao 3º trimestre de 2017 e aumento de 15,1% frente ao segundo trimestre de 2018, comportamento típico de alta entre os dois períodos, de acordo com a série histórica. Mais informações. (IBGE)

 

 

Porto Alegre, 12 de novembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.857

Perspectivas do USDA sobre o mercado lácteo da América do Sul - Relatório 45 de 08/11/2018

Leite/América do Sul - Nas duas últimas semanas, a produção de leite na fazenda atingiu o pico nas principais bacias leiteiras do Cone Sul da América do Sul, depois de atingirem o pico de primavera. No Brasil, no entanto, continua a melhora da produção de leite, e o maior volume de leite ocorre nas primeiras semanas do verão.

No nível continental, o leite recebido nas fábricas é intenso, e existe volume mais do que suficiente para atender as necessidades de processamento. De fato, em algumas áreas rurais não existe transporte suficiente para atender toda a demanda para o transporte de leite.

Enquanto isso, no nível industrial, a demanda por leite/creme dos fabricantes de queijo e biscoitos de manteiga é intensa, pois, precisam atender a demanda para as festas de final do ano. Da mesma forma, devido à proximidade das férias, a produção de doce de leite, sorvete e outras sobremesas favoritas estão ativas.

E, voltando à fazenda, as chuvas recentes melhoraram a qualidade das pastagens e as condições para a emergência do milho e da soja. Para alguns produtores de leite em todo o continente, isso poderia representar uma redução de custo de alimentação a curto prazo. No entanto, a maioria dos produtores continua lutando com baixas receitas que deixam o resultado no vermelho, devido os baixos preços na fazenda e despesas operacionais elevadas. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
 
 

ANTT define multas para quem não cumprir preço mínimo do frete

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) definiu os valores das multas que serão aplicadas a quem descumprir os preços mínimos da tabela dos fretes rodoviários. Os valores da punição vão variar para contratantes, transportadores e anunciantes, e podem chegar a R$ 10,5 mil. A resolução 5.833 foi publicada hoje no "Diário Oficial da União".

Para quem contratar o serviço de transporte rodoviário de cargas abaixo do piso mínimo estabelecido pela ANTT, a multa será de duas vezes a diferença entre o valor pago e o piso devido, limitada ao mínimo de R$ 550 e ao máximo de R$ 10,5 mil.

Para o transportador que realizar o serviço por um valor inferior ao piso mínimo, a multa será de R$ 550. Já os responsáveis por anúncios de ofertas para contratação do transporte rodoviário de carga por um valor inferior ao piso mínimo pagarão multa de R$ 4,97 mil.

Finalmente, os contratantes, transportadores, responsáveis por anúncios ou outros agentes do mercado que impedirem, obstruírem ou, de qualquer forma, dificultarem o acesso às informações e aos documentos solicitados pela fiscalização pagarão multa de R$ 5 mil.

"A ANTT poderá utilizar-se do documento que caracteriza a operação de transporte, de documentos fiscais a ele relacionados e das informações utilizadas na geração do Código Identificador da Operação de Transporte para comprovação da infração prevista neste artigo", diz a resolução.

A agência já vinha realizando fiscalizações para verificar se a tabela estava sendo cumprida, mas apenas notificando os envolvidos que estavam fora da lei. Com a resolução, as multas podem ser aplicadas a partir de hoje.

Entidades do setor produtivo reunidas no movimento Frente sem Tabela, que garantem representar mais de 20% do PIB, empregar quase 20 milhões de pessoas e responder por mais de 40% das exportações, informaram que receberam com preocupação e surpresa a resolução da ANTT.

"Acreditamos que a publicação da Resolução 5.833/18 não condiz com o devido processo regulatório: os valores das multas são definidos sem metodologia clara e a multa é estabelecida sobre uma tabela inaplicável. Ademais, a referida resolução não respeita a proporcionalidade na aplicação das multas e as mesmas poderiam chegar a 200% do valor do produto transportado", informou o movimento, em nota.

"Temos confiança que o Brasil pode vencer as adversidades atuais, mas entendemos que o tabelamento de serviços privados jamais será o caminho correto para reverter a crise econômica e retomar o crescimento e desenvolvimento no país", continua a nota, que conclui: "O movimento Frete sem Tabela aguarda uma rápida manifestação do Supremo Tribunal Federal de forma a solucionar este impasse que prejudica, não apenas o setor produtivo, mas toda população brasileira". (As informações são do jornal Valor Econômico) 


Clima de El Niño no horizonte do estado
Ingrediente determinante para uma boa produção, o clima da próxima safra de verão deve ter a cara do El Niño. O fenômeno se caracteriza pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico e costuma trazer consigo temporada de precipitações reduzidas no norte e ampliadas no sul do Brasil. Os prognósticos apontam, no entanto, para ocorrência fraca. No Rio Grande do Sul, a maior preocupação para os produtores costuma vir de anos com projeções de chuva escassa e não de anos com precipitações acima da média. O meteorologista João Luiz Martins Basso, da Somar Meteorologia, lembra, no entanto, que apesar da elevada umidade ser benéfica no enchimento de grão, em excesso, pode trazer prejuízos: - Dias nublados, sem luminosidade, podem afetar o desenvolvimento da cultura. Assim como quando ocorrem períodos mais chuvosos, a qualidade das lavouras pode ser afetada. A perspectiva de termos um El Niño para os meses de dezembro, janeiro e fevereiro surgiu com maior clareza nas últimas três semanas, explica o professor e climatologista Francisco Eliseu Aquino, diretor do Centro Polar e Climático da UFRGS: - No momento, agências internacionais de prognósticos estão em um certo consenso: entre 60% e 70% de chances do fenômeno se configurar no final do ano, início de verão. No Estado, deveremos ter, além da possibilidade de chuva intensa, temperaturas um pouco acima da média, da Região Central para o Norte. No Sul, a tendência é de registros dentro da média. Há a discussão, ainda, de que esse poderá ser um El Niño modoki, quando o aquecimento das águas do Oceano Pacífico não ocorre de maneira uniforme. Dentro desse cenário, por enquanto, as estimativas são de que não haja efeitos a ponto de influenciar negativamente os resultados da safra de verão, em que são cultivados carros-chefes da economia gaúcha, como soja, milho e arroz. - Houve problemas na arrancada (plantio) da safra. Mas estamos trabalhando com a perspectiva de normalidade - afirma Lino Moura, diretor técnico da Emater. (Zero Hora) 
 

Porto Alegre, 09 de novembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.856

Sindilat registra recorde de inscrições ao 4° Prêmio de Jornalismo

O 4° Prêmio Sindilat de Jornalismo encerrou seu período de inscrições com um número recorde de projetos protocolados. Ao todo, foram apresentados 56 trabalhos e, entre as quatro categorias que serão contempladas na premiação, o destaque ficou com o jornalismo impresso, com 18 trabalhos inscritos. O reconhecimento do Sindilat será concedido aos jornalistas que atuam nos meios impresso, eletrônico, online e fotografia.

Segundo o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, o prêmio reconhece o trabalho dos profissionais que desenvolvem suas reportagens com o cuidado de reproduzir a realidade do campo. O tema desta edição aborda os aspectos relacionados ao setor lácteo, seu desenvolvimento tecnológico, avanços, novos produtos e os desafios enfrentados.

Formada por representantes do Sindilat, Farsul, Fetag, Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Sindicato dos Jornalistas e Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos do RS (ARFOC), a comissão julgadora divulgará os finalistas até o dia 19 de novembro. Os primeiros colocados de cada categoria receberão um troféu e um iPhone. Já os segundos e terceiros premiados receberão um troféu. A premiação ocorrerá no dia 12 de dezembro, no hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre/RS, durante as festividades de final de ano do Sindilat.

Personalidades do Agronegócio também serão reconhecidos
No mesmo evento serão conhecidos os vencedores do Prêmio Destaques 2018. A distinção é tradicionalmente concedida a pessoas que atuam no desenvolvimento do agronegócio gaúcho e brasileiro. Serão premiadas personalidades nas seguintes categorias: Agronegócio Nacional; Agronegócio Estadual; Liderança Política; Personalidade; Servidor Público; Setor Público; Inovação; Pesquisa; Responsabilidade Social e Industrial. Os nomes dos indicados serão divulgados em breve.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, afirma que a premiação busca contemplar pessoas que trabalham com pesquisas, investem em melhorando visando ampliar a qualidade dos produtos e que contribuem para o desenvolvimento do setor em suas áreas de atuação. Ele destaca ainda a relevância das premiações no cenário gaúcho. "Os prêmios Sindilat de Jornalismo e Destaques 2018 consolidam-se na agenda do agronegócio gaúcho como um reconhecimento essencial para quem faz do jornalismo e da pesquisa um caminho para o desenvolvimento do campo", destacou Guerra. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 

Teutônia será palco de discussões sobre a cadeia produtiva do leite 

No mês de novembro, o município de Teutônia, no Vale do Taquari (RS), concentrará as discussões sobre a cadeia produtiva do leite no Estado. A cidade sediará, no dia 22 de novembro, o 7º Fórum Itinerante do Leite, evento promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), que ocorrerá paralelamente à 12ª edição do Fórum Tecnológico do Leite, tradicional encontro organizado pelo Colégio Teutônia. Os eventos são complementares. 

Por meio de palestras e oficinas, o Fórum Tecnológico do Leite pretende discutir o uso de tecnologias aplicadas na produção leitera que visem ampliar a renda dos produtores. O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, será o mediador da oficina Panorama da Tuberculose e Brucelose no Vale do Taquari. Segundo Palharini, o objetivo é levar informação de ponta ao produtor rural e explorar as potencialidades da região que concentra uma das bacias leiteiras mais expressivas do Estado. 

O Fórum Itinerante do Leite e o Fórum Tecnológico do Leite ocorrerão no dia 22 de novembro, no Ginásio da Sociedade Esportiva e Recreativa (SER) Gaúcho e no Colégio Teutônia, respectivamente. Para Márcio Mugge, coordenador do Fórum Tecnológico, os dois eventos têm o mesmo foco, que é o de levar aos produtores conhecimento relacionado à gestão, à qualidade, à produtividade, a tendências, a tecnologias, à sanidade, entre outros. "São eventos que se conectam. Um, por ser itinerante, traz a percepção do contexto mais abrangente, e, o outro, por sempre acontecer em Teutônia, identifica as características do ambiente onde está inserido," afirmou. 

Entre os destaques da programação estão os painéis sobre o uso de novas tecnologias para qualificar o dia a dia no campo e ferramentas de inteligência para profissionalizar a gestão dos tambos. A agenda ainda apresentará aos produtores da região o trabalho realizado pelo Conseleite, painel em que se pretende explicar a metodologia de cálculo do valor de referência para o litro de leite divulgado todos os meses no Rio Grande do Sul. "Queremos mostrar aos produtores como utilizar as informações disponíveis para profissionalizar seus sistemas de produção, elevar renda e competitividade", elencou o secretário executivo do Sindilat. 

Além do debate mediado por Palharini, ocorrerão outras três oficinas técnicas: Eficiência Energética e Energia Alternativa Aplicada na Propriedade; Balanceamento de Dietas para Vacas Leiteiras em Lactação; e Reprodução e Controle de Doenças Reprodutivas. Para finalizar o encontro, haverá um happy hour com degustação de produtos lácteos e Concurso de Leite em Metro, disputa tradicional na região que premia os amantes do leite. (Jornal do Comércio) 

 

Coca-Cola aposta em produtos lácteos `naturais' no Brasil

Produtos lácteos - A maior fabricante de refrigerantes do mundo quer um pedaço maior do mercado brasileiro de laticínios, de US$ 20 bilhões. A Coca-Cola, que enfrenta queda nas vendas à medida que os consumidores abandonam o refrigerante, anunciou que produzirá o primeiro iogurte "natural" do Brasil, fabricando o produto sem aromatizantes, corantes nem conservantes artificiais.

O objetivo é dar impulso à unidade brasileira de laticínios da empresa, cujas vendas aumentaram 30 por cento no último ano, de acordo com Pedro Massa, o executivo que administra novos negócios no Brasil.

A Coca-Cola, que tem sede em Atlanta, e seus concorrentes do setor de bebidas têm buscado outras alternativas para impulsionar o crescimento, devido à queda do consumo de refrigerantes. A empresa adquiriu em 2016 a laticínios Verde Campo, com sede no estado de Minas Gerais, e investiu cerca de R$ 50 milhões (US$ 13,3 milhões) para ampliar a produção de produtos lácteos naturais. No mundo inteiro, os consumidores estão buscando opções mais saudáveis, e a empresa vai retirar os ingredientes artificiais de seu iogurte até o final do mês e pretende fazer o mesmo com o queijo e outros produtos até o final de 2019.

"A Verde Campo é uma empresa que tem inovação no seu DNA e é estratégica para a Coca-Cola", disse Massa, em entrevista.

A Coca-Cola fez investimentos para dobrar a capacidade de produção de queijo e quintuplicou sua capacidade de produzir iogurte, segundo a Verde Campo. O objetivo é registrar um crescimento superior a 30 por cento ao ano, informou a empresa. A Coca-Cola também administra operações de leite em outros países, inclusive nos EUA, com a marca Fairlife.

Como parte da iniciativa para retirar ingredientes artificiais de produtos lácteos brasileiros, a Coca-Cola alterou o processo de aquisição do leite: passou a captar o produto mais rapidamente nas fazendas e desenvolveu um programa que ajuda os produtores a fornecer leite com índice de bactérias bem abaixo dos padrões internacionais, segundo Alessandro Rios, CEO da Verde Campo. (UOL)


LEITE/CEPEA: DEMANDA RECUA E PREÇOS CAEM COM FORÇA NO SPOT
Leite spot - Os preços do leite comercializado no mercado spot (entre indústrias) recuaram expressivamente na comparação entre as primeiras quinzenas de novembro e outubro nos estados pesquisados pelo Cepea. As quedas foram de 29% para São Paulo, 23% para Minas Gerais, 17% para Goiás e 17% para o Paraná, para as respectivas médias de R$ 1,12/litro, R$ 1,16/l, R$ 1,28/l e R$ 1,22/l na primeira metade de novembro. Vale lembrar que os preços negociados no spot são fixados para toda a quinzena e não sofrem alterações até o início da próxima. Segundo colaboradores do Cepea, a desvalorização do leite no spot está atrelada ao desaquecimento da demanda, que vem sendo pressionada desde agosto, e ao aumento da oferta de leite no campo. (Cepea)​

 

Porto Alegre, 08 de novembro de 2018                                              Ano 12 - N° 2.855

Leite em pó 'puxa' crescimento nas importações
 
Ontem (07/11) a Secex divulgou os dados de balança comercial láctea do Brasil para o mês de outubro, evidenciando um movimento de forte alta nas importações. Em equivalente leite, o volume total importado de 155,6 milhões de litros foi 69% superior ao registrado em setembro, e 115% maior em relação a outubro de 2017. Enquanto as exportações recuaram 37%, de 14,7 milhões de litros em setembro para 9,3 milhões de outubro. Este movimento trouxe o déficit da balança comercial para o maior nível desde outubro de 2016, em -146 milhões de litros, como ilustra o gráfico 1.  
Gráfico 1. Evolução do saldo da balança comercial de lácteos no Brasil (em equivalente leite). Fonte: Elaborado pelo MilkPoint com base em dados da Secex.

Os leites em pó foram os grandes "responsáveis" por este forte aumento no volume total importado. Em outubro, 10,3 mil toneladas de leite em pó integral foram internalizadas, quase 90% a mais em relação ao volume de setembro (5,4 mil toneladas). No desnatado, o volume importado de quase 4 mil toneladas foi mais do que o dobro (+150,7%) em relação a setembro (1,6 mil toneladas).

Internamente, há um certo equilíbrio entre a oferta e a demanda de leite em pó (seja desnatado ou integral), que vem impedindo fortes variações nos preços. Mesmo assim, o momento de desvalorização cambial na Argentina e no Uruguai (especialmente no primeiro), fez com que o produto ficasse consideravelmente mais competitivo no Brasil, como abordamos recentemente aqui. No acumulado de 2018 (janeiro - outubro), o preço médio de importação do leite em pó integral argentino caiu 11,1% em relação ao mesmo período de 2017, enquanto o uruguaio recuou 8,8% no mesmo período.

Assim, em outubro o Brasil importou 6,4 mil toneladas de leite em pó integral da Argentina, contra 3 mil toneladas em setembro, a um preço médio de US$2.962/tonelada, o menor preço de 2018, como ilustra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volume e preço de importação do leite em pó integral argentino. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint com base em dados da Secex. 
 

Quanto aos demais produtos, as importações de queijos caíram 12% em outubro (2,5 mil toneladas) na comparação com setembro (2,8 mil toneladas), as de manteiga aumentaram 1% (481 toneladas em outubro vs. 476 em setembro), e as de soro praticamente não tiveram alteração com 937 toneladas adquiridas em outubro, contra 928 em setembro. Observe na tabela 1 a estratificação dos produtos lácteos importados e exportados pelo Brasil em outubro. (MilkPoint) 

Tabela 1. Balança comercial láctea em outubro de 2018. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados da Secex. 
 

Arla utiliza tecnologia blockchain para mostrar a jornada do leite aos consumidores

A Arla Finlândia foi a primeira a tornar a sua cadeia de produção leiteira (da fazenda aos lácteos nas prateleiras) aberta ao público, por meio da tecnologia blockchain. Os dados salvos na fazenda leiteira, durante a coleta e processamento de leite são automaticamente transferidos para a Arla Milkchain, onde podem ser vistos por qualquer pessoa.

A gerente de marca e categoria da Arla, Sanna Heikfolk disse que o desenvolvimento é devido às demandas dos consumidores. "As pessoas querem que seus alimentos sejam produzidos de maneira responsável e transparente. O objetivo da Arla é promover a transparência na produção de lácteos", explicou Heikfolk. Os consumidores podem aprender sobre a jornada de seu leite, verificando a data na embalagem e olhando no calendário da Arla Milkchain, no site da Arla.
 
O serviço fornece informações sobre os diferentes estágios de produção do leite, como quantas vacas foram ordenhadas, se algum bezerro nasceu na fazenda e quais funcionários estavam trabalhando no momento. Ele mostra quando o leite foi retirado da fazenda, quando o leite chegou ao laticínio e muito mais. A maioria dos dados é salva automaticamente, portanto, coletá-los não exige trabalho adicional na cadeia de produção de leite.
 
A matéria-prima para o leite orgânico - de propriedade única - vem da fazenda Tikka em Kurikka, na Finlândia. Tuomo Mäkinen, empresário agrícola da fazenda disse que é muito importante entender as origens e a jornada dos produtos, para que seja construída uma confiança por parte dos consumidores. "É natural que as pessoas queiram saber quem trabalhou em seu produto e como as coisas na fazenda foram nesse dia". O leite orgânico é embalado na cooperativa de lácteos Hämeenlinnan Osuusmeijeri, da Arla Finland. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)
 

Israel assina acordo para reformar o mercado lácteo

O Ministro das Finanças de Israel, Moshe Kahlon, o Ministro da Agricultura Uri Ariel, a Associação de Agricultores de Israel e a Associação de Criadores de Gado assinaram um acordo de reforma no mercado de lácteos no dia 29 de outubro. A reforma deve reduzir o custo dos produtos lácteos, abrir a economia para importações graduais, economizar centenas de milhões de shekels por ano para a economia e para as famílias consumidoras. 

"Assinamos uma reforma histórica no mercado de lácteos que reduzirá significativamente os preços do leite para os cidadãos israelenses, melhorará a indústria de laticínios e desenvolverá uma competição saudável, juntamente com medidas destinadas a proteger o agricultor israelense. Parabenizo os agricultores e os chefes das organizações sobre a assinatura do acordo que traz grandes notícias para os cidadãos de Israel na luta para reduzir o custo de vida".

Benefício para os consumidores
Ariel chamou o acordo de "inovador" e disse que o acordo beneficiará os agricultores e os consumidores israelenses. "O acordo faz parte da política do Ministério da Agricultura para fortalecer o setor lácteo e assinar um acordo de exportação de lácteos para a China. Continuaremos trabalhando para fortalecer os agricultores israelenses e a produção local de que tanto nos orgulhamos", disse Ariel. O presidente da Associação de Agricultores de Israel, Meir Tzur, disse: "meu objetivo ao chegar a um acordo era preservar a produção familiar, toda a indústria de laticínios na agricultura e indústria, e de fato mantermos, a indústria de lácteos e a indústria local".

Preços mais baixos
Atualmente, segundo o governo, os produtos lácteos em Israel estão entre os mais caros do mundo. O acordo deve reduzir significativamente os preços de produtos lácteos supervisionados, como leite, queijo amarelo e creme, bem como produtos não regulamentados. As doações de NIS 450 milhões (US$ 120,96 milhões) serão destinadas à manutenção das fazendas existentes, para incentivar a construção de grandes e eficientes fazendas leiteiras, aposentadoria e o estabelecimento de parcerias. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e resumidas pela Equipe MilkPoint)

FrieslandCampina Ingredients inaugura novo escritório em São Paulo
A gigante de laticínios FrieslandCampina Ingredients tem como objetivo capitalizar com mais eficácia a crescente demanda por ingredientes de alta qualidade na América Latina, com seu novo escritório de vendas em São Paulo, Brasil. O movimento segue expansões geográficas semelhantes nos últimos anos, com o fornecedor de ingredientes abrindo novos escritórios regionais de vendas em Nova York, Pequim, Cingapura e São Paulo, além do escritório central em Amersfoort, na Holanda. "Nosso principal objetivo para o crescimento é criar uma ponte de sucesso entre nossos ingredientes de alta qualidade e a indústria de alimentos da América Latina", disse Eliane Cabral, diretora-geral para a América Latina. "Ao expandir na região, estamos em uma posição melhor para fazer parcerias com nossos clientes para oferecer experiências saudáveis e prazerosas aos consumidores." (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)