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Porto Alegre, 11 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 2.999

   Palmeira das Missões recebe evento sobre as Instruções Normativas 76 e 77
 
A cidade de Palmeira das Missões (RS) receberá a nona reunião que vem percorrendo o Estado para debater as mudanças trazidas pelas Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura. As regras estão em vigor desde 30 de maio e alteram a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru. O encontro ocorre no dia 19 de junho, a partir das 8h, no auditório da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em Palmeira das Missões (Av. Independência, 3751). As inscrições são gratuitas, limitadas a 200 lugares e podem ser feitas pelo link https://bit.ly/2Wvhf2d.
 
A realização do evento é resultado do encontro entre o presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) de Rio da Várzea, Joel Rubert, e do secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, no dia 27 de maio. Na ocasião, Rubert solicitou a realização do debate sobre as INs no município, visto que as mudanças geraram dúvidas entre os produtores Para Palharini, o principal objetivo é que os participantes esclareçam todas as dúvidas sobre a adequação às INs 76 e 77 para que ninguém tenha prejuízo. "As alterações vão dividir responsabilidades, não só entre a indústria e o produtor, mas, também, com o poder público", explica.
 
A programação também inclui palestras sobre a Lei do Leite, aspectos de inspeção do leite que se modificam a partir das INs 76 e 77 e sobre o Plano de Qualificação de Fornecedores. O encontro contará ainda com depoimentos de produtores e da indústria sobre o Programa Mais Leite Saudável e com uma mesa redonda na qual o público poderá fazer perguntas ao vivo e via WhatsApp pelo número (51) 9 89091934. O evento terá transmissão simultânea por meio do Facebook do Sindilat (facebook.com/sindilatrs/).
 
O encontro é promovido pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), Secretaria da Agricultura, Sindilat, Apil, Famurs, Sistema farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS, UFSM - Campus Palmeira das Missões e Prefeitura Municipal de Palmeira das Missões. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
                  

Lácteos/UR 

 
As exportações de lácteos nos primeiros cinco meses do ano caíram 3% em relação a 2018, totalizando US$ 233,6 milhões (FOB). Nos primeiros cinco meses do ano aumentou o faturamento com a venda de leite em pó desnatado e integral, mas, caiu o do queijo e da manteiga, resultando na queda acumulada de 3% em relação ao mesmo período de 2018.
 
Como mostra o quadro do Instituto Nacional do Leite (Inale) no acumulado até maio, aumentou o faturamento do leite em pó desnatado (118%) e do leite em pó integral (2%), em relação a 2018, caindo o da manteiga (24%) e dos queijos (19%). Em consequência, o faturamento total acumulado até maio registrou queda de 3% em 2019, quando comparado com o ano passado.
 
Volumes
No acumulado até maio deste ano melhoraram as colocações de leite em pó desnatado e leite em pó integral (147% e 7%, respectivamente), enquanto caíram os de queijo e manteiga (19% e 11%, respectivamente), quando comparado com o mesmo período de 2018.
Preços
Em relação aos preços de dezembro de 2018 houve aumento nas cotações do leite em pó integral (11%), manteiga e leite em pó integral (7%), e houve queda nos valores dos queijos (8%).
 
Ao comparar os preços médios recebidos pelos produtos exportados em maio de 2019 comparados com os de um ano atrás, quase todos caíram: manteiga (14%), leite em pó desnatado e leite em pó integral (5%, ambas), enquanto ficou estabilidade nas cotações dos queijos. Em relação aos preços de abril, somente o leite em pó desnatado teve valorização (5%). A manteiga caiu 5%, os queijos (4%) e o leite em pó integral (1%). (TodoAgro - Tradução livre: Terra Viva)
 
Leite/Oceania 
 
A produção sazonal de leite na Austrália, de julho de 2018 a abril de 2019, está 7,3% menor do que registrada no ano passado. Em abril de 2019 o percentual de queda foi de 13,7% em relação a abril de 2018. O outono avança por toda Austrália. O tempo mais frio e a geadas atingiram algumas regiões. 
 
Isso está fazendo com que alguns produtores de leite apressem seus trabalhos para garantir feno e alimentação durante o inverno. O resultado é o aumento de custos e utilização de alimentação alternativa. Especialmente no Sul e no Oeste da Austrália os estoques de feno estão baixos. Na Nova Zelândia, a produção de leite em abril de 2019 foi de 1.364 toneladas, de acordo com a DCANZ, o que representou queda de 8,4% em relação à produção de abril de 2018. Os sólidos do leite também caíram 7,7% na mesma comparação.
 
Especialmente com a baixa produção de leite no final da estação, cada gota conta. A seca que continua na Ilha Norte e em partes da Ilha Sul é uma preocupação constante para os produtores de leite.
 
   
 
Analistas observam que a maior rentabilidade dos produtores nesta temporada resultou em reparos e investimentos em muitas fazendas de leite. E isso é um ponto positivo para o início da próxima safra. ( Usda - Tradução Livre: Terra Viva)
 
 
Instruções normativas 76 e 77 no Ministério da Agricultura
 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) fixou novas regras para a produção de leite no país, especificando os padrões de identidade e qualidade do leite cru refrigerado, do pasteurizado e do tipo A. As mudanças foram publicadas no Diário Oficial da União e estão em vigors desde o final de maio, nas Instruções Normativas (INs) 76 , e, na 77. CLIQUE AQUI e confira a entrevista com o secretário executivo do Sindilat/RS, Danrlei Palharini sobre o assunto. (Destaque Rural)
 
Reunião sobre as IN's 76 e 77 em Ijuí
Ocorre amanhã, dia 12/06, a reunião para discutir as IN's 76 e 77 em Ijuí. O evento será realizado do Salão de Atos Argemiro Jacob Brum, na Unijuí. As inscrições são gratuitas. CLIQUE AQUI para obter maiores informações e realizar sua inscrição. 

Porto Alegre, 10 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 2.997

   Preços/EU

O preço médio do leite pago ao produtor na União Europeia (UE), em maio passado, pode ser € 0,34/kg, [R$ 1,44/litro], 0,7% menos do que abril, segundo o Observatório Lácteo da UE. Apesar da queda, o preço ainda é o maior dos últimos 4 anos para um mês de maio.  Em maio de 2016 o preço médio na UE foi em torno de € 0,26/kg, [R$ 1,10/litro].
 
Por países, os preços caíram em 16 Estados Membros em relação a abril. Dentro dos grandes produtores de leite  cabe destacar que Irlanda, França, Holanda e Polônia reduziram os preços em maio, enquanto Alemanha e Dinamarca mantiveram os valores.
 
Na Espanha ficou estimado € 0,31/kg para maio, que é o mesmo valor de abril, e um centavo a mais que maio de 2018. Fora da UE o preço em abril, em relação ao mês anterior aumentou 6,4% nos Estados Unidos da América (EUA), e, caiu 3,7% na Nova Zelândia. Quanto ao preço dos lácteos, o leite em pó desnatado (SMP) mantém as cotações estáveis por três semanas consecutivas, € 204/100 kg, enquanto a manteiga continua com a tendência de baixa nas últimas 3 semanas. Ainda assim, o preço está bem acima das referências históricas. (Agrodigital)
 
                  
País tem 35 acordos internacionais fechados que não saem do papel por burocracia

O Brasil tem hoje uma fila de 35 acordos já negociados e assinados com outros países, mas que ainda aguardam a burocracia andar para que possam entrar em vigor.

Na lista, há desde tratados de livre-comércio, que abrem mercados aos produtos brasileiros no exterior, até acordos para evitar a dupla tributação, que permitem a empresas e investidores pagarem menos impostos.

As empresas brasileiras, por exemplo, já poderiam disputar licitações para compras dos governos de Argentina, Paraguai e Uruguai – um mercado potencial de US$ 80 bilhões.

Mas, apesar de um pacto nesse sentido já ter sido firmado com os vizinhos, as regras não entraram em vigor. Os brasileiros também já poderiam estar livres de pagar a tarifa de “roaming” ao usar o celular no Chile. O acerto que permitirá tal vantagem, no entanto, ainda não foi validado. 

O governo vem tentando acelerar a assinatura de novos tratados. O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta semana que o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia deve ser firmado “em três ou quatro semanas”.

Há outros em negociação, como o de livre-comércio com o Canadá. É um esforço para promover a abertura comercial do País, considerado muito fechado. 

Mas o “estoque” atual de 35 acordos, compilados pela secretaria executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), indica que o problema não está somente na dificuldade em fechar novos tratados.

Trâmites
Após assinado, cada acordo tem de percorrer um longo caminho em Brasília. A primeira etapa ocorre no Executivo, responsável pela negociação com o outro país. Após assinado, o acordo é enviado ao Congresso. Lá, passa por comissões e pelo plenário das duas Casas.

Se aprovado, é devolvido ao Executivo para que seja publicado um decreto presidencial. É a partir desse momento que as novas regras começam a valer.

O vaivém entre os Poderes é uma exigência da Constituição, que determina que o Congresso aprecie o mérito do acordo. O problema é que tanto o Legislativo quanto o Executivo têm demorado muito tempo para cumprir sua parte no processo.

Em média, são quase quatro anos e meio entre a assinatura do acordo e sua entrada em vigor, indica estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que analisou 19 acordos considerados como de maior impacto econômico da lista de 35 monitorados pelo governo.

A morosidade para a validação de acordos é uma dificuldade antiga, mas nos últimos anos novos trâmites burocráticos tornaram o processo mais penoso, segundo representantes do empresariado e integrantes do governo ouvidos pelo Estado.

Desde o governo Dilma Rousseff, a Casa Civil passou a solicitar a manifestação jurídica dos ministérios afetados pelo acordo antes de enviá-lo ao Congresso.

 
Em muitos casos, uma nova manifestação é exigida quando o texto retorna do Legislativo. No governo de Michel Temer, um decreto acabou formalizando essa praxe.

Ocorre que, ao costurar um acordo, o Itamaraty já ouve os ministérios. Segundo a secretaria executiva da Camex, o objetivo da nova consulta antes do envio ao Congresso é garantir que todos os órgãos se manifestem.

A Camex admite, porém, que essa etapa constitui hoje o principal gargalo para a tramitação dos atos internacionais. 

Para Diego Bonomo, gerente executivo de Assuntos Internacionais da CNI, o processo de inserção internacional do País poderia estar muito mais avançado não fosse a burocracia.

“Gastamos muita energia para negociar novos acordos, mas passamos a ter um problema muito maior quando finalmente os assinamos.”

Acordo com o Chile está parado há seis meses
A morosidade do Executivo está emperrando, por exemplo, o acordo de livre-comércio com o Chile, considerado um dos mais modernos e abrangentes já firmados pelo Brasil.

Negociado em menos de sete meses, um prazo recorde, está há seis parado no Planalto à espera da manifestação final dos ministérios para ser enviado ao Congresso. 

Além da redução de tarifas para setores importantes para o Brasil, como o de carnes, o acerto com os chilenos traz medidas para reduzir o tempo de exportação e importação de produtos e facilidades como o fim do roaming em ligações para viajantes brasileiros.

Acordos de investimentos firmados pelo Brasil com os países africanos Malauí e Moçambique estão há quatro anos na fila de espera. Assinados em 2015, foram aprovados pelo Congresso em maio de 2017. Dois anos depois, ainda aguardam o decreto presidencial para que possam começar a valer.

Quando entrarem em vigor, darão segurança a investimentos de US$ 5 bilhões feitos por empresas brasileiras em projetos de mineração nos dois países.

 
O acordo previdenciário fechado com a Suíça espera desde 2014 para entrar em vigor. Seu objetivo é facilitar o envio de funcionários do Brasil para o País europeu, e vice-versa.

Em alguns casos, o gargalo também pode estar em outro País, afirma um ex-servidor que participou ativamente de negociações comerciais e falou ao Estado sob reserva.

Ele cita o caso do acordo comercial com o Peru que, firmado em 2016, ainda não foi aprovado nem pelo governo brasileiro nem pelo peruano. De lá para cá, observou essa fonte, o escândalo do pagamento de propina da Odebrecht tornou o acerto com o Brasil politicamente sensível, prejudicando a finalização do pacto por parte dos peruanos.

Camex quer rito só para pacto internacional
Atento ao problema, o governo vem debatendo formas de agilizar os trâmites necessários para que os acordos começarem de fato a valer.

A secretaria executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério da Economia, estuda formas de agilizar e, no limite, eliminar a etapa na qual o Executivo tem de submeter o acordo aos ministérios antes do envio do texto ao Congresso. 

De acordo com o órgão, esse procedimento gera “retrabalho, redundância e tem levado a atrasos na entrada em vigor destes atos”. A ideia é criar um procedimento exclusivo para a tramitação de acordos internacionais. Sem esse novo rito previsto em lei, não é possível prescindir dessa etapa, diz o órgão. 

Na tentativa de pressionar ministérios a serem mais céleres na análise dos acordos, o Itamaraty criou em 2017 uma plataforma, batizada de Concórdia, na qual é possível que qualquer um acompanhe a tramitação de acordos e saber, por exemplo, qual ministério está “segurando” sua análise. 

O problema, segundo representantes do empresariado, é que nem sempre a ferramenta é precisa e, às vezes, sinaliza que um acordo está de volta à Casa Civil quando, na verdade, ainda não foi remetido ao Planalto.

Benefícios
Apesar dos ganhos esperados com a entrada em vigor dos 35 acordos, que podem abrir mercados e facilitar o comércio exterior, no curto prazo, não há garantias de que a balança comercial vai se beneficiar, afirma José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). 

“No atual cenário de elevado custo Brasil, acordos comerciais não aumentam as exportações por falta de competitividade, não de mercado”, diz Castro. “Neste momento, na verdade, a eventual entrada de novos acordos podem estimular ainda mais importações”, afirma.
 
A AEB espera que, neste ano, as exportações brasileiras superem as importações em US$ 40 bilhões, o que representaria a segunda queda consecutiva no saldo da balança. Em 2018, o superávit foi de US$ 58,3 bilhões. (Estadão)

Segundo especialista, setor leiteiro uruguaio está 'muito pior' do que mostram as estatísticas

A queda consistente nos volumes de leite produzidos e enviados para plantas industriais é uma realidade preocupante no Uruguai. No primeiro trimestre, a queda detectada foi de 9,7% em relação ao mesmo período de 2018. “Esse não é um indicador eficiente da realidade, que é muito pior, enfatizou Walter Frisch, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Leite (ANPL) do Uruguai.

As estatísticas elaboradas pelo Instituto Nacional do Leite (Inale) mostram uma queda de 12,6% nas entregas de abril de 2019 em relação ao mesmo mês de 2018.

Frisch explicou que esses dados correspondem ao total de envio de leite à indústria no país, que envolve a gestão de grandes empresas que pertencem ao capital estrangeiro - referindo-se aos casos da Olam e da Bulgheroni, entre outros, "cuja participação faz com que a entrega global se sustente e não caia tanto".

“Portanto, se você deixar de fora a medição para essas grandes empresas ‘que são grandes capitais que não vivem do leite’ a realidade ‘é muito diferente’ e o declínio produtivo é muito maior e realmente alarmante", completou.

O presidente da ANPL mencionou outro fato alarmante: somente em abril houve uma queda de 24 registros de produtores que enviaram leite à Conaprole, o que equivale a quase uma fazenda a menos por dia no mês. "É um fato assustador", disse Frisch. Isso também ocorre na área da cadeia agroindustrial emblemática de maior porte no país e que paga melhor, a da Conaprole. Assim, se estima que em áreas onde outros produtores e indústrias operam, pode ser pior.

É por isso que, no caso da Conaprole, insiste-se em reivindicar um conjunto de medidas para melhorar a eficiência industrial, reduzindo os custos e buscando o compromisso adequado dos trabalhadores.

A esse respeito, os produtores apontaram que não há apenas ações sindicais inadequadas que acabam sendo muito prejudiciais para a empresa e sobretudo para os produtores de leite relacionados. Há também um absenteísmo (ausência no trabalho) significativo, estimado em 15%, o que sugere que há um excedente no número de funcionários. (As informações são do El Observador, resumidas e traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
Ministério da Agricultura faz novas exigências para produtores de leite
CLIQUE AQUI e assista a reportagem veiculada no Programa Campo e Lavoura em 09/06/2019. (G1)

 

Porto Alegre, 07 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 2.996

   Ciclo de palestras sobre legislação do leite chega a Frederico Westphalen
 
A cidade de Frederico Westphalen reúne representantes de empresas e entidades do setor lácteo gaúcho, no dia 18 de junho, para debater as principais alterações previstas nas Instruções Normativas (INs) 76 e 77, que modificam a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru, em vigor deste 30 de maio. O evento será realizado às 8h, no Salão de Atos da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), localizada na Avenida Assis Brasil, 709. As inscrições são gratuitas, limitadas a 820 lugares e podem ser feitas pelo link https://bit.ly/2HJfGom. Frederico Westphalen é o  oitavo município a receber o ciclo de discussões que foi iniciado em Porto Alegre, no dia 03 de maio.
 
A programação do evento inclui palestras sobre a Lei do Leite, aspectos de inspeção do leite, sanidade e  plano de qualificação de fornecedores, depoimentos de produtores e indústria sobre o Programa Mais Leite Saudável, além de mesa redonda com especialistas da área, na qual os ouvintes poderão fazer perguntas ao vivo e via Whatsapp pelo número (51) 9 89091934. O debate contará com transmissão simultânea por meio do Facebook do Sindilat (facebook.com/sindilatrs/).
 
Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, o tema da reunião é muito relevante, visto que as novas regras já estão em vigor e a adequação de toda a cadeia produtiva se faz necessária. "A ideia é que produtores, indústrias e prefeituras possam sanar dúvidas e perceber que é possível cumprir às normativas do Mapa, que visam a melhoria da competitividade e padronização mínima do leite cru", declara.
 
O encontro é promovido pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), Secretaria da Agricultura, Sindilat, Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS, Prefeitura Municipal de Frederico Westphalen e URI. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
                  
Maior procura por leites em pó aumenta importações

Os dados da balança comercial láctea foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) nessa quinta-feira (07/06). Nesse informe, a SECEX aponta um aumento de 25% na quantidade importada de leite (em litros equivalentes) no mês de maio em relação a abril, com 105,1 milhões de litros em equivalente leite importados.

Por outro lado, na comparação de maio de 2019 com o mesmo período do ano passado, a quantidade importada ficou 3% maior. Além disso, os 10,7 milhões de litros exportados pelo Brasil em maio representam um aumento de 38% em relação aos 7,8 milhões de litros em abril em equivalente leite, já na comparação com mai/18, o aumento foi de 187%. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea, que foi de -94 milhões de litros nesse mês, no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo da balança comercial de lácteos no Brasil. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados da Secex.

Mesmo com as recentes altas do dólar em relação ao real, os altos níveis dos preços internos dos derivados lácteos nos últimos meses resultaram em um aumento na quantidade importada de derivados lácteos.

Os queijos tiveram um aumento de 12% em maio em comparação com abr/19, sendo internalizadas 2,7 mil toneladas. Na mesma toada, foi possível notar uma maior importação de soro do leite (+69%), e manteigas (55%) no mesmo período.

A maior procura por leites em pó devido aos altos preços internos causou um aumento de 25% na importação de leite em pó desnatado, em relação ao mês anterior, com 2,3 mil toneladas compradas em mai/2019 e um aumento de 32% na internalização de leite em pó integral na comparação de maio (6,1 mil toneladas importadas) com abr/19.

Se em dezembro de 2018 o valor médio do leite em pó integral negociado no Brasil era de R$ 13,1/kg, em maio de 2019 esse valor foi de R$ 15,0/kg. Além do integral, o desnatado também apresentou uma forte subida, de R$ 10,6/kg em dezembro de 2018, para R$ 13,1/kg em maio de 2019. Além disso, na comparação com o acumulado até maio do ano passado, os preços dos leites em pó estão bastante acima no acumulado ano até mai/2019, como é possível observar na tabela 1.

Tabela 1. Preço médio acumulado no ano para os leites em pó industriais (janeiro a maio). Fonte: MilkPoint Mercado, valores deflacionados.

Os principais derivados lácteos e seus volumes de comércio internacional encontram-se na tabela 2. 

Tabela 2. Balança comercial láctea em maio de 2019. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados da Secex.
(Fonte: Milkpoint Mercado)
 

Piá promove Seminário do Produtor de Leite

Na última semana, as cidades de Marau, Vila Flores e Nova Petrópolis receberam o “8º Seminário do Produtor de Leite Piá”. O evento teve como objetivo principal de, através de palestras, compartilhar informações e dados sobre todos os procedimentos que envolvem o setor lácteo, desde a coleta do leite até o controle de faturamento das propriedades, além de aproximar o agricultor da Cooperativa. 

Na programação do evento, a palestra “IN 77: Um Passo para o Futuro”, ministrada pelo técnico agrícola da Piá, Fábio Guaragni,  tratou sobre a parte prática da Normativa, com relação ao que interfere no dia a dia da propriedade rural. Foram apresentados os índices determinados pelo Ministério da Agricultura para a Contagem Bacteriana Total – CBT.  “O produtor que estiver três meses seguidos fora da média receberá uma atenção especial. Os técnicos da Piá farão uma ação na propriedade para ajustar o que for preciso e para que ele possa continuar vendendo leite”, destacou.  

Guaragni explicou de forma clara como isso vai acontecer, como se calcula as médias, onde produtor vai poder acessá-las e como a Cooperativa vai colaborar para que ele não tenha dificuldade para atingir os resultados, estar dentro da legislação e ter a melhor rentabilidade possível no leite.  

Na ocasião, também falou sobre outras obrigatoriedades importantes como a necessidade do resfriador a granel, que está valendo a partir de junho, e da sala do leite, que é uma adequação no espaço onde fica guardado o produto até a coleta e onde ficará este equipamento, protegido de qualquer animal, intrusos ou de contaminantes. 

Já na palestra “Planejamento Forrageiro e Qualidade do Leite”, ministrada pelos profissionais da Embrapa, Sérgio Bender e Maira Zanela, foram apresentadas as tecnologias disponíveis para produzir leite de qualidade, atendendo critérios da nova legislação das INs 76 e 77. 

Foram abordados temas como “Contagem de Células Somáticas”, que pode ser monitorada através do controle de mastite; “Contagem Bacteriana Total”, mostrando que índices baixos passam por processos de higiene completos e pelo resfriamento correto do leite; e o “Lina”, o leite instável não ácido, problema de produção acarretado pela má alimentação dos animais, por vacas com muito tempo de lactação e pelo estresse calórico do verão, e que pode ser solucionado com planejamento forrageiro e piquetes com sombra e água em abundância. “Um volumoso de qualidade é a chave para o sucesso da produção leiteira. Fazendo tudo isso, o produtor vai conseguir produzir com qualidade, ter mais renda na venda e maior volume de leite, atendendo o consumidor e as normativas necessárias”, afirmou a Zanela, que é pesquisadora da entidade e atua na área de Qualidade do Leite.  

O engenheiro agrícola Sérgio Bender destacou que a proposta da palestra foi colocar os produtores para pensar numa estratégia de planejamento forrageiro. “Sabemos que um dos problemas principais que enfrentam é a falta de pasto em algum período do ano. Quando se avalia a necessidade que o animal tem dentro da propriedade com aquilo que está sendo ofertando, pode-se verificar dentro do planejamento forrageiro se vai conseguir atender essa demanda ou não”, afirmou. 

Para ele, isso faz com que se resolva uma série de problemas, pois a maioria das doenças enfrentadas com o rebanho estão relacionadas a essa variação na oferta de volumoso. “Tem também a questão da rentabilidade do negócio do leite. Quando falta pasto e se tem que buscar fora, aumenta o custo de produção e, muitas vezes, começa a se tornar inviável”. 

Os técnicos da Embrapa destacaram a importância de despertar um novo olhar do produtor às normativas, desmistificando a ideia de que não vai conseguir cumpri-las. “As INs de qualidade do leite vêm para ofertar um produto melhor, com excelência. Conseguimos transmitir esta mensagem aos associados”, explicou. 

No final da palestra, Sérgio Bender e Maira Zanela propuseram que quando os associados voltassem para casa, observassem a propriedade, olhando de fora, sobre três óticas: primeiro o rebanho, pensando se tivesse que comprar os animais que já possui na propriedade, se compraria todos. Caso não, aquele que não compraria, pode ser vendido para gerar receita; segundo, olhando a forma como está organizada a produção de pasto. Se tem o necessário para ofertar a estes animais ao longo do ano; e, terceiro, e fundamental, aproveitando as oportunidades de aprendizado e investimento que a Cooperativa oferece, valorizando a instituição. “Conseguimos transmitir o importante recado de que a Embrapa e a Piá trabalham juntas pelo desenvolvimento do setor rural”.  

Acompanhando as três edições, no final do evento, o presidente da Cooperativa, Jeferson Smaniotto, fez uma avaliação do Seminário. “Foi um sucesso pela grande participação dos produtores de leite. Foram mais de mil associados, que tiveram a oportunidade de adquirir conhecimento através das palestras”, destacou. 

Para Smaniotto, eventos como o Seminário são de grande importância, pois promovem o encontro com quem faz a Cooperativa acontecer. “É o momento de estar junto com o produtor, saber o que ele espera da Piá e como ele trabalha. Esse momento, de  valorização do nosso associado, só o cooperativismo faz”, finalizou. 

O “8º Seminário do Produtor de Leite da Piá” foi promovido pela Cooperativa Piá, com apoio da NutriPiá e AgroPiá. (Assessoria de Imprensa Cooperativa Piá)

 

 Crédito Divulgação Cooperativa Piá

Pente-fino suspende 126 mil declarações

A partir de um levantamento feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério da Agricultura suspendeu 126,41 mil declarações de aptidão ao Pronaf (a chamada DAP) por suspeitas de irregularidade. Sem esse documento, produtores familiares não conseguem, entre outras coisas, ter acesso aos financiamentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

São 126,13 mil declarações de pessoas físicas e 280 de pessoas jurídicas. No Rio Grande do Sul, são 4.826 suspensões, o que representa 4% do total no país. Percentualmente, o Estado onde mais cancelamentos ocorreram foi a Bahia, com 26% do total.

Secretário da Agricultura Familiar e Cooperativismo do ministério, Fernando Schwanke diz que os problemas apontados dizem respeito ao não enquadramento nas características do que é considerado agricultor familiar.

- A ideia é ser cada vez mais criterioso nesse processo. Essa é uma política que deve ser acessada por quem efetivamente tem direito - pondera o secretário.

No Brasil, existem hoje 3,2 milhões de DAPs emitidas. O documento tem validade de dois anos. Segundo Schwanke, o Tribunal de Contas da União fez auditoria referente ao período de 2007 a 2017. Os resultados foram apresentados no ano passado, quando também foi dado prazo para que o Ministério da Agricultura fizesse avaliação, suspendendo as declarações que efetivamente tivessem suspeita de irregularidade. O período para avaliação, que vencia em fevereiro, acabou sendo alongado.

- De fevereiro até agora, trabalhamos neste pente-fino, fazendo avaliação com esses mesmos indícios - diz o titular.

Produtores com documento suspenso podem buscar informações sobre o motivo da suspeita de irregularidade (dap.mda.gov.br). Há um prazo de 30 dias para que sindicatos e associações que prestam auxílio no encaminhamento da DAP entrem em contato com o ministério, fazendo solicitação desbloqueio ou cancelamento.

- Estamos com dificuldade, porque até agora a gente só consegue ver quem foi suspenso entrando com CPF de cada um. Precisávamos ter lista com nome de quem foi suspenso - pondera Carlos Joel da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag-RS).

A dirigente se diz preocupado, uma vez que o documento é fundamental não só para o acesso ao crédito, mas para várias outras questões relacionadas ao agricultor familiar. (Zero Hora)

 
 
Relator discute solução ao setor
O relator da Reforma da Previdência na comissão especial, Samuel Moreira, disse ontem, em audiência com o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Alceu Moreira, e com o secretário especial de Previdência Social, Rogério Marinho, que é sensível à retirada dos trabalhadores rurais do texto da reforma. “Devemos construir uma solução adequada”, afirmou. Na reunião, o presidente da FPA destacou que os rendimentos no campo não são regulares como na cidade e dependem de fatores como o clima. (Correio do Povo)

Porto Alegre, 06 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 2.995

   Cadeia produtiva do leite debate mudanças nas INs 76 e 77 em Pelotas

Em vigor deste o último dia 30 de maio, as Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que alteram a produção, a coleta e a armazenagem do leite cru, foram tema de debate, na tarde desta quarta-feira (05/6), na Embrapa Clima Temperado, em Pelotas (RS). O encontro contou com a presença de representantes de entidades, indústrias e produtores ligados ao setor lácteo.

A reunião tem o objetivo de criar um ambiente de discussão, aproximando a cadeia produtiva e o poder público em prol da qualificação do leite. Outros encontros nos mesmos moldes estão previstos para ocorrer também no mês de junho nas cidades de Ijuí (12/6), Santo Cristo (13/6) e Frederico Westphalen (18/6).
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Alexandre Guerra, o Brasil é um país importador e as mudanças exigidas pelo Mapa visam, entre outras coisas, a qualidade do leite e a exportação. Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, além da qualificação do produto, as INs 76 e 77 têm a intenção de dividir a responsabilidade entre o setor e o poder público.

Durante o encontro, a médica veterinária da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul Karla Pivato apresentou as principais motivações para realizar as mudanças nas normativas do leite, enquanto o analista pesquisador da Embrapa Marcelo Bonnet falou sobre exportação, qualidade e consumo de lácteos. “De jeito nenhum o leite fora do padrão pode chegar até o consumidor”, frisou.

Responsável pela captação de leite da Latvida na região, a médica veterinária Lilian Muller contou que, desde o final de 2018, a empresa tem a preocupação de fazer com que todos os seus produtores atendam as novas regras estabelecidas pelo Mapa. “Criamos uma cartilha explicando no detalhe todas as modificações das INs, e a mesma está sendo entregue aos nossos parceiros”, relata. A Latvida certifica as propriedades livres de brucelose e tuberculose, projeto que faz parte do Programa Mais Leite Saudável desenvolvido pelo Mapa que, na oportunidade, foi apresentado pelo médico veterinário Roberto Lucena.

O produtor da Latvida Magno Huttner, de São Lourenço do Sul, destacou que todos os produtores precisam se adequar às INs, caso contrário, o Brasil continuará importando leite. E citou a importância de estar atendo a saúde do rebanho. “Tem que ter planejamento para conseguir cumprir com as exigências, mas não é impossível e não podemos ter medo de descartar os animais”, disse. Quanto à coleta, a médica veterinária do Ministério da Agricultura Milene Cé ressaltou que a interrupção da coleta ocorrerá após três meses consecutivos de média geométrica fora do padrão. “Entendo a angústia, mas a intenção do Mapa não é que os produtores deixem de exercer a atividade, mas, sim, diminuir a concorrência desleal vinda daqueles que não primam pela qualidade do leite”, revela.

Ao final da reunião, houve uma mesa redonda a fim de esclarecer as principais dúvidas dos participantes que acompanharam o evento presencialmente ou à distância, através do Facebook do Sindilat. O encontro é promovido pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado, Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul, Sindilat, Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS e Prefeitura Municipal de Pelotas. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 Foto: Stephany Franco
 
 
                 
 
Simpósio Vaca leiteira

A qualidade do leite será foco do VI Simpósio da Vaca Leiteira, que será realizado na Universidade de Passo Fundo (UPF), no dia 28 de junho. O evento é aberto para acadêmicos de cursos de Medicina Veterinária, Agronomia e Zootecnia e para profissionais que atuam nessas áreas.
 
As inscrições estão abertas. Os acadêmicos da UPF podem inscrever-se diretamente no diretório acadêmico do curso de Medicina Veterinária, com um desconto especial. Para os demais, as inscrições podem ser realizadas conforme categoria, na página da UFRGS, em portalfaurgs.com.br, link “Cursos e eventos”. O período de inscrições, que está em seu segundo lote, segue aberto até 27 de junho, com investimento de R$ 150,00 para estudantes e R$ 180,00 para profissionais. Há desconto especial de 10% para grupos de 5 pessoas e de 20% para grupos de 10 pessoas ou mais.

A atividade é uma ação conjunta entre a UPF e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e será realizado em Passo Fundo, região que concentra 60% da produção leiteira do estado. O VI Simpósio da Vaca Leiteira terá uma ampla programação, que será realizada no Centro de Eventos da Universidade.

Confira a programação de palestras:
- Impacto da mastite sobre a qualidade do leite, com Mônica Cerqueira (UFMG)
- Impacto da nutrição na composição e qualidade do leite, com Leopoldo Braz Los (Frisia Cooperativa Agroindustrial)
- Indicadores para avaliar a qualidade físico-química do leite, com Marcelo Bonnet (Embrapa)
- Eficiência produtiva e qualidade do leite em cruzamentos de vacas holandesas e jersey, com André Thaler (UDESC)
- Desmistificando conceitos dos efeitos do leite sobre a saúde humana, com Rogério Friedman (UFRGS). (Fonte: UPF)
 
 
8º Seminário Produtor de Leite Piá 

Está acontecendo em Marau, o primeiro dia do 8º Seminário Produtor de Leite Piá. O evento é promovido pela Cooperativa Piá com objetivo de trazer informação e novas tecnologias ao produtor de leite, fortalecendo a cadeia e buscando a fidelização. No evento estão presentes 280 associados produtores. (Cooperativa Piá)


Preços LTO 

O cálculo da média mensal de preços do leite em abril de 2019 foi de € 33,21/100 kg, [R$ 1,51/litro], para o leite padrão. Queda de € 0,30/100 kg em relação ao mês anterior. Quando comparado com abril de 2018, a média de preços aumentou € 0,85/100 kg, ou 2,6%. Pela primeira vez, desde março de 2018, a média de preço foi maior do que um ano atrás.

Entretanto, foi um movimento, relativamente pequeno, nos preços, pois a média geral caiu ligeiramente. Isso foi em decorrência dos efeitos sazonais. As maiores baixas foram registradas na Dairy Crest e Sodiaal, com -€2,27 e -€1,00 por 100 kg de leite padrão, respectivamente. A queda foi essencialmente pelas retiradas das bonificações sazonais.

A Milcobel também reduziu os preços em € 1,00 por 100 quilos de leite, enquanto a italiana Granarolo aumento € 1,00/100 kg.

Nos Estados Unidos da América (EUA) os preços estão subindo consistentemente, em relação aos baixos níveis anteriores. Pelo segundo mês consecutivo, o leite Classe III teve aumento de € 2,00/100 kg. O surpreendente é que esse aumento é decorrente do aumento nos preços das proteínas.

A Fonterra reduziu a projeção dos preços para a temporada 2018/19. Sem as variações cambiais, houve decréscimo de aproximadamente € 0,80/100 kg de leite padrão. Para a próxima temporada, que começou no dia 1º de junho, a Fonterra anunciou o preço na faixa de NZ$ 6,25-7,25/kgMS. Isso difere da forma como eram anunciados os preços em anos anteriores. O preço final do leite para a temporada atual deverá ser de NZ$ 6,35/kgMS, com bonificação na faixa de 10-15 centavos, totalizando NZ$ 6,475.

A média de preço caiu levemente, principalmente em decorrência da compensação feita nos preços pela Glanbia. Apenas a Glanbia, a Hochwald e a Danone diminuíram os preços aos seus produtores. Os preços do leite caem sazonalmente no início da temporada quando a produção chega ao seu pico em abril e maio. O gráfico mostra que os preços de 2019 acompanharam o padrão de anos anteriores.  

A Fonterra mantém a previsão do preço em NZ$ 6,45 (faixa de NZ$ 6,30-NZ$ 6,60/kgMS) e a projeção dos dividendos é entre 15 e 25 centavos. A estação 2018/2019 abriu com o preço projetado de NZ$ 7,00/kgMS.

Nos Estados Unidos o leite Classe III, expresso em dólar aumentou de US$ 13,89/cwt, [R$ 1,24/litro], em fevereiro, para US$ 15,96/cwt, [R$ 1,39/litro], em abril. O aumento ocorreu basicamente pela bonificação da proteína. É o segundo mês consecutivo, que em Euros, o aumento é mais de € 2,00/100 kg. E isso pela melhoria nas cotações das proteínas. (LTO Nederland – Tradução livre: Terra Viva)
 
DPA Brasil
Representantes de diversas áreas da DPA Brasil estiveram na AgTech Garage, em Piracicaba, para conhecer as propostas de 10 startups participantes do 2º Circuito de Startups DPA. Foram apresentadas soluções bastante inovadoras, que vão desde temas como inteligência artificial a automação e robotização. É a DPA atenta as últimas novidades e tecnologias! (DPA Brasil)

Porto Alegre, 05 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 2.994

   Santa Maria recebe primeiro debate das INs 76 e 77 após mudanças entrarem em vigor

O otimismo deu o tom no primeiro debate sobre as Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura (Mapa) após as mudanças entrarem em vigor. Desde o dia 30 de maio, ambas trouxeram uma série de alterações que modificam a forma de produção, coleta e armazenamento do leite cru. Na tarde desta terça-feira (04/06), representantes de entidades ligadas ao setor, produtores e estudantes lotaram o auditório do Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria (USFM) para discutir o tema - que já faz parte da pauta da cadeia produtiva do leite. 

A abertura do evento ficou a cargo do reitor da UFSM, doutor Paulo Afonso Burmann, que citou a importância da realização da discussão dentro da Universidade, promovendo a aproximação dos acadêmicos com a cadeia produtiva. Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, a regionalização da discussão sobre as INs 76 e 77 é extremamente benéfica para os produtores, tendo em vista que engloba representantes específicos de cada região. 

Durante o evento, que reuniu cerca de 150 pessoas, técnicos e especialistas apresentaram as principais mudanças das INs e reforçaram a intenção da cadeia produtiva em se adequar a todas as normas estipuladas pelo Mapa. Também citaram projetos já consolidados que tratam da qualidade do leite, como o Programa de Sanidade Total, desenvolvido pela CCGL, que engloba um projeto de certificação de propriedades livres de brucelose e tuberculose e que foi apresentado pela médica veterinária e produtora Lisiane Griceu. O Programa Mais Leite Saudável, desenvolvido pela Mapa, foi apresentado pelo médico veterinário do Mapa Roberto Lucena. Representando as indústrias de leite do Estado, o zootecnista da Latvida Marcelo de Freitas defendeu o empenho do setor para se adequar às mudanças. “Depois que a lei é formulada, cabe-nos cumprir, só temos que trabalhar para isso”, frisou.  Além disso, Freitas citou o programa de controle de brucelose e tuberculose desenvolvido pela empresa que integra o projeto Mais Leite Saudável. 

Favoráveis às mudanças apresentadas nas INS, os produtores também puderam explanar seu posicionamento.  De acordo com o produtor Conrado Kunert, adequar-se às normas não é problema, o gargalo maior está direcionado à infraestrutura. Segundo ele, as más condição das estradas e o fornecimento precário de energia elétrica estão entre os pontos que encarecem a produção de leite. “Desde setembro de 2018 estou trabalhando com gerador de energia, pois a energia fornecida na propriedade não é suficiente para utilizarmos a ordenha robotizada e o refrigerador”, destacou.

A médica veterinária da Secretaria da Agricultura Karla Pivato apresentou os avanços conquistados com a Lei do Leite. A médica veterinária do Mapa Milene Cé desmembrou as mudanças apresentas nas IN’s,e reforçou que a primeira média geométrica trimestral será coletada apenas em setembro, a partir dos resultados de junho, julho e agosto de 2019, ponto bastante tencionado pelos produtores de leite. 

O evento foi encerrado com uma mesa redonda sobre os temas discutidos na reunião. A série de reuniões sobre as INs 76 e 77 é uma promoção da Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), da Secretaria da Agricultura, do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS e Univates. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Crédito: Camila Silva

 
 
                 
 
Sindilat participa do Intercâmbio de Lideranças Setoriais em Brasília

Representantes da indústria da alimentação do Brasil estiveram reunidos em Brasília nesta semana (dias 3 e 4) em Brasília para debater temas de interesse do setor e compartilhar experiências em gestão visando o fortalecimento da cadeia, da rede sindical e do sistema de representação da indústria. A 5ª edição do Intercâmbio de Lideranças Setoriais foi realizada na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e contou com a participação do presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra. 

A participação gaúcha foi intermediada pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e possibilitou o encontro de sindicatos de diversos estados do país. “Compartilhamos boas práticas sindicais e debatemos assuntos de interesse do setor de alimentos”, destacou o presidente do Sindilat. De acordo com Guerra, os temas em pauta envolveram desde negociações coletivas após a reforma trabalhista e projeções com base nas possíveis aprovações das reformas previdenciária e tributária.

“Salientamos que as reformas são fundamentais para a retomada da economia e ressaltamos a importância do Sistema S para o desenvolvimento e educação profissional”, salientou Guerra. O dirigente afirmou ainda que a presença na capital federal também possibilitou uma aproximação com deputados federais para alinhar os temas discutidos no intercâmbio com o Congresso Nacional. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Miguel Ângelo de Brito Pinheiro

IN’s do leite em pauta pelo Estado 

O secretário-executivo do Sindilat conversou com a RBS TV de Santa Maria para falar sobre as mudanças com as novas INS do leite. A entrevista foi dividida com o produtor Conrado Kunert, da localidade de Rincão do Pinhal (Agudo). Já no evento de apresentação das novas regras para o leite em Pelotas, Palharini concedeu entrevista à Rádio Pelotense.  CLIQUE AQUI para conferir a entrevista veiculada no Jornal do Almoço, da RBS TV Santa Maria. (RBS TV Santa Maria/Assessoria de Imprensa Sindilat)

Curso de Juízes de Queijos 

Ocorre nesta semana a quinta edição do Curso de Juízes de Queijos, promovida pela Associação Gaúcha dos Laticinistas (AGL) com o patrocínio da Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil/RS).

O evento tem por objetivo selecionar provadores com habilidade sensorial para caracterizar vários tipos de queijos. O curso será realizado nos dias 6 e 7 de junho no Instituto de Ciência e Tecnologia de Alimentos (Icta), no Campus do Vale da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), em Porto Alegre (RS).

Conforme a diretora científica da AGL, Neila Richards, que ministrará o curso, a análise sensorial é uma ferramenta básica para o controle de alimentos em muitas indústrias. "É uma ciência utilizada como parte da pesquisa e desenvolvimento de produtos. A adoção dos conceitos e aplicação dos testes sensoriais promovem ganhos de marketing e a aceitação dos produtos no mercado. É a identificação e interpretação das propriedades que chamamos de atributos que são percebidas por meio dos cinco sentidos", destaca.

Para a especialista, o mais importante é que os juízes conheçam as características dos queijos que devem analisar como aspecto externo, aspecto da massa, coloração, odor, entre outros. "Este julgamento é extremamente importante para conduzir importantes mudanças posteriores no produto. E quem ganha com isso são os consumidores, que irão consumir produtos lácteos de empresas preocupadas com a melhoria contínua da qualidade dos produtos produzidos", salienta.

O curso de Juízes de Queijos terá carga horária total de 12 horas. Informações e inscrições podem ser obtidas pelo e-mail agl.poa.rs@gmail.com. (Página Rural)

 
Leite em pó 
O produto mais exportado pelo Uruguai se desvalorizou 1,5%. O valor médio do leite em pó integral, voltou a baixar na Fonterra e acumula cinco perdas consecutivas de preço. Desta vez a queda foi de 1,5%, ficando com o preço médio de US$ 3.138/tonelada, depois de ter alcançado a cotação máxima de US$ 3.317/tonelada, em março, e o melhor valor desde dezembro de 2016. A cesta de produtos lácteos também apresentou queda de 3,4% (US$ 3.423/tonelada), registrando a segunda queda, depois de onze elevações consecutivas. A maior perda foi o queijo Cheddar, caiu 14% (US$ 3.950/tonelada). O leite em pó desnatado teve desvalorização de 4% (US$ 2.436/tonelada), enquanto a manteiga caiu 10,3% (US$ 4.805/tonelada). (El País – Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 04 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 2.993

   GDT

 
(GDT, adaptado pelo Sindilat)
 
                 
 

Uruguai registra queda significativa na produção e entrega de leite

A entrega de leite das fazendas leiteiras para o conjunto de unidades industriais de laticínios do Uruguai foi 9,7% menor nos primeiros quatro meses de 2019, em comparação com o mesmo período de 2018, atingindo 529,296 milhões de litros. A entrega de abril foi estimada em 133,083 milhões de litros, 12,6% a menos que no mesmo mês do ano passado.

No entanto, no acumulado dos últimos 12 meses (maio de 2018 a abril de 2019), o envio de leite foi 1,4% acima do valor correspondente a um ano atrás. Com base em informações elaboradas por técnicos do Instituto Nacional do Leite (Inale), no ano de 2018 foram enviados 2.063.383 milhões de litros, volume recorde, 17% superior ao enviado durante o ano de 2017.

Três ou quatro anos ‘asfixiados’
Mauro Curbelo, presidente da Sociedade dos Produtores de Leite de San Ramón, disse que existem várias razões para que esse declínio tenha ocorrido, entre elas, o valor que o produtor recebe pelo leite enviado às indústrias, que é avaliado em dólares e caiu de maneira notória. Isso impacta os produtores com relação aos seus problemas de caixa e o enfrentamento de investimentos importantes, por exemplo, para alimentar seus rebanhos, o que afeta os níveis de produção e, portanto, a menor entrega.

Inclusive, ele admitiu que cenário poderia ser pior, mas felizmente o preço do grão em dólares não teve aumentos relevantes. Na verdade, "já se passaram três ou quatro anos desde que fomos sufocados e, a longo prazo, isso está sendo sentido", disse ele. Em relação ao valor do leite, embora tenha havido uma leve recuperação em pesos, "começamos o ano com um valor em dólar de US$ 0,29 a US$ 0,30 por litro e agora estamos em US$ 0,26 a US$ 0,27 em média e isso está nos atingindo".

A isto devemos acrescentar uma seca que ocorreu este ano, que não foi muito pronunciada. "Ela durou no máximo 50 dias, mas aconteceu num momento chave, os pastos não cresceram bem e poucos produtores conseguem fazer um bom pastoreio de aveia, por exemplo. Os pastos não contribuíram e os campos estão auxiliando pouco", acrescentou. Ele também lembrou que a boa primavera passada gerou muito pasto e levou os produtores, a fim de economizar o máximo possível, a investir menos na suplementação de seus rebanhos "e isso também está tendo impacto”.

Menos fazendas leiteiras
Curbelo acrescentou que "devemos ter em mente que os produtores continuam fechando fazendas leiteiras. Estão fechando menos, em média uma a cada dois ou três dias". Ele mencionou que parte desses rebanhos passa para outras fazendas leiteiras, mas uma boa parte vai para frigoríficos ser abatida a fim de fazer dinheiro e pagar contas. “E isso provavelmente continuará acontecendo”. Finalmente, consultado sobre a ajuda oficial que havia para o setor lácteo, Mauro lamentou que "a pequena ajuda que foi dada, por diferentes razões, não se materializou em benefícios reais para os produtores”. (As informações são do El Observador, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

Demanda global de lácteos em alta, mas não os preços

A demanda global por produtos lácteos está aumentando, mas os preços nem sempre seguem a mesma trajetória. “A história de crescimento é fantástica. Desde 2007, o leite vem crescendo em demanda em 2,3% ou 19 milhões de toneladas por ano. Isso é quase a produção anual de leite da Nova Zelândia”, disse Torsten Hemme na conferência internacional da Alltech realizada em Lexington de 19 a 21 de maio.

O direcionador é uma população crescente e as pessoas consumindo mais, disse Hemme, fundador da rede IFCN Dairy, com sede em Kiel, na Alemanha, que monitora a dinâmica dos laticínios em todo o mundo. Nos Estados Unidos, o consumo de leite é alto, de 274 litros por ano, mas na Indonésia é baixo, com 30 litros por ano.
O relatório IFCN Dairy traça o perfil de 115 países e informou que desde 2006, o preço médio do leite era de US$ 40 por 100 kg, mas desde 2017 os preços flutuaram em 10%, então eles caíram para US$ 35 por 100 kg. Neste ano, a demanda pode superar a oferta e os preços podem melhorar um pouco.

A demanda por leite não crescerá em mercados maduros como os EUA, a Austrália ou a União Europeia, mas a prosperidade na China deverá registrar um aumento no consumo. A Índia é o produtor número um em volume de leite com um modelo agrícola de duas vacas por fazenda. Cinco por cento de crescimento por ano é esperado.

Segundo o relatório, os terceiros maiores produtores são UE, Brasil e Nova Zelândia. Rússia, Ucrânia, sudeste da Europa, Japão e Noruega são grandes produtores, mas viram um declínio na produção de leite. O Japão e a Coreia do Sul mostram um declínio contínuo na produção, mesmo com o apoio do governo e o investimento do setor. Algumas partes da UE também mostrarão enfraquecimentos, mas membros como a Irlanda experimentaram uma enorme expansão nos últimos anos.

Fatores para a produção de leite incluem elementos naturais como clima, terra e água. Nas regiões que sofrem secas, os fornecimentos de ração foram limitados e a produção caiu. Além disso, a Rede IFCN encontrou grandes flutuações no custo de produção que variam de US$ 20 a US$ 105 por 100 kg. O estudo da rede dividiu a produção em três segmentos.

Os produtores domésticos são aqueles com uma a 10 vacas e são comuns no sul da Ásia, Paquistão e Índia, onde 90% das fazendas possuem menos de 10 vacas. A próxima é a agricultura familiar com 10 a 100 vacas e isso é visto na UE e na América Latina. Fazendas maiores, com 100 a 300 vacas por fazenda, geralmente têm funcionários e investimentos. Este modelo prevalece nos EUA, onde rebanhos de 1.000 vacas ou mais estão se tornando mais comuns.

O estudo também analisou o impacto ambiental do setor e descobriu que apenas 2,7% das emissões globais de gases de efeito estufa provêm de laticínios. As pessoas que pensam que a substituição do leite salvará o planeta estão equivocadas, disse Hemme. (As informações são do The Western Producer, traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 
Produção/Oceania
Em abril a produção de leite da Austrália retrocedeu 13,7% e na Nova Zelândia caiu 8,4% em relação a abril de 2018. Do outro lado, as importações de produtos lácteos pela China aumentaram, tanto em quantidade como em valor. Na Austrália a queda foi provocada em decorrência da seca e dos altos custos dos insumos. A expectativa é de que, nos primeiros dez meses da temporada, a produção tenha diminuído 7,3%.  Na Nova Zelândia, o leite produzido em abril caiu 8,4% em relação a abril, mas, a captação da Fonterra foi 9% menor em relação ao ano anterior. Nos primeiros 11 meses da temporada 2018-19, a Nova Zelândia aumentou sua produção de leite em 2,3% no total.As exportações da Nova Zelândia continuam crescendo (12,9% em abril de 2019), mas, existe preocupação relacionada ao vírus da peste suína africana que está dizimando os planteias de preços da China. Consequentemente, haverá redução na compra de alimentos para suínos na Nova Zelândia.
China aumenta as importações lácteas
Por outro lado, a demanda de produtos lácteos por parte da China continua sendo alta no primeiro trimestre do ano. Entre janeiro a abril as importações cresceram 17,3% em quantidade, e 20,4% em valor. A Oceania é a região de maior oferta de lácteos, seguida pela União Europeia (UE). Ambas fortalecem suas posições graças à guerra entre Pequim e Washington. (TodoElCampo – Tradução livre: Terra Viva)

Porto Alegre, 03 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 2.992

   Mudanças nas INs 76 e 77 são tema de reunião em Santo Cristo
 
A cidade de Santo Cristo, região Noroeste do Rio Grande do Sul, é palco de mais um debate sobre adequação de produtores e indústrias de laticínios às Instruções Normativas (INs) 76 e 77, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As novas regras já estão em vigor, desde o último dia 30 de maio e alteram alguns artigos sobre a  forma de produção, coleta e armazenamento do leite cru. O evento ocorre no dia 13 de junho, às 13h, no Centro Cultural José Paulino Stein (Rua Dom Hermeto Pinheiro, 771). As inscrições são gratuitas, limitadas a 558 lugares e podem ser realizadas pelo link: https://bit.ly/2XaMg7Z.

A reunião tem o objetivo de mostrar que não é impossível a adequação às normativas que visam a qualidade do leite. Segundo o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, a ideia é que as pessoas saiam do evento sem dúvidas. "Por meio de dados, os especialistas mostram as vantagens para toda a cadeia produtiva do leite ao se adequarem às exigências", ressalta.

O encontro é promovido pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), Secretaria da Agricultura, Sindilat, Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, Unijuí, Fema, Setrem, Sintralog, AMGSR, CRMV/RS e Prefeitura Municipal de Santo Cristo. 

A programação inclui palestras sobre a Lei do Leite, aspectos de inspeção do leite que modificam a partir das INs 76 e 77 e sobre o Plano de Qualificação de Fornecedores de leite. O encontro contará ainda com depoimentos de produtores e integrantes da indústria sobre o Programa Mais Leite Saudável e com uma mesa redonda com especialistas da área, na qual os ouvintes poderão fazer perguntas ao vivo e via WhatsApp pelo número (51) 9 89091934. O evento terá transmissão simultânea por meio do Facebook do Sindilat (https://facebook.com/sindilatrs/). (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
                 
 
Serafina Corrêa reúne pequenos produtores para discutir sobre o setor lácteo

O 1° Encontro de Bovinocultores de Leite, realizado na cidade de Serafina Corrêa, centro-oeste do Estado, reuniu aproximadamente 90 pessoas com o objetivo de discutir o cenário do leite na região e estimular produtores a não saírem da atividade leiteira. O evento, promovido pela Emater/RS-Ascar, contou com a participação de diversas entidades, entre elas, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat),  a Cooperativa dos Produtores de Leite (Coperlate) e o Serviço Nacional De Aprendizagem Rural (Senar/RS) no painel que abriu o evento, na última quinta-feira (30), no Clube dos Motoristas do município.

As entidades apresentaram um resumo da situação do leite na região que, segundo o engenheiro agrônomo da Emater Leandro Ebert, é preocupante, dados os baixos índices de produtividade. "O leite vem perdendo importância nos últimos anos e as famílias acabam investindo em outras atividades", explica Ebert.

De acordo com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a atividade leiteira é uma das que mais rentabilidade oferece por hectare. "O objetivo do painel foi mostrar que a partir de bons controles e acompanhamento é possível reverter a baixa produtividade", afirma Palharini, que aproveitou o evento para expor aos participantes algumas tendências do mercado internacional e doméstico. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

Crédito: João Carlos Santos da Luz
 
 

Compartilhando o saber no agronegócio

A tecnologia potencializou a integração entre pessoas, agilizou a troca de dados e, por mais contestações que se possa fazer sobre a profundidade dessas relações, é preciso compreender que vivemos na era do compartilhamento, seja nas relações interpessoais ou profissionais.

No entanto, no ambiente corporativo, há um abismo quando se fala em compartilhamento de estratégias ou de pesquisas. Apesar de muitas empresas conviverem nos chamados coworkings, projetos, experiências e pesquisas seguem trancados a sete chaves. Isso porque o empresariado brasileiro ainda não internalizou o conceito tão difundido entre as novas gerações. Quando lidam com a concorrência, a maioria dos executivos ainda vê um rival voraz à frente sempre pronto para atacar seu mercado e uma fatia de seu lucro. Ledo engano.

Algumas das iniciativas mais exitosas no mundo estão atreladas ao ambiente cooperativo, onde grupos de empreendedores unem-se por um objetivo coletivo que, em alcançando o sucesso, logo adiante, elevará todos a patamar superior. O conceito não é novo e está expresso no estudo de equilíbrio proposto pelo matemático norte americano John Nash ainda nos anos 1940. Mas, se história e economia nos sinalizam que o bem de todos é o caminho para o sucesso individual, porque não exercitamos esse olhar colaborativo? A resposta repousa na crença de que, na era da informação, "o segredo ainda é a alma do negócio" e que dividi-lo pode ser ameaçador. E muitas vezes o é. Mas nem sempre.

Felizmente, muita gente vem pensando diferente. Recentemente, um grupo de 32 cooperativas gaúchas decidiu mostrar que conhecimento pode, sim, ser compartilhado. Para isso, criou a Rede Técnica Cooperativa (RTC), um centro de inteligência onde, técnicos trabalham para buscar soluções para dilemas coletivos. A expectativa é que a iniciativa renda frutos à produção agrícola gaúcha, uma vez que os cooperados envolvidos movimentam 50% da safra de grãos do Rio Grande do Sul.

Alinhando esse trabalho, a RTC promove nos dias 5, 6 e 7, em Gramado, sua primeira jornada técnica, um momento de reflexão e alinhamento para o futuro do agronegócio gaúcho. A meta é sinalizar quais as melhores formas de produzir mais, melhor, obter a máxima produtividade e rentabilidade com o mínimo impacto ambiental. As respostas não são simples nem surgirão em um passe de mágica. É preciso ter em mente é que a solução não chegará antes de trabalharmos duro. Um caminho que, sem dúvida, será bem mais curto se for percorrido de mãos dadas, integrando experiências de campo, pesquisa e investigação agrícola. E, mais do que isto, permitindo a aplicação e o acompanhamento dos resultados econômicos nas propriedades, o que assegura a manutenção dos produtores na atividade de forma competitiva e global. (Caio Vianna, Presidente da CCGL/Zero Hora)

O Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat/RS) promove amanhã, às 13h em Santa Maria reunião sobre as instruções normativas  nº 76 e nº 77, que entraram en vigor no dia 30 de maio. O evento tem como objetivo esclarecer dúvidas de produtores, indústrias e de prefeituras de cidades do interior sobre adequação às normas.
Local: auditório do Colégio Politécnico, na Av. Roraima, 1.000 em Santa Maria.
Inscrições podem ser feitas através do link https://bit.ly/2YLNAid (Jornal do Comércio)

Porto Alegre, 31 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.991

   Reunião que debate as mudanças nas INs 76 e 77 chega a Ijuí

A reunião sobre as Instruções Normativas (INs) 76 e 77 que entraram em vigor no último dia 30 de maio, alterando a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru, chega a região Noroeste do Estado, na cidade de Ijuí (RS). O evento será realizado no dia 12 de junho, às 13h, no Salão de Atos Argemiro Jacob Brum da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí) - Rua do Comércio, 3000 – Bairro Universitário. As inscrições são gratuitas, limitadas a 558 vagas e podem ser realizadas pelo link https://bit.ly/2HXTntY.

A iniciativa tem o objetivo de esclarecer dúvidas de produtores, indústrias e de prefeituras do interior do Estado sobre a adequação às normas. De acordo com o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, essas mudanças buscam um ajuste ainda maior  na qualidade do leite e favorece toda a cadeia produtiva, principalmente o consumidor. "As novas regras aumentam  os controles e as responsabilidades do processo produtivo para a indústria. Mas, para que isso se concretize na propriedade rural, a mesma terá de ter uma boa infraestrutura. Também é necessária uma boa estrutura viária e acesso à energia elétrica, o que requer a participação das prefeituras e Governo do Estado", afirma.

A programação inclui palestras sobre a Lei do Leite, aspectos de inspeção do leite que se modificam a partir das INs 76 e 77 e sobre o Plano de Qualificação de Fornecedores. O encontro contará ainda com depoimentos de produtores e da indústria sobre o Programa Mais Leite Saudável e com uma mesa redonda com especialistas da área, na qual o público poderá fazer perguntas ao vivo e via WhatsApp pelo número (51) 9 89091934. O evento terá transmissão simultânea por meio do Facebook do Sindilat (facebook.com/sindilatrs/).

O encontro é promovido pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), Secretaria da Agricultura, Sindilat, Apil, Famurs, Sistema farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS, Unijuí e Prefeitura Municipal de Ijuí. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

                 
 

Leite: setor teme não conseguir se adaptar às novas regras de produção

As instruções normativas 76 e 77 que modicam regras importantes de produção, transporte e armazenamento de leite cru começaram a valer nesta quinta-feira, dia 30. Em nota, o Ministério da Agricultura informa as INs abrangem desde a organização da propriedade rural, suas instalações e equipamentos, até a formação e capacitação dos responsáveis pelas tarefas cotidianas, o controle sistemático de mastites, da brucelose e da tuberculose. 

As normas mantêm o padrão de contagem bacteriana para o leite cru refrigerado na propriedade rural de 300 mil unidades por mililitro, vigente desde julho de 2014. Produtores que ultrapassarem, por três meses consecutivos, o nível aceitável deixarão de fornecer para laticínios. 

“Diante dos dados de qualidade obtidos pela Rede Brasileira de Laboratórios de Controle de Qualidade de Leite (RBQL), a situação atual ainda não permite uma redução de padrão, sendo necessária a adoção de outras ações para avançar nos índices de qualidade”, disse na nota Ana Lúcia Viana, diretora de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária. 

Para as indústrias, o padrão de contagem bacteriana foi estabelecido em 900 mil unidades por ml, para que o leite, após o transporte, mantenha a qualidade obtida na origem. Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS), Alexandre Guerra, o Ministério da Agricultura levou em conta a regra europeia, o que não pode ser aplicado no estado. “Na Europa, o volume de leite produzido por agricultor é maior, mas, por aqui, não. Temos que coletar leite de muitos produtores para encher um caminhão, o que faz com que muitas vezes o produto demore para chegar à indústria”, pondera o dirigente. 

O setor industrial reconhece que a medida serve para trazer mais qualidade ao produto, porém, acredita que deveria ter mais tempo para se adaptar às mudanças. “Não vemos problema em cumprir o regramento, mas esperávamos um período de transição. Isso foi solicitado ao Ministério da Agricultura quando a lei foi redigida”, diz Guerra. 

Milene Cristine Cé, auditora scal federal agropecuária do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Sul, lembra que o limite de contagem bacteriana total foi estabelecido em novembro do ano passado. “Os efeitos práticos serão vistos a partir de novembro de 2019, quando teremos uma média. Só então noticaremos ou multaremos as empresas em que a medição car fora dos padrões”, diz a auditora. “Para atender este padrão, é necessário que os estabelecimentos revisem a sua logística de coleta, as condições dos tanques dos caminhões transportadores, e os procedimentos de higiene deles. São procedimentos que visam amenizar a multiplicação bacteriana e fornecer produtos de maior qualidade ao consumidor”, disse Ana Lúcia.

Outra mudança importante diz respeito à temperatura do leite na chegada à indústria, que passou de 10ºC para 7ºC. Em casos excepcionais, em que o processo enfrente problemas nas estradas ou desastres naturais, o limite será estendido a 9ºC.

A Comissão Técnica Consultiva do Leite (CTC/Leite), a ser criada com a participação dos integrantes da Câmara Setorial do Leite e Derivados e das secretarias do ministério, vai acompanhar a aplicação das normas. (Canal Rural)

Produção/EUA

Em abril houve queda de 1.000 cabeças de vaca, depois de terem caído 17.000 cabeças em março, de acordo com o Serviço de Estatísticas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América (NASS). 

A produção de leite ficou praticamente inalterada (+0,1%) em relação a um ano atrás, depois de ter caído 0,6% em março. A produtividade por vaca subiu 1% na comparação anual. Este ano começou promissor, porque as vendas de leite fluido haviam caído 0,6% em janeiro. Mas, as vendas terminaram o inverno, com queda de 4,7% em março, quando comparado com o mesmo mês de 2018, e apresentou a maior queda na comparação anual desde setembro do ano passado. A venda média dos produtos lácteos líquidos caiu 2,5% em relação ao primeiro trimestre de 2018.

A produção de manteiga, leite em pó e queijo nesse primeiro trimestre acompanhou a produção de leite e mostrou pequenas alterações em relação ao ano anterior. A produção de manteiga e leite em pó caiu 1% de janeiro a março, e a produção de queijo ficou inalterada. O queijo típico Americano, teve queda de 1% em sua produção, enquanto outros tipos de queijos (principalmente os italianos) subiram 0,5%.

O preço do leite destinado ao mercado de queijo (leite Classe III) teve a média de US$ 14,30/cwt durante o primeiro trimestre, em comparação com os US$ 13,87/cwt um ano antes. O mercado de queijo foi o mais dinâmico nos últimos três meses, já que o preço do leite Classe III aumentou quase US$ 1/cwt tanto em março, quanto em abril. As cotações semanais do queijo cheddar ficaram estáveis nas últimas semanas, sugerindo que o preço do leite Classe III, em maio, pode não ter nova alta.

Os preços no atacado da manteiga ficaram parados nos primeiros quatro meses de 2019, variando entre US$ 2,25 e US$ 2,28/pound, [R$ 19,69/kg e R$ 19,96/kg]. Os preços em maio reagiram, e subiram perto de 10 centavos acima da média dos quatro meses anteriores. Os estoques de manteiga no final de abril caíram 5% em relação ao ano anterior, contra apenas 1% a menos no início do mês. O aumento dos preços em maio pode ser um indicativo de que os estoques continuam a cair.

O preço do leite em pó desengordurado (NDM) no varejo apresentou a mesma estabilidade da manteiga nos quatro primeiros meses do ano, ficando na faixa de 97 e 99 centavos por pound, [R$ 8,49/kg e R$ 8,66/kg]. Esses preços são 37% maiores do que os registrados um ano atrás, e 9% a mais em relação ao último trimestre de 2018. As exportações de leite em pó subiram 18% entre 2017 e 2018 e o aumento dos preços refletiu nas exportações. Em março, foram 9% menores do que as verificadas em março de 2018, e, no primeiro trimestre, caíram 10%.

O NASS-USDA estima que o preço do leite recebido pelos produtores em março (última data disponível) foi US$ 17,50/cwt, [R$ 1,58/litro]. Até o final de 2018, esse preço foi de US$ 16,60/cwt, [R$ 1,50/litro], e no ano anterior US$ 15,70/cwt, [R$ 1,42/litro]. A elevação do preço do leite Classe III durante abril, deve ajudar na média de todos os leites de abril, no final do mês. Além disso, o ligeiro aumento nos preços da manteiga e leite em pó agora em maio e a estabilidade nos preços do queijo sugerem que o preço ao produtor, em maio, será similar ao de abril.

As perspectivas para os meses de verão vão depender da demanda de queijo e o volume de vendas do leite fluido que podem variar entre 1% e 2% em relação a um ano atrás. Com a produção de leite neste trimestre de verão semelhante à do ano passado (menos vacas no rebanho sendo compensado por maior produtividade animal), e ganhos modestos no queijo, sugerem que o preço pode ficar na média em torno de US$ 18,00/cwt, [R$ 1,63/litro], acima dos US$ 16,00/cwt registrados em 2018. (Dairy Herd – Tradução livre: Terra Viva)

 
RS: aumento de focos de raiva resulta em alerta sanitário
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Rio Grande do Sul emitiu alerta sanitário para a raiva dos herbívoros e está orientando os produtores rurais a vacinarem ou revacinarem os rebanhos para prevenir a doença. O alerta foi emitido com base em situações registradas no Estado, como a incidência de agressões do morcego-vampiro a bovinos. Em nota, a Seapdr informou que até o dia 22 de maio, a Divisão de Defesa de Sanidade Animal (DSA) registrou a incidência de 28 focos em 17 municípios, representando 82,3% de todos os 34 focos registrados em 24 municípios em 2018. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)

Porto Alegre, 30 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.990

   Novas regras para o leite elevarão custos na cadeia produtiva

 
Criadas para aumentar a qualidade e a durabilidade do leite, as instruções normativas 76 e 77 entram em vigor nesta quinta-feira no país ainda gerando dúvidas na cadeia produtiva. Embora não tragam mudanças para os consumidores, as novas regras ampliam exigências que deverão pesar no bolso das indústrias e dos produtores. Do ponto de vista da indústria, duas mudanças preocupam. A primeira é a exigência de que a matéria-prima chegue ao laticínio com até 7ºC - com tolerância até 9ºC. Até então, o limite era 10ºC. Para que isso aconteça, o produtor deve entregar o leite a 4ºC. O problema é que isso depende de uma série de fatores, como a qualidade da energia elétrica nas propriedades - para manter as temperaturas nos tanques de armazenamento do leite -, e envolve até mesmo o fato de que o produto é coletado em diferentes fazendas. "Em quais circunstâncias será aceito esse limite?", questiona Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat). 
 
Segundo ele, não há um dado preciso, mas estima-se que metade dos produtores ainda tenha que fazer ajustes para se adaptar às normativas. Outra novidade é a definição de um limite de contagem de padrão em placas (cpp). O indicador permite saber qual o teor da presença de bactérias em uma amostra de leite, e o limite determinado é de 900 mil unidades formadoras de colônias por ml (UFCs). O problema, neste caso, é o transporte. Muitas vezes a carga leva até 12 horas para chegar à indústria e, nesse meio tempo, esquenta, formando um ambiente ideal para a proliferação de bactérias. Darlan destaca que, para garantir que o limite seja observado, as indústrias poderão ter que alterar rotas de coleta. Para as indústrias que ultrapassarem esse limite, autos de infração poderão ser emitidos. "Como a maioria ainda não atingiu esse limite, que é novo, as indústrias estão apreensivas". Ele defende que adiar a cobrança para o prazo de um ou até dois anos daria tempo ao segmento para adequação. O Ministério da Agricultura deve se manifestar até o dia 30 sobre essa demanda, disse Palharini. Para que esse limite seja alcançado, o produtor terá que entregar o leite com 300 mil ufcs por ml.
 
O produtor que entregar a matéria-prima três meses seguidos acima desse limite pode ter o fornecimento suspenso. "Não acho que isso ajude a garantir a qualidade. O produtor vai buscar outra indústria que não tenha SIF para vender esse produto, pois depende desses recursos para se sustentar", avaliou Thiago Martins, assessor-técnico da CNA. Para ele, a normativa deveria determinar que as empresas orientassem esses produtores em vez de suspender as aquisições. As normativas, contudo, estabelecem que as indústrias terão que elaborar um plano de qualificação para os produtores. "Para quem já oferece assistência técnica ao produtor, isso será mais fácil. Do contrário, será mais um custo", pondera Palharini. As indústrias também deverão realizar análises de resíduos de antibióticos em amostras uma vez por mês. "É um custo que as empresas não tinham antes", afirmou Palharini. Segundo ele, isso representaria um aumento de R$ 300 mil para os laticínios gaúchos. "Mas isso também é investimento, pois evita o descarte de produtos fora do padrão".
 
Outra alteração prevista é a proibição do uso de tanques de imersão - no qual a temperatura do produto é mantida/reduzida em latões submersos em água gelada. Embora a maioria dos produtores trabalhe com tanques de expansão, isso representará um custo para aqueles que tiverem que migrar. Um tanque com capacidade de 500 litros custa de R$ 5 mil a R$ 9 mil. (Valor Econômico)
 
                 
 
O que muda com a entrada em vigor das novas regras de qualidade do leite
 
Entram em vigor nesta quinta-feira (30) duas normativas referentes a padrões de qualidade do leite processado no país. Depois de seis meses até a vigência, as novas regras (IN 76 e 77) trazem mudanças importantes nos processos da relação entre empresas e produtores.
 
— Tudo aquilo que é para aperfeiçoamento do setor, é bem-vindo. Vai melhorar nossa competitividade porque se tenho matéria-prima de qualidade, consigo dar maior vida de prateleira ao produto — reconhece Alexandre Guerra, presidente do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat).
 
Ainda assim, diz que haverá muitas dificuldades das empresas em cumprir com exigência nova, do limite de 900 mil unidades por mililitro na contagem bacteriana total no recebimento do leite cru, na indústria:
 
— Nos testes feitos, cerca de 80% dos laticínios no Brasil não atingiram esse patamar. A indústria começa a trabalhar sabendo que o índice não será atingido. Por isso, entendíamos que deveria haver período transitório.
 
 
E a dificuldade não é reflexo de má vontade, garante o dirigente. É que o recolhimento de volumes menores e mais fracionados no Brasil, em relação a outros países usados como referência, impacta diretamente a dificuldade de chegar com o produto na plataforma de recebimento com essa contagem.
 
Auditora fiscal federal agropecuária do Ministério da Agricultura no Estado, Milene Cristine Cé reforça que o prazo para a entrada em vigor serviu justamente para que pudessem ser feitas as adaptações necessárias para a preparação:
 
— Tem muita gente boa que já está adaptada, tanto na indústria quanto nas propriedades rurais.
Os parâmetros cobrados são de qualidade, permitindo maior durabilidade e melhor sabor. O não atingimento não oferece riscos à saúde de consumidores.
 
O que muda 
• Contagem Bacteriana (CBT) na Indústria: limite no recebimento do leite cru será de 900 mil unidades por mililitro.
• Descarte de produtores: leite cru coletado nas propriedades deve ter médias geométricas de contagens de no máximo 300 mil unidades formadoras de colônia por mililitro. Índices acima em três trimestres sequenciais, levam à suspensão da coleta.
• Temperatura do leite: 7°C na indústria, podendo chegar a 9°C em casos excepcionais.
• Capacitação: empresas precisarão adotar planos com qualificação de fornecedores. (ClicRBS)
 
 
Leite/América do Sul 
 
As condições climáticas favoráveis melhoraram a produção de leite nas fazendas em todo o continente, e as temperaturas continuam caindo. Além disso, o clima seco estimulou a colheita de grãos, oleaginosas e algodão na Argentina.
 
No Brasil, chuvas espalhadas promoveram o crescimento de grãos imaturos de milho e algodão. Existe relato de muitas fazendas, sobre o alívio nos custos da alimentação concentrada, bem como a melhoria na qualidade das forragens. Os preços do leite, atualmente, estão mais equilibrados e alguns produtores estão conseguindo melhorar suas receitas, recuperando as perdas anteriores.
 
A produção de leite vem aumentando no Cone Sul. Ao contrário de algumas semanas atrás, o volume recebido nas indústrias já pode ser destinado à produção de queijo, manteiga, iogurte e doce de leite. Desta forma, as exportações de queijo, manteiga e leite em pó, dentro e fora do bloco têm sido muito mais ativas, dentro e fora do Mercosul, em comparação com o primeiro trimestre do ano em curso.
 
Enquanto isso, uma delegação de empresários chineses, visitaram o Uruguai em busca de possíveis investimentos. A delegação também se mostrou interessada em importar produtos lácteos do Uruguai, especialmente leite em pó integral. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)
 
Rússia recupera junto à OIE status de área livre de febre aftosa sem vacinação
O Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) anunciou que o país recuperou o status de área livre de febre aftosa sem vacinação. De acordo com a nota emitida no dia 21 de maio, a Organização Nacional de Saúde Animal (OIE) reconheceu que o país cumpre todos os requisitos necessários para conquistar o status sanitário. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)

Porto Alegre, 29 de maio de 2019                                              Ano 13 - N° 2.989

   Municípios solicitam mais debates sobre as INs 76 e 77 pelo Rio Grande do Sul

Frente ao sucesso das imersões realizadas no interior do Estado sobre as Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura (Mapa), representantes de diversas entidades municipais estão entrando em contato com o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) para solicitar a realização dos eventos.

Uma delas foi o Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) de Rio da Várzea, cujo presidente, Joel Rubert, se reuniu com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, na última segunda-feira (27/5). Na ocasião, ele solicitou a realização de um debate sobre as INs na cidade de Palmeira das Missões.

Para Palharini, levar o evento para as cidades do interior do Estado é uma oportunidade para sanar dúvidas quanto à adequação das normativas que alteram a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru a partir desta quinta-feira (30/5). "Estamos em contato com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com a Secretaria da Agricultura do Estado e as outras entidades para verificar a disponibilidade da reunião ocorrer também em Palmeira das Missões", afirma.

As próximas reuniões ocorrerão no mês de junho em Santa maria (4/6), Pelotas (5/6), Ijuí (12/6), Santo Cristo (13/6) e Frederico Westphalen (14/6). As inscrições gratuitas podem ser feitas pelos links listados abaixo. As vagas são limitadas, mas os eventos serão transmitidos em tempo real pelo facebook do Sindilat.

Confira a agenda:
- 04/6 - Santa Maria: das 13h às 17h15, no auditório do Colégio Politécnico – Prédio 70, localizado na Avenida Roraíma, 100. Inscreva-se pelo link: https://bit.ly/2YLNAid

- 05/6 – Pelotas: das 13h às 17h15, na Embrapa, localizada na BR-392, Km 78, 9º Distrito.  Inscreva-se pelo link: https://bit.ly/2YAU4jM

- 12/6 - Ijuí: das 13h às 17h15, no auditório principal da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), localizada na Rua do Comércio, 3000.  Inscreva-se pelo link: https://bit.ly/2HXTntY

- 13/6 - Santo Cristo: das 13h às 17h15, no Centro Cultural José Paulino Stein, localizado na Rua Dom Hermeto Pinheiro.  Inscreva-se pelo link: https://bit.ly/2XaMg7Z

- 14/6 - Frederico Westphalen: das 13h às 17h15, na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), localizada na Rua Assis Brasil, 709. Inscrições em breve. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Crédito: Joel Rubert
 
                 
 

Preços/AR 

Analisando a evolução do preço ao produtor, em moeda corrente, se observa que 13,36 pesos/litro (média divulgada pelo SIGLeA - Sistema Integrado de Gestão da Leiteria Argentina) pagos em abril de 2019, alcança, pela primeira vez, o nível recebido em 2014, ano anterior à crise, segundo descreve o consultor Marcos Snyder em seu blog Darylando.com.
 
Destaca também a reconfiguração do Market Share local (depois de consolidada a compra da fábrica de Morteros e Chivilcoy (ex-Sancor) pela Adecoagro, em fevereiro de 2019), que estabeleceu uma concorrência nunca vista pelo leite cru. A tal ponto se esticou a corda da demanda que boa parte da recuperação foi obtida às custas da participação do preço final dos lácteos. Em abril de 2019 - com 34,8% - atingiu o pico mais alto desde o início da série que é publicada. (TodoAgro - Tradução livre: Terra Viva)
 

Leite/Europa 

A produção de leite de janeiro a março de 2019 caiu 0,1% em relação ao mesmo período do ano passado. A produção em março subiu 1%, em relação a um ano atrás, na União Europeia (UE).

Os aumentos nos principais países foram: Alemanha (+1,2%); Irlanda (+11,1%); Reino Unido (+4,1%). Esses crescimentos compensaram as quedas na França (-0,8%); Itália (-3,1%); Holanda (-2,4%).

Mesmo com um início de ano fraco, a expectativa é de que no segundo semestre do ano, a produção seja superior à verificada em 2018. O preço do leite em abril subiu em alguns países da Europa. A expectativa é de que esse fato seja um estímulo à produção, para equilibrar o ano.

A produção de queijos na UE, entre janeiro e março de 2019, caiu 0,1% em relação ao ano anterior. Em março a queda foi de -2,4%. Ainda assim as exportações de queijo da UE, de janeiro a março de 2019, aumentaram 2,4%. (Usda - Tradução Livre: Terra Viva)

Mercado de lácteos do Reino Unido desacelera, segundo Kantar Worldpanel

Durante o período da Páscoa, que tende a ver o crescimento de alguns laticínios, o mercado de lácteosdo Reino Unido desacelerou 1% desde o último período. Isso está de acordo com um relatório publicado pela Kantar Worldpanel.

Nas últimas 12 semanas, o crescimento diminuiu de 3,1% para 2,1%. O principal declínio veio do leite, que teve uma queda no crescimento de mais de £ 15 milhões (US$ 19 milhões) no total. Apesar disso, ainda está crescendo em £ 25 milhões (US$ 31,6 milhões) em comparação com o mesmo período em 2018.

Pequenos aumentos anuais podem ser vistos em cremes e queijo, com a receita de queijo crescendo 2,3% a partir de 2018, e a de creme, em 5,4% - o melhor desempenho de todos os produtos lácteos em comparação ao ano passado.

O declínio na receita no leite é indicativo da resposta do setor às alternativas lácteas, como produtos derivados da soja e da amêndoa.

Em 27/05/19 - 1 Libra Esterlina = US$ 1,26481
0,79064 Libra Esterlina = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)
(As informações são do FoodBev.com, resumidas e traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
 
Leite UHT 
Os preços do leite UHT e do queijo muçarela seguem em alta. De acordo com colaboradores do Cepea, as negociações permanecem em ritmo lento, a produção e os estoques seguem baixos e o preço da matéria-prima continua elevado. De 20 a 24 de maio, o preço do leite longa vida subiu 0,08%, fechando a R$ 2,6117/litro, em média. O queijo muçarela teve valorização mais expressiva no mesmo período, de 0,77%, com preço médio de R$ 2,7350/kg. (Cepea)