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Porto Alegre, 07 de março de 2019                                              Ano 13 - N° 2.932

      Maior demanda e oferta em desaceleração fazem subir o GDT

Na última terça-feira (05/03), foi realizado o leilão GDT 231 que emplacou sua sétima valorização seguida. Após um sinal de desaceleração na subida do GDT price index percebido no penúltimo leilão (19/02), o evento dessa terça foi marcado pela variação positiva de 3,3% no indicador; por outro lado, o volume negociado sofreu uma redução de 5,5%.

Com a demanda aquecida, o mercado chinês “puxou” a alta desse último GDT, refletida na maior procura por matéria gorda (AMF +3,9% e manteiga +3,7%), queijos (+6%) e o leite em pó integral (+6%). O leite em pó desnatado (LPD), no entanto, “amargou” sua primeira desvalorização nos últimos sete eventos (-4,6%). Dessa maneira, aumenta o descolamento entre LPI e LPD que estava em US$442/t e foi para US$724/t no leilão desta terça-feira, com o integral mais valorizado.

Apesar da aceleração da produção na Nova Zelândia (crescimento de 7,7% na produção de sólidos lácteos em jan/19 vs. jan/18), a desaceleração do crescimento da produção na União Europeia e nos Estados Unidos e o aumento das compras chinesas fizeram acelerar os preços de mercado. (Milkpoint/GDT)
 
                 

 
15º Fórum Estadual do Leite em destaque na programação da Expodireto Cotrijal

Ocorre na próxima quarta-feira (13/3) o 15º Fórum Estadual do Leite, tradicional evento realizado na Expodireto Cotrijal, em Não Me Toque (RS). Essa edição destacará o uso de soluções tecnológicas na produção de leite, a ampliação do consumo de produtos lácteos no Brasil e lições para torná-lo mais competitivo. O ciclo de palestras será realizado no turno da manhã, no Auditório Central da Feira. 

Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, os temas escolhidos para a composição das palestras permitem o engajamento de diversos elos da cadeia produtiva. Além disso, Palharini considera fundamental o espaço para pensar ações que ampliem o consumo de lácteos no mercado interno. Segundo ele, é indispensável engajar os consumidores por meio de campanhas e, para isso, é essencial a participação do setor público.

A expectativa é que cerca de 280 pessoas, entre pesquisadores, técnicos e produtores, participem do evento. O Fórum Estadual do Leite é uma promoção da Cotrijal e da CCGL, com apoio do Sindilat, da Sementes Adriana e do Senar/RS.

Programação:
8h30: Abertura
9h: Palestra - Consumo de Lácteos no Brasil: como avançar, com a médica veterinária Flávia Fontes – coordenadora do Programa Bebamaisleite
10h: Palestra - Agro 4.0 e sua contribuição para o futuro do leite, com o doutor Paulo do Carmo Martins – chefe-geral da Embrapa Gado, de Leite de Juiz de Fora (MG)
11h20: Palestra - Quais lições deveremos aplicar para obter competitividade no leite brasileiro?, com o doutor Glauco Carvalho – economista da Embrapa Gado de Leite, de Juiz de Fora (MG)
12h10: Debate
12h30: Encerramento
(Assessoria de Imprensa Sindilat)

Entidades esperam que benefício seja mantido

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defende que o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) prorrogue mais uma vez o Convênio ICMS 100/1997, que autoriza Estados a reduzir a base de cálculo do imposto ou isentar operações internas e concede descontos de 30% a 60% na base de cálculo para operações interestaduais que envolvam insumos e produtos agropecuários. O convênio vigora até 30 de abril deste ano e beneficia desde subprodutos do milho e da soja utilizados na fabricação de rações até inseticidas, fungicidas, formicidas, herbicidas e vacinas. 

Segundo a CNA, caso o benefício caia, o impacto sobre o preço dos insumos pode chegar até a 7,6%, dependendo do Estado. “A não prorrogação afetará a rentabilidade dos produtores e, por consequência, o crescimento sustentável da economia estadual”, diz o coordenador do Núcleo Econômico da CNA, Renato Conchon. O

O economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, explica que o convênio quer evitar a tributação em cascata que incide sobre todos os insumos do agronegócio e vem sendo renovado sem problemas a cada três anos. Revela também que o assunto já foi tratado pela Farsul com o secretário estadual da Fazenda, Marco Aurélio Santos Cardoso, que prometeu estudá-lo até a próxima reunião do Confaz, no início de abril. (Correio do Povo)

 
 
Agricultura familiar com identidade única

Dentro da lógica de que há males que vêm para bem, acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) pode finalmente tirar do papel desejo antigo dos produtores familiares de ter identificação única para ações do governo federal. Hoje, segundo a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS), são pelo menos 12 diferentes cadastros, entre estaduais e federais, que precisam ser preenchidos da Previdência à Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP).

Pela determinação do TCU, feita no ano passado, durante a gestão de Michel Temer, 660 mil DAPs deveriam ser suspensas em 6 de fevereiro de 2019 por suspeita de irregularidades. O documento é necessário para o produtor ter acesso a financiamentos.

Diante da iminência do cancelamento de 23% do total de DAPs hoje ativas no país, o Ministério da Agricultura, dentro do qual está a secretaria voltada a esse segmento da produção, negociou prazo de 30 dias para montar plano de trabalho. A partir dali, mais 120 dias para implementar o cadastro nacional da agricultura familiar - ou seja, até julho deste ano.

- O cadastro permitirá o cruzamento com dados de outros órgãos. Será uma coisa muito importante - pontua Fernando Schwanke, secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do ministério.

Nesse período de transição, também será feito um pente-fino nas declarações de aptidão que estão em vigor, a fim de checar eventuais suspeitas existentes.

A Fetag comemora a iniciativa, principalmente porque tem sido informada de que as entidades representativas serão chamadas para participar do modelo de cadastro a ser implementado.

- Seria a identidade do agricultor, que alimentaria o sistema com informações sobre a atividade. Substitui esse monte de coisas que tem de fazer hoje - observa Carlos Joel da Silva, presidente da Fetag-RS. (Zero Hora)
 
 
Ciclo de preços 

Estão em vigor condições para um novo ciclo de preços do leite, diz o economista rural do ASB, Nathan Penny. Uma oferta global aperta e demanda firme, é o cenário para novos aumentos. 

Os comentários foram feitos quando a Fonterra reviu o pagamento do leite para a temporada 2018/19. Penny disse que a revisão atingiu o topo das expectativas do banco. “Nossa própria previsão no início do mês teve um valor 25 centavos mais modesto”.

Penny observa que a revisão reflete o aperto no mercado de lácteos nos últimos três meses. As cotações no leilão da Fonterra aumentaram 17,3% desde o início de dezembro.

O crescimento da oferta é modesto na União Europeia (UE) e nos Estados Unidos (EUA), enquanto cai na Austrália. Enquanto isso, é provável que o recente clima quente signifique na Nova Zelândia, um crescimento da oferta restrito ao período de pico, acrescenta Penny.

“Os estoques globais estão bem menores que em anos anteriores. Os estoques de intervenção da UE eram um amortecedor contra qualquer aperto da oferta, no entanto, depois das vendas, entretanto, estão em níveis baixos, tornando a oferta de leite vulnerável.

Nossa visão é de que as condições atuais são propícias para o início de um novo ciclo de preços de produtos lácteos. Com isso em mente, já colocamos nossa previsão de NZ$ 6,25/kgMS sob revisão. É importante ressaltar que o ciclo está sendo preparado para a próxima temporada, conforme ficou evidenciada na projeção de NZ$ 7,00/kgMS para 2019/20”.

Penny observou que, embora o preço do leite esteja em alta, o desempenho da Fonterra continua a decepcionar.

A Fonterra revisou para baixo o lucro previsto de 2018/19, que foi reduzido para NZ$ 0,15-0,25/por ação. A cooperativa também anunciou que não pagará o adiantamento de dividendos este ano. (Dairy News – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 
 
Preços/NZ
Os preços do leite nas fazendas da Nova Zelândia vêm subindo, com produtos lácteos se valorizando mais rapidamente do que o esperado, informou o banco ANZ. A instituição acredita que a tendência deve continuar e, por isso, elevou a previsão do preço do leite para 6,30 dólares neozelandeses o quilo, o equivalente a US$ 4,34/kg, ou 3,3% mais. Na próxima temporada, também puxou para cima suas projeções, a 7,30 dólares neozelandeses o quilo (US$ 5,03), ou 5,8% mais. O banco adverte, entretanto, que a próxima safra deve ser vista com cautela, já que o crescimento econômico global está se desacelerando, o que pode reduzir a demanda por lácteos. (Estadão)

Porto Alegre, 01 de março de 2019                                              Ano 13 - N° 2.931

      Custos/AR

Quando o preço começa a exceder o custo de produção, o Capital passa a ter remuneração positiva, e, portanto, Rentabilidade. A decisão de avaliar outra alternativa como destino do capital, surge da comparação da taxa de rentabilidade da produção de leite e da taxa de investimento alternativo.
 

Se assumirmos uma taxa de retorno sobre o capital de 5%, deve-se gerar uma renda líquida de AR$ 12.804/hectare/ano, que dividido por 7.576 litros de produtividade média de leite, deve gerar uma renda líquida unitário de AR$ 1,70/litro de leite. Assim, o preço de equilíbrio seria de AR$ 11,30/litro de leite (AR$ 9,60 do custo total + AR$ 1,70 de remuneração do capital), o que corresponde a US$ 0,30/litro.

 

(1) Receita = Faturamento com venda de leite e carne – (Custos operacionais + Manutenção de instalações + Amortizações + Folha de pagamento)
(2) Capital = Investimentos (terra, animais, máquinas, ativo imobilizado e circulante)

Quando são analisadas as regiões e destacar cada estrato, existem regiões inteiras com resultados negativos (Centro Santa Fe) e outras com rentabilidade e às vezes acima de 5% em média (Oeste de Buenos Aires). Aqui surgem as questões sobre o nível de produtividade e eficiência. Ainda que o tamanho não seja sinônimo de eficiência, as grandes fazendas apresentam custos menores, melhores preços e portanto, maior rentabilidade.

O cálculo do Preço de Equilíbrio e Custo Médio Ponderado de todos os modelos, são elaborados exclusivamente pelo Observatório do setor lácteo (OCLA) com os 30 modelos regionais estabelecidos pelo INTA (o instituto de pesquisas de tecnologias agropecuárias da Argentina), ponderando as 10 regiões e seus estratos. O preço do litro de leite é calculado incluindo as bonificações por qualidade e quantidade dos cerca de 30 modelos de fazenda de cada região. A média ponderada para janeiro foi de AR$ 9,65/litro, [aproximadamente R$ 0,94/litro].

Nota: Para simplificar a análise foi calculada a média ponderada de todas as regiões (10) e de todos os estratos produtivos (3 por região) de uma propriedade média (sistema produtivo predominante). Valores atualizados a janeiro de 2019 levando em conta os custos regionais de produção apurados pelo Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA). (Portalechero – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 
                 
 
Argentina: queda no consumo de lácteos no mercado interno se intensifica

As vendas de produtos lácteos no mercado interno da Argentina caíram em 2018 e, comparadas com as do ano anterior, a queda foi de, em média, 2,3% em toneladas; e 1,9% se a medição for em litros de leite equivalente. O leite em pó foi o produto mais afetado, com queda de 11,4% em toneladas e em equivalente em litros de leite.

Os dados são provenientes do Painel de Indústrias de Laticínios, estabelecido a partir da pesquisa conjuntural da Resolução 230/16 e informações históricas da Resolução 7/14, ambos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca do país.

Os valores são expressos em toneladas e milhares de litros, dependendo do tipo de produto. A conversão para litros de equivalentes de leite é feita conforme Disposição 1/2018 DNL-MPyT: Coeficientes de Conversão Produto-Leite Equivalente e Composição do Leite Cru para sua Elaboração, conforme explicado pelo Observatório da Cadeia Láctea, que foi o responsável pela divulgação dos dados.

Para tornar os números compreensíveis, esclarece-se que os litros equivalentes de leite representam a transformação em leite cru, como tal, de cada quilo ou litro de produto acabado. Exemplo: 1 kg de queijo duro é feito com 13,4 litros de leite em média (entre 11 e 14 litros, dependendo da composição do leite).
De acordo com esses dados estatísticos e considerando os doze meses de 2018, o consumo de leites fluidos diminuiu 1,7% tanto em toneladas quanto em litros equivalentes. Nos queijos, a queda foi de 1,9% em toneladas e 1,7% em litros; enquanto em outros produtos - como iogurtes, gorduras e cremes – a queda foi de 4,6% em toneladas e 1,9% em litros.

Em relação ao nível de vendas, comparando dezembro de 2018 com dezembro de 2017, a queda no ano passado foi de 5% em toneladas. Em contrapartida, o colapso das vendas foi muito mais brutal no caso do leite em pó: 38,8% em toneladas e 11,9% equivalente em litros, em relação a dezembro de 2018 com o mesmo mês do ano anterior. Nos queijos, a queda foi de 6,2% e 8%, respectivamente, enquanto em outros produtos, foi de 13,5% e 11,9% em toneladas e litros, respectivamente.

Pode-se observar que as vendas acumuladas da amostra em 2018 tiveram uma queda de 1,9% em litros equivalentes de leite. O processo de queda de vendas no mercado interno (contrabalançado pelo aumento dos volumes exportados) acelerou com o avanço do ano, já que se compararmos dezembro de 2018 com o mesmo mês do ano anterior, a queda é de 13,9% em litros de leite equivalentes. (As informações são do Portal Lechero, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)


PIB per capita recua para o nível de 2010

Crescendo 1,1%, como apontam as previsões, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2018 permanecerá no mesmo patamar de sete anos antes, ainda inferior ao desempenho obtido em 2012. Se levada em consideração a geração de riqueza por habitante, o PIB per capita mostra um cenário ainda pior, com desempenho inferior ao de 2010, segundo dados desagregados do Monitor do PIB apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

O PIB per capita deve encerrar 2018 em R$ 32.443, a valores de 2018, ante os R$ 33.923 registrados oito anos antes. O mau desempenho explica-se pelo fato de a atividade econômica não ter acompanhado o crescimento populacional no período. "O PIB diminuiu, e a população ainda cresceu. Então somando os dois a situação fica ainda pior", explicou Juliana Cunha, analista do Núcleo de Contas Nacionais do Ibre/FGV.

Os dados mostram que a atividade econômica está muito distante de recuperar o que foi perdido durante a crise, ressaltou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB. Se confirmado o crescimento de 1,1% em 2018, o PIB ainda precisará avançar 5% para retornar ao pico alcançado em 2014.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) previa uma alta de 1,3% no PIB de 2018, mas admite que o resultado deve ficar aquém do estimado, entre 1,1% ou 1,2%. O resultado oficial será divulgado amanhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As estimativas para o desempenho econômico do ano passado foram prejudicadas pela greve de caminhoneiros e pelo cenário de incertezas elevadas por causa do ambiente eleitoral e, consequentemente, sobre os rumos da política fiscal, argumentou José Ronaldo de Castro Souza Júnior, diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea. "O cenário agora vai depender do calendário da reforma da Previdência. Boa parte dos investimentos está esperando ainda essa parte da política fiscal", frisou Souza Júnior.

Dificuldades
O Ipea projeta para este ano um avanço de 2,7%, mas acredita que o PIB volte ao pico apenas no ano seguinte, em 2020. "A economia está enfrentando mais dificuldade para voltar ao patamar anterior ao da recessão. Nas recessões anteriores, essa saída foi mais rápida. Desta vez, já se passaram 18 trimestres e (a economia) ainda não chegou lá", lembrou Claudio Considera.

O economista lembra que, na recessão de 1981, a economia recuperou a capacidade produtiva que detinha no primeiro trimestre da recessão após 13 trimestres. Na recessão de 1989, a atividade econômica recuperou o nível do PIB que tinha antes da crise em 16 trimestres. A última recessão teve início no segundo trimestre de 2014, segundo o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace) da FGV.

"Chama a atenção a lentidão dessa recuperação. Passamos por crises longas, mas a maior novidade é o quanto não temos conseguido recuperar essas perdas tão rápido quando em 81 e 89", corroborou Thiago Xavier, analista da Tendências Consultoria Integrada. (As informações são do portal Terra)
 
Preços/Uruguai
Segundo dados apresentados a El Observador pelo Instituto Nacional de la Leche (Inale), em 2018 a indústria recebeu, em dólares, 8% menos pelo leite vendido, devido à queda nos preços de exportação, enquanto que os preços no mercado interno se mantiveram, quando comparados com os de um ano atrás. Já o produtor perdeu, em dólares, 5%. Comparando os preços de dezembro de 2018 com os de dezembro de 2017 será observado, que em dólares, a indústria recebeu 17% menos pelo leite exportado (medidos por litro de leite equivalente), e no mercado interno a queda foi de 6%. O preço ao produtor, em dólares, no mês de dezembro de 2018, foi 10% menor do que o correspondente ao mesmo mês de 2017. (El Observador – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Porto Alegre, 28 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.930

      Cenário favorável 

Os anos de 2015 e 2016 foram de crise no mercado internacional de lácteos. A recuperação ocorreu somente em 2017, com a volta dos preços ao seu patamar de média histórica de US$ 0.35/L.

A média dos últimos dez anos foi o equivalente a R$ 1,10/L, no cenário internacional. Para 2017 e 2018, as médias foram superiores ao valor histórico, de R$ 1,15 e de R$ 1,18/L, respectivamente. Com isso, a produção mundial cresceu 2,8% em 2017, com expectativa de crescimento de 2,1% para 2018. No Brasil, a média dos preços reais referentes aos últimos dez anos foi de R$ 1,30/L, patamar 19% superior à referência mundial IFCN, de R$ 1,10/L. Em 2018, o leite fechou com média mensal de R$ 1,41/L e o concentrado em R$ 0,85/kg, valores 8% e 1% acima em relação aos respectivos patamares históricos (Figura 1).


 
Embora a comparação direta de preços do leite e do concentrado seja uma relação muito usada no cotidiano, ela tem suas fragilidades em um sistema real de produção. O consumo de concentrado é de aproximadamente um quilo para cada três litros de leite produzidos. Logo, o custo do concentrado para produzir um litro de leite é R$ 0,28/L (média real de dez anos). Assim, para cada litro de leite vendido (R$ 1,30/L), a margem sobre o concentrado (ou valor que sobra para pagar os demais custos de produção da atividade), representa R$ 1,02/L. As margens sobre concentrado têm sido mais baixas entre dezembro e março. Entretanto, em janeiro/19 a margem foi R$ 1,09/L, valor 22% acima da média histórica esperada para o mês de janeiro, tipicamente de R$ 0,90/L produzido. 

Para o produtor de leite há a expectativa de melhoria no primeiro semestre/19: aumento dos preços do leite, com o fim do período da safra e redução no custo do concentrado, com a chegada de boas safras de milho e de soja. Para 2019, a oferta nacional deve voltar aos patamares de crescimento de 3%. Em resumo, para janeiro/19:

1. Preço ao produtor – R$ 1,38/L está 16% acima do valor real histórico para o mês de janeiro;
2. Preço do concentrado – Valores na média histórica de R$ 0,84/kg neste mês;
3. Margem sobre o concentrado - Em R$ 1,09/L, valor 22% acima da média histórica do mês de janeiro, de R$ 0,90/litro;
4. Preço do leite UHT – No varejo, o indicador ficou em R$ 3,20/L, valor similar ao esperado para o mês, tipicamente 6% abaixo da média anual;
5. Preços internacionais – Preços internacionais do leite em pó em leve crescimento, o que é positivo para os produtores brasileiros;
6. Consumo – Expectativa de que o consumo nacional de produtos lácteos volte a crescer, após quatro anos de queda do consumo per capita. (Embrapa)

                 
 
Ministra discute com presidente do BNDES novas linhas de crédito para o agronegócio

A ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) se reuniu nesta última quarta-feira (27) com o presidente do BNDES, Joaquim Levy, para tratar de novas linhas de crédito para investimentos no agronegócio. Na conversa, os dois acertaram, entre outros assuntos, que o banco vai ajudar a acelerar a implantação e validação do Cadastro Ambiental Rural (CAR). O cadastramento é imprescindível para que os produtores sejam habilitados a obter crédito no sistema financeiro.

Levy também ofereceu a colaboração do BNDES para estudar novos mecanismos de apoio aos produtores rurais e para contribuir no sistema de gestão de risco dos investimentos na agricultura. Tereza Cristina e Levy conversaram, ainda, a respeito da gestão dos recursos do Fundo Amazônia, que apoia e financia projetos de regularização fundiária e regularização territorial e fiscalização ambiental. O BNDES é o responsável pela captação dos recursos e pela contratação e monitoramento dos projetos apoiados com a verba do fundo.

Tereza Cristina considerou a conversa muito proveitosa. Ficou decidido que ela fará uma visita ao BNDES, no Rio de Janeiro, logo depois do Carnaval, para dar continuidade à conversa desta quarta-feira, e que será realizado um seminário sobre o agronegócio na sede do banco de desenvolvimento, já em abril ou maio deste ano. De acordo com o presidente do BNDES, foram discutidos outros pontos relativos a investimentos na agropecuária nos quais o banco pode aprimorar sua participação. “Nós discutimos uma agenda de inovação financeira”, explicou Levy, após a reunião. (As informações são do Mapa)


Preços 

Nos últimos meses, a diferença de preço da manteiga nos mercados europeus e da Oceania caíram. Em janeiro de 2019, o preço da manteiga na União Europeia (UE) era US$ 838/tonelada maior do que o da Oceania, o menor intervalo entre as duas séries de preços, desde março de 2018.

Durante 2018, as cotações da manteiga na UE e Oceania divergiram entre si. Na UE as cotações foram pressionadas pelas incertezas geradas pelas condições climáticas extremas em regiões chaves. Na Oceania as elevações foram mais moderadas. Dessa forma os dois mercados foram se afastando, e em setembro a brecha chegou a US$ 2.050/tonelada, a maior em uma década.

Apesar da redução entre as séries de preços nos últimos meses, ela não foi eliminada, e a manteiga na UE continua com a cotação mais elevada. Assim, a manteiga europeia não é atrativa no mercado exportador, e não consegue competir com o produto da Oceania. (Agrodigital – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
Preços/UE 
Segundo o boletim do Observatório Lácteo da União Europeia (UE), divulgado em 21 de fevereiro, o preço médio do leite em pó desnatado na UE aumentou 1,3% em relação à semana anterior, chegando a 189 €/100 kg, [aproximadamente US$ 2.150/tonelada], (36% acima do nível do ano passado). O preço médio da manteiga e do queijo cheddar na UE ficaram estáveis. Mas, o da manteiga foi para 458 €/100 kg, [aproximadamente US$ 5.200/tonelada]. O preço do leite no mercado spot na Holanda aumentou 3% na semana passada (34 c/kg), [R$ 1,49/litro]; mas houve redução de 1,2% no preço do leite spot na Itália (42,3 c/kg), [R$ 1,86/litro]. As tendências foram divergentes para as cotações mundiais de produtos lácteos na semana passada. Na UE ficaram estáveis, enquanto na Oceania subiram a manteiga (+5%); leite em pó desnatado (+4%); e leite em pó integral (+8,5%).  Nos Estados Unidos houve queda nos preços da manteiga e leite em pó desnatado de (-1,4%) e (-1,7%), respectivamente, enquanto subiam as cotações do queijo cheddar, 7,8%, e do leite em pó integral (1,6%). (Agrodigital – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Porto Alegre, 27 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.929

      Ministra da Agricultura assegura adoção de medida compensatória para o leite

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, assegurou, nesta terça-feira (26), à comitiva formada por representantes da cadeia produtiva do leite do Rio Grande do Sul, que o governo estuda a adoção de uma medida compensatória para que as importações de leite em pó da Europa e da Nova Zelândia não prejudiquem o setor lácteo brasileiro. A informação é do presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, que participou do encontro realizado em Brasília. “Saímos convictos de que esta medida compensatória deva ser anunciada em até 30 dias, pois ela garantiu que a mesma está sendo desenhada pelo governo”, revela. 

A ministra Tereza Cristina também se comprometeu a repassar os pleitos da cadeia produtiva do leite gaúcho quanto às instruções normativas 76 e 77 à Câmara Setorial do Leite e afirmou que recebeu pedidos semelhantes de outros estados. De acordo com Guerra, produtores e indústria solicitaram que a aplicação da nova legislação não exclua ninguém do processo produtivo.  “Demonstramos que somos favoráveis às melhorias contínuas, mas que há pontos que precisam ser trabalhados e implementados de forma gradativa”, relata.

A Câmara Setorial do Leite será acionada em breve segundo garantiu a ministra, já que as INs estão previstas para vigorar a partir de 30 de maio. “Ela entendeu que a implementação dos novos índices precisa ser gradual, mas precisa consultar o corpo técnico do ministério para avaliar como isso pode ser ajustado”, diz Guerra. Os pleitos foram entregues oficialmente em documento, idealizado por Sindilat, Fetag, Apil, Emater, IGL, Fecoagro, Farsul, SEAPDR, Fundesa, Famurs, Asamvat e Avat. Sobre as compras governamentais de leite em pó com objetivo de retirar excedente do mercado, assunto que não estava na pauta da reunião, a ministra garantiu que o tema está em discussão. 

Também participou do encontro o presidente da cooperativa Languiru, Dirceu Bayer, associado ao Sindilat, que manifestou da importância das mudanças nas INs para que produtores não sejam excluídos da atividade leiteira. “Só nós, teremos mais de 50% dos produtores afetados”, declara. A reunião foi marcada pelo deputado federal Heitor Schuch e contou com a presença de outros parlamentares, como Afonso Hamm, Dionilso Marcon e o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária da Câmara dos Deputados, Alceu Moreira. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 
Crédito foto: Noaldo Santos (Ministério da Agricultura)
 
                 
 
Brasil assume mais uma presidência em fórum internacional

O representante do Brasil no Sistema de Informações de Mercado Agrícola (Amis), Marcelo Fernandes Guimarães, foi eleito nesta terça-feira (26) como seu presidente, para mandato de um ano, a partir de maio. Guimarães é assessor do Departamento de Estudos e Prospecção da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SPA/Mapa). A presidência do Codex Alimentarius também é exercida pelo brasileiro Guilherme Costa, adido agrícola do Mapa.

Marcelo Guimarães afirma que o Brasil já vinha sendo cotado para presidência do Amis há muito tempo, em razão da posição de destaque na produção e no comércio internacional dos principais produtos agrícolas. “Essa eleição confirma nossa relevância nesses mercados e confere ainda maior credibilidade e prestígio ao Brasil junto às vinte maiores economias do mundo”, salienta.

O Amis é iniciativa do G20 (Grupo dos 20 países mais ricos) que busca aumentar a transparência dos mercados agrícolas internacionais e promover maior coordenação de políticas agrícolas, especialmente em momentos de crises.

A organização, composta pelos países membros do G20 e outros sete convidados, entre eles o Brasil, tem sua secretaria-executiva sediada na Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), em Roma, e utiliza-se basicamente de plataformas digitais e da participação de especialistas dos ministérios da agricultura dous países membros.

O Amis conta ainda com a colaboração institucional de especialistas de dez organizações internacionais, tais como Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico ou Econômico (OCDE), FAO, Banco Mundial, Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), entre outros. (MAPA)


Glifosato não causa danos graves à saúde, diz Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concluiu ontem que o glifosato, agrotóxico mais utilizado no Brasil e em vários países, não causa danos graves à saúde humana como câncer, mutações genéticas, malformação fetal e não é tóxico para a reprodução. Segundo a agência reguladora, a conclusão é semelhante às obtidas em outros países que recentemente fizeram revisão do uso do glifosato no campo, como os Estados Unidos e o Canadá, além da União Europeia. Para chegar a essas conclusões, a Anvisa levou 11 anos para finalizar seus estudos científicos de reavaliação toxicológica do glifosato. 

No ano passado, uma liminar da Justiça Federal em Brasília chegou a determinar a suspensão da venda do glifosato até que a Anvisa finalizasse essa reavaliação, mas antes de a decisão entrar em vigor a Advocacia-Geral da União (AGU) derrubou a liminar a pedido do Ministério da Agricultura. Ontem, em reunião colegiada, diretores da Anvisa aprovaram o relatório com as conclusões favoráveis ao agrotóxico. e propuseram uma minuta de resolução, que ficará 90 dias sob consulta pública. Apesar de descartar danos sérios à saúde humana, a Anvisa, propôs restrições ao uso do agroquímico por trabalhadores que fazem o manejo do defensivo em diferentes lavouras como soja, milho, algodão, café e cana-de-açúcar. 
 
O relatório final sobre o glifosato foi resultado de 16 pareceres da agência e outros três externos. A Anvisa avaliou a presença do glifosato em 906 amostras de arroz, manga e uva. E também monitorou 22.704 amostras de água, que indicaram que em apenas 0,03% dos casos havia presença de glifosato em nível acima do limite permitido. "A principal conclusão da reavaliação é que o glifosato apresenta maior risco para os trabalhadores que atuam em lavouras e para as pessoas que vivem próximas a estas áreas. 
 
Por isso, as principais medidas propostas estão relacionadas ao manejo do produto durante a sua aplicação e a sua dispersão", informou a Anvisa em comunicado divulgado ontem. (Valor Econômico)
 
Preço do leite reage depois de cinco meses de queda
O secrertário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, destacou que foi registrado um aumento de 0,77% no preço do leite. No período foram reajustados os valores do leite em pó e leite UHT. CLIQUE AQUI para ouvir a entrevista. (Agert)

Porto Alegre, 26 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.928

      Leite volta a subir no Rio Grande do Sul

Depois de cinco meses de queda, o valor de referência do leite voltou a subir no Rio Grande do Sul. O indexador projetado para fevereiro de 2019 pelo Conseleite é de R$ 1,1142, 0,77% acima do consolidado de R$ 1,1057 de janeiro e bem acima do projetado (R$ 1,0574/janeiro). “Começamos o ano com patamares elevados em relação ao mesmo período de anos anteriores”, pontuou o professor da UPF Eduardo Finamore. Entre os produtos que puxaram o movimento de recuperação, cita ele, está o leite em pó (0,89%) e o leite UHT (2,47%), dois dos principais itens que compõem a cesta de produtos lácteos gaúcha. Segundo ele, a expectativa é que o setor trabalhe com preços mais elevados no início de 2019. “O primeiro semestre será um período de melhor rentabilidade ao produtor, movimento puxado pela volta às aulas e pela redução de custos no campo”, frisou.

O que se observa ao analisar o valor de referência ao longo dos anos é que a taxa de remuneração ao produtor está acima da praticada nos produtos de forma isolada. Levantamento realizado pelo Conseleite, explica o professor, indica que o leite, em 2018, teve valorização acima da inflação do período, o que reflete custos menores de produção, sendo próximo de 50% para pagamentos de insumos e 50% para pagamentos de mão de obra, máquinas e infraestrutura. “A inflação ao produtor ficou abaixo da média que se vê para a dona de casa”, completou. Quanto aos custos, Finamore informou que o mercado do milho e soja com preços mais baixos deve ajudar o produtor, barateando o custo da ração.

Segundo o presidente do Conseleite, Pedrinho Signori, o otimismo traz alento ao setor uma vez que o segundo semestre de 2018 foi de apreensão no campo e baixa rentabilidade. “Vivemos um divisor de águas no setor leiteiro no Brasil. Há muita preocupação com a posição que será adotada pelo governo sobre as taxas antidumping e em relação à implementação das novas INs que regulam a qualidade da produção. São duas decisões que impactarão diretamente no futuro de milhares de produtores que se dedicam à atividade”, salientou Signori.

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, pontuou que os próximos 30 dias serão decisivos para alinhar como o mercado se comportará em 2019. Apesar dos dados que indicam boa remuneração no campo, Palharini informa que, no varejo, os preços mantiveram-se, esmagando a rentabilidade do setor industrial. 

Participaram da reunião do Conseleite desta terça-feira (26/2) na sede da Farsul as seguintes entidades: Farsul, Fetag, Fecoagro, Sindilat, Emater, Camatec/UPF, Cepan/UFRGS, Stefanello, Piá, RAR, Santa Clara, Senar, Languiru, Latvida e Dielat. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Foto: Carolina Jardine 
 
 
     
 
Indústrias avaliam cenário de lácteos
Reunidos na tarde desta terça-feira (26/02) em Porto Alegre, representantes das indústrias associadas ao Sindilat avaliaram os impactos da implementação das Instruções Normativas (INs) 76 e 77, que regulam a qualidade da produção. O diretor do Sindilat, Jeferson Smaniotto, explicou que há negociação em Brasília pedindo a prorrogação da data para entrada em vigor dos textos, assunto que está sendo acompanhado in loco pelo presidente do sindicato Alexandre Guerra. “Acreditamos na importância dessas medidas, mas é preciso prazo para que, principalmente os produtores, possam se adaptar”, citou Smaniotto, que comandou os trabalhos na sede do sindicato.
 
O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, frisou os ganhos que o setor lácteo obteve no advento do programa Mais Leite Saudável e detalhou os dados apresentados na manhã desta terça-feira no Conseleite. Segundo os números, o leite começa o ano com tendência de alta e maior rentabilidade ao produtor. 
Durante a reunião, os associados também acompanharam apresentação dos advogados Rafael Pandolfo e Rafael Borin sobre as ações judiciais encaminhadas e em avaliação pelo Sindilat. Eles relataram as movimentações de processos em tramitação e apresentaram dados sobre novas ações que podem sem ajuizadas de forma coletiva ou individual por parte das empresas. A fiscal agropecuária da Secretaria da Agricultura Karla Pivato também participou do encontro, relatando atualizações sobre a Lei do Leite e o treinamento dos transportadores. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

Foto: Carolina Jardine 
 
 

Lácteos/Alemanha

Pesquisadores da Universidade de Georg-August em Göttingen, onde estudam anualmente o desempenho das indústrias de laticínios alemãs, analisaram os resultados de 2018 e fizeram as projeções para 2019. 

A indústria de laticínios alemão iniciou 2018 com significativo crescimento nas vendas em comparação com 2017, no entanto, os estudiosos disseram que 2019 o mercado continuará tendo um ambiente difícil. Em janeiro do ano passado as vendas foram de € 2,04 bilhões, € 170 milhões (ou 8,3%) maiores do que em janeiro de 2017, mas, esse bom desempenho não durou muito devido à queda nos preços dos do leite nos meses seguintes. As vendas nos dois primeiros trimestres de 2018 cresceram 4,5% e 0,3%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2017. No entanto, a expectativa é de que no quarto trimestre de 2018 a queda seja de 6% em relação ao ano anterior. Isso pode significar um faturamento total de quase € 27,7 bilhões para os laticínios alemães em 2018, o que representa € 200 milhões, ou 0,7% menos que em 2017.  

As exportações alemãs de lácteos também caíram em 2018, com poucos intervalos positivos. Em setembro, por exemplo, os € 700 milhões de vendas externas foram significativamente menores do que as realizadas no mesmo mês de 2017, (-8,9%).

Para o quarto trimestre, espera-se um declínio médios de 10% nas exportações, o que poderá representar vendas totais de € 8,7 milhões em 2018, o que corresponderá a um decréscimo de € 569 milhões ou 6,1% em relação a 2017.  

A taxa de exportação estagnada, e até declinante em alguns anos, também sugere, de acordo com os estudos da universidade, que se tornou mais difícil vender produtos lácteos “made in Germany” no mercado mundial.

Com foco principalmente nas exportações, a indústria de laticínios alemã, com exceção de algumas empresas que operam globalmente, está mal posicionada para se beneficiar com a expansão de outros países.

As expectativas de negócios para 2019 são muito boas, avalia a universidade. No entanto, aumentar os volumes de leite em todo o mundo não aumentará o preço do leite. Mesmo a seca no norte da Europa no verão de 2018, de acordo com os números disponíveis, não afetará a produção de leite tão drasticamente quanto se temia inicialmente, especialmente porque a ajuda dos governos nacionais amorteceu a queda.

O aumento da alimentação livre de Organismos Geneticamente Modificados (OGM) e os programas de fazendas sustentáveis significa que a produção na Alemanha está se tornando mais cara em comparação com produções estrangeiras. No mercado doméstico isso pode ser compensador pelo marketing positivo que atende às expectativas do varejo e possivelmente tenham preços mais elevados.

No mercado mundial, no entanto, dificilmente a produção sem OGM será um valor agregado que levará ao aumento do faturamento. (Dairy Industries – Tradução livre: www.terraviva.com.br) 

 
a2Milk 
A Fonterra está contratando fazendas fornecedoras de leite para o Leite a2 da Companhia na temporada 2019/2020. A bacia leiteira escolhida inicialmente foi em Waikato, em torno de Hautapu e apoiará a produção de ingredientes. A previsão é de que sejam necessárias 100 fazendas para a próxima temporada. Jayne Hrdlicka, a diretora executiva e presidente da a2 Milk Company, disse que as fazendas ajudarão a apoiar novas áreas de crescimento para o a2MC em mercados novos e os já consolidados. A localização da bacia leiteira foi determinada por vários fatores. O mais importante, e determinante, era a capacidade de fabricar produtos específicos para a demanda. Produzir lotes relativamente pequenos e adaptar-se facilmente a qualquer alteração na demanda do produto. Mike Cronin, diretor da Fonterra disse: “Mesmo que outras regiões tenham sido avaliadas, o fator decisivo foi a demanda. A capacidade de fabricar de forma eficiente uma gama de produtos para atender demandas específicas foi determinante para a escolha da bacia leiteira. À medida que a procura de produtos e linhas crescerem vamos expandir o projeto para outras bacias leiteiras e permitir que mais agricultores participem”. A maior parte do valor agregado recebido pelo The a2 Milk Company será devolvido para os produtores da cooperativa em forma de dividendos. As fazendas participantes também receberão uma bonificação extra pelo leite. O lançamento nacional da marca a2 Milk da Anchor foi no final de setembro de 2018. (Dairy Reporter – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Porto Alegre, 25 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.927

      Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 21 de Fevereiro de 2019 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os preços de referência da matéria-prima leite, realizado no mês de Janeiro de 2019 e a projeção dos preços de referência para o mês de Fevereiro de 2019. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)
 
     
 

CAMPO RESPONDE - Como armazenar queijo no verão? Há diferença entre as variedades?

Amado Mendez - (Supervisor técnico da Cooperativa Santa Clara) - No verão, mantenha temperatura que respeite as características de cada queijo, pois há diferenças entre as variedades. Os de tipo mais duro, como parmesão, são mais resistentes à alta temperatura, e têm menos umidade. De maneira geral, acima de 15°C começa a migração de gordura, que passa do interior do alimento para a parte superficial (a casca).

Para manter por um período maior de tempo, os queijos macios, como brie e camembert, devem ser armazenados em temperatura próxima de 4°C. Lanche e mussarela são considerados intermediários, mais parecidos com os macios, e é indicado mantê-los a 11°C. Armazene em plástico vedado e deixe na caixa de legumes da geladeira.

Atenção: não é recomendado congelar nenhum tipo de queijo, pois muda a textura e o sabor.

Dependendo da temperatura ambiente, deixe o queijo descansar entre 30 minutos e uma hora após retirar da geladeira. Todos os queijos devem ser consumidos em temperatura próxima a 20°C. É importante lembrar que, em baixa temperatura, o produto não apresenta todo o potencial de sabor, porque as papilas gustativas ficam um pouco amortecidas. (Zero Hora)

Aftosa: vacinação imunizou 98,50% do rebanho previsto no país
 
A segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa, realizada em novembro, imunizou 94,87 milhões de bovinos e búfalos no país, dos 96,31 milhões previstos, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Com isso, a cobertura vacinal atingiu 98,50%. A maior parte dos estados vacinou animais com idade de até 24 meses. As exceções foram o Acre, Amapá, Espírito Santo e Paraná, que vacinaram animais de todas as idades, de acordo com dados informados pelo Departamento de Saúde Animal e Insumos Pecuários.
 
Na etapa de novembro de 2018 foi usada pela última vez a vacina de 5 ml. A partir deste ano, nas etapas de vacinação, nova dose de 2 ml bivalente (para dois tipos de vírus) será utilizada. As campanhas iniciarão em 15 de março no Amazonas, concentradas nos meses de maio (1ª etapa) e de novembro (2ª etapa) na maioria das unidades federativas.
 
Os produtores precisam estar atentos para usar a dose correta da vacina - 2 ml - para não haver sobredosagem no animal, que pode provocar caroços, edemas, inchaços e até abscesso, no caso eventual de contaminação.
 
Cuidados na vacinação
• Compre as vacinas somente em lojas registradas;
• Verifique se as vacinas estão na temperatura correta (2° C a 8° C);
• Para transportá-las, use caixa térmica, coloque três partes de gelo para uma de vacina e lacre;
• Mantenha a vacina no gelo até o momento da aplicação. Escolha a hora mais fresca do dia e reúna o gado. Mas lembre-se: só vacine bovinos e búfalos;
• Durante a vacinação, mantenha a seringa e as vacinas na caixa térmica e use agulhas novas, adequadas e limpas. A higiene e a limpeza são fundamentais para a boa vacinação;
• Agite o frasco antes de usar e aplique a dosagem certa em todos os animais: 2 ml;
• O lugar correto de aplicação é a tábua do pescoço, podendo ser no músculo ou embaixo da pele; Aplique com calma;
• Não esqueça de preencher a Declaração de Vacinação e entregá-la no Serviço Veterinário Oficial do seu Estado junto com a Nota Fiscal de compra das vacinas.
Confira aqui os resultados da vacinação e  siga o calendário de vacinação de 2019. (As informações são do Mapa)
 
Leiteiros de gabinete 
Aguardada pelos produtores gaúchos desde a semana passada, a medida anunciada pelo governo federal de que voltaria a sobretaxar as importações de leite da União Europeia ainda não foi publicada. O Ministério da Economia estaria estudando outras formas de controlar a entrada que não seja por meio de taxação extra. 
Medidas como essa, caso do leite, quase sempre partem de ministérios de governos que estão começando, que costumam tropeçar nas próprias pernas até amaciar o motor. Ora, onde já se viu prejudicar um setor crítico do setor primário. Seria burrice. E crueldade. (Jornal do Comércio)

Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.926

     Leite UHT 

Depois de cair por cinco meses consecutivos, o preço médio do leite longa vida (UHT) negociado no mercado atacadista de São Paulo subiu em janeiro. No mês, o produto registrou média de R$ 2,4192/litro, sendo 14,4% acima da observada em dezembro/18 e 23,88% superior à de janeiro/18, em termos reais (valores deflacionados pelo IPCA de janeiro/19).

A valorização mensal do UHT esteve atrelada à alta no preço observada na primeira quinzena de janeiro, quando a elevação acumulada foi de 7,34%. Nesse período, o impulso veio da maior competição entre indústrias em captar o leite no campo. As negociações envolvendo o derivado, porém, foram fracas, já que a demanda nesta época do ano é baixa, dentre outros motivos, devido às férias escolares. Já na segunda quinzena de janeiro, os estoques de laticínios começaram a subir e a valorização do derivado foi interrompida, com os preços passando a oscilar diariamente. No acumulado das duas últimas semanas do mês, a variação foi negativa, de 2,15%. Por outro lado, a tendência altista voltou a ser verificada na primeira quinzena de fevereiro, devido à disponibilidade limitada de leite no campo, à estabilização dos preços do leite spot e ao aquecimento da demanda. No acumulado deste período, os valores do UHT subiram 1,23%, com a média chegando a R$ 2,4298/litro.

QUEIJO MUÇARELA – A cotação do queijo muçarela apresentou alta mais controlada de dezembro para janeiro. O preço médio foi de R$ 17,10/kg no primeiro mês de 2019, sendo 1,93% superior ao de dezembro/18 e 15,27% acima do de janeiro/19, em termos reais. Segundo colaboradores do Cepea, as negociações estiveram aquecidas e os estoques, controlados. Essa pesquisa é realizada diariamente pelo Cepea com apoio financeiro da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras). (Cepea)
 
 
 
Ministra afirma que questão do leite em pó está superada

 
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, afirmou nesta quinta-feira (21.02) que a questão da taxa de importação do leite em pó da União Europeia “está superada”. Em entrevista a jornalistas após a abertura do Seminário Boas Práticas de Fabricação e Autocontrole, a ministra disse que o assunto está sendo monitorado diariamente.

A ministra comentou que o tema foi tratado ontem em reunião com o secretário de Assuntos Internacionais do Ministério da Economia, Marcos Troyjo, e que “as coisas estão evoluindo muito bem”. Ela lembrou que problema maior do leite para o Brasil é com o Mercosul.

“Nós estamos aguardando uma resposta da União Europeia, se ela não responder, deverá vir da OMC (Organização Mundial do Comércio). E nós estamos caminhando. Para mim, a questão do leite com a União Europeia está superada. Nós temos outras questões no Mercosul, que é onde mais nos atinge. Na verdade, é o leite que vem da Argentina e do Uruguai”.

Tereza Cristina comentou que o governo brasileiro já conversou com com o governo da Argentina e o assunto está sendo analisado por um grupo de trabalho formado depois da visita da comitiva do país vizinho ao Brasil.

Tereza explicou que o aumento da tarifa do leite em pó proposto pelo Mapa há duas semanas ainda não saiu devido aos trâmites e procedimentos legais necessários para formalizar a sobretaxa. O governo está fazendo um acompanhamento diário sobre as guias de importação. O objetivo é saber se a aplicação de nova tarifa será necessária.

A ministra confirmou que tratou também com o Ministério da Economia sobre problemas de importação de outras culturas, como o alho. Ela reiterou que os dois ministérios estão alinhados e farão reuniões frequentes para avaliar assuntos que tenham impacto no comércio exterior. “Os dois ministérios têm que andar muito alinhados para que a gente trabalhe numa agenda de abertura, mas sabendo cada lado os prós e contras do encaminhamento dessas ações no mercado internacional”, comentou. (MAPA)

Consumo/AR

O leite em pó é o produto mais afetado, com queda superior a 10% em 2018, em relação ao ano anterior. No ano passado, as vendas dos produtos lácteos no mercado interno caíram em relação a 2017.

Em média 2,3% em toneladas e 1,9% em equivalente litros de leite. Leite em pó foi o produto mais afetado, com queda de 11,4% em toneladas e em litros equivalentes leite. Os dados foram divulgados pelo Panel das indústrias de laticínios.

De acordo com os dados estatísticos e considerando os doze meses de 2018, o consumo de leite fluido caiu 1,7% tanto em toneladas como em litros equivalentes. Nos queijos, a queda foi de 1,9% em toneladas e de 1,7% em litros equivalentes, enquanto que outros produtos – como iogurtes, manteiga, e cremes – a queda em toneladas foi de 4,6% e em litros equivalentes 1,9%. Quanto ao nível de vendas, comparando dezembro de 2018 com dezembro de 2017, a queda foi de 5% em toneladas. A queda mais brutal ocorreu no leite em pó: 38,8% em toneladas e 11,9% em equivalente litros, comparando dezembro de 2018 com o mesmo mês do ano anterior. A variação dos queijos foi de -6,2% e -8%, respectivamente, enquanto em outros produtos a perda registrada foi de 13,5% e 11,9% em toneladas e litros, respectivamente.

Cabe destacar que as vendas acumuladas no ano de 2018 tiveram queda de 1,9% em litros equivalentes leite. O processo de queda das vendas no mercado doméstico (ao contrário do aumento dos volumes exportados) foi acelerando no correr do ano, e em dezembro de 2018 foi registrada redução de 13,9% em litros equivalentes leite, quando comparado com dezembro de 2017. (Portalechero – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Envase Brasil

Consolidada como um evento referencial para negócios e relacionamento no segmento de alimentos, embalagens, tecnologia e bebidas no Sul do país, a Envase Brasil chega a sua 14ª edição com a expectativa de superar o sucesso da edição de 2018.

A edição 2020 espera 170 expositores do Brasil e de outros 12 países, além de projetar 10.000 visitantes nos quatro dias de evento. Economicamente, a estimativa é a de superar a edição de 2018, com negócios da ordem de 130 milhões de reais.

A feira acontece no Rio Grande do Sul, em Bento Gonçalves, região que é a maior produtora de vinhos do país; no Estado que já apresenta a maior oferta de cervejas artesanais do Brasil e que concentra a segunda bacia leiteira nacional. Mercados que estão em constante qualificação e expansão. E ainda ganham destaque no evento as indústrias de azeite de oliva, água mineral e sucos de diversas frutas, em especial, de uvas.

A Envase Brasil também se destaca pela geração de conteúdo e relacionamento com profissionais das áreas de atuação e afins com bebidas e alimentos. Os encontros setoriais têm contribuído para deixar o evento cada vez mais concorrido e qualitativo. “Cada vez mais ouvimos dos nossos expositores que esse é um fator de sucesso do evento: a Envase é uma feira tranquila e bem visitada. Você recebe público diversificado dos segmentos das indústrias de bebidas e alimentos, em especial do vinho, sucos, cerveja artesanal, cachaça e destilados, água mineral, laticínios e outros”, destaca Vicente Puerta, diretor presidente da feira. 

A 14ª edição da Envase Brasil acontecerá em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, no período de 31 de Março a 3 de abril de 2020. (Fonte: Newtrade)

Adolfo Brito e Ernani Polo vão comandar Comissão de Agricultura
O conjunto de parlamentares que compõem a Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo (CAPC) elegeram e deram posse, nesta quinta-feira, aos deputados Adolfo Brito (PP) e Ernani Polo (PP) para, respectivamente, presidência e vice-presidência do órgão técnico. Adolfo Brito dará continuidade ao trabalho que já vinha desenvolvendo à frente do grupo técnico, tendo presidido a comissão ao longo dos quatro anos da legislatura passada. Já Ernani Polo conduziu a Secretaria Estadual da Agricultura e Irrigação entre 2015 e 2018. (Jornal do Comércio)

Porto Alegre, 21 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.925

     Grupo de Trabalho do Leite quer bancada gaúcha em peso no encontro com ministra da Agricultura

Parlamentares gaúchos e integrantes de entidades ligadas à cadeia produtiva do leite assinarão documento conjunto pedindo a presença em peso dos deputados e senadores da bancada gaúcha no encontro com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, no próximo dia 26, às 15h30min, em Brasília. Na pauta, temas de grande importância para o setor, como a vigência das INS 76 e 77 em maio próximo, e a derrubada da medida antidumping que penaliza produtores brasileiros. A mobilização foi definida na manhã desta quinta-feira (21), durante reunião do Grupo de Trabalho do Leite (GTL), na Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa.  O encontro com a ministra foi intermediado pela Fetag e terá continuidade na manhã de quarta-feira (27), na Secretaria Nacional da Agricultura Familiar. 

O presidente do GTL, deputado estadual Zé Nunes (PT), criticou a derrubada da medida antidumping que beneficiava a produção nacional ao limitar a entrada em massa de leite em pós proveniente da União Europeia e da Nova Zelândia, com taxações de 3,9% e 14,9% respectivamente nas importações. Segundo ele, a decisão do governo federal foi equivocada e lembrou que a reversão da medida não é simples e pode levar até 12 meses, uma vez que envolve vários aspectos técnicos que incluem até mesmo a Organização Mundial do Comércio (OMC). O parlamentar, assim como os demais representantes do setor, ainda aguarda a solução do impasse pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que prometeu editar um decreto com medidas compensatórias ao setor, o que ainda não ocorreu. Além de promover a concorrência desleal, a derrubada da medida antidumping trouxe reflexos imediatos ao produtor de leite. 

Segundo o deputado Edson Brum (MDB), “apenas a divulgação do fim da barreira tributária levou à queda de 12% a 13% no preço do leite”, afirmou.  Para o parlamentar, o leite não é apenas uma atividade importante do ponto de vista econômico. “Sua importância acaba sendo maior pelo aspecto social, e agora estamos diante de um desafio de ordem mercadológico”, pontuou.  O deputado Elton Weber (PSB) lembrou que grandes potências protegem seus produtores de leite, a exemplo de Estados Unidos (16%), União Europeia (37%), Canadá (218%) e Noruega (128%). “A União Europeia banca R$ 6 bilhões em subsídios aos produtores, enquanto isso, o Brasil abre a possibilidade de entrada desses produtos no mercado nacional”, criticou Weber, classificando a atitude próxima a um ‘tiro no pé”.  Os integrantes do Grupo de Trabalho do Leite foram unânimes em admitir os efeitos negativos da retirada da medida antidumping e afirma que o cenário entre os produtores de leite pode se agravar e ampliar ainda mais a evasão do setor, que já perdeu 25 mil produtores nos últimos três anos somente no Rio Grande do Sul.

As novas regras das INS 76 e 77, que passam a vigorar em maio, também preocupam o setor produtivo. As entidades que representam os produtores temem que a vigência após um curto espaço de tempo – foi aprovada em dezembro passado – possa retirar mais produtores da atividade. Segundo Pedrinho Signori, secretário-geral da Fetag/RS, entre 50% e 60% dos produtores do Estado não estão aptos a fazer a entrega do leite a temperatura de 7°C no prazo estipulado pelas instruções normativas editadas pela União. “As regras propostas de forma geral são positivas, buscam qualificar todo o processo, no entanto, o tempo de adequação é muito curto. Exige muito mais prazo e investimentos em infraestrutura rural. Se um produtor precisar comprar outro resfriador, terá que desligar a ordenhadeira, pois a eletrificação no campo é precária”, afirma o dirigente. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Luciana Radicione 
 

Leite/América do Sul 

Na Argentina e Uruguai, o tempo ensolarado favoreceu o desenvolvimento do milho e da soja, além de minimizar as condições de lama em diversas fazendas de leite. Enquanto isso, aguaceiros se intensificam no Brasil Central, enquanto uma seca persistente atinge a região sul do país.

A produção de leite no Brasil e em toda a região do Cone Sul, sazonalmente, tende para baixo devido as temperaturas elevadas do verão, que causam estresses no rebanho leiteiro. Além disso o teor de gordura/proteína cai, contribuindo para que as bonificações sejam reduzidas. Em termos gerais, embora a produção de leite venha caindo ao nível continental, está conseguindo atender a demanda de leite fluido/UHT, queijo e iogurte. Mesmo assim, a oferta de creme está muito apertada, pressionada também pela forte demanda por cervejas, sorvetes e leite processado. Com início das aulas na próxima semana, as instituições de ensino devem aumentar os pedidos por leite engarrafado. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

Importações de lácteos da China alcançaram US$ 10,65 bilhões em 2018

Com o desenvolvimento da economia chinesa e o aumento dos padrões de vida do povo chinês, o consumo per capita de produtos lácteos na China continua crescendo. Em 2017, o consumo aparente de laticínios na China atingiu cerca de 31,79 milhões de toneladas, representando uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de cerca de 2,7% de 2013 a 2017, segundo a pesquisa "Research Report on Dairy Products Import in China, 2019-2023".

No entanto, o volume de produção de produtos lácteos na China cresceu a um CAGR de apenas 2,1% durante o mesmo período. As principais razões para o crescimento lento incluem:

(1) Os custos da produção nacional de lácteos na China são mais altos do que a média global, afetados pelos custos de ração, mão de obra e terra e a baixa rentabilidade inibe o crescimento da produção;

(2) Os chineses não têm confiança nos produtos lácteos domésticos, uma vez que incidentes de segurança ocorreram com frequência na indústria de produtos lácteos da China nos últimos anos.

Os fatores acima impulsionam o crescimento das importações de produtos lácteos na China. De acordo com a China Customs, em 2018, o volume de importação de produtos lácteos na China atingiu 2,74 milhões de toneladas, um aumento de 7,80% em relação ao ano anterior; o valor das importações chegou a US$ 10,65 bilhões, alta de 14,80%, conclui a pesquisa.

Os produtos lácteos importados pela China incluem leite em pó, leite líquido, queijo, entre outros, sendo que o leite em pó representa a maior parte. Em 2018, as importações de leite em pó contribuíram com quase 70% do valor das importações de produtos lácteos na China. O país precisa importar uma grande quantidade de fórmulas lácteas infantis em pó porque seus consumidores não confiam na segurança dos produtos domésticos, como já dito anteriormente. Já o leite em pó tradicional é importado por causa dos baixos preços e alta qualidade.

Mas vale destacar que as crescentes importações de produtos lácteos tiveram alguns impactos sobre os produtores domésticos de lácteos da China, por exemplo, a queda na receita de vendas e as margens de lucro. Portanto, o governo chinês introduziu políticas restritivas sobre as importações de produtos lácteos. Para restringir a importação de leite em pó infantil, em 1º de janeiro de 2018, a Administração de Alimentos e Medicamentos da China pôs em vigor as Medidas para a Administração do Registro de Fórmulas de Fórmula Infantil em Pó, que estipula que o leite em pó infantil que não foi registrado na China não pode ser vendido no país. Também, lançou o Certificado de Registro de Fórmulas para a Fórmula Infantil de Leite em Pó, que deve ser obtido de acordo com a lei para leite em pó infantil importado a ser comercializado na China.

Em 14 de março de 2018, o anúncio da Administração Estadual de Certificação e Credenciamento sobre a Renovação do Registro de Fabricantes Estrangeiros de Fórmula Infantil em Pó Importada especificou que o registro de produtores estrangeiros de leite em pó infantil importado seria válido por quatro anos e deveria ser renovado no vencimento. Prevê-se que estas políticas ‘expulsem’ mais de 80% das mais de 2.000 marcas importadas (produtos) de leite em pó para uso infantil no mercado chinês.

A pesquisa estima que o povo chinês terá uma demanda crescente por produtos lácteos à medida que sua renda aumenta. No entanto, a produção nacional de laticínios tem um potencial de crescimento limitado, restrito por vários fatores desfavoráveis e enfrenta custos crescentes. Portanto, o volume anual de importação e valor de importação de produtos lácteos na China continuará crescendo. Alguns produtores chineses de lácteos estão adquirindo empresas no exterior para lucrar com a exportação de produtos lácteos para a China. Fica evidente que o mercado chinês apresenta grandes oportunidades para produtores globais de lácteos. (As informações são do relatório "Research Report on Dairy Products Import in China, 2019-2023", traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
Leite UHT
O preço do leite UHT negociado no atacado do Estado de São Paulo subiu 0,24% entre as duas últimas semanas, fechando com média de R$ 2,4357/litro no período entre 11 e 15 de fevereiro. Conforme colaboradores do Cepea, as altas estiveram atreladas aos estoques, que continuam controlados, e à redução da produção por parte de alguns laticínios. Apesar da valorização, as negociações entre laticínios e atacados permaneceram baixas. Já o queijo muçarela se desvalorizou 0,83% na mesma comparação, fechando com média de R$ 17,2862/kg entre 11 e 15 de fevereiro. Quanto à liquidez no mercado deste derivado, permaneceu estável no período. (Cepea)

Porto Alegre, 20 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.924

     Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 19 de Fevereiro de 2019 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Janeiro de 2019 e a projeção dos valores de referência para o mês de Fevereiro de 2019, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Fevereiro de 2019 é de R$ 2,3993/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)
 
 

Tarifa ao leite em pó

O governo informou nesta terça-feira, dia 19, que notificou a Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre uma possível suspensão de benefícios às importações de produtos vindos da União Europeia. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o fim destas concessões poderá atingir diversos produtos do bloco econômico, inclusive leite em pó.

A medida, conhecida como salvaguarda cruzada, foi uma solução encontrada para compensar o fim da tarifa sobre a importação de leite em pó da UE. O governo está usando como argumento para a decisão a taxação europeia ao aço brasileiro. De acordo com o ministério, a medida está prevista nas regras da OMC. “Assim que processada, a notificação deverá estar disponível no sítio eletrônico daquela organização”, disse em comunicado.

Entenda o caso
Neste mês, o governo federal decidiu suspender a tarifa antidumping sobre importação de leite europeu e da Nova Zelândia. A taxa vinha sendo aplicada desde a resolução de 2001 e era uma maneira de proteger o produto nacional. Após publicação no Diário Oficial da União (DOU), a medida encerrou a cobrança sobre o leite em pó, integral e desnatado. A alíquota, que era de 14,8% para o produto vindo da União Europeia e de 3,9% para o item da Nova Zelândia, ficou zerada. A decisão foi tomada pelo Ministério da Economia, por meio da Secretaria Especial de Comércio Exterior e assuntos internacionais. (Canal Rural)

Preços/UE 

O último Boletim do Observatório Lácteo da UE, de 15 de fevereiro destacou os seguintes dados:
- Os preços médios da manteiga, leite em pó desnatado (SMP), leite em pó integral (WMP) e queijo cheddar ficaram relativamente estáveis em comparação com a semana anterior, enquanto caíram os preços dos queijos Edam (-1,1%); Gouda (-2,0%); Emmental (-5,8%), e soro de leite em pó (-3,7%).
- O preço do leite no mercado spot da Holanda caiu 2,9% (33,0 c/kg), [R$ 1,30/litro}.
- As exportações de leite da União Europeia (UE) em 2018, em equivalente leite, ficaram 2% abaixo do volume de 2017.
- As exportações de SMP da UE aumentaram 7% em 2018; diminuindo, no entanto, as vendas de manteiga (-7%), e WMP (-15%), enquanto as remessas de queijo ficaram estáveis.
- Aumento significativo das exportações de SMP da UE para a China (+29%), Egito (+23%), Malásia (+48%), e Cingapura (+39%), em 2018.
- As exportações de manteiga da UE aumentaram para Cingapura (+18%); Japão (+51%) e Marrocos (+27%).
- Em 2018 os Estados Unidos foi o principal destino das exportações de queijos da UE, seguido pelo Japão e Canadá, com aumento de 31% nos volumes em comparação com o ano anterior.
- A UE foi o principal exportador mundial de queijo e SMP em 2018. Os Estados Unidos vieram em segundo lugar na exportação de SMP, aumento 22% no volume embarcado.
- A Nova Zelândia aumentou suas exportações de manteiga (+5%) e de SMP (+3%), e diminuiu as exportações de SMP (-10%) e queijo (-6%), em 2018.
- A China aumentou as importações de lácteos em 2018, exceto do queijo cheddar (ficou estável). (Agrodigital – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Leite/Oceania

As temperaturas em algumas regiões da Austrália superam 100º F, [37,78ºC]. As temperaturas extremas verificadas duas semanas atrás estão menos intensas. As atuais temperaturas elevadas tendem a permanecer no Leste da Austrália.

Victoria e Tasmânia foram beneficiadas pelas chuvas. Perto de Canberra o vendo trouxe tempestade de poeira resultando e alerta vermelho para a saúde e falta de energia. A nova temporada de feno está sendo realizada na maioria das regiões da Austrália, embora o Norte do país esteja com o volume limitado para a nova estação. Os subsídios governamentais relacionados à seca continuam facilitando o transporte de forragens, água e gado. O verão ameno continua beneficiando o setor lácteo na Nova Zelândia. As temperaturas dificilmente ultrapassam os 80º F [27,7ºC]. Na Ilha Norte e algumas áreas da Ilha Sul foram beneficiadas com boas chuvas. O resto da Ilha Sul recebeu chuvas intensas, deixando vários centímetros de água.

Existe certa ansiedade da indústria de laticínios em relação às mudanças que podem vir a ocorrer na produção da Nova Zelândia com a nova Lei de Carbono Zero, que pode ser implantado ainda este ano, se for transformado em lei. Toda a indústria da Nova Zelândia está na expectativa dos resultados dos padrões que serão necessários para a redução da emissão de carbono na ordenha de vacas. Alguns observadores estão prevendo uma grande reviravolta das práticas atuais. A incerteza óbvia é o quanto impactará no volume no custo da produção. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva

 
Preços/NZ
O setor lácteo global aguardava com expectativa o leilão da Fonterra. As últimas subidas ocorreram diante da firme demanda dos países asiáticos, disse um analista neozelandês. O último evento da Fonterra, dia 6 de fevereiro, encerrou com alta de 6,7%, constituindo-se na quinta elevação consecutivo e a maior em dois anos. Nathan Penny, economista da carteira agrícola do banco ASB, um dos principais bancos da Nova Zelândia, considerou que o mercado está avaliando o possível efeito da seca na produção de leite em pó integral pela Nova Zelândia, que é o maior exportador mundial. Esse fato teria impactado nos preços. “Sem dúvida, existe alguma possibilidade de que estes aumentos de preços sejam temporários”, advertiu e acrescentou que a produção da Nova Zelândia está sólida, registrando crescimento de 5% em relação à temporada passada.  O analista da Bolsa de Mercados Futuros da Nova Zelândia (NZX) Robert Gibson disse que o volume ofertado de leite em pó integral foi reduzido, apesar de estar 19% acima dos níveis do ano anterior. O analista avalia que a demanda firme dos países asiáticos ajudou a sustentar a elevação dos preços. (TodoElCampo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Porto Alegre, 19 de fevereiro de 2019                                              Ano 13 - N° 2.923

     Cadeia produtiva leiteira pedirá flexibilização das instruções normativas 76 e 77 

 A cadeia produtiva do leite do Rio Grande do Sul pedirá ao Ministério da Agricultura mais tempo para a adequação a pontos das instruções normativas (INs) 76 e 77, que trazem novas regras para a produção e a industrialização de leite no Brasil. Com a previsão de valer a partir de 30 de maio, o temor do setor é que as exigências possam afastar da atividade muitos produtores gaúchos de leite.

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, as indústrias defendem a flexibilização, principalmente, do prazo de cumprimento dos indicadores de temperatura, de contagem bacteriana e de células somáticas do leite. “Entendemos a necessidade da melhoria contínua da qualidade do leite, mas precisamos que isso seja feito de forma gradativa para termos êxito na aplicação de atualização da INs sem excluir ninguém da atividade", afirma.

O assunto será levado à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, no próximo dia 27 de fevereiro (27/2), às 11h, em Brasília, pelo grupo de trabalho formado nesta segunda-feira (18/2), em Porto Alegre, após reunião de diversas entidades que compõem a cadeia produtiva leiteira do Estado, na sede da Federação dos Trabalhadores da Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag).  Segundo o diretor do Sindilat, Jeferson Smaniotto, que participou do encontro, a sugestão do Sindilat é que haja um trabalho conjunto entre o governo e a extensão rural, já que os produtores precisam tanto de crédito para adquirir novos equipamentos, como da ampliação da estrutura de energia elétrica para que os mesmos funcionem. 

As sugestões serão discutidas nesta terça-feira (19/02), às 14h, na sede da Fetag, pela equipe composta pela própria federação mais Fecoagro, Famurs, Codevati, Emater, IGL, Fundesa, Seapi, Cosuel, Corede Vale do Rio Pardo e Associação de Vereadores do Vale. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

Foto: Thaise Teixeira 
 
 

Aliança Láctea Sul também discute INs

O tema foi pauta do primeiro encontro da Aliança Láctea Sul Brasileira, realizado em Curitiba (PR), também nesta segunda-feira (18/2), e que contou com a presença do presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. “Os três estados do Sul irão enviar um documento ao Ministério da Agricultura, elencando alguns pontos que irão levar mais tempo para serem cumpridos nas novas instruções normativas”, revela. A transformação de RS, PR e SC em referência para, futuramente, abrirem as portas para exportação também foi debatida. “Nosso objetivo é unificar os estados para trabalharmos, juntos, focados em diferenciais competitivos para o desenvolvimento contínuo do setor", explica Guerra. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Foto: Alexandre Blanco 

Preço/MS

A diretoria do Conseleite – Mato Grosso do Sul reunida no dia 15 de fevereiro de 2019, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de janeiro de 2019 e a projeção dos valores de referência para leite a ser entregue no mês de fevereiro de 2019. (Famasul)

 

GDT
 

(Fonte: GDT)

Taxa antidumping 

Apontado como perdedor na queda de braço com o ministério da agricultura no caso da sobretaxa à importação de leite em pó, Paulo Guedes virou o jogo. Dez dias após a queda da proteção, nenhuma medida de compensação foi adotada. E só deve haver reavaliação caso a compra de produto da Europa ou da Nova Zelândia aumente muito. (Zero Hora)

 
 
NO RADAR
Alceu Moreira (MDB-RS) assume hoje a presidência da Frente Parla¬mentar da Agrope¬cuária. A cerimônia está marcada para a noite, em evento com mais de 800 convidados. Ele substitui a agora ministra da Agricultura, Tereza Cristina. (Zero Hora)