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Porto Alegre, 05 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.278

Governo deverá levar auxílio até final do ano

A equipe econômica está trabalhando mais uma vez com a possibilidade de estender o auxílio emergencial. Agora a ideia é levá-lo até o final do ano. A iniciativa que volta à discussão estaria relacionada com a demora do governo em providenciar um programa permanente de renda, o que seria inicialmente sanado com o Renda Brasil, que segue apenas como proposta por enquanto. Analistas também avaliam que o presidente Jair Bolsonaro já estaria pensando em reeleição, e por isso estaria incentivando sua equipe a voltar ao tema da ampliação por mais meses. 

O benefício que começou com três parcelas de R$ 600 hoje tem cinco, mas para evitar que o rombo nas contas públicas neste ano alcance R$ 1 trilhão, a ideia do governo é negociar com o Congresso um valor menor que os R$ 600, entre R$ 200 e R$ 300. Entretanto, para modificar o valor é preciso o aval dos parlamentares, já que a lei que criou o benefício até pode ter validade para o pagamento do benefício até o fim do ano, mas teria que ser a mesma quantia de R$ 600. Como a ideia é reduzir, seria necessária a negociação no Legislativo. 

Ainda sobre o auxílio emergencial e para quem já tinha feito solicitação, o governo federal anunciou ontem que o site da Dataprev também receberá requerimentos de contestação para quem teve o pedido negado. Segundo informou nota do Ministério da Cidadania, a plataforma é ideal para quem teve o acesso negado por razões cadastrais ou para aqueles que pretendem fazer o requerimento após a atualização dos dados pessoais. Entre outros exemplos de quem deve procurar o serviço estão cidadãos que completaram 18 anos recentemente, aqueles que foram servidores públicos ou militares e perderam vínculo, ou ainda novos desempregados que não tenham acesso a outros programas sociais como o seguro-desemprego. De acordo com dados da Caixa Federal, 438,5 mil cadastros estão em fase de reanálise. Até o lançamento da nova ferramenta a solicitação podia ser feita pelo site da Caixa, pelo aplicativo “Caixa Auxílio Emergencial” e também por solicitação via Defensoria Pública da União (DPU). (Correio do Povo)

            

Leite/Oceania
Fontes australianas relatam que as atuais projeções para o preço do leite melhoraram, possibilitando melhores rendimentos para os produtores. As incertezas estão por conta das chuvas. 

No mês de junho a Austrália registrou precipitações abaixo da média, e os produtores de leite fazem as contas para o verão.

Mantido o atual cenário a lucratividade estará comprometida. As previsões meteorológicas de julho a setembro apontam para chuvas menos favoráveis, dadas às condições do Oceano Índico, o que poderá elevar os custos. Assim, como sempre acontece, as incertezas no início da temporada são particularmente estressantes.    

Na Nova Zelândia também existe alguma preocupação sobre o desenvolvimento da próxima temporada. Até o momento o tempo está sendo favorável ao crescimento das pastagens e produção de leite. Ainda assim, alguns observadores expressam suas incertezas sobre as possíveis mudanças do tempo, o que poderá impactar tanto na produção como nos preços.

Os efeitos macroeconômicos do Covid-19 são aspectos discutidos entre os analistas, e que podem impactar na demanda. Alguns bancos regionais que apoiam o setor agropecuário observam de perto o desenvolvimento do ambiente econômico. Essas incertezas dificultam qualquer projeção a partir da Nova Zelândia, um país que cujo setor lácteo é completamente dependente das exportações. Projetar o futuro em diversos outros mercados é bem mais desafiador, do que quando o consumo de sua produção é doméstico e perto de casa. Alguns observadores questionam a recente volatilidade dos preços das commodities lácteas, se elas não seriam uma resposta de compradores e vendedores às incertezas de um futuro próximo. Até agora, porém, a maioria dos produtores vêm com otimismo o aumento de preço neste início de temporada.    (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

CNA debate alternativas de exportação indireta
Uma live promovida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), na segunda (03), debateu os processos que o produtor precisa conhecer para vender seus produtos no mercado internacional.

A live contou com a participação de consultores do Conselho Brasileiro das Empresas Comerciais Importadoras e Exportadoras (Ceciex) e de uma empresária que tem experiência no assunto.

"É muito importante se preparar, conhecer os níveis de exigência de cada público, a cultura do país e se adequar à legislação desse país", afirmou Letícia Feddersen, dona da Soul Brasil, empresa que comercializa produtos como geleias, molhos de pimenta e de frutas com vinagre para diversos países.

O consultor em comércio exterior, Maurício Manfré, destacou as vantagens do apoio de uma comercial exportadora e de um produto de qualidade para conquistar clientes no exterior.

"O produtor tem a expertise de produzir alimentos, uma empresa como essa tem em vender para o mercado externo. Ao juntar essas expertises, é possível conquistar um maior número de clientes, porque uma comercial exportadora ou trading, não é uma atravessadora, mas uma parceira que pode ajudar o produtor devido à experiência no mercado internacional", disse.

Manfré explicou, por exemplo, que o Oriente Médio tem interesse nos produtos brasileiros e é um mercado com grande potencial para vendas. "A exportação agrega valor ao produto."

A empresária Letícia Feddersen ressaltou a importância também de se investir na comercialização online para ser visto por esse público. "Exportação é uma maneira de aprender. A cada dia eu aprendo algo novo. Minha mensagem para os produtores é que é possível sim, exportar. Não é porque você é pequeno que não pode. O dólar está favorável, o mundo precisa de novos negócios e tem multicanais para isso."

Para a presidente do Ceciex, Damares Costa, através de um parceiro que o produtor confie há possibilidades reais de crescimento, "não apenas em um ou dois mercados, mas no mundo todo." Segundo ela, a empresa comercial apenas operacionaliza a exportação e o produtor não perde nenhum dos seus incentivos. "Por isso peço que todos os produtores olhem para o mercado externo com carinho."

O assessor técnico da Superintendência de Relações Internacionais da CNA, Rafael Gratão, conduziu o debate e afirmou que a exportação indireta pode facilitar os processos administrativos, logísticos e aduaneiros para o produtor que encontrou uma oportunidade comercial no exterior.

"Temos o programa Agro.BR que foca na internacionalização do agro brasileiro. O produtor que quiser conhecer e se inscrever no programa, basta acessar nosso portal cnabrasil.org.br/agrobr."

Assista todo o debate sobre exportação indireta clicando aqui. (CNA)

                

 
Rabobank: Demanda/China
O Índice de preços do Global Dairy Trade caiu 5,1%, levantando suspeitas de que a demanda da China pode está em declínio e os estoques completos. O leite em pó integral foi o mais atingido, com queda de 7,5% e comparação com o evento de duas semanas atrás. Esta foi a maior taxa de queda do produto desde março de 2017. Sendo essa a maior queda desde de dezembro passado, o Rabobank questiona acerca da estabilidade da demanda da China pelos produtos lácteos da Nova Zelândia. A demanda pareceu firme durante o lockdown mas, a demanda para os serviços de alimentação e retalho caíram em junho. Isso sugere que o que parecia uma demanda liderada pelo consumo, na verdade foi alteração no planejamento dos negócios de algumas empresas que procuraram recompor seus estoques para garantir a segurança alimentar. O Rabobank alerta que a combinação do aumento da produção doméstica e a demanda mais fraca pode diminuir as compras chinesas de lácteos. Outro fator a ser observado é a retração da economia dos Estados Unidos e da Europa. Os preços do queijo nos EUA caíram em queda livre e o leite em pó desnatado também. “O último GDT não marca necessariamente o fim da sustentação dos preços dos lácteos da Nova Zelândia, mas, está comprovando a visão do Rabobank de que o caminho de agora em diante será muito acidentado.  (Stuff – Tradução livre: Terra Viva)
 
 


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Porto Alegre, 04 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.277

Comissão da reforma tributária retoma trabalhos; Guedes será ouvido na quarta

A Comissão Mista Temporária da Reforma Tributária retomou suas atividades nesta sexta-feira (31) após mais de quatro meses de suspensão provocada pela pandemia de covid-19. O presidente da comissão, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), reiniciou os trabalhos comunicando que o ministro da Economia, Paulo Guedes, será ouvido na quarta-feira (5), às 10h. As reuniões são feitas remotamente, por videoconferência entre deputados federais e senadores.

Para Roberto Rocha, a reforma tributária é uma ferramenta indispensável para que o país volte para o caminho do desenvolvimento econômico e da geração de emprego e renda, especialmente depois dos efeitos negativos causado pelo coronavírus. Na opinião dele, o sistema tributário brasileiro é “um verdadeiro pandemônio tributário”. O presidente pediu apoio a todos os deputados e senadores que integram ou não a comissão mista.

Após iniciar a reunião, Roberto Rocha passou a condução do debate para o vice-presidente do colegiado, o deputado federal Hildo Rocha (MDB-MA), que passou a palavra inicialmente para o relator da comissão mista, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). 

O relator disse que a comissão terá de debater as PECs 110/2019 (do Senado) e 45/2019 (da Câmara), além da proposta do governo federal, cuja primeira parte  foi entregue há 10 dias ao Congresso Nacional. Para ele, os parlamentares têm o desafio de avançar “nesse debate complexo” pensando no cenário pós-pandemia. Aguinaldo Ribeiro disse acreditar que a reforma tributária vai ajudar o país a aumentar o PIB ano após ano. Em sua opinião, a reforma tributária tem que simplificar o sistema e torná-lo mais justo e transparente, o que dará segurança jurídica e confiabilidade ao Brasil.

Ribeiro disse que o Congresso tem que buscar uma reforma ampla que traga mudanças estruturais, pois o Brasil tem uma concentração de renda extrema e enorme desigualdade social. Ele acrescentou que a reforma precisa proporcionar mais equilíbrio fiscal, alavancar a geração de emprego e renda e ajudar a combater as mazelas sociais do país.

— Não basta a simplificação tributária, tem que haver mudanças estruturais que reduzam custos e preços e proporcionem crescimento econômico — salientou o relator.

"Justiça tributária"
O senador Major Olimpio (PSL-SP), primeiro vice-relator da comissão, afirmou que esse colegiado terá um papel fundamental para a história do Brasil. Ele disse que a discussão sobre uma reforma tributária vem desde 1988 e afirmou que o Parlamento não deseja aumentar a carga tributária.

A senadora Zenaide Maia (Pros-RN) disse concordar com a simplificação e a unificação tributária, mas afirmou que a “a justiça tributária é mais importante”. A senadora acrescentou que “os mais pobres do país são os que mais pagam tributos”. Em sua avaliação, a reforma tem que taxar a distribuição de lucros e dividendos e as grandes fortunas, além de reduzir a carga tributária do consumo e reformular a tabela do imposto de renda.

Por sua vez, o senador Wellington Fagundes (PL-MT) afirmou que as empresas brasileiras estão sobrecarregadas de tributos e de burocracia. Ele defendeu uma reforma tributária que promova distribuição de renda e justiça tributária e simplifique o país. Ele afirmou que as micro e pequenas empresas são as maiores geradoras de emprego do país, mas sofrem com a alta carga tributária e a burocracia.

O senador Angelo Coronel (PSD-BA) disse que os empresários brasileiros pagam muito impostos, o que atravanca a geração de empregos. Ele defendeu a redução da carga tributária dos setores industrial e comercial.

— Os empresários não são os vilões. Tem que reduzir a carga tributária do empresário e do consumidor. Não dá para desafogar o consumidor e deixar a empresa afogada — opinou Angelo Coronel.
"Sustentabilidade fiscal"

Para o senador José Serra (PSDB-SP), o foco do Congresso não deveria se apenas a reforma tributária, mas sim, principalmente, equacionar o orçamento público à nova realidade trazida pela pandemia, fazendo uma profunda revisão qualitativa dos gastos públicos. Ele disse que o país precisa de sustentabilidade fiscal e econômica a longo prazo, sem penalizar os mais pobres, e um ousado programa de revisão de gastos públicos.

— Teremos que acomodar maiores gastos sociais e maiores investimentos, e só faremos isso sem o aumento da carga tributária se nos dedicarmos a avaliar, repensar e aperfeiçoar nossas políticas e programas públicos, não tem outra saída — disse Serra.

Já o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) opinou que a reforma não pode ser feita apenas dos pontos de vista arrecadatório ou da justiça social. Todo imposto é repassado aos custos das empresas e recaindo sobre o consumidor, disse.

— É claro que é desejável que quem ganha mais pague mais e quem ganha menos pague proporcionalmente menos, mas a maior justiça social que se pode ter é um país crescendo, é um país criando empregos e gerando riquezas. Além do imposto ser progressivo, além de ter alguma justiça social, que seja um sistema tributário simples, que não aumente o tamanho da carga tributária e que seja amigável a quem quer empreender e gerar empregos e riquezas — afirmou Oriovisto.

Também participaram da reunião os deputados Luiz Miranda (DEM-DF), Alexis Fonteyne (Novo-SP), Afonso Florence (PT-BA), Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP), Mauro Benevides Filho (PDT-CE), Hugo Leal (PSD-RJ) e Angela Amin (PP-SC). (Agência Senado)

 
            

Gdt – Global Dairy Trade

Aftosa: auditoria para retirar vacinação no Rio Grande do Sul começa nesta 3ª

Equipe do Ministério da Agricultura vai avaliar cumprimento de apontamentos levantados no ano passado, que incluem aquisição de veículos e contratação de pessoal para inspetorias

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Rio Grande do Sul se prepara para receber auditores do Ministério da Agricultura em mais uma etapa para a obtenção do status de zona livre de febre aftosa no estado. Os técnicos irão avaliar o cumprimento de 18 apontamentos levantados no ano passado, como a aquisição de 72 veículos para fiscalização e contratação de 150 auxiliares administrativos para atendimento nas inspetorias de defesa agropecuária.

“A montadora vencedora da licitação dos veículos já está enviando o cronograma de entrega, e o pregão para contratação de pessoal deve abrir as propostas nesta terça. Devemos ser bem avaliados porque o ministério vai comprovar que o governo estadual fez todos os movimentos necessários para a conquista da retirada da vacinação contra a aftosa”, afirma o secretário de Agricultura do estado, Covatti Filho.

Durante os próximos dois dias, a secretaria vai revisar com o ministério cada apontamento levantado pela auditoria anterior e também o plano estratégico para retirada da vacinação contra a febre aftosa.

“Na verdade são duas auditorias em uma. Ela será virtual, junto com o pessoal de Brasília e a superintendência regional do ministério no estado. Já carregamos uma série de documentos num drive que eles estão acompanhando e, a partir de amanhã, vamos repassar juntos item a item”, detalha a diretora de Defesa Agropecuária da secretaria, Rosane Collares.

De acordo com o governo gaúcho, uma pré-avaliação do ministério realizada no início de julho teria indicado que o atendimento às exigências está com andamento “bastante adequado e em fase final de atendimento”.

Status sanitário: A auditoria final também vai considerar o pleito para evolução de status sanitário junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). “Acredito que o relatório do ministério deve sair muito rápido, porque temos prazos nacionais e internacionais que precisamos cumprir para dar andamento no processo de evolução de status sanitário”, diz Rosane Collares. (Canal Rural)
                

 
Apex divulga calendário de feiras de alimentos e bebidas para 2021 com 15 eventos de referência no setor
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vão organizar a participação brasileira em 15 feiras internacionais de alimentos e bebidas em 2021. São eventos de referência no setor, que oferecem oportunidades de negócios em diversas regiões do mundo. Por meio de um calendário unificado, as empresas poderão selecionar os eventos mais interessantes para seu negócio e se inscrever. Conheça aqui as feiras e seus respectivos regulamentos clicando aqui. (Terra Viva)
 

 

 

 

Porto Alegre, 03 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.276

ARGENTINA: Classificação da indústria de laticínios 2019/2020
Todas as empresas que processaram mais de 100.000 litros de média diária de leite no período entre 1 de julho de 2019 e 30 de junho de 2020 foram tomadas para preparar o ranking.De acordo com a pesquisa industrial de 2018 realizada pela Diretoria Nacional Láctea, das 670 indústrias pesquisadas, cerca de 47 indústrias processadas na época, mais de 100.000 litros de leite por dia.
Por questões de sigilo estatístico, não é possível obter as informações do DNL - MAGyP, referentes aos litros processados por cada setor, e também não é possível, por razões de defesa da concorrência, recorrer a esses dados através das respectivas câmaras de negócios. . Portanto, a OCLA passou a solicitar a cada uma das empresas que tivéssemos a possibilidade de contato (34), os dados referentes ao volume de leite processado.
Abaixo está o ranking das empresas que foram solicitadas e concordaram em fornecer:
 
Observações e informações complementares :
• Consideramos que o ranking também deve incluir o Valor total do faturamento industrial e o Faturamento por litro de leite processado, que tentaremos incorporar em nossa próxima publicação.
• Na Argentina, no período analisado, o faturamento médio industrial foi de US $ 0,53 / litro de leite.
• Esse valor, por exemplo, para o ranking das 20 maiores indústrias de laticínios do mundo é próximo a US $ 1,00 / litro de leite (IFCN-2018). Uruguai em 2019/2020: US $ 0,53 / litro, considerando que as exportações representam 70% do destino comercial de litros de leite processado (INALE), quando na Argentina representam 20%.
• Para medir o nível de concentração industrial, é usual o uso do Índice Cr4: quanto processam as quatro principais empresas.
• A principal empresa da Argentina (Cr1) processa 12% do leite total, cujo valor nos principais países leiteiros do mundo é da ordem de 35%.
• O Cr4 atinge 32% na Argentina, quando no mundo dos laticínios as quatro maiores empresas processam mais de 75% da produção total.
• Esses números mostram uma grande atomização no processamento de leite na Argentina.
• Nas dez principais indústrias, 37% são processadas por empresas multinacionais (com sede em outros países).
• O sistema cooperativo para processamento de leite representa 5% (quase 50% do leite processado nos principais países leiteiros do mundo é através de cooperativas). Deve-se notar que, como um setor de produção primária, as cooperativas concentram na Argentina cerca de 26% da produção total de leite.
• Em meados dos anos 90, o Cr1 era de 18%, o Cr4 de 50% e as cooperativas possuíam 25% do leite total produzido na Argentina. 
Aspecto metodológico: considera-se leite processado o que cada indústria costuma comprar de terceiros (recebe, no caso de cooperativas), a produção própria e o leite proveniente de indústrias fora do ranking para compras temporárias.  (OCLA – Tradução livre: Sindilat/RS)
             

Hábito de cozinhar em casa aumenta vendas e resultados de cooperativa gaúcha

Faturamento da Piá cresceu 8,5% no primeiro semestre

Com forte aumento nas vendas de requeijão, manteiga, nata, doce de leite, usados nas receitas que os gaúchos tiveram de aprender a fazer em casa, o faturamento da Cooperativa Piá, de Nova Petrópolis, subiu 8,5% no primeiro semestre.

Jeferson Smaniotto, presidente da Piá, contou à coluna que o produto mais vendido foi o requeijão na embalagem de 400 gramas, lançada no ano passado como opção à de 180 gramas, mais comum.

– O aumento nas vendas desse requeijão foi o mais que mais espantou. Com as famílias em casa, e na cozinha, o consumo em 400 gramas explodiu – relatou, detalhado que o salto chegou a 28% nesse tipo de embalagem.

Conforme Smaniotto, a Piá tem se focado na contínua profissionalização da gestão e na melhoria dos resultados financeiros. A partir de março, detalha, houve necessidade de adaptação aos efeitos econômicos da pandemia. Ocorreram mudanças nos setores administrativo-financeiro e comercial-marketing. O objetivo foi diversificar produtos, com investimentos em máquinas e equipamentos.

Na última década, a Piá acumula investimentos de R$ 95 milhões em estrutura física. Agora, quer colher os resultados dessa aposta cautelosa, mas também ousada. O próximo passo será um reforço na linha de sobremesas e nos leites vitaminados, mas Smaniotto afirma que ainda neste ano a cooperativa vai dar um passo importante na sua trajetória, que prefere não revelar porque alerta a concorrência. (Zero Hora)

Leite/Europa
Observadores do setor lácteo da Europa Ocidental avaliam que os custos da alimentação animal estão mais razoáveis. As recentes chuvas ajudaram no crescimento das pastagens, e o otimismo em relação à produção de leite aumenta.

A produção de leite na União Europeia (UE) no mês de maio de 2020 foi 0,4% maior do que a registrada em maio de 2019, de acordo com a Eurostat. De janeiro a maio de 2020 a produção foi 1,3% acima da verificada no mesmo período do ano passado. As variações nos principais países produtores na mesma comparação foram: Alemanha (+1,1%); França (+0,9%); Holanda (+2,4%); Itália (+3,15); e Reino Unido (+0,9%).

O mercado de queijos na Europa Ocidental ficou estável e a produção por países entre janeiro e maio de 2020, em relação ao ano anterior registraram as seguintes variações: Alemanha (+2,5%); França (-0,8%); Holanda (-3%); Itália (-0,3%); e Reino Unido (+0,1%). No mês de maio, o aumento na UE foi de 2,2% quando comparado com maio de 2019.

As vendas de queijo no mercado varejista estão boas. Os pedidos estão constantes. A demanda de exportação está sendo bem atendida. Muitos contratos previstos para o final de 2020 permanecem em negociação. Existe divergência de desempenho em relação aos estoques de queijos curados nas indústrias. Algumas relatam estoques suficientes e outras, avaliam que estão com estoques baixos.  

As exportações de queijos entre janeiro e maio de 2020 caíram 3,7% em relação a janeiro-maio/2019. Os principais destinos nos primeiros quatro meses do ano, em volume e percentual foram: Reino Unido, 138.047 toneladas (31,9%); Estados Unidos, 38.165 toneladas (8,8%); e Japão, 35.110 toneladas (8,1%).  primeiro trimestre de 2020
 

A produção de leite na Polônia em maio de 2020 foi 1,8% superior à registrada em maio de 2019. De janeiro a maio de 2020 a produção total ficou 1,7% acima do volume captado entre janeiro e maio de 2019. A produção de algumas commodities lácteas na Polônia, entre janeiro e maio de 2020 em comparação com o mesmo período de 2019, foram: queijo (+4,4%); manteiga (+10,2%); leite em pó desnatado (-1,7%); e leite em pó integral (-0,1%).

A produção de leite na República Checa no mês de maio foi 3,7% maior do que a de um ano antes, e de janeiro a maio de 2020, o volume foi 4,5% superior ao verificado entre janeiro e maio de 2019. A produção de commodities lácteas na mesma comparação foram: queijos (+8,7%); manteiga (+3,3%); leite em pó desnatado (+8,3%); e leite em pó integral (-9,1%). (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


                

 
Piracanjuba Health & Nutrition faz doação do IMUNODAY para celebrar o Dia Nacional de Saúde
O Dia Nacional da Saúde carrega uma importante mensagem: a data de 5 de agosto é dedicada à conscientização acerca do valor da saúde. Paralelo a esse objetivo, a Piracanjuba Health & Nutrition também incentiva o cuidado com o bem-estar e o fortalecimento da imunidade e, assim, lançou o IMUNODAY, ideal para aumentar as defesas do organismo. Para celebrar a data, a marca promoverá a experimentação do produto, que conta com 23g de beta-glucana de levedura, é rico em vitaminas C, B12 e D, não tem glúten e é zero açúcar. Por meio de uma parceria com a Rede RD - das farmácias Drogasil, DrogaRaia e Onofre - os consumidores paulistas poderão receber o IMUNODAY em casa, gratuitamente. Para isso, basta acessarem www.drogasil.com.br no dia 5 de agosto, escolher o produto no sabor Chocolate Zero Lactose e adicionar o código IMUNODAY na página de pagamento, que debitará apenas R$ 0,01 do comprador, como forma de bonificação. “Diante da celebração do Dia Nacional de Saúde, especialmente nesses tempos em que a imunidade tem papel salutar na manutenção da saúde, a ação tem o objetivo de presentear consumidores de qualquer idade e promover a degustação do IMUNODAY. Os interessados poderão requerer o produto de forma on-line e com direito à entrega gratuita”, comenta a Gerente de Marketing, Lisiane Guimarães. A ação durará um dia, reforçando a comemoração de 5 de agosto ou, enquanto durarem os estoques. Serão milhares de unidades do IMUNODAY sendo doadas aos consumidores. Os códigos de desconto serão limitados a um para cada CPF, dando a oportunidade de que várias pessoas tenham a oportunidade de conhecer IMUNODAY, a dose diária de imunidade. (As informações são da Piracanjuba)
 

 

 

  

Porto Alegre, 31 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.275

EMATER/RS: recuperação dos índices de produção com melhora das condições climáticas

Durante a semana, as condições climáticas permitiram o uso das pastagens cultivadas com melhor qualidade e sem maiores limitações, refletindo em recuperação nos índices de produção de leite. O rebanho apresenta recuperação do escore corporal e ganho de peso em virtude da maior oferta de volumoso, oriundo de pastagens de aveia, azevém, trigo, trevo, cornichão, entre outros. 

A maior oferta de volumoso exige atenção do produtor e ajustes nos níveis proteicos dos alimentos concentrados, pois a elevada qualidade nutricional das pastagens de inverno reduz a necessidade de suplementação volumosa e proteica nos rebanhos que consomem grande quantidade de forragem no pasto. A produção de leite continua melhorando, agora sem as limitações impostas pelo excesso de umidade no solo e pelas temperaturas baixas que afetavam o desempenho das pastagens e causavam estresse nas matrizes. A qualidade do leite melhorou com a diminuição das chuvas na semana. 

O estado nutricional do rebanho permanece satisfatório na maioria das regiões, observando-se recuperação na condição corporal das fêmeas jovens – categoria mais prejudicada durante os meses de estiagem. Em geral, o gado está com boa sanidade, pois, com as geadas já registradas, diminuiu bastante a incidência do carrapato e da mosca. É bom o desenvolvimento de lavouras de cereais de inverno para ensilagem, sobretudo trigo, implantadas a fim de aumentar a disponibilidade de massa para os rebanhos. 
Nos municípios onde a temperatura é mais alta, bovinocultores começam o preparo para implantar as lavouras de silagem de milho, com aquisição dos insumos, retirada do gado e dessecações das lavouras. (As informações são da EMATER/RS)

 
             

Leite/América do Sul

A produção de leite no Brasil aumenta levemente. A temperatura amena melhora o desempenho produtivo das vacas leiteiras e ajuda no desenvolvimento de pastagens em diversas bacias leiteiras. 

No entanto, o volume de leite fornecido tem sido insuficiente para atender à forte demanda da indústria nacional de processamento de alimentos. Em decorrência disso o preço ao produtor aumentou nas últimas semanas. Da mesma forma, o leite no mercado spot continua crescendo. O leite disponível vai para um intenso processamento de queijo e leite UHT. Com o aumento de casos de Covid-19, as vendas de queijos para os serviços de alimentação e hotelaria continuam fracas. No entanto, de acordo com setores industriais, os preços de queijo deverão crescer no curto prazo, já que os estoques do setor varejista estão baixos, e a demanda dos consumidores deverá ser recuperada muito em breve.

Na Argentina e no Uruguai, a produção de leite está sazonalmente em crescimento. A oferta de leite tem sido suficiente para as necessidades de processamento. Em algumas áreas urbanas e rurais com baixos casos de Covid-19, restaurantes e pizzarias estão abrindo lentamente, o que vem beneficiando indústrias queijeiras regionais. No varejo, as vendas de produtos lácteos estão caindo significativamente dada à contração geral da economia causada pela pandemia. Além disso, os consumidores fizeram estoques suficientes no início do confinamento, resultando em menos compras nos supermercados.

No entanto, está havendo registro do aumento dos casos de coronavírus, e muito provavelmente haverá aumento da demanda de leite UHT, queijo, e iogurte no curto prazo. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

  

Exportações argentinas de lácteos cresceram 20% em junho
A Argentina exportou 148.743 toneladas de produtos lácteos em junho, no valor de US$ 467,4 milhões, segundo dados do INDEC divulgados pela Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla).

O volume é 21,6% superior ao mesmo mês do ano passado, enquanto o valor cresceu em uma proporção maior, 29,7%, devido a uma melhora no valor médio das exportações.

Quase metade do que foi exportado (49,3%) foi leite em pó, 22,9% foram queijos em suas diferentes formas e 18,7% foram o restante dos produtos (doce de leite, manteiga, óleo butírico, soro de leite, etc.)

O Ocla disse que, em litros equivalentes de leite, as exportações representaram 22% da produção total no primeiro semestre (18% no ano passado), absorvendo 250 milhões de litros adicionais de leite no mesmo período do ano passado.  (As informações são do Tardáguila Agromercados, traduzidas pela Equipe MilkPoint)


                

 
Consórcios de laticínios adquire unidade da Nestlé de Palmeira das Missões
Um ano após o fechamento, aconteceu a aquisição da unidade da Nestlé pelo Consórcio de Laticínios da Região, formado pelas empresas: Friolack – Chapada,  Mandaka - Nova Boa Vista, - Doceoli - Santo Cristo Frizzo – Planalto - São Luís – Marau - kiformaggio – Nonoai - Paladar – Guaporé - Stefanello - Rodeio Bonito. A aquisição foi oficializada no início do mês de julho. O Consórcio está elaborando o plano de investimento e que será apresentado nos próximos meses a comunidade de Palmeira em evento específico. No momento da apresentação do plano, a EMPRESA vai informar o volume de investimentos, os produtos a serem produzidos e os empregos que serão gerados para Palmeira e Região. O que podemos adiantar é que vai ser uma das maiores e mais modernas fábricas de secagem de soro de leite do Brasil. Além disso outros produtos serão beneficiados na unidade. O que com toda certeza é uma ótima notícia para comunidade Palmeirense. (Por Sid Farias Jornalismo RP)
 
 

 

 

 

Porto Alegre, 30 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.274

Mapa define identidade e requisitos de qualidade para cream cheese, provolone, queijo minas meia cura e sobremesa láctea
Foi publicado nesta quarta-feira (29) no Diário Oficial da União as Instruções Normativas que definem a identidade e qualidade do queijo provolone, queijo minas meia cura, cream cheese e sobremesas lácteas. 
Acesse abaixo as Instruções Normativas: 
 
(Diário Oficial da União – DOU)
             

Agro foi setor que menos perdeu empregos no RS

Dados do Caged mostram fechamento de 194 vagas no Estado e abertura de 62.633 no país durante o primeiro semestre deste ano

Números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério da Economia nesta semana mostram que a agropecuária foi o setor que menos perdeu empregos formais no primeiro semestre no Rio Grande do Sul. Embora o saldo tenha sido negativo, de 194 vagas com carteira assinada, levando-se em conta a diferença entre as 18.605 admissões e os 18.799 desligamentos, a redução foi menor que a dos demais grupos de atividades econômicas (comércio, serviços, indústria e construção), que fecharam 94.296 vagas. No país, o agro terminou o semestre com saldo positivo de 62.633 mil vagas formais (437.999 admissões e 375.366 desligamentos).

O pesquisador do Departamento de Economia e Estatística (DEE), da Secretaria Estadual de Planejamento, Orçamento e Gestão, economista Rodrigo Feix, avalia que o emprego no setor da agropecuária no Estado seguiu um comportamento semelhante ao dos anos anteriores. No início do ano, contratou mais, em função da colheita da uva e da maçã e apoio à safra de grãos de verão, enquanto que a partir de março ocorreu a desmobilização desta mão de obra. “Mesmo com a pandemia, a produção agrícola seguiu o seu curso, até porque as decisões já estavam tomadas”, observa.

Feix explica ainda que as áreas de alimentos e higiene foram as menos impactadas durante a pandemia, no Brasil e no mundo. “Com menor poder aquisitivo, as famílias cortam outras coisas, mas continuam comprando alimentos”, explica. O economista lembra ainda que o Rio Grande do Sul enfrentou os prejuízos causados pela estiagem. “Estes dois pontos – demanda por alimentos e quebra de safra – se contrabalançaram e os empregos da agropecuária foram os menos impactados”, avalia. Para o segundo semestre, prevê Feix, a tendência é de aumento dos desligamentos, por movimento sazonal. (Correio do Povo)

Preço do leite ao produtor é recorde para o mês de julho 

Valor subiu 16,1% na comparação com o mês anterior, informou o Cepea

O preço do leite ao produtor bateu recorde em julho, conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), vinculado à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP).

Neste mês, o preço pago ao produtor pelo leite captado em junho atingiu R$ 1,7573 por litro, conforme a média nacional calculada pelo Cepea.

Trata-se do maior valor registrado para um mês de julho e o segundo mais alto de toda a série histórica do Cepea, iniciada em 2004, atrás apenas da média de agosto de 2016, que foi de R$ 1,7751 por litro.

Em termos reais, a cotação é 16,1% maior em relação ao mês anterior e 25% frente ao mesmo período do ano passado.

Conforme o Cepea, a elevação nos preços se deve à maior competição entre as indústrias de laticínios para garantir a compra de matéria-prima em junho. A concorrência acirrada esteve atrelada à necessidade de se refazer estoques de derivados lácteos.

“Tipicamente, as indústrias empenham esforços nessa direção antes de abril, prevendo que a captação caia nos meses posteriores. Contudo, neste ano, as perspectivas negativas sobre o consumo nos médio e longo prazos diante da pandemia da covid-19 aumentaram o nível de incerteza em abril e diminuíram os investimentos das indústrias em estoques”, destacou o Cepea em nota.

Ancoradas em programas de auxílio emergencial, as vendas de lácteos se fortaleceram em maio e junho, reduzindo ainda mais os estoques e aumentando os preços dos derivados lácteos. A valorização foi de 17,7% no caso do leite UHT (longa vida), de 23% para a muçarela e de 10,9% no leite em pó.

A oferta restrita em junho resultou na disparada no valor do leite spot — comercializado entre indústrias. Na média de junho, o preço do leite spot em Minas Gerais ficou 45% acima do de maio, em termos nominais, chegando a R$ 2,28 por litro.

Apesar da entressafra no Centro-Oeste, o Índice de Captação Leiteira (ICAP-L) do Cepea registrou alta de 4,5% frente a maio na média nacional, puxado pelos aumentos de 10% no volume captado no Rio Grande do Sul, de 7% em Santa Catarina e de 7,4% no Paraná.

A maior captação no Sul está relacionada às melhores condições climáticas e também à ampliação do fornecimento de concentrado e silagem, estimulados pelos elevados patamares de preços do leite.
                

 
Queijo é + saúde
O presidente da ABIQ- Associação Brasileira das Indústrias de Queijo, Fábio Scarcelli, traz um recado muito importante incentivando o consumo de lácteos e seus benefícios à saúde. Mais queijo é mais saúde! Confira o vídeo clicando aqui. (Abiq/Terra Viva)
 

 

 

Porto Alegre, 29 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.273

 PR: Adapar atualiza regras para brucelose e tuberculose

Para melhor alinhar as exigências para identificação e saneamento de casos de brucelose e tuberculose em animais, a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), publicou as portarias 154 e 157, de 17 de julho de 2020. 
Os documentos complementam a Resolução Estadual número 55 de 26 de junho de 2020, da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento.

A Resolução Estadual nº 55/2020 dispõe sobre novas regras de indenização de proprietários de bovinos e bubalinos com diagnóstico positivo para tuberculose. De maneira geral, ela estabelece que a adesão do interessado no modelo de indenização de proprietário de bovinos e búfalos é voluntária e deve atender as seguintes normas: o proprietário de animais positivos para tuberculose deverá encaminhá-los para um estabelecimento sob inspeção oficial (SIM, SIP ou SIF) e realizar o saneamento da propriedade para tuberculose, conforme legislação da Adapar.

Segundo a Resolução, nas propriedades com até dois animais diagnosticados como reagentes positivos para tuberculose, o proprietário ou responsável legal poderá, sem prejuízo da indenização, optar em sacrificá-los na propriedade rural ou encaminhá-los ao abate sanitário em matadouro com inspeção oficial, seguindo os protocolos da Adapar e dos órgãos ambientais. O requerimento de indenização poderá ser protocolado em qualquer núcleo regional da Secretaria em até 60 dias após o saneamento da propriedade.

A Portaria nº 154/2020 complementa a Resolução nº 55. Ela indica que a determinação do peso do animal vivo será realizada por Fiscal de Defesa Agropecuária da Adapar, acompanhado do proprietário do animal, ou seu representante, e do médico veterinário habilitado responsável pela realização do exame.

O matadouro deverá comunicar à Unidade Local de Sanidade Agropecuária (ULSA) o recebimento e abate dos animais positivos para tuberculose. A Guia de Trânsito Animal (GTA) deverá conter identificação e descrição obrigatória dos animais positivos para tuberculose, com a finalidade de “abate sanitário”.

A Portaria nº 157/2020 estabelece as normas para o saneamento de propriedade com bovino ou búfalo diagnosticado positivo para brucelose ou tuberculose. A partir da detecção do foco, o produtor deve identificar todos os bovinos e búfalos com dispositivo de identificação individual. 

Precisa também realizar exames nos demais animais da propriedade em até 90 dias do abate sanitário ou sacrifício do animal positivo. Todos os procedimentos devem atender as normas de bem-estar animal.

Baixar incidência - O diretor-presidente da Adapar, Otamir Cesar Martins, explica que, com estas medidas, o Paraná busca baixar a prevalência e incidência de brucelose e tuberculose.  “As normativas estão fundamentadas em estudos realizados pelo serviço veterinário oficial do Paraná e esfera federal”, diz Martins. Em 2018, foi realizado o último inquérito soro epidemiológico de brucelose e tuberculose, com resultados divulgados recentemente.

Medidas sanitárias - Desde 2002, com a implantação do Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PECEBT), o Paraná intensificou as medidas sanitárias para controle e posterior erradicação destas duas doenças.
As estratégias de controle incluem a obrigatoriedade da vacinação contra brucelose para bezerras entre 3 e 8 meses de idade e sua comprovação, realização de exames de diagnóstico para movimentação de animais com destino a reprodução e adesão voluntária a certificação de propriedades livres de brucelose e tuberculose.

Doenças - A brucelose e a tuberculose são doenças crônicas que geram prejuízos ao rebanho, como baixa na produtividade, abortamento, dificuldades respiratórias, entre outras. “As duas enfermidades são zoonoses, portanto as estratégias de combate precisam de atenção da população.

“A Adapar realiza comunicação imediata dos casos detectados em bovinos e bubalinos para as secretarias municipais e a Secretaria Estadual de Saúde”, explica o gerente de Saúde Animal da Adapar Rafael Gonçalves Dias. (Agrolink)

 
             

Piracanjuba comemora 65 anos de fundação
A Piracanjuba, empresa associada ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), comemorou nesta terça-feira (28/7), 65 anos de fundação. Considerada uma das quatro maiores indústrias de laticínios do Brasil, o grupo conta com sete unidades fabris, localizadas em Bela Vista de Goiás (GO), Governador Valadares (MG), Maravilha (SC), Sulina (PR), Araraquara (SP), Três Rios (RJ) e Carazinho (RS). Com mais de 160 itens na linha de produtos, a empresa possui capacidade de processamento de mais de 6 milhões de litros de leite por dia, produção que gera cerca de 3,2 mil empregos.

Os festejos de aniversário vieram acompanhados de uma grande conquista: a empresa foi uma das marcas mais escolhidas do Brasil em 2019. Uma pesquisa realizada pela Kantar, líder global em dados, insights e consultoria, colocou a Piracanjuba no oitavo lugar do ranking Brand Footprint, sendo 242 milhões de vezes escolhida pelos consumidores. O resultado positivo é fruto do desempenho da marca. "Temos a ciência de que trabalhar com seriedade e transparência rende posições relevantes", afirmou a gerente de marketing do laticínio, Lisiane Guimarães, após a divulgação da lista.

Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, ter no sindicato cases de sucesso mostra que o futuro do setor lácteo gaúcho necessita cada vez mais de competitividade. "O setor lácteo tem uma grande importância para a sociedade brasileira, através deles alimentamos as pessoas e geramos empregos. A Piracanjuba vem efetuando um trabalho fundamental para fomentar essa indústria", destacou. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Programa bonifica produtores no período de entressafra
Mais de 700 propriedades rurais recebem o bônus, cujo valor total pago ultrapassa os R$ 400 mil. Incremento da produção é de 1,385 milhão de litros

Finalizou no mês de junho o Programa Mais Leite Languiru na Entressafra 2020. O período tem apresentado melhores preços e a cooperativa visa compartilhar isso com o seu produtor, além de incentivar o aumento da produção, num intervalo de tempo em que, historicamente, ela se apresenta menor.

Conforme previsto no regulamento, no dia 29 de julho iniciou o pagamento do bônus referente aos meses de março, abril, maio e junho. O produtor recebe R$ 0,30 para cada litro que exceder 80% da média da entressafra em relação ao período da safra. É feita uma média do volume de leite entregue nesse intervalo e comparativo para verificar se a meta foi atingida.

Mais de 700 propriedades rurais recebem o bônus conforme preconizado pelo regulamento. O valor que está sendo pago aos produtores rurais ultrapassa os R$ 400 mil. Já o incremento da produção foi de 1,385 milhão de litros, beneficiando produtores e indústria num período que apresentou preços melhores na venda do produto.

Produtor recebe em vale-compras: O pagamento do bônus ocorre na forma de vale-compras nas lojas Agrocenter Languiru, na Fábrica de Rações e nos Supermercados Languiru. Importante observar que um dos critérios para recebimento do bônus trata da fidelidade à cooperativa. O produtor de leite deixa de ter direito ao bônus caso não esteja encaminhando regularmente a produção à Indústria de Laticínios da Languiru até a data do pagamento.

“Fideliza o associado”: Blásio Gräf (61) é dono de uma propriedade rural situada em Linha Forqueta Baixa, no município de Arroio do Meio. No momento, são 45 vacas em lactação que produzem 1,2 mil litros de leite por dia. As tarefas da propriedade também são desempenhadas pela esposa Vera Lúcia (55), filhos Leocádio (22) e Leonardo (27). A família também recebeu o Prêmio Entressafra.

Leonardo entende que o bônus incentiva o aumento da produção, no entanto, reitera que depende de cada produtor receber mais ou menos bonificação. “Isso fideliza o associado”, enfatiza.

Blásio compartilha da opinião do filho e menciona outros fatores. “É um valor que é reinvestido na propriedade e valoriza o capricho do produtor”, acrescenta.

Leonardo comenta que o prêmio vai ser investido na compra de insumos como adubo e sementes no Agrocenter Languiru. O jovem produtor ainda destaca a expansão da cooperativa. “Ela sempre busca a inovação”, percebe.

“Bônus representa um reconhecimento”: Com propriedade em Linha Boa Vista Fundos, município de Teutônia, Rudimar (51) e Janete Fensterseifer (46) assumiram a vocação para produção de leite. São 60 vacas em lactação que entregam em torno de 1,5 mil litros de leite por coleta. Associados há quase três décadas, contam com a ajuda do filho nas atividades.

Janete entende que toda possibilidade de rendimento deve ser comemorada, ainda mais se for resultado de um esforço adicional, como o Prêmio Entressafra. “Esse bônus representa um reconhecimento para quem investiu neste período”, afirma.

Rudimar observa que este ano, em virtude da estiagem, a safra de milho não rendeu conforme o esperado. Reservaram o melhor silo para tratar o rebanho na entressafra e parece que deu resultado. “Recebemos mais de quatro salários mínimos aumentando a produção”, salienta.

Janete complementa que o bônus será usado para comprar ração para o gado leiteiro, visto que a estiagem afetou o desenvolvimento de grãos para silagem. “É algo diferente”, frisa.

Saiba mais: Caso tenha dúvidas sobre o Programa, o associado pode contatar o Setor de Leite do Departamento Técnico pelo fone (51) 3762-5642 ou aplicativo de WhatsApp (51) 99531-0466. (Assessoria de imprensa Languiru)
                

 
Brasil continuará a ser um dos maiores exportadores de alimentos do mundo em 2030
Estudo do Ministério da Agricultura com projeções para o agronegócio na próxima década aponta que o Brasil continuará a ser um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, ao lado dos Estados Unidos. O relatório aponta que haverá forte pressão do mercado internacional especialmente nas áreas de carnes bovina e suína, mas que o Brasil continuará a liderar as vendas externas de frango. Nesse contexto, também haverá incremento da demanda no mercado interno, principalmente de grãos. "Em 2029/30, 50,4% da produção de soja deverá ser destinada ao mercado interno. No milho, serão 69,0%, e no café, 56,6%. Haverá uma dupla pressão sobre o aumento da produção nacional, devido ao crescimento do mercado interno e das exportações do país", diz o estudo. Segundo as projeções, o Brasil deverá participar com quase 52% das exportações mundiais de soja em 2030. Outras participações importantes previstas são na carne de frango (35,3%), no milho (23,2%), no algodão ( 22,7%) e na carne suína (9,7%). Também terão destaque no aumento das exportações na próxima o açúcar, cujos embarques deverão passar de 15,98 milhões de toneladas, em 2019/20, para 25,23 milhões em 2029/30 (alta de 57,9%), e o algodão, com aumento de 41,6%. A exportação de milho deverá aumentar de 34,5 milhões de toneladas para 44,5 milhões (alta de 29,1%). Já a carne de frango deve ter um incremento de 34,3% nas exportações e a carne suína, de 36,8%. As frutas também têm destaque, com aumento nas exportações de manga (57,6%), melão (47,6%) e maçã (43,4%). (As informações são do Valor Econômico)
 

 

Porto Alegre, 28 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.272

 Preço do leite se mantém no RS

A projeção para o valor de referência do leite no Rio Grande do Sul em julho é de R$ 1,4244, alta de 1,82% em relação ao consolidado de junho (R$ 1,3989). A estimativa foi apresentada na reunião virtual do Conseleite/RS nesta terça-feira (28/07) e indica estabilidade de mercado, com recomposição do preço dos queijos. O professor da UPF Marco Antônio Montoya pontuou que, com a concentração do consumo dentro das residências em função quarentena, o que se vê é uma valorização dos alimentos. Segundo o levantamento do Conseleite, a maioria dos derivados lácteos no primeiro semestre de 2020 está acima dos valores praticados no mesmo período de 2019. Contudo, com o avanço da safra e o típico aumento de produção no segundo semestre do ano, a tendência é que os preços se mantenham nesse patamar. 

O presidente do Conseleite, Rodrigo Rizzo, reforçou que a estabilidade do leite no Rio Grande do Sul segue tendência também verificada em outros itens da cesta básica, mas alertou que o momento é de cautela. “A variação cambial tem ajudado. Estamos vivendo um bom momento, mas é preciso atenção com investimentos”, alertou. 

A posição foi reforçada pelo vice-presidente do Conseleite, Alexandre Guerra, que informou que o câmbio no atual patamar deixou o leite importado pouco competitivo no mercado nacional, favorecendo a produção local. De acordo com Guerra, a estabilidade do mercado nos meses de junho e julho traz alento a um setor que enfrentou muita pressão ao longo dos últimos anos. “Deixamos para trás a volatilidade registrada em março e abril e entramos em um cenário de estabilidade em junho e julho, um patamar necessário para o setor se manter”, completou.

Outro fator citado pelo Conseleite para fomento ao consumo de alimentos foi o auxílio emergencial concedido pelo governo federal às famílias de baixa renda. “Esse valor de R$ 600,00 tem sido revertido para consumo de alimentos em casa”, destacou Rizzo.

O Conseleite também debateu a Reforma Tributária proposta pelos governos estadual e federal. As entidades ligadas ao Conseleite estão estudando o tema e as possíveis contribuições. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

 
              

Países em desenvolvimento impulsionarão produção de leite mundial na próxima década
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) publicaram seu relatório de previsões para o mercado mundial agrícola – World Agricultural Outlook para 2020-2029.

Na próxima década (2020-2029), a produção mundial de leite deverá aumentar 1,6% ao ano. Espera-se que esse crescimento venha da combinação de um rebanho leiteiro maior (0,8%/ano) e melhorias contínuas nos rendimentos (0,7% ao ano).

Em particular, prevê-se que as nações emergentes no mercado global de laticínios contribuam mais para esse crescimento da produção. Somente a Índia e o Paquistão respondem por quase um terço do crescimento previsto nos próximos dez anos. Enquanto isso, espera-se que o crescimento de países mais estabelecidos, como a União Europeia (UE) e os EUA, seja mais silencioso devido a restrições ambientais e crescimento limitado da demanda doméstica.

Também é esperado que a produção dos principais produtos lácteos aumente. Prevê-se que a produção de manteiga, leite em pó desnatado e integral aumente cerca de 1,6% ao ano. No entanto, é provável que o crescimento da produção de queijos seja mais suave, devido a um aumento mais lento do consumo nos mercados mais desenvolvidos.

Prevê-se que o consumo de produtos lácteos cresça de 1,2 a 1,9% ao ano na próxima década. Espera-se que a maior parte desse crescimento venha dos países em desenvolvimento, pois o consumo está positivamente correlacionado com níveis mais altos de urbanização e renda familiar.

Nos países desenvolvidos, esse aumento do consumo ocorre a uma taxa muito mais lenta. O consumo de laticínios frescos tem sido estável ou em diminuído nessas regiões, embora tenha havido uma mudança notável em direção ao maior uso de gordura láctea.

Quais são os principais riscos?
Um dos principais riscos previstos são as mudanças comportamentais de longo prazo no hábito de compra do consumidor devido à Covid-19. O setor de serviços de alimentação é um canal essencial para laticínios e a quase paralisação desse setor afetará os níveis de consumo. Se essas medidas permanecerem em vigor por um período prolongado, poderá haver mudanças mais duradouras nos hábitos dos consumidores. Além disso, a desaceleração econômica será um fator-chave que afetará os níveis de consumo, principalmente de produtos de maior valor, como queijo e manteiga.

O aumento da pressão sobre os sistemas de laticínios para avançar continuamente em direção a práticas sustentáveis, particularmente nos países desenvolvidos, será um importante catalisador para a transição na próxima década. Já vimos algumas nações, como a Holanda, adotarem legislação ambiental que teve efeitos indiretos na produção.

Finalmente, futuros acordos comerciais podem ter impactos importantes no movimento de laticínios. Um ponto de observação importante será a Rússia, já que o embargo a produtos lácteos das principais regiões exportadoras deve terminar este ano. Será interessante ver se as importações voltarão aos níveis de pré-proibição. (As informações são do Agriculture and Horticulture Development Board (AHDB), traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 

Uruguai: produção de leite aumentou em junho
O Instituto Nacional do Leite (Inale) informou que em junho deste ano a produção de leite foi superior ao mesmo mês de 2019; em termos de valor, houve uma queda devido ao menor teor de sólidos em relação a maio e ao preço dos sólidos com um leve aumento, explicou.

Em junho de 2020, a produção foi de 166 milhões de litros, 5,6% a mais do que em junho de 2019.

No acumulado de 2020, a produção foi de 889 milhões de litros, 4,9% a mais que no mesmo período de 2019.
E no período de junho de 2019 a maio 2020 foram produzidos 2,012 bilhões de litros, 0,8% a mais que no mesmo período anterior (junho 2018/maio de 2019).

 
Preço: Em relação ao preço ao produtor, em junho foi menor por litro, devido ao menor teor de sólidos em relação a maio e ao preço dos sólidos com um leve aumento, explicou o Inale.

Em junho, o preço do leite ao produtor caiu 3,2%, para 12,25 pesos por litro. Medido em dólares, a queda foi de 1,2%, situando-se em US $ 0,29.

Finalmente, o valor por quilo de sólidos aumentou ligeiramente em 0,2%, para 166,5 pesos (US$ 3,91). (As informações são do Todo El Campo, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
                

 
Produção de leite dos EUA aumenta 0,5% em junho
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos informou nesta semana que a produção de leite em junho subiu apenas 0,5%, com 23.000 cabeças a mais em relação ao ano anterior. A produção de leite no segundo trimestre aumentou 0,4%, uma grande redução após o aumento de 3,1% no primeiro trimestre. O número de vacas está diminuindo mês a mês, no entanto. O USDA estima que existam 9,35 milhões de vacas nas fazendas leiteiras dos EUA em junho. Isso é 10.000 cabeças menos que maio e 35.000 cabeças menos que março, quando o número atingiu o pico. A produção de leite por estado é variada, embora a maioria dos principais estados leiteiros do Ocidente continue produzindo mais leite. A Califórnia teve aumento de 1%; Texas, + 4,4%; Colorado, + 5,5% e Idaho, + 3,5%. O Novo México caiu 6,2%, embora o número de vacas tenha subido em 3.000 cabeças Os estados do Centro-Oeste caíram de forma geral, embora Dakota do Sul tenha tido a maior explosão de leite em relação a qualquer estado, um aumento de 9,5%. O número de vacas em Dakota do Sul subiu 12.000 cabeças, um aumento de quase 10%. Mas esse número foi compensado ??por Wisconsin, com menos 11.000 cabeças. A produção de leite em junho no Wisconsin caiu 1,4%, em Michigan caiu 0,6% e Minnesota, 1,4%. No leste, Nova York subiu 0,3% e a Pensilvânia, 1,5%. (As informações são do  Farm Journal & MILK Magazine, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 

 

 

Porto Alegre, 27 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.271

 Embaixada: Brasil e China devem considerar livre comércio
“O mercado chinês vai crescer ainda muito nos próximos anos, e com uma urbanização cada vez intensa – é a maior classe média do mundo, com 400 milhões de pessoas. A política chinesa tem sido a autossuficiência em cereais e alimentos básicos, mas a abertura para importação de outros produtos. E os estudos apontam que a China vai dobrar a demanda por alimentos até 2050”. A afirmação foi feita pelo Ministro Conselheiro da Embaixada da China no Brasil, Qu Yuhui.
Ele participou da edição dessa semana do Webinar CEBC (Conselho Empresarial Brasil-China). Com o tema “Agricultura e Inovação: Um olhar estratégico para as relações entre Brasil e China”, o encontro virtual reuniu membros dos governos brasileiro e chinês e do empresariado, incluindo a presença de Embaixador Orlando Leite Ribeiro, que é Secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Rodrigo Santos, Head da Bayer Crop Science LATAM e Carolina Tascon, Diretora Comercial da COFCO International. A moderação do evento ficou a cargo do Embaixador Luiz Augusto de Castro Neves, presidente do CEBC. 
“Acredito que os dois governos, tanto o brasileiro como o chinês, devem estreitar cada vez mais a comunicação entre si para disponibilizar os mecanismos para trabalhar no mercado chinês. Temos que pensar no tema de livre comércio, que é sensível, mas o comércio deve ocorrer deve acontecer de forma aberta. Outros países já fizeram e estão colocando muitos produtos na China”, afirmou Qu Yuhui. 
Além disso, de acordo com o Conselheiro da Embaixada da China no Brasil, os empresários brasileiros devem ser mais “‘agressivos’ no mercado chinês, evitar o imediatismo, pensar em longo prazo, investir mais no marketing, entender o consumidor e fortalecer as cadeias para acessar essa demanda”.  
O Embaixador Orlando Leite Ribeiro, por sua vez, afirmou no evento que “há uma grande concentração em uma única commodity e um único país, China, que detém 40% das compras do agronegócio brasileiro, o que representa algo em torno de US$ 5 bilhões. Essa é uma forma de ver as coisas. A outra é que a cada Dólar exportado para os Estados Unidos, o Brasil vende sete Dólares em produtos do agronegócio para a China”. 
Segundo ele, a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, tem como prioridade a diversificação de produtos e mercados. “E temos tido sucesso nisso, pois já abrimos 85 novos mercados desde o início do governo. Mesmo para a China, já conseguimos a liberação de diversos produtos”, concluiu. (As informações são do Agrolink)
 
              

Arrecadação cai 30% em junho e tem o pior resultado para o mês desde 2004

Para governo, dados de julho indicam retomada e perspectivas positivas
 

Impactada pela pandemia, a arrecadação federal registrou queda real de 29,59% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado e ficou em R$ 86,3 bilhões. Foi o pior resultado para o mês desde 2004, segundo dados da Receita Federal. Apesar do resultado, o governo defende que as perspectivas para julho são positivas e os dados indicam retomada.

O resultado da arrecadação no mês passado reflete a queda no ritmo da atividade econômica observada nos últimos meses, explicou o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita, Claudemir Malaquias. Mas, além disso, também foi impactado pelas medidas colocadas em prática pelo governo para fazer frente aos efeitos da pandemia, como o diferimento de impostos.

A postergação de pagamentos, como de PIS/Cofins, Contribuição Previdenciária e Simples Nacional, gerou uma perda de receitas de R$ 20,4 bilhões no mês. A redução a zero da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) Crédito, por sua vez, teve impacto de R$ 2,3 bilhões. Já as compensações tributárias somaram R$ 6,8 bilhões.

Mesmo desconsiderando esses efeitos, chamados de não recorrentes, no entanto, as receitas administradas ainda apresentariam uma queda de 9,32% no mês passado. Com esses efeitos no cálculo, a queda foi de 29,32%. Já no caso das receitas não administradas, onde estão os royalties de petróleo, por exemplo, a queda em junho foi ainda maior, de 39,41%.

Com o desempenho do mês, o recolhimento no semestre atingiu a marca de R$ 666 bilhões, uma baixa real de 14,71% sobre o mesmo período de 2019. Foi o pior resultado para o período desde 2009.

Apesar dos números, os representantes do governo expressaram otimismo com os rumos da economia. “A impressão que temos hoje do resultado da arrecadação é extremamente positiva”, disse Malaquias, acrescentando que boa parte do resultado do mês é explicada por medidas de diferimento, não de desoneração, e que esses valores podem ser recuperados até o final do ano.

Segundo ele, a arrecadação é concentrada no final do mês, por isso é preciso esperar o encerramento de julho, mas já “há sinal de melhora”.

O subsecretário de Política Fiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE), Erik Figueiredo, enfatizou que os indicadores indicam recuperação, citando, por exemplo, consumo de energia e vendas no cartão de crédito. “Há vários indicadores mostrando que essa recuperação se iniciou no final de maio e vem ganhando tração ao longo dos meses”, disse pontuando que o ritmo de retomada depende também do nível de retorno às atividades no Estados.

Questionado sobre a possibilidade de nova postergação do pagamento de tributos, Malaquias disse que todas as áreas do governo estão preocupadas com o desempenho da atividade e procurando ir na direção das necessidades das empresas, mas que por enquanto não estão sendo feitos estudos nesse sentido.

O governo deixou de arrecadar R$ 55,9 bilhões no primeiro semestre devido a desonerações tributárias. Em 2019, abriu mão de R$ 48,2 bilhões no mesmo período. Apenas em junho, as desonerações somaram R$ 10,6 bilhões. (Valor Econômico)

Importadores de lácteos

O desempenho da atividade leiteira mundial foi afetado pela pandemia, mas em diferentes momentos e intensidades. Aparentemente não houve ruptura na produção nem no processamento. Os preços permanecem estáveis, mas houve pequena retração do consumo.

A condição de cada país, em termos de autossuficiência em lácteos também é um determinante na avaliação dos impactos do Covid-19. Notadamente países historicamente importadores, no geral, já vinham convivendo com preços mais altos ao consumidor. Diante de um cenário com demanda interna enfraquecida e taxas de câmbios menos favoráveis vêm apresentando tendências de redução nas importações, abrindo-se a possibilidade de alcançarem autossuficiência em lácteos.

2019 – Antes da pandemia
A China é o maior importador de lácteos do mundo. Em 2019, o consumo de lácteos no País foi de 44,8 milhões de toneladas em leite equivalente. O consumo per capita de lácteos é baixo, com volume equivalente a 100 gramas de leite por habitante/dia. Mas, cresce 6% ao ano em média.

Apesar de altos preços ao produtor, a oferta interna de leite não acompanha o crescimento da demanda. A importação representa 25% da disponibilidade e cresce em média 6,5% ao ano. No ano passado, a importação representou 9 milhões de toneladas em equivalente leite. Em produto foram 2 milhões de toneladas de leite em pó e 1 milhão de toneladas de leite fluido. Cerca de 45% é importado da Nova Zelândia e o restante de outros cinco países: Estados Unidos, Austrália, Alemanha, França e Holanda.

O preço ao produtor foi US$ 0,56/kg; e o custo médio de produção de US$ 0,48 por kg. A produção de leite cresceu 4,1%, fechando em 32 milhões de toneladas dos quais 25,4 milhões como leite fluido. O consumidor pagou o equivalente a US$ 1,53 por kg.
 


2020 – Primeiro semestre
Entre janeiro e março – atribui-se à pandemia – um crescimento atípico de 8% no preço do leite ao produtor. A quantidade processada caiu 17% e do volume processado, houve uma destinação de 20% a mais para leite em pó. Para a indústria houve redução de 6% nas receitas; de 53% nos lucros e de 30% nas vendas.

O volume de vendas online de lácteos fluidos mais do que dobrou no período. A venda de leite em pó cresceu 40%. A importação de queijos cresceu 15% e do leite fluido 20%.

Apesar do país estar com retorno das atividades econômicas desde maio, uma política governamental de emergência está em curso. Para a indústria, um subsídio equivalente a US$ 0,03 por kg de leite. Para o produtor: US$ 700 por novilha importada; US$ 11 por uma inseminação; e US$ 7 por tonelada silagem utilizada.

Previsão para 2020: usar 17% da produção, originalmente em leite fluido, para processamento em leite em pó. Sem muita expectativa de mudanças no câmbio, renda real ou ritmo de importações.

A Rússia é o segundo maior importador de lácteos do mundo. Importa 20% do consumo, o equivalente a 4,0 milhões de toneladas em leite equivalente por ano.

Apesar de altos preços ao produtor, a produção de leite se manteve estagnada nos últimos 20 anos. A partir de 2013 os preços ao produtor caíram 25%. Atualmente, o produtor recebe o equivalente a US$ 0,45 por kg, um pouco mais alinhado ao patamar de preços internacionais.
 


2020 – Expectativa de reverter importações
As mudanças recentes nas taxas câmbio neste primeiro trimestre de 2020 tornaram a produção doméstica de leite na Rússia 20% mais competitiva e, atualmente com crescimento de 8% ao ano.

A indústria poderá ter a escolha de compra de leite cru no mercado doméstico para agregação de valor a produtos lácteos atualmente comprados da Bielo Rússia ou Nova Zelândia. O desenvolvimento da indústria de queijos está possibilitando com que o país venha a se tornar também exportador de soro.

Em continuar um ritmo de crescimento maior do que o crescimento da demanda e desvalorização do rublo frente ao dólar podem tornar a Rússia autossuficiente em lácteos até o final deste ano. Para um mercado que é do tamanho de 20% da produção atual da Nova Zelândia, pode sobrar leite no mercado internacional. Tudo leva a crer que a Ucrânia poderá vir a ser a segunda melhor alternativa para a exportação da Bielo Rússia. (Embrapa/CILeite)
                

 
Modelo virtual suprirá ausência da Expointer
O principal espaço de negócios rurais do Rio Grande do Sul, a Expointer, em Esteio, deixará uma lacuna neste ano nas atividades comerciais de fabricantes de máquinas, animais e na agroindústria familiar gaúcha. Com a maior feira do agronegócio gaúcho suspensa pela pandemia, diferentes entidades promotoras do evento se organizam para preencher esse vácuo que ficará no caixa das empresas e no bolso dos produtores familiares. As cifras movimentadas no Parque Assis Brasil são expressivas e farão falta para diferentes setores, que agora se organizam para minimizar os danos de alguma forma. Em 2019 a feira de Esteio movimentou R$ 2,6 bilhões em negócios. É uma parte desse valor que montadoras de máquinas agrícolas, pequenos produtores e pecuaristas, por exemplo, tentarão recuperar com eventos virtuais. Uma feira digital, integrando os principais setores de negócios tradicionais da Expointer está no horizonte. De acordo com o secretário de Agricultura, Covatti Filho, o governo está conversando com as entidades e analisa o formato ideal para fazer uma grande exposição virtual. “Existem diversas possibilidades de contar com a tecnologia a nosso favor. Estamos vivenciando uma pandemia sem precedentes, e é preciso se reinventar. O parque merece ter essa data celebrada”, ressalta Covatti Filho. (Jornal do Comércio) 

 

 

Porto Alegre, 24 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.270

 Máquinas que auxiliam na produção de conhecimento

Através de uma ação de cooperação que envolve a Universidade de Passo Fundo (UPF) e as empresas SLC Máquinas, Syngenta e Diplan, foram entregues nesta quinta-feira, 23 de julho, dois tratores que vão estar disponíveis no Centro de Extensão e Pesquisa Agropecuária (Cepagro) da Instituição. A entrega foi feita pela SLC, concessionária que representa na região os tratores da marca John Deere.
Segundo o coordenador do Cepagro, professor Dr. Fernando Pilotto, a iniciativa possibilitará que os estudantes tenham a oportunidade de acompanhar o trabalho que será desenvolvido com as máquinas para o cultivo de grãos, milho, soja, trigo e preparo das lavouras. “Isso também contribuirá para que eles obtenham um melhor aprendizado, tendo acesso a uma tecnologia de ponta e conhecendo as atividades colocadas em prática pela Syngenta e Diplan. São equipamentos que chegam para melhorar a qualidade do nosso ensino, da pesquisa e da extensão, bem como dos serviços do Cepagro. Por meio dessa parceria, conseguimos conciliar o ensino com a iniciativa privada, fazendo com que todos cresçam”, comenta o docente, lembrando que os tratores serão operacionalizados por profissionais capacitados. 

 
De acordo com o representante da SLC, Régis Daniel da Silva, que atuou na negociação das máquinas, a parceria tem como objetivo difundir tecnologia para o maior número de pessoas. “Queremos levar o conhecimento que está disponível na área do agronegócio para toda a comunidade, e os acadêmicos serão multiplicadores disso”, relatou, destacando que ambos os tratores possuem 78 cavalos de potência para atuação em atividades que vão desde a pulverização ao plantio.

Além da entrega das máquinas, os representantes das três empresas parceiras da UPF fizeram uma visita à Reitoria da UPF, sendo recepcionados pelo vice-reitor Administrativo, Dr. Cristiano Cervi. (UPF)

              

Conseleite/SC
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 24 de Julho de 2020 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Junho de 2020 e a projeção dos valores de referência para o mês de Julho de 2020. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

 
1 - Valor, em R$/litro, para o leite posto propriedade com Funrural incluso.

Períodos de apuração
Mês de Maio/2020: De 04/05/2020 a 31/05/2020
Mês de Junho/2020: De 01/06/2020 a 29/06/2020
Decêndio de Julho/2020: De 29/06/2020 a 19/07/2020

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)

Produção/UE
A produção de leite na União Europeia (UE) está surpreendentemente forte com a produção até abril ficando 2% acima da verificada no ano anterior e a previsão para a exportação de queijo está crescendo, de acordo com a análise do Serviço Agrícola  Estrangeiro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). 

Existe, no entanto, sinais de que a produção de leite diminuiu em maio em junho diante das condições secas. O Monitor Europeu de Secas relatou que em junho “algumas regiões da Europa enfrentaram um período intenso de seca, após chuvas fracas em abril e maio de 2020. Os países mais afetados são os da Europa Central e do Noroeste (Alemanha, Bélgica, Holanda, Irlanda e grande parte do Reino Unido).

Dados do Eurostat indicam que a captação de leite em maio de 2020 na França, Itália e Reino Unido caíram 2%, 8%, e 1%, respectivamente, em comparação com maio de 2019. Em 2019 essas três regiões foram responsáveis por um terço de todo o leite captado na UE. Na Alemanha a produção de leite em maio foi estável em relação ao ano anterior, enquanto na Irlanda e República Checa foi 3-4% maior.

Diante desse fatores, para o balanço do ano, a expectativa é de que a produção de leite na UE abrande durante o verão, mas, recupere no outono. Consequentemente a produção de leite foi revisada e aumentando de 0,7% para 1%, ou ter 156,7 milhões de toneladas a mais em relação a 2019.

A previsão para a exportação de queijo pela UE em 2020 subiu 3%, chegando a 925.000 toneladas, o que representa uma expansão de 5% em relação a 2019. Os embarques acumulados no ano estão 9% acima dos volumes verificados no mesmo período do ano passado. No entanto, a expectativa é de que os embarques desacelerem no segundo semestre do ano, mesmo porque a disponibilidade de leite para a indústria diminui devido ao declínio sazonal da produção de leite.

Tradicionalmente o maior mercado para o queijo da UE é o dos EUA e foi responsável por 16% de todo embarque da UE em 2019. Este ano, as importações de queijos europeus pelos EUA, até maio, caíram para 11%. Isso pode ter sido pelo Covid-19 que afetou os serviços de alimentação e às tarifas de retaliação de 25% impostas pelos EUA em outubro de 2019 sobre os queijos da UE, diante da decisão da Organização Mundial do Comércio (OMC) em favor dos EUA em relação aos subsídios da UE à Airbus.

Os embarques de queijos pela UE, particularmente para os mercados da Ucrânia, Coreia do Sul e Japão aumentaram significativamente.

Para apoiar o mercado lácteo durante a pandemia do Covid-19, no final de abril a UE autorizou o subsídio aos estoques privados para 100.000 toneladas de queijo pelo prazo de 60 a 180 dias. Os volumes acumulados totalizaram 48.000 toneladas. (Dairy Industries – Tradução livre Terra Viva)

                

 
Santa Clara lança Queijo Ralado em pote
Ficou mais fácil dar aquele toque com Queijo Santa Clara em suas receitas. A Cooperativa lançou o Queijo Ralado na versão pote. Em uma embalagem de 70g, prática e versátil, o produto chega ao mercado na última semana de julho. A versão pote facilita o uso no dia a dia e o armazenamento. Nesta linha, a Santa Clara conta ainda com o Queijo Ralado nas apresentações saquinho 40g e 500g, Parmesão Ralado 50g e Grana Ralado 50g. Em 2020, a Santa Clara completou 108 anos de história, o que a faz a mais antiga cooperativa de laticínios em atividade no Brasil. A sua sede está localizada no município de Carlos Barbosa e está presente, através de seus mais de 5 mil associados, em mais de 135 municípios gaúchos, atuando nos ramos de Laticínios, Frigorífico, Fábrica de Rações, Cozinha Industrial, Farmácia e 27 unidades de varejo, entre supermercados e mercados agropecuários, nos municípios onde possui associados. Atualmente possui um mix de mais de 360 produtos, entre Laticínios, Frigorífico, Doces e Sucos. (Santa Clara)
 
 

 

Porto Alegre, 23 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.269

 Pandemia não afetou a produção mundial de leite, mas comprometeu a demanda

No cenário internacional, os últimos três anos (2017-2019) foram de relativa estabilidade nos preços do leite. A média de US$ 0,35/litro no período, ficou abaixo de 5% do patamar histórico de US$ 0,37/litro (indicador IFCN para o preço internacional do leite ao produtor). Em 2019, a produção mundial deve ter crescido somente 1,4% e ainda se encontra em apuração.

Para 2020, a produção mundial de leite parece não ter efeito direto da pandemia. Mas, estima-se um crescimento baixo, de 0,5%, em razão de fatores diversos. A pandemia afetou a demanda, ainda que em magnitude menor do que se previa. Entretanto, indiretamente a desvalorização das moedas frente ao dólar em vários países tem afetado as importações e tornado alguns países mais competitivos em termos de preços do leite.

No caso do Brasil, em termos históricos (2010 a 2019), os preços do leite têm sido 10% acima do preço médio mundial estimado pelo IFCN. O efeito do câmbio agora mostra uma situação diferente. Em dólar, o preço bruto ao produtor, calculado para junho foi US$ 0,31/litro, uma diferença de 8% a menos em comparação com o indicador do IFCN (US$ 0,34/litro).

Já em reais, a média do Brasil ficou em R$ 1,63/litro e do indicador do IFCN em R$ 1,79/litro. Constata-se ainda que entre 2010 e 2019, houve aumento real do preço bruto do leite da ordem de 2,9% ao ano. A média de dez anos foi R$ 1,39/litro (Figura 1) e a média real projetada para 2020, de acordo com a ponderação dos preços mensais, ficou em R$ 1,57/litro. As duas médias contabilizam uma diferença de R$ 0,18/litro, equivalente a 13% acima da média histórica.

A mistura milho + farelo de soja (70% + 30%) que nos últimos três anos teve um preço médio de R$ 0,88 por kg, ficou 24% mais cara em junho de 2020: R$ 1,09/kg. Esse preço foi puxado pela soja, a R$ 1,61/kg, 25% acima de sua média histórica de R$ 1,29/kg em valores corrigidos. Se, por um lado, houve aumento no custo da mistura, o impacto para o produtor pode ter sido proporcionalmente menor na produção.

Isto porque, na proporção de um quilo para a produção de três litros de leite, a mistura custou R$ 0,36/litro. O valor remanescente do preço bruto recebido pelo leite para pagar os demais custos da atividade ficou em R$ 1,27/litro, acima do valor histórico de R$ 1,10/litro, correspondendo a um ganho para o produtor de 16%.

A indústria está buscando mais matéria prima local. Apesar do período da entressafra e de um pequeno incentivo por parte do preço em junho, as cotações do mercado spot, sinalizaram que a oferta está aquém do volume de leite demandado pela indústria. 

 

Em junho verificaram-se aumentos que chegaram a 46%. Comparativo das variações de preços reais típicos para o mês de junho:

1. Preço bruto ao produtor de R$ 1,63/litro, 18% acima do preço histórico (R$ 1,39/litro);
2. Custo da mistura milho+soja (70%+30%) de R$ 1,09/kg, 24% acima do valor histórico (R$ 0,88/kg);
3. Margem sobre a mistura milho+soja (70+30%) de R$ 1,27/litro, 16% acima do valor histórico (R$ 1,10/litro);
4. Leite UHT no varejo de R$ 3,59, próximo do valor histórico de R$ 3,61/litro;
5. Oferta internacional estagnada, com preços em leve declínio e câmbio desfavorável às importações. (Embrapa Gado de leite)

                 

Conseleite/MG
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 22 de julho de 2020, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga: 

a) os valores de referência finais do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Maio/2020 a ser pago em Junho/2020. 

b) os valores de referência finais do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Junho/2020 a ser pago em Julho/2020. 

c) os valores de referência projetados do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Julho/2020 a ser pago em Agosto/2020.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural. (Conseleite/MG)

Vacina contra a tuberculose bovina entrará em testes na Europa 
Os principais testes de vacina contra tuberculose bovina (TBb) do mundo estão programados para começar na Inglaterra e no País de Gales, depois do Governo Britânico ter dado luz verde aos ensaios.

Estes testes vão permitir acelerar o desenvolvimento de uma vacina para bovinos prevista para estar disponível até 2025. Estes são o mais recente e importante marco para erradicar uma doença animal altamente prejudicial, indicou o Governo Londrino.

A tuberculose bovina é um dos desafios para a saúde animal mais difíceis e sem tratamento. Atualmente na Inglaterra e no País de Gales, 40.000 bovinos são abatidos por ano devido à infeção pela TBb.

Mas o Governo lembrou que “uma vacina para bovinos só pode tornar se uma ferramenta poderosa na batalha contra a doença após os testes necessários e as aprovações subsequentes para garantir sua segurança e eficácia”.

Para o Secretário do Meio Ambiente George Eustice “a TB bovina é uma doença lenta e traiçoeira que pode causar um trauma considerável aos agricultores, pois sofrem a perda de animais altamente valorizados e de rebanhos valiosos”.

A diretora veterinária do Reino Unido, Christine Middlemiss, referiu: “A pesquisa inovadora da Agência de Plantas e Saúde  Animal tem sido fundamental no desenvolvimento dessa potencial vacina. Embora não exista uma maneira única de combater esta doença complexa e prejudicial, a vacinação do gado é uma nova ferramenta para enfrentá-la e evitá-la, fornecendo apoio vital às nossas comunidades agrícolas”.

Para James Russell da Associação Veterinária Britânica “estes testes de campo marcam o culminar de anos de investigação e esforços inovadores da comunidade científica veterinária para expandir a gama de ferramentas disponíveis para veterinários e agricultores no combate da tuberculose bovina”. (As informações são do TV Europa)
                

 
 
MAIOR FÁBRICA DO BRASIL
Daoud: Agregar valor ao leite é saída para melhor a rentabilidade do setor
Construção de fábrica que vai processar 2 milhões de litros ao dia no Paraná é esperança para pequenos produtores e na geração de empregos. CLIQUE AQUI para assistir ao vídeo. (Canal Rural)