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Porto Alegre, 12 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.918

     Gestão, tecnologia e inovação são destaques na 20ª Expodireto Cotrijal

Gestão, tecnologia e inovação irão conduzir a 20ª edição da Expodireto Cotrijal. O evento de lançamento da feira reuniu, na manhã dessa segunda-feira (11/02), autoridades, representantes do setor e imprensa no Centro de Convenções do Hotel Deville Prime, em Porto Alegre (RS). A feira ocorre de 11 a 15 de março de 2019, no Parque da Expodireto Cotrijal, Não-Me-Toque (RS).

De acordo com o presidente da Cotrijal, cooperativa organizadora do evento, Nei César Mânica, um dos principais desafios da feira é acompanhar todos os avanços tecnológicos trazidos pelo agro 4.0. Outra ação é a de filtrar aquelas que se adéquam melhor a cada cadeia produtiva.

Mânica destacou a importância do evento para o agronegócio do Estado, tendo em vista que reúne diversos elos do setor, promovendo debates e bons negócios. Estima-se que a feira movimente cerca de R$ 2 bilhões e reúna um público de 200 mil pessoas.

Durante o lançamento, o governador do Estado, Eduardo leite, reforçou a importância da Expodireto para o agronegócio gaúcho. De acordo com Leite, a feira é uma ótima oportunidade para prospecção de negócios no cenário nacional e internacional. Além disso, Leite reiterou o compromisso do governo estadual com o setor. "Existe a capacidade de ganhar mercado, nós precisamos reduzir os custos da produção e isso está ligado à diminuição dos gastos logísticos e a redução dos custos burocráticos", afirmou.

Sobre o setor lácteo, Mânica afirmou que a cadeia produtiva do leite está enfrentando grandes dificuldades, por isso, é indispensável pensar soluções para que o setor possa voltar a crescer. "É necessário que os governos estadual e federal revejam algumas posições, como a medida adotada pela União em retirar a tarifa sobre a importação de leite europeu e da Nova Zelândia", avaliou.

A feira contará com um evento específico para discutir o futuro da cadeia produtiva do leite, a 15° edição do Fórum Estadual do Leite, acontecerá no dia 13 de março. O evento conta com apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat). Estima-se que durante o encontro, 280 pessoas entre os participantes, entre pesquisadores, técnicos e produtores passem pelo Auditório Central da Expodireto Cotrijal. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Foto: Camila Silva
 
 
Publicação

Os pesquisadores da equipe do leite da Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS) receberam a informação de que a publicação da série Embrapa, Documento 439 - Boas Práticas Agropecuárias (BPAs) para Produção de Leite: da pesquisa ao produtor, foi um dos mais acessados no ano de 2018 dentro do espaço da Rede de Pesquisa e Inovação em Leite (Repileite), o qual possui cerca de 40 títulos para acesso de interessados na temática que envolve a pecuária leiteira.

Segundo a pesquisadora Maira Zanela o alcance dessa conquista demonstra claramente que a Unidade de pesquisas está alinhada às demandas do setor lácteo, não só da Região Sul, mas de todo Brasil. A Rede possui mais de 7 mil membros cadastrados, distribuídos por todos os estados brasileiros e alguns até em outros países. Com uma média de 8 mil acessos mensais, vindos de cerca de 700 cidades, a Repileite tem aproximado diversos representantes da cadeia produtiva do leite e foi criada como um espaço para compartilhar conteúdos técnicos relevantes para o setor.

A publicação, no ano passado atingiu cerca de 543 downloads nessa plataforma, possuindo também uma versão impressa e acesso em outras plataformas, como o repositório da Embrapa Infoteca, aonde o interessado pode ter acesso ao conteúdo e fazer o download do documento AQUI.

O documento da Unidade
O documento foi veiculado durante o dia de campo institucional do leite da UD, no ano de 2017, de autoria da equipe do leite, com edição técnica da pesquisadora Maira Zanela e do analista Rogerio Morcellis Dereti, e trata de apresentar procedimentos adequados em todas as etapas da produção de leite nas propriedades rurais. Essas práticas servem para que o leite e os seus derivados sejam seguros e tenham a qualidade esperada, e também para que a propriedade permaneça viável econômica, social e ambientalmente. Além disso, é recomendada a adoção da ferramenta Protambo de diagnóstico de BPA na produção leiteira, que permite que produtores e técnicos tomem decisões baseadas nas práticas adotadas nas propriedades leiteiras com vistas a atingir os melhores níveis de qualidade e eficiência na produção de leite. (Embrapa)

Mercado LTO 

Em toda a União Europeia (UE) houve estagnação na oferta de leite desde agosto como resultado da severa seca do verão. Em novembro o volume caiu cerca de 1%, e nos dois meses anteriores já fora registrada ligeira queda.

Particularmente o declínio foi registrado na Alemanha, França e Itália, mas, também na Holanda. Impressionante foi o forte crescimento na Irlanda desde agosto, após um período de contração. Em outubro e novembro o volume aumentou em 20%. Exceto a Nova Zelândia (+1%), e os Estados Unidos (+0,6%) registraram crescimento. Assim mesmo, nos Estados Unidos o crescimento ficou bem abaixo das taxas médias de logo prazo que é de 1,6%. Argentina, Uruguai e Austrália registraram queda no volume em novembro. A Austrália registrou queda pelo sexto mês consecutivo. A Nova Zelândia foi capaz de manter taxas de crescimento e aumentar a oferta de leite em dezembro. Em dezembro a queda nos preços da manteiga chegou ao fim. Em janeiro o mercado de manteiga recuperou e as cotações melhoraram. O leite em pó desnatado continua aumentando suas cotações graças à boa demanda. O valor atual de € 195/100 kg, [acima de US$ 2.200/tonelada], é bem superior ao preço de intervenção. 

Em pouco tempo os estoques de intervenção foram completamente vendidos, sem afetar o mercado de preços. E, devido à recuperação do mercado de creme/manteiga de leite e leite em pó desnatado, o preço do leite em pó integral também está subindo. Entretanto, a demanda por leite em pó europeu é restrita, uma vez que a diferença de preços com o mercado mundial continua muito grande. (LTO Nederland - Tradução livre: Terra Viva)
 
NO RADAR
As inscrições para o curso técnico em Agronegócio, oferecido pelo Senar-RS, vão até a próxima quinta-feira. No total, são 160 vagas entre os polos de Cruz Alta e São Sepé. O processo de seleção é todo online, com classificação de acordo com notas do Ensino Médio. As inscrições podem ser feitas pelo endereço senar-rs.com.br. O curso é gratuito. (Zero Hora)

Porto Alegre, 11 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.917

     Ministério quer aumentar tarifa de importação de leite em pó para 42%

Diante da reação negativa do setor de lácteos ao fim das tarifas antidumping que incidiam sobre as importações de leite em pó da União Europeia e da Nova Zelândia, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, estuda uma forma de contornar a decisão tomada pelo Ministério da Economia e anular o efeito prático do fim das barreiras.

Com o apoio de produtores de leite e da bancada ruralista, a ministra quer aumentar a tarifa de importação de leite de 28% - essa é a alíquota paga por países de fora do Mercosul - para até 42%. Com isso, as importações de Nova Zelândia e União Europeia seriam dificultadas, preservando a situação anterior ao fim das tarifas. A estratégia visa a aplacar a indignação de representantes do setor de lácteos. Ao não renovar as tarifas antidumping, que venceram em 6 de fevereiro, o Ministério da Economia derrubou uma barreira que já vigorava há quase 20 anos.

Uma fonte que participa das conversas dentro do governo explica que a Organização Mundial do Comércio (OMC) permite que as tarifas de importação incidentes sobre o leite sejam de até 55%, o que comportaria, portanto, espaço para a tarifa de 42% a ser proposta.

A tendência, no entanto, é que a proposta do Ministério da Agricultura encontre dificuldades. Há também problemas burocráticos que podem atrasar uma solução para o caso. As tarifas teriam de passar pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), cujos membros nem foram nomeados. "Provavelmente a Economia não vai acompanhar a demanda da Agricultura", diz a fonte, lembrando que o Camex atualmente está subordinada ao Ministério da Economia.

Uma reunião sobre o tema com o secretário especial de Comércio Exterior e Assuntos Comerciais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, está agendada para amanhã. Participarão do encontro a ministra da Agricultura, técnicos da Pasta e dirigentes da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite).

No encontro, o aumento da tarifa de importação não será a única proposta. Segundo o presidente da Abraleite, Geraldo Borges, a entidade defende a desoneração de impostos cobrados na aquisição de insumos. A sugestão vai de encontro ao discurso liberal da equipe econômica - e deverá encontrar resistência.

Enquanto busca uma alternativa ao antidumping, o setor privado teme que europeus e neozelandeses inundem o mercado nacional com leite em pó, derrubando os preços. No Congresso Nacional, a bancada ruralista também pretende tratar do assunto. O fim das sobretaxas será a principal pauta da reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que ocorrerá amanhã. O presidente da FPA, o deputado Alceu Moreira (MDB-RS), informou que a bancada estuda medidas para "minimizar os impactos" do fim das tarifas antidumping. (As informações são do jornal Valor Econômico, resumidas pela Equipe MilkPoint)
 
 
 
Preços LTO 

O cálculo mensal de preços do leite em dezembro de 2018 teve a média de € 34,29/100 kg, [R$ 1,48/litro], para o leite padrão. Queda de € 0,36/100 kg em relação ao mês anterior. Quando comparado com dezembro de 2017, a média de preços foi € 2,87 ou 7,7% menor.

Em dezembro, onze indústrias mantiveram o preço inalterado em relação a novembro. As outras seis reduziram os preços do leite em € 1,00/100 kg. A expectativa da média do preço do leite tenha ligeira queda em janeiro diante dos anúncios já feitos pela Dairy Crest (-1,2); Arla (-1,5); FrieslandCampina (-1,0) e Lactalis (-0,7). A FrieslandCampina garantiu aumento de 0,2 €/100 kg para o mês de fevereiro. Savencia e Lactalis anunciaram os preços do primeiro trimestre de 2019. Savencia subirá 1,1 em janeiro, 0,8 em fevereiro, e deixará inalterado em março. A Lactalis, depois da redução de 0,7 em janeiro, manterá os preços inalterados em fevereiro e março.

 
Na publicação anterior foi dada uma visão geral dos preços do leite em 2018. Em média, caíram 3,6% quando comparados com o ano de 2017. Nos Estados Unidos o gráfico mostra, claramente, o desempenho negativo dos preços em 2018, em relação a 2017 e à média dos últimos anos.
 
Em dólares o preço do leite Classe III teve redução de 10% em 2018, comparado com o ano anterior. Isso significa que o ano de 2018 foi ruim par os preços do leite, e que eles ficaram abaixo da média ocorrida entre 2013 e 2017.

Nos Estados Unidos o leite Classe III caiu de US$ 14,44, [R$ 1,21/litro], em novembro, para US$ 13,78/cwt, [R$ 1,15/litro], em dezembro. Em dezembro esse preço cairá um pouco mais, chegando a US$ 13,78/cwt, [R$ 1,18/litro].

Na Nova Zelândia a Fonterra manteve o preço inalterado, ou seja, entre NZ$ 6-6,30/kgMS mais dividendos de NZ$ 0,25/0,35, podendo totalizar NZ$ 6,45/100kgMS, [R$ 1,25/litro], na temporada. (LTO Nederland – Tradução livre: Terra Viva)

Lácteos/AR 

Um boletim da Universidade Nacional de Avellaneda (UNDAV) detalhou números contundentes da queda de um setor chave da economia do país. Desde 2015, as vendas no mercado interno caíram 10%, os preços subiram 170% e o emprego no setor ficou reduzido em 4,1%.

A produção de leite caiu 12,7% nos últimos três anos, e no ano passado a quantidade de fazendas produtoras de leite que abandonaram a atividade foram 775, em decorrência da crise das economias regionais, segundo o boletim da UNDAV. A pesquisa do Observatório de Políticas Públicas da UNDAV destacou que desde 2015 as vendas para o mercado interno da indústria de laticínios caíram 10%, e a quantidade de fazendas foi reduzida em 8,1%.
No que se refere à produção, o setor registrou redução de 12,7% nos últimos três anos e a quantidade de fazendas produtoras de leite, só em 2018, caiu 5,3%, passando de 11.666, em 2017, para 10.722 em 2018.

O estudo destaque que a comercialização de leite fluido para o mercado interno teve caiu 10%, com reduções regulares. Em 2015 foram comercializados 1.312 milhões de litros de leite, e em 2018, foi 1.186 milhões.

Segundo o boletim, as vendas internas de leite em pó caíram 8,4%, as de leites aromatizados 6,4%; as de sobremesas lácteas 6,2%; as de iogurtes 5,5%; de creme de leite 4,2%; e a queda média durante 2018 foi de 1,7%. A queda produtiva destruiu 4,1% dos empregos do setor lácteos nos últimos três anos, o equivalente a 4.100 postos de trabalho.

O estudo da UNDAV agrega ainda, que os preços dos produtos lácteos subiram, nos últimos três anos, 170%, segundo o índice ao consumidor da Cidade de Buenos Aires, e em 2018, o aumento foi de 73,1% para o iogurte; 51,6% para a manteiga; e 49,6% para o leite em pó. (La Opinión – Tradução livre: www.terraviva.com.br) 

 
Sistema CNA inicia mapeamento de startups do agronegócio
O Sistema CNA/Senar/Icna realizou durante dois dias um evento preparatório para as equipes que vão mapear, a partir de quarta (6), as startups existentes em todo o País voltadas para o agro.O primeiro passo foi nivelar a equipe técnica das Administrações Regionais do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e das Federações de Agricultura e Pecuária da Bahia, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rondônia.Os representantes desses cinco estados, onde serão feitos os primeiros levantamentos, conheceram a metodologia de trabalho em workshop realizado na sede do Sistema CNA, em Brasília. (CNA)

Porto Alegre, 08 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.916

     Fórum Estadual do Leite discutirá tecnologia, consumo e competitividade
 
Ao completar 15 edições, o Fórum Estadual do Leite, tradicional evento realizado na Expodireto Cotrijal, destacará o uso de soluções tecnológicas na produção de leite, a ampliação do consumo de produtos lácteos no Brasil e lições para que torná-lo mais competitivo. O ciclo de palestras será realizado no dia 13 de março, no turno da manhã, no Auditório Central da Feira, localizado em Não Me Toque (RS).
 
Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, os temas escolhidos para a composição das palestras são excelentes. “Por serem tão distintos, permitem o engajamento de diversos elos da cadeia produtiva”, avaliou. Palharini destacou também a importância de discutir os mecanismos para tornar o leite brasileiro competitivo, tendo em vista que, estarão presentes produtores de leite que enfrentam dificuldade por conta da crise no setor.  
 
Além disso, considera fundamental o espaço para pensar ações que ampliem o consumo de lácteos no mercado interno. Segundo ele, é indispensável engajar os consumidores por meio de campanhas e, para isso, é indispensável a participação do setor público.
 
O Fórum contará com a palestra da médica veterinária Flávia Fontes, coordenadora do programa “Beba mais Leite”; do chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, de Juiz de Fora (MG), Paulo do Carmo Martins, e do economista da Embrapa Gado de Leite, Glauco Carvalho.
 
A expectativa é que cerca de 280 pessoas, entre pesquisadores, técnicos e produtores, participem do evento. O Fórum Estadual do Leite é uma promoção da Cotrijal e da CCGL, com apoio do Sindilat, da Sementes Adriana e do Senar/RS.
 
PROGRAMAÇÃO COMPLETA 
8h30: Abertura
9h: Palestra - Consumo de Lácteos no Brasil: como avançar, com a médica veterinária Flávia Fontes – coordenadora do Programa Bebamaisleite
10h: Palestra - Agro 4.0 e sua contribuição para o futuro do leite, com o doutor Paulo do Carmo Martins – chefe-geral da Embrapa Gado, de Leite de Juiz de Fora (MG)
11h20: Palestra - Quais lições deveremos aplicar para obter competitividade no leite brasileiro?, com o doutor Glauco Carvalho – economista da Embrapa Gado de Leite, de Juiz de Fora (MG)
12h10: Debate 
12h30: Encerramento
(Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 

Consumidores continuam ditando os próximos passos da cadeia láctea

O consumidor médio está longe da agricultura e desconectado das atividades que ocorrem em um laticínio. Essa desconexão cria uma necessidade maior de transparência, a fim de estabelecer confiança em como o alimento é produzido.

Essa demanda por mais transparência e um senso de conexão com o local onde seus alimentos são cultivados ou produzidos continua tendo um impacto significativo nas cadeias de fornecimento de alimentos. Um novo relatório da Knowledge Exchange Division do CoBank sugere que, para a indústria de laticínios, esses fatores de demanda em evolução afetarão as cadeias de fornecimento de diferentes maneiras.

Atender a essas demandas de consumo cada vez mais importantes oferece oportunidade para alguns produtores, cooperativas e processadores de laticínios, mas o relatório sugere que atender a essa oportunidade exigirá a reformulação das cadeias de fornecimento para uma segmentação maior e contratos diretos com fazendas.

"As cadeias de fornecimento de leite estão se adaptando para atender às demandas dos consumidores por maior transparência sobre as práticas de produção agrícola", disse Ben Laine, economista sênior do setor de lácteos do CoBank. “No entanto, toda a indústria será forçada a caminhar para atender a essas demandas em um ambiente no qual a redução de custos e a eficiência são um foco constante”.

De acordo com o CoBank, a nível de varejo, os clientes estão procurando rótulos que indiquem práticas de gestão agrícola. Quase um terço de todos os alimentos agora é vendido com pelo menos uma alegação de transparência no rótulo. Em muitas categorias em que as vendas de produtos convencionais estão em declínio, os produtos com maior transparência estão crescendo.

Os produtores lácteos que estão aproveitando a oportunidade para atender a este mercado diversificado enfrentam desafios. Com a expansão das ofertas de produtos, aumenta o risco de os varejistas exigirem práticas de gestão agrícola diferentes e potencialmente conflitantes de seus fornecedores. Os produtores que empregam práticas que aumentam a transparência, como as diretrizes estabelecidas na Farmers Assuring Responsible Management (FARM) desenvolvida pela National Milk Producers Federation, devem ser menos suscetíveis a exigências exclusivas impostas pelos varejistas.

"Este desejo de transparência também levou a uma reestruturação da maneira como os processadores de laticínios desenvolvem contratos de fornecimento de leite", disse Laine. “Um exemplo notável é o movimento da Danone para fornecer iogurte feito a partir do leite de vacas que foram alimentadas com rações sem organismos geneticamente modificados (OGM). Este é um nicho único, entrando em um consumidor que não está procurando por orgânicos, mas quer sua comida livre de OGM”. Fornecer leite sem OGMs sem ir ao mercado orgânico exigiu um novo contrato, o qual, provavelmente, contempla uma margem fixa sobre o custo.

Um outro tipo de leite que vem demonstrando rápido crescimento nos Estados Unidos é o A2. De acordo com o relatório do CoBank, no segundo semestre de 2018, a distribuição do leite A2 nos EUA aumentou mais de 50% e está disponível em cerca de 9.000 lojas. “Com qualquer um desses novos produtos específicos, o desafio para a cadeia de fornecimento é que não há mais um pool comoditizado de leite para ser distribuído eficientemente em diferentes produtos e marcas”, disse Laine. "Em vez disso, há várias marcas e fabricantes que agora precisam trabalhar na fazenda para contratar diretamente um fornecimento de leite segregado".

Como resultado, o CoBank disse que as cooperativas podem ver membros buscando esses contratos diretos por um prêmio em outro lugar. Muitas fazendas, no entanto, ainda preferirão a estabilidade da associação cooperativa, mas, algumas cooperativas podem procurar oportunidades para segmentar porções do fornecimento de leite de seus membros, que podem atender a alguns desses novos critérios e administrar os prêmios internamente, adicionando um benefício logístico aos clientes.

Muitos consumidores estão buscando oportunidades para se sentir mais ligados aos agricultores que produzem os seus alimentos, o que contribuiu para o aumento do desejo por alimentos produzidos localmente. Isso impulsionou uma gama crescente de oportunidades de marketing direto para produtores de leite.

“Embora o marketing direto para os consumidores possa agregar valor aos produtos lácteos, essa ocasião ainda é facilitada se a propriedade estiver localizada próxima a uma área metropolitana. Também, o produtor precisa ter vontade de alterar o modelo de negócios, se envolvendo ativamente no marketing. Isso acarreta riscos adicionais e há espaço limitado para a concorrência de múltiplos produtores em qualquer mercado. Está longe de ser uma solução para todo o setor, mas pode oferecer oportunidades para fazendas dispostas a dedicar tempo e esforço ao desenvolvimento de um plano de marketing”, acrescentou Laine. (As informações são do Milkbusiness.com, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Aftosa: manual com orientações para vacinação é publicado

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) publicou nesta última quinta-feira (7) o manual “Orientações para fiscalização do comércio de vacinas contra a febre aftosa e para controle e avaliação das etapas de vacinação”. O objetivo é criar padrões para manter a qualidade das vacinasproduzidas no país, aumentando a eficiência na imunização dos rebanhos.

O manual é dirigido aos serviços veterinários, revendedores e criadores, que devem seguir as normas previstas. A versão, digital, de 41 páginas, é resultado de atualização da primeira edição que foi publicada em 2005.

Segundo o auditor fiscal agropecuário da Divisão de Febre Aftosa e Outras Doenças Vesiculares (Difa), Luiz Cláudio Coelho, “a fiscalização do comércio de vacinas contra a febre aftosa é de responsabilidade do Serviço Veterinário Oficial (SVO), para cumprimento do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA)”.

Ele explica que todas as revendas de produtos de uso veterinário só podem funcionar se estiverem registradas e licenciadas pelo Ministério. Para obtenção da licença do estabelecimento junto ao Ministério, o interessado deve acessar o site www.agricultura.gov.br, no link Sistemas, localizar Sistema Integrado de Produtos e Estabelecimentos Agropecuários (SIPEAGRO) e inserir as informações solicitadas.

Controle
No caso das indústrias produtoras de vacinas, durante todo o processo de fabricação, são realizados testes de comprovação da inativação do vírus e para controle de esterilidade da vacina, além da avaliação da integridade da emulsão (mistura). Todos esses testes são repetidos pelo Ministério em seu laboratório, (Lanagro) localizado no Rio Grande do Sul. Atualmente, só pode ser utilizada a vacina inativada, bivalente, formulada com as cepas virais A24 Cruzeiro e O1 Campos.

Os laboratórios que produzem vacinas são submetidos anualmente a inspeções e avaliações do MAPA para verificação do cumprimento das condições de biossegurança e de boas práticas de fabricação. A partida (lote) de vacina, passando por todos os testes, é aprovada e liberada para comercialização. Do contrário, toda a partida é destruída.

A selagem (colocação do selo holográfico, que garante que o produto foi testado oficialmente) é feita sob a supervisão do Ministério, que também confere e registra o número de frascos liberados à comercialização. Após o controle e a anotação das quantidades, as partidas são liberadas para venda. A Central de Selagem disponibiliza para o Mapa e aos Serviços Veterinários Estaduais (SVE) as informações referentes ao total e ao destino das vacinas comercializadas.

A vacina contra a febre aftosa deve ser conservada sob refrigeração (temperatura entre 2 e 8ºC). Apresenta prazo de validade de 24 meses sendo comercializada em embalagens de 15 e 50 doses. O parque industrial de produção de vacinas contra a febre aftosa tem capacidade para atender à demanda das etapas de vacinação no país, exportar vacinas para outros países da América do Sul e manter um estoque regulador de abastecimento. (As informações são do MAPA)

Na Argentina, 3% das fazendas produzem 20% do leite no país
A tendência para a concentração da produção de matérias-primas no setor lácteo continua se fortalecendo. É um fenômeno que ocorre nos principais países produtores e que, em nível nacional argentino, se confirma de acordo com os últimos levantamentos realizados pelo Observatório da Cadeia Láctea da Argentina. O trabalho considera a participação das propriedades leiteiras de acordo com seu tamanho medido em litros de leite por dia em dezembro de 2018. De acordo com os números refletidos no estudo, pode-se observar que as fazendas leiteiras de menos de 2.000 litros por dia representam 51,9% das unidades produtivas que sobrevivem no país, mas contribuem com 18,2% do leite total. No outro extremo, fazendas leiteiras de mais de 10.000 litros por dia, que representam apenas 3,3% do total de unidades produtivas, contribuem com um maior volume de leite, 19,6%. Refinando mais, a OCLA observa que "as 357 maiores fazendas leiteiras que produzem em média 16.110 litros por dia, em média, fornecem a mesma quantidade de leite de 5.734 fazendas de leite que produzem menos de 2.500 litros por dia (uma média de 1.003 litros por fazenda e por dia)". O processo de concentração da produção nas grandes fazendas leiteiras é contínuo e acelerou nos últimos anos. O tamanho (litros de produção diária) não é sinônimo de produtividade e eficiência, mas parece que a escala de produção permitiria o lucro líquido total (obviamente, se estes forem positivos) que possa atender às necessidades de retirada de negócios.
Em 07/02/19 – 1 Peso Argentino = US$ 0,02690
37,1808 Peso Argentino = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do ON24, traduzidas, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.915

     Sindilat espera apoio do governo federal após suspensão da taxa de antidumping

O governo federal decidiu suspender a tarifa sobre importação de leite europeu e da Nova Zelândia. A taxa vinha sendo aplicada desde a resolução de 2001, como medida de proteção ao produto nacional. A medida encerra a cobrança antidumping sobre o leite em pó, integral e desnatado. A alíquota era de 14,8% para o produto vindo da União Europeia e de 3,9% para o item da Nova Zelândia. A decisão do Ministério da Economia, por meio da Secretaria Especial de Comércio Exterior e assuntos internacionais, foi publicada na circular nº 5, no Diário Oficial da União (DOU), desta quarta-feira (06/02).

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, a expectativa agora é que o governo federal também flexibilize outras demandas do setor lácteo nacional, como o programa de escoamento da produção e outras linhas de pré-comercialização do leite.

Recordou ainda que o Ministério da Agricultura antecipou a criação de uma política nacional do Leite, que beneficiaria a produção nacional. Além disso, no dia 12 de fevereiro ocorrerá a reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite, em Brasília, que terá a participação do Sindilat, onde serão discutidas as demandas do setor. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 

Após queda em dezembro, importações voltam a aumentar

Os dados da balança comercial láctea, divulgada na última terça-feira (05/02), apontaram um aumento nas importações brasileiras. Os 112 milhões de litros em equivalente leite internalizados representam um aumento de 27% em relação aos 88 milhões de litros importados em dez/18. Ao compararmos com jan/18, ocorreu um aumento de 71%, quando internalizamos 55 milhões de litros mas, se compararmos ao volume comprado em jan/17, reduzimos as importações em 26%.

Gráfico 1. Saldo da balança comercial de lácteos no Brasil. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados da Secex.
 

Com o aumento do preço dos derivados lácteos internamente verificados em dezembro, a valorização do real e o dólar médio negociado no mês atingindo o menor patamar desde mai/18 - após uma queda nas importações em dez/18 - no mês de janeiro, a quantidade importada aumentou. Neste ponto, é importante que se entenda a importância das relações de preços (em dólares) no Brasil e em outros países (principalmente do Mercosul) e a relação muito próxima que esta relação de preços tem com o volume de importações, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Preços do leite ao produtor em US$/litro (Média Brasil/Média Uruguai - %) e importações mensais de leite (em milhões de litros de leite fresco equivalente). Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em  dados da Secex, do Inale e do Cepea.
 

As 6,2 mil toneladas importada de leite em pó integral e as 3 mil toneladas de leite em pó desnatado internalizadas em janeiro/2019 representaram um aumento em relação a dez/18, de 49% (4,2 mil tons) e 15% (2,6 mil tons) respectivamente. Com uma maior demanda, os leites em pó tiveram uma valorização interna de preços, o que também propiciou uma maior entrada do produto importado. Comparando-se com jan/18, foram importadas 3 mil toneladas de integral e 1,6 mil toneladas de desnatado, aumento de 108% e 81% respectivamente.Também nessa linha, foram internalizadas 2,6 mil toneladas de queijos, um aumento de 11% em relação as 2,3 mil toneladas importadas em dezembro.

Ao mesmo tempo, a quantidade de soro de leite importada foi reduzida em 30%. Em janeiro, foram internalizadas 450 toneladas contra 640 toneladas em dez/18. Para o leite UHT, a quantidade negociada pelo Brasil há meses vem sendo pouco relevante para a balança comercial, sendo exportadas 110 toneladas e importadas apenas 20 toneladas. Confira na tabela 1 o detalhamento da balança comercial em janeiro de 2019 por categoria de produto. (Milkpoint)

Tabela 1. Balança comercial láctea em novembro de 2018. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados da Secex.

Captação/Uruguai

A captação de leite pelas indústrias cresceu 4% em 2018, atingindo 2 bilhões de litros, de acordo com dados preliminares publicados pelo Instituto Nacional de la Leche (Inale). Ainda não atingiu o recorde de 2013, mas foi o maior volume nos últimos quatro anos. Novembro e dezembro foram os únicos meses de 2018 em que a produção caiu na comparação anual. Em novembro a captação foi de 187,2 milhões de litros, 3% abaixo dos 193,5 milhões de novembro de 2017. (Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br) 

 
Brasil fecha 2018 com 14,7 gigawatts de capacidade eólica instalada
A capacidade instalada de energia eólica no Brasil subiu para 14,7 gigawatts (GW) em 2018, um aumento de 15,7% em relação ao ano passado, informou a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Ao todo, o Brasil já conta com 583 parques eólicos em 12 estados, com destaque para o Rio Grande do Norte (150) e Bahia (135). De acordo com a Abeeólica, considerando a matriz elétrica brasileira em dezembro de 2018, a participação da energia eólica era de 9%, sendo a terceira fonte mais representativa. A biomassa, segunda fonte, representava 9,1% da matriz no final do ano passado. "Dentro de pouco tempo, a eólica passará a ser segunda fonte da matriz elétrica brasileira, um feito realmente histórico para uma fonte que se desenvolveu de maneira mais intensa há pouco menos de dez anos", afirmou em nota a presidente executiva da Abeeólica, Elbia Gannoum, lembrando que quando a indústria começou, em 2011, o País tinha menos de 1 GW. "Em 2012, estávamos no 15º lugar no Ranking de Capacidade Instalada do Global Wind Energy Council. Agora já estamos a caminho de completar 15 GW e ocupamos a 8ª posição no ranking", informou a executiva. De acordo com projeções da associação, somente levando em conta os contratos já assinados para construção de parques eólicos, o Brasil vai fechar 2024 com capacidade instalada de 19 MW de energia eólica. (As informações são do jornal O Estado de São Paulo)

Porto Alegre, 06 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.914

     GDT
(Fonte: GDT)
 
 

Encerra medida antindumping contra as exportações da UE e da NZ de leite em pó para o Brasil

Por meio da circular Secex nº 5 publicada hoje (06/02) no Diário Oficial da União (DOU), encerrou-se a revisão da medida antidumping (instituída pela Resolução Camex nº 2, de 5 de fevereiro de 2013) que prorroga o direito antidumping contra as exportações da União Europeia e da Nova Zelândia para o Brasil de leite em pó. O Brasil aplicou pela primeira vez o direito antidumping em fevereiro de 2001. Desde então, a medida vem sendo renovada.

Segundo o Presidente da Comissão Nacional de Pecuária e Leite da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), Rodrigo Alvim, essa situação era para estar resolvida em maio do ano passado, quando o pedido foi protocolado no ministério do governo de Michel Temer. “O ministério solicitou a prorrogação do processo, mais documentos e mais argumentos em que a CNA prontamente atendeu. Porém, nós estamos muito apreensivos”, comenta. Desde 2001, a CNA pressiona seu pedido para que essas tarifas sejam mantidas a cada cinco anos.

A justificativa foi a seguinte: não houve comprovação da probabilidade de retomada de dumping nas exportações da União Europeia e da Nova Zelândia para o Brasil de leite em pó, integral ou desnatado, não fracionado, classificado nos itens 0402.10.10, 0402.10.90, 0402.21.10, 0402.21.20, 0402.29.10 e 0402.29.20 da Nomenclatura Comum do MERCOSUL - NCM, e do dano à indústria doméstica decorrente de tal prática, no caso de extinção da medida antidumping em questão, nos termos do Art. 106 do Decreto nº 8.058, de 2013”.  Vale lembrar que a tarifa antidumping era de 3,9% para a Nova Zelândia e 14,8% para a União Europeia.

Uma fonte a par do assunto afirmou que o pensamento liberal do ministro Paulo Guedes, crítico a algumas vantagens tarifárias do Mercosul e defensor do livre comércio, também pode contribuir para que os entraves sejam eliminados. O Ministério da Economia parece avaliar que não há mais dumping e que, portanto, não existem razões técnicas para manter as tarifas.
A preocupação do mercado brasileiro é com os europeus, que têm 250 mil toneladas de leite em pó estocadas e não têm para quem comercializar. “O grande problema da Europa é que ela subsidia violentamente a sua produção e exportação. Concorrer com o leite da Europa significa competir com o tesouro da comunidade europeia”, afirma Alvim.

Na opinião de Geraldo Borges, presidente da Abraleite, essa não renovação das tarifas antidumping prejudica os produtores de leite, as cooperativas de produtores e os pequenos laticínios. Ele ainda disse que a cadeia produtiva de leite brasileira já é extremamente onerada por tributos. "Já temos muitos problemas com o leite em pó procedente dos países vizinhos do Mercosul, principalmente Argentina e Uruguai, e que, de certa forma, causam transtornos a nossa cadeia produtiva". Para acessar a circular CLIQUE AQUI. (Essa matéria contou com algumas informações publicadas no portal Notícias Agrícolas e no Valor Econômico)

Produção/UE 

Os últimos dados do Observatório lácteo da União Europeia (UE), da semana encerrada em 31 de janeiro revelam que: - Os preços médios da UE para o leite em pó desnatado se mantiveram estáveis em € 184/100 kg, [R$ 0,000/tonelada] na semana passada (o preço mais alto desde julho de 2017); 32% acima do nível do ano passado.
- Em comparação com a semana anterior, o preço médio da manteiga na UE aumentou 1,4% (€ 454/100 kg); 2% em relação ao nível do ano passado.
- Ligeiro aumento no preço spot do leite na Itália na semana passada (€ 0,43/kg). O preço spot do leite na Holanda caiu 2,9% e ficou em € 0,34/kg.
- A captação de leite cru na UE diminuiu 0,9% em novembro de 2018
- O crescimento acumulado de janeiro a novembro, no entanto, foi positivo (+1%).
- A menor disponibilidade de leite em novembro na UE se traduziu na redução de 5,1% na produção do leite em pó integral, e de 1,9% no leite em pó desnatado.
- A produção de leite da Austrália em novembro de 2018 (quinto mês da temporada 2018/19) caiu 7,8% em comparação com novembro de 2017 (-4,8% no acumulado de julho a novembro).
- A produção de leite nos Estados Unidos aumentou 0,6% em novembro de 2018, o que significa aumento acumulado de 1% em 2018. (Agrodigital – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Preços/Uruguai 

O preço do leite pago aos produtores fechou 2018 com média mensal levemente superior ao ano anterior em pesos, mas, com variação negativa em dólares. O Instituto Nacional de la Leche (Inale) publicou o valor médio ponderado, 9,86 pesos por litro, 1% maior do que os 9,72 pesos de 2017. Em dezembro o preço médio foi de 9,43 pesos por litro, teve aumento marginal em relação aos 9,41 pesos por litro do mês anterior, e também ligeiramente acima dos 9,40 pesos por litro pagos em dezembro de 2017. Em dólares o preço médio mensal de 2018 foi de US$ 0,32/litro, 5% menor do que a média do ano anterior que foi de US$ 0,34/litro. E em dezembro o preço do litro foi o menor dos últimos três anos para esse mês, com a média de US$ 0,29/litro. (Blasina y Asociados – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
 
Produção/Chile
Depois de quatro anos de trabalho, chegou ao fim o programa Predio Foco Lechero, uma iniciativa de transferência de tecnologia que foi realizada em San Carlos El Nadi na comunidade de Muemos, Região dos Lagos no Chile, de formação de profissionais do setor leiteiro. Para melhorar os níveis de produção e otimizar a rentabilidade dos produtores. O trabalho multidisciplinar foi realizado na fazenda do produtor José Apablaza Millacheo graças ao convênio assinado entre o Ministério da Agricultura e Trabalho (INDAP), Sence, a Agência de Cooperação Internacional do Governo da Nova Zelândia e a empresa de serviços agropecuários, ASL, que prestou assessoria agronômica, veterinária e gestão financeira. O diretor do INDAP Los Lagos, Carlos Gómez Hofmann, ressaltou os resultados do trabalho articulado pelo governo “para que nossos agricultores tenham todas as ferramentas para melhorar sua produção. Conhecemos experiências de países líderes no agro, como é o caso da Nova Zelândia, que proporcionou ensinamentos importantes para serem aplicados no setor, e continuar fortalecendo a cadeia láctea”. O resultado da experiência foi o aumento de 182.314 litros de leite em 2014, para 267.000 litros em 2018. Se bem que os custos tenham se mantido constantes, o faturamento por hectare subiu de 722.000 pesos para 1.300.000. (Exporlac Chile – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Porto Alegre, 05 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.913

     Redução da dose da vacina contra aftosa valerá a partir de maio

A vacina contra a febre aftosa vai ter sua dose reduzida de 5 ml para 2 ml na primeira etapa de vacinação de bovinos e bubalinos, que será realizada a partir de maio, na maioria dos estados brasileiros. Diego Viali dos Santos, chefe da Divisão de Febre Aftosa e outras Doenças Vesiculares (Difa) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), lembra que, nessa primeira etapa de vacinação do ano, a grande maioria do País vai imunizar todo o rebanho, conforme calendário de vacinação disponível no site do Mapa. No Rio Grande do Sul, a vacinação acontecerá no mês de maio. Apenas no Acre, no Espírito Santo e no Paraná a dose será aplicada apenas em animais jovens (de até 24 meses de idade). O estado do Amapá, devidos a suas condições peculiares, realiza a vacinação anualmente somente no segundo semestre. A mudança da dose está prevista no Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (Pnefa), que deverá culminar com a retirada total da vacinação no País prevista até 2021. A expectativa é de que, com a redução da dosagem, ocorram menos reações nos animais. Além disso, com frascos menores, as vacinas ocuparão menos espaço, facilitando o transporte e reduzindo o custo de refrigeração. O ministério preparou um manual para fiscalização do comércio de vacinas contra a febre aftosa, atualizando a publicação de 2005. A versão digital, contendo orientações aos Serviços Veterinários Estaduais e aos distribuidores, deve ser disponibilizada nesta semana. 

Cuidado com as vacinas:
• Compre as vacinas somente em lojas registradas. 
• Veriique se estão na temperatura correta: entre 2° C e 8° C.
• Para transportá-las, use uma caixa térmica, coloque três partes de gelo para uma de vacina e lacre. • Mantenha a vacina no gelo até o momento da aplicação. Escolha a hora mais fresca do dia e reúna o gado. Mas lembre-se: só vacine bovinos e búfalos. 
• Durante a vacinação, mantenha a seringa e as vacinas na caixa térmica e use agulhas novas, adequadas e limpas. A higiene e a limpeza são fundamentais para uma boa vacinação. 
• Agite o frasco antes de usar e aplique a dosagem certa em todos os animais: 2 ml. 
• O lugar correto de aplicação é a tábua do pescoço, podendo ser no músculo ou embaixo da pele. Aplique com calma. 
• Lembre de preencher a declaração de vacinação e entregá-la no serviço veterinário oicial do seu estado juntamente com a nota iscal de compra das vacinas. FONTE: MAPA. (Jornal do Comércio)
 
 

Produção brasileira de leite representa cerca de 7% de todo o leite do mundo

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou um estudo sobre Análise dos Custos de Produção e da Rentabilidade nos períodos de 2014 a 2017. Os resultados apontaram o Brasil como o principal responsável por 7% de todo o leite do mundo.

Segundo a Conab, o Brasil teve um crescimento em média de 7% da produção do leite em nível mundial, o que levou o país a ocupar a quinta posição em relação a volume.

A pesquisa também apontou os quatro maiores produtores durante o período, sendo a União Europeia, com 30,47%, Estados Unidos, 19,6%, Índia, 12,8% e a China, com 7,21%, que, somando com a produção de leite brasileira, totalizam 76%. A Rússia teve um avanço de 6,5%. A China e a Índia são os países com maior índice populacional, e responderam por 20% da produtividade da bebida.

Durante o período de estudo, houve um aumento de 13,27% na produção mundial, apresentando uma média de 1,5% de crescimento. Os resultados mostram que, em relação aos países maiores, a Índia saiu na frente com 45,8%, avanço de 5,01% anual. Atrás dela, vem a Nova Zelândia, com 36,23%, avançando para 4,3% no período de 12 meses. Já a produção brasileira deslanchou em 21,89%, e ao ano aproximadamente 2,43%.

Estudo aponta lentidão no avanço da produção de leite no Brasil
Diante do levantamento realizado pela Conab, a produtividade do leite no país caminha lentamente. A instituição mostra que, no ano de 2014, houve um avanço de 35 bilhões de litros de leite. No entanto, percebe-se que Minas Gerais registra uma média de 27% do total da bebida no Brasil.

Enquanto isso, Rio Grande do Sul e Paraná evoluíram semelhantemente em termos de produção. É notório a redução na produtividade de Goiás e um avanço em Santa Catarina. Ambos apresentam uma média anual superior a um bilhão de litros de leite.

Segundo a entidade, o rebanho leiteiro de vacas ordenhadas no País teve o seu ponto máximo no ano de 2011, com 23,2 milhões de gados. O rebanho foi reduzido nos dois anos seguintes. No ano de 2014, teve um crescimento que chegou pouco mais de 23 milhões de cabeças.

De acordo, ainda, com o estudo da Conab, o volume de vacas ordenhadas tem reduzido, chegando ao ponto mínimo no ano de 2016, levando em consideração a série analisada, com 19,7 milhões de gados.

Como o ERP pode ser útil na indústria de laticínios
As indústrias de laticínios geram bilhões de litros de leite todos os anos. Para enfrentar a concorrência em um mercado tão competitivo, muitos produtores estão investindo cada vez mais em sistemas de gestão com o objetivo de melhorar os processos das atividades dos diversos setores de sua indústria e, principalmente, aumentar a produtividade e alcançar melhores resultados.

O ERP é um sistema de gestão que facilita ao gestor acompanhar todos os processos de produção de sua indústria de laticínios, e ainda faz a integração de todos os setores, de modo a melhorar a gestão produtiva e, dessa forma, aumentar a produtividade do leite com mais agilidade e eficácia.
Com a implantação do ERP, o gestor consegue visualizar possíveis falhas na produção, permitindo a ele criar estratégias para corrigi-las.

A Magistech é uma empresa que atua na implantação de sistema de gestão para empresas de pequeno, médio e grande porte. A empresa conta com diversas soluções tecnológicas altamente eficientes, como o sistema para laticínio voltado a indústrias. (Terra)

Recuperação/AR 

Depois de vários anos em que a interminável crise do setor lácteo só foi aprofundando, nos últimos meses começaram a surgir uma série de sinais que indicariam uma leve recuperação nas principais bacias leiteiras.

O boletim do Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (OCLA) mostra que em dezembro passado a fazenda média do país começou a registra índices de rentabilidade depois de dez meses consecutivos de perdas. Isto porque no mês passado o preço pago ao produtor aumento para 9,31 pesos por litro, uma cifra 4% superior à registrada em novembro (8,90 por litro) e 63% superior à vigente em dezembro de 2017.

Ou seja, em 2018 – depois de muitos anos de constantes perdas – os produtores de leite representaram um dos poucos itens da economia que conseguiram ganhar da inflação geral, 47,6%, medida pelo INDEC.

A taxa de rentabilidade média de fazenda foi de 0,3%, enquanto que as unidades produtivas grandes conseguiram ganhos de 1,5%, segundo o documento do OCLA que se baseia em 30 modelos regionais gerenciados pelo INTA.
 

A Secretaria de Agroindústria coletou os dados do setor e os funcionários ficaram otimistas ao destacar que a produção de leite em 2018 aumentou 4,26%, totalizando 10.527 milhões de litros. A euforia foi tanta que o secretário Luís Miguel Etchevehere decidiu falar do Japão: “Estamos focando em oportunidades comerciais além do Mercosul, e outros destinos que ainda não chegamos”. Entre janeiro e novembro do ano passado, as exportações de produtos lácteos cresceram 34%, representando US$ 899,75 milhões (passando de 225.599 para 294.945 toneladas), segundo dados oficiais.

 

O crescimento mais notório das exportações ocorreu no final do ano. Em novembro foram exportadas 40.666 toneladas, contra as 22.754 toneladas do janeiro anterior, registrando incremento de 78%. Os produtos exportados pelas 32 empresas nacionais foram: leite em pó, soro de leite, queijos de massa dura, semidura e muçarela, enviados principalmente, para o Brasil, a Argélia, Rússia, China, Chile, Paraguai, Indonésia, Uruguai, Japão e Bolívia.

O último índice da Câmara de Comércio mostrou que a diferença entre o que é pago ao produtor, e que o consumidor paga na gôndola foi de 311%. Isto porque o valor médio do leite na gôndola está em torno de 37,90 pesos por litro. A crise dos produtores gerou fortes ataques da Câmara Setorial ao próprio Etchevehere, que foi acusado de não conhecer a realidade do setor. Em meio às polêmicas, foi informado pela Confederação, Coninagro, que em 2017, era encerrada uma fazenda de leite por dia, e que atualmente são 10.731 unidades produtivas. Para a entidade, nos últimos cinco anos houve uma redução média de 2,3% de fazendas por ano. (Portal Lácteo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Leite/Alemanha

Os produtores de leite da Alemanha recebem cerca de 5 centavos a mais que os espanhois. Mesmo assim, é necessária uma estratégia para a próxima década (Estratégia 2030) para melhorar a competitividade e a agregar valor ao setor lácteo alemão.

As principais linhas da Estratégia, segundo a DNV, a principal organização agrária alemã, serão:
- Criação de uma entidade interprofissional reconhecida, na qual os pecuaristas profissionais estejam representados em igualdade de condições com as centrais leiteiras.
- Promover grupos de produtos para concentrar as vendas de leite para as indústrias, melhorando o poder de negociação.
- Gerenciar os fundos comunitários previstos para a promoção e modernização dos sistemas de cria animal, incentivando os investimentos correspondente.
- Utilização de determinados instrumentos de gestão de riscos (criação de modelos de preços fixos; assegurar preços no mercado futuro) para reduzir os efeitos da volatilidade.
- Maior colaboração entre a indústria e produtores para organizar a oferta.
- Manutenção de ferramentas de mercado como intervenção e armazenamento privado e pagamentos diretos.
- Ampliar o sistema de gestão de qualidade do leite (QM-Leite) para estabelecer padrões de produção e evitar que a distribuição imponha, unilateralmente, as normas que devem ser cumpridas pelos produtores de leite.

Muitas das medidas propostas vão de encontro com o desejo de muitos produtores de leite espanhois. (Agrodigital – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 
Nota de pesar
O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul lamenta o falecimento do presidente da Associação Gaúcha de Laticinistas e Laticínios(AGL), José Luis Ipar Pravia. Idealizador do Festiqueijo, tradicional evento da cidade de Carlos Barbosa (RS), Pravia morreu aos 66 anos nesta terça-feira (05/02). O velório teve início no fim da manhã de hoje e o sepultamento ocorrerá às 18h15 no Cemitério Público Municipal de Carlos Barbosa.  (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Porto Alegre, 04 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.912

     Produção/Uruguai

O Instituto Nacional do Leite (Inale) informou que em 2018 a captação de leite supera dois bilhões de litros de leite, convertendo-se na terceira maior produção anual desde 2002. A estimativa para 2018 está estimada em 2 bilhões de litros considerando os dados do Fundo de Financiamento e Desenvolvimento Sustentável de Atividade Leiteira (FFDSAL) nos dez primeiros meses do ano e estimativas realizadas com base nas declarações mensais do registro das indústrias de novembro e dezembro. (TodoElCampo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

MAPA: inscrições para feiras internacionais de bebidas e alimentos já estão abertas

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) abriu nesta quinta-feira (31) as inscrições para empresas e entidades interessadas em participar das feiras internacionais de bebidas e alimentos que ocorrerão neste ano em diferentes países. O objetivo do ministério é organizar em parceria com o Ministério de Relações Exteriores missões comerciais para atrair Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) e promover o desenvolvimento do agronegócio nacional.

A programação internacional de 2019 inclui as seguintes feiras: Annual Investment Meeting 2019, nos Emirados Árabes Unidos; a Sial 2019, no Canadá; a Thaifex World Food Asia, na Tailândia; World Food Istanbul, na Turquia; Fruit Attraction, na Espanha; e a Israfood, em Israel. 

A seleção das empresas e entidades interessadas em participar das missões e serem expositoras nas feiras está sendo realizada no Mapa por meio da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais. Os eventos internacionais são considerados plataformas estratégicas para ampliar a visibilidade dos produtos brasileiros e promover contatos.

Nesses eventos vários atores do mercado externo se reúnem em um mesmo ambiente, permitindo a redução de custos de promoção transacionais. Além disso, os eventos representam oportunidade para aprofundar o conhecimento sobre o mercado-alvo, tendências e estratégias dos concorrentes.

Inscrições/Participação
Em todos os eventos, o Mapa e o MRE são responsáveis pelos custos de contratação de espaço na feira, apoio de recepcionistas bilíngues e confecção do catálogo do Pavilhão Brasil. Cada empresa participante fica responsável pelas despesas de passagens aéreas, hospedagem e alimentação, além da inscrição junto ao promotor do evento. O candidato também deve aceitar os Termos e Condições de Participação.

As empresas e entidades interessadas em integrar as missões comerciais devem acessar o link “Participar de feiras de agronegócio”, no Portal de Serviços do Governo Federal.

Na página, o interessado deve seguir três etapas para identificação, criação de uma conta e preenchimento de formulário do processo seletivo da feira que tem interesse.

A inscrição no processo seletivo não garante a participação na missão comercial, serve apenas para manifestar o interesse do inscrito no processo de seleção. O resultado da seleção será enviado às instituições por e-mail.

Saiba mais sobre as características e os prazos de inscrição de cada evento CLICANDO AQUI. (As informações são do Mapa)

Boas práticas

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defendeu na quarta (30), no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a importância de se efetivar medidas de boas práticas baseadas no bem-estar animal durante os eventos de torneios leiteiros no País.

O debate aconteceu durante a reunião do grupo técnico criado pela Câmara Setorial do Leite e Derivados do Mapa que elabora uma instrução normativa para estabelecer regras para esses eventos. “A CNA participa do grupo para alinhar a normativa com a necessidade de regulamentação de pontos importantes nos torneios leiteiros,” explica Thiago Rodrigues, assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação.

A minuta do documento foca em dois pontos principais: o torneio tem que ser autorizado pelo órgão oficial de defesa agropecuária e precisa estar sob a responsabilidade de um responsável técnico, médico veterinário credenciado no Conselho Regional de Medicina Veterinária do estado.

“A partir disso, será possível cobrar desse responsável técnico uma atuação mais presente no torneio, monitorando os animais, o estado de saúde deles, definindo como as instalações precisam estar para recebê-los e evitar a disseminação de práticas que ferem o bem-estar animal”, reforça Rodrigues.

O documento prevê ainda as responsabilidades do técnico, as premissas para criação dos regulamentos de cada torneio leiteiro, assim como devem ser as instalações e o uso de medicamentos durante o evento.
A minuta da instrução normativa já passou por consulta pública. A previsão é que o documento seja publicado nos próximos meses. (CNA)

Marcas de quem decide 
Em 2019, a pesquisa Marcas de Quem Decide, parceria Jornal do Comércio e Qualidata e que há 21 anos mede a lembrança e a preferência de empresários e executivos do Rio Grande do Sul, conecta-se ao mundo da inovação. Todo o conceito por trás da edição baseia-se em inovações reais do nosso mercado e como elas impactam a vida das pessoas e dos negócios. Para apresentação dos resultados em primeira mão aos principais líderes empresariais, o JC realiza um evento (dia 12 de março, no Teatro do Sesi) reunindo o "PIB gaúcho" em uma manhã de resultados, networking e experiências. Os leitores podem acompanhar a cobertura do evento na edição do JC do dia seguinte e no site do Marcas de Quem Decide. O Marcas é referência no mercado por sua credibilidade e seu público qualificado. O diretor-presidente do JC, Mércio Tumelero, afirma que a pesquisa colabora para a compreensão do verdadeiro significado das marcas na economia: "Mostramos que a marca não é apenas o logotipo de um produto, mas um conjunto de valores e atributos tangíveis e intangíveis que ela carrega". (Jornal do Comércio)

Porto Alegre, 01 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.911

     Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 24 de Janeiro de 2019 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Dezembro de 2018 e a projeção dos preços de referência para o mês de Janeiro de 2019. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

 
O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Sindileite/SC)
 
 
FrieslandCampina 

O preço garantido do leite cru da FrieslandCampina para o mês de fevereiro de 2019, € 36,50/100 kg, [R$ 1,17/litro] subiu 0,25 Euros em comparação com o mês anterior (€ 36,25/100 kg de leite), em decorrência das expectativas das principais indústrias europeias para o preço da matéria prima.

 

O preço garantido pela FrieslandCampina para o leite orgânico em fevereiro de 2019 ficou em € 48,00/100 kg [R$ 2,12/litro], o mesmo valor do mês anterior. Esse valor foi estabelecido com base nas expectativas das principais indústrias de referência, que aponta para estabilidade da matéria prima.  

 

 
O preço garantido é aplicado a 100 quilos de leite que contenha 3,47% de proteína, 4,41% de matéria gorda e 4,51% de lactose, sem o imposto de valor agregado (IVA). O preço é garantido a produtores de leite convencional e que entregam acima de 800.000 quilos de leite por ano. O preço garantido para o leite orgânico segue os mesmos parâmetros do leite convencional em relação ao teor de sólidos, mas, a base do volume de entrega é acima de 600.000 quilos anuais. Até 2016 o volume era de 600.000 quilos para o leite convencional. A alteração do volume que serve de base para bonificações e o esquema da sazonalidade foi, então, descontinuado, iniciando novos parâmetros em 2017. (FrieslandCampina – Tradução livre: Terra Viva)

Espanha: com rotulagens destacando a origem do leite, produtores lutam por preços mais justos

Desde semana passada - graças ao Real Decreto 1181/2018 - é obrigatório que todos os produtos lácteos produzidos e comercializados na Espanha mostrem clara e visivelmente a origem do leite com o qual foram feitos. A organização dos pecuaristas da UPA (União de Pequenos Agricultores e Pecuaristas) lembrou que essa demanda vem sendo solicitada há muito tempo pelos produtores. "Nós lutamos muito com a nossa organização para obter a rotulagem de origem”, explicaram. “Estamos felizes mas sem entusiasmo, já que na Espanha continuam fechando fazendas leiteiras por falta de preços justos", contou o secretário de Pecuária da UPA, Roma´n Santalla.

Os pecuaristas esperam que essa medida sirva para destacar o primeiro elo da cadeia, conscientizando os consumidores de que sem os profissionais da pecuária que cuidam de seus animais todos os dias, não haveria leite, iogurtes ou os queijos da mais alta qualidade.

Sem preços justos, a rotulagem não ajudará
A UPA mais uma vez exigiu que os laticínios e grandes varejistas se conscientizassem da necessidade de pagar um preço justo aos produtores pelo seu trabalho. No momento, a Espanha permanece bem abaixo da média europeia em termos do preço pago na fonte pelo leite, com um preço médio de 0,32 euros (US$ 0,36) por litro, 3 centavos (3,4 centavos de dólar) abaixo da média europeia e até 4 e 5 centavos (4,5 a 5,67 centavos de dólar) a menos que na Holanda ou na Dinamarca.

Essa discriminação afundou a rentabilidade das fazendas, segundo a UPA, provocando o fechamento de até três fazendas leiteiras por dia em todo o país. A UPA também está trabalhando - no âmbito da campanha europeia Eat Original - para que esse reconhecimento de origem nos alimentos seja estendido a todos os produtos frescos e embalados, porque “é justo e lógico que se informe devidamente aos consumidores e que se reconheça o trabalho dos produtores".
Em 28/01/19 – 1 Euro = US$ 1,13478
0,88123 Euro = US$ 1 (Fonte: portal Oanda)
(As informações são do Agrodigital, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

 
 
Leite/Uruguai 
Foi divulgada a proposta do Ministério da Economia que inclui a correção do preço do leite ao consumidor, que gerou, desde 2015, uma defasagem de 4,5%. Essa correção será aplicada em duas vezes. Aumento de 1,30 pesos por litro no início de fevereiro, e aumento similar em agosto, eliminado a defasagem e gerando aumento de aproximadamente 7 milhões de dólares este ano na renda do produtor, e de 11 milhões no próximo ano. Guillermo Berti, presidente da Sociedade de Produtores de Leite de Vila Rodríguez, disse a Martín Maidana que esta é uma reivindicação de longa data, e o ministro anterior, da Pecuária, Tabaré Aguerre, reconheceu que o setor deixou de capitalizar 130 milhões de dólares, por haver subido o leite por combinação de parâmetros e não pela inflação.  Depois de reconhecer a defasagem foi determinado que diferença entre a paramétrica e a inflação seria corrigida. Nesta próxima quarta-feira o tema será discutido e as dúvidas esclarecidas. (Espectador – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Porto Alegre, 31 de janeiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.910

     Validade das declarações de aptidão ao Pronaf volta a ser de dois anos

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Tereza Cristina, assinou portaria alterando o prazo de validade da Declaração de Aptidão (DAP) ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que passa de um para dois anos. Essa medida estava entre as metas anunciadas para os primeiros 100 dias do Governo Federal.

De acordo com a ministra, a partir da publicação nesta quinta-feira (31) no Diário Oficial da União (DOU), as DAPs ativas permanecem assim por dois anos, a contar da emissão até o decurso do prazo. “Da forma como estava a norma, seriam afetados cerca de 2,5 milhões de registros, gerando demanda por novas DAPs incompatível com a capacidade de emissão da rede”, afirmou. Foi evitada, conforme explicou, a possibilidade de colapso no sistema, o que prejudicaria agricultores familiares e cooperativas da agricultura familiar em todo o país.

A nova portaria altera a publicada em 24 de agosto do ano passado, que havia fixado a validade da DAP até o próximo dia 27 de fevereiro e o prazo para a emissão em um ano.

A DAP funciona como carteira de identidade do agricultor familiar e dá acesso as linhas de crédito rural do Pronaf, aos programas de compras institucionais, como a Aquisição de Alimentos (PAA) e o de Alimentação Escolar (PNAE), além da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), o Programa Garantia Safra e o Seguro da Agricultura Familiar, além de outras 15 políticas públicas.

O secretário de Agricultura Familiar do Mapa, Fernando Schwanke, disse que ainda neste ano a secretaria fará a migração do atual sistema de DAPs para a do Cadastro da Agricultura Familiar (CAF), mais completo, utilizando outras bases de dados existentes, o que diminuirá o risco de fraudes nas suas emissões. (MAPA)
 
 

Bom filho à casa torna

Após quatro anos à frente da Secretaria do Desenvolvimento Rural, extinta no atual governo, Tarcisio Minetto retorna à Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro). A partir de amanhã, o economista ocupará o cargo de diretor-executivo da entidade. 

- Depois desse período em cargo público, volto à iniciativa privada com um novo olhar. Temos alguns projetos já em mente para executar a partir de agora - diz Minetto.

Presidente da Fecoagro, Paulo Pires adianta que uma das primeiras ações será resgatar dados econômicos, com foco nos custos de produção da atividade agropecuária - um dos principais desafios do setor. Além disso, o dirigente destaca a necessidade de buscar projetos agroindustriais intercooperativos.

- Temos de pensar em investimentos conjuntos de cooperativas da mesma região - exemplifica Pires. (Zero Hora)

Importação de lácteos da China manteve-se forte em 2018, diz corretora

As importações chinesas de lácteos continuaram fortes no ano passado, na avaliação da corretora HighGround Dairy. “Encerrando o que foi um ano robusto para as importações, independentemente das manchetes da guerra comercial, da desaceleração da economia e de outras lutas enfrentadas pela segunda maior economia do mundo em 2018”, informou a operadora. A HighGround Dairy disse, ainda, que a China estabeleceu novos recordes de importação em vários produtos em 2018, incluindo leite em pó desnatado, soro de leite, manteiga e leite em pó anidro e leite anidro. Esses produtos registraram o maior volume importado desde 2014. (As informações são do Dow Jones Newswires, publicadas no Estadão, adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Taxas antidumping nas importações lácteas preocupa setor

O setor leiteiro está aguardando o governo ter uma definição sobre as tarifas antidumping contra a importação de lácteos da União Europeia e da Nova Zelândia. A decisão deve ser tomada até o dia 06/02. Segundo o Presidente da Comissão Nacional de Pecuária e leite da CNA, Rodrigo Alvim, essa situação era para estar resolvida em maio do ano passado, quando o pedido foi protocolado no ministério do governo de Michel Temer. “O ministério solicitou a prorrogação do processo, mais documentos e mais argumentos em que a CNA prontamente atendeu. Porém, nós estamos muito apreensivos”, comenta.

A preocupação do mercado brasileiro é com os europeus, que têm 250 mil toneladas de leite em pó estocadas e não têm para quem comercializar. “O grande problema da Europa é que ela subsidia violentamente a sua produção e exportação. Concorrer com o leite da Europa significa competir com o tesouro da comunidade europeia”, afirma.

Atualmente, a tarifa antidumping é de 3,9% para a Nova Zelândia e 14,8% para a União Europeia. Caso as tarifas não venham ser mantidas, o mercado brasileiro corre o risco de ter um excesso do produto e com isso, a derrubada dos preços internos.  As medidas antidumping da União Europeia foram aplicadas em fevereiro de 2001 e na época, se verificou também antidumping com relação a países como Argentina, Nova Zelândia, Uruguai e Austrália. “No caso da Austrália, como as importações eram muito pequenas, não foi por dano casual. Já com a Argentina, ficou estabelecido que o país não poderia exportar a um preço inferior ao da Nova Zelândia”, relata.

Na época que o Brasil adotou as medidas antidumping ele não era autossuficiente na produção de leite. “É importante ressaltar que o país importava pois não tinha condições de concorrer com o produto subsidiado da Europa. Nos momentos que foram aplicadas as tarifas, o Brasil cresceu em dez anos mais de 10 bilhões em litros de leite por ano”, destaca. (As informações são do portal Notícias Agrícolas, resumidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Vacinação e exames são essenciais para controle da brucelose

Uma das principais medidas de controle da brucelose bovina é a vacinação. Fêmeas, entre três e oito meses de idade, devem ser vacinadas obrigatoriamente. A realização periódica de exames de diagnóstico no rebanho também é estratégica para a erradicação.

A brucelose bovina é uma doença causada pela bactéria Brucella abortus. O abortamento ocorre geralmente no último terço da gestação, sendo o principal sintoma dessa enfermidade. Além disso, nascimento de bezerros fracos, retenção de placenta, corrimento vaginal, inflamação das articulações e inflamação dos testículos também são sinais clínicos apresentados. Em relação aos prejuízos pode-se apontar queda da produtividade, menor produção de leite, baixos índices reprodutivos, aumento no intervalo entre partos, morte de bezerros precocemente e perda de animais.

No Brasil, as vacinas utilizadas para prevenção das infecções são a B-19 ou RB-51. A B-19 é atualmente a mais utilizada pelos pecuaristas em programas de controle da brucelose devido ao menor custo. As fêmeas bovinas e bubalinas entre três e oito meses de idade devem ser vacinadas com um dos tipos da vacina. De acordo com o veterinário Raul Mascarenhas, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos – SP), a imunização do animal persiste por sete anos. Após esse período, recomenda-se o reforço vacinal. Neste caso, só deve ser utilizada a RB-51. Essa necessidade acontece, principalmente, em rebanhos leiteiros ou de elite, em que as vacas permanecem na propriedade por mais tempo.

Outra estratégia importante para controlar e erradicar a doença do rebanho é a realização periódica de exames de diagnóstico. “Pelo menos uma vez ao ano o produtor deveria realizar os testes de brucelose em todos os animais do rebanho. No entanto, como o exame não é obrigatório, muitos produtores não o fazem e continuam arcando com os prejuízos da doença”, destaca Mascarenhas.

Os exames podem ser realizados em fêmeas com idade superior a 24 meses, quando estas tiverem sido vacinadas entre três e oito meses com a vacina B-19. A bezerras vacinadas com a RB-51 e os animais machos podem ser submetidos ao exame a partir dos oito meses de idade, quando não apresentarão anticorpos colostrais, que podem influenciar no resultado dos exames ocasionando falsos positivos.

Em caso de animais positivos no teste de triagem, o órgão responsável pela defesa agropecuária da região deve ser notificado. Além disso, podem ser submetidos a um novo exame confirmatório em um laboratório de referência do Mapa. Enquanto aguarda-se o resultado, o bovino deve ficar isolado para não ocorrer transmissão. Confirmando-se o resultado, o animal deve ser sacrificado e o exame realizado em todo o rebanho.

Transmissão
A brucelose bovina é transmitida principalmente pela ingestão de pastagem contaminada pela urina de bovinos doentes, restos fetais e restos de placenta. Dificilmente, ocorre transmissão via monta devido às características de pH vaginal e imunidade de mucosas. A doença pode ser introduzida em um rebanho sadio pela aquisição de bovinos infectados. Por esse motivo, é importante a realização de quarentena e de novos exames para que os animais possam ser incorporados ao rebanho. (Fonte: Embrapa)

 
USP deve concluir estudo sobre tabelamento de frete até abril, diz ministro
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse nesta última quarta-feira, 30, que a Universidade de São Paulo (USP) deve concluir até abril um estudo que embasará uma nova revisão no tabelamento do frete rodoviário de cargas no país. “A USP está elaborando vários modelos para reduzir as distorções da tabela de frete. Queremos tornar essa tabela mais técnica, para modelar corretamente o transporte rodoviário”, afirmou Gomes de Freitas. Segundo ele, esse estudo pode aumentar ou reduzir alguns preços observados na tabela. “O valor do preço de referência pode ser maior ou menor, a depender do tipo de carga e do tipo de veículo”, acrescentou, sem dar maiores detalhes. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)

Porto Alegre, 30 de janeiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.909

     Lácteos/AR

As vendas de produtos lácteos caíram pelo terceiro ano consecutivo e o consumo de leite despencou. O setor lácteo passa por uma situação crítica. A crise que atravessou nos últimos anos é o modelo de produção setorial, com uma realidade empresarial que não se adaptou à retração das vendas e à forte inflação dos custos, conforme adverte o boletim da Universidade de Avellaneda.

Uma das variáveis que explicam a menor produção primária e industrial de leite é a queda do consumo interno, que foi reduzido pelo terceiro ano consecutivo em 2018. Segundo dados oficiais do Ministério da Agroindústria, as vendas internas de leite fluido diminuíram 1,3% nos primeiros 11 meses de 2018. Se comparado com o mesmo período de 2015, será registrado um retrocesso de 10 pontos percentuais nas vendas.
 
Aumento dos produtos lácteos e derivados
Em 2018, o iogurte foi o que mais encareceu: 73,1%. Em seguida vem a manteiga com 51,6% de aumento, o leite em pó 49,6%, e o doce de leite 47,9%$. Estes quatro subiram acima da inflação geral, que encerrou o ano passado em 47,6%, segundo o INDEC. O leite fresco, no entanto, aumento 47% e o queijo cremoso 45,1%.
 

Queda das vendas em 2018
O leite em pó (-8,4%). Leite achocolatado (-6,4%); sobremesas lácteas e flãs (-6,2%), iogurtes (-5,5%); creme (-4,2%); manteiga (-3,3%) e leite fluido (-1,3%). Esta retração do setor determinou uma forte queda na quantidade de fazendas de leite, que acumula 8,1% de perdas em três anos, passando de quase 11.500 unidades em 2015, para pouco mais de 10.700 no último ano. Isto se reflete nos postos de trabalho do setor, que 4,1% (1.400 empregos destruídos). Apesar da retração do setor, a alta concentração na comercialização e a inflação de custos, determinaram aumentos médios dos lácteos na ordem de 170%, acumulado. (Portalechero – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 

Trump anuncia Acordo EUA-México-Canadá e destaca os benefícios do mesmo para os lácteos

O presidente Donald Trump discursou na convenção nacional da American Farm Bureau Federation em Nova Orleans recentemente. Ele comentou sobre diversos aspectos relacionados às questões comerciais em andamento, incluindo as tarifas com a China e o novo Acordo EUA-México-Canadá (USMCA).

"Tomamos as medidas mais duras de sempre para confrontar as práticas comerciais injustas da China que prejudicam os agricultores e pecuaristas americanos. Queremos um acordo justo para os agricultores americanos, removendo as proibições arbitrárias da China às importações agrícolas, protegendo nossa propriedade intelectual e fornecendo acesso justo ao mercado para todos os produtores americanos".

O presidente também anunciou o novo USMCA como um substituto bem-vindo para o Acordo de Livre Comércio da América do Norte. "O NAFTA foi um dos piores acordos comerciais já feitos", disse. "Esse importante acordo comercial aumentará as exportações de trigo de Montana, laticínios de Wisconsin, frango da Geórgia e produtos de agricultores e pecuaristas em todo o país". 

Como parte de seus comentários sobre o acordo comercial, Trump também comentou sobre o Canadá e as negociações que ocorreram para garantir maior acesso ao mercado como parte do USMCA. Ele destacou a família Peterson, produtores de leite de Wisconsin que ordenham cerca de 900 vacas perto de Cashton, Wisconsin. "Como muitos dos nossos grandes agricultores, os Peterson enfrentaram uma série de ameaças à sua fazenda e a todo o seu modo de vida. Durante anos, o NAFTA tornou difícil para os produtores de leite como os Peterson exportar leite, sorvete, queijo e muitos outros produtos lácteos. Sob o USMCA, a família finalmente terá as condições de igualdade que mereciam". (As informações são do portal Milk Business, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

 
Preços/Uruguai 
A partir de 1º de fevereiro o preço do leite fresco terá aumento de 1,30 pesos, [R$ 0,15]. Também o Poder Executivo estabeleceu que em agosto haja novo aumento de 1,48 pesos, [R$ 0,17]. O custo atual é de 25 pesos, [R$ 2,88/litro]. A medida atende uma das reivindicações dos produtores de leite, dado que entendem que o preço do leite de consumo está defasado em relação ao Índice de Preços ao Consumidor (IPC) há vários anos. Isto para os produtores implica um aumento nos custos, mas, não no faturamento. Na tarde da próxima quarta-feira, 30 de janeiro, o subsecretário de Economia e Finanças, Pablo Ferreri, receberá novamente as entidades do setor lácteo que deverão apresentar medidas “mais específicas para o setor” e escutarão as propostas. Nos primeiros dias de janeiro, Pablo Ferreri realizou um encontro onde os produtores de leite deram um crédito ao governo no que se refere a algumas medidas que poderiam ser adotadas nesse momento complicado que vive o setor. Ferreri disse que uma das propostas por parte do governo é a possibilidade de prorrogar por mais um ano a devolução de impostos incidente sobre o combustível dos produtores que são tributados, além de um novo desconto na tarifa de energia elétrica dos produtores de leite, que se juntarão às pequenas e médias empresas que têm desconto de 20%. Em assembleia de produtores realizada no dia 13 de dezembro em Capurro, os produtores deram o prazo de um mês para que o governo adotasse medidas favoráveis ao setor, ou os protestos iriam retornar. (El Observador – Tradução livre: www.terraviva.com.br)