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Porto Alegre, 29 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.153

 Ministério da Agricultura abre inscrições para feiras internacionais de alimentos e bebidas

O objetivo do ministério é organizar missões comerciais para atrair investimentos e promover o desenvolvimento do agronegócio nacional

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) abriu as inscrições para empresas e entidades interessadas em participar das feiras internacionais de bebidas e alimentos que ocorrerão neste ano em diferentes países.

O objetivo do ministério é organizar, em parceria com o Ministério de Relações Exteriores e com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), missões comerciais para atrair Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) e promover o desenvolvimento do agronegócio nacional.

>> A programação internacional do primeiro semestre de 2020 inclui as seguintes feiras:

- Food and Hotel Asia 2020
Local: Singapura 
Data: 31/03 a 03/04
Inscrições até 31/01 em www.agricultura.gov.br/fha2020 

- EXPO ANTAD & Alimentaria 2020
Local: Guadalajara (México)
Data: 31/03 a 02/04
Inscrições até 31/01 em www.agricultura.gov.br/expoantad2020 

- SIAM 2020
Local: Meknes (Marrocos)
Data: 14/4 a 19/4
Inscrições até 31/01 em www.agricultura.gov.br/siam2020 

- SIAL Canada
Local: Montreal (Canadá) 
Data: 15/4 a 17/4
Inscrições até 31/01 em www.agricultura.gov.br/sialcanada2020 

- Seul Food and Hotel 2020
Local: Seul (Coreia do Sul)
Data: 19/5 a 22/5
Inscrições até 15/02 em www.agricultura.gov.br/seoulfood2020 

- THAIFEX - Anuga Asia
Local: Bangkok (Tailândia) 
Data: 26/5 a 30/5
Inscrições até 15/02 em www.agricultura.gov.br/saitex2020

- SAITEX 2020
Local: Joanesburgo (África do Sul)
Data: 21/6 a 23/6
Inscrições até 22/03 em  www.agricultura.gov.br/thaifex2020

A seleção das empresas e entidades interessadas em participar das missões e/ou serem expositoras nas feiras é realizada no Mapa, por meio da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais. Os eventos internacionais são considerados plataformas estratégicas para ampliar a visibilidade dos produtos brasileiros e promover contatos.

Nesses eventos, vários atores do mercado externo se reúnem em um mesmo ambiente, permitindo a redução de custos de promoção transacional. Além disso, os eventos representam oportunidade para aprofundar o conhecimento sobre o mercado-alvo, tendências e estratégias dos concorrentes.

Inscrições/Participação
Em todos os eventos, o Mapa e o MRE são responsáveis pelos custos de contratação de espaço na feira, apoio de recepcionistas bilíngues e confecção do catálogo do Pavilhão Brasil.

Cada empresa participante fica responsável pelas despesas de passagens aéreas, hospedagem e alimentação, além da inscrição junto ao promotor do evento. O candidato também deve aceitar os Termos e Condições de Participação.

A inscrição no processo seletivo não garante a participação na missão comercial, serve apenas para manifestar o interesse do inscrito no processo de seleção. O resultado da seleção é enviado às instituições por e-mail.

Feiras
No ano passado, 71 empresas e entidades setoriais participaram das feiras organizadas pelo Mapa, fechando US$ 8 milhões em negócios durante os eventos, com a expectativa de US$ 706 milhões em novos negócios para os 12 meses subsequentes. (MAPA)

Mais de 84 milhões de animais foram vacinados contra febre aftosa no país
A maioria dos pecuaristas do país fez, mais uma vez, o dever de casa em relação à prevenção da febre aftosa no rebanho. No segundo semestre de 2019, 98,35% do rebanho bovino e bubalino com até 24 meses de idade foram imunizados, o equivalente a 84,13 milhões de animais.
Os dados finais dessa etapa (segundo semestre de 2019) podem ter alterações, pois ainda não foram considerados os dados da Bahia. O sistema do estado apresentou problemas técnicos e os dados consolidados serão enviados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) até o próximo dia 31.
Em 24 estados e no Distrito Federal, todos os animais jovens (até 24 meses de idade) devem ser vacinados no segundo semestre de cada ano. No primeiro semestre, são vacinados os animais de todas as idades.  Atualmente, o rebanho bovino e bubalino brasileiro é de 215,57 milhões de cabeças.
“Foi mantida, como em semestres anteriores, a alta cobertura vacinal contra a doença, mostrando que mesmo nesse momento de transição, onde alguns estados estão suspendendo a vacinação conforme previsto no plano estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), os criadores sabem de seu papel e executam a vacinação nos seus animais nos estados que permanecem com a vacinação obrigatória e sistemática”, afirmou o chefe da Divisão de Febre Aftosa (Difa), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Diego Viali dos Santos. 
O sucesso do programa brasileiro de vacinação e erradicação da febre aftosa despertou o interesse da Índia, que tem o maior rebanho bovino e bubalino do mundo (mais de 400 milhões de animais).
Na última semana, técnicos brasileiros estiveram na Índia, que integraram a missão da ministra Tereza Cristina ao país asiático, iniciaram a elaboração de um acordo de cooperação técnica na área de febre aftosa, como forma de troca de experiências e conhecimento técnico entre dois países. Como primeiro passo desse trabalho, ficou agendado para maio deste ano, a vinda de autoridades da área sanitária indiana ao Brasil para conhecerem o PNEFA, o parque industrial brasileiro de produção de vacina, laboratórios federais de controle de vacina e diagnóstico de febre aftosa, além de atividades de vigilância.
 
 
Otimismo/AR
O Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla) divulgou resultados preliminares da pesquisa setorial do leite 2018/19, realizada pelo Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (Inta) e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca. 
O levantamento, que é realizado desde o ano 2000 consultou 194 estabelecimentos localizados na região dos Pampas, que responderam questionários entres 1º de julho de 2018 e 30 de junho de 2019.

Os resultados mostram uma radiografia do setor leiteiro. Por exemplo, que a maioria dos estabelecimentos (62%) ocupam entre 100 e 300 hectares, que a metade tem entre 100 e 250 vacas em ordenha, e que possuem em média dois tratores cada um.
 
Também que a área é usada, fundamentalmente, para pastagens (50% da superfície é ocupada assim), que a mortalidade de vacas fica em torno de 5,8%, que a maior parte da alimentação (46%) é forragem fresca e feno, e que a produção média diária de leite por propriedade gira em torno de 3.000 litros.
 
Dentro deste contexto, e apesar de 2019 ter encerrado com menos propriedades leiteiras e uma rentabilidade magra (1,7%), a projeção das empresas leiteiras para os próximos anos é predominantemente positiva. Ou seja, 58% deles esperam um crescimento nos próximos cinco anos, e 29% aguardam uma estabilidade, e 4% estimam que sua produção cairá e 8% avaliam abandonar a atividade.

Neste último caso, a idade, a inexistência de familiares que continuem com o empreendimento e a baixa rentabilidade do negócio são os fatores preponderantes para o abandono. (Agrovoz)

 
 
Câmara Setorial do Leite 
A diretora do Conselho Científico Agro Sustentável, CCAS, Dra. Roberta M. Züge, assumiu o cargo de membro da Câmara Setorial do Leite, vinculada ao Conselho Nacional de Política Agrícola – CNPA, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Esta câmara é um dos principais órgãos do setor, sendo que o colegiado tem por objetivo desenvolver ações e ajudar o MAPA na formulação de políticas públicas que fortaleçam a atividade.  “O setor do leite tem muitos desafios, especialmente frente às normativas, que dá um novo viés para a cadeia e abrem diversas novas oportunidades para os lácteos. Este ano será importante levar a tecnologia e a informatização para que possa alcançar este patamar e, quem sabe assumir, um protagonismo na produção de proteína animal. A câmara tem um papel crucial na consolidação das políticas, que são imprescindíveis para este salto”, comenta a diretora. Roberta é Mestre e Doutora em Reprodução Animal, com especialização em Ética e Responsabilidade Social Empresária no Agro e em Reprodução Animal. Atualmente, também é Superintendente Técnica Administrativo da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (ABCBRH). (CCAS)

 

Porto Alegre, 28 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.152

 Rodrigo Rizzo eleito novo presidente do Conseleite

O engenheiro agrícola Rodrigo Ramos Rizzo foi eleito e empossado novo presidente do Conseleite na manhã desta terça-feira (28/01) para a gestão 2020/2021. Representando a Federação da Agricultura do Estado do RS (Farsul), ele assumiu o colegiado em nome dos produtores com meta de atualização e análise constantes dos itens que compõem a metodologia de cálculo do valor de referência do leite. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, foi eleito vice-presidente, devendo assumir a presidência do Conseleite em 2021, conforme estatuto. Segundo o regimento do Conseleite, as diretorias são eleitas a cada dois anos com representação de produtores e indústrias na presidência e vice-presidência e previsão de alternância entre os cargos. Ou seja: no primeiro ano, a presidência fica a cargo dos produtores e, no segundo, da indústria, ou vice-versa. “A Federação da Agricultura tem estado muito atenta aos movimentos de mercado da cadeia do leite, sobretudo o externo. Agradecemos a todos pelo apoio e trabalho realizado até aqui e estamos empenhados no fortalecimento do segmento”, frisou Rizzo. 

Durante a reunião, também foi divulgada a projeção para o leite no Rio Grande do Sul. Como já era previsto para um período de início da entressafra, o valor de referência projetado para janeiro de 2020 subiu, atingindo R$ 1,1267, alta de 0,88% em relação ao consolidado de dezembro de 2019 (R$ 1,1169). Guerra pontuou que a estiagem também traz reflexo no campo, fenômeno que deve impactar os preços ao longo do ano. “Os tambos estão produzindo menos do que tradicionalmente captam nessa época ano. 

Isso, sem dúvida, trará reflexo direto ao preço do consumidor ao longo de 2020, uma vez que também estamos entrando no período dito como entressafra”, completou. Guerra citou que o mercado sofreu mudanças significativas nas últimas semanas. Com a alta na cotação do dólar, explica ele, o leite nacional ficou mais atrativo ao mercado, motivando vendas e segurando as importações.

Segundo o professor da UPF Marco Antônio Montoya,  a variação projetada pelo Conseleite para janeiro reflete a oscilação entre os produtos que compõem o mix.  “Pela tendência histórica, espera-se de 2020 um ano mais equilibrado para o setor lácteo”, estima Montoya, embasado na tradicional alternância entre anos bons e ruins na cadeia láctea gaúcha. 

Rodrigo Rizzo
Rodrigo Rizzo é engenheiro agrícola formado pela Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) e especialista em Lácteos pela CORFILAC/ Ragusa/Itália. Tem desempenhado atividades de consultoria e instrutoria nas diferentes áreas do agro no Brasil e Uruguai. É consultor atuante no Sebrae e Senar. Atualmente, é assessor da presidência e diretoria do Sistema Farsul e coordena as comissões da federação. 

 
Na foto: Rodrigo Rizzo (E) e Alexandre Guerra (D) | Crédito: Carolina Jardine

Representante da FAEP assume presidência da Câmara Setorial do Leite do Mapa
Novo presidente - A Câmara Setorial do Leite e Derivados, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), tem um novo presidente. 
No dia 20 de janeiro, o presidente da Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Ronei Volpi, assumiu o posto, referendado pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Volpi é o primeiro representante da região Sul a presidir a câmara.

A nomeação rompeu uma dupla tradição. Primeiro, porque o colegiado tinha por praxe estabelecer uma lista tríplice, a partir da qual o Mapa escolhia o presidente. Volpi foi indicado de forma unânime pelo setor. Ainda, a escolha do representante da FAEP colocou a região Sul no cargo mais importante da Câmara, até então ocupado por Rodrigo Alvim, de Minas Gerais.
 
“Agradeço o apoio de todos os que se empenham para fazer a cadeia de lácteos mais forte. Eu só me encorajo a encarar esse novo desafio na Câmara Setorial porque tenho todo esse apoio do setor produtivo como um todo. Me proponho a fazer o melhor trabalho possível e dedicar todo o meu empenho dentro da Câmara setorial, que se trata de uma instituição com caráter consultivo com canal direto com o Ministério. Temos ainda a vantagem de ter, além da presidência da Câmara, um representante da Aliança Láctea junto conosco”, destaca Volpi.
 
Atuação
Ao longo da sua atuação, o colegiado desenvolve ações e ajuda o Mapa na formulação de políticas públicas que fortaleçam a atividade. Diante disso, o novo presidente tem, entre outros desafios, a implementação das Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Mapa, que estabelecem critérios para produção e captação de leite cru, pasteurizado e tipo A. Na avaliação do líder do setor, essas normativas vão exigir uma grande organização do segmento, mas podem implicar em avanços a partir do momento em que produtores e indústrias se estruturarem para cumpri-las.
 
Perfil
Volpi é formado em medicina veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul. Hoje é diretor executivo do Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária da Agropecuária do Paraná (Fundepec).

Três décadas atrás, Volpi começou na atividade leiteira, tornando-se gerente de lácteos da Cooperativa Agroindustrial Witmarsum e iniciando sua própria produção de leite – com gado holandês puro. Como líder do setor, Volpi foi um dos idealizadores do Conselho Paritário de Produtores/Indústrias de Leite do Paraná (Conseleite-PR) – primeiro colegiado deste tipo no país e que trouxe mais transparência à cadeia produtiva do Estado. O líder também esteve à frente da criação da Aliança Láctea Sul-Brasileira, que congrega representantes dos três Estados da região. Além disso, Volpi foi superintendente do SENAR-PR por 18 anos. (FAEP)

Serviço de Inspeção Federal completa 105 anos
Responsável por assegurar a qualidade de produtos de origem animal, comestíveis e não comestíveis, destinados ao mercado interno e externo, o Serviço de Inspeção Federal (SIF) completou ontem (27) 105 anos de existência.

O serviço foi instituído pelo Decreto nº 11.462 de 1915. Os consumidores reconhecem o serviço por meio do selo SIF, que aparece nos rótulos de vários produtos como requeijão, iogurte, carnes, ovos e outros, garantindo de que foram inspecionados e estão aptos para o consumo.
 
Reconhecido mundialmente, o SIF garante a certificação sanitária dos produtos, protege a saúde pública do consumidor brasileiro e atende aos requisitos sanitários exigidos pelo mercado internacional para a exportação, movimentando a economia nacional.
 
“Só em 2019, mais de 5 bilhões de animais foram inspecionados. Até receber o carimbo do SIF, o produto passa por diversas etapas de fiscalização e inspeção realizadas pelos auditores fiscais federais agropecuários que verificam se o produto atende aos requisitos mínimos de qualidade e segurança para o consumo”, destaca a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério, Ana Lucia Viana.
 
Atualmente, o SIF tem atuação em 3.711 estabelecimentos nacionais e 8.779 estabelecimentos estrangeiros cadastrados, todos sob a supervisão do Dipoa, que somados detêm mais de 98 mil rótulos de produtos registrados.

A abertura de novos mercados em 2019 permitiu que o Brasil exportasse carnes, lácteos, mel, pescados e os derivados desses produtos para 194 países diferentes. Ao todo, foram exportadas 25 milhões de toneladas de produtos de origem animal, tornando o país um dos principais exportadores mundiais.
 
“Temos um Serviço confiável e de vital importância para o país, com grande representatividade no agronegócio, que garante alimentos seguros para o consumo nacional e internacional”, enfatiza a diretora. (MAPA)

Produção/EU
A captação de leite na União Europeia (UE) aumentou 0,9% em novembro passado em comparação com um ano antes, o que resultou em 109.000 toneladas a mais de leite, de acordo com os últimos dados do Observatório Lácteo da UE. Os países com os maiores aumentos absolutos foram sido França (+33.000 toneladas), Holanda (+30.000 toneladas), Espanha (+23.000 toneladas) e Portugal (+19.000 toneladas). Percentualmente, os maiores índices foram registrados em Luxemburgo e Bulgária, acima de 5%. Na Espanha, a captação de leite em novembro aumentou 4,2%. No acumulado de janeiro a novembro de 2019 o aumento da UE foi de 0,5%. O comportamento variou entre os países membros, como pode ser visto no mapa. Irlanda, Bélgica, Estônia e Polônia lideraram o crescimento. A Espanha registrou aumento de 1,4%. As maiores quedas foram verificadas na Suécia, Áustria, Eslovênia e Croácia. Entre os grandes produtores como França e Alemanha, a produção ficou estável. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

 

Porto Alegre, 27 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.151

 Estiagem no RS provoca prejuízos de até R$ 7,5 bi

Quebras de safra terão efeito sobre o PIB gaúcho neste semestre

Apesar da melhora nas condições climáticas nos últimos dias, a severa estiagem e o forte calor que castigaram o Rio Grande do Sul em dezembro e em parte de janeiro deixarão um rastro de pesados prejuízos para os agricultores gaúchos e deverão ter impacto negativo sobre o Produto Interno Bruto (PIB) estadual até o segundo trimestre.

Representantes de entidades do setor estimam frustrações entre 10% e 40% nas expectativas para as safras de soja, milho, fumo e uva e para a produção de leite neste mês, o que representa perdas de R$ 4,4 bilhões a R$ 7,5 bilhões no campo considerando os volumes que deixarão de ser colhidos e os preços médios dos produtos no Estado.

 

“O impacto foi severíssimo para muitos produtores”, diz o secretário-adjunto da Agricultura do Estado, Luiz Fernando Rodriguez. Ele explica que não tem como fazer projeções mais precisas sobre o estrago, mas diz que não pretende ser “alarmista” e fala em uma queda “abaixo de dois dígitos” para toda a produção agrícola de verão.

Mesmo assim, reconhece que as lavouras de milho foram “tremendamente atingidas” e que houve queda de produtividade importante na produção leiteira, mas ele espera que a soja ainda recupere parte da produção perdida. Além disso, até a última quarta-feira 81 municípios gaúchos já haviam decretado situação de emergência.

Conforme o secretário-adjunto, ainda é difícil fazer uma previsão mais aproximada dos efeitos da estiagem porque a intensidade do fenômeno variou muito de região para região, com maior déficit hídrico no centro, sul e leste e menor no oeste e norte. Segundo ele, para atenuar o problema dos agricultores o governo estadual vai antecipar de maio para março a liberação de recursos para compra subsidiada de sementes de pastagens de inverno e, em fevereiro, vai lançar um programa de financiamento para dobrar nos próximos anos a área de milho irrigado, que corresponde atualmente por apenas 17% das lavouras do grão.

Para o pesquisador do Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria de Planejamento do Estado, Rodrigo Feix, os problemas no setor deverão prejudicar o PIB estadual até o segundo trimestre porque a colheita de soja vai até abril. De acordo com ele, a agropecuária responde por 9% a 10% do Valor Adicionado Bruto (VAB) que compõe o produto gaúcho, mas a participação chega a um terço quando se leva em conta os setores vinculados como máquinas, equipamentos, alimentos e transportes.

Por isso, se os prejuízos se confirmarem, eles devem fazer com que o desempenho geral da economia local fique abaixo da nacional na primeira metade do ano, já que a região Sul foi a mais atingida pela escassez de chuva, explica ele.

Conforme o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (Fecoagro-RS), Paulo Pires, um levantamento feito pela entidade na primeira semana de janeiro indicou uma quebra de 33% na produção de milho em comparação com a estimativa inicial da Emater-RS, vinculada à Secretaria da Agricultura, que era de 5,9 milhões de toneladas. Para ele, o índice final deve ficar entre 30% e 35%, o que significaria uma colheita entre 3,8 milhões e 4,1 milhões de toneladas até o fim do ciclo, em março, inferior também às quase 5,8 milhões de toneladas colhidas na safra passada, conforme a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab).

Na soja, Pires entende que o número final pode oscilar entre 10% e 13% a menos do que a projeção inicial da Emater-RS, de 19,7 milhões de toneladas. “As perdas não são lineares e variam de 5% a 60% dependendo da região”, explica o pesquisador. Se a previsão da Fecoagro-RS se confirmar, a safra da oleaginosa ficaria entre 17,1 milhões e 17,7 milhões de toneladas, igualmente abaixo das 19,2 milhões de toneladas produzidas em 2018/19, de acordo com a Conab.

Para o vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Elmar Konrad, o prejuízo na safra de milho deve ficar entre 30% e 40%, enquanto a soja deve perder cerca de 20%, com ampla variação entre as distintas regiões.

“A deficiência hídrica foi muito diferente até entre áreas do mesmo município”, explica Konrad. E, antes da estiagem, a oleaginosa sofreu com o excesso de chuva em outubro, o que provocou o aparecimento de fungos e a morte de plantas e exigiu o replantio de algumas lavouras, acrescenta o dirigente. O Rio Grande do Sul é o terceiro principal Estado produtor de soja do país e o quinto de milho.

Considerando os preços médios da penúltima semana de janeiro e as estimativas de frustração na produção feitas pelo presidente da Fecoagro-RS e pelo vice-presidente da Farsul, os agricultores gaúchos deixariam de embolsar entre R$ 2,6 bilhões e R$ 5,2 bilhões somente com a soja. Com o milho, o faturamento perdido com a seca oscilaria entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,6 bilhão.

A produção gaúcha de fumo também deverá diminuir 13% em relação à projeção inicial, para 233,9 mil toneladas, prevê o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Werner. O Estado é o maior produtor de tabaco do país, à frente de Santa Catarina e do Paraná, e das 35,8 mil toneladas que deverão ser colhidas a menos até o fim de fevereiro, 92% são da variedade Virgínia, que rende em média R$ 9,06 por quilo ao fumicultor, afirma o dirigente da associação. O restante refere-se à variedade Burley, com preço médio de R$ 8,17. A perda acumulada, portanto, seria de pouco mais de R$ 320 milhões.

Já os parreirais do Estado deverão produzir 20% a 30% menos de uvas comuns e viníferas em comparação com uma safra “normal” de 650 mil toneladas, calcula o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha, Olir Schiavenin, integrante do Comitê Interestadual da Uva, que reúne representantes das regiões vitícolas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

Com isso, a quebra na colheita que vai até março pode oscilar entre 130 mil e 195 mil toneladas, o que representaria R$ 169 milhões a R$ 253,5 milhões a menos em renda para os produtores de uva.

No caso da produção leiteira, a queda poderá chegar a 20% em janeiro em função do estresse dos animais provocado pelo forte calor, da redução da oferta de pastagem e da baixa qualidade da silagem de milho, também comprometida pela estiagem, explica o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva. Segundo ele, em alguns municípios, a quebra deve chegar a 40% e como o Estado produz em média 12 milhões de litros por dia, a perda total chegaria a 72 milhões de litros no mês se a projeção da entidade se confirmar, com um prejuízo de pouco mais de R$ 90 milhões para os produtores somente em janeiro. O Rio Grande do Sul é o segundo
maior Estado produtor de leite. (Valor Econômico)

Brasil e Índia firmam cooperação técnica em produção animal
Os governos do Brasil e da Índia firmaram neste sábado (25) declaração conjunta para cooperação na área de produção animal. O documento foi celebrado entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Ministério da Pesca, Pecuária e dos Laticínios da Índia (Departamento de Pecuária e Lácteos - DAHD), durante a visita de Estado do presidente Jair Bolsonaro ao país asiático. 
 
O acordo prevê cooperação em sanidade animal (comércio de animais, material genético e produtos de origem animal), que envolve pecuária e pesca; capacitação técnica (assistência técnica, cursos e estágios e transferência de tecnologia em reprodução animal) e pesquisa em genômica bovina e intercâmbio mútuo de germoplasma (material genético). Brasil e Índia também se comprometeram na instalação de um Centro de Excelência em Pecuária Leiteira em território indiano, além da promoção comercial e investimento entre os setores privados dos dois países, com destaque para atuação de empresas brasileiras de genética bovina na Índia.  

 

O Mapa foi representado pela ministra Tereza Cristina e pelos secretários Jorge Seif Júnior (Aquicultura e Pesca) e Orlando Ribeiro (Comércio e Relações Internacionais). Na declaração, Brasil e Índia referendaram memorando de entendimento entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Departamento de Pecuária e Lácteos da Índia, firmado em 2016, para capacitação de técnicos indianos em fertilização in vitro. (MAPA)

 

Leite: municípios brasileiros atingem padrão europeu de produção
Nessas localidades, a produtividade atingiu volumes acima de 6 mil litros por vaca. Outros 350 atingiram produtividade média superior à da Nova Zelândia, de 4 mil litros

Em 2018, a produção total de leite no Brasil cresceu 1,6%, com as regiões Sul e Sudeste respondendo, cada uma, por 34% da oferta nacional, estimada em 33,8 bilhões de litros. Aquele foi o primeiro ano de crescimento da produção desde 2014, quando foram produzidos 35,1 bilhões de litros. Em relação a 2017, o número de vacas recuou 2,9% enquanto a produtividade subiu 4,7%, chegando a 2.068 litros anuais por animal. Apesar de a produtividade brasileira continuar em patamar ainda relativamente baixo, houve um aumento importante desse indicador. 
 
Existem mais de 350 municípios do  país com produtividade média superior à da Nova Zelândia, de 4 mil litros por vaca. Em alguns desses municípios, essa produtividade atingiu volumes acima de 6 mil litros por vaca, o que equivale ao padrão europeu. Com o atual volume de produção, o Brasil já figura entre os três maiores produtores mundiais, atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia. Para a equipe de Socioeconomia da Embrapa Gado de Leite, serão os avanços em competitividade que irão melhorar o posicionamento do País no mercado internacional. 
 
No caso do leite inspecionado, segundo os pesquisadores, a produção de 2018 atingiu 24,4 bilhões de litros, o que correspondeu a 70% da produção total. Em relação a 2017, houve crescimento de apenas 0,5%. Os índices de 2019 ainda não vieram à tona, mas esse crescimento deverá ser superior, embora com um perfil de expansão distinto entre o primeiro e o segundo semestre. No primeiro semestre houve um aumento de 5% no volume de leite sob inspeção em relação ao mesmo semestre de 2018. Esse crescimento foi influenciado pela greve dos caminhoneiros, que afetou a produção em maio de 2018, mas também pela boa relação de troca ao produtor quando se analisa os preços de leite e de concentrado, o que estimulou a produção. 
 
Quando os números do ano que se passou forem apresentados, o segundo semestre não deve registrar uma expansão sobre volume produzido em igual período de 2018. Isso se deve a três fatores. O primeiro é estatístico e refere-se à base de comparação: a produção do segundo semestre de 2018 foi um recorde histórico. O segundo é uma piora na relação de troca e das margens dos produtores, fator que desestimula a produção. Além desses influenciadores, o desempenho do período foi afetado pelo clima. O setor sofreu uma seca prolongada, a ocorrência de geadas no inverno e chuvas irregulares e abaixo da média em algumas regiões do Sudeste e Centro-Oeste, que devem comprometer a retomada da produção no pós-entressafra. 
 
Números animadores para 2020
Após fechar 2018 praticamente estagnada, com crescimento de apenas 0,5%, a pecuária de leite não tem muitos motivos para se lamentar em 2019. Mesmo não sendo um ano de grande expansão do setor (o crescimento deve fechar entre 2% e 2,5%), o preço do leite pago ao produtor terminou o ano em torno de R$1,36, o que equivale a 0,33 centavos de dólar, com o câmbio a R$ 4,06 por dólar. Segundo o analista da Embrapa Gado de Leite Lorildo Stock esse é um preço razoável para o setor, equivalendo-se às cotações internacionais, o que não favorece a importação do produto. O analista informa que, lá fora, a tonelada do leite está sendo vendida entre US$ 3.100 e USD$ 3.300, abaixo do preço histórico de USD$ 3.700, o que mostra equilíbrio do mercado mundial em termos de oferta e demanda. 
 
Ainda que os especialistas não vejam com euforia o ano que se inicia, os sinais de que a crise está chegando ao fim ficam mais claros. “As previsões iniciais para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 indicam alta de 2,3%, o que é baixo, mas é a melhor expansão dos últimos seis anos”, diz o também analista que integra a equipe de socioeconomia da Embrapa Gado de Leite Denis Teixeira da Rocha. Por esse motivo, espera-se uma recuperação um pouco mais forte do consumo, possibilitando algum repasse de preços ao longo da cadeia produtiva e melhores margens industriais. A retrospectiva do ano que se passou também mostra mais solidez da atividade leiteira. 
 
2019 teve preços acima dos patamares históricos
O pesquisador da Embrapa Glauco Carvalho relata que o primeiro semestre de 2019 fechou com os melhores patamares de preços para os produtores de leite brasileiros, quando comparado a igual período dos últimos sete anos. “Além de receber preços melhores, houve um incremento importante na relação entre o preço do leite e o custo da alimentação dos animais”, afirma Carvalho. Na avaliação dele, o milho e a soja, principais ingredientes utilizados na ração das vacas, permaneceram com preços relativamente baixos no primeiro semestre, o que segurou os custos de produção do leite.
 
A relação de troca ao pecuarista, medida pela quantidade de litros de leite necessária para comprar uma saca de 60 kg de concentrado, ficou em 34 litros, na média do primeiro semestre; queda de 24% em relação ao ano anterior. “Entretanto, no segundo semestre, essa trajetória foi se alterando, com um recuo nos preços do leite e o aumento no custo do concentrado”. Ainda assim, na média do ano, os preços pagos aos produtores em 2019 ficaram acima do patamar histórico, o que sustentou crescimento da produção. 
Quanto à indústria, na visão de Carvalho, 2019 foi bem mais desafiador, sobretudo para aquelas empresas focadas em linhas tradicionais, como leite UHT, queijo muçarela e leite em pó. “O gargalo do ano tem sido o baixo nível do consumo doméstico e a dificuldade de repasse de preços ao longo da cadeia produtiva”, constata o pesquisador. Para ele, a elevada capacidade ociosa da indústria nacional leva a uma necessidade de maior captação para diluir os custos fixos, o que muitas vezes se traduz em focar mais na captação do que na própria margem de comercialização. 
 
Um outro ponto de estrangulamento, segundo o especialista, refere-se à fragmentação da indústria, que acaba dificultando uma estratégia de comercialização com o varejista para sustentar um patamar mais rentável de preços. “O fato é que as empresas estão trabalhando com margens bem apertadas. O pior cenário é o do leite UHT, em que a relação de preços entre o atacado e o produtor ficou quase 18% abaixo dessa mesma relação em 2018”. 
 
Ano de 2020 traz incertezas nacionais e internacionais
Os especialistas da Embrapa avaliam que o ano que se inicia traz componentes de incerteza, tanto no ambiente interno quanto no externo. Internamente, pesa a articulação política e como o Governo vai tocar a agenda de reformas, que os analistas consideram fundamental para o Brasil retomar níveis melhores de crescimento econômico e distribuição de renda. No contexto internacional, a peste suína ocorrida em 2019 na China pode ter reflexos também em 2020 já que a doença está atingindo outros países asiáticos.
 
O problema na suinocultura chinesa, que reduziu em 40% o número de suínos naquele país, provocou o aumento das exportações de carne para a China – o que elevou a demanda por soja e milho na pecuária de carne. Os preços desses insumos tendem a se manter mais pressionados. Além disso, as exportações brasileiras de milho estão batendo recordes. Carvalho informa que se tem ainda uma nova demanda oriunda de plantas de etanol de milho no Centro-Oeste brasileiro. Todos estes fatores colocam uma pressão alta no milho e, consequentemente, no concentrado para as vacas. “Pode haver muita volatilidade nos preços do concentrado até que seja definida a safrinha de milho no meio do ano”. 
 
Do ponto de vista da oferta e demanda, em linhas gerais, o mercado brasileiro de leite se mostra bem equilibrado. A expansão da produção nacional perdeu força no final do ano passado, na comparação com 2018. Além disso, o volume de importação está relativamente baixo e, apesar do consumo estar fraco, não há excedente de produção que possa levar a uma queda nos preços. Pelo contrário, as cotações se sustentaram no último trimestre do ano, quando geralmente os preços caem. 
 
“Nesse cenário, a expectativa é que 2020 comece com os preços do leite ao produtor em patamares superiores ao registrado em janeiro de 2019 e com uma trajetória de elevação mais alinhada ao padrão histórico, que difere da precoce e expressiva alta registrada em fevereiro daquele ano”, diz Carvalho. Produtos lácteos cujo consumo está associado a rendas mais altas, como queijos e iogurtes, tendem a ter um crescimento melhor em 2020. Mas o mercado de UHT ainda deve continuar complicado. 
 
O pesquisador acredita, no entanto, que as grandes apostas do setor foram adiadas para 2021, quando se espera que o Brasil tenha um crescimento mais robusto, gerando mais empregos e elevando o consumo familiar de leite e derivados. (Canal Rural)
Cresce o número de emergências
O número de municípios gaúchos que decretaram situação de emergência em razão da estiagem chegou a 90 neste final de semana, segundo relatório da Defesa Civil. Desde quarta-feira entraram na lista Putinga, Lagoa dos Três Cantos, Santa Bárbara do Sul, Barra do Rio Azul, Cruzeiro do Sul, Morro Redondo, Paraíso do Sul, Minas do Leão e Tunas. Para esta semana há perspectiva de pancadas de verão hoje e amanhã, além de chuva em todas as regiões na quarta-feira. (Correio do Povo)
 

 

 

Porto Alegre, 24 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.150

 ANTT regulamenta obrigatoriedade da emissão do CIOT para fretes

A Resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) nº 5.862, publicada em dezembro de 2019, regulamenta a obrigatoriedade da emissão do Código Identificador da Operação de Transporte (CIOT) para todas as operações de transporte rodoviário remunerado de cargas no Brasil. Até então, a obrigação só era devida quando o transporte era realizado por autônomos, cooperativas ou empresas de transporte formadas por até três veículos. Com o objetivo de sanar dúvidas sobre o assunto, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) promoveu reunião, em conjunto com a área técnica das empresas associadas e representantes da ANTT, na tarde de quinta-feira (23/01), em Porto Alegre (RS). O sindicato manifestou a preocupação do setor com a dificuldade de implementação da resolução, tendo em vista a burocracia envolvida e exíguo prazo que as empresas têm para se adequar. O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, afirma que entende que "dependendo das respostas da ouvidoria da ANTT, será necessário a prorrogação da entrada em vigor da Resolução, já que a coleta de leite envolve mais que 1000 caminhões envolvidos diariamente."

O cadastramento e a emissão do CIOT devem observar as disposições da Portaria ANTT nº 19, publicada em 23 de janeiro de 2020. Segundo essa normativa, no momento do cadastro da operação de frete, a empresa deve registrar todas informações exigidas pelo art. 5º da Portaria 19/20, sendo elas:

• RNTRC e o CPF ou CNPJ do contratado e, se existir, do subcontratado;
• CPF ou CNPJ, do contratante ou, quando houver, do subcontratante, e do destinatário da carga;
• CEP de origem e CEP de destino da carga, e a distância percorrida, em quilômetros, entre esses dois pontos;
• Tipo de carga com NCM;
• Peso da carga;
• valor do frete pago ao contratado ou, se existir, ao subcontratado, com a indicação da forma de pagamento e do responsável pela sua liquidação;
• valor do Vale-Pedágio obrigatório, desde a origem até o destino, se aplicável;
• placas dos veículos que serão utilizados na Operação de Transporte (combinação de veículos de carga);
• data de início e data prevista para o término da Operação de Transporte;
• dados da Instituição, número da agência e da conta onde foi ou será creditado o pagamento do frete.De acordo com o coordenador de fiscalização substituto da ANTT, Vinicius Oliveira, a resolução atendeu uma das reivindicações dos caminhoneiros na greve de 2018. "A empresa contratante do frete é responsável pela emissão do CIOT das transportadoras contratadas. Caso haja subcontratação do serviço, também se faz necessária a emissão do CIOT por cada placa de veículo", explica. Para a emissão, as empresas poderão utilizar uma das Instituições de Pagamento Eletrônico de Frete (IPEF) habilitadas pela ANTT o cadastro e a emissão do CIOT é gratuita.

A relação de IPEF habilitadas pela ANNT está disponível neste link

A Portaria 19/20 permite que a empresa contratante de frete delegue, mediante acordo, a obrigação de cadastramento da operação e emissão de CIOT para as empresas de transporte rodoviário ou às cooperativas de transporte. Isso, contudo, não dispensa a empresa contratante de responder por eventuais infrações ou multas por conta de não envio ou erro no envio do CIOT.

Há multa para o caso de não emissão do CIOT?

Sim. A Resolução ANTT nº 5.862 define uma série de condutas sujeitas à multa, dentre as quais são exemplo:

• Não gerar o CIOT à multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais);
• Gerar CIOT com informações falsas à multa de cem por cento do valor do piso mínimo de frete aplicável à Operação de Transporte, limitada ao mínimo de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais) e ao máximo de R$ 10.500,00 (dez mil e quinhentos reais);
• Deixar de informar o CIOT no Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais - MDF-e (conhecimento de transporte) à multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais).

A ANTT solicitou ao Sindilat que os questionamentos feitos na reunião fossem enviados formalmente para que a Ouvidoria da ANTT. O Sindilat se comprometeu a enviar um documento com questionamentos e sugestões normativas à ouvidoria. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Crédito: Stéphany Franco

Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 24 de Janeiro de 2020 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Dezembro de 2019 e a projeção dos valores de referência para o mês de Janeiro de 2020. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.
 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Faesc)

Kantar: consumo no Brasil apresentou índices positivos em novembro

Os indicadores de consumo do mês de novembro de 2019 apresentaram uma leve recuperação do mercado de bens de consumo massivo (FMCG) no curto prazo. De acordo com o levantamento Consumer Thermometer da Kantar, líder global em dados, insights e consultoria, houve um aumento de 5,1% no volume de bens de consumo massivo comprados nos três últimos meses terminados em novembro (setembro a novembro), em relação ao trimestre anterior. A frequência com que os brasileiros levaram produtos para casa também cresceu 1,5% e a quantidade de unidades colocadas nas sacolas teve performance positiva de 3,5%. Pensando no bolso, o valor gasto com as categorias neste período e o ticket médio desembolsado por cada compra tiveram alta de 7,2% e 3,9%, respectivamente.

Entre as categorias, a de bebidas foi a que mais se destacou positivamente, com 5,1% de crescimento. Nesse período, água mineral, cerveja e água de coco saíram mais rápido das prateleiras dos supermercados, enquanto leite aromatizado, suco em pó e refrigerante não foram tão bem assim.

Todas as classes registraram crescimento de setembro a novembro de 2019, com destaque para a classe DE com aumento de 4,6%. As classes AB e C tiveram performance positiva de 3,3% e 3,0%, respectivamente. Entre as regiões, as que compraram mais unidades foram Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro e Sul, nesta ordem. “Apesar de todas as regiões terem fechado o ano com recuperação a curto prazo, os índices variam bastante entre elas. O Centro-Oeste e as cidades do interior paulista têm os números menos expressivos do ranking nacional”, analisa Giovanna Fischer, Diretora de Marketing e Insights da Kantar.

Entre os canais, o atacarejo continua como o que mais cresce na preferência no País ao lado das farmácias, que também têm atraído novos lares compradores. Os outros canais apresentam queda tanto no longo quanto no curto prazo. (As informações são da Kantar)

Produção/AR 

Um boletim do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla) estima que, durante 2019, foram fechadas quase mil fazendas leiteiras no país. 

De acordo com dados oficiais, a produção de leite do ano passado ficou em 10.343 milhões de litros, 1,7% menos que no ano anterior. A partir de informações do Departamento de Estatísticas, Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) e estimativas próprias, o Ocla projeta que 2019 fechou com 10.287 fazendas leiteiras, 8,7% menos do que as 11.273 que existiam um ano antes.

Vale esclarecer que são dados não consolidados e que estão sujeitos a revisões.
 
Menos vacas, mas mais produtivas
Paralelamente, o Ocla calcula que o rebanho atual de vacas holandesas está em 1.623.176 cabeças, 5,9% menos do que as 1.726.038 fêmeas de 2018.
Apesar da menor quantidade de fazendas e redução do rebanho, conforme os números apresentados pelo Ocla, o resultado em volume não foi tão grande, e a produtividade animal melhorou.  

Em média, cada fazenda entregou 2.755 litros de leite diários no ano passado, 7,7% a mais que os 2.558 litros registrados em 2018.

Portanto, a produção por vaca cresceu 4,4%, de 6.100 litros para 6.370 litros. (Agrovoz - Tradução livre: Terra Viva)
 
Os dados completos, incluindo alguns indicadores de qualidade estão no quadro a seguir:
 
 

 
Orgânico e Integral
O Projeto de Lei 6263/19 estabelece multa de até R$ 1 milhão para produtores que utilizarem as expressões “orgânico” e “integral” nos rótulos de alimentos sem a devida certificação reconhecida por órgão oficial. Além de multa, o texto prevê outras punições aos responsáveis: suspensão da comercialização do produto; condenação de produtos, rótulos, embalagens e matérias-primas; inutilização do produto; suspensão e cancelamento de credenciamento, certificação, autorização, registro ou licença. O autor do projeto, deputado Felipe Carreras (PSB-PE), explicou que a medida pretende defender direitos do consumidor, ao estabelecer a obrigatoriedade, nos rótulos, de certificação emitida por organismo reconhecido oficialmente. "Cada dia mais, a população brasileira vem buscando alternativas para enriquecer a dieta de forma mais saudável, e temos o entendimento de que os produtos orgânicos e integrais contribuem para o incremento na qualidade de vida", diz o parlamentar. "Diversas empresas entenderam essa tendência e começaram a rotular os alimentos com os selos 'orgânicos' e 'integral', o que nos traz preocupação se, de fato, esses produtos são o que os rótulos prometem", acrescenta Carreras.
Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Defesa do Consumidor; de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Agência Câmara)

Porto Alegre, 23 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.149

 Preço/MS 

A diretoria do Conseleite – Mato Grosso do Sul atendendo os dispositivos do seu Estatuto, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de dezembro de 2019 e a projeção dos valores de referência para o leite a ser entregue no mês de janeiro de 2020. 
 
Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor.
 
OBS: (1) Os valores de referência da tabela são para a matéria-prima leite “posto propriedade”, o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural.
(2) O valor de referência para o “Leite Padrão” corresponde ao valor da matéria-prima para um volume médio diário de até 100 litros por dia, com 3,00 a 3,5% de gordura, 2,90% a 3,30% de proteína, 200 a 400 mil c/ml de células somáticas e 150.001 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.

(3) Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme parâmetros de qualidade e volume, o Conseleite Mato Grosso do Sul disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função do volume e de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: sistemafamasul.com.br/conseleitems/ (Famasul)

Novos adidos agrícolas assumem missão no exterior
Os novos adidos agrícolas começaram a tomar posse nas representações diplomáticas brasileiras no exterior. Antes de iniciarem a missão, os nove adidos foram recebidos pela ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) quando  foram orientados. 
 
“A orientação da ministra é que eles mergulhem de cabeça nessa experiência e que possam engrandecer a missão de levar nosso agronegócio para o mundo e diversificar a pauta exportadora”, relata o secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Mapa, Flávio Bettarello, sobre o encontro da ministra com os adidos no último dia 8 deste mês. 
Um dos papeis do adido é identificar as oportunidades, os desafios e as possibilidades de comércio, investimentos e cooperação para o agronegócio brasileiro. “Com base nessa vivência em campo, na qual eles estão naturalmente engajados com as autoridades locais, com o setor privado local, no acompanhamento da imprensa, da Academia, eles poderão auxiliar a identificar uma estratégia que seja coerente no curto, médio e longo prazo para cada país, para cada mercado específico”.
Bettarello destaca que há mercados em que o esforço maior consiste na superação de barreiras sanitárias e fitossanitárias; em outros, há maior necessidade de iniciativas de promoção de comércio e investimentos, tais como participação em feiras internacionais e organização de road shows. Por fim,  em alguns países, o desafio é trabalhar a imagem da agricultura brasileira junto com a sustentabilidade ambiental. O adido agrícola deve contribuir para o diagnóstico adequado dos problemas e para a busca de soluções. 
O secretário-adjunto destaca que o Ministério trabalha para harmonizar a política agrícola doméstica com a internacional. “Nós olhamos para fora, mas com os pés fincados no campo. Não adianta abrir um mercado que a gente não tenha condições de atender ou um mercado onde serão necessárias muitas adequações.” 
No caso da China, por exemplo, buscaram-se oportunidades para o melão, que é uma fruta economicamente importante para a Região Nordeste. No Peru, pela proximidade geográfica com o Acre, o interesse é incrementar as vendas de carne suína.
Outro exemplo é a Tailândia, onde a pauta exportadora brasileira está concentrada na soja. “Nosso esforço agora é diversificar essa pauta, inserindo nela outros produtos. Já fizemos algo importante que foi a reciclagem animal; subprodutos sendo usados como insumos para a indústria deles. Estamos em processo de negociação sobre a carne bovina.” Para o êxito das tratativas, busca-se conciliar interesses dos dois países envolvidos. “A Tailândia gostaria de investir mais em agricultura familiar e nós temos expertise nessa matéria.” 
Novos adidos
Em janeiro e fevereiro deste ano, os novos adidos agrícolas se apresentarão nos seguintes países: China, Reino Unido, Singapura, Itália (sede da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – FAO), Rússia, Estados Unidos, Japão, Bélgica (sede da Comissão Europeia) e Peru.
 
Os decretos de designação foram assinados pelo presidente Jair Bolsonaro e publicados no Diário Oficial da União do dia 26 de dezembro de 2019. 
Na mesma edição do DOU, também foram publicados os decretos de recondução, por mais dois anos, dos adidos agrícolas nas representações diplomáticas brasileiras na Arábia Saudita, África do Sul, Argentina, China, Índia, Coreia do Sul, no México, na Tailândia e no Vietnã. 

Em 2021, outros seis adidos poderão ser reconduzidos – que exercem missão nas representações no Canadá, na Colômbia, no Egito, na Indonésia, no Marrocos e na Bélgica. (MAPA)
 

Estado apresenta ações para conquistar novo status sanitário em aftosa

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural apresentou, nesta terça-feira (21), ações que deverão ser tomadas para que o Rio Grande do Sul possa evoluir o status sanitário para zona livre de aftosa sem vacinação. As medidas seguem 18 recomendações elencadas pelo Ministério da Agricultura no relatório da auditoria realizada em setembro do ano passado.
 
“Alguns apontamentos nós já tínhamos soluções a apresentar. A retirada da vacinação é o maior avanço desta secretaria para os próximos anos”, disse o secretário Covatti Filho, que, por estar em um curso de gestão nos Estados Unidos, participou da reunião por videoconferência. No início de fevereiro, ministério e secretaria devem se reunir para avaliar as medidas adotadas e decidir se o processo de evolução do status sanitário continuará, com a possibilidade de a etapa da vacinação de maio ser suspensa. “Mas tudo isso se dará com diálogo constante com o setor produtivo”, pontuou o secretário Covatti. 
Entre as recomendações do Ministério, está a reorganização do quadro de pessoal para que os fiscais agropecuários sejam retirados de atividades administrativas e se dediquem integralmente à fiscalização. “Para que isso ocorra, estamos com um processo para contratação, por licitação, de 150 postos de trabalho em serviços de logística administrativa”, detalhou o secretário em exercício, Luiz Fernando Rodriguez.
Outro apontamento se refere à atualização da frota de veículos da Seapdr, que solicitará a aquisição de carros utilitários com manutenção garantida. As demais recomendações incluem: modernização e ajuste do Sistema de Defesa Agropecuária da secretaria, padronização no cumprimento da legislação, incremento da fiscalização volante, elaboração de estratégia para funcionamento dos postos fiscais, incremento na fiscalização de eventos com aglomeração de animais, cumprimento de metas dos programas de sanidade animal, atividades de educação em saúde animal e maior participação do serviço veterinário oficial nas ações do SUS. “Temos ações definidas para cada uma destas 18 recomendações”, finalizou Rodriguez.
Estiveram presentes à reunião representantes das federações da Agricultura (Farsul), Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS) e do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa). 
Vantagens para a retirada da vacinação
Se o Rio Grande do Sul for declarado como zona livre de aftosa sem vacinação, poderá atingir mercados mais exigentes, que atualmente não reconhecem e não compram proteína de animais de zonas com vacinação e que, consequentemente, remuneram melhor. São países como a China, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Chile e Filipinas. 
Além disso, desde que Santa Catarina e Paraná conquistaram o status sanitário de zona livre de aftosa sem vacinação, o Rio Grande do Sul não pode mais vender para estes estados. Só o Paraná representa 70% dos bovinos comercializados do território gaúcho para outros estados. (SEAPDR) 
 
 
Investimentos/Índia - País asiático busca parceiros e investimentos externos para alavancar produção de leite e a indústria de alimentos.
No primeiro dia de agenda na Índia, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) reuniu-se ontem com a ministra de Indústria e Processamento de Alimentos da Índia, Harsimrat Kaur Badal, e o ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos, Giriraj Singh.
 
Com a ministra indiana, Tereza Cristina discutiu oportunidade de investimento de empresas brasileiras no setor de processamento de alimentos do país asiático. Os indianos buscam recursos externos para cadeias de frios e redes de varejo, máquinas e equipamentos para indústria de alimentos e cooperação tecnológica.
 
Já o Brasil demonstrou interesse em ampliar a participação no setor de carne de frango, e a Índia, em sucos concentrados. 
As duas ministras também conversaram sobre experiências de cooperativismo para aumentar a renda do pequeno produtor rural, bem como o uso exitoso do Plantio Direto, modelo brasileiro que pode ajudar os indianos na agricultura sustentável.
 
Produção de leite
O ministro da Pesca, Pecuária e Lácteos, Giriraj Singh, destacou a histórica relação entre Brasil e Índia no desenvolvimento da raça de gado Zebu. Ele ressaltou que o país procura parceiros para fomentar a produção de leite. O Brasil pode ajudar por meio do intercâmbio de técnicas de reprodução animal desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Em 2016, o governo indiano e a Embrapa firmaram um convênio para a troca de experiências na área de reprodução animal.
 
A ministra Tereza Cristina, por sua vez, reforçou o interesse do governo brasileiro em apoiar a implantação e operação de um Centro de Excelência de Produção Leiteira, que ajudará no melhoramento das raças e da produção, além de ajudar no incremento da rentabilidade dos produtores indianos.
 
Segundo a ministra, outro tema para parceria é a troca mútua de germoplasma (soma total dos materiais hereditários de uma espécie). Hoje, a Índia importa aproximadamente US$ 30 milhões por ano de material genético bovino, sendo 80% dos Estados Unidos. O Brasil busca ampliar a participação nesse mercado indiano, com a venda de material genético das raças zebuínas. (MAPA)
 
 
Preços/UR
O preço do leite ao produtor estimado para dezembro é de UY$ 11,28/litro, [R$ 1,24/litro], aumento de 1% em relação ao mês anterior, e em dólares aumentou 1,1%, com o valor de US$ 0,30. Em relação a um ano atrás (dezembro de 2018) o preço apresentou aumento de 19,2% em moeda nacional de melhorou 2,2% em dólares. Em 2019 o preço médio ponderado ficou em UY$ 10,68 por litro, [R$ 1,17/litro], registrando aumento de 8,3% em relação à média de 2018. Em dólares, no entanto, o valor de US$ 0,30 marcou queda de 6%. A composição média estimada do leite foi de 3,75% de matéria gorda e 3,27% de proteína, determinando que o preço por quilo de sólido tenha sido pago a UY$ 160,7 por quilo, [R$ 17,67/quilo], um valor 0,7% maior do que o registrado no mês anterior, e 19,3% acima do preço de um ano atrás. (Terra Viva)
   
 

 

 

Porto Alegre, 22 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.148

 Com reforma empacada, relator da tributária se reúne com equipe econômica

O relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), se reuniu hoje com a equipe econômica do governo Jair Bolsonaro (sem partido) para discutir pontos que vão embasar seu relatório. O trabalho acontece em paralelo à comissão mista de Senado e Câmara, cujo início de funcionamento estava previsto para dezembro, o que não aconteceu. Participaram do encontro o secretário da Receita Federal, José Tostes, as assessoras especiais de Paulo Guedes (Economia), Vanessa Canado e Daniella Marques, e técnicos da Câmara. Líder da maioria na Casa, Aguinaldo retomou as atividades antes do fim do recesso, em 3 de fevereiro. Ele se reuniu com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e técnicos da Câmara para estudar a proposta.

"Estamos trabalhando em conjunto. Estão sendo estudos técnicos a partir dos dados do governo para saber, de fato, qual o impacto para cada setor da economia com a reforma", disse o relator. O tema é sensível e desperta interesse de diferentes setores econômicos que podem ser afetados por mudanças na alíquota. Na semana passada, a assessora de Guedes, Vanessa Canado, disse ao UOL que o governo se organiza para vencer o lobby do setor de Serviços. As declarações provocaram reação de representantes do segmento. O governo espera aprovar a reforma ainda no primeiro semestre. No mês que vem, o Planalto deve enviar ao Congresso um projeto de lei para unificar os impostos PIS/Cofins. O tema é debatido nas PEC 45 (pela Câmara) e PEC 100 (pelo Senado), a ideia de Guedes é ter um texto de consenso via projeto de lei. "Todo mundo que me procura reclama que vai ter perda. Então, vamos levantar os dados corretos, com projeções. Isso vai ajudar a entender melhor o cenário e dialogar com parlamentares que, por não saber a fundo do tema, têm resistência", disse Aguinaldo. Segundo o deputado, o trabalho feito em conjunto com o governo é uma maneira de adiantar o tema. Na avaliação dele, quem vai dar o "tom" dos trabalhos é a comissão mista, que está atrasada e não foi instalada por Davi Alcolumbre (DEM-AP)."Buscamos uma reforma que garanta a justiça social e equilíbrio. Hoje, está completamente descartada qualquer criação de novo imposto", afirmou.

Relatoria
O deputado Aguinaldo Ribeiro é líder da maioria da Câmara e um dos principais nomes do centrão — grupo informal formado por DEM, PP, PL, Republicanos, PSD, Solidariedade e MDB. Ele assumiu a relatoria da PEC 45, no início do ano passado. Em paralelo à Câmara, o Senado debate uma reforma tributária, a PEC 110. O texto da reforma que tramita entre os deputados é de autoria de Baleia Rossi (MDB-SP), cujo estudo teve apoio da assessora de Guedes Vanessa Canado à época em que ela integrava o CCiF (Centro de Cidadania Fiscal), entidade independente ligada à indústria. (Uol)

Estiagem - Fecoagro aponta perdas na lavoura
O segundo levantamento sobre a estiagem no Rio Grande do Sul, divulgado ontem pela Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro), aponta quebra de 18,9% na safra de soja e de 30% na do milho. Na pesquisa anterior, feita pela Rede Técnica Cooperativa no dia 7 de janeiro, as perdas na cultura da soja eram estimadas em 13% e no milho em 33%. 
No caso do milho, o resultado de regiões como Missões e Santa Rosa, com grandes áreas e poucas perdas, influenciaram na diminuição do percentual de quebra na cultura. Na soja ocorreu o inverso. A detecção de prejuízos mais acentuados em regiões tradicionais de plantio elevou as perdas em relação ao levantamento anterior.  

A Fecoagro alerta que o quadro pode se agravar mais se não houver, daqui para frente, melhora nas condições climáticas. A análise considera a média ponderada em uma área de 3,2 milhões de hectares de soja e 337 mil hectares de milho. Foram consultadas 22 cooperativas. (Correio do Povo)

GDT: com alta de 1,7%, leilão tem segunda valorização consecutiva
Nesta terça-feira (21/01), o leilão da plataforma GDT apresentou sua segunda valorização consecutiva, com um aumento de 1,7% em relação ao evento anterior, levando o preço médio a US$ 3.434/tonelada. Já o volume negociado, de 33,1 toneladas, foi praticamente estável quando comparado ao último evento.
Confira a evolução de preços médios realizados no leilão e sua variação no Gráfico 1. 
Gráfico 1. Preço médio leilão GDT x GDT Price Index.
 
Fonte: elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade.
Todos os produtos negociados, com exceção da gordura anidra, apresentaram valorização. O destaque ficou por conta da manteiga e da caseína, que aumentaram 5,5% e 4,7%, respectivamente.  Os demais aumentos foram 0,6% para o queijo (preço médio de US$ 4.048/ton), 0,7% para o leite em pó desnatado (preço médio de US$ 3.036/ton) e 2,4% para o leite em pó integral (preço médio de US$ 3.233/ton).
Fundamentalmente, o resultado positivo se deu em um cenário de menor produção mundial e alta exportação — principalmente em função da aproximação das celebrações do Ano Novo Chinês. Comparando jan/19 com jan/20, notou-se um aumento de 17% no volume negociado. 
Ao analisar, então, os contratos futuros do Leite em Pó integral (LPI), é possível notar uma tendência de manutenção dos patamares atuais de preços, com as duas bolsas (GDT E NZX Futures) praticando aproximadamente no mesmo nível de preços a partir de abril/2020, como mostra o Gráfico 2.  
Gráfico 2. Evolução da quantidade negociada no leilão GDT. 

Fonte: elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade.
 
 
1,15 - Foi o aumento registrado no Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio de janeiro a outubro de 2019, conforme levantamento de CNA e CEPEA. A área de insumos foi a principal responsável pela alta em 10 meses no período, com expansão de 7,19%. (Zero Hora)

 

 

Porto Alegre, 21 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.147

 CONSELEITE–PARANÁ 

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 21 de Janeiro de 2020 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Dezembro de 2019 e a projeção dos valores de referência para o mês de Janeiro de 2020, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Janeiro de 2020 é de R$ 2,3637/litro. 

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br (Conseleite PR)

FMI eleva projeção do PIB brasileiro de 2% para 2,2%

Fundo revela que o Brasil deve crescer mais nos próximos anos, com melhoria na confiança após a aprovação da Reforma da Previdência

O Brasil deve crescer mais nos próximos anos, enquanto a América Latina tira o pé do acelerador, em um contexto de melhora nas relações entre China e EUA, que reduziu as incertezas globais, disse ontem o Fundo Monetário Internacional (FMI). Apesar da redução dos riscos globais, o Fundo alertou que os resultados "dependem em grande medida de evitar uma nova escalada" das tensões comerciais entre Washington e Pequim. 

 

Na atualização de seu informe econômico mundial de outubro, o FMI reduziu em um décimo, a 3,3%, sua expectativa de crescimento para este ano. Em 2021, esta redução foi um pouco maior, a 3,4%. A maior responsável pela revisão para baixo é a Índia, explicou o Fundo. "Depois de uma desaceleração sincronizada em 2019, esperamos uma recuperação moderada do crescimento mundial neste ano e no próximo", argumentou a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, em entrevista coletiva ontem em Davos, na Suíça, véspera do início da 50ª edição do Fórum Econômico Mundial.

Já a América Latina continuará com um crescimento baixo, e as projeções foram reduzidas para 1,6% em 2020, e 2,3% em 2021 – abaixo da média mundial. O Brasil, contudo, melhorou. Espera-se que o país avance de 2% para 2,2% este ano, e 2,3% em 2021, após elevação das estimativas. A entidade explicou a revisão em alta de 0,2 ponto percentual em 2020 na maior economia da região com "melhora na confiança após a aprovação da Reforma da Previdência e menos cortes do fornecimento no setor de mineração".

O Fundo também apontou que a previsão para o desempenho econômico do Brasil em 2020 está relacionada com condições monetárias acomodatícias, dado que o Banco Central baixou os juros em 1 ponto entre setembro e dezembro. “Mas os desafios continuam no país e devem ocorrer mais reformas, como a que envolve os salários, que deve ser uma prioridade importante”, disse a economista chefe do Fundo, Gita Gopinath.

A ONG Oxfam publicou ontem um relatório em que revelou que há uma crescente concentração de riqueza e que, segundo seus cálculos, 2.153 milionários detêm mais de 60% do total da população mundial. “As desigualdades indecentes estão no centro de fraturas e conflitos sociais em todo o mundo”, declarou Pauline Leclère, porta-voz da Oxfam France, em nota. “No mundo, a relação entre China e Estados Unidos, as maiores economias globais, continua abalada por “disputas não resolvidas”, que mantêm o risco de problemas em potencial”, esclarece ainda o relatório do Fundo. (Correio do Povo)

 
 
GDT (Global Dairy Trade) – 21 de janeiro de 2020
 
 
 
 

Mapa negocia R$ 1,5 bilhão para apoiar contratação do seguro rural em 2021

Desde o dia 2 de janeiro, os produtores podem procurar os corretores, instituições financeiras, cooperativas e revendas para contratar as apólices de seguro no âmbito do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). São 14 companhias seguradoras credenciadas no programa operando em todas as regiões do país e ofertando seguros rurais para mais de 60 culturas e atividades. Para 2020, está previsto R$ 1 bilhão para o programa, maior valor para subvenção desde sua criação.  

Com o objetivo de dar continuidade à promoção do seguro rural como principal instrumento mitigador de riscos climáticos, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) irá debater com a área econômica do governo federal a meta de ampliar o orçamento do programa para R$ 1,5 bilhão no exercício de 2021. 
Regras em 2020
Novas regras de subvenção entram em vigor este ano, o que irá permitir que mais produtores tenham acesso à subvenção. A estimativa é apoiar a contratação de aproximadamente 250 mil apólices, possibilitando a cobertura de 18 milhões de hectares e um valor segurado de R$ 50 bilhões.  A projeção considera o comportamento de contratações em anos anteriores e pode variar dependendo do perfil de contratação de seguro rural por atividade e tamanho de produtor. 
A partir dos ajustes feitos nas regras, a expectativa é que 17% a mais de produtores sejam contemplados com seguro rural no PSR, quando comparado com a regra anterior. Para as culturas de frutas, olerícolas, cana-de-açúcar, pecuária, aquícola e florestas, a subvenção ao prêmio do seguro aumentou de 35% para 40%. Além disso, produtores de culturas de inverno, como trigo e milho de segunda safra, terão subvenção de 40% no tipo de cobertura de multirrisco, que antes estava em 35%. 
Para grãos de verão, como soja e milho, e para o café, a subvenção pode variar entre 20% e 30%, a depender do tipo de cobertura e de produto contratado. As mudanças também foram realizadas no limite financeiro anual por beneficiário na modalidade agrícola, que passou de R$ 72 mil para R$ 48 mil, considerando que um pequeno número de apólices era beneficiada com os limites maiores e a redistribuição desses valores possibilitará que mais agricultores tenham acesso à subvenção. 
O diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Mapa, Pedro Loyola, ressaltou que a simplificação nas regras foi aprovada pelo Comitê Gestor Interministerial do Seguro Rural no ano passado. "Essas mudanças atendem demandas do setor para tornar o seguro mais acessível”, disse. 
Além disso, o Mapa está com projetos para melhorar os produtos e serviços entregues pelas seguradoras habilitadas. “Estamos criando um monitor do seguro rural em que as entidades poderão, com auxílio do Mapa, formalizar para o mercado segurador demandas fundamentadas visando aperfeiçoar ou desenvolver novos produtos de seguro rural".  
 
Outro objetivo do Mapa é elevar o patamar de qualidade dos serviços entregues pelas seguradoras aos produtores. “Vamos cobrar melhorias nas coberturas e produtividades estipuladas, bem como dos serviços dos corretores e de peritos agrícolas. Esses últimos terão que fazer parte de um cadastro nacional e serão submetidos a cursos de capacitação e de certificação até 2022. Todas essas ações fazem parte do Programa AGIR – Agro Gestão Integrada de Riscos no âmbito do projeto de Promoção do Seguro Rural”, finalizou. (Mapa)

Importação de leite e derivados
Os números preliminares da média diária das importações de leite e derivados, em dólar, na terceira semana de janeiro de 2020 foram, 11,1% menores que os de janeiro de 2019 e 7,2% maiores em relação a dezembro de 2019. (MDIC)

 

 

Porto Alegre, 20 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.146

 Preço/MG

O Conseleite MG confirma a alta de 1,6% prevista para o valor de referência do leite padrão no estado, apesar do período de safra, com maior produção no país. 

Os principais produtos responsáveis pelo aumento são o leite em pó e os queijos. O leite, que está sendo entregue em janeiro de 2020, e será pago em fevereiro, também deverá apresentar alta.
 

  

EMATER/RS: produção de leite reage com chuvas da semana passada
A queda da oferta de massa verde das pastagens durante o recente período de estiagem ocasionou queda de produção leiteira na maior parte do Estado. A redução percentual de produção leiteira foi mais expressiva nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Porto Alegre, Soledade, Santa Maria e Lajeado, embora o maior volume reduzido tenha sido em Ijuí.

Com a melhoria da oferta de pastagens propiciada pelas chuvas da semana passada, a produção começa a aumentar novamente. 

Muitos produtores mantiveram os níveis de produção recorrendo à suplementação alimentar, porém com custos mais elevados.
Outro fator que contribui para a diminuição da produção é o desconforto térmico devido às altas temperaturas. Para amenizá-lo, os criadores recorrem ao manejo das vacas para o pastoreio preferencialmente nas primeiras horas da manhã e à noite, à disponibilização de água à vontade e à utilização de áreas sombreadas.

A estiagem ocasionou prejuízos em áreas de milho para silagem. As regiões administrativas da Emater/RS-Ascar que registraram as maiores perdas até agora foram os seguintes: Caxias do Sul e Soledade, Santa Maria, Ijuí, Porto Alegre e Lajeado. Na região de Santa Rosa, a ensilagem está apresentando boa produtividade, não sendo registradas perdas significativas. (EMATER/RS)

Volume de lácteos
Após o aumento dos volumes de produtos lácteos importados e exportados em novembro, o cenário se inverteu no último mês de 2019. Segundo dados da Secex, as importações somaram 10,3 mil toneladas em dezembro, 7,9% abaixo do registrado em novembro/19 e de 2% em relação ao último mês de 2018. 

Quanto aos embarques, o recuo foi de 8,9% frente ao mês anterior e de 25,6% no comparativo anual, totalizando 2 mil toneladas. A redução nas compras ocorreu principalmente devido ao recuo de 33,8% nas importações de queijos (que tiveram participação de 16,6% do total em dezembro), frente a novembro, totalizando 1,72 mil toneladas. O menor volume adquirido desses produtos se deve à menor procura por queijos frescos e pela muçarela – as baixas nas compras foram de 53% e 48%, respectivamente, frente ao mês anterior. Para o leite em pó, por outro lado, o cenário foi diferente. Houve aumento de 5,4% entre novembro e dezembro, totalizando 6,76 mil toneladas. O aumento da procura por leite em pó desnatado explica, em partes, a elevação nas compras. Devido à oferta restrita de matéria-prima no mercado doméstico, o preço médio de importação desse produto subiu 6,2% na comparação com novembro, a US$ 2,99/kg. Em relação aos embarques de produtos lácteos brasileiros, o recuo esteve atrelado à menor exportação de leite condensado, creme de leite e queijos – juntos, participaram com mais de 76% do total no último mês de 2019. O volume embarcado de leite condensado totalizou 793 toneladas em dezembro, redução de 13,8% frente ao mês anterior. Para o creme de leite, o volume foi de 493 toneladas, diminuição de quase 20% no mesmo comparativo. No balanço de 2019, as exportações de lácteos somaram 24,5 mil toneladas, 6,2% acima do registrado no ano anterior. Parte do aumento esteve atrelado às maiores vendas de leite fluido e creme de leite no período. Já o volume importado totalizou 142,4 mil toneladas, recuo de 6,9% frente ao mesmo período de 2018. A baixa de 10,4% nas aquisições de leite em pó no ano foi o principal fator para o recuo no volume total. (Cepea)

BALANÇA COMERCIAL – Em termos de receita, a balança comercial recuou 13,9% de novembro para dezembro, registrando déficit de US$ 27 milhões. Em volume, a baixa foi de 7,6% no déficit, somando 8,3 mil toneladas.
  

Notas: (1). Consideram-se os produtos do Capítulo 4 da NCM mais leite modificado e doce de leite. (2). O soro de leite é medido em quilos, não sendo convertido em litros. Fonte: Comex / Elaboração: Cepea.

Preços/UE
O preço médio do leite pago ao produtor na União Europeia (UE), em novembro passado, foi de € 35,31/100 kg, [R$ 1,66/litro], que, embora seja 1,1% acima do preço de outubro (€ 34,92/100 kg, [R$ 1,64/litro]) é 2,1% mais baixo do que o de um ano atrás (€ 36,07/100kg, [R$ 1,70/litro]), segundo os dados do Observatório Lácteo da UE. O preço de novembro passado também foi menor do que o de novembro de 2017, embora maior do que o valor de 2016, que foi muito baixo, em torno de € 32,00/100kg.  Todos os Estados Membros aumentaram os preços em comparação com outubro de 2019, exceto na Dinamarca, França, Itália e Finlândia. Para dezembro de 2019 a expectativa é de que o preço médio da UE se mantenha em € 35,31/100kg. No caso da Espanha, o preço de novembro foi de € 33,01/100 kg, [R$ 1,55/litro], € 0,0087 a mais que outubro. Para dezembro o preço deve ser o mesmo de novembro. (Agrodigital – Tradução livre: Terra Viva)

 

 

Porto Alegre, 17 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.145

 Relatório oficial da Agricultura aponta melhora na condição climática do Estado


 Secretário apresentou dados do relatório a representantes de entidades do setor agrário. (Crédito: Ederson Pravtz)

Nas próximas semanas, a chuva pode retornar ao Estado, afugentando a estiagem e impedindo o avanço de perdas na agricultura.

É o que aponta o relatório técnico unificado da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Irga e Emater-RS sobre a estiagem e seus efeitos, apresentado nesta quinta-feira (16), no Palácio Piratini, a representantes das Federações dos Municípios (Famurs), de Trabalhadores na Agricultura (Fetag), das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro) e da Agricultura (Farsul).

O relatório, que será divulgado semanalmente, conta com uma avaliação das condições meteorológicas de dezembro e da primeira quinzena de janeiro; situação atual das culturas de verão, olerícolas, frutíferas, pecuárias de corte e de leite; perdas computadas nos municípios que decretaram estado de emergência (até 16 de janeiro); e a previsão meteorológica de 16 a 22 de janeiro, além da tendência para o mês de fevereiro.

A tendência é que, no próximo mês, a chuva volte para todo o Rio Grande do Sul, dentro da média histórica, mas ligeiramente abaixo do normal na Campanha e em áreas próximas à fronteira com o Uruguai. “Este novo cenário não indica um agravamento da situação; mesmo assim, o Estado continuará com as medidas anunciadas para aliviar os efeitos da estiagem”, assegurou o secretário em exercício da Agricultura, Luiz Fernando Rodriguez.

As principais ações do governo estadual são a contratação de empresas para a perfuração de 20 poços em áreas com extrema restrição hídrica e a realocação de recursos para o programa Troca Troca de Sementes, a fim de antecipar a semeadura de forrageiras. Acesse o Relatório Seapdr 01 - Estiagem clicando aqui. (SEAPDR)

Custos/Alemanha
Os últimos cálculos sobre os custos de produção de leite na Alemanha mostram que em outubro de 2019, somente 78% dos custos foram cobertos. 

De acordo com os resultados do estudo trimestral sobre os custos de produção, realizados pelo BAL, Escritório de Sociologia Agrícola e agricultura da Alemanha, no mês de outubro de 2019 os custos de produção chegaram a € 0,4371/kg, e o preço pago ao produtor de leite foi de € 0,3423/kg.

O relatório Preços/Custos ilustra quanto o preço do leite cobre os custos de produção.
O gráfico mostra que o déficit é constante desde 2009. 
 

 
O relatório divulgado pela entidade EMB (Comitê Europeu de Leite) sobre os custos em outros países europeus mostra que entre 2013 e 2017, os preços também não cobriam os custos na Bélgica, Dinamarca, França, Luxemburgo e Holanda. (EMB – Tradução livre: Terra Viva)

 
Leite/Perspectiva 2020

A oferta de leite no mercado brasileiro deve seguir limitada em 2020, especialmente no primeiro trimestre, o que pode sustentar os preços pagos ao produtor em patamares mais elevados. 

Segundo pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, essa perspectiva está fundamentada na possível alta dos custos de produção e no recente maior abate de matrizes.

No caso dos custos de produção, os preços do milho e do farelo de soja, componentes da ração, têm subido no mercado brasileiro. O aumento dos valores do milho está atrelado ao forte ritmo das exportações do cereal. Há também que se considerar que, num cenário de incentivo à produção de combustíveis renováveis, o milho tem sido cada vez mais utilizado para a produção de etanol, o que pode reforçar o movimento de valorização desse cereal.  

Quanto ao farelo, a demanda do setor pecuário pelo derivado de soja pode se aquecer neste ano, resultando em altas nos preços. Além disso, o dólar em patamar elevado aumenta o interesse pela comercialização desses insumos no mercado externo. Esse cenário pode prejudicar a relação de troca do pecuarista, principalmente no primeiro semestre.

No caso do abate de matrizes, a atratividade da pecuária de corte no encerramento de 2019 – em novembro, os preços da arroba do boi atingiram recordes reais da série histórica do Cepea – levou muitos produtores a mandarem precocemente fêmeas para o abate. Também deve-se levar em conta que, dada a alta nos preços dos bezerros, é possível que produtores de leite invistam na criação destes animais e passem a destinar maior parte da produção de leite para a sua alimentação.

Embora seja delicado projetar o potencial de oferta de uma atividade que se ajusta diariamente, como no caso do leite, 2020 pode continuar a ser um ano difícil para a recuperação da produção. É importante lembrar também que, com a valorização do dólar, as importações de leite em pó são desestimuladas, o que pode diminuir a disponibilidade de leite às indústrias. O levantamento do Cepea mostra que, neste início de ano, a concorrência entre empresas para garantir a compra de matéria-prima e abastecer seus estoques têm se elevado, resultando em altas de preços. 

A dificuldade em se elevar a produção tem se mostrado como um gargalo estrutural para o setor. A principal limitação ao pecuarista é realizar investimentos de longo prazo frente às incertezas no curto prazo, o que inclui a volatilidade das cotações. Estas, por sua vez, dependem de um delicado equilíbrio entre a oferta no campo e o consumo de derivados lácteos. Em 2019, por exemplo, a previsibilidade do mercado foi afetada por duas forças antagônicas: oferta enxuta e retração da demanda – as quais levaram a uma curva de preços atípica no ano passado.

Ainda que as expectativas para a produção em 2020 sejam cautelosas, é importante ressaltar que a perspectiva de crescimento do PIB acima de 2% é um fator positivo para diminuir as incertezas. Como o consumo de lácteos está diretamente ligado ao aumento da renda, o crescimento econômico pode melhorar as margens da indústria (espremidas em 2019) e permitir que os preços ao produtor se mantenham em patamares elevados, mas mais alinhados ao padrão sazonal. (Cepea)

 
Isentos que pagam
Estamos próximos daquela época do ano em que os brasileiros começam a reunir informações para, no começo de março, prestar contas à Receita Federal. Não há quem não reclame e ache alto os valores a serem pagos. E um dos motivos é simples: o salário não acompanha a mordida do leão. Estudo do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) aponta que, se a tabela do Imposto de Renda tivesse sido reajustada pela inflação, de 1996 para cá, o valor mensal para isenção seria de R$ 3.881,65, e não os atuais R$ 1.903,98. Essa diferença de 103,87% faria com que 20 milhões de brasileiros não precisassem pagar o IR - o dobro do número atual. O levantamento demonstra também que essa defasagem pesa ainda mais para aqueles que recebem menos. Há uma distorção, portanto. O interessante é que esse estudo passa pelos anos FHC, Lula, Dilma, Temer até chegar a Bolsonaro. Ou seja, é um problema que nenhum governo conseguiu resolver de forma definitiva. E, claro, não é simples, pois pressupõe que a União abra mão de arrecadação - algo não usual no país. Bolsonaro já falou sobre o assunto em pelo menos dois momentos desde que assumiu a Presidência. Em maio, afirmou que a tabela do IR seria reajustada pela inflação de 2019. No final do ano, sustentou que quem ganha até R$ 3 mil deveriam ficar isento. Mas com as contas no vermelho, até agora, nada foi feito. Há uma expectativa de que o assunto faça parte da reforma tributária que ainda será enviada ao Congresso, logo, uma correção mais efetiva e que realmente alivie o bolso do brasileiro está longe de ocorrer. (Zero Hora)

 

Porto Alegre, 16 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.144

 ANTT reajusta tabela de frete e inclui no cálculo gastos com refeição e hospedagem

Nova tabela entra em vigor no dia 20 de janeiro. Com as alterações, o piso do frete aumentou de 11% a 15%, segundo informações da agência

A Agência Nacional de Transporte Terrestres (ANTT) publicou nesta quinta-feira (16) no "Diário Oficial da União" uma atualização da tabela com os valores do frete mínimo para o transporte rodoviário de carga.

Com as alterações, o piso do frete aumentou de 11% a 15%, segundo informações da agência. A nova tabela entra em vigor no dia 20 de janeiro.

Entre as principais mudanças está a inclusão no cálculo do frete mínimo do custo da diária do caminhoneiro (refeições e hospedagem).

De acordo com a ANTT, também passa a ser obrigatório o pagamento de frete de retorno para operações que não podem trazer carga de retorno, como caminhões de combustível. Esse tipo de veículo não pode voltar transportando outro tipo de carga.

Foi criada ainda uma nova tabela para as chamadas operações de alto desempenho, que levam um tempo menor para carga e descarga do produto. Na resolução anterior não havia esse tipo de diferenciação.

A nova resolução também mantém a previsão expressa de incluir o gastos com pedágio no valor do frete. “O valor do pedágio, quando houver, deverá ser obrigatoriamente acrescido aos pisos mínimos”, afirma a resolução aprovada pela diretoria da ANTT.

O texto publicado nesta quinta também mantém a previsão de que o cálculo do frete deve considerar a negociação com relação ao lucro do caminhoneiro, despesas relacionadas ao uso de contêineres, tributos e taxas. A inclusão desses itens, no entanto, não é obrigatória.

Um dos pontos criticados pelos caminhoneiros sempre foi o fato de a tabela não incluir, expressamente, no cálculo do frete mínimo a remuneração do caminhoneiro.

A tabela de fretes foi criada em 2018 passado pelo governo Michel Temer, após a greve dos caminhoneiros que bloqueou estradas e comprometeu o abastecimento de combustível, de medicamentos e de alimentos em todo o Brasil. A criação era uma das reivindicações da categoria.

A criação da tabela, no entanto, é contestada no Supremo Tribunal Federal (STF) que deve julgar em fevereiro deste ano a constitucionalidade da medida. (G1)

Governador João Doria muda ICMS para incentivar agroindústria 

ICMS/SP - Nova regra de oferta de crédito de ICMS facilita aquisição de máquinas por setores de leite e derivados, frutas secas e produtos de origem vegetal. 

O Governador João Doria anunciou nesta sexta-feira (10) novas regras de lançamento e aproveitamento de créditos do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) para aquisição de máquinas e equipamentos utilizados pela agroindústria de São Paulo.
 
A medida beneficia setores importantes, em especial o agronegócio e a indústria alimentícia, como produtores de frutas secas desidratadas, fabricantes de biscoitos e bolachas, massas alimentícias, laticínios e outros, com impacto em toda a economia do estado.
 
“As medidas que o Governo do Estado anuncia vão proporcionar o crescimento dos setores que industrializam massas, laticínios, derivados de laranja, assim como biscoitos e outros produtos dentro destes segmentos, aumentando a capacidade de produção, a competitividade e a oferta no mercado”, disse Doria.
 
“A política econômica que o Governo do Estado de São Paulo vem adotando desde janeiro do ano passado é que permitiu que nosso PIB [Produto Interno Bruto] alcançasse 2,6% e uma geração de 291 mil novos empregos”, acrescentou o Governador.
 
O decreto visa estimular a modernização da indústria de São Paulo em complemento a uma série de ações tomadas desde o início da atual gestão, como os benefícios fiscais para o setor de hortifrutis lavados e higienizados e o também o IncentivAuto, dirigido à indústria automotiva.

O Secretário de Planejamento e Fazenda Henrique Meirelles explica a mudança. “Antes o crédito de ICMS do ativo comprado era apropriado aos poucos, ao longo de 48 meses. Agora o crédito é integral e de imediato. A medida permite abater o valor do ICMS a ser pago pela empresa com a venda do seu produto final”, afirmou.
 
“O industrial compra a máquina, credita todo o valor de crédito de ICMS pago por toda a cadeia produtiva da máquina e também esse valor tributado em toda a produção quando vender o produto final”, declarou Meirelles.
 
Os setores beneficiados, direta ou indiretamente, são responsáveis pelo abastecimento alimentar e contribuem para a geração de emprego e renda nos meios rural e urbano. Para concretizar a medida, Doria assinou o decreto nº 64.687/2019, que já está em vigor.
 
Na prática, o diferimento permite que empresas adiem o pagamento do ICMS incidente sobre a aquisição de equipamentos e maquinário. O valor devido será considerado como parte do tributo cobrado sobre a comercialização dos produtos finais – mecanismo que contribui para o fluxo de caixa das empresas.
 
O lançamento do imposto na importação de maquinário sem similar nacional também fica suspenso e ocorrerá somente no momento da entrada do equipamento na empresa importadora. A medida atende a uma antiga reivindicação do setor de laticínios.
 
“Quando você facilita a aquisição de equipamentos importados, aumenta a competitividade do setor”, declarou o Secretário de Agricultura e Abastecimento Gustavo Junqueira. “Na questão do leite, nós damos um sinal muito importante. 60% de todo o leite do Brasil é processado em São Paulo. Terá impacto direto em produtos lácteos que vão para as gôndolas com mais competitividade e qualidade”, acrescentou.
 
Caso a opção seja pela compra de equipamentos produzidos em São Paulo, as empresas poderão receber de uma só vez o montante correspondente ao crédito do imposto. Antes, a restituição total do crédito era feita ao longo de 48 meses. (SAA/SP)

Cresce 4,6% o número de registros na raça holandesa no Rio Grande do Sul
A Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando) encerrou 2019 com 7,21 mil animais registrados, um aumento de 4,6% em relação à 2018. O registro individual permite a classificação morfológica da vaca, apontando os seus pontos fortes e fracos para serem usados nos acasalamentos corretivos, além do controle leiteiro oficial. Esta ferramenta oferece informações importantes sobre o seu rebanho como produção de gordura no leite, tipos de proteína e quantidade de células somáticas. Essas células podem indicar maior ou menor tendência à mastite, uma das principais doenças dos rebanhos leiteiros que impacta na produção e qualidade do leite.

Se o número de animais registrados ainda não é o que a Gadolando almeja, o número de novos sócios foi altamente positivo e deve ser comemorado, afirma o presidente da entidade, Marcos Tang. “Tivemos o acréscimo de 23 novas propriedades que passaram a registrar os seus animais”, destaca, lembrando que os principais sócios são da agricultura familiar. A meta da entidade é trabalhar com uma média de 10 mil registros por ano.

Conforme o dirigente, as novas propriedades que registraram o seu gado leiteiro (animais adultos e nascimentos) são uma conquista da entidade junto aos seus funcionários e corpo técnico. Lembra que o ato de registrar valoriza o gado e neste ponto a Gadolando tem uma pauta que é nacional e internacional, uma vez que está se falando em abertura de mercado para o leite. “Quando se fala em qualidade, em exportação, aborda-se também as normativas, então é preciso trabalhar o indivíduo vaca, e é exatamente isso que a nossa entidade faz”, observa.

Ao fornecer o registro individual, a associação permite que o produtor conheça o seu rebanho e para isso disponibiliza aplicativos, como o programa Web + Leite, que ajudam na seleção do gado. “Isso vai trabalhar a favor de um acasalamento correto, tanto de tipo quanto de produção e de qualidade do leite, assim como também muitas vezes é preciso fazer o descarte seletivo. A vaca que tem um controle individual ruim para a sua morfologia, baixa produção, um leite com pouco sólido ou muitas células somáticas, não deve ser reproduzida e, por isto, às vezes, é necessário fazer o descarte seletivo desta matriz, sob pena de estragar a qualidade do leite no resto do tanque”, informa Tang.

O presidente da Gadolando convoca os produtores de leite a registrarem os seus animais para fortalecer cada vez mais a  raça holandesa no Estado. “E quem já registra, seja padrinho de um novo sócio”, sugere. (Gadolando)

ZONEAMENTO CLIMÁTICO
O diretor do departamento de Gestão de Riscos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Pedro Loyola, informou ontem que o órgão não vai atender solicitação de entidades agropecuárias que querem a prorrogação do calendário de plantio da soja e do milho no Rio Grande do Sul. O pedido ainda não chegou ao Mapa, mas, segundo Loyola, a elaboração do Zoneamento Agrícola de Risco Climático, que leva 15 meses para ser concluída, tem como objetivo mitigar riscos, de modo que alterações devido ao atraso de uma safra já em andamento, sem um estudo prévio, poderiam “desvirtuar” o instrumento.