Pular para o conteúdo

Porto Alegre, 06 de fevereiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.159

 Chineses prospectam aquisição de leite em pó gaúcho
Os chineses abriram negociação para novos embarques de leite em pó do Rio Grande do Sul. Reunidos com indústrias gaúchas na terça-feira (4/2), na Fiergs, a comitiva internacional manifestou o desejo de aquisição do produto para exportação à China. De acordo com a CEO da importadora e exportadora chinesa Luwaly, Elysa Luo, a empresa tem planos para iniciar a operação em breve. Segundo Luo, a principal demanda e interesse é pela fórmula infantil. "A CCGL é uma das empresas que está desenvolvendo o produto que buscamos", pontuou. O próximo passo, adianta Luo, é visitar as bases dos laticínios do interior, que deve ocorrer ainda em fevereiro ao lado do presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra, e o presidente da Luwaly, José Wang. A expectativa é que os embarques ocorram em larga escala, diariamente. 

"Esperamos um grande negócio." A dirigente também destacou a relevância que as indústrias do Rio Grande do Sul possuem na lista das 24 credenciadas a exportar para a China, divulgada em julho de 2019 pelo Ministério da Agricultura (Mapa). "Temos um carinho especial pelo estado", afirmou.

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, esteve presente na reunião e pontuou a importância que a operação simboliza para o RS. Segundo Palharini, as principais opções de negócio, que são a venda de leite em pó direto ao consumidor fracionado ou a venda de sacos de 25 quilos, são viáveis. Ele também destacou o interesse que os chineses apresentaram no leite em pó sem lactose e na possibilidade de abrir mercados para o composto lácteo. "Essa abertura é uma das prerrogativas do nosso trabalho. Com a exportação para a China, podemos mostrar ao mundo a qualidade do produto gaúcho, alavancar vendas e, consequentemente, torná-lo mais competitivo", explicou. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

Balança comercial: puxada pelos leites em pó, exportação sobe 96% com relação a dezembro 
Segundo dados mais recentes da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgados nesta terça-feira (04), no início desse ano ocorreu um aumento de 96% na quantidade exportada de leite (em litros equivalentes) em relação a dez/2019. Os 17,9 milhões de litros vendidos em jan/20 representam também um aumento de 99% em comparação ao mesmo período do ano passado. 
Com relação às importações, houve um aumento de 2% na quantidade internalizada de leite no mês de jan/20 em relação a dez/19 (total de 82,7 milhões de litros em equivalente leite). Se comparamos com jan/19, foi importado 26% menos lácteos, ainda que em relação a jan/18, a quantidade tenha sido 26% maior. 
O saldo da balança comercial de produtos lácteos então foi de 65 milhões de litros negativos, em equivalente leite, nesse início de ano. Este valor representa uma queda de 10% quando comparado a dez/19 e de 36% se comparado a jan/19. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1. 
Gráfico 1. Saldo balança comercial brasileira de lácteos, 2017 a 2020.
 Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT 
Esse aumento expressivo nas exportações brasileiras ocorre em um momento de instabilidade cambial, resultante principalmente da valorização do dólar frente ao real, tornando o produto brasileiro competitivo externamente. Além disso, os valores mais altos de dólar reduzem o interesse brasileiro pelo produto importado.  
Nossos vizinhos do Mercosul, por exemplo, vêm apresentando redução em suas produções de leite: a Argentina reduziu em 1,7% e o Uruguai em 4,2%, no acumulado de janeiro a dezembro de 2019. 
Gráfico 2. Produção mundial de leite dos principais players de mercado, 2014 a 2019.
 Fonte: Elaborado pelo MilkPoint 
Em janeiro, foram importadas 3,4 mil toneladas de leite em pó integral (LPI), uma redução de 10% em relação a dez/19 e de 45% em relação a janeiro de 2019. Já a exportação de LPI representou 35% do volume total de vendas, somando 1,01 mil toneladas, maior volume exportado desde novembro de 2017, quando foram vendidas 2,3 mil toneladas. 
Os queijos por sua vez, também apresentaram aumento nas exportações — 25% em relação ao mês anterior —, com as importações, no entanto, aumentando 82% no mesmo período. 
Na tabela 1, é possível observar as movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de janeiro desse ano. 
Tabela 1. Balança comercial láctea em janeiro de 2020.

 
Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.

Consulta Pública sobre a IN que estabelece requisitos mínimos de qualidade para o soro de leite
Consulta Pública - Foi publicado, nesta quinta-feira (06), no Diário Oficial da União a PORTARIA Nº 26, DE 29 DE JANEIRO DE 2020 que submete  à Consulta Pública, pelo prazo de 60 (sessenta) dias, a proposta de Instrução Normativa que estabelece o Regulamento Técnico sobre a identidade e requisitos mínimos de qualidade que deve atender o soro de leite e o soro de leite ácido, nas formas líquida, concentrada e em pó.

 
O objetivo da presente Consulta Pública é permitir a ampla divulgação da proposta de Instrução Normativa, para receber sugestões ou comentários de órgãos, entidades ou pessoas interessadas. (Terra Viva)
 
Acesse aqui a Proposta de Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Soro de Leite.
 
Acesse aqui a PORTARIA Nº 26, DE 29 DE JANEIRO DE 2020.  
Kantar: estudo mostra mudança gradual no comportamento do consumidor
As vendas de produtos de consumo massivo no Brasil crescem sete vezes mais rápido no e-commerce do que em outros canais. Pesquisa global da Kantar mostram que entre julho de 2018 e junho de 2019 as vendas online dos chamados FMCG (Fast-Moving Consumer Goods) avançaram 30,9%, enquanto no mercado total esses mesmos produtos cresceram apenas 5,6%.
Segundo análise da empresa especializada em dados, insights e consultoria, os números mostram que o comportamento do brasileiro está mudando gradativamente. A Kantar lembra que o Brasil é o quinto país com maior crescimento nas vendas, apesar de ser onde as compras dessas categorias via e-commerce ainda têm a menor participação de mercado (0,1%). 
“Esperamos que até 2025 as compras de supermercado online dobrem, o que significa que 10% das vendas globais de bens de consumo serão feitas em comércio eletrônico. No Brasil, esta estimativa é de 3%”, analisa Giovanna Fischer, Diretora de Marketing e Insights da Kantar. (MilkPoint)

 

 

Porto Alegre, 05 de fevereiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.158

 GDT: após consecutivas valorizações, leilão apresenta sua primeira queda em 2020

O leilão GDT realizado nesta terça-feira (04/02) apresentou sua primeira variação negativa do ano, após dois eventos seguidos de valorização no índice geral de preços. O preço médio de US$3.226/ton representou uma queda de 4,7% frente ao evento anterior e consiste no menor preço médio desde a primeira quinzena de setembro/19, como mostra o Gráfico 1. Este é o primeiro pregão após a escalada da crise causada pelo Coronavírus na China, que tem exercido influência direta nos mercados globais. 

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT x GDT Price Index, agosto de 2017 a janeiro de 2020.
 
Fonte: elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade 

Assim como o preço médio, o volume negociado neste evento também recuou, registrando 29 mil toneladas, isto é, 12,5% menor em comparação ao último evento, sendo o menor volume apontado desde julho/19.

Os leites em pó foram os principais responsáveis por este resultado negativo já que possuem a maior participação dentre os produtos comercializados. O leite em pó integral recuou 6,2%, fechando seu preço médio em US$3.039/ton, o menor desde agosto do ano passado. O leite em pó desnatado, por sua vez, variou em -4,2%, com um preço médio de US$2.907/ton.

Até a publicação deste artigo, foram registradas 427 mortes decorrentes do Coronavírus e mais de 20.000 infectados, em sua maioria na China, desestabilizando o preço do petróleo e afetando diretamente o mercado internacional de commodities. Vale ressaltar que existe uma forte correlação entre os preços internacionais do petróleo e dos derivados lácteos, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Preços do petróleo (em US$/barril) e do leite em pó integral (em US$/ton) na Oceania, 2002 a 2019.
 
Fonte: USDA e Banco Mundial

Além disso, esta crise sanitária também tem afetado a demanda global de lácteos, uma vez que a China é o maior país importador.

Por outro lado, os queijos e a caseína apresentaram 6% de valorização, com preço médio de US$4.302/ton e US$9.956/ton, respectivamente. A manteiga teve valorização de 0,2% neste evento, com US$4.258/ton de preço médio.

Ao analisar os contratos futuros do Leite em Pó integral (LPI), é possível notar uma queda nas perspectivas de preços de ambas as bolsas. No entanto, as negociações futuras da NZX continuam apontando preços mais baixos para os contratos em comparação ao GDT, indicando que ainda pode haver espaço para novas quedas nos próximos leilões, como ilustra o gráfico 3.

Gráfico 3. Previsão da evolução da quantidade negociada no leilão GDT, março a julho de 2020.


Fonte: elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade.

Apil/RS nova diretoria 
A Associação das Pequenas Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Apil/RS) terá nova diretoria para o biênio 2020/2021.  
Por aclamação, Delcio Giacomini, do laticínio Friolack, de Chapada (RS), será o presidente nos próximos dois anos. Ele substituirá Wlademir Dall’Bosco, do Laticínio Boavistense, de Boa Vista do Sul (RS), que esteve à frente da entidade nos últimos seis anos. A eleição e posse ocorreram durante assembleia com os associados na sede da Apil/RS, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). 
Em seu discurso, Giacomini conclamou os associados a estarem presentes nas decisões da entidade e no trabalho em prol dos pequenos laticínios gaúchos. “Vamos ter um novo trabalho pelo período de dois anos e vamos contar com todos vocês, com todos os associados para que isso aconteça, porque o presidente não faz sozinho. Certamente o presidente tem que ter os seus parceiros de trabalho e que nos tragam ideias”, observou.
O novo presidente da Apil/RS também lembrou da gestão de conquistas do presidente Wlademir Dall’Bosco e como o dirigente que deixou o cargo contribuiu para impulsionar a entidade no cenário lácteo com seu trabalho e dedicação durante os seis anos que ocupou a presidência. Por fim, agradeceu aos associados pela distinção de estar à frente da entidade. “Isto nos honra e fico muito grato por vocês nos prestarem essa confiança que nos dá uma responsabilidade enorme”, destacou.
Em 1991, o agricultor Delcio Roque Giacomini resolveu trocar a atividade de produção de grãos pela comercialização de queijo artesanal. No novo negócio, comprava queijos nas cidades de Carazinho, Chapada, Nova Boa Vista e Santo Antônio do Planalto para revender em Porto Alegre. Delcio, logo após, adquiriu um caminhão câmara fria para fazer o transporte. Com o crescimento das vendas, resolveu investir na industrialização de queijos e, assim, em 2001, nasceu a Friolack, em Arroio Bonito, distrito de Não Me Toque, dando início a uma pequena produção com apenas dez colaboradores. Em outubro de 2005, devido à necessidade de ampliação da produção, já que o produto vinha ganhando adeptos, a Friolack mudou-se para o município de Chapada, onde atualmente a empresa conta com mais de 170 colaboradores.
Confira a nominata da nova diretoria
Presidente: Delcio Roque Giacomini
1º Vice Presidente: Humberto Doering Brustolin
2º Vice Presidente: Daniel Chichelero
1º Secretária: Magali Ferrari
2º Secretário: Ronis Carlos Frizzo
1º Tesoureiro: Rodrigo Aloisio Staudt
2º Tesoureiro: Ademar Steffenon 
RS: avançam as obras do pavilhão da usina de leite em São Borja 
Iniciadas na segunda quinzena de dezembro, as obras de implantação do pavilhão que abrigará a futura usina de beneficiamento de leite em São Borja estão em ritmo acelerado. A construção é realizada junto ao Assentamento Cristo Redentor. O prazo contratual é de seis meses para o término das obras, o que significa que a conclusão tem de acontecer até o final de maio. O pavilhão terá área construída de 113,67 metros quadrados e representará investimento de R$ 303.954,29 
O grupo de produtores do assentamento que instalará a usina de beneficiamento de leite adquiriu, há vários anos, os equipamentos necessários. Os produtores estão pagando por essa infraestrutura operacional, que foi financiada pelo Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper). Os equipamentos estão guardados no Departamento de Materiais da prefeitura, à espera de condições para entrar em operação.
O grupo dos empreendedores do Assentamento Cristo Redentor fará a pasteurização de leite e ainda a produção de queijos e bebidas lácteas. As atividades serão iniciadas com a produção local de leite, mas a meta é gradativamente ampliar a escala de processamentos. Diante desta perspectiva, será necessário utilizar também a produção de leite de outras regiões do município.
O secretário municipal da Agricultura, Fábio Fronza, projeta que haverá considerável expansão da bacia leiteira em São Borja. Ao mesmo tempo, está sendo encaminhada parceria com a Escola Agrotécnica de Encruzilhada, em Maçambará, que trabalha na produção de leite. É meta, ainda, montar um veículo coletor com a infraestrutura adequada, para recolher a produção leiteira no interior de São Borja. (Prefeitura de São Borja)
 
Leite/Oceania
A Austrália recebeu chuva na maior parte do país nos últimos dias. Foi bom para esverdear as pastagens e para culturas. Entretanto a disponibilidade de feno continua muito apertada e estão sendo realizados levantamentos sobre os danos causados às pastagens e reservas de alimentos. O subsídio governamental para o transporte de alimentos continua em vigor. Em algumas partes ao Sul da Austrália, onde os danos foram extensos, policiais ajudam na escolta para facilitar o trânsito do feno. A produção de leite na Nova Zelândia, em dezembro de 2019 foi de 2.722 milhões de toneladas, queda de 0,5% em relação a dezembro de 2018. O volume de sólidos, 228.700 milhões de quilo ficou 0,2% maior. De janeiro a dezembro de 2019 a produção total de leite da Nova Zelândia foi de 21.786 milhões de toneladas, 0,7% menor quando comparada com o mesmo período de 2018. Os sólidos do leite também caíram 0,3% na mesma comparação. (USDA)
 
 

 

Porto Alegre, 04 de fevereiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.157

 Expodireto Cotrijal: Fórum Estadual do Leite vai debater as inovações para a cadeia produtiva 

As inovações que estão no mercado para fortalecer e dar competitividade à cadeia produtiva do leite será o tema central do 16º Fórum Estadual do Leite, que todos os anos reúne especialistas na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). O encontro organizado pela Cotrijal e Sistema CCGL acontece no dia 04/3, no auditório central da Expodireto, com a previsão de reunir 350 participantes, entre produtores de leite, técnicos, pesquisadores, empresas, lideranças e laticínios gaúchos. 

De acordo com Jair da Silva Mello, gerente de Suprimento de Leite da CCGL, neste ano o fórum vai levar para discussão o uso da inovação no controle e melhoria de processos no rebanho leiteiro, além de traçar o futuro da cadeia leiteira no Estado para os próximos cinco anos. O Fórum Estadual do Leite, que conta com o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), tem o propósito de ser um espaço permanente de debate e encaminhamento de questões técnicas e políticas da atividade leiteira. 

A programação do Fórum inicia às 9h com a palestra ‘Inovações no controle de animais e processos na pecuária de leite’, sob o comando do professor da Universidade de Kentucky (EUA), João H.C.Costa. Na sequência, às 10h, o chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Paulo do Carmo Martins, ministrará palestra sobre ‘Como será a produção de leite no Brasil em 2030?’ A partir das 11h20, o tema será ‘Como o modelo de gestão Agro + Lean poderá auxiliar o produtor de leite?’, ministrado pelo médico veterinário Sandro Viechinieski, do Instituto Clínica do Leite/SP. Após as palestras, o evento abre para debates entre palestrantes e participantes. 

A Expodireto Cotrijal 2020, exposição de tecnologia agropecuária consolidada como uma das mais importantes do país, teve seu lançamento realizado na manhã desta terça-feira (4), no Plaza São Rafael, em Porto Alegre.  A feira que reúne as mais recentes tecnologias para o setor produtivo acontece de 2 a 6 de março, tem a previsão de atrair mais de 260 mil visitantes de todos os continentes e superar os R$ 2,4 bilhões em comercialização alcançados em 2019. De acordo com o presidente da Cotrijal Cooperativa Agropecuária e Industrial, Nei César Manica, a feira é um mundo de informações, tecnologias e oportunidades que tem feito a diferença no campo e alavanca negócios das empresas.

A 21ª edição da mostra traz uma novidade para os visitantes, a Arena Agrodigital, espaço de 1,6 mil metros quadrados que vai reunir em torno de 20 empresas e startups do agro mundial, visando aproximar o setor produtivo das tecnologias disponíveis que geram redução de custos e aumento da produtividade no campo. “O Rio Grande do Sul é referência nacional no agronegócio, e isso dita os rumos do nosso governo. A Arena Agrodigital é uma das iniciativas que vão ajudar a desenvolver ainda mais a produção agrícola gaúcha com o suporte da tecnologia ao oportunizar a interação dos produtores com a inovação”, destacou o governador do Estado, Eduardo Leite, que junto com outras lideranças prestigiou o lançamento oficial da Expodireto Cotrijal 2020. (Assessoria de imprensa Sindilat)
 
16º Fórum Estadual do Leite – 4 de março – Auditório da Expodireto 
 
• 08h30min - 08h55min: Abertura do evento.
• 09h00min - 09h50min: Inovações no controle de animais e processos na pecuária de leite.
Dr. João H. C. Costa – Prof. Universidade de Kentucky/EUA.
• 10h00min – 11h10min: Como será a produção de leite no Brasil em 2030?
Dr. Paulo do Carmo Martins - Chefe Geral da EMBRAPA Gado de Leite, Juiz de Fora/MG.
• 11h20min - 12h10min: Como o modelo de gestão Agro + Lean poderá auxiliar o produtor de leite?
Méd. Veterinário Sandro Viechinieski – Instituto Clínica do Leite/SP.
• 12h10min - 12h30min: - Debate entre os palestrantes e os participantes.
ENCERRAMENTO 

GDT - Global Dairy Trade 
 
 
 
A propriedade rural precisa garantir renda
ENTREVISTA: RODRIGO RIZZO Presidente do Conseleite
Rodrigo Rizzo, que assumiu a presidência do Conseleite na semana passada para a gestão 2020, considera a atualização da metodologia o desafio mais importante que irá conduzir na liderança do conselho. O engenheiro agrícola e especialista em lácteos pela instituição italiana Corfilac atua como consultor no Sebrae-RS e no Senar, além de assessor da diretoria do Sistema Farsul.
Como garantir uma boa gestão na propriedade leiteira?
A propriedade rural eficaz independe do tamanho, precisa garantir renda para o produtor. E o que determina um bom desempenho é sua capacidade de gerenciamento e espírito empreendedor.
Quais são as dificuldades? 
A administração de receitas e despesas, saber separar o que é família do que é negócio. Só assim vai conseguir enxergar onde deve investir. Também fazer uso de tecnologia adequada à propriedade, que nem sempre é a mais cara. Às vezes, mudança no manejo da pastagem ou na ordenha reduzem custo. 
Como o Conseleite irá atuar?
Vamos revisar os parâmetros da metodologia que calcula o valor de referência do leite pago ao produtor, pois permitirá maior sinergia entre custo e preço de referência. Por exemplo, na ordenha existem novos equipamentos, que não eram utilizados antigamente, assim como as mudanças em razão das novas instruções normativas. 
Quais são as primeiras ações?
A câmara técnica, com a participação da UPF, definirá os parâmetros para adotar essas regras ainda este ano. Também vamos fortalecer as exportações por meio da Farsul e da CNA. (Zero Hora)
 
 
 
Leite/América do Sul
A produção de leite está sazonalmente em declínio nas principais bacias leiteiras da América do Sul. 
As altas temperaturas prejudicam o conforto das vacas, reduzindo a capacidade produtiva. A seca voltou em grandes partes do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, prejudicando a qualidade das pastagens em grandes regiões produtoras de leite. O preço atrativo dos animais de corte foi um incentivo para muitos fazendeiros a enviarem vacas de leite para o corte.
Em termos gerais, a produção de leite e creme está menos do que a necessidade de processamento das indústrias. Aproveitando as férias escolares, as fábricas destinam mais leite para queijos, iogurtes e leite condensado. A oferta de matéria gorda está bastante limitada, enquanto a demanda por manteiga continua elevada, principalmente para produção de sorvetes e sobremesas geladas. De acordo com analistas do setor, a instabilidade política e econômica, especialmente no Cone Sul da região, vem contribuindo para a queda do consumo interno de produtos lácteos. (USDA)
 
 
 
 
 
 
 
Leite/Europa
A produção de leite na União Europeia (UE) em novembro de 2019 subiu 0,9% em relação a novembro de 2018, de acordo com a Eucolait. No acumulado, de janeiro a dezembro de 2019, subiu 0,5%. O resultado de novembro é reflexo da melhoria de produção em importantes países como Holanda (+2,8%); França (+1,7%); Itália (+1,2%); e Alemanha (+0,4%). Esses países continuam com variações percentuais negativas no acumulado do ano, em relação a 2018 no mesmo período. A Irlanda registrou redução de 8,3% em novembro de 2019 se comparado com novembro de 2018, como reflexo das más condições de tempo. O bom desempenho vem permanecendo, de acordo com observadores, e o inverno está sendo bastante ameno, até um pouco quente, avaliam alguns. Nos últimos dias houve mais chuva do que neve, contribuindo para uma boa produção de leite neste início de 2020. A produção de matéria gorda aumentou mais do que a produção de leite. E a produção de manteiga de leite na UE em 2019, até novembro, foi 1,5% superior à produção no mesmo período de 2018, de acordo com entidade ZMB. A produção de proteína do leite, de janeiro a novembro de 2019 bateu recorde. A fabricação de queijo subiu 0,1% em relação ao mesmo período de 2018. Muitos dos principais países produtores de queijo aumentaram a fabricação, menos França (-0,5%) e Itália (-2,6%). As exportações de queijo da UE em novembro de 2019 subiram 6,6% em relação a novembro de 2018, de acordo com a Eucolait. Houve forte aumento nas remessas para os Emirados Árabes, Turquia e Egito. De janeiro a novembro as exportações comunitárias de queijos subiram 5,2% na comparação com 2018, atingindo 808.537 toneladas. Em novembro também foi um ótimo mês para a produção de leite em muitos países do Leste Europeu. Produziram mais que o ano passado a Polônia, a República Checa, a Bulgária, a Hungria, a Eslovênia, a Eslováquia e os países Bálticos. A produção caiu na Croácia e Romênia. (USDA)
 

 

Porto Alegre, 03 de fevereiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.156

 Competitividade da agropecuária gaúcha é foco da nova Presidência da Assembleia Legislativa 

Ampliar a competitividade dos diversos setores da economia gaúcha – movimento essencial para manter e atrair investidores ao Rio Grande do Sul - é uma das pautas prioritárias da nova gestão à frente da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do RS, empossada na manhã desta segunda-feira (03), em cerimônia concorrida que lotou as dependências do Plenário da Assembleia. O presidente e o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Alexandre Guerra e Darlan Palharini, prestigiaram o ato de posse que contou também com diversos outros representantes do setor industrial do RS.


Crédito: Luciana Radicione

A competitividade do campo é foco do novo presidente da Assembleia, deputado Ernani Polo (Progressistas), ao lado da pauta política que promove reformas na estrutura do Estado e deverá avançar em 2020 nas questões tributárias. Polo, que assume no lugar do petebista Luis Augusto Lara, afirmou que pretende trabalhar pela valorização dos empreendedores gaúchos, destacando que benefícios fiscais serão amplamente discutidos pelo Parlamento a segmentos da economia que gerem competitividade e ajudem na arrecadação do Rio Grande do Sul.

“Se reduzirmos a musculatura de alguns negócios, a situação tende a piorar. Vivemos num país com muitas diferenças tributárias e o que normalmente acontece aqui no Estado é uma equalização tributária, muitas vezes necessária para um setor ser mantido”. De acordo com Polo, um estudo sério e criterioso irá auxiliar na definição dos segmentos beneficiados, mas ressalta que o foco principal será sobre segmentos com grande competitividade entre os estados da federação, caso do setor leiteiro e da proteína animal. “Temos setores produzindo, gerando emprego e com possibilidade de crescer. Para esses, é importante criar uma condição diferenciada", pontuou. Além dos benefícios fiscais, Polo destacou como fundamental a análise de outros indicadores, como educação, saúde, segurança e infraestrutura. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)

STF deve barrar tabela do frete e governo tenta reduzir danos 
Movimento visa a evitar um passivo fiscal caso o STF julgue inconstitucionais também as multas e autuações aplicadas pela ANTT 
O Supremo Tribunal Federal (STF) dá sinais de que deve declarar inconstitucional a tabela de frete. Diante dessa tendência, o governo Jair Bolsonaro já trabalha para reduzir o impacto da medida, com articulação da Advocacia-Geral da União (AGU) para que o fim do tabelamento vigore apenas após a decisão, segundo apurou o Valor. 
O julgamento, que terá efeitos sobre diversos setores econômicos e potencial influência no relacionamento entre o governo do presidente Jair Bolsonaro e os caminhoneiros, foi pautado para o próximo dia 19 pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli. 
O movimento do governo visa a evitar um passivo fiscal para os cofres públicos da União, caso a Suprema Corte decida tornar inconstitucionais também as multas e autuações aplicadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a quem descumpriu as seguidas tabelas desde maio de 2018. Nessa hipótese, o governo teria que ressarcir as empresas embarcadoras (contratantes de frete) multadas durante esse período. 
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, até tentou um acordo entre e caminhoneiros e embarcadores, o que abriria caminho para que o STF julgasse o assunto em 2019. Mas as negociações fracassaram. Agora, o julgamento é avaliado como “inadiável” tanto pelo Palácio do Planalto como por transportadores e empresários. 
Relator das três ações de inconstitucionalidade contra o tabelamento, o ministro Luiz Fux chegou a suspender as multas impostas a indústrias e empresas contratantes de frete rodoviário para cargas, mas recuou da decisão. 
O tema é delicado, uma vez que o tabelamento ganhou contornos políticos desde que surgiu como condição imposta pelos motoristas autônomos para cessarem as paralisações que afetaram o país há quase dois anos. Por diversas vezes ministros do STF se mostraram desconfortáveis com o impasse. 
Para os caminhoneiros, a tabela de pisos mínimos é uma “conquista histórica”. Por isso, existe o risco de novas ameaças de greve ocorrerem, dependendo da decisão do STF. 
Por outro lado, mesmo se Fux concluir seu voto, não é descartado o pedido de vista por outro ministro do Supremo, o que pode adiar mais ainda uma definição sobre o caso. “Ninguém tem convicção de que a votação com ‘barba e cabelo’ vai acontecer, mas. se o Fux votar pela inconstitucionalidade. já será uma vitória e tanto, porque tira a força do governo de fazer novos reajustes da tabela”, disse André Nassar, presidente da Abiove, entidade que representa as maiores tradings do setor agrícola, como Bunge e Cargill. 
As confederações da indústria (CNI) e do setor agropecuário têm defendido que o STF julgue definitivamente o caso e encerre com a insegurança jurídica que paira sobre as empresas. No entanto, não concordam com uma possível modulação dos efeitos da decisão do STF, caso os ministros julguem que a tabela só será considerada inconstitucional futuramente. 
Cássio Augusto Borges, superintendente jurídico da CNI, argumenta que já passou da hora de o STF dar uma resposta para o impasse em torno da tabela do frete. “Achamos que agora o Supremo vai enfrentar o tema e tenho uma aposta positiva de que o julgamento termina desta vez e que a tabela seja inconstitucional”, afirmou Borges. “As distorções não prejudicaram só o setor produtivo, mas os s caminhoneiros também.” 
Para acabar com as greves, o governo de Michel Temer editou uma medida provisória criando um piso mínimo para os fretes rodoviários, considerado pelos setores empresariais como uma espécie de lucro dado aos caminhoneiros. 
Desde então, nove tabelas foram editadas -duas delas suspensas - e as empresas se queixam de aumento de custos, muitas delas tendo recorrido a frotas próprias para fugir das tabelas. 
“A gente não sabe o que está na cabeça do juiz”, repetiram como mantra o líder caminhoneiro Carlos Alberto Litti Dahmer, presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga (Sinditac) de Ijuí (RS), e Wallace Landim, o Chorão, presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava). Ambos confiam na tese de que os pisos mínimos do frete são constitucionais. E acham que, se o STF decidir pela inconstitucionalidade, haverá paralisação por todo o país, repetindo o cenário de 2018. 
Litti disse que está iniciando conversas sobre uma possível mobilização nos dias que antecederão o julgamento. Chorão aposta suas fichas na retirada do tema da pauta de julgamentos do Supremo Tribunal Federal. 
Questionados judicialmente pelas associações empresariais, os pisos mínimos do frete estão em vigor desde 2018. A grande queixa dos caminhoneiros tem sido a falta de fiscalização, que abre espaço para descumprimento da tabela. 
Nesse ínterim, o governo estruturou uma forma de fiscalização eletrônica dos valores do frete. Na emissão do Código Identificador da Operação de Transporte (Ciot), um cadastramento obrigatório para esses serviços, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) será automaticamente informada se o valor do frete estiver abaixo do piso mínimo. 

Litti diz que, com o funcionamento do sistema, previsto para este mês, o problema da fiscalização fica resolvido. Chorão informou que as empresas ainda estão adaptando seus programas ao novo Ciot. (Valor Economico)

 
Mapa desenvolve projeto para aprimorar agrometeorologia
Entre os dias 28 a 30 de janeiro de 2020, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) coordenou a Oficina de Projetos Estratégicos Corporativos (PECs) de Agrometeorologia, vinculado ao Programa AGIR - Agro Gestão Integrada de Riscos, que tem como propósito atender aos principais desafios da gestão de riscos climáticos no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
 
Segundo a coordenadora da Assessoria de Gestão Estratégica do Mapa, Ana Carolina Peixoto de Castro Martins, “as informações que foram coletadas pela equipe que desenvolve o projeto são lançadas de forma criativa usando as ferramentas de melhores práticas em projetos no software SA Strategic Adviser, recém-adquirido pelo Mapa".  
De acordo com o diretor do Inmet, Carlos Edison Gomes, a previsão é lançar o projeto até meados de fevereiro. “O projeto proporciona maior eficiência na entrega de resultados das ações previstas até 2022. A agricultura é atividade econômica mais dependente das condições de tempo e clima. O nosso objetivo é integrar os produtos agrometeorológicos para melhorar a tomada de decisões desse setor”. 
Participaram da oficina representantes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Embrapa Informática Agropecuária e do Departamento de Gestão de Riscos da Secretaria de Política Agrícola. Os participantes foram capacitados para elaborar o projeto desde a etapa de proposição, planejamento, termos de abertura e planos de gerenciamento até o encerramento. (Mapa)
 
 
Petróleo e epidemia
A Opep se reúne nesta semana para discutir como conter o preço da commodity, que vem caindo devido à epidemia na China. Segundo a agência de notícias Bloomberg, dados do governo chinês mostram que a demanda de petróleo do país caiu em 3 milhões de barris/dia, cerca de 20% do consumo médio diário, devido à epidemia. A Opep deve a deve avaliar um possível corte de produção. (Valor Economico)
 

 

 

Porto Alegre, 31 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.155

 Setor consegue a prorrogação de exigência de CIOT

A expectativa do setor lácteo em prorrogar a obrigatoriedade de emissão do chamado Código Identificador de Operação  de Transporte (CIOT) foi atendida. O prazo, que antes exigia o cadastro de todas as obrigações de transporte a partir do dia 01/02/2020, foi estendido para o dia 16 de março com o anúncio no Diário Oficial da quinta-feira (30/01), através da Resolução n. 5.869 da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A mobilização para a prorrogação contou com o senador Luiz Carlos Heinze e o deputado federal Alceu Moreira. A nova exigência foi tema da reunião de associados do Sindilat na terça-feira (28/01) e abordada pelo advogado Matheus Zomer, do escritório Rafael Pandolfo Advogados Associados. 

O profissional integra o grupo de trabalho que conta com representantes dos setores de logística das empresas associadas ao Sindilat e que estão debatendo a questão. Com base nos debates do grupo, a assessoria jurídica do Sindilat encaminhou um ofício com questionamentos e sugestões que foi enviado à Ouvidoria da ANTT. Segundo Zomer, a ideia é esclarecer dúvidas e alertar sobre pontos dúbios na nova regra uma vez que o setor lácteo tem especificidades de transporte que não são facilmente respondidas. Uma das dúvidas é sobre as formas de mensuração exata do volume de cargas, uma vez que o setor lida com captação de volume diferenciados todos os dias. 

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, criticou a obrigatoriedade do CIOT, o que classificou com medida burocrática e que tira competitividade do setor produtivo.  “É um contra-senso com a própria política do governo federal que é desburocratizar os processos”, completou.

O CIOT é uma obrigação no Brasil desde 2011. Contudo, até agora, vinha sendo exigido apenas de transportadores autônomos, com fiscalização e multas brandas. Agora, a nova legislação exige emissão para todas as cargas transportadas, incluindo as grandes empresas que antes estavam livre dessa obrigatoriedade. A Resolução 5.862 da ANTT possibilitou que as indústrias deleguem a emissão do CIOT para as transportadoras. Zomer alerta que a emissão do CIOT pode até ser delegada para um terceiro, mas a responsabilidade e as multas seguem incidindo sobre o contratante. “Essa é uma ferramenta que facilitará a fiscalização da tabela do frete”, frisou, alertando que a fiscalização já está em prática, através de radares fotográficos com a leitura da placa do veículo com o respectivo CIOT que a partir de agora estará interligado com as respectivas Secretaria da Fazenda dos estados.  A tecnologia facilitará e ampliará muito a fiscalização e diminuirá a concorrência ilegal. As multas foram  elevadas do mínimo de R$ 550,000 para a o valor de até R$ 10.500,00, para erros, inconformidades, não emissão do documento e desobediência da tabela mínima de frete.

Guerra solicitou aos associados, lideranças políticas e empresariais para que trabalhem pelo tema e para que a tabela de frete consolide-se como uma referência e não como exigência como vigora neste momento. Sobre o CIOT, guerra alertou que sua implementação exigira contratação de profissionais exclusivamente para a emissão documentos. “É um processo que precisará ser realizado todos os dias, com detalhamento de origem e destino das coletas. Vem só burocratizar”. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

UE- 2/3 do leite é usado para produção de queijo e manteiga
Em 2018 foram processadas 156,8 milhões de toneladas de leite na União Europeia (UE). 
As indústrias produziram 10,3 milhões de toneladas de queijo, bem como 2,4 milhões de toneladas de manteiga e outros produtos com base na manteiga do leite. A produção de queijo e manteiga utilizou dois terços (67%) de todo o leite disponível nas indústrias.
A UE também produziu 30,1 milhões de toneladas de leite para consumo (perto de 17 milhões de toneladas de leite integral e 13 milhões de toneladas em leite desnatado) e 3 milhões de toneladas de lácteos em pó. O leite de consumo representou 11% de todo o leite captado pelas indústrias em 2018.
A Alemanha é a maior produtora de queijo entre os Estados Membros da UE (2,2 milhões de toneladas, 22% do total da UE), em seguida vem a França (1,9 milhões de toneladas, ou 19% de toda a UE) e Itália (1,3 milhões de toneladas, 13%). O Reino Unido produziu 6,8 milhões de toneladas de leite fluido em 2018, representando pouco mais de um quinto (23%) de toda a produção da UE. (The Dairy Site – Tradução livre: Terra Viva)
 

Relação de troca
De acordo com a CNA, a tendência para 2020 é que a alta nos preços da soja e do milho pressionem ainda mais a margem do pecuarista. 

No fim de 2019, o produtor de leite precisava de 34 litros para comprar um quilo de ração, levando em consideração os preços de soja e milho à época, de acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). 

Em janeiro, já são necessários 44 litros. Conforme levantamento do projeto Campo Futuro, no ano passado, os custos de produção já tinham subido 2,9%, “Esses números tiveram um impacto significativo, principalmente no último trimestre, por conta dos preços dos grãos”, diz o assessor técnico Thiago Rodrigues. 

Segundo o especialista, o cenário no fim de 2019 condicionou o mercado lácteo a trabalhar com certo receio em 2020. “O que imaginamos é que os aumentos nas cotações de milho e soja tenham uma repercussão maior este ano, pressionando a margem do produtor”, afirma. (Canal Rural)

 
 
 
Prejuízos com o clima
 
A Federação da Agricultura de Minas Gerais (Faemg) afirmou que segue levantando os prejuízos em áreas agrícolas para tentar solicitar prorrogação de dívidas de produtores e crédito adicional. 
A Federação da Agricultura de Minas Gerais (Faemg) afirmou nesta quinta-feira, 30, que segue realizando levantamentos de perdas em áreas agrícolas afetadas pelas fortes chuvas. 
Segundo o presidente da entidade, Roberto Simões, há uma grande dificuldade no escoamento da produção, principalmente de leite, e do café de montanha, onde foi registrado casos de áreas que cederam por conta do alto volume de água no solo. 
“Estamos fazendo levantamento das regiões para encaminharmos os casos daqueles que têm financiamento com bancos, tratar de prorrogação (de dívidas) e solicitar crédito adicional de emergência”, diz. (Canal Rural)
 
Aliança Láctea define agenda para 2020
A Aliança Láctea Sul Brasileira definiu agenda para 2020 com três grandes reuniões para debate dos rumos do setor lácteo do Rio Grande do Sul. O primeiro encontro ocorrerá no dia 13 de março, a partir das 10h, em Porto Alegre (RS).  O Coordenador da Aliança Láctea e Presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, reiterou as indústrias associadas a apresentarem suas pautas e demandas para compor a agenda de debates do ano. O segundo encontro da Aliança será realizado em Florianópolis (SC) em 17 de julho e o terceiro em 6 novembro, em Curitiba (PR). (Assessoria de imprensa Sindilat)

 

Porto Alegre, 30 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.154

 Soro do leite: grande oportunidade para a indústria

Um estudo do Chipre publicado no Journal of Advanced Dairy Research afirma que, à medida que a quantidade de soro de leite na indústria de laticínios aumenta constantemente, novos métodos sustentáveis de utilização e processamento deste sub-produto são necessários.

Os pesquisadores do Departamento de Ciências Agrícolas, Biotecnologia e Ciência de Alimentos, da Universidade de Tecnologia de Chipre, em Limassol, afirmam que, entre outros usos, o desenvolvimento de bebidas de soro de leite fornecerá aos consumidores um produto de alta qualidade nutricional, enquanto cria oportunidades de inovação para a indústria de laticínios.
Eles acrescentam que os componentes bioativos derivados do soro de leite têm propriedades antimicrobianas, anti-inflamatórias e antioxidantes, daí a qualidade funcional para o consumidor preocupado com saúde.
Devido ao aumento da fabricação de queijos, o desafio de criar produtos inovadores a partir de soro de leite continua crescendo.

No entanto, eles acrescentam que, com base nos efeitos positivos do soro, novos produtos foram descobertos e isso resultou na minimização do desperdício geral.

O estudo diz que algumas das maiores empresas de laticínios do mundo já introduziram uma nova forma de geração de produtos à base de soro de leite. Por exemplo, a Arla Food Ingredients desenvolveu uma bebida medicinal que contém 10 gramas de proteína de soro de leite de alta qualidade e baixa em lactose.

Além disso, a Nestlé Health Science desenvolveu um pó de soro de leite, o Resource Whey Protein, que é uma proteína solúvel projetada para manejo dietético de pacientes desnutridos. A Nempresa também lançou uma nova série de produtos chamada Boost, que série inclui uma linha de bebidas nutricionais com proteínas, vitaminas e minerais de alta qualidade, incluindo cálcio e vitamina D.

Muitas outras empresas continuam desenvolvendo pós à base de soro de leite, como a Fonterra com o Whey Protein Concentrate (80% de proteína) e o Whey Protein Isolate (aproximadamente 90%) e a Lactalis com os pós de soro de leite Flo e Pronativ e Native Whey Protein.

Os pesquisadores dizem que esses produtos são uma ótima fonte de proteína digerível pelo organismo, permitindo a rápida absorção de seus benefícios nutricionais.

O artigo considera os usos potenciais do soro de leite, inclusive nos esportes, observando que as bebidas esportivas podem ser consumidas antes ou durante a atividade física e fornecem uma excelente alternativa à água pura para os atletas, pois também evitam a desidratação. A maioria das bebidas esportivas é formulada para fornecer carboidratos e eletrólitos (como sódio, potássio, cálcio e magnésio) para absorção de fluidos e energia.

Algumas bebidas esportivas também podem incluir proteínas, vitaminas e outros nutrientes, com a ingestão recomendada para os atletas em torno de 1g (treinamento geral) e 2g (cargas intensas de treinamento, adolescentes em crescimento, construção muscular) de proteína/kg de peso corporal por dia.

O estudo observa que muitos atletas consomem proteína de soro de leite por seu rico conteúdo de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA), constituintes importantes para a síntese proteica e crescimento muscular durante o período de recuperação, após exercício de resistência.

O crescimento contínuo da indústria de laticínios gera grandes quantidades de soro de leite como subproduto ou co-produto, forçando a indústria a encontrar maneiras de tratá-lo e valorizá-lo, afirma o artigo. Ainda acrescentam que o fato de os benefícios do soro para a saúde humana estarem se tornando amplamente conhecidos é importante, pois, nesse cenário, as empresas irão desenvolver bebidas de soro de leite com excelentes qualidades nutricionais que serão aceitas pelos consumidores.

Pesquisas adicionais sobre a utilização criativa de soro de leite serão essenciais para estabelecer e expandir o futuro das bebidas lácteas funcionais na indústria global de laticínios, concluem os cientistas. (Dairy Reporter – tradução: Equipe MilkPoint)

Metodologia para identificar alelo A1 em leite A2 é publicada em revista internacional
O leite A2 está se tornando cada vez mais popular entre consumidores e produtores por ser considerado um leite de mais fácil digestão, comparado ao leite A1. Com essa perspectiva a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Zootecnia (IZ/Apta), desenvolveu dois métodos para detectar o alelo A1 diretamente em amostras de leite e seus derivados comercializados como A2. O resultado do estudo está no artigo científico “New high-sensitive rhAmp method for A1 allele detection in A2 milk samples“, publicado na revista Food Chemistry que estará com acesso gratuito por 50 dias.

Esta é a primeira tentativa de desenvolver ensaios para genotipar alelos A1 e A2 do gene CSN2 da beta-caseína diretamente de amostras de leite. A maioria das pesquisas concentrou-se na identificação das frequências desses genótipos apenas nos animais.
O teste de identificação do IZ vem agregar credibilidade ao produto "Leite A2". O leite de vaca pode conter dois tipos de proteínas, a beta-caseína A1 e A2. A digestão do A1 está associada à liberação do peptídeo beta-casomorfina-7, que pode causar efeitos gastrointestinais adversos, diferente da intolerância à lactose.

A técnica desenvolvida pelo IZ é muito relevante para empresas que comercializam produtos provenientes de animais selecionados A2. Com esses métodos, será possível detectar os alelos, fornecendo informações precisas de produtos que serão consumidos por pessoas que só podem ingerir o leite A2 e seus derivados. 
Participaram dos estudos os pesquisadores do IZ, Anibal Eugênio Vercesi Filho, Luciana Morita Katiki, os Assistentes Técnicos de Pesquisa Científica e Tecnológica Rodrigo Giglioti e Gunta Gutmanis. 
O artigo científico sobre a pesquisa pode ser acessado gratuitamente até 4 de março de 2020, na revista Food Chemistry.
Identificação: Os métodos HRM (High Resolution Melting) e rhAmp (Amplificação dependente de RNase H), desenvolvidos pelo IZ, são capazes de discriminar e detectar de maneira altamente confiável os genótipos A1A1, A2A2 e A1A2 do gene CSN2 em amostras de DNA de animais e amostras de leite e seus derivados. As duas técnicas apresentem 100% de precisão para a genotipagem de animais. 
Contudo, a detecção por rhAmp é dez vezes mais sensível que o método HRM, sendo indicada para a fiscalização de leite A2, devido a sua alta sensibilidade para detectar a presença de A1 em amostras de A2. Assim, essa metodologia pode ser utilizada para identificar possíveis contaminações da variante alélica A1 em amostras de leite e derivados de leite A2. A metodologia por análise de HRM é indicada para a genotipagem dos animais. 
A prioridade do IZ, no momento, é desenvolver um teste rápido e de alta sensibilidade para identificação do alelo A1 em amostras de leite A2. Já há parceria com uma empresa privada de tecnologia e o teste encontra-se em fase de desenvolvimento. Em breve, produtores e indústrias poderão utiliza-lo para detectar a presença de leite A1 em amostras de leite ditas como A2. 
O laboratório do Centro de Pesquisa de Genética e Reprodução Animal realiza o serviço de genotipagem de animais para os genótipos A1A1, A1A2 e A2A2 e para detectar a pureza no leite e seus derivados que deverão conter apenas a betacaseína A2. Os interessados em realizar estes testes devem procurar os pesquisadores Dr. Anibal Vercesi e Dr. Rodrigo Giglioti no e-mail labgeniz@iz.sp.gov.br (Instituto de Zootecnia)
 
 

Coronavírus traz incerteza para economia gaúcha

Problema sanitário pode representar entrave às vendas do RS para a China

O surto de coronavírus na China acende alerta entre segmentos exportadores do Rio Grande do Sul. Há incertezas sobre o impacto que a doença pode causar na economia global, mas a turbulência registrada nos últimos dias pelo mercado financeiro traz preocupação ao Estado. A ameaça é de que o problema sanitário represente entrave às vendas para a potência asiática.

Assim que as primeiras informações sobre o vírus surgiram na semana passada, bolsas de valores passaram a cair, e o dólar ganhou força em relação a moedas como o real. Toda essa turbulência desagrada exportadores, porque gera imprevisibilidade na hora de fechar negócios.

Nesta quarta-feira (29), o dólar subiu 0,59%, cotado a R$ 4,219, maior marca desde novembro. A bolsa de valores de São Paulo (B3) recuou 0,94%, a 115.384 pontos.

– Até o momento, não há motivos para entrar em pânico. Mas problemas como o do coronavírus trazem dose imensa de incertezas para a economia. Os mercados ficam mais sensíveis. Isso dificulta os negócios, porque podem dar uma travada, desacelerando – afirma Antônio da Luz, economista-chefe do Sistema da Federação da Agricultura do Estado (Farsul).

A China é dona da segunda maior economia do mundo e o principal destino das exportações brasileiras. Em 2019, os embarques para o país asiático somaram US$ 62,9 bilhões, indica o Ministério da Economia. Isso quer dizer que os chineses abocanharam 28,1% de tudo o que o Brasil exportou no ano passado. A título de comparação, as vendas para os Estados Unidos, segundo parceiro da lista, representaram 13,2%.

O Brasil negocia com a gigante asiática, principalmente, produtos do agronegócio, setor com grande peso na economia gaúcha.
Em 2019, a soja permaneceu como a mercadoria mais vendida aos chineses. De janeiro a dezembro, os embarques do item somaram US$ 20,5 bilhões.

Empresas gaúchas com operações na China estão em compasso de espera por novos desdobramentos da situação. Conforme apuração da colunista de GaúchaZH Marta Sfredo, o cancelamento de viagens de executivos entre o Brasil e o país asiático é parte das medidas adotadas devido à doença.

Na reta final de 2019, para compensar dificuldades internas, a China intensificou a compra de carne em Estados como o Rio Grande do Sul. O maior apetite asiático resultou em aumento de preços para consumidores gaúchos.
Complicações

Segundo Luz, outro risco que o coronavírus traz à economia do Estado é o de dificuldades para transportar produtos. Em razão da doença, a circulação de bens e pessoas é abalada no território chinês. Companhias áreas anunciaram suspensão de voos para o país asiático, que também fechou atrações turísticas.

– Com o problema, as entregas de produtos podem demorar mais. Talvez o impacto econômico seja pequeno. Mas, se a situação se alongar, com contenção na área de logística, precisaremos voltar para as planilhas e refazer os cálculos – observa Luz.

O coronavírus é, em menos de um mês, o segundo risco vindo do Exterior à retomada brasileira em 2020. Antes do surto na China, o conflito entre Irã e Estados Unidos também causou turbulência em janeiro, lembra o professor de Economia Internacional Argemiro Brum, da Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul (Unijuí).

– O vírus pode dificultar exportações ao mercado chinês. A situação tende a frear o desempenho da economia mundial, dificultando negócios. Assim, pode complicar a recuperação projetada para o Brasil em 2020. A questão é que ainda não sabemos o tempo de duração do problema – diz Brum.

A China é a principal origem das mercadorias compradas pelo Brasil no Exterior. Em 2019, as importações de mercadorias do país asiático somaram US$ 35,3 bilhões, conforme o Ministério da Economia, sendo 19,9% de todos os bens adquiridos por empresas brasileiras no mercado internacional. (GZH) 

ConectarAGRO alcança cobertura 4G em 5 milhões de hectares no Brasil
A iniciativa ConectarAGRO, promovida por empresas de máquinas agrícolas, telefonia e tecnologia (AGCO, CNH Industrial, Jacto, Trimble, TIM, Nokia, Solinftec e Climate FieldView) alcançou a marca de 5,1 milhões de hectares conectados com a tecnologia 4G (de 700 MHz) em 2019, superando em 100 mil hectares a meta inicialmente planejada.
Essa área representa 10% da área agrícola no país, de acordo com dados da Embrapa. Formada em abril do ano passado, a iniciativa visa expandir a disponibilidade do acesso à internet no campo.
Pelo ConectarAGRO, o acesso é operacionalizado pela TIM por meio de antenas de rede de celular, que têm alcance de 30 mil hectares cada. Atualmente, o serviço está disponível para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste. A implantação da rede nas fazendas tem custo médio de meia saca de soja por hectare. (Valor Econômico)
 

 

Porto Alegre, 29 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.153

 Ministério da Agricultura abre inscrições para feiras internacionais de alimentos e bebidas

O objetivo do ministério é organizar missões comerciais para atrair investimentos e promover o desenvolvimento do agronegócio nacional

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) abriu as inscrições para empresas e entidades interessadas em participar das feiras internacionais de bebidas e alimentos que ocorrerão neste ano em diferentes países.

O objetivo do ministério é organizar, em parceria com o Ministério de Relações Exteriores e com o apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), missões comerciais para atrair Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) e promover o desenvolvimento do agronegócio nacional.

>> A programação internacional do primeiro semestre de 2020 inclui as seguintes feiras:

- Food and Hotel Asia 2020
Local: Singapura 
Data: 31/03 a 03/04
Inscrições até 31/01 em www.agricultura.gov.br/fha2020 

- EXPO ANTAD & Alimentaria 2020
Local: Guadalajara (México)
Data: 31/03 a 02/04
Inscrições até 31/01 em www.agricultura.gov.br/expoantad2020 

- SIAM 2020
Local: Meknes (Marrocos)
Data: 14/4 a 19/4
Inscrições até 31/01 em www.agricultura.gov.br/siam2020 

- SIAL Canada
Local: Montreal (Canadá) 
Data: 15/4 a 17/4
Inscrições até 31/01 em www.agricultura.gov.br/sialcanada2020 

- Seul Food and Hotel 2020
Local: Seul (Coreia do Sul)
Data: 19/5 a 22/5
Inscrições até 15/02 em www.agricultura.gov.br/seoulfood2020 

- THAIFEX - Anuga Asia
Local: Bangkok (Tailândia) 
Data: 26/5 a 30/5
Inscrições até 15/02 em www.agricultura.gov.br/saitex2020

- SAITEX 2020
Local: Joanesburgo (África do Sul)
Data: 21/6 a 23/6
Inscrições até 22/03 em  www.agricultura.gov.br/thaifex2020

A seleção das empresas e entidades interessadas em participar das missões e/ou serem expositoras nas feiras é realizada no Mapa, por meio da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais. Os eventos internacionais são considerados plataformas estratégicas para ampliar a visibilidade dos produtos brasileiros e promover contatos.

Nesses eventos, vários atores do mercado externo se reúnem em um mesmo ambiente, permitindo a redução de custos de promoção transacional. Além disso, os eventos representam oportunidade para aprofundar o conhecimento sobre o mercado-alvo, tendências e estratégias dos concorrentes.

Inscrições/Participação
Em todos os eventos, o Mapa e o MRE são responsáveis pelos custos de contratação de espaço na feira, apoio de recepcionistas bilíngues e confecção do catálogo do Pavilhão Brasil.

Cada empresa participante fica responsável pelas despesas de passagens aéreas, hospedagem e alimentação, além da inscrição junto ao promotor do evento. O candidato também deve aceitar os Termos e Condições de Participação.

A inscrição no processo seletivo não garante a participação na missão comercial, serve apenas para manifestar o interesse do inscrito no processo de seleção. O resultado da seleção é enviado às instituições por e-mail.

Feiras
No ano passado, 71 empresas e entidades setoriais participaram das feiras organizadas pelo Mapa, fechando US$ 8 milhões em negócios durante os eventos, com a expectativa de US$ 706 milhões em novos negócios para os 12 meses subsequentes. (MAPA)

Mais de 84 milhões de animais foram vacinados contra febre aftosa no país
A maioria dos pecuaristas do país fez, mais uma vez, o dever de casa em relação à prevenção da febre aftosa no rebanho. No segundo semestre de 2019, 98,35% do rebanho bovino e bubalino com até 24 meses de idade foram imunizados, o equivalente a 84,13 milhões de animais.
Os dados finais dessa etapa (segundo semestre de 2019) podem ter alterações, pois ainda não foram considerados os dados da Bahia. O sistema do estado apresentou problemas técnicos e os dados consolidados serão enviados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) até o próximo dia 31.
Em 24 estados e no Distrito Federal, todos os animais jovens (até 24 meses de idade) devem ser vacinados no segundo semestre de cada ano. No primeiro semestre, são vacinados os animais de todas as idades.  Atualmente, o rebanho bovino e bubalino brasileiro é de 215,57 milhões de cabeças.
“Foi mantida, como em semestres anteriores, a alta cobertura vacinal contra a doença, mostrando que mesmo nesse momento de transição, onde alguns estados estão suspendendo a vacinação conforme previsto no plano estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA), os criadores sabem de seu papel e executam a vacinação nos seus animais nos estados que permanecem com a vacinação obrigatória e sistemática”, afirmou o chefe da Divisão de Febre Aftosa (Difa), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Diego Viali dos Santos. 
O sucesso do programa brasileiro de vacinação e erradicação da febre aftosa despertou o interesse da Índia, que tem o maior rebanho bovino e bubalino do mundo (mais de 400 milhões de animais).
Na última semana, técnicos brasileiros estiveram na Índia, que integraram a missão da ministra Tereza Cristina ao país asiático, iniciaram a elaboração de um acordo de cooperação técnica na área de febre aftosa, como forma de troca de experiências e conhecimento técnico entre dois países. Como primeiro passo desse trabalho, ficou agendado para maio deste ano, a vinda de autoridades da área sanitária indiana ao Brasil para conhecerem o PNEFA, o parque industrial brasileiro de produção de vacina, laboratórios federais de controle de vacina e diagnóstico de febre aftosa, além de atividades de vigilância.
 
 
Otimismo/AR
O Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla) divulgou resultados preliminares da pesquisa setorial do leite 2018/19, realizada pelo Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (Inta) e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca. 
O levantamento, que é realizado desde o ano 2000 consultou 194 estabelecimentos localizados na região dos Pampas, que responderam questionários entres 1º de julho de 2018 e 30 de junho de 2019.

Os resultados mostram uma radiografia do setor leiteiro. Por exemplo, que a maioria dos estabelecimentos (62%) ocupam entre 100 e 300 hectares, que a metade tem entre 100 e 250 vacas em ordenha, e que possuem em média dois tratores cada um.
 
Também que a área é usada, fundamentalmente, para pastagens (50% da superfície é ocupada assim), que a mortalidade de vacas fica em torno de 5,8%, que a maior parte da alimentação (46%) é forragem fresca e feno, e que a produção média diária de leite por propriedade gira em torno de 3.000 litros.
 
Dentro deste contexto, e apesar de 2019 ter encerrado com menos propriedades leiteiras e uma rentabilidade magra (1,7%), a projeção das empresas leiteiras para os próximos anos é predominantemente positiva. Ou seja, 58% deles esperam um crescimento nos próximos cinco anos, e 29% aguardam uma estabilidade, e 4% estimam que sua produção cairá e 8% avaliam abandonar a atividade.

Neste último caso, a idade, a inexistência de familiares que continuem com o empreendimento e a baixa rentabilidade do negócio são os fatores preponderantes para o abandono. (Agrovoz)

 
 
Câmara Setorial do Leite 
A diretora do Conselho Científico Agro Sustentável, CCAS, Dra. Roberta M. Züge, assumiu o cargo de membro da Câmara Setorial do Leite, vinculada ao Conselho Nacional de Política Agrícola – CNPA, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Esta câmara é um dos principais órgãos do setor, sendo que o colegiado tem por objetivo desenvolver ações e ajudar o MAPA na formulação de políticas públicas que fortaleçam a atividade.  “O setor do leite tem muitos desafios, especialmente frente às normativas, que dá um novo viés para a cadeia e abrem diversas novas oportunidades para os lácteos. Este ano será importante levar a tecnologia e a informatização para que possa alcançar este patamar e, quem sabe assumir, um protagonismo na produção de proteína animal. A câmara tem um papel crucial na consolidação das políticas, que são imprescindíveis para este salto”, comenta a diretora. Roberta é Mestre e Doutora em Reprodução Animal, com especialização em Ética e Responsabilidade Social Empresária no Agro e em Reprodução Animal. Atualmente, também é Superintendente Técnica Administrativo da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa (ABCBRH). (CCAS)

 

Porto Alegre, 28 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.152

 Rodrigo Rizzo eleito novo presidente do Conseleite

O engenheiro agrícola Rodrigo Ramos Rizzo foi eleito e empossado novo presidente do Conseleite na manhã desta terça-feira (28/01) para a gestão 2020/2021. Representando a Federação da Agricultura do Estado do RS (Farsul), ele assumiu o colegiado em nome dos produtores com meta de atualização e análise constantes dos itens que compõem a metodologia de cálculo do valor de referência do leite. O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, foi eleito vice-presidente, devendo assumir a presidência do Conseleite em 2021, conforme estatuto. Segundo o regimento do Conseleite, as diretorias são eleitas a cada dois anos com representação de produtores e indústrias na presidência e vice-presidência e previsão de alternância entre os cargos. Ou seja: no primeiro ano, a presidência fica a cargo dos produtores e, no segundo, da indústria, ou vice-versa. “A Federação da Agricultura tem estado muito atenta aos movimentos de mercado da cadeia do leite, sobretudo o externo. Agradecemos a todos pelo apoio e trabalho realizado até aqui e estamos empenhados no fortalecimento do segmento”, frisou Rizzo. 

Durante a reunião, também foi divulgada a projeção para o leite no Rio Grande do Sul. Como já era previsto para um período de início da entressafra, o valor de referência projetado para janeiro de 2020 subiu, atingindo R$ 1,1267, alta de 0,88% em relação ao consolidado de dezembro de 2019 (R$ 1,1169). Guerra pontuou que a estiagem também traz reflexo no campo, fenômeno que deve impactar os preços ao longo do ano. “Os tambos estão produzindo menos do que tradicionalmente captam nessa época ano. 

Isso, sem dúvida, trará reflexo direto ao preço do consumidor ao longo de 2020, uma vez que também estamos entrando no período dito como entressafra”, completou. Guerra citou que o mercado sofreu mudanças significativas nas últimas semanas. Com a alta na cotação do dólar, explica ele, o leite nacional ficou mais atrativo ao mercado, motivando vendas e segurando as importações.

Segundo o professor da UPF Marco Antônio Montoya,  a variação projetada pelo Conseleite para janeiro reflete a oscilação entre os produtos que compõem o mix.  “Pela tendência histórica, espera-se de 2020 um ano mais equilibrado para o setor lácteo”, estima Montoya, embasado na tradicional alternância entre anos bons e ruins na cadeia láctea gaúcha. 

Rodrigo Rizzo
Rodrigo Rizzo é engenheiro agrícola formado pela Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) e especialista em Lácteos pela CORFILAC/ Ragusa/Itália. Tem desempenhado atividades de consultoria e instrutoria nas diferentes áreas do agro no Brasil e Uruguai. É consultor atuante no Sebrae e Senar. Atualmente, é assessor da presidência e diretoria do Sistema Farsul e coordena as comissões da federação. 

 
Na foto: Rodrigo Rizzo (E) e Alexandre Guerra (D) | Crédito: Carolina Jardine

Representante da FAEP assume presidência da Câmara Setorial do Leite do Mapa
Novo presidente - A Câmara Setorial do Leite e Derivados, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), tem um novo presidente. 
No dia 20 de janeiro, o presidente da Comissão Técnica de Bovinocultura de Leite da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Ronei Volpi, assumiu o posto, referendado pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Volpi é o primeiro representante da região Sul a presidir a câmara.

A nomeação rompeu uma dupla tradição. Primeiro, porque o colegiado tinha por praxe estabelecer uma lista tríplice, a partir da qual o Mapa escolhia o presidente. Volpi foi indicado de forma unânime pelo setor. Ainda, a escolha do representante da FAEP colocou a região Sul no cargo mais importante da Câmara, até então ocupado por Rodrigo Alvim, de Minas Gerais.
 
“Agradeço o apoio de todos os que se empenham para fazer a cadeia de lácteos mais forte. Eu só me encorajo a encarar esse novo desafio na Câmara Setorial porque tenho todo esse apoio do setor produtivo como um todo. Me proponho a fazer o melhor trabalho possível e dedicar todo o meu empenho dentro da Câmara setorial, que se trata de uma instituição com caráter consultivo com canal direto com o Ministério. Temos ainda a vantagem de ter, além da presidência da Câmara, um representante da Aliança Láctea junto conosco”, destaca Volpi.
 
Atuação
Ao longo da sua atuação, o colegiado desenvolve ações e ajuda o Mapa na formulação de políticas públicas que fortaleçam a atividade. Diante disso, o novo presidente tem, entre outros desafios, a implementação das Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Mapa, que estabelecem critérios para produção e captação de leite cru, pasteurizado e tipo A. Na avaliação do líder do setor, essas normativas vão exigir uma grande organização do segmento, mas podem implicar em avanços a partir do momento em que produtores e indústrias se estruturarem para cumpri-las.
 
Perfil
Volpi é formado em medicina veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), no Rio Grande do Sul. Hoje é diretor executivo do Fundo de Desenvolvimento da Agropecuária da Agropecuária do Paraná (Fundepec).

Três décadas atrás, Volpi começou na atividade leiteira, tornando-se gerente de lácteos da Cooperativa Agroindustrial Witmarsum e iniciando sua própria produção de leite – com gado holandês puro. Como líder do setor, Volpi foi um dos idealizadores do Conselho Paritário de Produtores/Indústrias de Leite do Paraná (Conseleite-PR) – primeiro colegiado deste tipo no país e que trouxe mais transparência à cadeia produtiva do Estado. O líder também esteve à frente da criação da Aliança Láctea Sul-Brasileira, que congrega representantes dos três Estados da região. Além disso, Volpi foi superintendente do SENAR-PR por 18 anos. (FAEP)

Serviço de Inspeção Federal completa 105 anos
Responsável por assegurar a qualidade de produtos de origem animal, comestíveis e não comestíveis, destinados ao mercado interno e externo, o Serviço de Inspeção Federal (SIF) completou ontem (27) 105 anos de existência.

O serviço foi instituído pelo Decreto nº 11.462 de 1915. Os consumidores reconhecem o serviço por meio do selo SIF, que aparece nos rótulos de vários produtos como requeijão, iogurte, carnes, ovos e outros, garantindo de que foram inspecionados e estão aptos para o consumo.
 
Reconhecido mundialmente, o SIF garante a certificação sanitária dos produtos, protege a saúde pública do consumidor brasileiro e atende aos requisitos sanitários exigidos pelo mercado internacional para a exportação, movimentando a economia nacional.
 
“Só em 2019, mais de 5 bilhões de animais foram inspecionados. Até receber o carimbo do SIF, o produto passa por diversas etapas de fiscalização e inspeção realizadas pelos auditores fiscais federais agropecuários que verificam se o produto atende aos requisitos mínimos de qualidade e segurança para o consumo”, destaca a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério, Ana Lucia Viana.
 
Atualmente, o SIF tem atuação em 3.711 estabelecimentos nacionais e 8.779 estabelecimentos estrangeiros cadastrados, todos sob a supervisão do Dipoa, que somados detêm mais de 98 mil rótulos de produtos registrados.

A abertura de novos mercados em 2019 permitiu que o Brasil exportasse carnes, lácteos, mel, pescados e os derivados desses produtos para 194 países diferentes. Ao todo, foram exportadas 25 milhões de toneladas de produtos de origem animal, tornando o país um dos principais exportadores mundiais.
 
“Temos um Serviço confiável e de vital importância para o país, com grande representatividade no agronegócio, que garante alimentos seguros para o consumo nacional e internacional”, enfatiza a diretora. (MAPA)

Produção/EU
A captação de leite na União Europeia (UE) aumentou 0,9% em novembro passado em comparação com um ano antes, o que resultou em 109.000 toneladas a mais de leite, de acordo com os últimos dados do Observatório Lácteo da UE. Os países com os maiores aumentos absolutos foram sido França (+33.000 toneladas), Holanda (+30.000 toneladas), Espanha (+23.000 toneladas) e Portugal (+19.000 toneladas). Percentualmente, os maiores índices foram registrados em Luxemburgo e Bulgária, acima de 5%. Na Espanha, a captação de leite em novembro aumentou 4,2%. No acumulado de janeiro a novembro de 2019 o aumento da UE foi de 0,5%. O comportamento variou entre os países membros, como pode ser visto no mapa. Irlanda, Bélgica, Estônia e Polônia lideraram o crescimento. A Espanha registrou aumento de 1,4%. As maiores quedas foram verificadas na Suécia, Áustria, Eslovênia e Croácia. Entre os grandes produtores como França e Alemanha, a produção ficou estável. (Agrodigital - Tradução livre: Terra Viva)

 

Porto Alegre, 27 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.151

 Estiagem no RS provoca prejuízos de até R$ 7,5 bi

Quebras de safra terão efeito sobre o PIB gaúcho neste semestre

Apesar da melhora nas condições climáticas nos últimos dias, a severa estiagem e o forte calor que castigaram o Rio Grande do Sul em dezembro e em parte de janeiro deixarão um rastro de pesados prejuízos para os agricultores gaúchos e deverão ter impacto negativo sobre o Produto Interno Bruto (PIB) estadual até o segundo trimestre.

Representantes de entidades do setor estimam frustrações entre 10% e 40% nas expectativas para as safras de soja, milho, fumo e uva e para a produção de leite neste mês, o que representa perdas de R$ 4,4 bilhões a R$ 7,5 bilhões no campo considerando os volumes que deixarão de ser colhidos e os preços médios dos produtos no Estado.

 

“O impacto foi severíssimo para muitos produtores”, diz o secretário-adjunto da Agricultura do Estado, Luiz Fernando Rodriguez. Ele explica que não tem como fazer projeções mais precisas sobre o estrago, mas diz que não pretende ser “alarmista” e fala em uma queda “abaixo de dois dígitos” para toda a produção agrícola de verão.

Mesmo assim, reconhece que as lavouras de milho foram “tremendamente atingidas” e que houve queda de produtividade importante na produção leiteira, mas ele espera que a soja ainda recupere parte da produção perdida. Além disso, até a última quarta-feira 81 municípios gaúchos já haviam decretado situação de emergência.

Conforme o secretário-adjunto, ainda é difícil fazer uma previsão mais aproximada dos efeitos da estiagem porque a intensidade do fenômeno variou muito de região para região, com maior déficit hídrico no centro, sul e leste e menor no oeste e norte. Segundo ele, para atenuar o problema dos agricultores o governo estadual vai antecipar de maio para março a liberação de recursos para compra subsidiada de sementes de pastagens de inverno e, em fevereiro, vai lançar um programa de financiamento para dobrar nos próximos anos a área de milho irrigado, que corresponde atualmente por apenas 17% das lavouras do grão.

Para o pesquisador do Departamento de Economia e Estatística (DEE) da Secretaria de Planejamento do Estado, Rodrigo Feix, os problemas no setor deverão prejudicar o PIB estadual até o segundo trimestre porque a colheita de soja vai até abril. De acordo com ele, a agropecuária responde por 9% a 10% do Valor Adicionado Bruto (VAB) que compõe o produto gaúcho, mas a participação chega a um terço quando se leva em conta os setores vinculados como máquinas, equipamentos, alimentos e transportes.

Por isso, se os prejuízos se confirmarem, eles devem fazer com que o desempenho geral da economia local fique abaixo da nacional na primeira metade do ano, já que a região Sul foi a mais atingida pela escassez de chuva, explica ele.

Conforme o presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (Fecoagro-RS), Paulo Pires, um levantamento feito pela entidade na primeira semana de janeiro indicou uma quebra de 33% na produção de milho em comparação com a estimativa inicial da Emater-RS, vinculada à Secretaria da Agricultura, que era de 5,9 milhões de toneladas. Para ele, o índice final deve ficar entre 30% e 35%, o que significaria uma colheita entre 3,8 milhões e 4,1 milhões de toneladas até o fim do ciclo, em março, inferior também às quase 5,8 milhões de toneladas colhidas na safra passada, conforme a Companhia Nacional do Abastecimento (Conab).

Na soja, Pires entende que o número final pode oscilar entre 10% e 13% a menos do que a projeção inicial da Emater-RS, de 19,7 milhões de toneladas. “As perdas não são lineares e variam de 5% a 60% dependendo da região”, explica o pesquisador. Se a previsão da Fecoagro-RS se confirmar, a safra da oleaginosa ficaria entre 17,1 milhões e 17,7 milhões de toneladas, igualmente abaixo das 19,2 milhões de toneladas produzidas em 2018/19, de acordo com a Conab.

Para o vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Elmar Konrad, o prejuízo na safra de milho deve ficar entre 30% e 40%, enquanto a soja deve perder cerca de 20%, com ampla variação entre as distintas regiões.

“A deficiência hídrica foi muito diferente até entre áreas do mesmo município”, explica Konrad. E, antes da estiagem, a oleaginosa sofreu com o excesso de chuva em outubro, o que provocou o aparecimento de fungos e a morte de plantas e exigiu o replantio de algumas lavouras, acrescenta o dirigente. O Rio Grande do Sul é o terceiro principal Estado produtor de soja do país e o quinto de milho.

Considerando os preços médios da penúltima semana de janeiro e as estimativas de frustração na produção feitas pelo presidente da Fecoagro-RS e pelo vice-presidente da Farsul, os agricultores gaúchos deixariam de embolsar entre R$ 2,6 bilhões e R$ 5,2 bilhões somente com a soja. Com o milho, o faturamento perdido com a seca oscilaria entre R$ 1,2 bilhão e R$ 1,6 bilhão.

A produção gaúcha de fumo também deverá diminuir 13% em relação à projeção inicial, para 233,9 mil toneladas, prevê o presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Werner. O Estado é o maior produtor de tabaco do país, à frente de Santa Catarina e do Paraná, e das 35,8 mil toneladas que deverão ser colhidas a menos até o fim de fevereiro, 92% são da variedade Virgínia, que rende em média R$ 9,06 por quilo ao fumicultor, afirma o dirigente da associação. O restante refere-se à variedade Burley, com preço médio de R$ 8,17. A perda acumulada, portanto, seria de pouco mais de R$ 320 milhões.

Já os parreirais do Estado deverão produzir 20% a 30% menos de uvas comuns e viníferas em comparação com uma safra “normal” de 650 mil toneladas, calcula o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha, Olir Schiavenin, integrante do Comitê Interestadual da Uva, que reúne representantes das regiões vitícolas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

Com isso, a quebra na colheita que vai até março pode oscilar entre 130 mil e 195 mil toneladas, o que representaria R$ 169 milhões a R$ 253,5 milhões a menos em renda para os produtores de uva.

No caso da produção leiteira, a queda poderá chegar a 20% em janeiro em função do estresse dos animais provocado pelo forte calor, da redução da oferta de pastagem e da baixa qualidade da silagem de milho, também comprometida pela estiagem, explica o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva. Segundo ele, em alguns municípios, a quebra deve chegar a 40% e como o Estado produz em média 12 milhões de litros por dia, a perda total chegaria a 72 milhões de litros no mês se a projeção da entidade se confirmar, com um prejuízo de pouco mais de R$ 90 milhões para os produtores somente em janeiro. O Rio Grande do Sul é o segundo
maior Estado produtor de leite. (Valor Econômico)

Brasil e Índia firmam cooperação técnica em produção animal
Os governos do Brasil e da Índia firmaram neste sábado (25) declaração conjunta para cooperação na área de produção animal. O documento foi celebrado entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o Ministério da Pesca, Pecuária e dos Laticínios da Índia (Departamento de Pecuária e Lácteos - DAHD), durante a visita de Estado do presidente Jair Bolsonaro ao país asiático. 
 
O acordo prevê cooperação em sanidade animal (comércio de animais, material genético e produtos de origem animal), que envolve pecuária e pesca; capacitação técnica (assistência técnica, cursos e estágios e transferência de tecnologia em reprodução animal) e pesquisa em genômica bovina e intercâmbio mútuo de germoplasma (material genético). Brasil e Índia também se comprometeram na instalação de um Centro de Excelência em Pecuária Leiteira em território indiano, além da promoção comercial e investimento entre os setores privados dos dois países, com destaque para atuação de empresas brasileiras de genética bovina na Índia.  

 

O Mapa foi representado pela ministra Tereza Cristina e pelos secretários Jorge Seif Júnior (Aquicultura e Pesca) e Orlando Ribeiro (Comércio e Relações Internacionais). Na declaração, Brasil e Índia referendaram memorando de entendimento entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Departamento de Pecuária e Lácteos da Índia, firmado em 2016, para capacitação de técnicos indianos em fertilização in vitro. (MAPA)

 

Leite: municípios brasileiros atingem padrão europeu de produção
Nessas localidades, a produtividade atingiu volumes acima de 6 mil litros por vaca. Outros 350 atingiram produtividade média superior à da Nova Zelândia, de 4 mil litros

Em 2018, a produção total de leite no Brasil cresceu 1,6%, com as regiões Sul e Sudeste respondendo, cada uma, por 34% da oferta nacional, estimada em 33,8 bilhões de litros. Aquele foi o primeiro ano de crescimento da produção desde 2014, quando foram produzidos 35,1 bilhões de litros. Em relação a 2017, o número de vacas recuou 2,9% enquanto a produtividade subiu 4,7%, chegando a 2.068 litros anuais por animal. Apesar de a produtividade brasileira continuar em patamar ainda relativamente baixo, houve um aumento importante desse indicador. 
 
Existem mais de 350 municípios do  país com produtividade média superior à da Nova Zelândia, de 4 mil litros por vaca. Em alguns desses municípios, essa produtividade atingiu volumes acima de 6 mil litros por vaca, o que equivale ao padrão europeu. Com o atual volume de produção, o Brasil já figura entre os três maiores produtores mundiais, atrás apenas dos Estados Unidos e da Índia. Para a equipe de Socioeconomia da Embrapa Gado de Leite, serão os avanços em competitividade que irão melhorar o posicionamento do País no mercado internacional. 
 
No caso do leite inspecionado, segundo os pesquisadores, a produção de 2018 atingiu 24,4 bilhões de litros, o que correspondeu a 70% da produção total. Em relação a 2017, houve crescimento de apenas 0,5%. Os índices de 2019 ainda não vieram à tona, mas esse crescimento deverá ser superior, embora com um perfil de expansão distinto entre o primeiro e o segundo semestre. No primeiro semestre houve um aumento de 5% no volume de leite sob inspeção em relação ao mesmo semestre de 2018. Esse crescimento foi influenciado pela greve dos caminhoneiros, que afetou a produção em maio de 2018, mas também pela boa relação de troca ao produtor quando se analisa os preços de leite e de concentrado, o que estimulou a produção. 
 
Quando os números do ano que se passou forem apresentados, o segundo semestre não deve registrar uma expansão sobre volume produzido em igual período de 2018. Isso se deve a três fatores. O primeiro é estatístico e refere-se à base de comparação: a produção do segundo semestre de 2018 foi um recorde histórico. O segundo é uma piora na relação de troca e das margens dos produtores, fator que desestimula a produção. Além desses influenciadores, o desempenho do período foi afetado pelo clima. O setor sofreu uma seca prolongada, a ocorrência de geadas no inverno e chuvas irregulares e abaixo da média em algumas regiões do Sudeste e Centro-Oeste, que devem comprometer a retomada da produção no pós-entressafra. 
 
Números animadores para 2020
Após fechar 2018 praticamente estagnada, com crescimento de apenas 0,5%, a pecuária de leite não tem muitos motivos para se lamentar em 2019. Mesmo não sendo um ano de grande expansão do setor (o crescimento deve fechar entre 2% e 2,5%), o preço do leite pago ao produtor terminou o ano em torno de R$1,36, o que equivale a 0,33 centavos de dólar, com o câmbio a R$ 4,06 por dólar. Segundo o analista da Embrapa Gado de Leite Lorildo Stock esse é um preço razoável para o setor, equivalendo-se às cotações internacionais, o que não favorece a importação do produto. O analista informa que, lá fora, a tonelada do leite está sendo vendida entre US$ 3.100 e USD$ 3.300, abaixo do preço histórico de USD$ 3.700, o que mostra equilíbrio do mercado mundial em termos de oferta e demanda. 
 
Ainda que os especialistas não vejam com euforia o ano que se inicia, os sinais de que a crise está chegando ao fim ficam mais claros. “As previsões iniciais para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020 indicam alta de 2,3%, o que é baixo, mas é a melhor expansão dos últimos seis anos”, diz o também analista que integra a equipe de socioeconomia da Embrapa Gado de Leite Denis Teixeira da Rocha. Por esse motivo, espera-se uma recuperação um pouco mais forte do consumo, possibilitando algum repasse de preços ao longo da cadeia produtiva e melhores margens industriais. A retrospectiva do ano que se passou também mostra mais solidez da atividade leiteira. 
 
2019 teve preços acima dos patamares históricos
O pesquisador da Embrapa Glauco Carvalho relata que o primeiro semestre de 2019 fechou com os melhores patamares de preços para os produtores de leite brasileiros, quando comparado a igual período dos últimos sete anos. “Além de receber preços melhores, houve um incremento importante na relação entre o preço do leite e o custo da alimentação dos animais”, afirma Carvalho. Na avaliação dele, o milho e a soja, principais ingredientes utilizados na ração das vacas, permaneceram com preços relativamente baixos no primeiro semestre, o que segurou os custos de produção do leite.
 
A relação de troca ao pecuarista, medida pela quantidade de litros de leite necessária para comprar uma saca de 60 kg de concentrado, ficou em 34 litros, na média do primeiro semestre; queda de 24% em relação ao ano anterior. “Entretanto, no segundo semestre, essa trajetória foi se alterando, com um recuo nos preços do leite e o aumento no custo do concentrado”. Ainda assim, na média do ano, os preços pagos aos produtores em 2019 ficaram acima do patamar histórico, o que sustentou crescimento da produção. 
Quanto à indústria, na visão de Carvalho, 2019 foi bem mais desafiador, sobretudo para aquelas empresas focadas em linhas tradicionais, como leite UHT, queijo muçarela e leite em pó. “O gargalo do ano tem sido o baixo nível do consumo doméstico e a dificuldade de repasse de preços ao longo da cadeia produtiva”, constata o pesquisador. Para ele, a elevada capacidade ociosa da indústria nacional leva a uma necessidade de maior captação para diluir os custos fixos, o que muitas vezes se traduz em focar mais na captação do que na própria margem de comercialização. 
 
Um outro ponto de estrangulamento, segundo o especialista, refere-se à fragmentação da indústria, que acaba dificultando uma estratégia de comercialização com o varejista para sustentar um patamar mais rentável de preços. “O fato é que as empresas estão trabalhando com margens bem apertadas. O pior cenário é o do leite UHT, em que a relação de preços entre o atacado e o produtor ficou quase 18% abaixo dessa mesma relação em 2018”. 
 
Ano de 2020 traz incertezas nacionais e internacionais
Os especialistas da Embrapa avaliam que o ano que se inicia traz componentes de incerteza, tanto no ambiente interno quanto no externo. Internamente, pesa a articulação política e como o Governo vai tocar a agenda de reformas, que os analistas consideram fundamental para o Brasil retomar níveis melhores de crescimento econômico e distribuição de renda. No contexto internacional, a peste suína ocorrida em 2019 na China pode ter reflexos também em 2020 já que a doença está atingindo outros países asiáticos.
 
O problema na suinocultura chinesa, que reduziu em 40% o número de suínos naquele país, provocou o aumento das exportações de carne para a China – o que elevou a demanda por soja e milho na pecuária de carne. Os preços desses insumos tendem a se manter mais pressionados. Além disso, as exportações brasileiras de milho estão batendo recordes. Carvalho informa que se tem ainda uma nova demanda oriunda de plantas de etanol de milho no Centro-Oeste brasileiro. Todos estes fatores colocam uma pressão alta no milho e, consequentemente, no concentrado para as vacas. “Pode haver muita volatilidade nos preços do concentrado até que seja definida a safrinha de milho no meio do ano”. 
 
Do ponto de vista da oferta e demanda, em linhas gerais, o mercado brasileiro de leite se mostra bem equilibrado. A expansão da produção nacional perdeu força no final do ano passado, na comparação com 2018. Além disso, o volume de importação está relativamente baixo e, apesar do consumo estar fraco, não há excedente de produção que possa levar a uma queda nos preços. Pelo contrário, as cotações se sustentaram no último trimestre do ano, quando geralmente os preços caem. 
 
“Nesse cenário, a expectativa é que 2020 comece com os preços do leite ao produtor em patamares superiores ao registrado em janeiro de 2019 e com uma trajetória de elevação mais alinhada ao padrão histórico, que difere da precoce e expressiva alta registrada em fevereiro daquele ano”, diz Carvalho. Produtos lácteos cujo consumo está associado a rendas mais altas, como queijos e iogurtes, tendem a ter um crescimento melhor em 2020. Mas o mercado de UHT ainda deve continuar complicado. 
 
O pesquisador acredita, no entanto, que as grandes apostas do setor foram adiadas para 2021, quando se espera que o Brasil tenha um crescimento mais robusto, gerando mais empregos e elevando o consumo familiar de leite e derivados. (Canal Rural)
Cresce o número de emergências
O número de municípios gaúchos que decretaram situação de emergência em razão da estiagem chegou a 90 neste final de semana, segundo relatório da Defesa Civil. Desde quarta-feira entraram na lista Putinga, Lagoa dos Três Cantos, Santa Bárbara do Sul, Barra do Rio Azul, Cruzeiro do Sul, Morro Redondo, Paraíso do Sul, Minas do Leão e Tunas. Para esta semana há perspectiva de pancadas de verão hoje e amanhã, além de chuva em todas as regiões na quarta-feira. (Correio do Povo)
 

 

 

Porto Alegre, 24 de janeiro de 2020                                              Ano 14 - N° 3.150

 ANTT regulamenta obrigatoriedade da emissão do CIOT para fretes

A Resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) nº 5.862, publicada em dezembro de 2019, regulamenta a obrigatoriedade da emissão do Código Identificador da Operação de Transporte (CIOT) para todas as operações de transporte rodoviário remunerado de cargas no Brasil. Até então, a obrigação só era devida quando o transporte era realizado por autônomos, cooperativas ou empresas de transporte formadas por até três veículos. Com o objetivo de sanar dúvidas sobre o assunto, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) promoveu reunião, em conjunto com a área técnica das empresas associadas e representantes da ANTT, na tarde de quinta-feira (23/01), em Porto Alegre (RS). O sindicato manifestou a preocupação do setor com a dificuldade de implementação da resolução, tendo em vista a burocracia envolvida e exíguo prazo que as empresas têm para se adequar. O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, afirma que entende que "dependendo das respostas da ouvidoria da ANTT, será necessário a prorrogação da entrada em vigor da Resolução, já que a coleta de leite envolve mais que 1000 caminhões envolvidos diariamente."

O cadastramento e a emissão do CIOT devem observar as disposições da Portaria ANTT nº 19, publicada em 23 de janeiro de 2020. Segundo essa normativa, no momento do cadastro da operação de frete, a empresa deve registrar todas informações exigidas pelo art. 5º da Portaria 19/20, sendo elas:

• RNTRC e o CPF ou CNPJ do contratado e, se existir, do subcontratado;
• CPF ou CNPJ, do contratante ou, quando houver, do subcontratante, e do destinatário da carga;
• CEP de origem e CEP de destino da carga, e a distância percorrida, em quilômetros, entre esses dois pontos;
• Tipo de carga com NCM;
• Peso da carga;
• valor do frete pago ao contratado ou, se existir, ao subcontratado, com a indicação da forma de pagamento e do responsável pela sua liquidação;
• valor do Vale-Pedágio obrigatório, desde a origem até o destino, se aplicável;
• placas dos veículos que serão utilizados na Operação de Transporte (combinação de veículos de carga);
• data de início e data prevista para o término da Operação de Transporte;
• dados da Instituição, número da agência e da conta onde foi ou será creditado o pagamento do frete.De acordo com o coordenador de fiscalização substituto da ANTT, Vinicius Oliveira, a resolução atendeu uma das reivindicações dos caminhoneiros na greve de 2018. "A empresa contratante do frete é responsável pela emissão do CIOT das transportadoras contratadas. Caso haja subcontratação do serviço, também se faz necessária a emissão do CIOT por cada placa de veículo", explica. Para a emissão, as empresas poderão utilizar uma das Instituições de Pagamento Eletrônico de Frete (IPEF) habilitadas pela ANTT o cadastro e a emissão do CIOT é gratuita.

A relação de IPEF habilitadas pela ANNT está disponível neste link

A Portaria 19/20 permite que a empresa contratante de frete delegue, mediante acordo, a obrigação de cadastramento da operação e emissão de CIOT para as empresas de transporte rodoviário ou às cooperativas de transporte. Isso, contudo, não dispensa a empresa contratante de responder por eventuais infrações ou multas por conta de não envio ou erro no envio do CIOT.

Há multa para o caso de não emissão do CIOT?

Sim. A Resolução ANTT nº 5.862 define uma série de condutas sujeitas à multa, dentre as quais são exemplo:

• Não gerar o CIOT à multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais);
• Gerar CIOT com informações falsas à multa de cem por cento do valor do piso mínimo de frete aplicável à Operação de Transporte, limitada ao mínimo de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais) e ao máximo de R$ 10.500,00 (dez mil e quinhentos reais);
• Deixar de informar o CIOT no Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais - MDF-e (conhecimento de transporte) à multa de R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais).

A ANTT solicitou ao Sindilat que os questionamentos feitos na reunião fossem enviados formalmente para que a Ouvidoria da ANTT. O Sindilat se comprometeu a enviar um documento com questionamentos e sugestões normativas à ouvidoria. (Assessoria de Imprensa Sindilat)

Crédito: Stéphany Franco

Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 24 de Janeiro de 2020 na cidade de Joaçaba, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Dezembro de 2019 e a projeção dos valores de referência para o mês de Janeiro de 2020. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.
 

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Faesc)

Kantar: consumo no Brasil apresentou índices positivos em novembro

Os indicadores de consumo do mês de novembro de 2019 apresentaram uma leve recuperação do mercado de bens de consumo massivo (FMCG) no curto prazo. De acordo com o levantamento Consumer Thermometer da Kantar, líder global em dados, insights e consultoria, houve um aumento de 5,1% no volume de bens de consumo massivo comprados nos três últimos meses terminados em novembro (setembro a novembro), em relação ao trimestre anterior. A frequência com que os brasileiros levaram produtos para casa também cresceu 1,5% e a quantidade de unidades colocadas nas sacolas teve performance positiva de 3,5%. Pensando no bolso, o valor gasto com as categorias neste período e o ticket médio desembolsado por cada compra tiveram alta de 7,2% e 3,9%, respectivamente.

Entre as categorias, a de bebidas foi a que mais se destacou positivamente, com 5,1% de crescimento. Nesse período, água mineral, cerveja e água de coco saíram mais rápido das prateleiras dos supermercados, enquanto leite aromatizado, suco em pó e refrigerante não foram tão bem assim.

Todas as classes registraram crescimento de setembro a novembro de 2019, com destaque para a classe DE com aumento de 4,6%. As classes AB e C tiveram performance positiva de 3,3% e 3,0%, respectivamente. Entre as regiões, as que compraram mais unidades foram Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro e Sul, nesta ordem. “Apesar de todas as regiões terem fechado o ano com recuperação a curto prazo, os índices variam bastante entre elas. O Centro-Oeste e as cidades do interior paulista têm os números menos expressivos do ranking nacional”, analisa Giovanna Fischer, Diretora de Marketing e Insights da Kantar.

Entre os canais, o atacarejo continua como o que mais cresce na preferência no País ao lado das farmácias, que também têm atraído novos lares compradores. Os outros canais apresentam queda tanto no longo quanto no curto prazo. (As informações são da Kantar)

Produção/AR 

Um boletim do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla) estima que, durante 2019, foram fechadas quase mil fazendas leiteiras no país. 

De acordo com dados oficiais, a produção de leite do ano passado ficou em 10.343 milhões de litros, 1,7% menos que no ano anterior. A partir de informações do Departamento de Estatísticas, Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) e estimativas próprias, o Ocla projeta que 2019 fechou com 10.287 fazendas leiteiras, 8,7% menos do que as 11.273 que existiam um ano antes.

Vale esclarecer que são dados não consolidados e que estão sujeitos a revisões.
 
Menos vacas, mas mais produtivas
Paralelamente, o Ocla calcula que o rebanho atual de vacas holandesas está em 1.623.176 cabeças, 5,9% menos do que as 1.726.038 fêmeas de 2018.
Apesar da menor quantidade de fazendas e redução do rebanho, conforme os números apresentados pelo Ocla, o resultado em volume não foi tão grande, e a produtividade animal melhorou.  

Em média, cada fazenda entregou 2.755 litros de leite diários no ano passado, 7,7% a mais que os 2.558 litros registrados em 2018.

Portanto, a produção por vaca cresceu 4,4%, de 6.100 litros para 6.370 litros. (Agrovoz - Tradução livre: Terra Viva)
 
Os dados completos, incluindo alguns indicadores de qualidade estão no quadro a seguir:
 
 

 
Orgânico e Integral
O Projeto de Lei 6263/19 estabelece multa de até R$ 1 milhão para produtores que utilizarem as expressões “orgânico” e “integral” nos rótulos de alimentos sem a devida certificação reconhecida por órgão oficial. Além de multa, o texto prevê outras punições aos responsáveis: suspensão da comercialização do produto; condenação de produtos, rótulos, embalagens e matérias-primas; inutilização do produto; suspensão e cancelamento de credenciamento, certificação, autorização, registro ou licença. O autor do projeto, deputado Felipe Carreras (PSB-PE), explicou que a medida pretende defender direitos do consumidor, ao estabelecer a obrigatoriedade, nos rótulos, de certificação emitida por organismo reconhecido oficialmente. "Cada dia mais, a população brasileira vem buscando alternativas para enriquecer a dieta de forma mais saudável, e temos o entendimento de que os produtos orgânicos e integrais contribuem para o incremento na qualidade de vida", diz o parlamentar. "Diversas empresas entenderam essa tendência e começaram a rotular os alimentos com os selos 'orgânicos' e 'integral', o que nos traz preocupação se, de fato, esses produtos são o que os rótulos prometem", acrescenta Carreras.
Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Defesa do Consumidor; de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. (Agência Câmara)