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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 18 de abril de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.129


Sindilat apoia decreto de proteção da cadeia láctea

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) apoia o decreto do Governo do Estado que limita a utilização de benefícios fiscais por empresas que adquirem leite em pó ou queijo importados. “Qualquer medida que valorize o produtor e o leite do produtor gaúcho é bem-vinda para as indústrias de laticínio do Rio Grande do Sul”, indica o presidente do Sindilat, Guilherme Portella. O decreto deve ser publicado nesta sexta-feira (19/04) no Diário Oficial do Estado e passa a vigorar a partir de 2025. 

O presidente do Sindilat salienta que a medida não representa prejuízo para a indústria leiteira, uma vez que quase a totalidade do leite em pó e derivados lácteos que vêm do Uruguai e Argentina são adquiridos por indústrias transformadoras. “Mais de 80% do leite em pó e derivados lácteos que entram para reprocessamento no Brasil vêm via empresas que fazem produtos como chocolates, sorvetes e biscoitos, por exemplo. A indústria de laticínios não importa leite em pó de fora”, destaca. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Fotos: Rodrigo Ziebell / GVG


GDT: preços internacionais do queijo em forte queda

Durante o 354º leilão de lácteos da plataforma GDT, realizado no dia 16/04, os preços internacionais dos principais derivados lácteos apresentaram estabilidade. Com uma variação de apenas 0,1% em relação ao evento anterior, o preço médio das negociações ficou em US$ 3.590/tonelada, como mostra o gráfico 1.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Dentre as categorias negociadas no evento, somente o leite em pó integral apresentou uma sutil valorização, de 0,4%, sendo negociado na média de USD 3.269/tonelada, enquanto todos os demais produtos apresentaram quedas em seus preços médios.

Os queijos obtiveram destaque por apresentaram a maior variação negativa desde dezembro de 2023, com – 8,5%, sendo negociado na média de 3.974/tonelada, também sendo o menor patamar de preço no período.

A manteiga foi negociada em média por USD 6.546/tonelada, registrando uma queda de 1,4% em relação ao evento anterior. Enquanto o leite em pó desnatado apresentou estabilidade, tendo seu preço médio em USD 2.541/tonelada.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 16/04/2024.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

O volume negociado durante o evento seguiu registrando novos recuos. Com um total de 17.654 toneladas sendo negociadas, pôde ser observada uma queda de 5,8% em relação ao volume negociado no evento anterior, renovando o menor patamar registrado nos eventos desde junho de 2020, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

No mercado futuro da Bolsa de Valores da Nova Zelândia para o leite em pó integral, é possível observar que houve uma valorização nos contratos negociados neste mês de abril em relação ao mês anterior, porém, ainda abaixo do que já foi observado para estes mesmos contratos, como ocorreu no mês de fevereiro deste ano, como pode ser observado no gráfico 3.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).

Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.

Em um cenário de menor oferta global de lácteos neste primeiro semestre de 2024, no primeiro leilão GDT realizado neste mês foi possível observar uma maior participação da China, do Oriente Médio e da Europa nas compras realizadas durante o evento.

Ainda é cedo para a afirmar que essas regiões continuarão sendo compradoras nos próximos leilões realizados, no entanto, com a maior participação no evento anterior, as expectativas ficam mais positivas.

Em contrapartida, é necessário ressaltar que a China enfrenta um momento em que a economia interna se encontra ainda frágil, com uma produção interna de leite que deve apresentar algum crescimento neste ano de 2024, segundo o Rabobank. Portanto, estes fatores nos levam a acreditar que a China não terá um forte aumento em suas importações de lácteos ao longo de 2024.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e Uruguai, que atualmente praticam preços acima do GDT. Isso se dá pela Tarifa Externa Comum (TEC), que chega a quase 30% para importações de fora do Mercosul.

Para os próximos meses, caso a demanda internacional mostre maior solidez, frente a uma oferta dos principais exportadores ainda baixa, os preços no mercado internacional podem ganhar ainda mais força – fazendo com que a Argentina e o Uruguai destinem maior volume de exportações para outros mercados, em detrimento dos envios ao Brasil.

Ao analisar preços internacionais e importações brasileiras, o principal destaque desta semana tem sido a forte subida do dólar, que fechou ontem (16/04/2023), em R$5,27. Se a taxa de câmbio se manter nesses patamares, as importações pelo Brasil tendem a ser ainda menos competitivas.

As informações são do Milkpoint

Uruguai – Menor produção de leite preocupa a Conaprole

Produção/UR – Começamos um ano totalmente diferente de 2023, disse o produtor de leite e associado da cooperativa, Justino Zavala, ao ser entrevistado pelo programa Diario Rural (CX 4 Rural). Porque depois da seca “começou a chover e não queria parar”.

“Está complicado porque ficam os silos para serem feitos, como no caso dos sorgos, as máquinas ficam atoladas e é complicado com os caminhões. O plantio do azevém atrasou e isso é muito importante para a produção de leite”.

Mas, as dificuldades não param por aí. Devemos acrescentar que “o leite não aparece, por isso (a cooperativa) Conaprole está preocupada”, comentou. Temos duas situações, disse Zavala.

Por um lado, “se olhados os números hoje, a fazenda está comprando dois quilos de milho com um litro de leite. Um dólar que favorece o produtor que recebe em peso. Hoje o negócio do leite não é ruim. O problema é que o produtor não recebe”.

Na Conaprole “existem mais de 300 matrículas no vermelho, e o dobro deve estar recebendo valores insuficientes”. Ao mesmo tempo, “estamos com uma pressão financeira muito forte”.

Portanto, “o negócio em si está pronto para melhorar e seguir bem. Mas hoje a situação está complicada para muitíssimos produtores e isto faz com que a produção não se traduza no que deveria”, explicou.

Zavala disse que “foi um golpe duríssimo” a queda do preço do leite em agosto (2023) adotada pela Conaprole, quando ficou em US$ 0,36; “mas hoje pela queda do dólar, estamos recebendo quase US$ 0,40. Sem aumentar o preço em peso, aumentou em dólares e como compramos muito em dólares, o resultado do negócio melhorou”.

“Como o leite não está nos níveis que deveria, a Conaprole fez uma análise e os que tiveram queda de produção não foram os pequenos, foram os grandes produtores. Os que têm vacas com maior produtividade, porque no ano passado tinham uma alimentação com concentrados, com suplementos e este ano passaram a comer pasto, gerando um problema que nos leva à situação em que estamos”, esclareceu.

Sobre o custo de produzir um litro de leite, disse que “deve estar acima de US$ 0,36 o litro, porque estamos em um ponto de equilíbrio entre o que custa produzir e o que recebemos por um litro, mas com a variação cambial pode melhorar um pouco”.

Entretanto, a situação, definitivamente, é que se está produzindo um leite mais barato, porque é a pasto, mas caem os litros produzidos.

“Não existe uma explicação porque as vacas estão em boas condições, pariram bem, os sólidos são impecáveis, mas o leite não aparece”, porque as pastagens são mais vulneráveis do que os grãos.

Fonte: TodoElCampo – Tradução livre: www.terraviva.com.br 


Jogo Rápido

"Saberemos só na véspera", diz Artur Lemos sobre votos para aprovar o aumento de ICMS
Chefe da Casa Civil prevê conversas diferentes para tratar da posição dos deputados. A manifestação de deputados, especialmente os da base aliada, contra o aumento de ICMS, durante o Tá Na Mesa, repercutiu na Alemanha, onde integrantes do governo participam de missão. Além do governador Eduardo Leite, estão na viagem dois dos principais articuladores, o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e o líder do governo na ALRS, Frederico Antunes. Nesta quinta-feira, ao falar sobre o projeto, Artur Lemos ressaltou que o panorama de votos só se dará na véspera da análise em plenário, que está prevista para a sessão do dia 14 de maio. Segundo ele, sobre os deputados que participaram no Tá Na Mesa, já era de conhecimento a posição dos mesmos, mas que "alguns deles ainda estão abertos". Ele ressaltou ainda que as conversas serão diferentes, na comparação com as realizadas no final do ano passado, quando do o Executivo enviou um projeto prevendo aumento de 17% para 19,5% na alíquota de ICMS. Isso se dá porque a atual proposta, que eleva a modal para 19%, é acompanhada de outros pontos, como medidas de estímulo à economia. "É um projeto complexo e que precisa de compreensão, não só dos deputados da base, mas de todo o Parlamento. Porque o que se apresentou agora é diferente de novembro. Agora é um pacote que envolve também a competitividade", pontuou. (As informações são do Correio do Povo)


 

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Porto Alegre, 17 de abril de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.128


Leite precisa conquistar apoio da oposição para elevar ICMS no RS

O governador Eduardo Leite (PSDB) precisará conquistar a oposição para aprovar o projeto que encaminhou à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul na última quinta-feira (11) e que eleva a alíquota modal do ICMS de 17% para 19%. Isso porque diante da inconformidade de alguns deputados da base de Leite com o projeto, a decisão deve ficar com o Partido dos Trabalhadores (PT), que possui a maior bancada na casa.

Pelo menos 19 deputados devem votar contra o novo aumento do ICMS, contra apenas nove que se declararam a favor da medida. A maioria, todavia, ainda não manifestou seu voto, incluindo os 11 parlamentares da bancada petista. O PT já decidiu que deve votar em bloco, ou seja, de maneira conjunta. Com isso, caso se juntem aos declaradamente contrários, já estará formada a maioria dos parlamentares contra o projeto.

A tendência é que o PT vote contra o aumento de impostos, junto com as bancadas de outros partidos de oposição como PCdoB e do PSOL. No entanto, pode ser pressionado por algumas categorias sindicais para rever sua posição, pois o governador condicionou alguns aumentos salariais de servidores estaduais à elevação da arrecadação por ICMS. A decisão final do partido deve ser tomada na próxima terça-feira (23), quando a bancada se reunirá.

Tanto o PCdoB quanto o PSOL, que também poderiam passar pelo impasse dos petistas, justificaram que a decisão contrária é irreversível. Enquanto a deputada estadual Bruna Rodrigues (PCdoB) afirmou que o projeto "não dá nenhuma garantia" e que foi enviado "de cima para baixo" pelo governador, sua colega de Parlamento Luciana Genro (PSOL) defendeu que "Leite não merece um voto de confiança pois em nenhum momento dialogou com os sindicatos dos servidores ou com a oposição a respeito da situação do Estado".

Além do PT, outras importantes bancadas ainda não definiram seus posicionamentos: o PDT, com quatro parlamentares, informou que ainda não conseguiu se reunir para tomar uma decisão, e o MDB, com seis deputados, ainda não anunciou uma data para reunir seus seis representantes no Legislativo estadual.

Como o projeto foi encaminhado em regime de urgência, sua votação deve ser realizada até o dia 14 de maio. Em dezembro, o governador havia retirado de votação na Assembleia Legislativa um outro projeto que aumentava a alíquota modal do ICMS para 19,5% ao perceber que não obteria apoio suficiente da casa para garantir a aprovação.

Confira como se manifestam as bancadas:

  • MDB: seis deputados, bancada ainda não definiu posição
  • Novo: único deputado, Felipe Camozzato, votará contra
  • PCdoB: a única deputada, Bruna Rodrigues, votará contra
  • PDT: quatro deputados, bancada ainda não definiu, deve se reunir para discutir
  • PL: os cinco parlamentares devem votar contra, de acordo com o líder Rodrigo Lorenzoni
  • Podemos: os dois deputados devem se dividir. Enquanto Airton Lima votará a favor do Governo, Claudio Branchieri afirmou que será contrário à proposta
  • PP: sete deputados, bancada deve se dividir. Anunciaram que votarão contra o projeto Guilherme Pasin, Joel Wilhelm e Marcus Vinícius. Como líder do governo, Frederico Antunes deve votar favoravelmente. Silvana Covatti ainda não possui seu voto definido. A reportagem não conseguiu contatar o deputado Issur Koch até o momento desta publicação. Adolfo Brito, como presidente da Assembleia, apenas votará no projeto em caso de empate.
  • PRD: único deputado da bancada, Elizandro Sabino não retornou a reportagem até o momento da publicação
  • PSB: único deputado da bancada, Elton Weber ainda não definiu um posicionamento
  • PSD: único deputado da bancada, Gaúcho da Geral, votar contra
  • PSDB: partido do governador deve ter apoio dos seus cinco membros da bancada
  • PSOL: os dois deputados votarão juntos contrariamente ao projeto
  • PT: embora tenda a ser contra, definirá a posição dos 11 parlamentares na próxima terça (23)
  • Republicanos: os cinco deputados devem votar contra
  • União Brasil: três deputados, bancada ainda não se definiu

As informações são do Jornal do Comércio


Lactalis quer ampliar seu domínio no mercado brasileiro

A Lactalis, maior empresa de lácteos do mundo, planeja consolidar sua liderança no Brasil, passando a deter participação de mercado de 15% até 2028 — no ano passado, a fatia da empresa era de 11%. No curto prazo, a companhia de origem francesa vai concentrar os esforços na integração das operações da DPA Brasil — criada pelas empresas Fonterra e Nestlé. A conclusão do negócio, estimado em R$ 700 milhões, ocorreu em dezembro de 2023, após receber aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A meta da companhia é aumentar de 2,5 bilhões para 3,5 bilhões de litros por ano o volume de leite processado até 2028. Em vendas de laticínios, o objetivo é elevar sua participação de mercado, que foi de 13% em 2023, para 20% em cinco anos.

“O Brasil é um país que consideramos com potencial de crescimento para o grupo. Estamos com um nível de investimentos superior ao peso do país dentro do faturamento do grupo porque é um mercado prioritário”, disse à reportagem o CEO da Lactalis, Emmanuel Besnier. Ontem, o executivo visitou as operações da Itambé, que pertence ao grupo, com jornalistas franceses.

A Lactalis está no Brasil há dez anos e já investiu 1,3 bilhão em aquisições e 300 milhões em melhoria da produtividade e qualidade do leite e no desenvolvimento de produtos. A companhia é dona de 16 marcas no país, incluindo Elegê, Itambé, Cotochés, Parmalat e Batavo. Suas vendas no ano passado foram de 2,5 bilhões.

Atualmente, a operação brasileira responde por quase 10% da receita global do grupo, disse o CEO da Lactalis no Brasil, Patrick Sauvageot. O país foi o quinto maior mercado para a Lactalis no ano passado, atrás de França, Estados Unidos, Canadá e Itália. No primeiro trimestre deste ano, o Brasil ultrapassou a Itália em vendas.

Para 2024, a prioridade da Lactalis é fazer uma boa integração da operação da DPA. “Vamos manter a empresa independente, mas buscando sinergias com as outras atividades do grupo”, disse Besnier. Com a compra, a empresa passou a deter as marcas Chandelle, Chamyto e Chambinho, além do direito de uso da marca Nestlé em produtos refrigerados. A DPA possui duas fábricas, em Garanhuns (PE) e Araras (SP), oito centros de distribuição e emprega 1,3 mil pessoas. A operação gerou vendas líquidas de 361 milhões em 2023.

Para ganhar participação de mercado a longo prazo no Brasil, a Lactalis tem investido na criação de produtos de valor agregado maior. “O Brasil é um grande mercado de commodities. Vende muito leite UHT e grupos de queijos que oferecem rentabilidade muito baixa”, observou Besnier. A intenção é ampliar a oferta de queijos finos, iogurtes e outros produtos lácteos com maior valor agregado.

Sauvageot disse que a Lactalis também sofreu o impacto do aumento das importações de leite em pó da Argentina e do Uruguai no Brasil e da consequente queda nos preços dos lácteos. “Achamos que a cadeia inteira precisa da ajuda do governo para garantir a melhoria da competitividade da produção leiteira no país”, afirmou ele.

A Lactalis e outras indústrias e cooperativas do segmento propuseram recentemente ao governo federal aumentar de 50% para 100% a devolução dos créditos de PIS e Cofins. Em troca, as indústrias elevariam de 5% para 10% o percentual dos créditos destinados a investimentos em melhoria de produtividade. Ele calcula que, com isso, os investimentos subiriam de R$ 110 milhões para R$ 440 milhões por ano, em média. Ele observou que, desde a criação da regra de devolução dos créditos de PIS e Cofins com contrapartida de investimentos, em 2015, as indústrias realizaram mais de 1,8 mil projetos, com investimento superior a R$ 900 milhões, beneficiando mais de 168 mil produtores. 

As informações são do Globo Rural. 

Fundesa-RS: Contas aprovadas e saldo de R$ 145 milhões

Conselheiros do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS aprovaram nesta semana a prestação de contas do primeiro trimestre de 2024. O saldo total do fundo até agora é de R$ 145,3 milhões e as despesas no período chegaram a R$ 2,5 milhões, ante R$ 6,7 milhões de receita.

Entre as despesas, destaque novamente para as indenizações na pecuária leiteira, que somaram R$ 1,3 milhão. Também foi homologado o aporte de recursos para a reforma do prédio da Inspetoria de Defesa Agropecuária de Júlio de Castilhos, superando R$ 180 mil. A reforma está em fase de finalização e o atendimento aos produtores já está sendo realizado na unidade. Antes o funcionamento da IDA se dava em um prédio alugado.

Os conselheiros também homologaram uma série despesas relacionadas ao Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor que consistem em aferição de instrumentos de laboratório, aquisição de insumos e aquisição de equipamentos.

Outro aporte de recursos aprovado durante a assembleia foi a cobertura de despesas com estadia e deslocamento de oito técnicos da Secretaria da Agricultura do RS, na reunião da Cosalfa, comemorativa aos 50 anos do grupo. A Comissão de Luta Sul-Americana de Luta contra a Febre Aftosa se realizará no final deste mês no Rio de Janeiro e contará com a apresentação da Plataforma de Defesa Sanitária Animal do RS, como destaque entre os participantes. (FUNDESA)


Jogo Rápido

Darlan Palharini, Secretário Executivo do Sindilat/RS, concedeu uma entrevista para a o programa Sepé Rural do último Sábado, onde expôs detalhes sobre o 3º Prêmio Referência Leiteira, abordou também sobre a majoração do ICMS e os desafios para o setor lácteo em 2024. Confira a entrevista na íntegra clicando aqui. (Grupo Sepé via facebook)


 

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Porto Alegre, 15 de abril de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.126


Setor primário gaúcho apoia alta no ICMS, mas elimina o FAF do radar tributário

Eduardo Leite compromete-se a eliminar o Fator de Ajuste de Fruição para 31 setores, desobrigando indústrias a adquirir matéria-prima no RS para usufruir de créditos fiscais

Acuadas pelos decretos que poderiam retirar incentivos fiscais de 62 setores da economia gaúcha, diversas entidades agropecuárias apoiam o pacote anunciado pelo governador Eduardo Leite, que prevê a elevação da alíquota modal do ICMS de 17% para 19%.

“Aumentar o ICMS de 17% para 19% é o remédio menos amargo”, afirmou o vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Eugênio Zanetti, após o projeto ser encaminhado para análise da Assembleia Legislativa.

A anuência não veio à toa. Antes de detalhar o pacote, Leite anunciou ao setor produtivo que iria contemplar reivindicações antigas, que devem garantir a competitividade gaúcha no cenário nacional. Uma delas é a exclusão do Fator de Ajuste de Fruição (FAF), suspenso desde o ano passado após pressão do setor de proteína animal.

O FAF é, na prática, um percentual de fruição a créditos tributários condicionado à aquisição de matérias-primas e insumos de indústrias gaúchas. Também foram confirmados programas de regularização de débitos fiscais.

“É uma garantia de que podemos continuar sendo competitivos, já que precisamos vender mais da metade de nossa produção para outros Estados”, disse o secretário executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do RS (Sindilat), Darlan Palharini.

O presidente executivo da Organização Avícola do RS (Asgav/Sipargs), José Eduardo dos Santos, analisa como positiva a inclusão de renegociações de dívidas com ICMS no pacote, com parcelamentos, descontos e premiações aos bons pagadores, além da extinção. “Acreditamos que isso poderá ajudar a sociedade e minimizar o impacto da alíquota de 19%”, disse.

Santos também acredita que os preços de ovos, carnes e leite não irão onerar o consumidor final.

“Não íamos aceitar nenhum absurdo. Pedimos ao governo para não mexer na cesta básica. Isso deve manter a normalidade das oscilações das cotações dos alimentos e não irá interferir como interferiria com os decretos ou com a retirada de produtos da cesta básica”, esclarece o presidente da Asgav.

Eugênio Zanetti afirma que, após análise profunda do cenário fiscal gaúcho, a Fetag-RS entende que a vigência dos decretos seria pior, com aumento de 6% a 10% no custo de produção dos principais produtos agrícolas.

“Aumento de impostos é um assunto delicado, mas entendemos as necessidades de aumentar a arrecadação e de recompor o que foi perdido. Afinal, somos um dos estados mais endividados da federação, com capacidade baixa de investimento e compromissos como precatórios e dívida com a União”, pontua Zanetti. (Correio do Povo)


Declaração de Rebanho 2024 começa hoje (15/4); saiba como fazer

Começa nesta segunda-feira (15/4) o período para a Declaração Anual de Rebanho referente ao ano de 2024. O prazo se encerrará em 14 de junho. 

A Declaração de Rebanho é uma obrigação sanitária de todos os produtores rurais gaúchos detentores de animais. "Além do atendimento à legislação vigente, os dados nos dão embasamento para que tenhamos uma radiografia da distribuição das populações animais, das faixas etárias. Com isso, podemos ser mais assertivos em nossas políticas públicas de saúde animal", detalha a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (DDA/Seapi), Rosane Collares. 

Desde o ano passado, a declaração pode ser feita diretamente pela internet, em módulo específico dentro do Produtor Online. Um tutorial ensinando a realizar o preenchimento pode ser consultado aqui. Caso prefira, o produtor também pode fazer o preenchimento nos formulários em PDF ou presencialmente nas Inspetorias ou Escritórios de Defesa Agropecuária, com auxílio dos servidores da Seapi e assinando digitalmente com sua senha do Produtor Online. 

A Declaração Anual de Rebanho conta com um formulário de identificação do produtor e características gerais da propriedade. Formulários específicos devem ser preenchidos para cada tipo de espécie animal que seja criada no estabelecimento, como equinos, suínos, bovinos, aves, peixes, abelhas, entre outros. No formulário de caracterização da propriedade, há campos como situação fundiária, atividade principal desenvolvida na propriedade e somatória das áreas totais, em hectares, com explorações pecuárias. Já os formulários específicos sobre os animais têm questões sobre finalidade da criação, tipo de exploração, classificação da propriedade, tipo de manejo, entre outros. 

Em 2023, a declaração teve adesão de 84,19%, índice que se manteve condizente com a média de declarações de rebanho entregues nos anos anteriores. (SEAPI)

EMATER/RS: Informativo Conjuntural 1810 

BOVINOCULTURA DE LEITE

A produção de leite continua a ser afetada pelas consequências do vazio forrageiro outonal, embora as pastagens implantadas precocemente tenham permitido o pastejo durante o período. As condições ambientais mais amenas têm melhorado o bem-estar das vacas leiteiras, resultando em aumento do consumo de alimentos e da produtividade.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, em Candiota, os produtores enfrentaram interrupção de energia elétrica por até 12 dias após o temporal de 21/03, o que afetou a ordenha e o resfriamento do leite. Apesar de possuírem geradores, os produtores tiveram prejuízos devido ao alto consumo de combustível. 

Na de Caxias do Sul, as pastagens anuais de verão encerraram o ciclo, e as de inverno começaram a apresentar condições de pastejo, deixando o sistema produtivo leiteiro em vazio forrageiro. Não houve registo de intercorrências sanitárias, apenas cuidados em relação a ectoparasitas, como carrapato, berne, mosca-dos-chifres e miíase. 

Na de Erechim, a produção de leite apresenta leve queda em função da transição das forrageiras de verão para outono/inverno.

Na de Ijuí, a produção de leite permanece estável em comparação à semana anterior. Os produtores que adotam sistema de produção a pasto estão aumentando o fornecimento de forragem conservada e de ração para atender às necessidades nutricionais do rebanho. 

Na de Pelotas, novamente a falta de energia persistiu em várias localidades, levando os produtores
a recorrerem a geradores à combustão, aumentando, assim, os custos de produção. Foram observadas perdas na produção em municípios que enfrentaram mais de 13 dias sem eletricidade, como Jaguarão (50%), Morro Redondo (30%) e Piratini (30%). 

Em Santa Vitória do Palmar, as chuvas intensas provocaram perdas nas áreas de pastagens, atrasando o recomeço da semeadura e causando queda de aproximadamente 25% na produção, conforme relatado pela cooperativa local. 

Na de Porto Alegre, o rebanho mantém sua condição corporal com suplementação de ração e silagem, porém segue alta a infestação por carrapato. 

Na de Santa Maria, o rebanho leiteiro, em Júlio de Castilhos, mantém a boa condição nutricional, recebendo suplementação de silagem e ração. A condição sanitária é satisfatória, e a maioria dos produtores continuam a calendarização de vacinação. 

Na de Santa Rosa, muitos produtores enfrentam dificuldades no controle de ectoparasitas, especialmente infestações de carrapato, sendo necessárias aplicações de carrapaticidas. 

Na de Soledade, seguem as infestações de carrapato e os casos de Tristeza Parasitária Bovina
(TPB). Apesar do aumento nos preços pagos pelo leite nos últimos meses, os produtores continuam enfrentando desafios financeiros significativos, com margens de lucro extremamente reduzidas. (Emater/RS)


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm 10 % desconto para o Interleite Sul 2024
Os associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS)  têm liberado desconto de 10% na compra de ingressos para a  11ª edição do Interleite Sul. O evento acontecerá nos dias 08 e 09 de maio, na cidade de Chapecó (SC). O segundo lote está sendo comercializado até o dia 26 de abril através do site interleitesul.com.br. Para os dois dias de evento, estão programadas 23 palestras sobre o universo do leite, conforme a programação disponível abaixo. Neste ano, o Interleite Sul foca em discutir caminhos para o futuro da produção e será dividido entre seis painéis: Mudanças climáticas no Sul do país: efeitos e soluções; Tecnologia aplicada para melhores resultados; Olhando para o futuro; Transformações e prioridades do leite nos estados do Sul do Brasil; Os diferentes caminhos para a sucessão do negócio e Os desafios e soluções para a mão de obra no campo.  Os materiais estarão disponíveis para download e serão conferidos certificados de participação “O Interleite Sul é um dos eventos que ajudam a fortalecer e antecipar as discussões em torno da cadeia do leite, oferecendo formação e oportunidades de crescimento para a indústria láctea”, assinala Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS. LINK COM DESCONTO CLICANDO AQUI. (SINDILAT RS)


 

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Porto Alegre, 12 de abril de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.125


Eduardo Leite encaminha reajuste de 19% de ICMS com contrapartidas

O governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) definiu, na manhã desta quinta-feira (11), após meses de debate, que encaminhará um reajuste de ICMS para a Assembleia Legislativa. A alíquota modal terá alta de 17% para 19% em caso de aprovação do projeto - percentual que já era previsto. O texto foi enviado ainda na tarde de quinta ao Parlamento.

A previsão de incremento de arrecadação do governo com o aumento de 2 pontos percentuais no imposto é de cerca de R$ 2,9 bilhões. Esse impacto só deverá chegar aos cofres do Estado ao longo de 2025, visto que, de acordo com o princípio da anualiadade, alterações tributárias no ICMS só passam a valer de uma ano para o outro.

O Executivo surpreende, no entanto, ao anunciar medidas conjuntas na tentativa de compensar o aumento. Uma delas é a extinção do Fator de Ajuste de Fruição (FAF): um percentual gradativo aplicado sobre os créditos presumidos concedidos pelo Estado nas compras de insumos que os setores da economia gaúcha realizarem em outras unidades da federação.

O FAF é também alvo de um dos decretos do governador que revisariam benefícios fiscais, caso a entrada em vigor não tivesse sido adiada. Nas regras atuais, 85% do incentivo estaria garantido aos setores beneficiados , enquanto, no máximo, 15% estaria condicionado ao FAF. Com os decretos, 100% do incentivo seria condicionado ao FAF. Na nova alternativa do governo, com reajuste para 19% no ICMS, o FAF seria extinto, favorecendo 31 setores econômicos, segundo o Executivo.

Outra medida é sobre recuperação de créditos através de transação tributária. Ou seja, a possibilidade do Estado encerrar conflitos judiciais com empresas e pessoas que devem ao Estado, acabado com processo que podem levar 20, 30 anos. Programas para renegociações de pequenas dívidas também devem ser implementados.

“O governo encaminha um projeto que tratará sobre a transação tributária, que estimulará a regularidade fiscal. Um programa para recuperar créditos em litígio, débitos de pequeno valor, encerrando litígios relacionados a diversas dívidas, com reduções nos valores dos débitos, com parcelamento, como a própria União adotou ao longo deste último período”, explicou Leite.

O objetivo do Piratini com essa medida é ter receitas já neste ano, visto que a alta de ICMS, pelo princípio da anualidade, só passaria a valer em 2025. A primeira tentativa de majoração do imposto foi feita por Leite no ano passado e teria validade em 2024, assim como os decretos de corte de benefícios. O governo busca incrementar a arrecdação já no período corrente.

“Também como forma de compensar o que nós não teremos esse ano, vamos lançar um programa de refinanciamento de dívidas, um Refaz, ou Refiz, para quitação e parcelamento de dívidas de empresas em recuperação judicial, com desconto de multas e juros”, acrescentou.

Outro programa que está sendo preparado concede benefícios a quem paga impostos em dia. “Em um programa de conformidade, vamos estabelecer vantagens e preferências em uma linha expressa de concessões de benefícios àqueles bons pagadores de impostos. Quem tem pagamentos relativos a ICMS de forma adequada e bom perfil de fornecedores terá preferência na concessão de determinados créditos e transferências. Temos a expectativa de gerar uma nova cultura de relação do contribuinte com o fisco”, disse o governador.

O governo também preparara medidas específicas para setores da economia gaúcha que enfrentam dificuldades. Essas propostas tendem a melhorar a competitividade de empresas, indústrias e lavouras em relação a outros estados.

Para a indústria, extinção do FAF; para atacado e varejo, dar maior agilidade ao benefício da importação e excluir da Substituição Tributárias diversos itens; para eletroeletrônicos, ampliar créditos presumidos; para metalomecânico, autorizar a transferência de saldos credores e conceder crédito presumido para telhas, cumeeiras e painéis de aço; para fornecedores da indústria de biodiesel, autorizar a transferência de saldos credores; para medicamentos e material hospitalar, conceder novo crédito presumido para farmoquímicos e materiais hospitalares; para bares e restaurantes, ampliar o crédito presumido atual.

Para o setor de alimentos, no trigo, ampliar a abrangência dos créditos presumidos para farinha e mistura para pães e conceder crédito presumido para mistura para bolos; Para o arroz e para a erva mate, conceder crédito presumido nas saídas interestaduais; para o leite, desestimular a aquisição de leite em pó importado; para o chocolate artesanal, conceder crédito presumido para a produção da Região das Hortênsias; para o azeite de oliva, ampliar o crédito presumido atual; para peixes, conceder crédito presumido para produtos processados.

Jornal do Comércio


Produtores de leite CCGL recebem R$ 14,4 milhões de distribuição dos resultados da indústria

A Cooperativa Central Gaúcha LTDA. (CCGL) iniciou nesta quarta-feira, 10 de abril, a distribuição dos resultados da industrialização de lácteos, referente ao ano de 2023, para seus produtores de leite. O valor total dos resultados é de R$ 14,4 milhões e será distribuído entre todos os produtores CCGL que forneceram leite de forma ininterrupta ao longo do ano de 2023 e que permanecem ativos no sistema de fornecimento à cooperativa.

A iniciativa foi recebida com grande entusiasmo pelos produtores, como expressado por Éderson Parisotto, associado da COTRIEL. Ele revela que o valor da distribuição será utilizado na aquisição de equipamentos para aumentar a capacidade de armazenamento da propriedade. "Vejo de extrema importância a CCGL distribuir aos seus produtores. Ela é uma empresa que valoriza e cativa o seu produtor. Em um ano tão difícil e com todas as dificuldades enfrentadas não só pela empresa, mas também pelos produtores, com as importações a um preço bem mais baixo, ainda assim a CCGL conseguiu manter os R$ 0,03 centavos por litro. É de extrema valia e beneficia muito o produtor! Eu fico grato e muito feliz com a distribuição de resultados. O valor será usado em minha propriedade, meu investimento vai ser em um novo resfriador para poder suprir a necessidade de armazenamento do leite", comemora.

O Gerente de Suprimento de Leite da CCGL, Eng. Agr. Jair da Silva Mello, diz que a distribuição de resultados reafirma o compromisso do Cooperativismo em estar ao lado do associado, como: atendimento, cartão leite, insumos, equipamentos, assistência técnica nas diversas áreas, pesquisa e desenvolvimento do produtor, com segurança e rentabilidade. O retorno somado ao bom preço médio do ano, garante competitividade ao produtor.

O presidente da CCGL, Caio Vianna, explica que esta medida reafirma o compromisso da CCGL, que desde a implantação da indústria sempre distribui parte das sobras diretamente aos produtores. “Para que fique evidente que ao fornecer leite no sistema CCGL o produtor está alimentando o seu próprio negócio, onde ele realmente é o dono. Além de vender o leite e receber o preço de mercado, quando o ano favorece e a indústria rentabiliza, os produtores também participam nos resultados”, pontua.

Para obter informações adicionais sobre o processo de distribuição, os produtores devem entrar em contato com suas cooperativas.

As informações são da Assessoria de Imprensa da CCGL, adaptadas pela equipe MilkPoint. 

Uruguai – Mobilizações, decretos e projetos de lei contra a importação de leite pelo Brasil

Exportações/UR - Sempre surgem vozes protecionistas no Brasil que pretendem limitar as compras que esse país faz de outros membros do Mercosul. O setor leiteiro é um exemplo disso. Em lugar de tratar de melhorar sua rentabilidade e produção, o mais fácil é questionar o comércio e tratar de impedir a entrada de produtos chegados dos países vizinhos.

O último exemplo foi o do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, em um documento que exigia a suspensão das importações “subsidiadas” de leite procedentes da Argentina e do Uruguai, dentre outras medidas.

O ministro Fernando Mattos protestou: “queremos deixar bem claro que o Uruguai não subsidia o setor leiteiro”.

Recentemente a Comissão Nacional de Produção Leiteira da Confederação Nacional da Agricultura do Brasil (CNA) se reuniu para discutir que medidas adotar pelas federações estaduais para mitigar os efeitos das importações de leite.

O assunto tratado pela instituição brasileira nessa reunião realizada no dia 3 de abril não envolvia o Uruguai, mas sim a Argentina, mas igualmente foram discutidas medidas e ações que estão sendo tomadas em diferentes estados contra a importação de leite ou produtos lácteos, o que poderá afetar o Uruguai. Portanto, nosso país deve ficar atento, observando a situação com muita atenção e tomando medidas para prevenir todo o efeito negativo.

Estados brasileiros tomaram ou tomarão diferentes medidas protecionistas

A CNA informou em um comunicado que nos últimos meses “tem incentivado os Estados a mobilizar-se, junto com outras entidades do setor lácteo, contra o aumento do volume de importações de leite subsidiado, especialmente da Argentina”, e que “algumas federações (de Goiás, Minas Gerais, Pernambuco e Paraná) já tomaram providências para frear as importações”.

Por exemplo, em Goiás foram tomadas medidas legislativas: “Com mudanças na legislação e instruções normativas foram eliminados benefícios fiscais das empresas importadoras de leite e produtos lácteos”.

José Schreiner, presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG), disse que “as indústrias que quiserem importar terão que pagar impostos”.

“Desta maneira, estamos priorizando a matéria prima local e o trabalho dos produtos brasileiros”, argumentou e incentivou outros estados a tomarem medidas semelhantes “para reduzir a compra de leite de outros países”.

Em Minas Gerais, a Federação da Agricultura e Pecuária assinou junto com o governo local o documento “Minas Grita pelo Leite” que propõe aumentar de 0% para 12% os impostos para os importadores de leite em pó e de 2% para 18% para a comercialização de produtos fracionados.

Outro estado que está tomando medidas para proteger os produtores locais é Pernambuco. Segundo o comunicado da CNA, o governo do estado publicou um decreto estabelecendo um crédito presumido de 95% sobre a produção de derivados, sempre e quando 90% do leite cru utilizado seja de Pernambuco e a isenção do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte) sobre as exportações internas de derivados artesanais. Também estuda revisar os incentivos fiscais de empresas importadoras.

Quanto ao Paraná, a Assembleia Legislativa trabalha em um projeto de lei que exclui os produtos lácteos importados da cesta básica e aumenta o ICMS sobre o leite importado.

Por outro lado, em abril será promovida a ação “Paraná Grita pelo Leite”, com duas mobilizações, a primeira em Londrina e a segunda em Francisco Beltrão.

As maiores importações são de produtos argentino e uruguaios

A CNA destacou em outra oportunidade que “a maior parte do leite importado em 2023 foi procedente da Argentina e Uruguai, países do Mercosul cujas operações estão isentas de Tarifa Externa Comum (TEC)”.

Esse foi “o segundo ano consecutivo com aumento na aquisição externa de produtos lácteos, principalmente originários do Uruguai e da Argentina”.

“Em 2022, o país importou US$ 514 milhões e acumulou um crescimento de 64% em relação aos 12 meses de 2021”.

Acrescenta que, segundo dados oficiais, “Argentina se consolida como líder em envios ao Brasil, com uma participação de 45,5% do total de lácteos importados”, em 2023; e o Uruguai teve “uma variação de 97,7% de um ano para outro” com US$ 354 milhões, ou seja US$ 166 milhões a mais que em 2022, com uma participação de 41,5% das transações. Todo El Campo 


Jogo Rápido

Previsão Meteorológica: RS enfrentará chuvas intensas de 11 a 17 de abril de 2024
A semana promete ser marcada por condições meteorológicas desafiadoras em todo o estado do Rio Grande do Sul, conforme aponta a previsão para o período de 11 a 17 de abril de 2024. As projeções indicam a ocorrência de chuvas de grandes volumes, trazendo consigo impactos significativos para diversas regiões. Na sexta-feira, dia 12 de abril, áreas de instabilidade sobre parte da Região Central e dos Vales serão responsáveis por precipitações moderadas. Este é apenas o início de um padrão meteorológico que se intensificará ao longo do fim de semana. No sábado, dia 13, uma área de baixa pressão ganhará força sobre a metade norte do estado, resultando em instabilidade e chuvas mais expressivas entre a Fronteira Oeste e a Laguna dos Patos. Esta condição meteorológica exigirá atenção especial das autoridades e da população local, devido ao potencial para transtornos e possíveis impactos nas áreas afetadas. Já na segunda-feira, dia 15, as pancadas de chuva deverão se concentrar principalmente no centro do estado, mantendo o cenário de instabilidade e preocupação com possíveis ocorrências relacionadas às fortes precipitações. A previsão destaca que as regiões Central, Planalto Médio e Missões serão as mais afetadas, com volumes de chuva esperados entre 100 e 200 mm. Entretanto, todas as outras regiões do Rio Grande do Sul também devem enfrentar chuvas significativas, com volumes previstos entre 50 e 100 mm. (SEAPI adaptado pelo SINDILAT)


 

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Porto Alegre, 11 de abril de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.124


Entenda como o governo Leite retomou proposta de reajuste do ICMS

Discussão voltou a ganhar força após grupo de empresários defender aumento da alíquota em função dos decretos que cortavam isenções fiscais. Governador se reúne nesta quinta-feira (11) com deputados da base para avaliar cenário político

O governador Eduardo Leite confirmou na quarta-feira (10) que deverá encaminhar à Assembleia Legislativa até sexta-feira (12), o projeto de lei prevendo aumento da alíquota geral de ICMS. 

A possibilidade leva em conta a articulação política feita pelo governo do Estado nos últimos dias, o que inclui o pedido público de representantes de setores produtivos para que Leite proponha o aumento de ICMS dos atuais 17% para 19% e desista do corte de benefícios fiscais.

Antes de protocolar o projeto de aumento do ICMS, o governador deve reunir, nesta quinta-feira (10) pela manhã, no Palácio Piratini, os deputados da base aliada. A reunião, marcada para 9h30min, avaliará o terreno político para aprovação do aumento de imposto entre deputados estaduais.

Entenda o caso

1) A proposta original 
No dia 16 de novembro de 2023, o governo enviou à Assembleia Legislativa proposta de aumento da alíquota geral do ICMS de 17% para 19,5% a partir de 2024. A decisão se alinhava a de vários outros Estados que também alteraram as alíquotas, alegando receio de perda de receitas com a reforma tributária. A proposta foi rejeitada pelas entidades empresariais, que alegaram risco de perda de competitividade e fuga de capitais.

2) O plano B 
No dia 13 de dezembro, o governo apresentou um plano alternativo ao aumento de ICMS  que consistia em corte gradual de 40% dos benefícios fiscais de 64 setores. A proposta também foi criticada pelas entidades empresariais. As medidas foram estabelecidas por meio de decretos, que valeriam a partir de 1º de abril de 2024 e seriam revogados caso o projeto do ICMS fosse aprovado. 

3) O recuo 
Em 18 de dezembro, véspera da votação na Assembleia, o governo decidiu retirar o projeto de aumento do ICMS. A decisão foi tomada diante da perspectiva de uma derrota no plenário. A pressão contra os cortes de benefícios continuou por parte das entidades empresariais, mas alguns setores passaram a negociar individualmente com o Piratini. 

4) O impacto 
Em meio ao embate entre governo e setor empresarial, um estudo da Secretaria Estadual da Fazenda projetou um aumento de, em média, 3,5% no preço de uma série de alimentos com os cortes de benefícios. Entre os alimentos que seriam mais impactados, estavam o pão francês, o tomate e o ovo de galinha, que subiriam 13,64%, de acordo com o levantamento. Itens como carne bovina e de aves, a erva-mate e o arroz branco também teriam alta. 

5) A derrota 
Na Assembleia, a oposição ao governo se mobilizou para tentar derrubar os decretos. Requerimentos do PT e do PL com esse objetivo foram rejeitados na Comissão de Constituição e Justiça, mas um recurso contra a decisão foi aprovado em plenário, o que acabou representando a primeira derrota do governo Leite no Legislativo desde 2019. 

6) A nova proposta 
No dia 28 de março, o governo concordou em adiar por 30 dias o início da vigência dos decretos que estabeleceram os cortes de benefícios fiscais. A decisão foi tomada após um grupo de empresários, especialmente ligados ao agronegócio, apresentar proposta de elevar a alíquota básica do ICMS de 17% para 19%. Na quarta-feira, o governador Eduardo Leite confirmou que enviará o assunto à Assembleia até o fim da semana. O percentual de aumento, porém, ainda não foi definido. (Gaúcha ZH)


Fundesa-RS: Indenizações para pecuária leiteira têm nova tabela

Já está em vigor a nova tabela de indenizações do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do RS para bovinos da pecuária leiteira. Os valores, aprovados em assembleia geral extraordinária, foram elaborados pelo Conselho Técnico Operacional da Pecuária Leiteira, comitê que integra o Fundesa e é composto por representantes de produtores, indústrias e Serviço Veterinário Oficial.

Os valores vão de R$ 1.447,00 para fêmeas sem registro, de zero a 12 meses, até R$ 4.022,00 para animais puros de origem de 25 a 36 meses (veja tabela abaixo). Os animais machos acima de 24 meses são indenizados em R$ 1.696,00, independente da raça e valor genético. Os valores são pagos a produtores da atividade leiteira que tiverem animais abatidos ou sacrificados sanitariamente por testes positivos para tuberculose ou brucelose ou por recomendação do Serviço Veterinário Oficial.

Têm direito à indenização, os produtores que estiverem em dia com as contribuições ao Fundesa-RS por produção de leite ou por material genético. As contribuições são calculadas sobre a produção de leite entregue à indústria de laticínios e, uma vez por ano, na declaração de existência, sobre o número de animais para material genético, em maio.

Risco Alimentar

Os produtores que precisarem realizar o vazio sanitário (eliminar todos os animais) contam ainda com outro benefício que é o chamado risco alimentar. Trata-se de um valor aportado mensalmente, por seis meses, e que corresponde à média de produção leiteira dos últimos 12 meses. Para isso, o produtor precisa comprovar a realização dos testes dentro dos prazos e critérios do Programa Nacional de Combate e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT).

Para o presidente do Fundesa-RS, Rogério Kerber, a existência do Fundo é uma forma de dar mais segurança e suporte para que os produtores realizem os testes e evitem a disseminação das doenças. Outro ponto importante para evitar a introdução de enfermidades nas propriedades leiteiras é a aquisição de animais testados e de procedência conhecida. (Fundesa)

Haddad diz que governo vai retirar urgência de projeto da reoneração da folha

Ministro da Fazenda se reuniu com a relatora do texto na Câmara, deputada Any Ortiz (Cidadania-RS). Medida dá mais tempo ao Congresso de negociar o tema, destaca a parlamentar

Sem acordo com o Congresso, o governo retirará do regime de urgência o projeto de lei sobre a reoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia, confirmou na quarta-feira (10) à noite o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele deu a informação horas depois de se reunir com a relatora do texto na Câmara, deputada Any Ortiz (Cidadania-RS).

Uma eventual demora na discussão pode fazer o governo perder pelo menos R$ 12 bilhões em receitas neste ano, segundo estimativas apresentadas por Haddad em janeiro. No fim de dezembro, o governo tinha editado medida provisória para revogar projeto de lei aprovado pelo Congresso e reonerar a folha de pagamento para 17 setores da economia.

No início de fevereiro, o governo aceitou a conversão de parte da medida provisória em projeto de lei, após reunião com líderes de partidos da base aliada no Senado.

Haddad não mencionou um cronograma de discussão de projetos nem impactos fiscais caso a desoneração seja prorrogada até 2027. Ao sair do ministério, horas antes, a deputada Any Ortiz apenas informou que o governo tinha se comprometido em retirar a urgência para dar mais tempo ao Congresso de negociar o assunto.

— Nós conversamos sobre a retirada da urgência por parte do governo, para que a gente possa, então, ter um período maior e melhor de discussão a respeito dessa possibilidade que o governo quer de reonerar. Eu acredito que o governo, nas próximas horas, estará retirando a urgência desse projeto — declarou a relatora.

A deputada também informou que pretende manter, no relatório, a prorrogação da desoneração até o fim de 2027, com uma recomposição de alíquotas a partir de 2028. Sem a urgência, a discussão pode levar meses, sem prazo definido de negociação e de votação.

— Não tem um prazo colocado. O governo retirando a urgência não tem por que a gente apresentar um relatório — acrescentou a parlamentar.

Antes da medida provisória editada no fim do ano passado, o governo tinha vetado o projeto de lei que estendeu a desoneração para os 17 setores da economia até 2027. O Congresso, no entanto, derrubou o veto.

Impacto
Em relação ao impacto fiscal, a deputada disse apenas que o governo não conta mais com as receitas da reoneração da folha para este ano. No fim de março, o Ministério do Planejamento e Orçamento informou que, da medida provisória original, a equipe econômica mantém na estimativa de receitas apenas R$ 24 bilhões da limitação de compensações tributárias e cerca de R$ 6 bilhões do programa de ajuda a empresas do setor de eventos afetadas pela pandemia.

A MP 1.202 sofreu mais uma desidratação na semana passada, quando o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, deixou caducar um trecho que extinguiu a redução, de 20% para 8%, da contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de pequenas prefeituras. A decisão fará o governo deixar de arrecadar cerca de R$ 10 bilhões neste ano. (Gaúcha ZH)


Jogo Rápido

Uruguai – O faturamento das fazendas leiteiras caiu 8,1% no ano 
Economia circular/UR – Os Ministérios uruguaios da Indústria, Energia e Mineração (MIEM); do Meio Ambiente (MA); da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP); e da Economia e Finanças (MEF) apresentarão a Estratégia Nacional de Economia Circular (ENEC) em um evento de quinta-feira, 11 de abril. Participarão autoridades de alto escalão de todos os ministérios que elaboraram esta estratégia, através de um processo liderado pelo MIEM. O subsecretário da carteira, Walter Verri, falará sobre a atividade, e o foco desta etapa. O MIEM informou que a ENEC descreve os antecedentes da economia circular no país, apresentará uma análise da economia uruguaia, identificando prioridades para abordar e planejar estratégias de ação. Uso circular dos recursos: A economia circular leva em conta um modelo de transformação de cadeias produtivas, a partir do uso circular de recursos, da inovação tecnológica e da colaboração entre os atores. O governo do Uruguai tomou a decisão de estabelecer uma política pública de economia circular, como instrumento a impulsionar uma transformação produtiva e social, afirma o MIEM. Trata-se de um modelo que contribui para a conservação dos recursos naturais, oferece oportunidades de investimento, gera empregos verdes e contribui para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas. O evento será transmitido, a partir das 10:30 horas, via streaming por Antel TV https://anteltv.com.uy/play/22s28Fonte: TodoElCampo – Tradução livre: www.terraviva.com.br 


 

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Porto Alegre, 10 de abril de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.123


Assembleia faz nova rodada de discussão sobre corte de benefícios e aumento do ICMS

Entidades que apoiam elevação da alíquota de 17% para 19% confirmaram presença

Apesar de não ser dia de votação, a quarta-feira (10) será movimentada na Assembleia Legislativa. A Comissão Mista Permanente de Defesa do Consumidor e do Contribuinte e Participação Legislativa Popular vai discutir os decretos de revisão de benefícios fiscais concedidos pelo Estado e as propostas defendidas pelos diversos setores produtivos do Rio Grande do Sul. A reunião começa às 10h30min, no plenarinho da Assembleia. 

Até o momento, 23 entidades confirmaram presença. São as mesmas que assinaram documento propondo, como alternativa ao corte de benefícios, a elevação da alíquota modal de ICMS de 17% para 19%, a partir de 2025. O projeto ainda não foi encaminhado à Assembleia porque antes o governo quer convencer os deputados de que não existe um plano C. Ou é o corte de benefícios, com forte impacto na cesta básica, ou é o aumento do ICMS. Nessa tarefa, o Piratini espera contar com as entidades para que mostrem aos deputados a importância de discutir o tema sem paixão.

A defesa feita pelo presidente da Cotrijal, Nei Mânica, tem sido mostrada aos deputados da base como um exemplo de responsabilidade. Mânica diz que não há espaço para a demagogia nem para o oportunismo e que os deputados precisam pensar no que é melhor para o Estado. Tem sido nessa linha as conversas do chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e do governador Eduardo Leite com os deputados.

O presidente do PDT, Romildo Bolzan, que acompanhou uma dessas reuniões, saiu convencido de que o problema fiscal do Estado é gravíssimo, com demandas por obras e aumentos salariais, e que o governo não tem como abrir mão de recursos. Mesmo assim, Romildo acha muito difícil conseguir os quatro votos da bancada do PDT no caso de a proposta de aumento da alíquota chegar ao plenário.  

O PDT não é o único partido dividido entre os que ocupam cargos no governo estadual. O PP, partido do líder Frederico Antunes, também não está convencido de que a alternativa proposta por Mânica seja a solução. Mesmo alertados de que o Estado manterá o corte de benefícios fiscais se não aumentar a alíquota básica do ICMS, parte dos deputados acha que tem como sustentar o discurso de que existe uma terceira opção, que é deixar tudo como está.

Leite tem dito que sem esses recursos não haverá como atender às demandas dos próprios deputados por obras em seus redutos eleitorais, muito menos pensar em reajuste para servidores. 

Aliás
Pela lógica, os deputados que votarem contra a proposta de aumento da alíquota básica de ICMS deverão entregar os cargos que ocupam no governo e os de seus afiliados. Não seria ético fugir do ônus de ser governo e ficar com o bônus das indicações políticas. (Gaúcha ZH)


Participe do 3º Prêmio Referência Leiteira! 

As inscrições para a categoria “Cases de Sucesso” estão abertas! Se você tem uma história de sucesso na produção leiteira, essa é a sua chance de brilhar. 

📅 Prazo para inscrições: até 14/06/2024.
🔗 Regulamento e Ficha de Inscrição no site do Sindilat ou clicando aqui

O prêmio reconhece as melhores práticas da produção leiteira gaúcha em seis categorias: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira.

Podem participar propriedades estabelecidas no Rio Grande do Sul que comercializam leite cru para indústria ou que processem o leite em agroindústria própria.

Valorize o esforço dos produtores que dedicam suas vidas para oferecer alimentos de qualidade à população gaúcha. 

As fazendas selecionadas serão conhecidas durante evento na Expointer 2024. Não perca essa oportunidade!  (SINDILAT/RS)

QUALIDADE DO LEITE | QUALIDADE DO LEITE: CONHEÇA OS SELOS E CERTIFICAÇÕES QUE ATESTAM A SEGURANÇAS DOS LÁCTEOS

No Brasil, o selo SIF é responsável por garantir a qualidade do leite e outros produtos de origem animal, assegurando a inspeção federal e a conformidade com rigorosos padrões de higiene e segurança alimentar. Mas existem outros selos e certificações importantes para a comercialização do leite no país.

Até o leite chegar à indústria e ao consumidor, o produto passa por uma infinidade de testes. Afinal, garantir a qualidade da bebida e seus derivados é a mola propulsora para a segurança alimentar de uma população.

O Serviço de Inspeção Federal (SIF) é uma referência nesse aspecto; o principal responsável por assegurar aos consumidores a procedência e qualidade dos produtos de origem animal, inclusive os lácteos.

No entanto, existem diversos outros selos de certificações de alimentos. Muitos deles, igualmente relevantes para a comercialização de leite no Brasil.

Quais os selos relacionados à qualidade do leite?
SIF (Serviço de Inspeção Federal)
O SIF é o principal e mais conhecido selo de qualidade do leite. Vinculado ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA), é responsável por assegurar a qualidade de diferentes produtos de origem animal destinados ou não à alimentação.

Ou seja, inclui carnes, pescados, ovos, mel, cera de abelha e, claro, leite e seus derivados.

Segundo o Ministério da Agricultura, “todos os produtos de origem animal sob responsabilidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento são registrados e aprovados pelo S.I.F. visando garantir produtos com certificação sanitária e tecnológica para o consumidor brasileiro, respeitando as legislações nacionais e internacionais vigentes”.

Selo SIE (Serviço de Inspeção Estadual)
Similar ao SIF, o SIE é emitido por órgãos estaduais de inspeção. É responsável por garantir a qualidade dos produtos dentro do estado onde é emitido. Dessa forma, as exigências variam de acordo com a região.

Com esse selo, o produtor tem a autorização para a comercialização estadual.

Selo SIM (Serviço de Inspeção Municipal)
O SIM é emitido por prefeituras. O selo assegura que os produtos foram produzidos em conformidade às normas sanitárias de cada cidade.

Segundo o Ministério da Agricultura, em 2023 mais de 2.000 municípios brasileiros já possuíam SIM.

No mesmo ano, o serviço inspecionou mais de 100 mil estabelecimentos que produzem e comercializam produtos de origem animal.

Selo SISBI (Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal)
Basicamente, este é um sistema que integra os serviços de inspeção de todos os estados e municípios ao Serviço de Inspeção Federal. Dessa forma, padroniza e facilita a comercialização de produtos de origem animal em todo o território nacional.

ARTE (Autorização de Relatório Técnico Especial)
O ARTE certifica produtos artesanais com características únicas. O intuito é autorizar a elaboração de relatórios técnicos específicos para produtos de origem animal.

Certificado de Biosseguridade (CBS)
O Certificado de Biosseguridade garante que a produção siga boas práticas de manejo para impedir ou reduzir riscos de doenças transmitidas por animais.

No caso do leite, o CBS garante que a propriedade siga protocolos rigorosos de higiene, manejo sanitário e controle de zoonoses.

Isso significa que os animais são criados em um ambiente seguro e saudável, o que contribui para a qualidade do leite e a segurança alimentar.

Instrução Normativa n.º 51 (IN 51)
A Instrução Normativa n° 51, ou simplesmente IN 51, é uma das regulamentações mais importantes do Brasil.

A norma estabelece os padrões de qualidade do leite, incluindo critérios como teor de gordura, contagem bacteriana, contagem de células, acidez e outros parâmetros essenciais.

Quais são os principais indicadores da qualidade do leite?
Em geral, os indicadores são utilizados para avaliar as condições de armazenamento do leite, higiene da ordenha e, principalmente, detectar a presença de elementos que possam causar doenças.

A seguir, descubra quais são os principais:

Teor de gordura: certamente, um dos principais indicadores da qualidade nutricional do leite. Variações no teor de gordura podem afetar o valor nutricional, textura e o sabor do produto.
Acidez: indica o grau de fermentação do leite.
Densidade: esta é a medida da concentração de sólidos, como gordura e proteína. A adição de água, por exemplo, altera a densidade do leite.
Contagem de células somáticas: a CCS diz respeito a células brancas do sangue, presentes no leite. Quando elevadas, podem indicar problemas de saúde na glândula mamária da vaca, como mastite.
Além disso, o leite deve estar sempre fresco, homogêneo e livre de impurezas.

Alcançar a qualidade do leite ideal não é um desafio fácil. Por isso, existem tantos selos e normas visando garantir a saúde pública brasileira.

Hoje, temos normativas suficientes para que a população não fique em risco a partir do consumo de produtos lácteos. No entanto, é preciso ficar atento às mudanças e tendências da indústria para garantir a segurança constante de todos. (Food Connection via Edairy News)


Jogo Rápido

DPA, pertencente a Lactalis, anuncia inovações nas marcas de iogurtes
 Iogurtes - A DPA, empresa de refrigerados lácteos pertencente ao Grupo Lactalis, apresenta novos lançamentos: Iogurte Nestlé Grego sabor Damasco com Pêssego; Nestlé Natural zero lactose, Chandelle DUO. A linha de iogurtes Grego, pioneira da Nestlé no país, apresenta sua mais recente inovação: Calda de Damasco com Pêssego, disponível em embalagens unitárias de 90g, este lançamento, que se junta aos já existentes sabores calda de Morango e calda de Coco. Nestlé Natural apresenta uma alternativa zero lactose, disponível na versão de bandeja 340g, o produto visa atender às crescentes demandas de públicos com restrições alimentares ou que buscam produtos leves e saudáveis. Já o novo Chandelle Duo, oferece a combinação do sabor do chocolate meio amargo com o chocolate branco, disponível em embalagem dupla de 180g, essa deliciosa combinação se destaca como uma opção prática e complementar. “Nossa jornada na inovação do universo de iogurtes e indulgências escreve mais um capítulo, repleto de sabores e produtos irresistíveis. A expansão dos portfólios das nossas marcas renova nosso compromisso em seguir as tendências, atender às necessidades dos consumidores, marcar presença nos momentos especiais e proporcionar experiências sensoriais importantes", complementa Vanessa Lima, gerente de Marketing da DPA Brasil. Fonte: SuperVarejo


 

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Porto Alegre, 09 de abril de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.122


Leite vê chance de desfecho da pauta tributária nos próximos dias

Próximo a liderar uma viagem para Itália e Alemanha em busca de novos negócios e estreitar laços com esses dois países, o governador Eduardo Leite tem esperança que, antes do embarque para Europa marcado para a próxima sexta-feira (12), possa haver uma definição sobre a mudança tributária que está sendo discutida no Rio Grande do Sul. “Estamos fazendo conversas, com bancadas (de deputados), com setores produtivos e há uma possibilidade de a gente ter uma definição ainda nessa semana, antes da viagem”, afirma o governador.

Em princípio, a intenção do governo gaúcho é confirmar uma elevação de alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) de 17% para 19%. Leite comentou rapidamente sobre a questão tributária ao final da instalação da Frente Parlamentar Brasil/Itália, ocorrida nesta segunda-feira (8), no Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre.

Na ocasião, o governador também mencionou a missão do governo gaúcho à Europa e enfatizou que, entre outros pontos, a iniciativa tem como meta valorizar os 150 anos de imigração italiana no Rio Grande do Sul, a serem completados em 2025. Outro foco da viagem será expor os vinhos gaúchos. “O Estado está patrocinando um estande na Vinitaly (em Verona), evento dedicado a abrir mercado consumidor para a nossa produção vitivinícola”, ressalta Leite.

Posteriormente, na passagem por Roma, serão realizados encontros com empresas da área de infraestrutura e o foco será convencer esses grupos a investirem em novas oportunidades de concessão rodoviárias e em outras frentes no Rio Grande do Sul. Também será feito o convite ao Papa Francisco, que é jesuíta, para visitar o Rio Grande do Sul em 2026, quando haverá a comemoração dos 400 anos das Missões jesuíticas no Estado.

Na parte da viagem que abrange a Alemanha, além do tópico das comemorações dos 200 anos da imigração germânica, que acontecerão neste ano, serão prospectados novos negócios e haverá a participação na Feira Industrial de Hannover. O embaixador da Itália no Brasil, Alessandro Cortese, considera importante a viagem da comitiva gaúcha à Europa, pois Leite irá apresentar os vinhos do Estado em uma das maiores feiras desse setor naquele continente. “E o vinho do Rio Grande do Sul é uma herança dos italianos que chegaram há 150 anos e ensinaram a cultivar a uva e fazer a bebida”, frisa Cortese.

Ele acrescenta que o vinho gaúcho é de boa qualidade, especialmente, os espumantes. O embaixador ressalta ainda que, politicamente, é muito importante a presença do governador do Rio Grande do Sul na Itália para fortalecer os laços entre as duas regiões. No evento desta segunda-feira, Leite assinou decreto criando o comitê de organização dos festejos de 150 anos da imigração italiana no Estado.

“A partir de agora, de forma oficial, instituições do poder Executivo, do Legislativo e da sociedade civil se reunirão para desenharem todo o calendário de organizações”, comenta o deputado estadual Guilherme Pasin (PP), presidente da Frente Parlamentar Brasil/Itália. O deputado acrescenta que será definido, por exemplo, se será feito um único evento ou se será levada para cada região de imigração italiana no Estado alguma ação e descentralizar os atos da celebração. Ainda no encontro dessa segunda-feira, foi feita a entrega da Medalha da 56ª Legislatura ao cônsul-geral da Itália em Porto Alegre, Valerio Caruso. (Jornal do Comércio)


Argentina: exportações de leite decolaram, mas ainda há medo

Embora em divisas em dólares tenha significado apenas um aumento de 1%, nos dois primeiros meses do ano as exportações em toneladas e litros de leite da Argentina aumentaram 11% e 17%, respectivamente. Em detalhes, nos meses de janeiro e fevereiro de 2024, houve exportações de 70.036 toneladas e 492,6 milhões de litros de leite equivalente.

O número vem de um relatório preparado pelo Ministério da Agricultura, que também destacou que a contribuição do setor foi de US$ 251 milhões. Vale lembrar que, por outro lado, houve uma queda acentuada na produção nas fazendas leiteiras de mais de 15% no mesmo período e, em particular, em fevereiro em relação ao mesmo mês em 2023, foi 17,8% menor. O declínio pode ser maior no mês atual.

O Diretor Nacional de Lácteos, Sebastián Alconada, elogiou a política do atual governo de manter o imposto de 0% da administração anterior - a validade da medida é até 30 de junho - que somada à mudança na taxa de câmbio permitiu que as exportações começassem a "ser negócios".

"A exportação não foi maior devido a uma questão sazonal em que há menos oferta, o que atrapalhou um pouco", disse ele.

O consultor do setor de lácteos, José Quintana, lembrou que, apesar de "uma queda fenomenal na produção em fevereiro passado, as exportações cresceram muito em litros equivalentes". "Estamos exportando 30% do leite produzido e isso é muito bom. Isso foi possível, primeiramente, por causa da eliminação dos impostos retidos na fonte e depois da desvalorização, o valor do dólar oficial agora é completamente diferente. E isso é útil e também ajuda a atividade, porque o mercado doméstico é muito recessivo. Com todos os problemas na economia, com uma queda fenomenal na demanda, se a oferta não caísse, os preços do mercado interno despencariam", disse ele.

Nesse contexto, ele ressaltou que, graças ao crescimento das exportações, os preços internos podem ser sustentados. "Se não estivéssemos exportando tudo o que estamos exportando, os preços internos provavelmente não conseguiriam acompanhar o que está acontecendo e não conseguiríamos ajustar o preço do leite e a queda na produção seria ainda pior. Por isso, eu saúdo o fato de podermos exportar tudo o que é exportado", acrescentou.

Cautelosamente, o presidente da Associação de Pequenas e Médias Empresas de Laticínios (Apymel), Pablo Villano, em termos de produção, foi positivo e disse que a atual escassez de leite terá sua recuperação a partir de maio, quando entrarem os pastos, as reservas e os silos, mas observou que, em um mercado interno com pouco poder de compra, muito pouco é vendido e "está entrando mercadoria de fora".

"Hoje os produtos importados estão com um preço semelhante ou um pouco mais caro. Mas, devido à inflação e aos nossos custos, é muito provável que, em um prazo não muito curto, ultrapassemos os preços estrangeiros e isso será um problema", observou.

Ele disse que no mercado internacional os preços de exportação estão caindo, onde a cooperativa de laticínios Fonterra, uma das maiores do mundo, fez duas cotações com valores em queda.

Nesse cenário, ele explicou que, sem conseguir resolver a questão dos custos internos, os exportadores já estão pedindo uma melhora na taxa de câmbio que agora permanece estável, ou seja, elevá-la para ser mais competitiva no exterior.

"Por enquanto as coisas estão indo bem, você tem que ser competitivo para se adaptar ao preço internacional, o preço internacional não se adapta a você. Agora temos o grande dilema de como repassar os aumentos de custo para os produtos finais, incluindo o leite, que tem aumentado constantemente, e os salários. Com esses preços do leite, as exportações e o mercado interno estão instáveis", disse ele.

Nesse contexto, o presidente do Centro da Indústria de Laticínios (CIL), Ercole Felippa, disse que em 2024 "haverá menos exportações do que no ano passado, porque há uma queda significativa na produção que, embora a partir do segundo semestre mude a tendência, não será suficiente para recuperar de alguma forma o declínio".

"Essa queda na produção se refletirá em menores volumes de exportação. Hoje aquela vantagem inicial dada pela taxa de câmbio não existe mais, porque o aumento de custos que ocorreu engoliu aquela vantagem que lhe deu oportunamente, e se eles voltassem a implementar as taxas de exportação (DEX), claramente pelo menos no leite em pó, que é aproximadamente 50% do que a Argentina exporta, estaria fora da competição", alertou.

"O que aconteceu nos dois primeiros meses do ano foi uma situação pontual, que provavelmente não se refletirá ao longo do ano. Isso também dependerá muito do que for adotado em termos de DEX. Vale lembrar que foram eliminadas as restituições, que é o componente tributário da mercadoria a ser exportada. Foi justamente o setor de laticínios o único para o qual as restituições foram eliminadas, o que significa que esse esquema deve ser revisto, para que seja um sistema equitativo de restituições, para que não acabemos nos tornando exportadores de impostos", acrescentou.

Como ele explicou, "a questão das restituições é uma política, inclusive prevista pela Organização Mundial do Comércio, de que um governo pode devolver a seus exportadores o componente tributário do bem a ser exportado, onde os produtos lácteos tinham isso, e quando o imposto de exportação de 0% foi estendido por seis meses, as restituições também foram eliminadas".

Este verão de exportações tem um "fantasma", que é o fato de que, no final de junho, a suspensão das retenções chegará ao fim. "Esperamos que ninguém pense em voltar a aplicá-las, porque isso seria terrível para o setor. Porque os impostos retidos na fonte, especialmente nos níveis de que eles [o governo] estavam falando, custam cerca de seis centavos de dólar por litro e algo assim, que é uma quantia enorme de dinheiro, nos colocaria de volta em uma crise da qual finalmente parecemos estar saindo. Esperemos que isso não aconteça novamente", enfatizou Quintana. Vale lembrar que o leite em pó pagava 9% de taxas de exportação e o queijo 4,5%.

Nessa linha, o executivo da Apymel destacou a importância do fato de não haver tarifas de exportação, embora tenha enfatizado que essa pausa de seis meses deixa muita incerteza de que "a qualquer momento elas voltarão". Ele disse: "Enfatizamos a importância de não haver retenção de impostos no setor".

Para tranquilizar o público, Alconada garantiu que "não está na agenda" o retorno dos impostos. "A lei omnibus contemplou a eliminação definitiva dos impostos retidos na fonte sobre o setor. Portanto, isso não está em nosso cenário. A ideia é que tudo continue como está e que tentemos exportar o máximo que pudermos. E focar em como vamos produzir mais", encerrou.

As informações são do La Nación, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.

Brasileiro quer comprar produtos sustentáveis, mas não entende rótulos, revela estudo

Um estudo global da consultoria Bain & Company divulgado recentemente aponta que cerca de 80% dos brasileiros são seriamente preocupados com questões envolvendo sustentabilidade e mudanças climáticas. Um nível de preocupação acima da média mundial levantada pelo estudo, que ficou em 65%.

Mas será que esse engajamento é colocado em prática nas compras dos brasileiros? Segundo Daniela Carbinato, que liderou o estudo, ainda existem desafios a serem vencidas nesse sentido.

Segundo a pesquisa, 27% dos consumidores ouvidos apontam como barreira para a compra a falta de informação e transparência sobre a sustentabilidade praticada pelas empresas responsáveis pelos produtos.

“A pergunta que esse consumidor se faz é: ‘esse produto é realmente sustentável, orgânico, vegano ou não?’”, relata Daniela.

Ao mesmo tempo, 19% mencionaram que os rótulos e certificações são confusos. Por fim, 21% indicam que comprariam mais se as empresas fossem mais transparentes sobre seus produtos.

“Há uma preocupação do consumidor de acreditar que faz escolhas saudáveis e sustentáveis, mas que, na verdade, não são”, destaca Daniela.

Além disso, a pesquisa mostra que, no Brasil, quase 60% dos consumidores utilizam as embalagens como principal fonte de informação sobre os produtos, seguido de descrições online, recomendações e anúncios.

“Esses últimos são fundamentais, já que os consumidores pouco entendem o que os selos de certificações realmente significam. É o caso de produtos orgânicos, veganos, rastreáveis, naturais, integrais, entre outros”, defende a executiva.

Sinalização

Os dados sobre necessidade de sinalização em loja também chamam a atenção: 20% dos consumidores brasileiros a classificam como importante fonte de informação, quase 1,5 vez mais do que a média global considerou. “Isso coloca a jornada de compra na loja como importante fator de compra na decisão”, comenta Daniela.

Para ela, a sustentabilidade e a preocupação com a saúde não são mais questões nichadas, abrindo um leque de oportunidades para as empresas. Mas ressalta: facilitar a comunicação é fundamental.

"A informação precisa ser direta e símbolos não resolvem o problema. Os rótulos devem ser explicativos, com comunicação simples, QR Codes devem ser funcionais e práticos, trazendo a informação sobre aquele sele da certificação que aparece na embalagem. Isso é ajudar da educação do consumidor”, avalia.

As informações são do Globo Rural, adaptadas pela equipe MilkPoint.


Jogo Rápido

Ascensão do setor de lácteos na China gera preocupações entre os exportadores
A rápida ascensão da China no setor de lácteos, pronta para reivindicar o título de terceiro maior produtor de leite do mundo, está causando inquietação entre os exportadores globais. De acordo com Keith Woodford, Professor Honorário de Sistemas Agroalimentares da Universidade de Lincoln, o crescente setor de lácteos na China atraiu a atenção dos participantes do setor em todo o mundo. Woodford enfatiza que os principais participantes, como a Fonterra e outras empresas, estão monitorando de perto a situação, reconhecendo as implicações significativas da evolução do cenário de laticínios na China. Com o papel fundamental da China no mercado global de lácteos, os exportadores permanecem vigilantes, atentos aos possíveis riscos associados à dependência excessiva de um único mercado. Qualquer interrupção ou queda na China pode ter consequências catastróficas para os exportadores. No entanto, Woodford observa que a China está diversificando ativamente suas importações de laticínios, mitigando algumas das preocupações relacionadas à dependência de um único mercado. As projeções indicam um aumento substancial de 25% nas importações de lácteos pela China na próxima década, sinalizando oportunidades para os exportadores capitalizarem no mercado em expansão. À medida que a China continua solidificando sua posição como um importante participante do setor de laticínios, os exportadores devem navegar pela dinâmica em evolução desse mercado crucial e, ao mesmo tempo, permanecer atentos aos possíveis riscos e oportunidades no horizonte. (As informações são do The Dairy News, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 08 de abril de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.121


Majoração do ICMS será pauta de reuniões antes da missão internacional de Leite

Após apelo de grupo de entidades, governo do Estado decidiu adiar início da vigência dos cortes de incentivos e retomar o plano de aumento da alíquota modal

A volta à cena da possibilidade de majoração da alíquota modal do ICMS, mas desta vez de 17% para 19%, será pauta de uma série de reuniões nesta semana. Um dos encontros, na quarta-feira, às 11h, na Assembleia, foi solicitado pelo grupo de entidades que resgatou o chamado plano A do Piratini, com pequena alteração no índice, diante dos impactos mais amplos gerados pelos decretos de cortes nas concessões de benefícios fiscais.

À tarde, desta vez no Piratini, será realizado outro encontro com ala do empresariado e presidentes de entidades de classe. Também foram chamados deputados da base. O governador Eduardo Leite (PSDB) participará da conversa, que está prevista para ocorrer das 14h às 17h no Salão Negrinho do Pastoreio.

Na reunião, Leite apresentará uma “nova agenda de desenvolvimento” do Estado. Estão previstas ainda discussões sobre a importância de planos de desenvolvimento e sobre “macrotendências” que podem ter impacto na economia gaúcha.

Na quinta-feira Leite conversará com deputados da base mais uma vez. Os movimentos antecedem a missão do governo. Na sexta-feira, o tucano, acompanhado de comitiva que será integrada pelo chefe da Casa Civil, Artur Lemos, e pelo líder do governo na Assembleia, Frederico Antunes (PP), entre outros, embarcam para a Europa. Serão cumpridas agendas na Itália e na Alemanha. O retorno está previsto para o dia 23. Até lá, o cenário em torno da proposta, que precisa de aval legislativo, deve estar um pouco mais definido. (Correio do Povo)


Balança comercial de lácteos: importações apresentam sutil recuo

O mês de março encerrou e o saldo da balança comercial de lácteos seguiu recuando. Segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo registrado no mês chegou a -160 milhões de litros em equivalente-leite, registrando uma recuperação mensal de 3,8 milhões de litros em relação a fevereiro, conforme pode ser observado no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos – equivalente leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Apesar das exportações brasileiras de lácteos terem apresentado um recuo mensal no último mês, o patamar observado se manteve alto, se comparado aos últimos meses. Com 14,3 milhões de litros em equivalente-leite exportados no último mês, a queda mensal foi de 13%, no entanto, quando comparamos com o resultado obtido em março de 2023, houve uma importante alta de 180%, conforme mostra o gráfico 2, sendo o maior volume exportado para o mês dos últimos 7 anos.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

As importações mensais de lácteos seguiram recuando no último mês e atingiram o menor patamar de 2024, até o momento; apesar de ainda registrarem um volume considerado alto. Ao todo, foram importados em março 174,2 milhões de litros em equivalente leite, registrando um recuo mensal de 3%. Quando comparado com março de 2023, a variação observada foi de -14%, quando foram importados cerca de 30 milhões de litros em equivalente-leite a mais do que o registrado no último mês, como mostra o gráfico 3.

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint a partir dos dados do COMEXSTAT.

Dentre as principais categorias importadas, o leite em pó integral, que possui a maior participação nas importações (49%), apresentou um recuo mensal de 20% em seu volume importado no último mês, apresentando o menor volume importado em toneladas desde fevereiro/2023.

Já outras importantes categorias como os queijos e o leite em pó desnatado, que juntos representam 40% das importações, apresentaram avanços em seus volumes de 13% e 30%, respectivamente, no último mês. Sendo que o avanço nas importações dos queijos foi puxado principalmente por uma alta na categoria de muçarela, que apresentou uma variação mensal de 6% em seu volume importado.

Outras categorias que possuem menor participação dentro das importações também apresentaram avanços em seus volumes importados, como as categorias de outros produtos lácteos e o soro de leite, que aumentaram em 250% e 35%, respectivamente, seus volumes de março em relação ao mês anterior.

Assim como o leite em pó integral apresentou um recuo para as importações, a categoria, que também é a mais relevante dentro das exportações, apresentou um recuo mensal de 28% em seu volume exportado no último mês.

Em contrapartida, as demais categorias de maior relevância nas exportações apresentaram avanços em seus volumes no último mês. O leite UHT apresentou uma alta mensal de 51%, enquanto para os cremes de leite e o leite condensado o avanço observado chegou a 28% e 22%, respectivamente.
Os queijos também aumentaram suas exportações em 20% no último mês, chegando ao maior volume exportado dos últimos 16 meses.

As tabelas 1 e 2 mostram as principais movimentações do comércio internacional de lácteos nos meses de março e fevereiro de 2024.

Tabela 1. Balança comercial de lácteos em março de 2024

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.

Tabela 2. Balança comercial de lácteos em fevereiro de 2024

Fonte: Elaborado pelo MilkPoint Mercado com base em dados COMEXSTAT.
 
O que podemos esperar para os próximos meses?
Mesmo com indicadores de mercado apontando para uma competitividade nos preços dos leites em pó importados em relação aos produtos locais no Brasil, as novas atualizações fiscais em relação ao uso de produtos importados colocam uma expectativa de diminuição nas importações brasileiras para os próximos meses.

Apesar da alteração nos benefícios de créditos fiscais, um ponto chama atenção em relação as importações brasileiras de lácteos: os queijos. Com o varejo se mostrando mais ativo nas compras de queijos importados, principalmente muçarela, foi possível observar um aumento no volume que entrou no Brasil no último mês para a categoria. No entanto, vale ressaltar que devido a defasagem entre a negociação do produto e sua chegada efetiva no mercado brasileiro, o volume que entrou no último mês foi negociado cerca de 3 meses antes. Desta forma, olhando o mercado hoje, a muçarela importada se mostra menos competitiva em preço em relação a muçarela local, o que pode ser um indicativo de que o volume importado de queijos também possa desacelerar nos próximos meses, assim como já temos observado para os leites em pó. (Milkpoint)

Informativo Conjuntural 1809 - EMATER/RS: BOVINOCULTURA DE LEITE

A redução na qualidade dos alimentos disponíveis no pasto resulta em menor ingestão, exigindo ajustes maiores no uso de alimentos conservados e concentrados. Contudo, os produtores enfrentam dificuldades devido aos altos custos desses alimentos, ocasionando reduções na produção leiteira nesta época e intensificando os efeitos do vazio outonal. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, a sanidade do gado leiteiro segue normal, e ocorre controle de ectoparasitas. O calor intenso levou à redução no consumo de alimentos e na produtividade dos animais. Por outro lado, o clima mais estável permitiu melhor higiene e produção de leite de qualidade, dentro dos parâmetros exigidos pelas normativas do MAPA. 

Na de Erechim, o preço médio do leite está em queda, acarretando redução geral do lucro das propriedades. Apesar do bom estado sanitário do rebanho, as altas temperaturas causaram desconforto nos animais, resultando em leve diminuição da produtividade. 

Na de Frederico Westphalen, os indicadores de oferta de água para dessedentação dos animais e limpeza dos equipamentos apontam para níveis satisfatórios de quantidade e qualidade. 

Na de Ijuí, a produção de leite sofreu pequena redução em relação à semana anterior devido à menor produção das forrageiras no momento, sendo mais significativa nas propriedades que adotam o sistema de produção a campo. 

Na de Pelotas, a falta de energia afetou várias localidades, e os produtores precisaram usar geradores à combustão, elevando os custos de produção. Houve perdas na produção em Jaguarão, Morro Redondo e Piratini, que ficaram até 13 dias sem energia elétrica. 

Em Santa Vitória do Palmar, mas as chuvas abundantes causaram perdas nas pastagens de inverno, atrasando a semeadura. 

Na de Santa Maria, o rebanho leiteiro está em boas condições sanitárias e produtivas. 

Em Júlio de Castilhos, as altas temperaturas, a baixa umidade e os dias abafados causaram estresse térmico nas vacas, afetando a produção e a qualidade do leite. 

Na de Santa Rosa, em razão da redução das temperaturas, houve melhora no bem-estar dos animais, levando os produtores a aumentar o número de inseminações como consequência da diminuição do retorno do cio das matrizes. (Emater/RS)


Jogo Rápido

Associados do Sindilat/RS têm 10 % desconto para o Interleite Sul 2024
Os associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS)  têm liberado desconto de 10% na compra de ingressos para a  11ª edição do Interleite Sul. O evento acontecerá nos dias 08 e 09 de maio, na cidade de Chapecó (SC). O segundo lote está sendo comercializado até o dia 26 de abril através do site interleitesul.com.br. Para os dois dias de evento, estão programadas 23 palestras sobre o universo do leite, conforme a programação disponível abaixo. Neste ano, o Interleite Sul foca em discutir caminhos para o futuro da produção e será dividido entre seis painéis: Mudanças climáticas no Sul do país: efeitos e soluções; Tecnologia aplicada para melhores resultados; Olhando para o futuro; Transformações e prioridades do leite nos estados do Sul do Brasil; Os diferentes caminhos para a sucessão do negócio e Os desafios e soluções para a mão de obra no campo. Os materiais estarão disponíveis para download e serão conferidos certificados de participação “O Interleite Sul é um dos eventos que ajudam a fortalecer e antecipar as discussões em torno da cadeia do leite, oferecendo formação e oportunidades de crescimento para a indústria láctea”, assinala Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS. LINK COM DESCONTO CLICANDO AQUI. (SINDILAT RS)


 

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Porto Alegre, 05 de abril de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.120


Setor leiteiro pede ajuda ao governo estadual

Clamor por medidas protetivas adotadas em outros estados marca o lançamento da Fenasul Expoleite, que se realiza de 15 a 19 de maio, no Parque Assis Brasil, em Esteio

O lançamento da 8ª Fenasul/45ª Expoleite, que ocorrerá de 15 a 19 de maio, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, foi palco para novos apelos em defesa do setor leiteiro. Reunidos na sede da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em Porto Alegre, os produtores pediram que o governo do Estado adote medidas protetivas à produção de leite do Rio Grande do Sul, como ocorreu em outras unidades da federação.

Segundo o presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do RS (Gadolando) e da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Marcos Tang, as ações já foram anunciadas em Minas Gerais, Goiás, Pernambuco e Paraná, onde o segmento igualmente amarga prejuízos decorrentes da alta nas importações de lácteos do Mercosul.O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), Carlos Joel da Silva, lembrou que o número de produtores de leite no RS despencou 60,78% em quase uma década, recuando de 84 mil, em 2015, para 33 mil, em 2023, conforme a Emater/RS-Ascar.

O presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Gedeão Pereira, citou que o setor arrozeiro gaúcho resolveu problemas apostando nas exportações e indicou o exemplo ao setor produtivo leiteiro. Pereira também informou que a crise do setor é alvo de análise da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).O resultado deve basear novos pleitos ao governo federal. “Enquanto isso não acontece, temos que criar alguma coisa em nível de Estado para proteger o nosso produtor”, reforçou o dirigente.

O vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, presente no lançamento da Fenasul Expoleite, afirmou que o Estado respeita e valoriza a produção agropecuária. E se comprometeu em levar os pedidos ao governador Eduardo Leite e para a Secretaria da Fazenda.

A Fenasul Expoleite 2024 contará com julgamentos e concursos das raças de gado de leite, Multifeira da Prefeitura de Esteio, provas de equinos, como uma das classificatórias ao Freio de Ouro e o rodeio da Fenasul, exposição de animais e seminários. Entre os destaques também está a exposição das agroindústrias familiares, a qual, para Carlos Joel da Silva, “está caindo no gosto popular”. Marcos Tang citou a participação da Associação Gaúcha de Professores do Ensino Técnico Agrícola (Agptea) e confirmou a realização de um projeto pedagógico organizado pela entidade na mostra, voltado a estudantes e chamado de "Fazendinha".

SERVIÇO:
O que: 8ª Fenasul/45ª Expoleite 2024 - exposição de raças leiteiras, búfalos, caprinos, cavalos, pequenos animais, multifeira e agroindústria familiar. A feira terá a Classificatória Regional Gaúcha Sul, organizada pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulo (ABCCC). A Associação Gaúcha de Professores do Ensino Técnico Agrícola (Agptea) desenvolverá atividades técnicas científicas e terá um projeto pedagógico para estudantes, chamado de “Fazendinha”.
Quando: de 15 e 19 de maio
Onde: Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio
Organizadores: Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Associação dos Criadores de Gado Holandês do RS (Gadolando), Federação da Agricultura do RS (Farsul), Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag-RS) e prefeitura de Esteio. (Correio do Povo)


GDT: abril inicia com recuperação nos preços 

Durante o primeiro leilão de lácteos da plataforma GDT do mês de abril, realizado no dia 02/04, os preços internacionais dos principais derivados lácteos apresentaram uma recuperação. Com uma variação de 2,8% em relação ao evento anterior, o preço médio das negociações ficou em US$ 3.558/tonelada, como mostra o gráfico 1.

Gráfico 1. Preço médio leilão GDT

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Neste último leilão, ao contrário do que foi observado anteriormente, todas as categorias acompanhadas apresentaram avanços em seus preços médios.

O queijo, que havia apresentado uma desvalorização, registrou um importante avanço de 4,1% em seu preço médio, de US$ 4.340/tonelada, atingindo o maior patamar dos últimos quatro eventos.

Os leites em pó também apresentaram valorizações. O leite em pó integral atingiu o preço médio de US$ 3.246/tonelada, com um avanço de 3,4% em relação ao evento anterior, enquanto o avanço registrado para o leite em pó desnatado foi de 1,4%, sendo negociado na média de US$ 2.550/tonelada.

Já a manteiga também apresentou uma valorização e atingiu o maior patamar registrado nos eventos desde maio de 2022, sendo negociada em torno de US$ 6.592/tonelada, uma alta de 3,1% em relação ao evento anterior.

Confira na Tabela 1 o preço médio dos derivados após a finalização do evento e a variação em relação ao evento anterior.

Tabela 1. Preço e variação do índice dos produtos negociados no leilão GDT em 02/04/2024.
 

Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

Sobre o volume negociado no evento não houve nenhuma novidade, com mais um recuo sendo registrado. Com um total de 18.737 toneladas sendo negociadas, pôde ser observada uma queda de 4,7% em relação ao volume negociado no evento anterior, renovando o menor patamar registrado nos eventos desde junho de 2020, como mostra o gráfico 2.

Gráfico 2. Volumes negociados nos eventos do leilão GDT.


 
Fonte: Elaborado pela equipe MilkPoint Mercado com dados do Global Dairy Trade, 2024.

No mercado futuro da Bolsa de Valores da Nova Zelândia para o leite em pó integral, ainda é possível observar uma continuidade na tendência de queda, como pode ser observado no gráfico 3.

Gráfico 3. Contratos futuros de leite em pó integral (NZX Futures).


 
Fonte: NZX Futures, elaborado pelo MilkPoint Mercado, 2024.

No mercado internacional, a oferta global dos principais exportadores ainda se encontra em baixos patamares. Incluindo o nosso principal fornecedor, a Argentina, que vem registrando fortes quedas em sua produção, em decorrência de um cenário bastante complicado para os produtores de leite no último ano, com queda nos preços recebidos pelo leite e aumento nos custos. Somado a isso, o mercado interno no país apresenta também um intenso recuo no consumo, sem expectativas de melhora no curto prazo.

Em relação a balança comercial do país, segundo informações da Direção Nacional de Lácteos da Argentina, as exportações argentinas apresentaram um avanço de 11% em seu volume nos primeiros dois meses de 2024 em relação ao mesmo período de 2023, com o leite em pó sendo o principal produto exportado. Como consequência, também foi registrada uma queda em seu estoque interno de leite em pó, em cerca de 19% em fevereiro deste ano em relação a fevereiro de 2023.

E como os resultados do leilão GDT afetam o mercado brasileiro?

Vale destacar que o Brasil importa produtos lácteos principalmente da Argentina e Uruguai, que atualmente praticam preços acima do GDT. Isso se dá pela Tarifa Externa Comum (TEC), que chega a quase 30% para importações de fora do Mercosul.

Apesar do avanço nos preços internacionais dos lácteos neste último leilão GDT, a disponibilidade de leite nos principais fornecedores brasileiros, principalmente a Argentina, seguirão sendo um dos principais fatores determinantes para a competitividade dos produtos lácteos importados no Brasil. Sendo necessário acompanhar tanto a produção de leite no país como seu consumo interno. (Milkpoint)

Argentina – Caíram fortemente as vendas de produtos lácteos no mercado interno

Consumo/AR – A deterioração do salário da população argentina nos últimos tempos ficou demonstrada nos dados recém publicados pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA). As vendas de produtos lácteos caíram fortemente no mercado interno.

De acordo com o boletim publicado pelos analistas, as vendas apresentaram, no mês de fevereiro de 2024, um volume 4,8% inferior ao mês passado e em litros equivalente leite caíram 5,1% na comparação mensal.

Na comparação interanual (fev/24 vs fev/23) houve diminuição de -16,8% em volume e de -13% em litros equivalente leite.

No acumulado do primeiro bimestre do ano o volume de produtos vendidos diminuiu 17,3% e 12,7% em litros equivalente leite, em relação ao primeiro bimestre de 2023.

Analisando por grupo de produtos, a redução foi grande em todos os itens, exceto, queijos, que caiu apenas 3,7% em litros equivalente leite.

Os produtos de maior valor agregado e unitário como queijos frescos, queijos ralados ou leites aromatizados, iogurtes, flans e sobremesas, apresentaram uma grande queda associada à elevação dos preços e defasagem do poder aquisitivo dos assalariados argentinos.

A informação foi retirada do Painel das Indústrias Lácteas estabelecido a partir da Resolução 230/16 e informações históricas da Resolução 7/14 da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca.

O Balanço Lácteo, que computa dados sobre produção, estoques, importações e exportações, calcula a diferença de consumo. Para o 1º bimestre de 2024 foi apurada queda de 10,9% do consumo total e, de 11,7% do consumo per capita, sempre medidos em litros equivalente leite.  

De acordo com o OCLA, produtos como leites aromatizados ou achocolatados, que apresentaram alta taxa de crescimento no ano de 2022 (+27%), e que não tiveram um desempenho tão bom no ano passado, quando cresceram 8,8%, agora em 2024, despencaram 45,1%. Situação muito similar à apresentada pelos Postres lácteos y flanes.

“O que fica contundente é que as vendas e por consequência o consumo, apresentam uma tendência de baixa nos últimos anos, e uma primarização dos mesmos (produtos mais básicos: leites fluidos não refrigerados, queijos em pedaços de segundas e terceira marcas e iogurtes líquidos de litro, mais econômicos) em detrimento dos produtos de maior valor agregado” explica o Observatório.  

O quadro é consequência da “forte deterioração dos níveis de renda real, especialmente nos segmentos médios, cuja margem de reduzir o volume de consumo, afeta o valor do mix de vendas fazendo com que se fature menos com as vendas internas”.

“Os controles de preço agravaram o processo de menor arrecadação da cadeia, assim como os direitos de exportação e a defasagem cambial”, destacou o OCLA.

“Em função deste novo cenário da política econômica, com liberdade de preços no mercado interno,  sem direitos de exportação e câmbio competitivo, a estrutura comercial do leite foi alterada significativamente (relação exportação e consumo interno). O maior poder de compra do leite ao produtor por parte da indústria ocorre quando o destino é o mercado externo. A inflação generalizada e a deterioração do poder de compra da população (em particular da camada intermediária que define os níveis de consumo mais elevados) abrem uma grande questão sobre o comportamento do consumo interno, notadamente a validação dos significativos aumentos de preços”. (Fonte: Dairy Global – Tradução livre: www.terraviva.com.br


Jogo Rápido

Estado terá chuvas volumosas pelos próximos dias
A previsão indica chuvas com grandes volumes para os próximos sete dias no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 14/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga.Na sexta-feira (5/4), um sistema frontal se deslocará na direção nordeste, resultando em pancadas de chuva em todo o Estado. No sábado (6/4), uma massa de ar frio atuará sobre o Rio Grande do Sul, mantendo o tempo firme e reduzindo as temperaturas em todo o Estado. No domingo (7/4), uma área de baixa pressão associada a um cavado em médios níveis atmosféricos favorecerá a formação de condições de tempo severo sobre o Estado, com possibilidade de intensos acumulados de chuva em grande parte do território gaúcho. Na segunda (8/4), o sistema de instabilidade se deslocará em direção ao oceano, o que poderá resultar em pancadas de chuvas isoladas no norte do Estado na terça-feira (9/4) e quarta-feira (10/4). Os volumes de chuva mais expressivos para os próximos dias são esperados para o Litoral Norte, Campos de Cima da Serra e Vale do Taquari, de 50 a 150 mm. No Alto Uruguai, Fronteira Oeste e Região Sul, os acumulados ficarão entre 30 e 100 mm. Na Região da Campanha, ficarão de 20 a 100 mm. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de abril de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.119


Leite defende diálogo e evita projetar data para envio de novo projeto do ICMS
Governador diz serem necessários mais “alguns dias” para que texto seja aprimorado e não se restrinja ao aumento da alíquota modal para até 19%

Uma semana após a reunião com entidades empresariais que reascendeu o debate sobre aumento da alíquota modal do ICMS, Eduardo Leite (PSDB) evita projetar data para a apresentação do projeto. Assim, o governador não confirma a expectativa inicial de que o texto poderia ser encaminhado à Assembleia Legislativa ainda nesta semana, entendendo ser necessário mais tempo para um “processo de diálogo”, agregando medidas além da majoração, que pode ir de 17% para até o limite de 19%, como defendem alguns entes empresariais.

“Pode ser que precisemos de mais alguns dias para poder ter um diálogo e aprimorar esse projeto, de forma que ele não signifique apenas uma discussão sobre a alíquota do imposto, mas sim uma visão mais abrangente sobre competitividade do Estado do ponto de vista tributário”, disse Leite nesta quarta-feira, após a assinatura de contrato para execução dos serviços remanescentes da barragem do Arroio Taquarembó, no Palácio Piratini.

O governador entende que, além da alíquota, é necessário estabelecer o alinhamento de regimes de tributação, a fim de permitir aos setores manter a competitividade com empresas de outros Estados. Na quarta-feira da semana passada, representantes de 24 entidades produtivas estiveram na sede do governo gaúcho, defendendo mudanças no ICMS em detrimento do corte de incentivos fiscais. No dia seguinte, Leite adiou a entrada em vigor dos cortes, que ocorreria no dia 1º, em 30 dias.

“Suspendemos a eficácia dos decretos por conta da perspectiva e de demanda de diversas entidades empresariais de que a solução fosse alternativa, fosse o outro caminho, que envolveria a alíquota modal”, voltou a afirmar o governador. (Correio do Povo)


Mapa implementa assinatura eletrônica para certificação sanitária nacional de produtos de origem animal

Com a digitalização, a emissão do certificado dará mais celeridade e segurança para as empresas

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) acaba de implementar a assinatura eletrônica para a emissão de Certificados Sanitários Nacionais (CSN) utilizados para o trânsito no território nacional de produtos de origem animal que serão posteriormente exportados.

A iniciativa lançada nesta quarta-feira (3) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, tem o propósito de agilizar e facilitar o serviço público prestado, para uma melhor rastreabilidade e maior segurança tanto para os servidores quanto para as empresas.

“O certificado sanitário assinado eletronicamente trará maior confiabilidade, segurança e transparência no processo de certificação emitidos pelo Brasil”, destacou o ministro Fávaro. “Eu sempre digo que o legado que eu vou deixar aqui não é nenhum legado pessoal, é de contemporaneidade. Um ministério mais moderno, mais eficiente, mais rápido, menos atrapalhador, para que tudo isso funcione mais rápido”, completou.

A nova ferramenta foi desenvolvida pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e a Subsecretaria de Tecnologia da Informação (STI) dentro do Sistema SIGSIF (Sistema de Informação Gerencial do Serviço de Inspeção Federal).

Para o auditor fiscal federal agropecuário - médico veterinário, a implementação da assinatura eletrônica traz agilidade visto que não precisará mais imprimir, carimbar e assinar centenas de certificados diariamente de forma física.

Já para as empresas, o ganho está na facilitação e desburocratização do processo uma vez que terão acesso ao documento emitido de forma imediata e poderão realizar a sua impressão para apresentação aos órgãos de fiscalização do Brasil e dos países importadores.

“A expectativa é trazer maior eficiência ao processo certificação sanitária, eliminando etapas burocráticas sem, no entanto, alterar os procedimentos técnicos de análise do certificado a ser emitido”, relata o secretário de Defesa Agropecuária, Carlos Goulart. “É um momento histórico, um salto gigantesco que estamos promovendo para a facilidade de comércio no Brasil”, pontuou.

Além da assinatura eletrônica, os certificados contam ainda com código de autenticidade e com QR Code, permitindo a checagem da veracidade do documento.

Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), destaca o impacto da iniciativa para as empresas. “A decisão de tocar isso para a frente é um marco histórico para nós. A gente ganha horas e minutos preciosos de competitividade. Isso aqui é dinheiro na veia do Brasil, porque a gente consegue ser mais competitivo e mais rápido”, disse.

A próxima etapa dessa modernização, já em desenvolvimento, será a implementação da extensão para a emissão de Certificados Sanitários Internacionais (CSI), de acordo com as tratativas e aceitação dos países importadores.

CERTIFICADOS SANITÁRIOS
Para que as exportações de produtos de origem animal ocorram é necessário que o Brasil emita o Certificado Sanitário, que é o documento oficial que atesta o cumprimento dos requisitos sanitários do Brasil e do país importador, englobando a rastreabilidade, a inocuidade e a segurança do produto.

Esse procedimento é executado por servidores do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa. O objetivo é assegurar o cumprimento e a manutenção dos requisitos de saúde animal e de saúde pública, visando evitar a disseminação, o surgimento e o ressurgimento de doenças animais, bem como garantir que o alimento de origem animal seja seguro para o consumo da população brasileira e mundial. Assista aqui.

As informações são do MAPA

Leite/América do Sul

A produção sazonal de leite varia conforme a região, na América do Sul. Relatórios apontam para uma produção relativamente satisfatória no verão/outono, especialmente no Brasil e Uruguai.

A produção da Argentina, no entanto, vem sofrendo pressões negativas. Os produtores dos pampas continuam enfrentando temperaturas elevadas e, mais recentemente, intensa umidade com chuvas fortes.  A situação é particularmente preocupante, diante de tantos elementos voláteis e adversos.

Falando em adversidades, as preocupações comerciais com o bloco Mercosul aumentam. Os decretos incentivando a utilização de leite e ingredientes locais começam a afetar as importações.


Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva 


Jogo Rápido

Argentina: exportações de lácteos aumentaram 11% no primeiro bimestre
A Direção Nacional de Lácteos da Argentina informou que, nos dois primeiros meses do ano, foram exportadas 70.036 mil toneladas, o que representa 11% a mais do que em 2023. Em dólares, o valor chegou a 251 milhões, 1% a mais que no ano anterior. As vendas externas demandaram 492,6 milhões de litros equivalentes, 17% a mais que no ano anterior. O leite em pó integral é o produto mais exportado, representando 40% do total, seguido pela muçarela, com 13%. Em seguida vem o soro de leite com 12%, o grupo considerado confidencial (segredo estatístico) com 7%, leite em pó desnatado com 7% e queijos semiduros (6%). O Brasil é o destino de exportação mais importante, com mais de 28.000 toneladas nos dois primeiros meses do ano, seguido pela Argélia, com 14.782.000 toneladas, Chile, com 5.339 toneladas, e China, com 2.280.000 toneladas. Outro dado importante tem a ver com o processamento de leite, onde a variação do processamento industrial teve uma queda de 8,4%, enquanto a utilização da capacidade das fábricas em fevereiro chegou a 35,6%. Enquanto isso, o estoque de leite em pó integral caiu 19,1% em fevereiro em comparação com o mesmo período do ano passado. (As informações são do Cadena de Valor, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)