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Porto Alegre, 21 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.006

  Habilitação

Envolvido na abertura de novos mercados para os produtos brasileiros, o deputado federal Alceu Moreira (MDB), presidente da Frente Agropecuária (FPA), encaminhou ao Ministério da Agricultura pedido para auxiliar no processo de habilitação de plantas gaúchas dispostas a vender queijo Tipo Grana para a Rússia. 

Em pedido feito diretamente à ministra Tereza Cristina, Alceu Moreira solicitou apoio total da pasta na organização da vinda de representantes russos para visitar as plantas de laticínios no Rio Grande do Sul. 

O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, entende ser de vital importância a abertura desse mercado para que possamos mostrar a qualidade e a competitividade dos produtos lácteos gaúchos. 

“A busca de novos mercados é a meta para que o RS nas épocas de excedente de produção possa exportar e com isso oferecer ao produtor de leite uma maior estabilidade de preço”, completou Alceu Moreira. (Assessoria Deputado Alceu Moreira)
                  
 

Leite UHT

Em maio, o preço do leite UHT no mercado atacadista de São Paulo permaneceu em alta, fechando o mês com média de R$ 2,60/litro, aumento de 3,47% frente a abril/19 e de 3,62% em comparação com o mesmo período no ano passado. 

Segundo colaboradores do Cepea, esse cenário, que se deve ao alto preço no campo, não deve permanecer nos próximos períodos, devido às baixas negociações e à demanda ainda enfraquecida. Por outro lado, o queijo muçarela teve média de R$ 17,64/kg em maio, queda de 0,55% frente a abril e de 0,10% em comparação a maio/18. Em praticamente todos os dias da primeira quinzena de junho, os preços do leite UHT caíram, fechando com média de R$ 2,50/litro, queda de 3,21% frente ao mês anterior. O queijo muçarela, por sua vez, também se desvalorizou, porém, com menos intensidade. Na primeira quinzena de junho, o preço médio foi de R$ 17,56/ kg, baixa de 0,22%. Nas duas primeiras semanas de junho, laticínios reduziram suas produções e, consequentemente, seus estoques, devido às baixas negociações. A pesquisa diária de preços é realizada pelo Cepea e tem apoio financeiro da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras). (Por Munira Nasrrallah/CEPEA)

 
 

Leite/Europa 

A produção de leite na Europa Ocidental já passou do período de pico em quase todas as regiões, e caminha para s quedas sazonais. Elevadas temperaturas significam queda de produção em países como Alemanha e França, contribuindo para a redução da oferta.

Em algumas desses dois países a temperatura já chegou a 26ºC, e a previsão para a semana que vem é de 32ºC. A produção de leite na União Europeia (UE) está menor do que o previsto no início do ano. De janeiro a abril registrou crescimento em torno de 0,4% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados obtidos do site CLAL. Em abril de 2019 a produção de leite na UE foi 1,3% maior do que a registrada em abril de 2018, de acordo com a ZMB.

O leite para a produção de queijo continua sendo prioridade na Europa Ocidental. A demanda doméstica está forte, e as exportações também estão bem ativas. De janeiro a abril as exportações de queijos da UE subiram 3% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Eurostat. Os Estados Unidos compraram 7% mais queijos no período. E na outra ponta, de janeiro a abril, a produção subiu 0,7% em relação ao mesmo período de 2018.

O queijo é responsável por cerca de um terço das importações de produtos lácteos pela Rússia. Em abril de 2019 a Rússia importou quase 5,5% a mais de queijo do que em relação ao mesmo mês do ano passado. A importação de manteiga teve crescimento de 148,4% em abril. A Bielorrússia foi, de longe, o maior fornecedor de manteiga e queijos para a Rússia. (Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 
 
Preço do leite
O preço médio pago ao produtor de leite em maio registrou uma alta de quase 19% em relação ao mesmo mês do ano passado. Esse fator, junto com a redução dos preços de milho e farelo de soja, mexeu na relação de troca entre o produto e os grãos. Atualmente, para se comprar uma saca de milho são necessários 21 litros de leite, no mesmo período de 2018 esse valor era de 31 litros. No caso do farelo de soja, são necessários 48 litros por saca. Em junho do ano passado, eram necessários 65 litros. O assessor técnico da Comissão Nacional de leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Thiago Rodrigues, explica se este cenário deve continuar. CLIQUE AQUI para assistir a reportagem. (Canal Rural)

Porto Alegre, 19 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.005

  Palmeira das Missões encerra primeiro ciclo de debates sobre INs 76 e 77

A cidade de Palmeira das Missões (RS) recebeu, nesta quarta-feira (19/6), o encontro que encerra a primeira etapa do ciclo de debates que percorre o Rio Grande do Sul para esclarecer as mudanças trazidas pelas Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As regras estão em vigor desde 30 de maio e alteram a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru. O encontro ocorreu no auditório da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e reuniu diversos produtores de leite da região, que foram em busca de informação prestada por especialistas.

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, abriu o debate ressaltando a importância dos encontros que geraram esclarecimentos e proporcionaram novos caminhos para que os integrantes da cadeia produtiva possam atender às exigências do Ministério da Agricultura. “Observar questões como certificação do leite para tuberculose e brucelose agrega qualidade e benefício a toda a cadeia e diz respeito à saúde pública”, alertou. O dirigente também apresentou números que revelam a liderança do setor leiteiro gaúcho nas indenizações do Fundesa no primeiro trimestre deste ano. Foram R$ 1,07 milhão em contribuições, R$ 1,079 milhão em investimentos setoriais e R$ 24, 8 milhões de saldo até 31 de março.
 
O desempenho da cadeia no Fundesa está diretamente ligado aos resultados do Programa Mais Leite Saudável, implementado em 2017 pelo Ministério da Agricultura e que visa certificar processos dentro das propriedades rurais e que hoje já soma mais de 30 mil produtores beneficiados, conforme apresentou o médico veterinário do Mapa, Roberto Lucena. Em âmbito regional, a Lei do Leite, criada de forma pioneira no país, foi destacada pela médica veterinária da Secretaria da Agricultura do Estado Karla Pivato.  A especialista lembrou que a lei 14.835/2016 foi criada para dar maior transparência na produção, coleta, transporte e recepção do leite para a indústria.

O depoimento ficou a cargo do produtor Ari Busanello, de Boa Vista das Missões. Preocupado em se adequar aos parâmetros de qualidade, já iniciou a implantação de ordenhadeiras robotizadas em sua propriedade. Outro investimento recente foi em um compost barn, que atualmente abriga 80 vacas. “Ou investia ou parava de trabalhar”, contou. Outro exemplo positivo veio da professora da UFSM Ione Pereira Velho, que falou sobre os resultados obtidos na Escola Técnica Estadual Celeste Gobbato, instituição de Palmeira das Missões que reúne 318 alunos de 51 cidades. Segundo ela, os animais da Escola Técnica já produzem dentro dos padrões exigidos pela legislação, e citou exemplo da CBT, cuja média de vários anos está em 37,03 mil UFC/ml e, em CCS, de 271 mil/ml.
 
A veterinária do Mapa Milene Cé lembrou que as mudanças chegam para beneficiar os consumidores, que, por meio das INs, terão à disposição produtos de vida mais longa nas prateleiras.  Neste sentido, ela salientou que a interrupção da coleta do leite não adequado às normas não se dará imediatamente após o primeiro resultado negativo. Mas, sim, após um cálculo médio baseado em três meses de coleta. 

O encontro encerrou com uma mesa redonda, cujo objetivo foi responder as dúvidas dos participantes que acompanharam o evento presencialmente ou através do Facebook do Sindilat. A reunião foi promovida pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), Secretaria da Agricultura, Sindilat, Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS, Corede Rio das Várzeas, Escola Técnica Celeste Gobbato e Prefeitura Municipal de Palmeira das Missões. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Beatriz Moraes
 
                  
 

Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 18 de Junho de 2019 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matériaprima leite realizados em Maio de 2019 e a projeção dos valores de referência para o mês de Junho de 2019, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada "Leite Padrão", se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Junho de 2019 é de R$ 2,4547/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

Preço do leite longa vida caiu no atacado em junho

Foi observado um mercado mais frouxo para os derivados do leite na primeira quinzena de junho. Na comparação com o fechamento do mês anterior, os preços dos lácteos caíram 0,4% no mercado atacadista, considerando a média de todos os produtos e estados cotados pela Scot Consultoria.

Para o leite longa vida (UHT), a queda foi mais acentuada nas indústrias, de 3,6% no mesmo período. O leite longa vida fechou cotado, em média, em R$2,59/litro. Esse recuo de preços no atacado, mesmo com a produção da matéria-prima (leite cru) em queda, está atrelado a dificuldade de os laticínios escoarem a produção em patamares de preços mais altos.

No varejo, em São Paulo, o cenário foi de praticamente de estabilidade, com queda de 0,1% na primeira metade de junho, frente a quinzena anterior, na média de todos os produtos lácteos cotados. Para essa segunda quinzena de junho, a expectativa é que o mercado continue mais frouxo, tanto no varejo como no atacado, em decorrência do consumo mais enfraquecido, normalmente, observado na segunda metade do mês. 

Outro fator que contribui para esse cenário é o início das férias escolares no final de junho, que em uma época de consumo deixando a desejar é mais um fator que pode pressionar o mercado negativamente. 

Por fim, o incremento de produção da matéria-prima (leite cru) no sul do país, importante bacia leiteria nacional, também poderá contribuir com esse cenário de preços mais frouxos. (Scot Consultoria/Agrolink)

 
 
Preço/AR 

O preço que a indústria está pagando ao produtor vem tendo uma escala sem freios. Já superou os US$ 30 por litro, valor considerado base para que a atividade seja rentável. O Observatório da Cadeia Láctea da Argentina (Ocla) informou que o preço pago aos produtores de leite pelo leite cru cresceu 9,1% em maior, com relação a abril. 

A média ficou em 14,54 pesos por litro, 9,1% a mais que os 13,32 pesos por litro do mês anterior. Isso significa, alta de 56,7% em 2019, e um incremento de 130% em relação aos 6,32 pesos de maio de 2018.
Comparação

Essas variações são bem superiores ao aumento do custo de vida medido pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec): a inflação mensal foi de 3,1%, o que representa um acúmulo anual de 19,2%, e um reajuste de preços de 57,3% nos últimos doze meses.

Se bem que os produtos lácteos nas gôndolas também tenham subido mais que o custo de vida em geral (entre 6,1 e 7,5% mensal, entre 31,2 e 39,5% no acumulado de 2019, e entre 81,1 e 87,9% anual), o preço pago aos produtores supera esses índices.

Esses 14,54 pesos significam US$ 0,32/litro, [R$ 1,23/litro], superando os US$ 0,30, [R$ 1,15/litro], que é o valor mínimo considerado para que a atividade seja rentável. (Fonte: Agrovoz - Tradução livre: Terra Viva)

 
Mapa Leite 
A partir do dia 20 de junho, as capacitações ministradas pelo Senar-RS por meio do programa Mapa Leite serão realizadas na região noroeste do Rio Grande do Sul, no laticínio Tchê Milk sediado no município de Santo Cristo/RS. A primeira etapa dos treinamentos ocorreu em maio no Vale do Taquari. Os cursos são destinados a transportadores de leite e técnicos das indústrias de laticínios. O objetivo é garantir a qualidade do leite que sai das propriedades participantes do programa até a sua transformação em derivados. A primeira capacitação do Noroeste gaúcho, em 20 e 21 de junho, terá oito horas para transportadores e oito para técnicos da indústria de laticínios. Os treinamentos nessa região irão incluir temas como composição química do leite, identificação dos principais contaminantes, processo de obtenção, coleta e transporte do leite, zoonoses transmitidas pelo produto, higienização dos utensílios de coleta. Um dos pontos mais importantes é o que trata das mudanças na legislação por meio da instrução normativa 76 e 77. O Projeto Mapa Leite é fruto de uma parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Senar para fornecer assistência técnica e gerencial a 3,3 mil propriedades rurais, além da capacitação para produção, transporte e beneficiamento seguro e de qualidade. A ação está presente nos estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. (Página Rural)

Porto Alegre, 18 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.004

  Setor lácteo debate adequação às INs 76 e 77 em Frederico Westphalen

Na manhã desta terça-feira (18), entidades ligadas ao setor lácteo estiveram reunidas na cidade de Frederico Westphalen para debater a adequação às Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em vigor desde 30 de maio, e que alteram a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru. O evento aconteceu no Salão de Atos da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI) e contou com a participação de cerca de 150 pessoas, entre representantes de indústrias, acadêmicos e produtores de leite.

Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, a realização das reuniões itinerantes pelo interior do Estado têm o objetivo de sanar dúvidas da cadeia produtiva desde o manejo da ordenha até o transporte para a plataforma. "O evento conta com uma série de apresentações que incluem dados que comprovam que as INs vieram para qualificar o produto com objetivo de buscar o mercado da exportação", afirma.

Na oportunidade, Palharini expôs o desempenho do setor leiteiro nas indenizações do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), abrindo os números do primeiro trimestre de 2019.  A cadeia do leite foi a que mais arrecadou no período, com o montante de R$ 1,072 milhão. Os investimentos somaram R$ 1,079 milhão, aplicados em indenizações referentes a casos de tuberculose e brucelose, num total de 148 processos e 985 animais abatidos. Até 31 de março deste ano, o saldo era de R$ 24, 8 milhões.  Palharini destacou a importância do resultado alcançado pelo setor e lembrou que o desempenho é fruto do resultado do programa Mais Leite Saudável que, cada vez mais, busca a certificação das propriedades e amplia a conscientização sobre a importância desse trabalho dentro da cadeia produtiva. “De 2013 para cá, as indenizações vêm crescendo. Há seis anos, começamos com  um valor de R$ 1,23 milhão, e devemos encerrar 2019 com mais de R$ 5 milhões", comemora.

 A médica veterinária da Secretaria da Agricultura do Estado Karla Pivato revelou aos participantes as principais motivações para a criação da Lei do Leite. Sobre o Plano de Qualificação de Fornecedores, que integra a IN77, e o programa Mais Leite Saudável falou o médico veterinário do Mapa Roberto Lucena, que explicou as vantagens da assistência técnica dentro das propriedades. No relato do campo, os produtores Elizete e Irineu Perlin, de Caiçara (RS), deram voz às mudanças necessárias para garantir qualidade do leite de ponta a ponta da cadeia.  Atendidos pelo projeto Meu Tambo, Meu Futuro, iniciativa da Cotrifred, o casal citou que as exigências para garantir qualidade não são recentes.  “Sabíamos o que tínhamos que fazer, mas muito se deixa para depois”, reflete Elizete. Quando ingressaram no projeto,  foram capacitados e conscientizados  sobre a importância da boa gestão da propriedade e em todas as suas fases de manejo dos animais, além de priorizar a higiene e a limpeza dos equipamentos.

Após exibir um panorama geral sobre as INs 76 e 77, a médica veterinária do Mapa Milene Cé ressaltou que a interrupção das coletas poderá ocorrer após três meses consecutivos de resultados fora da média geométrica padrão. "As novas normas preveem que as empresas façam uma coleta mensal para análise da contagem bacteriana, mas nada impede que se façam mais coletas para elevar a média geométrica trimestral", avalia. Quanto à destinação do produto que não chegar na plataforma dentro da temperatura exigida, Milene informou que, por hora, o mesmo não será descartado.

No final da reunião, os palestrantes responderam as principais dúvidas dos participantes que acompanharam o evento presencialmente ou via transmissão simultânea no Facebook do Sindilat. O encontro é promovido pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), Secretaria da Agricultura, Sindilat, Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS, URI e Prefeitura Municipal de Frederico Westphalen. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Crédito: Beatriz Moraes
 
                  
 

Coopar recebe homenagem da Assembleia Legislativa do RS

Projeto de pequenos que deu certo. Assim definiu o deputado Zé Nunes (PT) sobre a Cooperativa Mista dos Pequenos Agricultores da Região Sul (Coopar), que recebeu a medalha da 55° Legislatura da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. A cerimônia de entrega do mérito ocorreu na tarde desta terça-feira (18/6), no Salão Júlio de Castilhos da ALRS. 

Segundo Nunes, a justificativa da proposição da medalha à cooperativa se deve ao seu intenso trabalho na região de São Lourenço do Sul. "A Coopar surgiu no início dos anos 90, quando não tínhamos política para agricultura familiar", lembrou. A idealização e construção da cooperativa, afirmou o parlamentar, se deu através de uma realidade adversa e desafiadora. "Se desenvolveu, cresceu e é uma referência com duas indústrias transformando leite e três unidades de recebimento de grãos". 

Além disso, a Coopar conta com mais de 4.600 famílias associadas, distribuídas em 14 municípios e, atualmente, recebe até 130 mil litros de leite por dia nas suas duas indústrias. Segundo o presidente da Coopar, Nildo Rutz, a conquista do mérito é um momento histórico. "Essa experiência mostra que vale a pena disponibilizar recursos e alavancar comunidades", finalizou Nunes, que usou a totalidade do seu tempo no Grande Expediente para homenagear a cooperativa. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

Presidente da Coopar Nildo Rutz e Deputado Zé Nunes
Crédito: Vitorya Paulo
 
 
GDT
 


 (Fonte: GDT, adaptada pelo Sindilat)

À imagem e semelhança

Espaço de articulação política no Congresso, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) conta, a partir de hoje, com uma versão na Assembleia Legislativa do Estado. Proposta por Rodrigo Lorenzoni (DEM), a Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha também quer ser referência:

- A ideia é que possamos identificar nossas demandas, para conciliarmos com as da FPA da Câmara.

Neste mês, a frente gaúcha levará representantes do setor de ovinos para reunirão com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Em julho, traz debate com a Federarroz-RS. (Zero Hora)

 
Simpósio do leite – 28/06/2019
Qualidade do leite será tema do 7º Simpósio da Vaca Leiteira. Aberto para acadêmicos e profissionais das áreas de Veterinária, Agronomia e Zootecnia, o encontro será no Centro de Eventos da Universidade de Passo Fundo (UPF), na Região Norte. A atividade é uma ação conjunta entre a UPF e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Inscrições abertas mediante pagamento na UPF ou no site portalfaurgs.com.br, no link cursos e eventos. (Zero Hora)

Porto Alegre, 17 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.003

  Entidades se reúnem para discutir inspeção sanitária no Estado 

Na tarde desta segunda-feira (17), representantes de entidades de diferentes setores, entre elas o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), estiveram reunidos na sede da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) com o secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Luis Antonio Covatti Filho (PP) e o senador Luis  Carlos Heinze (PP). O objetivo do encontro foi discutir soluções para a inspeção sanitária para cada setor no Estado.

Na oportunidade, as entidades expuseram os problemas que têm enfrentado no dia a dia das atividades. Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, essas reuniões visam a melhoria na qualidade dos produtos, através de uma boa sintonia entre empresas e fiscalização, principalmente no que se refere a procedimentos. "Nesses encontros sempre há um bom diálogo entre as entidades e o setor público, até mesmo quando há  divergências",  reflete.

De acordo com o secretário da Agricultura do Estado, Covatti Filho, a fiscalização é a peça fundamental para o sucesso dos setores. "Infelizmente, não existe um padrão de fiscalização, mas estamos trabalhando junto aos sindicatos e entidades para fazer o melhor trabalho possível", ressalta.

Ao final da reunião, Covatti Filho sugeriu que os encontros aconteçam de forma periódica para que SEAPDR tenha certeza de que as ações promovidas surtem efeito para a ponta e afirmou que irá trabalhar na criação de um conselho consultivo.

 
(Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
Crédito: Stéphany Franco
 
                 

Carlos Barbosa sedia em julho dois eventos sobre a cadeia do leite e queijos
 
Um amplo debate sobre a cadeia produtiva do leite desde a matéria-prima até o produto final é a proposta do 21º Seminário Internacional de Queijos e Leite, encontro que acontece no dia 4 de julho, a partir das 8h30min, no auditório da Cooperativa Santa Clara, em Carlos Barbosa/RS. O evento, promovido pela Associação Gaúcha de Laticinistas (AGL), contará com palestras e debates que colocarão em destaque os problemas e desafios atuais do setor leiteiro no Estado e no país. “A proposta é reunir um público de diferentes áreas, entre profissionais, pesquisadores, docentes, técnicos laticinistas e estudantes, além de congregar universidades e empresas para o intercâmbio de experiências”, ressalta a diretora científica da AGL, Neila Richards.
 
Já no dia 5/7, a AGL promove o 5º Concurso Estadual de Queijos ‘José Luís Ipar Právia’, com a proposta de ampliar o conhecimento sobre os queijos gaúchos por meio de uma disputa julgada por uma bancada eclética formada por especialistas de diversos países, como Argentina, Uruguai, Costa Rica e Equador. O corpo técnico do 5º Curso de Juízes de Queijo, ocorrido nos dias 6 e 7 de junho, também vai integrar o time de jurados. O concurso acontece a partir das 9h, no Memorial Santa Clara, em Carlos Barbosa. 
 
Uma das finalidades do concurso, que teve início em 2015, é o de reconhecer a excelência dos melhores queijos gaúchos. A premiação será Medalha de Ouro para o queijo que atingir de 95 a 100 pontos, Medalha de Prata, para pontuação de 90 a 94 e Medalha de Bronze, para o produto que atingir entre 84 e 89 pontos. “O sistema de pontuação é o mesmo aplicado em concursos internacionais e é utilizado pelas indústrias para melhorar a qualidade dos seus produtos nos quesitos que receberam baixa pontuação. Quem é o maior beneficiado é o consumidor gaúcho, que irão adquirir produtos lácteos de empresas preocupadas com a melhoria contínua dos queijos por eles produzidos”, afirma Neila. 
 
 
Serviço:  
21º Seminário Internacional de Queijos e Leite
Quando: 4/7
Onde: Auditório da Cooperativa Santa Clara – Carlos Barbosa/RS
 
5º Concurso Estadual de Queijos ‘José Luís Ipar Právia’
Quando: 5/7
Onde: Memorial da Cooperativa Santa Clara, em Carlos Barbosa / RS
(Assessoria de Imprensa Sindilat)

 
Créditos: Iran Mattos

Conseleite/MG: preço projetado do leite padrão entregue em junho aumenta para R$ 1,32

O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado de Minas Gerais (Conseleite MG) definiu um novo valor referência para o leite em Minas Gerais. O litro do leite padrão entregue em maio (a ser pago em junho) foi calculado em R$ 1,3088 e o valor projetado para o leite entregue em junho (a ser pago em julho) é de R$ 1,3203.

A Conseleite diz ainda que oferece para o produtor, além do valor referência, sua plataforma digital que gera valores personalizados para cada agricultor, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e pelo volume de produção diário individual.Conforme a associação, o valor referência serve de parâmetro para as negociações de preços entre produtores e indústrias, sendo atualizado mensalmente. Porém, destaca que o preço real alcançado por produtor depende ainda de outros aspectos, como volume, qualidade da produção, sua fidelidade junto ao laticínio, além de outros adicionais.

A associação lembra que os valores de referência referem-se ao “leite padrão”: 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas por ml, 100 mil ufc/ml e produção individual diária de até 160 litros/dia. (As informações são do Conseleite/MG)

Duas Perguntas – Alceu Moreira

Alceu Moreira é deputado federal, presidente do MDB-RS e da Frente Parlamentar Agropecuária.

Qual a sua avaliação sobre a liberação de registros de defensivos agrícolas neste ano?
A liberação de defensivos tem um rito processual a ser seguido, no qual nenhum dos passos pode ser substituído. O que acontece é que tínhamos uma série de produtos que já estavam aprovados na Anvisa, mas que, por questões puramente ideológicas, foram reprimidos. Alguns aguardavam liberação há cerca de 10 anos. O que a direção está fazendo é simplesmente liberar os produtos que já tinham seus processos concluídos.

Que reflexos esta liberação pode ter na produção agrícola nacional?
Quando um mesmo produto é utilizado durante 10 a 15 anos, a lavoura cria resistência e exige doses maiores do defensivo. Ter novas fórmulas no mercado possibilita tratarmos a nossa produção agrícola com maior precisão e segurança, tanto alimentar quanto ecológica e no momento da aplicação. O Brasil vende produtos para 192 países, e todos eles exigem exames toxicológicos. Alguém acredita que a comunidade internacional iria comprar se os produtos brasileiros não estivessem dentro dos padrões exigidos? (Zero Hora) 

Acabou a tabela
A Medida Provisória da Liberdade Econômica, que está em debate na Câmara, acaba com o tabelamento do frete. Relator da MP, o deputado Jerônimo Goergen (PP-RS) alerta que, se houver um acordo entre caminhoneiros e empresários, será possível assegurar ao menos um preço de referência. Liberal até a raiz, o texto encaminhado pelo Palácio do Planalto elimina controle artificial de preços e ainda autoriza o funcionamento de empresas em qualquer dia da semana, acabando com o debate - que ainda existe em algumas cidades - da abertura de lojas aos domingos. (Zero Hora)

Porto Alegre, 14 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.002

  Produtores de leite lotam auditório para discutir INs 76 e 77 em Santo Cristo

Com casa cheia, a cidade de Santo Cristo recebeu a reunião que debate a adequação às Instruções Normativas do Leite (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As novas regras estabelecem mudanças quanto à produção, coleta e armazenagem do leite cru e estão em vigor desde 30 de maio. O evento foi realizado na tarde desta quinta-feira (13), no Centro Cultural José Paulino Stein, e contou com mais de 500 pessoas. O encontro, que percorre o interior do Estado, tem a finalidade de esclarecer todas as dúvidas da cadeia produtiva sobre as exigências do Mapa, que visam a acabar com a concorrência desleal e aumentar a qualidade do leite.

Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, é essencial que o setor lácteo saiba que as INs vieram para, acima de tudo, qualificar o produto. Palharini, que abriu o encontro, falou também sobre o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) e exemplificou os casos em que o produtor poderá ser indenizado pelo fundo, ressaltando a importância da contribuição. ”Atualmente, o leite é a cadeia produtiva que mais arrecada para o Fundesa”, conta.

A médica veterinária do Mapa Milene Cé sinalizou que as INs 76 e 77 se complementam e lembrou que de nada vale o leite sair da propriedade com qualidade se a mesma for perdida durante o transporte até a plataforma. “As normas preveem uma coleta mensal do silo das empresas para verificar a contagem bacteriana e a temperatura”, afirmou. A interrupção das coletas poderá ocorrer após três meses consecutivos de resultados da média geométrica de três meses fora do padrão.

Sobre programa Mais Leite Saudável, que possui mais de 30 mil produtores beneficiados, e o Plano de Qualificação de Fornecedores, previsto na Instrução Normativa 77, falou o médico veterinário do Mapa Roberto Lucena. Ele explicou sobre assistência técnica e gerencial, educação sanitária, melhoramento genético e explicou o que fazer para que os padrões exigidos sejam atendidos.

A médica veterinária da Secretaria de Agricultura do Estado Karla Pivato apresentou os principais pontos da Lei do Leite. A estudante de agropecuária e estagiária da cooperativa Coopermil de Santa Rosa Carolina Finger, falou sobre sucessão familiar, a busca por especialização e a inserção dos jovens na atividade leiteira. “Se as novas regras dizem que existe uma forma de deixar o leite melhor, é necessário alterar o manejo da ordenha dentro das propriedades”, enfatizou.

O chefe do escritório municipal da Emater Vanderlei Newhaus apresentou dados sobre o uso de energia fotovoltaica e citou alguns projetos apoiados pela instituição na região. “A Emater incentiva o uso dessa energia limpa na atividade do campo”, declara. Na oportunidade, a empresa HCC Engenharia expôs aos participantes algumas informações sobre o alto custo da energia elétrica e ressaltou que a energia solar, com o tempo, torna-se mais lucrativa.

Ao final do encontro, houve uma mesa redonda para responder as perguntas de todos os participantes que acompanharam o evento, presencialmente ou através do Facebook do Sindilat. A reunião, promovida pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), Secretaria da Agricultura, Sindilat, Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS e Prefeitura Municipal de Santo Cristo, ocorrerá, ainda, nas cidades de Frederico Westphalen (18/6) e Palmeira das Missões (19/6). (Assessoria de Imprensa Sindilat)

 

 Crédito: Stephany Franco 
 
                  
IBGE: aquisição de leite atinge 6,2 bilhões de litros e tem melhor 1º tri desde 1997

Após divulgar os dados prévios na terça-feira (14/05), o IBGE divulgou no dia 13 de junho os resultados consolidados da Pesquisa Trimestral do Leite para o primeiro trimestre dede 2019.

Se a prévia apontava uma alta de 2,8% (para o primeiro trimestre de 2019) em relação ao primeiro trimestre de 2018, os dados consolidados demonstram um aumento de 3,1% em relação ao mesmo período, com uma produção de 6,2 bilhões de litros nos três primeiros meses de 2019, o maior valor desde 1997. Confira a evolução das variações trimestrais anuais no gráfico 1.

Gráfico 1. Captação formal: variação em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados do IBGE. 

Com o produtor no campo incentivado durante todo o primeiro semestre de 2019, é possível notar uma maior aceleração na produção de leite para cada mês, com um aumento de 2,3% para jan/19, 2,3% para fev/19 e 4,8% para mar/19 (ao compararmos cada mês com os valores de 2018). (A matéria foi escrita com dados do IBGE pela Equipe do MilkPoint Mercado)


Nova ferramenta de inteligência artificial da Arla prevê produção de leite das fazendas fornecedoras

A Arla Foods desenvolveu uma nova ferramenta de inteligência artificial (IA) para melhor prever a produção de leite das fazendas fornecedoras. A cooperativa de lácteos disse que isso significa que 200 milhões de quilos de leite podem agora ser utilizados melhor a cada ano, tornando a cadeia de valor da Arla ainda mais sustentável. Todos os anos a Arla coleta cerca de 13 bilhões de quilos de leite de 10.300 fazendeiros do norte da Europa.

A ferramenta IA da Arla prevê quanto leite 1,5 milhão de vacas produzirão no futuro. Antes, esse tipo de previsão levava dias para ser criado e gerado manualmente a partir de pilhas de planilhas do Excel. Mas com a nova ferramenta, leva apenas algumas horas e a previsão é 1,4% mais precisa, disse a empresa.

Michael Bøgh Linde Vinther, diretor de planejamento global de leite da Arla, disse: “quanto melhor prevemos qual será nossa 'ingestão de leite', melhor podemos planejar e otimizar toda a nossa cadeia de valor, o que melhora a rentabilidade para nossos proprietários de fazendas e impulsiona a sustentabilidade. A nova ferramenta de inteligência artificial nos fornece uma visão do suprimento de leite que nunca tivemos antes”.

Através da IA, a Arla disse que é capaz de criar a previsão de ingestão de leite a partir de uma base de dados muito mais rica. Isso inclui mudanças sazonais, o número de produtores que se convertem em novos tipos de leite, as características geográficas dos produtores e a quantidade de leite que produzem diariamente.

“Agora podemos tomar decisões estratégicas importantes de maneira mais informada. Os dados tornaram-se mais válidos, pois agora são formalizados em um sistema ‘à prova de balas’, em vez de baseados em conhecimentos individuais. É incrível ver como essa nova tecnologia é capaz de otimizar e melhorar uma tarefa até o momento muito demorada”, disse ele.

Por exemplo, agora é possível fazer a distinção entre quanto leite deve ser coletado de produtores na Alemanha do Norte e na Alemanha Ocidental, três a cinco meses antes do tempo. “Esse tipo de conhecimento é muito valioso, pois nos permite planejar e ajustar o número de caminhões da Arla que viajam pelo país. Dessa forma, podemos reduzir custos e preservar o meio ambiente para emissões desnecessárias de CO2”.

A nova ferramenta de previsão de produção de leite está sendo implementada em todos os mercados da Arla na Europa, incluindo Dinamarca, Alemanha, Suécia, Reino Unido, Bélgica, Luxemburgo e Holanda. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas pela Equipe MilkPoint)
 
Preço do leite
Em maio, o preço do leite ao produtor registrou o quinto aumento consecutivo, o que fez o seu valor saltar de R$1,34 em dezembro de 2018 para R$1,62 neste último mês, na média nacional.
Na comparação anual, as cotações nominais de maio ficaram 18,2% superiores aos valores pagos no mesmo mês de 2018. CLIQUE AQUI e confira a análise completa no Boletim Indicadores: Leite e Derivados. (Embrapa)

Porto Alegre, 13 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.001

   Sexto debate sobre as Instruções Normativas do Leite é realizado em Ijuí

Com a presença de representantes de entidades, indústrias, produtores e acadêmicos da região, o sexto debate sobre as Instruções Normativas do Leite (INs) 76 e 77, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em vigor desde 30 de maio, foi realizado na cidade de Ijuí (RS). A reunião aconteceu na tarde desta quarta-feira (12/6), no Salão de Atos da Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul (Unijuí).

O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, abriu o encontro com alguns dados sobre o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa). "Depois das últimas discussões sobre as INs, os produtores quiseram entender um pouco mais sobre o Fundesa então, como o objetivo é sanar dúvidas, eu trouxe os valores de recursos, por setor, atualizados, a fim de ressaltar a importância da contribuição ao fundo", afirma Palharini, lembrando o quão importante é levar a discussão para o interior do Estado.

De acordo com a médica veterinária da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul Karla Pivato, desde a primeira reunião, é possível notar o interesse da cadeia produtiva em se adequar às normas, que dividem a responsabilidade pela qualidade do leite com o poder público. Para o produtor da CCGL Almir Karlinski, atender às exigências do Mapa nunca foi um problema. "A minha propriedade sempre trabalhou em busca da qualidade do leite, até por isso fazemos parte do programa de erradicação de tuberculose e brucelose, visando à saúde do rebanho". 

O zootecnista e assistente técnico da CCGL, Guilherme Afonso Muller Rodigues citou a importância da assistência técnica para a produção de leite no Estado. "Não importa se é um pequeno ou grande produtor, leite se faz com assistência técnica de qualidade", declara. Sobre o Programa Mais Leite Saudável e o Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite falou o médico veterinário do Mapa Roberto Lucena, que deu um panorama geral dos projetos para os participantes.

Quanto aos aspectos de inspeção do leite, a médica veterinária do Mapa Milene Cé esclareceu que a interrupção da coleta ocorrerá quando o leite apresentar dados fora da média geométrica padrão, calculada a cada três meses pelas indústrias. Contudo, para a mesma ser retomada, basta o produtor obter um resultado dentro do padrão. "O objetivo não é prejudicar ninguém, pelo contrário, todos ganham com a qualidade do produto", pontua. 

Uma das preocupações dos produtores do setor lácteo, além da manutenção das estradas, é a falta de energia elétrica. Convidada pelo Sindilat, a empresa HCC Engenharia apresentou a energia solar como solução para a produção de leite, visto que é uma energia renovável e, com o tempo, acaba se tornando mais barata. 

O encontro encerrou com uma mesa redonda, cujo objetivo foi responder as dúvidas dos participantes que acompanharam o evento presencialmente ou através do Facebook do Sindilat. A reunião foi promovida pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), Secretaria da Agricultura, Sindilat, Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS, Unijuí e Prefeitura Municipal de Ijuí. 

As próximas cidades que receberão o evento no mês de junho são Santo Cristo (13/6), Frederico Westphalen (18/6) e Palmeira das Missões (19/6). (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 

Crédito: Stephany Franco
 
                  

Entrevista à RBS TV de Santa Rosa 

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, participou do Jornal do Almoço de Santa Rosa, onde esclareceu sobre a adequação da cadeia produtiva do leite às INs 76 e 77 do Ministério da Agricultura. O bate-papo ao vivo foi com o jornalista Gabriel Garcia. (Assessoria de Imprensa Sindilat) 


Crédito: Stephany Franco

Rádio Regional de Santo Cristo recebe Darlan Palharini 

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, conversou por mais de 30 minutos com Fabiano Lopes, apresentador do programa Sucessos do Rádio, da Rádio Regional AM de Santo Cristo (RS). A cidade recebeu na tarde de hoje o debate sobre as novas regras para o setor leiteiro, a partir da vigência das INS 76 e 77. CLIQUE AQUI e confira a entrevista. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 Crédito: Stéphany Franco

Da automação aos lácteos

Empreendedor está sempre buscando novos projetos. Pois Siegfried Koelln, CEO da SKA Automação de Engenharias, vai investir R$ 37 milhões no Estado nos próximos quatro anos em parceria com cinco empresários catarinenses. E o negócio é completamente diferente do qual atua hoje. Está criando a Lácteos Vacaria, que deve entrar em operação ainda neste ano, com plano de se tornar a primeira do setor leiteiro no Rio Grande do Sul totalmente automatizada. Já foram "recrutadas" mil vacas holandesas para a operação. Koelln fez o anúncio ontem, na reunião-almoço Tá na Mesa da Federasul.

O segundo trimestre nublou com o recuo de 0,6% no volume de vendas no varejo em abril na comparação com o mês anterior. A indústria havia tirado o nariz da água, com 0,3% de avanço. (Zero Hora)

 
Derivados lácteos 
Os preços dos derivados lácteos iniciaram junho em queda. De acordo com colaboradores do Cepea, esse cenário se deve às negociações enfraquecidas no período. Além disso, os estoques e a produção permaneceram baixos, porém, a cotação da matéria-prima no campo registra alta. Entre 2 e 8 de junho, o preço médio do leite UHT foi de R$ 2,5223/litro, queda de 1,97% frente à semana anterior. O queijo muçarela, por sua vez, teve preço médio de R$ 17,5966/kg, baixa de 0,19% no mesmo período de comparação. (Cepea)

Porto Alegre, 12 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 3.000

   Santa Clara inaugura nova indústria em Casca dia 12 de julho

A Cooperativa Santa Clara prepara a inauguração de sua nova indústria de laticínios no município de Casca (RS). O evento está marcado para dia 12 de julho, nas novas instalações localizadas na Estrada RS-129 s/nº, Km 165, a partir das 13h30min. O evento reunirá autoridades, associados e funcionários da Cooperativa.

A construção de 22 mil metros quadrados já está concluída e já está na fase final de testes dos equipamentos para envase do leite UHT. A capacidade instalada é para industrialização de 600 mil litros por dia, iniciando em julho com processamento previsto de 300 mil litros/dia. A nova unidade produzirá todas as versões de leites UHT: integral, desnatado, semidesnatado e zero lactose, ampliando futuramente para outros produtos derivados.

As novas instalações representam um investimento de R$ 130 milhões e irão gerar 150 empregos diretos até 2021. Mais de 50 funcionários já estão trabalhando na nova indústria.

A Santa Clara
Atualmente, a Santa Clara conta com duas plantas de processamento de leite no Estado, uma localizada em Carlos Barbosa, que compreende indústria de leite UHT, leites pasteurizados e derivados, e outra em Getúlio Vargas, apenas para derivados. Em 2018 foram recebidos pela Cooperativa 285 milhões de litros de leite de seus 3.300 produtores em atividade em 136 municípios gaúchos.

Além de laticínios, a Cooperativa atua nos ramos de frigorífico suíno, fábrica de rações, cozinha industrial e varejo, com 11 supermercados, 15 mercados agropecuários e uma farmácia. São 5.500 famílias associadas, 2.150 funcionários entre todos os negócios e um mix de 350 produtos entre leite e derivados, embutidos e cortes suínos, doces e sucos de frutas. (Assessoria de Imprensa Santa Clara)
 
                  

RS: 21º Seminário Internacional de Queijos e Leite e 5º Concurso Estadual de Queijos

O 21º Seminário Internacional de Queijos e Leite e o 5º Concurso Estadual de Queijos serão realizados em Carlos Barbosa – RS nos dias 4 e 5 de julho de 2019, respectivamente. O Seminário está estruturado para abordar temas relacionados à matéria-prima leite e seus derivados (queijos), abordar assuntos sobre inspeção e inovações tecnológicas dentro da área de Leite e Derivados, atendendo demandas diretamente relacionadas à Indústria de Laticínios.

Os assuntos abordados buscarão contemplar as áreas de ciência e tecnologia de leite e derivados e tópicos sobre inovações e incrementos na área de leite e derivados. Busca-se reunir profissionais de diferentes áreas, pesquisadores, professores, técnicos, alunos de graduação e pós-graduação relacionados à cadeia o leite; congregar Instituições de Ensino (Universidade) e Empresas para a viabilização de Eventos na área de alimentos.

Propõe-se um evento de curta duração no qual se buscará contemplar profissionais de diferentes áreas como Médicos Veterinários, Engenheiros Agrônomos, Zootecnistas, Engenheiro de Alimentos, Engenheiro Químicos, Nutricionistas, Farmacêuticos, Biomédicos, Tecnólogos em Alimentos, Tecnólogos em Laticínios, Tecnólogos de Agroindústria e áreas afins, que se interessem pelas temáticas sugeridas e estruturadas para a Programação deste Evento. Email de contato: agl.poa.rs@gmail.com. (AGL)

Mercado LTO 

A oferta de leite na União Europeia (UE) mostrou crescimento de mais de 1% em março. Pela primeira vez, em seis meses, houve crescimento novamente. Irlanda, Polônia e Reino Unido surgiu com forte crescimento em volume Houve também um ligeiro crescimento no mês, na Alemanha. Junto com a Holanda, a França também produziu menos leite do que a França.

A produção em outros importantes países exportadores caiu em março. O volume declinou ligeiramente na Oceania (tanto na Austrália, como na Nova Zelândia) e América do Sul (Argentina e Uruguai). No EUA também houve contração no mês, pela primeira em mais de dois anos. Dada a estagnação no primeiro trimestre de 2019, as taxas de crescimento agregado dos maiores exportadores permaneceram negativas no período: -0,4% (-320 mil de toneladas).

 


Depois da (temporária) estabilização dos níveis de preços em abril, o mercado da manteiga voltou a cair na metade de maio. Existe interesse limitado de compras e oferta suficiente. Apesar dos preços da manteiga da Europa estarem abaixo do mercado mundial, não existe demanda. A cotação do leite em pó desnatado ficou estável em março e abril. O mercado ficou bastante calmo nesses meses. Graças à melhoria da demanda, houve espaço para alta de preços a partir do final de abril. O mercado para o leite em pó integral, no entanto, permanece estável. (LTO Nederland – Tradução livre: Terra Viva)
 
 
Reunião sobre as IN's 76 e 77 em Santo Cristo
Ocorre amanhã, dia 13/06, a reunião para discutir as IN's 76 e 77 em Santo Cristo. O evento será realizado no Centro Cultural José Paulino Stein. As inscrições são gratuitas. CLIQUE AQUI para obter maiores informações e realizar sua inscrição. 

Porto Alegre, 11 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 2.999

   Palmeira das Missões recebe evento sobre as Instruções Normativas 76 e 77
 
A cidade de Palmeira das Missões (RS) receberá a nona reunião que vem percorrendo o Estado para debater as mudanças trazidas pelas Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura. As regras estão em vigor desde 30 de maio e alteram a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru. O encontro ocorre no dia 19 de junho, a partir das 8h, no auditório da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), em Palmeira das Missões (Av. Independência, 3751). As inscrições são gratuitas, limitadas a 200 lugares e podem ser feitas pelo link https://bit.ly/2Wvhf2d.
 
A realização do evento é resultado do encontro entre o presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede) de Rio da Várzea, Joel Rubert, e do secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, no dia 27 de maio. Na ocasião, Rubert solicitou a realização do debate sobre as INs no município, visto que as mudanças geraram dúvidas entre os produtores Para Palharini, o principal objetivo é que os participantes esclareçam todas as dúvidas sobre a adequação às INs 76 e 77 para que ninguém tenha prejuízo. "As alterações vão dividir responsabilidades, não só entre a indústria e o produtor, mas, também, com o poder público", explica.
 
A programação também inclui palestras sobre a Lei do Leite, aspectos de inspeção do leite que se modificam a partir das INs 76 e 77 e sobre o Plano de Qualificação de Fornecedores. O encontro contará ainda com depoimentos de produtores e da indústria sobre o Programa Mais Leite Saudável e com uma mesa redonda na qual o público poderá fazer perguntas ao vivo e via WhatsApp pelo número (51) 9 89091934. O evento terá transmissão simultânea por meio do Facebook do Sindilat (facebook.com/sindilatrs/).
 
O encontro é promovido pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), Secretaria da Agricultura, Sindilat, Apil, Famurs, Sistema farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS, UFSM - Campus Palmeira das Missões e Prefeitura Municipal de Palmeira das Missões. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
                  

Lácteos/UR 

 
As exportações de lácteos nos primeiros cinco meses do ano caíram 3% em relação a 2018, totalizando US$ 233,6 milhões (FOB). Nos primeiros cinco meses do ano aumentou o faturamento com a venda de leite em pó desnatado e integral, mas, caiu o do queijo e da manteiga, resultando na queda acumulada de 3% em relação ao mesmo período de 2018.
 
Como mostra o quadro do Instituto Nacional do Leite (Inale) no acumulado até maio, aumentou o faturamento do leite em pó desnatado (118%) e do leite em pó integral (2%), em relação a 2018, caindo o da manteiga (24%) e dos queijos (19%). Em consequência, o faturamento total acumulado até maio registrou queda de 3% em 2019, quando comparado com o ano passado.
 
Volumes
No acumulado até maio deste ano melhoraram as colocações de leite em pó desnatado e leite em pó integral (147% e 7%, respectivamente), enquanto caíram os de queijo e manteiga (19% e 11%, respectivamente), quando comparado com o mesmo período de 2018.
Preços
Em relação aos preços de dezembro de 2018 houve aumento nas cotações do leite em pó integral (11%), manteiga e leite em pó integral (7%), e houve queda nos valores dos queijos (8%).
 
Ao comparar os preços médios recebidos pelos produtos exportados em maio de 2019 comparados com os de um ano atrás, quase todos caíram: manteiga (14%), leite em pó desnatado e leite em pó integral (5%, ambas), enquanto ficou estabilidade nas cotações dos queijos. Em relação aos preços de abril, somente o leite em pó desnatado teve valorização (5%). A manteiga caiu 5%, os queijos (4%) e o leite em pó integral (1%). (TodoAgro - Tradução livre: Terra Viva)
 
Leite/Oceania 
 
A produção sazonal de leite na Austrália, de julho de 2018 a abril de 2019, está 7,3% menor do que registrada no ano passado. Em abril de 2019 o percentual de queda foi de 13,7% em relação a abril de 2018. O outono avança por toda Austrália. O tempo mais frio e a geadas atingiram algumas regiões. 
 
Isso está fazendo com que alguns produtores de leite apressem seus trabalhos para garantir feno e alimentação durante o inverno. O resultado é o aumento de custos e utilização de alimentação alternativa. Especialmente no Sul e no Oeste da Austrália os estoques de feno estão baixos. Na Nova Zelândia, a produção de leite em abril de 2019 foi de 1.364 toneladas, de acordo com a DCANZ, o que representou queda de 8,4% em relação à produção de abril de 2018. Os sólidos do leite também caíram 7,7% na mesma comparação.
 
Especialmente com a baixa produção de leite no final da estação, cada gota conta. A seca que continua na Ilha Norte e em partes da Ilha Sul é uma preocupação constante para os produtores de leite.
 
   
 
Analistas observam que a maior rentabilidade dos produtores nesta temporada resultou em reparos e investimentos em muitas fazendas de leite. E isso é um ponto positivo para o início da próxima safra. ( Usda - Tradução Livre: Terra Viva)
 
 
Instruções normativas 76 e 77 no Ministério da Agricultura
 
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) fixou novas regras para a produção de leite no país, especificando os padrões de identidade e qualidade do leite cru refrigerado, do pasteurizado e do tipo A. As mudanças foram publicadas no Diário Oficial da União e estão em vigors desde o final de maio, nas Instruções Normativas (INs) 76 , e, na 77. CLIQUE AQUI e confira a entrevista com o secretário executivo do Sindilat/RS, Danrlei Palharini sobre o assunto. (Destaque Rural)
 
Reunião sobre as IN's 76 e 77 em Ijuí
Ocorre amanhã, dia 12/06, a reunião para discutir as IN's 76 e 77 em Ijuí. O evento será realizado do Salão de Atos Argemiro Jacob Brum, na Unijuí. As inscrições são gratuitas. CLIQUE AQUI para obter maiores informações e realizar sua inscrição. 

Porto Alegre, 10 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 2.997

   Preços/EU

O preço médio do leite pago ao produtor na União Europeia (UE), em maio passado, pode ser € 0,34/kg, [R$ 1,44/litro], 0,7% menos do que abril, segundo o Observatório Lácteo da UE. Apesar da queda, o preço ainda é o maior dos últimos 4 anos para um mês de maio.  Em maio de 2016 o preço médio na UE foi em torno de € 0,26/kg, [R$ 1,10/litro].
 
Por países, os preços caíram em 16 Estados Membros em relação a abril. Dentro dos grandes produtores de leite  cabe destacar que Irlanda, França, Holanda e Polônia reduziram os preços em maio, enquanto Alemanha e Dinamarca mantiveram os valores.
 
Na Espanha ficou estimado € 0,31/kg para maio, que é o mesmo valor de abril, e um centavo a mais que maio de 2018. Fora da UE o preço em abril, em relação ao mês anterior aumentou 6,4% nos Estados Unidos da América (EUA), e, caiu 3,7% na Nova Zelândia. Quanto ao preço dos lácteos, o leite em pó desnatado (SMP) mantém as cotações estáveis por três semanas consecutivas, € 204/100 kg, enquanto a manteiga continua com a tendência de baixa nas últimas 3 semanas. Ainda assim, o preço está bem acima das referências históricas. (Agrodigital)
 
                  
País tem 35 acordos internacionais fechados que não saem do papel por burocracia

O Brasil tem hoje uma fila de 35 acordos já negociados e assinados com outros países, mas que ainda aguardam a burocracia andar para que possam entrar em vigor.

Na lista, há desde tratados de livre-comércio, que abrem mercados aos produtos brasileiros no exterior, até acordos para evitar a dupla tributação, que permitem a empresas e investidores pagarem menos impostos.

As empresas brasileiras, por exemplo, já poderiam disputar licitações para compras dos governos de Argentina, Paraguai e Uruguai – um mercado potencial de US$ 80 bilhões.

Mas, apesar de um pacto nesse sentido já ter sido firmado com os vizinhos, as regras não entraram em vigor. Os brasileiros também já poderiam estar livres de pagar a tarifa de “roaming” ao usar o celular no Chile. O acerto que permitirá tal vantagem, no entanto, ainda não foi validado. 

O governo vem tentando acelerar a assinatura de novos tratados. O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta semana que o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia deve ser firmado “em três ou quatro semanas”.

Há outros em negociação, como o de livre-comércio com o Canadá. É um esforço para promover a abertura comercial do País, considerado muito fechado. 

Mas o “estoque” atual de 35 acordos, compilados pela secretaria executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), indica que o problema não está somente na dificuldade em fechar novos tratados.

Trâmites
Após assinado, cada acordo tem de percorrer um longo caminho em Brasília. A primeira etapa ocorre no Executivo, responsável pela negociação com o outro país. Após assinado, o acordo é enviado ao Congresso. Lá, passa por comissões e pelo plenário das duas Casas.

Se aprovado, é devolvido ao Executivo para que seja publicado um decreto presidencial. É a partir desse momento que as novas regras começam a valer.

O vaivém entre os Poderes é uma exigência da Constituição, que determina que o Congresso aprecie o mérito do acordo. O problema é que tanto o Legislativo quanto o Executivo têm demorado muito tempo para cumprir sua parte no processo.

Em média, são quase quatro anos e meio entre a assinatura do acordo e sua entrada em vigor, indica estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que analisou 19 acordos considerados como de maior impacto econômico da lista de 35 monitorados pelo governo.

A morosidade para a validação de acordos é uma dificuldade antiga, mas nos últimos anos novos trâmites burocráticos tornaram o processo mais penoso, segundo representantes do empresariado e integrantes do governo ouvidos pelo Estado.

Desde o governo Dilma Rousseff, a Casa Civil passou a solicitar a manifestação jurídica dos ministérios afetados pelo acordo antes de enviá-lo ao Congresso.

 
Em muitos casos, uma nova manifestação é exigida quando o texto retorna do Legislativo. No governo de Michel Temer, um decreto acabou formalizando essa praxe.

Ocorre que, ao costurar um acordo, o Itamaraty já ouve os ministérios. Segundo a secretaria executiva da Camex, o objetivo da nova consulta antes do envio ao Congresso é garantir que todos os órgãos se manifestem.

A Camex admite, porém, que essa etapa constitui hoje o principal gargalo para a tramitação dos atos internacionais. 

Para Diego Bonomo, gerente executivo de Assuntos Internacionais da CNI, o processo de inserção internacional do País poderia estar muito mais avançado não fosse a burocracia.

“Gastamos muita energia para negociar novos acordos, mas passamos a ter um problema muito maior quando finalmente os assinamos.”

Acordo com o Chile está parado há seis meses
A morosidade do Executivo está emperrando, por exemplo, o acordo de livre-comércio com o Chile, considerado um dos mais modernos e abrangentes já firmados pelo Brasil.

Negociado em menos de sete meses, um prazo recorde, está há seis parado no Planalto à espera da manifestação final dos ministérios para ser enviado ao Congresso. 

Além da redução de tarifas para setores importantes para o Brasil, como o de carnes, o acerto com os chilenos traz medidas para reduzir o tempo de exportação e importação de produtos e facilidades como o fim do roaming em ligações para viajantes brasileiros.

Acordos de investimentos firmados pelo Brasil com os países africanos Malauí e Moçambique estão há quatro anos na fila de espera. Assinados em 2015, foram aprovados pelo Congresso em maio de 2017. Dois anos depois, ainda aguardam o decreto presidencial para que possam começar a valer.

Quando entrarem em vigor, darão segurança a investimentos de US$ 5 bilhões feitos por empresas brasileiras em projetos de mineração nos dois países.

 
O acordo previdenciário fechado com a Suíça espera desde 2014 para entrar em vigor. Seu objetivo é facilitar o envio de funcionários do Brasil para o País europeu, e vice-versa.

Em alguns casos, o gargalo também pode estar em outro País, afirma um ex-servidor que participou ativamente de negociações comerciais e falou ao Estado sob reserva.

Ele cita o caso do acordo comercial com o Peru que, firmado em 2016, ainda não foi aprovado nem pelo governo brasileiro nem pelo peruano. De lá para cá, observou essa fonte, o escândalo do pagamento de propina da Odebrecht tornou o acerto com o Brasil politicamente sensível, prejudicando a finalização do pacto por parte dos peruanos.

Camex quer rito só para pacto internacional
Atento ao problema, o governo vem debatendo formas de agilizar os trâmites necessários para que os acordos começarem de fato a valer.

A secretaria executiva da Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério da Economia, estuda formas de agilizar e, no limite, eliminar a etapa na qual o Executivo tem de submeter o acordo aos ministérios antes do envio do texto ao Congresso. 

De acordo com o órgão, esse procedimento gera “retrabalho, redundância e tem levado a atrasos na entrada em vigor destes atos”. A ideia é criar um procedimento exclusivo para a tramitação de acordos internacionais. Sem esse novo rito previsto em lei, não é possível prescindir dessa etapa, diz o órgão. 

Na tentativa de pressionar ministérios a serem mais céleres na análise dos acordos, o Itamaraty criou em 2017 uma plataforma, batizada de Concórdia, na qual é possível que qualquer um acompanhe a tramitação de acordos e saber, por exemplo, qual ministério está “segurando” sua análise. 

O problema, segundo representantes do empresariado, é que nem sempre a ferramenta é precisa e, às vezes, sinaliza que um acordo está de volta à Casa Civil quando, na verdade, ainda não foi remetido ao Planalto.

Benefícios
Apesar dos ganhos esperados com a entrada em vigor dos 35 acordos, que podem abrir mercados e facilitar o comércio exterior, no curto prazo, não há garantias de que a balança comercial vai se beneficiar, afirma José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). 

“No atual cenário de elevado custo Brasil, acordos comerciais não aumentam as exportações por falta de competitividade, não de mercado”, diz Castro. “Neste momento, na verdade, a eventual entrada de novos acordos podem estimular ainda mais importações”, afirma.
 
A AEB espera que, neste ano, as exportações brasileiras superem as importações em US$ 40 bilhões, o que representaria a segunda queda consecutiva no saldo da balança. Em 2018, o superávit foi de US$ 58,3 bilhões. (Estadão)

Segundo especialista, setor leiteiro uruguaio está 'muito pior' do que mostram as estatísticas

A queda consistente nos volumes de leite produzidos e enviados para plantas industriais é uma realidade preocupante no Uruguai. No primeiro trimestre, a queda detectada foi de 9,7% em relação ao mesmo período de 2018. “Esse não é um indicador eficiente da realidade, que é muito pior, enfatizou Walter Frisch, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Leite (ANPL) do Uruguai.

As estatísticas elaboradas pelo Instituto Nacional do Leite (Inale) mostram uma queda de 12,6% nas entregas de abril de 2019 em relação ao mesmo mês de 2018.

Frisch explicou que esses dados correspondem ao total de envio de leite à indústria no país, que envolve a gestão de grandes empresas que pertencem ao capital estrangeiro - referindo-se aos casos da Olam e da Bulgheroni, entre outros, "cuja participação faz com que a entrega global se sustente e não caia tanto".

“Portanto, se você deixar de fora a medição para essas grandes empresas ‘que são grandes capitais que não vivem do leite’ a realidade ‘é muito diferente’ e o declínio produtivo é muito maior e realmente alarmante", completou.

O presidente da ANPL mencionou outro fato alarmante: somente em abril houve uma queda de 24 registros de produtores que enviaram leite à Conaprole, o que equivale a quase uma fazenda a menos por dia no mês. "É um fato assustador", disse Frisch. Isso também ocorre na área da cadeia agroindustrial emblemática de maior porte no país e que paga melhor, a da Conaprole. Assim, se estima que em áreas onde outros produtores e indústrias operam, pode ser pior.

É por isso que, no caso da Conaprole, insiste-se em reivindicar um conjunto de medidas para melhorar a eficiência industrial, reduzindo os custos e buscando o compromisso adequado dos trabalhadores.

A esse respeito, os produtores apontaram que não há apenas ações sindicais inadequadas que acabam sendo muito prejudiciais para a empresa e sobretudo para os produtores de leite relacionados. Há também um absenteísmo (ausência no trabalho) significativo, estimado em 15%, o que sugere que há um excedente no número de funcionários. (As informações são do El Observador, resumidas e traduzidas pela Equipe MilkPoint)

 
Ministério da Agricultura faz novas exigências para produtores de leite
CLIQUE AQUI e assista a reportagem veiculada no Programa Campo e Lavoura em 09/06/2019. (G1)

 

Porto Alegre, 07 de junho de 2019                                              Ano 13 - N° 2.996

   Ciclo de palestras sobre legislação do leite chega a Frederico Westphalen
 
A cidade de Frederico Westphalen reúne representantes de empresas e entidades do setor lácteo gaúcho, no dia 18 de junho, para debater as principais alterações previstas nas Instruções Normativas (INs) 76 e 77, que modificam a forma de produção, coleta e armazenagem do leite cru, em vigor deste 30 de maio. O evento será realizado às 8h, no Salão de Atos da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), localizada na Avenida Assis Brasil, 709. As inscrições são gratuitas, limitadas a 820 lugares e podem ser feitas pelo link https://bit.ly/2HJfGom. Frederico Westphalen é o  oitavo município a receber o ciclo de discussões que foi iniciado em Porto Alegre, no dia 03 de maio.
 
A programação do evento inclui palestras sobre a Lei do Leite, aspectos de inspeção do leite, sanidade e  plano de qualificação de fornecedores, depoimentos de produtores e indústria sobre o Programa Mais Leite Saudável, além de mesa redonda com especialistas da área, na qual os ouvintes poderão fazer perguntas ao vivo e via Whatsapp pelo número (51) 9 89091934. O debate contará com transmissão simultânea por meio do Facebook do Sindilat (facebook.com/sindilatrs/).
 
Para o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, o tema da reunião é muito relevante, visto que as novas regras já estão em vigor e a adequação de toda a cadeia produtiva se faz necessária. "A ideia é que produtores, indústrias e prefeituras possam sanar dúvidas e perceber que é possível cumprir às normativas do Mapa, que visam a melhoria da competitividade e padronização mínima do leite cru", declara.
 
O encontro é promovido pela Superintendência Federal do Ministério da Agricultura no Estado (Mapa/RS), Secretaria da Agricultura, Sindilat, Apil, Famurs, Sistema Farsul, Fetag, Sistema Ocergs, Emater, Embrapa, Conseleite, Gadolando, Associação dos Criadores de Jersey, Fecoagro, Simvet, CRMV/RS, Prefeitura Municipal de Frederico Westphalen e URI. (Assessoria de Imprensa Sindilat)
 
 
                  
Maior procura por leites em pó aumenta importações

Os dados da balança comercial láctea foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) nessa quinta-feira (07/06). Nesse informe, a SECEX aponta um aumento de 25% na quantidade importada de leite (em litros equivalentes) no mês de maio em relação a abril, com 105,1 milhões de litros em equivalente leite importados.

Por outro lado, na comparação de maio de 2019 com o mesmo período do ano passado, a quantidade importada ficou 3% maior. Além disso, os 10,7 milhões de litros exportados pelo Brasil em maio representam um aumento de 38% em relação aos 7,8 milhões de litros em abril em equivalente leite, já na comparação com mai/18, o aumento foi de 187%. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea, que foi de -94 milhões de litros nesse mês, no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo da balança comercial de lácteos no Brasil. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados da Secex.

Mesmo com as recentes altas do dólar em relação ao real, os altos níveis dos preços internos dos derivados lácteos nos últimos meses resultaram em um aumento na quantidade importada de derivados lácteos.

Os queijos tiveram um aumento de 12% em maio em comparação com abr/19, sendo internalizadas 2,7 mil toneladas. Na mesma toada, foi possível notar uma maior importação de soro do leite (+69%), e manteigas (55%) no mesmo período.

A maior procura por leites em pó devido aos altos preços internos causou um aumento de 25% na importação de leite em pó desnatado, em relação ao mês anterior, com 2,3 mil toneladas compradas em mai/2019 e um aumento de 32% na internalização de leite em pó integral na comparação de maio (6,1 mil toneladas importadas) com abr/19.

Se em dezembro de 2018 o valor médio do leite em pó integral negociado no Brasil era de R$ 13,1/kg, em maio de 2019 esse valor foi de R$ 15,0/kg. Além do integral, o desnatado também apresentou uma forte subida, de R$ 10,6/kg em dezembro de 2018, para R$ 13,1/kg em maio de 2019. Além disso, na comparação com o acumulado até maio do ano passado, os preços dos leites em pó estão bastante acima no acumulado ano até mai/2019, como é possível observar na tabela 1.

Tabela 1. Preço médio acumulado no ano para os leites em pó industriais (janeiro a maio). Fonte: MilkPoint Mercado, valores deflacionados.

Os principais derivados lácteos e seus volumes de comércio internacional encontram-se na tabela 2. 

Tabela 2. Balança comercial láctea em maio de 2019. Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados da Secex.
(Fonte: Milkpoint Mercado)
 

Piá promove Seminário do Produtor de Leite

Na última semana, as cidades de Marau, Vila Flores e Nova Petrópolis receberam o “8º Seminário do Produtor de Leite Piá”. O evento teve como objetivo principal de, através de palestras, compartilhar informações e dados sobre todos os procedimentos que envolvem o setor lácteo, desde a coleta do leite até o controle de faturamento das propriedades, além de aproximar o agricultor da Cooperativa. 

Na programação do evento, a palestra “IN 77: Um Passo para o Futuro”, ministrada pelo técnico agrícola da Piá, Fábio Guaragni,  tratou sobre a parte prática da Normativa, com relação ao que interfere no dia a dia da propriedade rural. Foram apresentados os índices determinados pelo Ministério da Agricultura para a Contagem Bacteriana Total – CBT.  “O produtor que estiver três meses seguidos fora da média receberá uma atenção especial. Os técnicos da Piá farão uma ação na propriedade para ajustar o que for preciso e para que ele possa continuar vendendo leite”, destacou.  

Guaragni explicou de forma clara como isso vai acontecer, como se calcula as médias, onde produtor vai poder acessá-las e como a Cooperativa vai colaborar para que ele não tenha dificuldade para atingir os resultados, estar dentro da legislação e ter a melhor rentabilidade possível no leite.  

Na ocasião, também falou sobre outras obrigatoriedades importantes como a necessidade do resfriador a granel, que está valendo a partir de junho, e da sala do leite, que é uma adequação no espaço onde fica guardado o produto até a coleta e onde ficará este equipamento, protegido de qualquer animal, intrusos ou de contaminantes. 

Já na palestra “Planejamento Forrageiro e Qualidade do Leite”, ministrada pelos profissionais da Embrapa, Sérgio Bender e Maira Zanela, foram apresentadas as tecnologias disponíveis para produzir leite de qualidade, atendendo critérios da nova legislação das INs 76 e 77. 

Foram abordados temas como “Contagem de Células Somáticas”, que pode ser monitorada através do controle de mastite; “Contagem Bacteriana Total”, mostrando que índices baixos passam por processos de higiene completos e pelo resfriamento correto do leite; e o “Lina”, o leite instável não ácido, problema de produção acarretado pela má alimentação dos animais, por vacas com muito tempo de lactação e pelo estresse calórico do verão, e que pode ser solucionado com planejamento forrageiro e piquetes com sombra e água em abundância. “Um volumoso de qualidade é a chave para o sucesso da produção leiteira. Fazendo tudo isso, o produtor vai conseguir produzir com qualidade, ter mais renda na venda e maior volume de leite, atendendo o consumidor e as normativas necessárias”, afirmou a Zanela, que é pesquisadora da entidade e atua na área de Qualidade do Leite.  

O engenheiro agrícola Sérgio Bender destacou que a proposta da palestra foi colocar os produtores para pensar numa estratégia de planejamento forrageiro. “Sabemos que um dos problemas principais que enfrentam é a falta de pasto em algum período do ano. Quando se avalia a necessidade que o animal tem dentro da propriedade com aquilo que está sendo ofertando, pode-se verificar dentro do planejamento forrageiro se vai conseguir atender essa demanda ou não”, afirmou. 

Para ele, isso faz com que se resolva uma série de problemas, pois a maioria das doenças enfrentadas com o rebanho estão relacionadas a essa variação na oferta de volumoso. “Tem também a questão da rentabilidade do negócio do leite. Quando falta pasto e se tem que buscar fora, aumenta o custo de produção e, muitas vezes, começa a se tornar inviável”. 

Os técnicos da Embrapa destacaram a importância de despertar um novo olhar do produtor às normativas, desmistificando a ideia de que não vai conseguir cumpri-las. “As INs de qualidade do leite vêm para ofertar um produto melhor, com excelência. Conseguimos transmitir esta mensagem aos associados”, explicou. 

No final da palestra, Sérgio Bender e Maira Zanela propuseram que quando os associados voltassem para casa, observassem a propriedade, olhando de fora, sobre três óticas: primeiro o rebanho, pensando se tivesse que comprar os animais que já possui na propriedade, se compraria todos. Caso não, aquele que não compraria, pode ser vendido para gerar receita; segundo, olhando a forma como está organizada a produção de pasto. Se tem o necessário para ofertar a estes animais ao longo do ano; e, terceiro, e fundamental, aproveitando as oportunidades de aprendizado e investimento que a Cooperativa oferece, valorizando a instituição. “Conseguimos transmitir o importante recado de que a Embrapa e a Piá trabalham juntas pelo desenvolvimento do setor rural”.  

Acompanhando as três edições, no final do evento, o presidente da Cooperativa, Jeferson Smaniotto, fez uma avaliação do Seminário. “Foi um sucesso pela grande participação dos produtores de leite. Foram mais de mil associados, que tiveram a oportunidade de adquirir conhecimento através das palestras”, destacou. 

Para Smaniotto, eventos como o Seminário são de grande importância, pois promovem o encontro com quem faz a Cooperativa acontecer. “É o momento de estar junto com o produtor, saber o que ele espera da Piá e como ele trabalha. Esse momento, de  valorização do nosso associado, só o cooperativismo faz”, finalizou. 

O “8º Seminário do Produtor de Leite da Piá” foi promovido pela Cooperativa Piá, com apoio da NutriPiá e AgroPiá. (Assessoria de Imprensa Cooperativa Piá)

 

 Crédito Divulgação Cooperativa Piá

Pente-fino suspende 126 mil declarações

A partir de um levantamento feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério da Agricultura suspendeu 126,41 mil declarações de aptidão ao Pronaf (a chamada DAP) por suspeitas de irregularidade. Sem esse documento, produtores familiares não conseguem, entre outras coisas, ter acesso aos financiamentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

São 126,13 mil declarações de pessoas físicas e 280 de pessoas jurídicas. No Rio Grande do Sul, são 4.826 suspensões, o que representa 4% do total no país. Percentualmente, o Estado onde mais cancelamentos ocorreram foi a Bahia, com 26% do total.

Secretário da Agricultura Familiar e Cooperativismo do ministério, Fernando Schwanke diz que os problemas apontados dizem respeito ao não enquadramento nas características do que é considerado agricultor familiar.

- A ideia é ser cada vez mais criterioso nesse processo. Essa é uma política que deve ser acessada por quem efetivamente tem direito - pondera o secretário.

No Brasil, existem hoje 3,2 milhões de DAPs emitidas. O documento tem validade de dois anos. Segundo Schwanke, o Tribunal de Contas da União fez auditoria referente ao período de 2007 a 2017. Os resultados foram apresentados no ano passado, quando também foi dado prazo para que o Ministério da Agricultura fizesse avaliação, suspendendo as declarações que efetivamente tivessem suspeita de irregularidade. O período para avaliação, que vencia em fevereiro, acabou sendo alongado.

- De fevereiro até agora, trabalhamos neste pente-fino, fazendo avaliação com esses mesmos indícios - diz o titular.

Produtores com documento suspenso podem buscar informações sobre o motivo da suspeita de irregularidade (dap.mda.gov.br). Há um prazo de 30 dias para que sindicatos e associações que prestam auxílio no encaminhamento da DAP entrem em contato com o ministério, fazendo solicitação desbloqueio ou cancelamento.

- Estamos com dificuldade, porque até agora a gente só consegue ver quem foi suspenso entrando com CPF de cada um. Precisávamos ter lista com nome de quem foi suspenso - pondera Carlos Joel da Silva, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag-RS).

A dirigente se diz preocupado, uma vez que o documento é fundamental não só para o acesso ao crédito, mas para várias outras questões relacionadas ao agricultor familiar. (Zero Hora)

 
 
Relator discute solução ao setor
O relator da Reforma da Previdência na comissão especial, Samuel Moreira, disse ontem, em audiência com o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Alceu Moreira, e com o secretário especial de Previdência Social, Rogério Marinho, que é sensível à retirada dos trabalhadores rurais do texto da reforma. “Devemos construir uma solução adequada”, afirmou. Na reunião, o presidente da FPA destacou que os rendimentos no campo não são regulares como na cidade e dependem de fatores como o clima. (Correio do Povo)