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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre,  16 de agosto de 2021                                                       Ano 15 - N° 3.480


Ministra da Agricultura confirma participação na Expointer
 
A secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), Silvana Covatti, que está em Brasília nesta semana para cumprimento de agendas, recebeu a confirmação da presença da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Tereza Cristina, na 44ª Expointer, que ocorre em setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Silvana se reuniu com a ministra na manhã desta sexta-feira (13), também para tratar de reivindicações do agronegócio gaúcho. “Estarei com vocês no dia 10 de setembro, na abertura da Expointer, esta feira tão importante, uma das principais da agropecuária brasileira. Não vou deixar de estar em nenhuma edição enquanto estiver aqui no Ministério, vou participar de todas”, afirmou Tereza Cristina, ao desejar sucesso a todos.
 
Durante a reunião, a secretária Silvana apresentou as ações do Rio Grande do Sul para evitar o ingresso da Peste Suína Africana (PSA) no Estado. Inclusive, pediu ao ministério autorização para que o Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), da SEAPDR, possa realizar as análises de monitoramento. Tereza Cristina destacou que o ministério fortaleceu a fiscalização e tem tomado todas as medidas necessárias para prevenir a entrada da doença no Brasil. “Estamos com nossa vigilância preocupada, mas atuante na fiscalização nos portos e aeroportos”, acrescentou a ministra.
 
Convites para a Expointer 2021 A secretária Silvana Covatti aproveitou a estada em Brasília para convidar diversas autoridades para prestigiar a Expointer, a maior feira agropecuária a céu aberto da América Latina, que ocorre de 4 a 12 de setembro. Os convites foram entregues para o vice-presidente da República, Hamilton Mourão; para o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira; ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, e ministro da Defesa, General Braga Neto. (SEAPDR)

De olho no plantio, associados participam de palestra online sobre meteorologia
 
Perspectivas do clima foram abordadas no Encontro de Associados da Languiru, com a participação da meteorologista Estael Sias “O clima interfere nos custos de produção e na vida das famílias, interfere no planejamento de toda cadeia produtiva. Frio, geada, calor, excesso ou falta de chuva impactam no cultivo das lavouras, na geração de energia, no dia a dia das pessoas”, sentenciou a meteorologista Estael Sias, diretora geral da MetSul Meteorologia, palestrante no Encontro de Associados da Cooperativa Languiru. Realizada no formato digital, mais de 100 pessoas acompanharam a programação desenvolvida no dia 11 de agosto com o tema “Perspectivas do clima para planejamento da lavoura”. De caráter técnico e de cunho informativo, o evento tende a se tornar periódico, com novas edições abordando temas de interesse do quadro social.
 
Cenário: O presidente da Languiru, Dirceu Bayer, falou de projetos para o segundo semestre de 2021 e avaliou o atual cenário do agronegócio, reforçando a importância da temática clima. “Com os problemas climáticos que atingiram, principalmente, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, constatamos a redução de oferta do milho, elevando o custo de produção no campo.  O mercado das carnes sofreu muito com isso, especialmente no primeiro semestre, e a Languiru também sentiu esse impacto, uma vez que o segmento representa importante fatia dos negócios da Cooperativa.” Por outro lado, Bayer se mostrou otimista para o desempenho do segundo semestre. “Há a expectativa de que o cenário melhore, o que já estamos percebendo no segmento avícola. A Languiru retomou o alojamento no campo e o volume de produção no frigorífico.”
 
O que esperar do clima: A meteorologista Estael Sias conduziu a palestra “O que esperar do clima para planejar a safra de verão?”. Trouxe um resumo histórico e comportamento do clima em 2020 e 2021, além de prognósticos para os próximos trimestres. “O ano passado foi de chuva escassa. Mesmo que ocorreram períodos de precipitação acima da média em alguns meses de 2021, os últimos 12 meses não recuperaram o que estava faltando.” Adiantou que o inverno ainda teria, pelo menos, mais uma onda de frio significativo. “Em 2020 também tivemos frio tardio, até com geadas na Fronteira. Diferentes modelos projetam chuva abaixo da média nos meses de setembro, outubro e novembro. É uma informação importante nesse momento de planejamento e plantio, com a chuva como relevante nessa época e, depois, para manutenção da lavoura”, disse Estael, alertando ainda para o risco de granizo a partir do frio tardio na primavera. O prognóstico para o período de novembro a janeiro é de chuva dentro ou abaixo da média. “O déficit maior de chuva deve ocorrer em janeiro, seguindo com níveis abaixo da média em fevereiro e março de 2022”, explicou.
 
Procurando detalhar as projeções por região, o Vale do Taquari não apresenta déficit muito grande, embora ainda se tenha preocupação no verão. Em termos de temperatura, setembro fica dentro da normalidade, com outubro, novembro e dezembro mais frio que o normal, seguindo para janeiro, fevereiro e março mais quente que a média. “Há bastante variação de um modelo climático para outro. Acredito que a temperatura, no geral, ficará próxima da média, com períodos curtos de frio, com alguma geada até o começo de outubro, muito mais na fronteira com o Uruguai”, adiantou.
 
Respondendo perguntas dos associados e considerando a ampliação da área de atuação da Languiru, Estael também falou de outras regiões. “Na Campanha e Zona Sul, risco de geada vai até outubro; já na região do Vale do Taquari, Rio Pardo, Planalto e Serra, o risco de geada depois da segunda metade de setembro é bem menor. A região da Costa Doce, com a presença da Lagoa dos Patos, tem, sim, situação mais confortável quanto ao volume de chuva, principalmente no verão, com a característica de pancadas isoladas que, muitas vezes, é o que salva a lavoura”, concluiu. (Languiru)
 
Argentina – Preço do leite ao produtor subiu 2,7% em julho
 
Em julho houve outro aumento no preço do leite ao produtor. A elevação quase empatou com a inflação e foi de 2,7%. No acumulado dos últimos 12 meses o preço do leite teve reajuste de 75%. O preço médio informado pelo Ministério da Agricultura para o mês passado ficou em AR$ 32,15/litro, o equivalente em dólares oficial de US$ 0,32/litro (R$ 1,64, em reais). Este valor diminui a distância entre os custos, que rondam os AR$ 34/por litro.
 
Os produtores reconhecem que está melhor do que meses atrás, quando as cotações dos grãos no mercado mundial colocou a atividade em xeque. Essa tendência altista cedeu e inclusive apresentou certa tendência de baixa, que no mercado local foi mais acentuado pelo impacto dos direitos de exportação, a evolução cambial e o acordo dentro das cadeias do milho e do trigo para evitar uma intervenção maior do governo. A elevação do preço do leite está relacionada com a melhora nas exportações, que aumentaram 22% no acumulado do primeiro semestre, segundo informou o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC). Esse relaxamento do mercado doméstico foi o que permitiu sustentar os valores em dólares e aumentar em pesos.
 
 
Mas no horizonte do setor aparecem algumas nuvens que preocupam. Os analistas destacam que por um lado há uma clara perda do poder de compra dos consumidores, e por outro queda nos preços de exportação do leite em pó, US$ 3.500 a tonelada ou mesmo, com poucas perspectivas de melhora de acordo com a análise do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA). Além disso, tem a defasagem cambial que reduz o faturamento com as exportações que são castigadas pelos direitos de exportação. E, finalmente, existem os problemas logísticos para cumprir com as entregas, já que o maior volume do comércio global no hemisfério norte reduz a disponibilidade de barcos e containers.
 
Os produtores dizem que é um momento de moverem-se com cautela. Sabem que este ano haverá pelo menos 2% mais de leite, segundo diferentes estimativas, e que, logo estaremos entrando nos meses de pico da oferta, setembro e outubro, embora nesse cenário, poderá haver maior faturamento pelo aumento do volume. O que mais preocupa os produtores de leite são os rumores sobre uma desvalorização do peso, que muitos economistas estão prevendo para depois das eleições, o que aumentaria os custos de produção, afetando o resultado econômico. (Fonte: Bichos de campo – Tradução livre: www.terraviva.com.br | Foto de capa: Imagem de Pezibear por Pixabay)

Jogo Rápido

Live Agro e Terra: Sindilat - Produção Leiteira no RS

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, participará de live nesta terça-feira (17/8) no Canal TV CCM - Crônicas do Celeiro do Mundo, para tratar sobre a produção leiteira no Rio Grande do Sul. A transmissão ocorrerá a partir das 20h. Para assistir, acesse pelo YoTube - TV CCM - https://www.youtube.com/channel/UCb_dmSxmWKtbzNiKTkzpNKA, ou pelo Facebook - https://www.facebook.com/cronicasdoceleirodomundo. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 

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Porto Alegre,  13 de agosto de 2021                                                       Ano 15 - N° 3.479


Embrapa lança livro sobre setor lácteo

A Embrapa Gado de Leite lançou nesta sexta-feira (13/8) o livro “Na era do consumidor – uma visão do mercado lácteo brasileiro”. A obra reúne 23 artigos de 30 autores publicados em veículos de comunicação especializados na cadeia produtiva do leite. O lançamento oficial ocorreu em live no canal no Youtube da entidade, a qual pode ser acessada aqui.

Dividida em cinco seções, a publicação traz um panorama sobre o consumo de lácteos no Brasil e as mudanças causadas a partir da pandemia de Covid-19 no setor, além de apresentar reflexões do mercado consumidor em relação às redes sociais. "O livro é de extrema importância para o setor lácteo uma vez que reúne informações extremamente importantes para o seu desenvolvimento", afirmou Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat). A obra conta com editoria técnica da pesquisadora da Embrapa Kennya Beatriz Siqueira. 

Os artigos foram publicados originalmente no portal Milkpoint e nas revistas Indústria de Laticínios, Leite Integral e Balde Branco entre 2019 e 2021. Acesse o livro clicando aqui. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
 
 

Piá é a Marca Mais Lembrada no Top Of Mind RS 

Recentemente, a Piá celebrou um importante feito: a conquista do título de “Marca Mais Lembrada do Rio Grande do Sul”, na categoria Leite, no prêmio Top Of Mind – As Marcas do Rio Grande, edição 2021. O anúncio foi feito durante evento virtual realizado pelo Grupo Amanhã, que promove a premiação há 31 anos.  

Com um percentual de 25,8% dos votos dos entrevistados na pesquisa de lembrança espontânea de marcas, a Piá liderou o topo do ranking. Também apareceu bem colocada na categoria “Doce de Leite”, com 15,1%, figurando em segundo lugar.  

De acordo com o presidente da Cooperativa, Jeferson Smanioto, a conquista tem relação direta com o varejo, que aproxima os produtos da marca aos consumidores. “Trabalhamos continuamente estudando o mercado e o perfil dos consumidores, o que eles querem e precisam. Por isso, temos um amplo mix, que é capaz de atender a diferentes demandas e estilos de vida. O que se reflete nos inovadores lançamentos que apresentamos constantemente”, destaca o executivo.   

Criado em 1991, o Top of Mind – As Marcas do Rio Grande tem o objetivo de apresentar e premiar as empresas e marcas que estão presentes na memória dos gaúchos. Este ano, participaram da pesquisa 1.200 pessoas de todas as mesorregiões do Estado, entre os dias 29 de março e 19 de abril, pela internet.  (Cooperativa PIÁ)




Conseleite/MT

A diretoria do Conseleite – Mato Grosso atendendo os dispositivos do seu Estatuto, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima, referente ao leite entregue no mês de Junho a ser pago em Julho de 2021 e para o leite entregue no mês de Julho a ser pago em Agosto de 2021.

Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão levando em conta o volume médio mensal de leite entregue pelo produtor. 



 
OBS: (1) Os valores de referência da tabela são para a matéria-prima leite “posto propriedade”, o que significa que o frete não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural. (Conseleite/MT)

Jogo Rápido  

Previsão de temperaturas amenas na próxima semana, segundo Boletim Integrado Agrometeorológico da SEAPDR
A próxima semana terá temperaturas amenas e pouca chuva no Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 32/2021, publicado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) em parceria com o Irga e Emater-RS. Nesta sexta-feira (13), o tempo seco e frio vai predominar, com temperaturas mínimas próximas de 0°C e formação de geadas em diversas regiões. No sábado (14) e domingo (15), o ingresso de ar úmido favorecerá o aumento da nebulosidade e há possibilidade de pancadas isoladas de chuva na Metade Norte.  Na segunda (16) e terça-feira (17), o ingresso de ar quente e úmido provocará a elevação da temperatura, com valores próximos de 25°C na maioria das regiões. Na quarta-feira (18), o tempo firme, com temperaturas amenas seguirá predominando na maior parte do Estado, porém a aproximação de uma frente fria deverá provocar pancadas de chuva na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul. Os totais de precipitação esperados deverão ser inferiores a 10 mm na maioria das regiões. Apenas, no Extremo Sul, Serra do Nordeste e no Litoral Norte os volumes oscilarão entre 10 e 20 mm. Acesse o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 32/2021 completo clicando aqui. (SEAPDR)


 

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Porto Alegre,  12 de agosto de 2021                                                       Ano 15 - N° 3.478


Inflação,desemprego e concorrência com serviços devem frear o varejo

Vendas do comércio caem 1,7% em julho no conceito restrito e 2,3% no ampliado, aponta IBGE

O processo inflacionário e o desemprego elevado, ambos comprometendo a renda disponível das famílias, bem como a “disputa” por demanda com serviços, devem frear a retomada do varejo brasileiro no terceiro trimestre, em um cenário que tinha tudo para ser mais positivo, com o avanço da vacinação, o aumento da confiança entre consumidores e a expansão do crédito. A leitura entre economistas é que o resultado decepcionante do comércio em junho não muda a tendência de curto/médio prazo de recuperação do setor, mas indica que ela será, a partir de julho, mais gradual e volátil.

 

Como será o pós-pandemia de um dos setores que mais consome lácteos?

Logo no início da pandemia, em meados de março do ano passado, um fator preocupou toda a indústria produtora de derivados lácteos: o fechamento imposto pelas medidas de combate ao coronavírus aos restaurantes e lanchonetes, o chamado “food service”.

Os números explicam facilmente a preocupação: 40% do leite produzido no Brasil é direcionado ao mercado de queijos. Um dos maiores - se não o maior - consumidores deste queijo é o mercado de food service, no preparo de itens como hamburgueres e pizzas. Além dos queijos, o leite utilizado na preparação de produtos como os sorvetes, por exemplo, também tem destino prejudicado a partir da diminuição da demanda deste elo da cadeia.

Ainda que as mudanças de hábito ocasionadas pela pandemia e os incentivos financeiros para a renda da população tenham mitigado o efeito deste fechamento para o setor em 2020, o desempenho do mercado neste ano de 2021 traz à tona o questionamento: o que falta para o retorno da normalidade no food service? A demanda será a mesma, menor ou até mesmo maior nesta volta? Como podemos nos preparar?

Para responder a estas questões e diversas outras, teremos, no primeiro dia do II Fórum MilkPoint Mercado de 2021, uma Mesa Redonda com importantes nomes representando a cadeia do food service: Leonardo Lima (LAP IPC/Subway), Erik Momo (Pizzaria 1900) e Leandro Lemos (Arcos Dourados/Mc Donalds).

Entre no site, confira a programação completa e se inscreva! Associados do Sindilat/RS tem 30% de desconto, clicando aqui. (Milkpoint)





Preço de referência do leite em Rondônia – Agosto/2021

Preço/RO - A diretoria do Conseleite – Rondônia atendendo os dispositivos do seu Estatuto aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite entregue em julho/2021 a ser paga em agosto/2021.



(*) Os valores de referência da tabela são para a matéria-prima leite “posto no tanque de resfriamento”, o que significa que o frete de segundo percurso não deve ser descontado do produtor rural. Nos valores de referência está incluso Funrural de 1,5% a ser descontado do produtor rural. Observação: O Conseleite Rondônia alerta que outros parâmetros são considerados pelo mercado para estabelecer o valor final do leite a ser pago ao produtor, tais como: 1. Fidelidade do produtor ao laticínio; 2. Distância da propriedade até o laticínio; 3. Qualidade da estrada de acesso a propriedade rural; 4. Temperatura do leite na entrega; 5. Capacidade dos tanques de resfriamento de leite da propriedade; 6. Tipos de ordenha; 7. Adicionais de mercado devido a oferta e procura pelo leite na região; 8. Sazonalidade da produção; 9. Condições sanitárias do rebanho; 10. Outros benefícios concedidos pelas indústrias. (CONSELEITE/RO)

Jogo Rápido  

Biodigestor está nos planos da região de Ijuí
O projeto para instalação de um biodigestor em Augusto Pestana foi discutido na quarta-feira (11/08) por representantes de diversas instituições. O objetivo é aproveitar resíduos (especialmente fezes de bovinos) para a produção de biogás, útil, dentre outras coisas, para aquecer água, manter acesa a chama do fogão e produzir biofertilizante para a agricultura. Ainda de acordo com o projeto, o biodigestor deverá ser instalado no Instituto Regional de Desenvolvimento Rural (Irder), com sede em Augusto Pestana, mantido pela Fundação de Integração, Desenvolvimento e Educação do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Fidene). Instalado no Irder, a tecnologia poderá servir de estudo, especialmente para estudantes e agricultores, interessados na construção de biodigestores nas propriedades rurais. O projeto também está sendo debatido pelo Governo do Estado, no âmbito da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (SICT). A expectativa é que o biogás possa reduzir custos com energia elétrica, gás e adubo no meio rural; oferecer ganhos monetários, ao transformar passivos ambientais em ativos energéticos e econômicos; e reduzir o mau cheiro e a população de moscas em torno dos animais. É um projeto que tem indicadores de qualidade, vindo ao encontro da sustentabilidade, disse o gerente regional da Emater/RS-Ascar, Carlos Turra. No esquema apresentado, os dejetos de animais irão para uma Unidade de Produção de Biogás, onde estarão os biodigestores. Dentro dos biodigestores, na ausência de oxigênio, as bactérias digerem a matéria orgânica (fezes) e geram biogás (mistura de 25% de gás carbônico e 75% de metano, gás altamente inflamável). Além do biogás, os biodigestores também podem gerar fertilizante e composto para a agricultura e energia elétrica para residências. O próximo passo será dialogar com empresas ligadas ao segmento do agronegócio, especialmente as que operam na cadeia produtiva do leite. (Emater/RS)


 

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Porto Alegre,  11 de agosto de 2021                                                       Ano 15 - N° 3.477


Lácteos entram no cronograma de redução de tarifas entre Mercosul e UE

As negociações do Acordo de Associação entre o Mercosul e a União Europeia foram encerradas em junho de 2019. A conclusão de cerca de 20 anos de tratativas foi, por si só, motivo de comemoração no Brasil, mas pouco se sabia sobre as obrigações assumidas pelo país e pelos demais membros do Mercosul, ou as vantagens que teremos no importante mercado europeu.

Apesar das exceções, reservas e tratamentos específicos a bens e serviços sensíveis, uma leitura atenta dos compromissos do acordo demonstra uma abertura de mercado sem precedentes, de ambos os lados.

Os governos envolvidos apresentaram comentários sobre os principais pontos acordados e as conquistas obtidas nas negociações, mas no dia 15 de julho de 2021 foram efetivamente publicados os cronogramas de desgravação tarifária e os compromissos em matéria de serviços e de contratações públicas do acordo.

No comércio de serviços, buscou-se abertura, transparência, segurança jurídica e não discriminação.

Embora os documentos ainda não sejam definitivos, e possam sofrer modificações em decorrência do processo de revisão formal e jurídica (denominado legal scrubbing), a publicização das obrigações assumidas no acordo é bastante positiva e está alinhada com as boas práticas internacionais, em termos de transparência e previsibilidade.

O acordo ainda não tem data para entrar em vigor, mas agora, em posse de informações mais detalhadas e precisas sobre o seu conteúdo, as empresas brasileiras poderão se preparar para acessar o mercado europeu, e também para a concorrência com produtos e serviços estrangeiros no seu próprio mercado.

Com relação ao comércio de bens, o Acordo entre o Mercosul e a UE prevê, de maneira geral, a liberalização do acesso a mercado em 15 anos, sendo gradualmente reduzidas as tarifas aplicáveis no comércio entre as partes.

O cronograma publicado revela um sistema geral de desgravação por cestas. Cada bloco estabeleceu a tarifa final de bens. Então, os bens originários de cada bloco foram segregados em cestas de desgravação tarifária. Cada cesta está sujeita a uma determinada programação de redução das tarifas estabelecidas, até sua completa eliminação. Por exemplo, há produtos que terão suas tarifas zeradas assim que o acordo entrar em vigor; outros estarão sujeitos a tarifas decrescentes por 4, 7, 8, 10 ou 15 anos até que o comércio esteja totalmente livre.

Determinados produtos foram considerados como mais sensíveis e estarão sujeitos a tratamento diverso, com a aplicação de quotas combinadas com tarifas intraquota e extraquota. É o caso do tomate, chocolate e de preparações que contenham cacau, entre outros produtos.

No caso do cacau em pó, por exemplo, acordou-se uma quota de 1.710 toneladas para o primeiro ano de vigência do acordo, sujeita a tarifa intraquota de 16,2%. No segundo ano, a quota passa a ser de 2.091 toneladas, e a tarifa intraquota diminui para 14,4%. Essa lógica é aplicada ao longo dos anos, até que se atinja o livre ercado. A tarifa extraquota a ser aplicada caso haja excesso de importações é de 18%.

O Mercosul também estabeleceu quotas para leite em pó, queijo, fórmula infantil e alho. A União Europeia, por sua vez, estabeleceu quotas para esses mesmos produtos e também para a carne bovina, carne suína, carne de aves, milho, sorgo, arroz, açúcar, ovos, mel, rum, amido de milho e mandioca, derivados de amido e etanol.

Com relação ao comércio de serviços, o acordo prevê compromissos assumidos que buscam maior abertura, transparência, segurança jurídica nos mercados de serviços, além de evitar a discriminação de prestadores de serviços e de investidores estrangeiros em favor dos nacionais, bem como a imposição de barreiras à entrada desses prestadores de serviços e investidores, em linha com os compromissos assumidos no âmbito da OMC.

Foram publicadas as listas de compromissos específicos da União Europeia e do Mercosul, compreendendo as três modalidades de prestação de serviços negociadas - prestação transfronteiriça, presença/estabelecimento comercial e prestação pessoal por meio de pessoal-chave.

Finalmente, no que tange às compras governamentais, o Brasil incluiu uma vasta lista de órgãos públicos federais no acordo, abrangendo os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, permitindo a participação de empresas europeias nos processos de aquisição por esses entes.

Porém, deixou de fora do acordo o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Agência Espacial Brasileira, Comissão Nacional de Energia Nuclear e o Instituto Nacional da Propriedade Industrial. O Brasil fará consultas dois anos após a entrada em vigor do acordo, para a inclusão de entidades estaduais, municipais e distritais e notificará imediatamente a UE a respeito.

A União Europeia, por sua vez, incluiu o Conselho da União Europeia, a Comissão Europeia e o Serviço Europeu de Ação Externa, e poderá incluir outros órgãos subcentrais a depender de nova proposta do Mercosul nesse sentido.

As partes também definiram os bens e serviços que seriam excluídos das disciplinas sobre compras governamentais, como os relacionados à defesa.

O cronograma de desgravação de compras governamentais foi definido com base em valores mínimos para as licitações/concessões, definidos em Direito Especial de Saques (DES), um instrumento monetário do Fundo Monetário Internacional, que é composto por uma cesta de moedas - atualmente, uma unidade de DES equivale a US$ 1,42.

A oferta brasileira prevê a liberalização do setor de compras governamentais iniciando-se por licitações envolvendo valores a partir de DES 300 mil, até o 5º ano da entrada em vigor do acordo. A partir de então, os valores serão decrescentes em intervalos de 5 anos, até que licitações a partir de DES 130 mil sejam incluídas, a partir do 16º ano de sua vigência. Nos casos de licitações envolvendo serviços de construção civil, o patamar é de DES 8 milhões, até o 5º ano, reduzindo-se, então, o limite para DES 5 milhões.

A União Europeia assumiu o compromisso de incluir no acordo quaisquer licitações a partir de DES 130 mil, para bens e serviços, e DES 5 milhões para serviços de construção civil, desde o início.

Concluída a etapa de revisão jurídica, aguarda-se a assinatura formal e, subsequentemente, os procedimentos internos de aprovação parlamentar, que permitirão a ratificação do acordo e sua efetiva entrada em vigor, passando a ser vinculante para os blocos. (As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela Equipe MilkPoint)
 

Avisos meteorológicos do Inmet estão disponíveis no aplicativo de previsão do tempo da Apple

Meteorologia - O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ligado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), avança para tornar as informações de tempo e clima cada vez mais acessíveis aos usuários.

A partir de agora, as informações meteorológicas do Inmet estarão disponíveis no aplicativo de previsão de tempo da Apple, o Weather (que significa Tempo em português).

Dessa forma, os avisos meteorológicos emitidos pelos meteorologistas do Inmet passam a ser visualizados pelos usuários do Weather assim que publicados. O acesso é gratuito, sem necessidade de pagamentos adicionais e/ou que os usuários cliquem ou vejam anúncios para acessá-lo.

Para visualizar os avisos, basta manter a versão atualizada do aplicativo. Assim que um aviso meteorológico é emitido para a localidade do usuário, aparecerá a mensagem informativa na tela inicial do aplicativo.

Vale lembrar que só é possível visualizar a mensagem quando de fato há um aviso emitido e dentro da validade. Caso não existam avisos para determinada localidade, a mensagem informativa não aparecerá. Um aviso é emitido quando há previsão de fenômenos meteorológicos adversos como: geada, chuva intensa, baixa umidade relativa do ar, onda de frio, onda de calor, entre outros. Além disso, os avisos do Inmet têm três graus de severidade: Perigo Potencial, Perigo e Grande Perigo.

Foram meses de negociação entre Inmet e Apple para a parceria.

“O Inmet será citado como fonte dos dados, tanto no aplicativo como na página de informação para tempo severo da Apple”, explicou Marcia Seabra, meteorologista e coordenadora-geral de Meteorologia Aplicada, Desenvolvimento e Pesquisa do Inmet.

Em junho, o diretor Mundial de Marketing e Produtos da Apple, Jud Coplan, anunciou que os dados do Inmet tinham sido integrados aos Alertas de Tempo Severo do aplicativo.

O Weather está disponível para iPhone (desde 2007) e Apple Watch. O uso dos Dados pela Apple é consistente com o termo geral disponível aqui. (MAPA)





Entendendo o que é o Leite A2

Primeiramente, vamos esclarecer o que é leite A2 proveniente de vacas com o genótipo a2a2. O que faz ele ser diferente e qual a sua importância na saúde dos seres humanos?
O gene CSN-2 do bovino e de todos os outros mamíferos é responsável pela produção de beta-caseína, que possui 13 diferentes variantes, dentre elas as mais comuns são a A1 e a A2. A diferença entre estas duas variantes é possível devido a uma mudança na sua sequência de nucleotídeos, que permitem que no momento da construção da cadeia de aminoácidos da “beta-caseína” modifiquem a sua sequência produzindo o aminoácido histidina (no alelo A1) e prolina (no alelo A2) na posição 67 da cadeia de aminoácidos, ambos se ligam ao aminoácido Isoleucina (Woodford, 2007; Kaminski et al., 2007).

Em virtude desta alteração na sequência de aminoácidos da beta-caseína, no momento na quebra desta proteína por meio de enzimas, ocorre a liberação de uma sequência de aminoácidos conhecida como beta-casomorfina-7 (BCM-7).

No leite A2 proveniente de vacas com o genótipo A2A2 é 4 vezes menor quando comparado com o leite que contém o alelo A1( Kaminski et al., 2007), pois a atuação das enzimas proteolíticas durante a clivagem dos aminoácidos é mais eficiente entre o aminoácido histidina e Isoleucina (no alelo A1), disponibilizando em maior quantidade a BCM-7 no leite com este alelo.

Qual a importância da bcm-7?

A BCM-7 é um peptídeo bioativo com propriedades opióides, e segundo pesquisas pode aumentar o risco de doenças crônicas; doença cardíaca isquêmica humana; arteriosclerose; diabetes tipo 1; síndrome da morte súbita do lactente e desconfortos no sistema gastrointestinal (Sokolov et al., 2005; De Noni & Cattaneo, 2010). Este peptídeo bioativo também é absorvido por regiões cerebrais relevantes e podem alterar o comportamento de pessoas com esquizofrenia e transtorno do espectro do autismo (TEA).

Assim, a ingestão de leite proveniente de vacas com o genótipo A2A2 poderia ser uma alternativa para pacientes com sensibilidade no sistema digestivo ao ingerir leite, bem como poderia causar benefícios para pacientes portadores destas patologias.

No entanto, os benefícios do leite proveniente de vacas com genótipo A2A2 ainda não estão completamente esclarecidos pelos pesquisadores. Contudo, muitos estudos referentes a este assunto veem sendo realizados no Brasil e no mundo. Neste sentindo, a produção e o consumo de leite A2 abriu portas para um novo nicho de mercado para produtores que buscam alternativas de produção e valor agregado ao produto. 

É importante ressaltar que o leite não é um vilão para a saúde de seus consumidores e que seus benefícios são fortemente comprovados. Além disso, o leite proveniente de vacas com o genótipo A2A2 não busca substituir o leite, e sim somar, proporcionando outra alternativa para os consumidores.

Como é produzido o leite proveniente de vacas com genótipo a2a2?

O gene da beta-caseína A2 (CSN-2) é responsável pela formação dos genótipos nos animais, que podem ser homozigotos (A1A1 e A2A2) ou heterozigotos (A1A2), tudo dependerá de seus pais. Para que se saiba a frequência destes genótipos no seu rebanho é necessário que se faça a genotipagem dos animais. Não é necessário que 100% do rebanho de uma propriedade seja de animais com genótipo A2A2.

As granjas leiteiras que já genotiparam seus animais e foram certificadas, estão aptas a produzir leite proveniente de vacas A2A2 no Brasil, pois assim podem separar as vacas A2A2 em lactação que entram primeiro na linha de ordenha, sendo o leite separado imediatamente.

Posteriormente, entram na linha de ordenha os outros animais do rebanho com os genótipos A1A1 e A1A2 (o lote de animais que produz o leite com mistura do alelo A1 e A2). Esta técnica de manejo visa evitar que o leite proveniente de vacas com o genótipo A2A2 se misturem aos outros, garantindo a eficiência e idoneidade da produção de ambos os produtos.

Agora que você sabe sobre o leite proveniente de vacas com genótipo A2A2, você acredita que ele pode ser consumido por pessoas com intolerância à lactose e alergia a proteína do leite de vaca (APLV)? Para melhor esclarecimento, vamos explicar o que são cada uma dessas síndromes:

Intolerância a lactose

A intolerância a lactose está diretamente relacionada a diminuição da atividade da enzima lactase no intestino delgado dos seres humanos. Esta deficiência não permite que ocorra a hidrólise da lactose, o açúcar presente no leite, causando sintomas como distensão abdominal, flatulências e diarreias após consumo de leite e derivados lácteos que contenham lactose (Mattar, & Mazo, 2010).

Alergia a proteína do leite de vaca (APVL)

A alergia a proteína do leite de vaca (APLV) é uma reação que o sistema imunológico causa ao ingerir certas frações de proteínas do leite de vaca, tais como a caseína, α-lactoalbumina, β-lactoglobulina, globulina e albumina sérica bovina.

Seus sintomas podem apresentar manifestações cutâneas (dermatite atópica e urticaria), respiratórias (tosses, dispneias e rinites) e digestórias (vômitos, diarreias, constipação, regurgitação, sangramento retal) logo após a ingestão de leite e derivados lácteos (Pardo et. al, 2021).

Considerações finais

Embora o leite proveniente de vacas com o genótipo A2A2 e a sua funcionalidade vem sendo constantemente associada à intolerância a lactose e à APLV de forma errônea, ele não tem nenhuma relação com o quadro destas duas síndromes.

O leite proveniente de vacas com o genótipo A2A2 está no mercado como mais uma alternativa para que os consumidores de leite possam consumir este alimento. Além disso, como já citado anteriomente, também pode ser uma alternativa para pessoas que possuem algum desconforto gastrointestinal ao consumir leite. (Artigo Milkpoint)

Jogo Rápido  

Inmetro normatiza venda de queijos e requeijões sem quantidades padronizadas
Queijos e requeijões – Foi publicada pelo INMETRO, a Portaria nº 340, DE 9 DE AGOSTO DE 2021 que dispõe sobre a indicação quantitativa de queijos e requeijões, que não possam ter suas quantidades padronizadas e/ou que possam perder peso de maneira acentuada - consolidado. De acordo com a portaria, os queijos e requeijões que não possam ter suas quantidades padronizadas e/ou que possam perder peso de maneira acentuada, deverão, obrigatoriamente, trazer nos rótulos ou revestimentos a indicação "DEVE SER PESADO EM PRESENÇA DO CONSUMIDOR", de forma bem visível e distinta das demais informações, indicando, ainda, nas mesmas proporções, o peso da embalagem em gramas, precedido da expressão "PESO DA EMBALAGEM". A indicação do peso da embalagem poderá ser impressa no próprio rótulo ou envoltório de forma permanente ou através de etiquetas. Os queijos ralado e pasteurizado e o requeijão cremoso, acondicionados para efeito de comercialização, independentemente do material utilizado para as respectivas embalagens, deverão ter a indicação da quantidade líquida expressa na vista principal do invólucro ou envoltório, sempre de forma bem visível e distinta das demais indicações. Acesse aqui a Portaria nº 340, DE 9 DE AGOSTO DE 2021 completa. (Terra Viva com informações do DOU)


 

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Porto Alegre,  10 de agosto de 2021                                                       Ano 15 - N° 3.476


Clube da Terneira: Programa valoriza a criação de terneiras e envolvimento de filhos de associados

Iniciativa da Languiru recebe inscrições até o dia 31 de outubro

Despertar no associado produtor de leite a importância da fase de criação de terneiras e provocar a participação de jovens filhos de associados nas tarefas diárias visando o bem-estar animal, alimentação e manejo adequados. Com esse objetivo, a Languiru lança o Clube da Terneira, cujas inscrições dos participantes e cadastro dos animais devem ser efetuadas até o dia 31 de outubro. Em novembro deste ano ocorre a apresentação dos participantes, com o julgamento final e definição das campeãs em novembro de 2022.

“É uma novidade que trazemos para o segmento leite, uma iniciativa que visa, acima de tudo, estimular os jovens a participarem das atividades na propriedade, além de contribuir para a formação de planteis cada vez mais produtivos, valorizando o processo de criação de terneiras e premiando os melhores desempenhos”, destaca o presidente da Languiru, Dirceu Bayer.

A avaliação considera a identificação da terneira (cadastro) e um checklist com anotações nas fichas entregues aos responsáveis (limpeza, dieta e registros fotográficos), avaliação do Ganho de Peso Diário (GPD), teste genômico, idade e peso do desmame, dieta fornecida nas diferentes fases e calendário sanitário.

Dados do cadastro compõem a pontuação na avaliação, como data de nascimento, número do brinco, nome da terneira, identificação do pai, da mãe e raça; registro fotográfico do participante e do responsável fornecendo colostro, fazendo a cura do umbigo e fornecendo leite, ração, feno e água; acompanhamento em visitas de avaliação; limpeza das mamadeiras, bebedouros, cochos de ração e do local onde vive a terneira; anotação da data das primeiras dosagens dos alimentos e a média de consumo; e o atendimento às orientações técnicas repassadas pelo Setor de Leite ou profissional técnico e veterinário que acompanha a propriedade do associado.

O conceito central do programa é que a criança “adote” uma terneira, se responsabilizando pelo acompanhamento do seu desenvolvimento.
Inscrições:

Os cadastros podem ser realizados junto ao Setor de Leite do Departamento Técnico da Languiru ou com o profissional técnico que atende a propriedade. É pré-requisito o atestado anual negativo para tuberculose e brucelose desde 2020.

É permitida a inscrição de uma terneira por matrícula de associado e, para cada animal inscrito, deve ser informado o nome do responsável (adulto) e da criança participante.

As categorias estão divididas entre crianças de sete a 12 anos; e de 13 a 17 anos completos no ano da inscrição. Poderão ser inscritos animais das raças Holandesa e Jersey, nascidas entre 1º de agosto e 31 de outubro de 2021 (vagas limitadas a 50 terneiras inscritas). (Languiru)
 

Conab prevê produção de grãos em 254 milhões de toneladas, impactada por clima adverso

Queda de produtividade causada pela seca prolongada e pelas baixas temperaturas influenciou na previsão para a safra 2020/2021

As condições climáticas registradas durante o ano safra 2020/2021 impactaram as lavouras e a nova estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a produção brasileira de grãos no período é de 254 milhões de toneladas, volume menor que a safra anterior em 1,2%. Apesar de ter havido aumento de área plantada em mais de 4%, a redução se deve, principalmente, à queda das produtividades estimadas nas culturas de segunda safra, justificada pelos danos causados pela seca prolongada nas principais regiões produtoras, bem como às baixas temperaturas com eventos de geadas ocorridas nos estados da Região Centro-Sul do país.

Os dados estão no 11º Levantamento da Safra de Grãos 2020/2021, divulgado pela Companhia nesta terça-feira (10).

Entre as culturas mais afetadas destaca-se o milho. A produção total deve chegar a 86,7 milhões de toneladas, sendo 24,9 milhões de toneladas na primeira safra, 60,3 milhões de toneladas na segunda e 1,4 milhão de toneladas na terceira safra. Apenas para a segunda safra do cereal, a queda na produtividade estimada é de 25,7%, uma previsão de 4.065 quilos por hectare. A redução só não foi maior porque os altos preços do grão impulsionaram um aumento de área plantada em 8,1%, chegando a 14,87 milhões de hectares. Além disso, Mato Grosso, principal estado produtor, foi o que menos registrou condições climáticas adversas durante o cultivo do cereal.

Com a colheita encerrada, a soja apresenta uma elevação de 11,1 milhões de toneladas na produção desta safra. Desta forma, o Brasil se mantém como maior produtor mundial da oleaginosa com uma colheita recorde de 135,9 milhões de toneladas.

Para o arroz, a produção neste ciclo teve crescimento de 5% em relação ao período anterior, chegando a 11,74 milhões de toneladas. Já em relação ao feijão, as atenções se voltam para a cultura de terceira safra, que está em fase inicial de colheita. A produção total é estimada em 2,94 milhões de toneladas, 8,8% menor que o obtido na safra 2019/2020, impactada pela seca nas principais regiões produtoras do país.

Dentre as culturas de inverno, destaque para o trigo. Na atual safra a expectativa é que a produção seja de 8,6 milhões de toneladas, um novo recorde para o país caso confirmada a estimativa. Com o plantio já encerrado, o grão apresenta um expressivo crescimento na área de 15,1%, situando-se em 2,7 milhões de hectares.  Os preços elevados no mercado internacional nos últimos anos incentivaram a maior procura pelos produtores. Aliado à valorização externa, o alto custo do milho no cenário nacional também incentivou o cultivo do trigo, por ser um possível substituto para ração animal. Caso a estimativa de colheita seja confirmada, esta será a maior produção já registrada no país. No entanto, as condições climáticas das lavouras podem influenciar nos resultados. As consequências das geadas registradas nas principais regiões produtoras nas últimas semanas ainda serão quantificadas pela Conab.

Panorama de mercado 

No âmbito do mercado externo, o algodão em pluma segue com cenário positivo no mercado internacional. Neste levantamento, a Companhia elevou a previsão do volume exportado da fibra na safra 2020/2021 em 4,69%, em relação à estimativa anterior. Por outro lado, foram reduzidas as previsões do volume exportado de milho e de soja.

Para a oleaginosa, mesmo com o aumento da produção, foi observado ao longo do ano baixo percentual comercializado até o momento. Com isso, as exportações anteriormente estimadas em 86,69 milhões de toneladas passaram para 83,42 milhões de toneladas. No caso do cereal, a partir dos efeitos do clima na produção e da reversão do destino de contratos de exportação para o mercado doméstico, a expectativa é de queda nas exportações em 20%, o que corresponde a 23,5 milhões de toneladas ao final da safra. Por outro lado, a projeção de importação manteve-se inalterada em 2,3 milhões de toneladas. 

Quanto ao trigo, para esta nova safra a Conab espera aumento de produção aliado ao incremento do consumo interno em 3,74%. O cenário é favorável, de modo que os estoques de passagem estarão em nível mais confortável. A previsão é que fechem o ano em 1.793,9 mil toneladas, volume próximo ao observado em safras anteriores a 2019/2020.

Outras informações sobre a produção de grãos no país estão disponíveis na íntegra do Boletim do 11º Levantamento – Safra 2020/21. (MAPA)






Parmesão é novo atrito em acordo UE-Mercosul

Parmesão - O queijo parmesão é mais uma frente de discórdia entre União Europeia e Mercosul para colocar em vigência o acordo de livre comércio fechado entre os dois blocos. 

A divergência técnica se soma agora a outra, de caráter mais político e com forte apelo na opinião pública europeia, que é o desmatamento na Amazônia e a agenda ambiental do governo Jair Bolsonaro.

Na prática, o tratado anunciado em junho de 2019 está em estado de hibernação atualmente. Ele precisa ser assinado e, depois, ratificado. Vários países da UE já deixaram claro que, sem mudanças na política de meio ambiente brasileira e redução do desmatamento na Amazônia, não há clima para pôr o acordo comercial em votação no Parlamento Europeu e aprová-lo no Conselho Europeu.

Enquanto isso, porém, o braço executivo da UE em Bruxelas leva adiante o “legal scrubbing” (revisão jurídica) do texto já negociado. Foi durante esse processo que apareceu, conforme fontes do bloco sul-americano, um novo entrevero: a permissão para que empresas brasileiras e argentinas continuem ostentando - ou não - o selo de “parmesão” em seus queijos.

O acordo de livre comércio abrange, entre seus pontos, um capítulo sobre propriedade intelectual. Isso envolve, por exemplo, toda a parte de indicações geográficas - proteção dada a um produto conhecido por sua origem. Estão nessa lista dezenas de alimentos e bebidas como vinho do Porto, cordeiro patagônico, cachaça brasileira, prosecco italiano, e por aí vai.

Para produtos em que houve reconhecimento da indicação geográfica, os signatários do acordo UE-Mercosul se comprometem a impedir que “imitações” locais sejam vendidas nos supermercados locais com o mesmo nome. O parmesão - ou derivações como queijo “parmigiano” ou “tipo parmesão” - é uma dessas mercadorias.

No entanto, o tratado abre uma exceção: produtores locais que tenham famílias originárias da região produtora, herdando os métodos tradicionais, poderiam continuar usando o termo. É o que acontece com dezenas de produtores, instalados principalmente na Argentina e no Sul do Brasil, com ascendência italiana ou espanhola. Trata-se, no jargão comercial, do que se costuma chamar de princípio do “grandfather” (avô).
Tudo parecia resolvido, mas agora o assunto voltou a opor europeus e sul-americanos. O descontentamento foi explicitado em uma entrevista do secretário de Relações Econômicas Internacionais e principal negociador da Argentina, Jorge Neme, em entrevista à Rádio Colônia, do Uruguai.

“Estava estabelecido, no acordo fechado, que iam ser respeitadas indicações geográficas de empresas do Mercosul que tinham uma devida história e antecedentes”, afirmou Neme na entrevista. “Junto com Brasil, Uruguai e Paraguai, apresentamos um conjunto de empresas, no geral pequenas e médias, que fabricam esses produtos há dezenas de anos. Muitos desses pequenos empresários ainda têm hoje, inclusive, passaporte italiano ou espanhol porque são famílias originárias de lá”, disse.

Neme reclamou da postura europeia em uma reunião que teve com representantes de Bruxelas no fim de junho. “Eles estão absolutamente rígidos e não aceitam a documentação de nossos países sobre esse tema”, completou.

O Valor confirmou a insatisfação com fontes argentinas e brasileiras. Segundo uma autoridade envolvida nas discussões, o Mercosul montou suas listas de empresas que podem continuar usando o rótulo de produtos com denominação de origem - pelo princípio do “grandfather” - baseando-se em declaração juramentada das companhias, ou seja, basta a palavra do produtor.

A UE não aceita isso. Quer uma comprovação de que os fabricantes de parmesão brasileiros e argentinos - e de alguns outros alimentos, como queijo brie - já produziam antes de 2012 ou de 2017, conforme o caso. “Esse é o impasse”, afirma um negociador.
Não se trata de nada incontornável, mas demonstraria, segundo fontes ouvidas pelo Valor, a distância entre discurso e realidade no que diz respeito ao acordo entre os dois blocos. A UE tem insistido, publicamente, em uma declaração adicional que possa ser anexada ao tratado comercial com compromissos na agenda ambiental e contra o desmatamento.

Apesar de falarem da declaração sobre meio ambiente como uma necessidade para acalmar os ânimos de opositores do acordo, a UE não apresentou detalhes ou proposta concreta dos termos a serem negociados. Isso deixa, entre autoridades do Mercosul, uma sensação de que a Europa, na verdade, usa os maus resultados do governo Bolsonaro na área ambiental como desculpa para preservar interesses protecionistas, principalmente no agronegócio.

Nos bastidores, a avaliação corrente agora é que dificilmente o acordo vai ser analisado pelo Conselho Europeu (formado por chefes de governo dos 27 países-membros) e pelo Parlamento Europeu antes de dois eventos-chave na política do bloco: as eleições legislativas da Alemanha, em setembro de 2021 (que definem o sucessor de Angela Merkel), nas quais os verdes estão bem posicionados e podem acabar participando da futura coalizão governista; e as eleições presidenciais na França, em abril de 2022, com Emmanuel Macron buscando o segundo mandato e precisando do voto de setores críticos do tratado com o Mercosul. (Valor Econômico)

Jogo Rápido  

Milho/Cepea: preços alteram entre regiões, mas quedas prevalecem
As vendas de milho estão travadas no mercado interno, e os preços do cereal passaram a apresentar movimentos distintos dentre as praças acompanhadas pelo Cepea – com as quedas predominando. Nas regiões onde o milho se desvalorizou, a pressão veio principalmente da retração de compradores, que se atentam ao avanço da colheita e ao menor ritmo das exportações. Além disso, alguns demandantes aguardam entregas de lotes negociados antecipadamente.  Em São Paulo, especificamente, a menor presença de compradores e a oferta proveniente de outros estados resultaram em desvalorizações em muitas praças do estado. Na região de Campinas (SP), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa caiu 2,2%, fechando a R$ 99,10/sc de 60 kg na sexta-feira, 6.  Já nas praças onde o movimento ainda foi de alta – como Recife (PE), Barreiras (BA), Joaçaba (SC), Ponta Grossa (PR) e Marília (SP) –, a sustentação veio do maior interesse comprador e da resistência de vendedores em negociar novos lotes. No Paraná, os valores foram sustentados especialmente por incertezas quanto à oferta – vale lembrar que este foi um dos estados mais atingidos por adversidades climáticas neste ano. (As informações são do Cepea, adaptadas pela equipe MilkPoint)


 

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Porto Alegre,  09 de agosto de 2021                                                       Ano 15 - N° 3.475


Preços do leite cru nos principais países/blocos

Preços em reais, euros e dólar neozelandês, convertidos para dólares pelo câmbio oficial, bem como preços por 100 libras esterlinas, divididos por 45.359.



Preço do leite ao produtor em dólares por litro, corrigido para sólidos úteis (gordura + proteína):



Observações: os preços do gráfico acima foram corrigidos apenas para os sólidos úteis (nata e proteína) e não para os demais componentes que compõem a qualidade higiênica e sanitária, nem para o câmbio real bilateral com cada um desses países / blocos.


Preço do Leite ao Produtor em dólares por litro, corrigido pelos Sólidos Úteis (Gordura + Proteína) e pela Taxa de Câmbio Real Bilateral (BCRA):




Neste último gráfico, são apresentados os preços do segundo gráfico (corrigidos para sólidos úteis) e ajustados pelo Índice de Taxa de Câmbio Real Bilateral que a Argentina tem com cada um desses países / bloco.

Índice Multilateral da Taxa de Câmbio Real (ITCRM) e Bilateral

Mede o preço relativo de bens e serviços da economia argentina em relação aos 12 principais parceiros comerciais do país, com base no fluxo de comércio de manufaturas.

É obtido a partir da média ponderada das taxas de câmbio reais bilaterais dos principais parceiros comerciais do país. É considerada a evolução dos preços dos cabazes de consumo representativos dos parceiros comerciais expressos em moeda local em relação ao valor do cabaz de consumo local, constituindo uma das medidas amplas de competitividade (tipo de preço).

O ITCRM é preparado e publicado diariamente, a partir das cotações da moeda às 15h00. de cada dia e contempla um mecanismo de diarização das estimativas e de replicação dos dados mais recentes dos índices de preços representativos para informações ainda não conhecidas.

Visão geral do preço mundial do leite



Fonte: OCLA com informações de diferentes fontes – Tradução livre Sindilat/RS 
 

Bebida prebiótica de frutas à base de soro de leite

A Faculdade de Ciências Veterinárias da Universidade Nacional do Nordeste, na Argentina, está trabalhando em um projeto que visa criar uma bebida prebiótica à base de soro de leite e frutas da estação. A ideia nasceu ao ver como pequenos estabelecimentos descartavam o soro de leite, sem aproveitar as proteínas, minerais, açúcares e outros compostos nutricionais.

A bebida nutricional é fermentada naturalmente com os compostos nutricionais que este produto possui, enquanto a transformação em bebida gasosa ajuda os microrganismos a se manterem vivos.

A médica veterinária responsável pelo projeto, Gladys Obregón, explicou que ainda está em uma fase inicial, mas as expectativas "são animadoras, principalmente porque a bebida obtida tem um sabor muito agradável".

Em qualquer caso, a formulação ainda precisa ser ajustada para torná-lo um produto padronizado e expandir as informações sobre suas propriedades para determinar os tipos de organismos que contém.

A estudante Victoria Canteros, integrante do grupo de pesquisadores, explicou que o soro congelado era usado para verificar se os microrganismos ainda estavam ativos após serem preservados a frio.

“Os testes foram feitos com soro de iogurte de leite de búfala e em alguns testes foi usado kefir de leite, mas com a formulação adequada, diferentes tipos de soro de leite puderam ser usados, tanto leite de búfala quanto de vaca”, explicou.

Até agora, a bebida nutricional de frutas faz parte da marca FAVET, produzida pela Escola de Veterinária da UNNE, mas espera-se que essa ideia possa ser integrada em grandes mercados.  (As informações são do Infocampo, traduzidas pela Equipe MilkPoint)




Governo do Paraná decreta situação de emergência hídrica por 90 dias

O governo do Paraná decretou situação de emergência hídrica em todo o estado devido à estiagem. A medida, assinada pelo governador Ratinho Junior (PSD), vale por  90 dias. O decreto autoriza a adoção de medidas para garantir o abastecimento público pelas empresas de saneamento, como o rodízio de água, priorizando o uso dos recursos hídricos para o consumo.

O Instituto Água e Terra (IAT) poderá restringir a vazão outorgada para outras atividades, como a agricultura, para normalizar as captações. A Secretaria de Agricultura deverá implementar medidas de apoio aos agricultores para melhorar a eficiência no uso da água nas atividades agropecuárias e orientar os agricultores para o cumprimento da restrição de captação hídrica, conforme determinações do decreto, informou nota do governo. A pesca está proibida em toda a Bacia Hidrográfica do Rio das Cinzas. Eduardo Alvim,l diretor-presidente do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), disse que as anomalias nas precipitações atingem todas as regiões do Paraná, com casos extremos de estiagem em partes do Oeste, do Sudoeste e do Centro até o Norte Pioneiro.

Tivemos períodos muito ruins em meados do ano passado, com o inverno e a primavera com precipitação muito baixa. Isso vem se acumulando há pelo menos dois anos, com chuvas abaixo do normal”, pontou Alvim. “Cumulativamente, essa condição vai depreciando as reservas naturais de água no solo, com reflexo na disponibilidade hídrica nos rios, reservatórios e poços de abastecimento.

Quando essa situação se perdura há muito tempo, acaba exigindo a adoção de medidas extraordinárias para priorizar o uso dos recursos hídricos." (As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Jogo Rápido  

Emater/RS: baixas temperaturas afetam a produção de leite
A produção de leite foi afetada pelas temperaturas extremamente baixas, pois o rebrote das pastagens cultivadas de inverno — base alimentar dos rebanhos leiteiros — foi significativamente mais lento. O frio também provoca um maior consumo de energia dos animais de modo a manterem a temperatura corporal. A suplementação na alimentação das matrizes bovinas continuou tendo papel estratégico, para manutenção tanto da produção quanto do estado corporal. As reservas de fenos, pré-secados e silagens estão sendo utilizadas em quantidades maiores para compensar a menor oferta de pasto verde. Em geral, ainda que tenha havido pequena redução de preços nas rações, é pouco viável compensar a falta de alimento volumoso com administração isolada de ração à dieta animal, visto que a cotação encontra-se em patamares bem elevados. De maneira geral, o rebanho apresenta boas condições sanitárias, com manejo focado nas vacinações contra clostridioses, brucelose bovina e raiva herbívora. A baixa ocorrência de chuvas na maior parte das regiões resultou na diminuição do acúmulo de barro e, consequentemente, na menor incidência de problemas de mastite e de contaminação do leite durante a ordenha. Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí, o frio intenso dificultou os trabalhos dos produtores, com congelamento da água destinada à higienização dos animais e de equipamentos de ordenha. (As informações Emater/RS, adaptadas pela Equipe MilkPoint.)


 

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Porto Alegre,  06 de agosto de 2021                                                       Ano 15 - N° 3.473


Uruguai apresenta projeto de integração comercial e investimento logístico

Focado em intensificar o intercâmbio comercial com o Brasil, o embaixador do Uruguai Guillermo Valles propôs uma articulação entre os países para destravar projetos logísticos em curso há décadas. O plano de trabalho foi apresentado em reunião com lideranças do setor produtivo do Rio Grande do Sul na manhã desta sexta-feira (6/8) na Sede da Farsul, em Porto Alegre (RS). Interlocutor dos interesses do agronegócio e vendo as potencialidades desse intercâmbio no abastecimento de grãos para a produção de aves, suínos e leite, o senador Luis Carlos Heinze (PP) é defensor do tema, ressaltando a importância de trazer parte da safra de milho uruguaio ao Brasil. Segundo o embaixador, o Uruguai tem amplo potencial para produção de cereais, mas as lavouras não se ampliam exatamente pela falta de estruturas de armazenagem e de vias de escoamento mais competitivas ao mercado internacional. De acordo com Valles, enquanto uma carga de arroz uruguaio precisa percorrer 400 quilômetros por rodovias para ser exportada por Montevidéu, o mesmo produto poderia fazer 200 quilômetros por via fluvial para chegar a Rio Grande.


Crédito da imagem: Carolina Jardine

A chave para viabilizar a integração é o fortalecimento do modal hidroviário, estabelecendo um canal direto com o Porto de Rio Grande por meio de hidrovia pela Lagoa Mirim. Para isso, seria essencial aumentar o calado de rios e canais, o que depende de obras de dragagem no Brasil e no Uruguai. O embaixador ressaltou que o investimento nesses processos é ínfimo perto do ganho econômico e que pode ser rateado entre os dois países. O projeto, que está nos planos da Bacia do Prata há 60 anos, poderia ser viabilizado por uma parceria público-privada, o que o consolidaria como a primeira hidrovia público-privada da América Latina. No lado brasileiro, as dragagens precisariam ser efetuadas no Sangradouro, no Canal São Gonçalo e no acesso ao Porto de Santa Vitória do Palmar.

Heinze informou que há projetos tramitando em Brasília no sentido de fortalecer o intercâmbio logístico com o Uruguai por meio de investimentos em infraestrutura. Um deles é a construção de nova ponte em Jaguarão (RS).

Presente ao encontro, o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, frisou a importância de o intercâmbio ser regido por um regramento mínimo que não comprometa nenhum setor produtivo uma vez que produtores uruguaios operam com custos inferiores aos praticados no Brasil. O embaixador concordou com a posição, lembrando que a ideia é agir em bloco, favorecendo os dois países e não impondo concorrência predatória. “É preciso tratar de regulamentações, olhar o espaço comum, juntar as autoridades e tratar da questão de território para que o fator de equilíbrio não seja o contrabando”.


Crédito da imagem: Carolina Jardine

O diretor administrativo da Farsul, Francisco Schardong, informou que o assunto deve ser alvo de uma nova reunião nas próximas semanas. A proposição é integrar o setor produtivo brasileiro e uruguaio para definir uma pauta a ser apresentada durante a Expointer, que ocorre de 4 a 12 de setembro. Também participaram da reunião lideranças da Fetag, Fecoagro, Asgav, Sips e Fundesa.

Segundo o embaixador é primordial que as cidades vejam as potencialidades do campo, uma vez que é dele que sairá a solução para suportar um aumento de 2,5 bilhões de pessoas na população mundial até 2050. “Precisamos produzir 50% mais fibras, 50% mais de alimentos e combustíveis. E de onde vai sair isso de forma sustentável?”, questionou. Consciente das potencialidades da América Latina em abastecer o planeta, ele reforçou que há condições de solo e oferta de água doce capaz de produzir de forma competitiva. Para isso, alertou, é importante que se trabalhe com abertura comercial entre vizinhos.

Brasil e Uruguai tem 1067 quilômetros de fronteira, com seis cidades gêmeas. Apesar da vigência do Mercosul, apenas a aduana de Rivera trabalha de forma integrada nos terminais de cargas. O principal ponto de entrada de cargas uruguaias no Brasil é o Chuí (30%), seguido por Jaguarão (21%) e por Santana do Livramento (9%). (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
 

Novo aumento nas importações brasileiras de lácteos

Segundo dados divulgados nessa quarta-feira (04/08) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -61 milhões de litros em equivalente leite no mês de julho, um aumento de 18% no déficit quando comparado a jun/21.

Em relação ao mesmo período do ano passado, o saldo foi menos negativo, sendo que o valor em equivalente leite no mês de jun/20 foi de -85 milhões de litros. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.



Em julho, as importações tiveram um leve aumento; 72,5 milhões de litros (equivalente) de leite foram internalizados, representando uma alta de 3% em relação a junho/21. O novo aumento nas importações foi reflexo, principalmente, do aumento nos preços internos e de menores preços dos produtos internacionais.

O aumento (dos preços nacionais) vem tornando o produto importado mais competitivo: a média do preço nacional do leite spot coletado pelo MilkPoint Mercado em julho foi de R$ 2,43/litro; enquanto o leite importado foi internalizado a um preço médio equivalente de R$ 2,37/litro – considerando o valor médio do leilão GDT em julho (US$ 3.797/ton – leite em pó integral) e a média do dólar no mês de jul/21 (R$ 5,16).

Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em julho, temos o leite em pó integral, leite em pó desnatado e os queijos, que juntos representaram 78% do volume total importado. Já o doce de leite, iogurtes e o soro de leite foram os produtos que apresentaram maior aumento nas importações em relação ao mês anterior – um incremento de 121%, 96% e 76% respectivamente.

Já o volume exportado em junho foi de 11,4 milhões de litros de leite (equivalente), decréscimo de 40% em relação a junho. No entanto, em relação ao mesmo período do ano passado, tivemos ainda um crescimento de 9,6%.

Além dos preços internos mais altos, a baixa disponibilidade interna de leite — comum a esta época do ano — desfavorecem a possibilidade de exportação dos produtos brasileiros. No acumulado do ano foram exportados 98 milhões de litros em equivalente leite, contra 55 milhões em litros equivalentes do mesmo período em 2020.

Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite condensado, o creme de leite e o leite UHT, que juntos, representaram 55% da pauta exportadora e tiveram variações de 9%, 54% e 3% em relação a junho/21, respectivamente.

Um produto que apresentou forte aumento de exportações em janeiro foi o leite em pó desnatado (+226%), embora o volume vendido ainda não seja tão significativo. Em compensação, o leite em pó integral e a manteiga tiveram queda no volume exportado.
A tabela 2 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de julho deste ano.



O que podemos esperar para os próximos dias?
Bom, considerando os resultados do leilão GDT desta terça-feira (03/08) (US$ 3.598/ton — leite em pó integral) e o fechamento do  dólar no dia 03/08/21 (R$ 5,16), chegamos a um preço interno máximo de R$ 2,03/litro para que as exportações continuem competitivas.

Ao compararmos esse valor com o preço spot na primeira quinzena de agosto (R$ 2,47/litro) e, também, com o preço do leite pago ao produtor no mês de julho—fechado na média de R$ 2,31/litro (CEPEA/ESALQ) —, conclui-se que a venda do leite brasileiro no exterior não é mais atrativa.

Por outro lado, se considerarmos os mesmos valores para conta, chegamos em um preço máximo a ser pago para importação do leite de R$ 2,23/litro — o que provavelmente vai sustentar um aumento nas importações para os próximos meses

No entanto, sabemos que o mercado de leite brasileiro é cheio de detalhes, sendo influenciado por uma série de relações de causa e efeito entre os diferentes elos da cadeia — sejam eles aqui dentro do Brasil ou lá fora. (Milkpoint)





Produção de alimentos gera 151.252 empregos no 1º semestre

A produção de alimentos gerou 151.252 empregos com carteira assinada no primeiro semestre deste ano, de acordo com o Comunicado Técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), feito com base nos dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). 

No acumulado de janeiro a junho deste ano, o total de postos de trabalho formais gerados no país foi de 1.557.342, com saldo positivo nos segmentos analisados (Serviços, Indústria, Comércio, Construção, além da agropecuária). “Importante ressaltar que no acumulado do primeiro semestre de 2020, apenas a Agropecuária registrou criação líquida de empregos (62.419). O resultado de 2021 da Agropecuária se soma à contribuição do setor em 2020. Nos demais setores, a criação de vagas de trabalho representou, em grande medida, a recuperação da intensa perda registrada no ano passado”, pontuo comunicado. 

Em junho, a produção de alimentos abriu 38.005 postos. A região Sudeste segue como grande destaque, com a criação de 27.339 vagas, impulsionado, principalmente, pela colheita de algumas culturas permanentes ou semipermanentes, como café, laranja e cana-de-açúcar. Nordeste, Centro-Oeste e Norte registraram crescimento de 5.953, 3.878 e 1.468 postos de trabalho, respectivamente. 

A região Sul, por outro lado, registrou perda líquida de 633 vagas no mês. Entre as unidades da Federação, São Paulo deu a maior contribuição na geração de empregos no setor, com 25.839 novas vagas criadas. Outros estados que se destacaram foram Mato Grosso (2.455), Minas Gerais (1.523) e Maranhão (1.246). Por outro lado, no mês de junho, houve perda líquida de vagas no setor em duas unidades da federação: Espírito Santo (413) e Rio Grande do Sul (1.467). Acesse aqui o Comunicado Técnico do Caged. (As informações são da CNA, adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Jogo Rápido  

Rio Grande do Sul terá temperaturas amenas e pancadas de chuva nos próximos dias
Os próximos sete dias terão temperaturas amenas e pancadas de chuva no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico nº 31/2021, produzido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Nesta sexta-feira (06), o tempo seco, com formação de nevoeiros vai predominar na maioria das regiões e apenas na Zona Sul e faixa Leste há possibilidade de chuviscos/garoas pela manhã. No sábado (07) e domingo (08), o ar seco seguirá predominando, com elevação da temperatura e valores que deverão alcançar 30°C em vários municípios. Na segunda (09), a presença da massa de ar quente e úmido manterá as temperaturas altas, com grande variação de nuvens em todo Estado e a aproximação de uma frente fria provocará pancadas de chuva na Campanha e Zona Sul. Na terça (10) e quarta-feira (11), o deslocamento da frente fria vai provocar chuva em todas as regiões, com possibilidade de temporais isolados. Os volumes previstos são baixos e deverão ser inferiores a 10 mm na maioria das regiões. No Alto Uruguai, Planalto e Serra do Nordeste os valores oscilarão entre 10 e 20 mm, e poderão alcançar 35 mm nos Campos de Cima da Serra. O boletim também aborda a situação das culturas de trigo, canola, aveia branca, milho e hortaliças. Veja o boletim completo clicando aqui. (SEAPDR)


 

Newsletter Sindilat_RS

 

Porto Alegre,  05 de agosto de 2021                                                       Ano 15 - N° 3.472


Edmilson Pedro Pelizari é o novo presidente da Emater/RS

O novo presidente da Emater/RS e superintendente-geral da Ascar, Edmilson Pedro Pelizari, tomou posse na tarde da quarta-feira (04/08), durante a Sessão Extraordinária Conjunta com os titulares e representantes dos órgãos e entidades que integram o Conselho Técnico Administrativo (CTA) da Emater/RS e o Conselho Administrativo (Conad) da Ascar. Na Sessão houve a deliberação e apreciação e seu nome foi homologado por unanimidade para o cargo, em substituição a Geraldo Sandri, que presidiu a Emater/RS-Ascar pelo período de dois anos e meio. O evento contou com a participação presencial da titular e do adjunto da Seapdr, Silvana Covatti e Luiz Fernando Rodriguez Júnior.

Pelizari agradeceu ao ex-presidente, aos diretores técnico e administrativo, às gerências e a todos os colaboradores pelos três meses que esteve na condição de assessor especial da Presidência. “Agradeço a Sandri pelo trabalho feito nos últimos dois anos e meio de recuperação física e financeira desta importante Instituição de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social (Aters) do nosso Estado”. Pelizari reforçou ainda a vinculação com a Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr). “Estarei no dia a dia conversando com toda a equipe para manter esse trabalho que tem sido feito com bons resultados. Estou ciente dos desafios que o cargo impõe e darei meu melhor para continuar esse importante trabalho, procurando agora junto da diretoria implementar o nosso sistema de fazer gestão, com foco na Aters lá na propriedade dos agricultores, que têm feito a diferença no nosso Estado. Não mediremos esforços e seremos incansáveis pelo bem-estar da Instituição, nossos colaboradores e assistidos. Não vamos inventar a roda, precisamos fazer a roda girar”.

Na ocasião, também foi apreciada e homologada a indicação de Lino Hamann para o cargo de diretor administrativo da Emater/RS e superintendente administrativo da Ascar, em substituição nos impedimentos do atual diretor Vanderlan Vasconselos. A sessão foi realizada de forma virtual em razão da pandemia de Covid-19, que impõe o distanciamento social para a preservação da saúde pública.

Conheça o novo presidente
O novo presidente da Emater/RS e superintendente geral da Ascar, Edmilson Pedro Pelizari, 56 anos, é formado em Administração e em Direito pela Universidade Regional Integrada (URI) do Alto Uruguai e das Missões.

Atuou durante dez anos na iniciativa privada, como gerente de Unidade da Cooperativa Tritícola Palmeirense Ltda (Coopalma) e como diretor Comercial da Cooperativa de Energia e Desenvolvimento Rural do Médio e Alto Uruguai Ltda (Creluz).

Tem 28 anos de experiência na área pública, como servidor do município de Pinhal, no cargo efetivo de tesoureiro, como secretário Municipal da Saúde e Assistência Social e como secretário Municipal de Administração. Além disso, foi vice-prefeito por um mandato e prefeito por dois mandatos no município de Pinhal.

Coletiva de Imprensa
A Emater/RS-Ascar realizou uma live de apresentação do novo presidente, Edmilson Pedro Pelizari, na manhã desta quinta-feira (05/08). O evento foi transmitido de forma simultânea no canal do Youtube do Programa Rio Grande Rural e no Facebook da Instituição. Assista clicando aqui. (SEAPDR)
 

Agosto 2021: atualização do cenário global de lácteos

Os fundamentos gerais do mercado ao longo dos próximos trimestres permanecerão, principalmente, favoráveis aos preços, uma vez que a produção de leite no hemisfério norte cresce em um ritmo mais lento e a melhoria da situação da Covid-19 permite a reabertura gradual dos canais de foodservice.

A demanda por produtos lácteos permanece estável, embora interrupções devido à rápida disseminação da variante Delta da Covid-19 em populações não vacinadas saiu do controle em muitas regiões, forçando muitos governos a re-impor as restrições.

O comércio global cresceu 4,8% com relação ao ano anterior em maio de 2021 e 3,9% em relação a maio de 2019. O forte ganho em relação ao ano anterior é parcialmente devido à calmaria no comércio causada pelo impacto das interrupções de portos por causa da Covid-19, mas o aumento contínuo na demanda da China explica uma grande parte dos ganhos totais. O tema recorrente do domínio da China continuou e provavelmente permanecerá nos dados de junho com base nos dados de exportações de junho da Nova Zelândia.

A expansão da demanda da China continua sendo crítica para o equilíbrio do mercado global, com seu crescimento nas importações superando alguns pontos fracos na demanda de leite em pó de algumas regiões desafiadas pela acessibilidade de preços firmes.

No curto prazo, os preços das commodities podem ficar mais fracos, já que os compradores resistem aos preços elevados.

O excesso de leite nos Estados Unidos diminuirá gradualmente, com sinais de um pico no número de vacas, enquanto os volumes de queijo e de manteiga devem melhorar à medida que a demanda se recupera com uma participação mais forte dos foodservices.

O reequilíbrio do mercado de queijos dos EUA terá um impacto importante em sua competitividade de exportação, enquanto o crescimento da produção de leite em pó desacelerará.

O tamanho do pico de produção de leite na Nova Zelândia na atual temporada continua sendo uma incógnita, mas uma “temporada normal” está prevista, e um forte preço do leite conduzirá a uma maior produção nas fazendas da Nova Zelândia.

A sustentabilidade da forte demanda chinesa por leite em pó integral, queijo e manteiga é especificamente crítica para o quão bem a Nova Zelândia pode equilibrar seus suprimentos de leite em pó integral e influenciar a disponibilidade de gordura da manteiga - que já sofre com a fraca demanda nos mercados em desenvolvimento (Artigo de Dustin Boughton, da Maxum Foods, traduzido e adaptado pela equipe MilkPoint)






Programa Balde Cheio oferece capacitação para produtores e técnicos de leite

Técnicos e produtores rurais vinculados à Cooperativa Mista de Pequenos Agricultores da Região Sul, (Coopar) participaram de capacitação do Programa Balde Cheio na quinta-feira (29/07). A capacitação foi realizada de forma virtual e contou com a presença do instrutor do programa, Juliano Alarcon Fabrício, e com os coordenadores do Balde Cheio no Rio Grande do Sul (RS), a pesquisadora Renata Suñé, da Embrapa Pecuária Sul, e o analista Sergio Bender, da Embrapa Clima Temperado. 

A Coopar, sediada em São Lourenço do Sul, é mais uma entidade a participar do Balde Cheio e terá o acompanhamento técnico de quatro produtores de leite da região. Para Estevão Kunde, diretor técnico da Coopar, o projeto chega em um momento em que a atividade cresce na região, mas que precisa de mais tecnologia e conhecimento para avançar. “O projeto propicia uma aproximação entre técnicos e produtores, com grandes possibilidades de desenvolvimento para ambos”. Já o analista da Embrapa, Sérgio Bender, ressaltou que o Balde Cheio ajuda a mudar a realidade de produtores familiares, sempre com a estreita participação dos próprios produtores e dos técnicos. 

Nessa capacitação inicial foi realizada uma entrevista com os quatro produtores envolvidos que participaram juntamente com o técnico da cooperativa que vai fazer o acompanhamento. O instrutor do programa no RS, Juliano Fabrício, fez diferentes perguntas sobre a atividade nas propriedades, como o tamanho da área utilizada para a produção de leite, número de vacas em lactação, tipos de pastagens utilizadas no inverno e no verão, entre outras. Segundo o instrutor, um primeiro passo é o próprio produtor conhecer melhor a atividade e o meio é fazer o registro de todas as questões relacionadas à produção e comercialização. 

“É preciso ter dados econômicos, dados sobre a produção leiteira, da produtividade de cada vaca, dados climáticos e tudo mais que tem relação direta com a atividade”. No Rio Grande do Sul o programa foi retomado há mais de dois anos e hoje já está presente em várias propriedades de diferentes regiões.

De acordo com a pesquisadora Renata Suñé, cada uma das unidades atendidas tem suas metas e objetivos, que são detectadas e priorizadas entre os técnicos e os produtores. “Já temos observados ganhos em várias propriedades, sempre de acordo com os objetivos de cada produtor, seja o aumento da oferta de forragem, aumento da produtividade por vaca, a qualidade do leite, entre outras questões relacionadas à atividade”. (As informações são da Embrapa, adaptadas pela equipe MilkPoint)

Jogo Rápido  

Entidades gaúchas participam de reunião com embaixador do Uruguai nesta sexta-feira
A produção de milho no Uruguai para o abastecimento do mercado gaúcho será pauta de reunião entre entidades do agronegócio com o embaixador do Uruguai, Gustavo Vanerio Balbela. O encontro ocorrerá nesta sexta-feira (6/8), às 9h, na sede da Farsul, em Porto Alegre (RS). A nova fronteira agrícola será possibilitada pela ligação da Lagoa Mirim com a Lagoa dos Patos. A reunião é uma demanda organizada pelo senador Luis Carlos Heinze (PP). Na ocasião, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) buscará um espaço para maior integração com o governo uruguaio e também com o setor produtivo. Isso porque, segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o Uruguai tem um dos menores custos de produção de leite e o RS é mais um corredor de transporte para os derivados do país. “Não vimos no Uruguai um concorrente e sim um fornecedor de produtos lácteos para o Brasil”, acrescentou. As entidades ainda devem tratar sobre o cenário geral do setor lácteo e parcerias com o Inale. Além de Heinze e de Balbela, devem participar da reunião o presidente do Sindilat, Guilherme Portella, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, e representantes de entidades como Asgav e Fetag. O presidente da Farsul será representado no encontro por Francisco Schardong. (Assessoria Imprensa Sindilat/RS)


 

Newsletter Sindilat_RS

 

Porto Alegre,  04 de agosto de 2021                                                       Ano 15 - N° 3.471


Prêmio Exportação RS divulga empresas vencedoras
Caio Vianna, diretor-presidente da CCGL, receberá o prêmio Personalidade Competitividade Internacional 2021

O conselho do Prêmio Exportação RS reconhecerá 63 empresas na sua 49ª edição, número recorde na história do mérito. O evento de premiação das organizações gaúchas que obtiveram desempenho destaque no cenário exportador será realizado no dia 23 de setembro, na Casa NTX, em Porto Alegre (RS). Na oportunidade, também será entregue a distinção Personalidade Competitividade Internacional 2021 ao diretor-presidente da CCGL, Caio Vianna.

Segundo o presidente do Conselho do Prêmio Exportação RS, Fabrício Forest, as entidades representadas no conselho do mérito chancelam a credibilidade da iniciativa e são responsáveis pela condução de um processo criterioso para selecionar os vencedores. "O Prêmio Exportação está próximo de completar 50 anos de atuação e esta marca ressalta a relevância de um dos principais movimentos para fortalecimento do setor no Brasil. Além de condecorar, temos como objetivo capacitar empresários e compartilhar conhecimento para que a cultura exportadora seja parte, cada vez mais, da estratégia e do planejamento das organizações", enfatiza Forest.

O conselho do Prêmio Exportação RS é formado por lideranças de instituições que possuem relação de suporte ou apoio ao cenário exportador gaúcho. São elas: ADVB/RS, Apex-Brasil, Badesul, Banco do Brasil, Banrisul, BRDE, FARSUL, Fecomércio, Federasul, FIERGS, Lide-RS, Portos RS, Sebrae-RS, Secretaria do Desenvolvimento Econômico (Sedec), Hub Transforma RS e UFRGS.

Caio Vianna, diretor-presidente da CCGL, receberá o prêmio Personalidade Competitividade Internacional 2021. A distinção tem como objetivo enaltecer lideranças que realizam ações de incentivo à inserção de produtos brasileiros no mercado exterior. Vianna é engenheiro Agrônomo e é produtor rural nos municípios de Júlio de Castilhos e Tupanciretã. Atualmente, é diretor do Sindilat, vice-presidente da Associação Brasileira de Angus e faz parte do Conselho de Administração da Fecoagro.

Confira os associados do Sindilat/RS que estão entre os agraciados do 49º Prêmio Exportação RS:

Destaque Inovação Tecnológica
• - CCGL

Alimentos
• - Cooperativa Languiru
• - RAR

As informações são do Grupo Amanhã adaptadas pelo Sindilat/RS
 

Importações lácteas da China aumentam em 33,3%

No primeiro semestre de 2021, as importações de lácteos da China cresceram 33,3% em volume de produtos, o que equivale a cerca de 11,4 bilhões de litros de leite, + 28,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Com este volume de importações, a China representa pouco mais de 25% do comércio mundial de lácteos (excluindo operações intra-União Europeia). 

As importações dos produtos que representam o maior volume (50%) e valor (40%), leite em pó e soro, cresceram 33,7% e 44,9%, respectivamente, no período analisado. As importações de leite fluido também tiveram um crescimento expressivo de 49,2%. Os produtos que caíram no volume importado foram os de maior valor agregado/unidade, como fórmulas infantis, lactose para uso alimentar, iogurtes e outros produtos fermentados. 

O valor total das importações em dólares cresceu 16,9% nestes 6 meses, e o valor médio passou de US $ 3.872 / ton para US $ 3.396 / ton (-12,3%), o que confirma o comentário do parágrafo anterior, que indica que as importações cresceram em produtos commodities e caíram em produtos de maior valor agregado/unidade. 

A China é o principal importador de leite em pó integral e seu principal fornecedor é a Nova Zelândia, que detém 93% desse produto no gigante asiático (498.750 toneladas), no período de janeiro a junho de 2021. A Austrália foi o segundo fornecedor (14.593 toneladas), enquanto o Uruguai ficou em terceiro lugar com 11.650 toneladas e um crescimento interanual de 35%. (OCLA com base em informações publicadas por CLAL.it e China Customs. As informações são do Edairynews, traduzidas pela Equipe MilkPoint)





5 atletas olímpicos americanos que ajudaram a promover o leite nos EUA

Tornar-se um atleta olímpico não é tarefa fácil. Requer paixão, dedicação e vantagens competitivas. Sem falar nas de horas de treinamento intenso acompanhadas de uma dieta estratégica.

Para a maioria dos atletas olímpicos, essas dietas incorporam carboidratos, gorduras saudáveis, frutas, vegetais e muitas proteínas. Embora cada dieta possa parecer diferente para cada atleta, aqueles que competem nos Jogos Olímpicos de 2020 compartilham uma dieta básica comum para abastecer seus corpos: leite.

• Corrida

Elle Purrier St. Pierre, uma produtora de leite de Vermont que se tornou uma estrela do atletismo mundialmente conhecida, não tem medo de compartilhar sua paixão por produtos lácteos. Ela pode ser vista desfrutando de um copo de leite frio após uma longa corrida ou de uma fatia de queijo repleta de proteínas após um treino intenso.

Um fato curioso: Elle Purrier cresceu na fazenda de sua família, onde ela ia antes da escola todas as manhãs para ordenhar 40 vacas.
 
 
• Natação

Katie Ledecky se tornou famosa por uma infinidade de razões, incluindo o fato de que ela pode nadar em uma piscina olímpica com um copo de leite com chocolate em cima da cabeça. Esta nadadora mais condecorada de todos os tempos se tornou viral em 2020, após compartilhar exclusivamente como ela reabastece seu corpo com leite.

Competindo na prova de nado livre de 1500 metros, Ledecky levou para casa o ouro. Durante o nado, os comentaristas da NBC Sports falaram sobre seu intenso treinamento e regime nutricional.

A atleta explicou como abasteceu seu corpo pela manhã com mingau de aveia —feito com leite —, manteiga e frutas. Além disso, comentou que bebe uma garrafa de 350 ml de leite com chocolate após cada treino.

 
• Ginástica

Simone Biles sabe que a recuperação é tão importante quanto o treinamento. Por isso, tornou-se garota propaganda do Core Power, um shake de proteína produzido pela Fairlife. Após passar horas na academia, esta atleta olímpica opta por reabastecer com 26 gramas de proteína láctea de alta qualidade da Core Power.


“Nos meses que antecederam os jogos olímpicos, usar o Core Power para apoiar minha recuperação foi essencial”, disse Biles em um comunicado à imprensa da Fairlife. “Como os fãs do Core Power sabem, é uma ótima forma de reabastecer e construir músculos magros depois de um treino duro, e eu amo que pode fazer parte da rotina de treino de todos.”

Outra ginasta movida a laticínios é Mykayla Skinner. Recentemente, ela competiu nos Jogos Olímpicos de 2020 como especialista em aparelhos individuais e anteriormente era alternativa para a equipe olímpica de 2016. Antes de ir para Tokyo, Skinner compartilhou em seu canal no YouTube como ela reabasteceu suas energias ingerindo com leite com chocolate depois de um treino durante as seletivas olímpicas.


• Vôlei de praia
Após crescer no estado de Wisconsin, conhecido como America’s Dairyland, Bill Kolinske se tornou jogador de vôlei de praia e sabe o que é preciso para se recuperar após uma prática intensa. Beber leite e consumir laticínios fazem parte da rotina diária deste atleta olímpico.


As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas pela Equipe MilkPoint.

Jogo Rápido  

Sindilat no Terraviva
A visita de parlamentares a cooperativas gaúchas, em julho, foi pauta no Bem da Terra desta quarta-feira (04/08). O programa do Canal Terraviva abordou o cenário do setor lácteo no Rio Grande do Sul e os avanços previstos para os próximos meses. A entrevista com o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, foi comandada pela jornalista Renata Afonso. O Fundoleite foi um dos destaques durante a programação. Acompanhe o programa completo clicando aqui. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)