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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 11 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.518


Fórum Tecnológico do Leite apresentará temáticas sugeridas por produtores em formato on-line

Com o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat), a 15ª edição do Fórum Tecnológico do Leite tem como objetivo aproximar-se dos produtores e técnicos de campo a fim de auxiliá-los em suas propriedades. Os temas, que serão abordados entre 19 e 21 de outubro, sempre a partir das 20h, foram definidos por meio de sugestões dos próprios produtores e terão o intuito de trazer mais inovação e tecnologia para as propriedades. As palestras são gratuitas e acontecerão de forma virtual, transmitidas pelo YouTube do Colégio Teutônia.

No primeiro dia de evento (19/10), o tema será “Quais os benefícios da Gestão Reprodutiva?”. No dia seguinte (20/10), o fórum esclarecerá dúvidas sobre “Qual sistema se adapta melhor na minha realidade?”, e no último dia de evento, na quarta-feira (21/10), o assunto “Como gerenciar resultados produtivos e financeiros na propriedade?” será debatido entre os convidados. Para o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, essas são temáticas fundamentais para proporcionar maior conhecimento aos produtores e auxiliar na gestão de seus negócios. “É muito importante que se tenha cada vez mais eventos em que se discutam assuntos como esses. Será um momento de esclarecimentos, em que o diálogo será de produtores para produtores”, relata.

O evento é uma realização do Colégio Teutônia, de Teutônia (RS), e da Emater/RS-Ascar, e também conta com o apoio governamental da Secretaria de Agricultura e da Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) do Governo do Estado, além da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) e das empresas: Samaq Massey Ferguson, Machado Agropecuária, Ordemax Sistemas de Ordenha, Dália Alimentos, Sicredi, Nutron, Certel Energia, Cooperagri, Tangará, Duagro Soluções Sustentáveis, Launer Química, Maná, Languiru e Milkparts. (Assessoria de Imprensa Sindilat, com informações da assessoria de imprensa da Languiru)


Brasil gasta cada vez menos com o agro, diz estudo

Os gastos do governo federal com a agropecuária estão em seu menor patamar em pelo menos quatro décadas, de acordo com um levantamento recente da área técnica do Ministério da Agricultura. Para além de retratar as mudanças das políticas públicas para o agronegócio nesse período, o estudo mostra os desdobramentos das profundas transformações do setor nesse período.

Em 2020, os gastos em políticas de apoio à produção agropecuária, subsídios aos produtores, ações fundiárias e de financiamento do Ministério da Agricultura e suas subsidiárias foram de R$ 15,5 bilhões, a maior parte com equalização de juros docrédito rural. O montante corresponde a 0,4% do total empenhado pela União no exercício, de quase R$ 3,6 trilhões. Os números contrastam com os de grande parte dos últimos 40 anos. Em 1980, por exemplo, as despesas com a agropecuária representaram 7,5% dos empenhos totais da União, chegando, em valores atualizados, a R$ 32 bilhões.

Os desembolsos foram ainda maiores em 1987, quando passaram de R$ 80 bilhões, em valores atualizados, ou quase 12% do empenho total do governo no ano. Ao longo desse período, cresceram a produção, a produtividade e as exportações do setor no país e houve reformas legislativas e abertura econômica. Mas a principal mudança foi o surgimento de novas fontes de financiamento da produção agropecuária, um ônus bem mais pesado para os cofres da União até meados dos anos 1990. “A partir da década de 90, ocorreu um esforço para tornar a agricultura mais competitiva”, diz José Garcia Gasques, coordenador-geral de Avaliação de Política e Informação do Ministério da Agricultura, responsável pelo levantamento. “A redução nos gastos é resultado da maturidade que o setor alcançou ao longo do tempo”.

No trabalho, Gasques compilou os dados sobre os gastos públicos no setor desde 1980. Os valores, deflacionados a preços do ano passado, incluem as despesas com as políticas agrárias e de regularização fundiária. “Havia uma política forte de subsídios na agricultura no fim dos anos de 1980. Era difícil financiar a agricultura, e o governo fazia isso lançando títulos no mercado. Era dispendioso - e com inflação elevada, era também um problema sério”, afirma. De lá para cá, agronegócio ampliou suas exportações e aproximou-se do mercado de crédito privado, especialmente depois dos anos 2000. O Estado passou a ser menos um fornecedor de recursos e mais um agente equalizador de operações entre privados, o que reduziu os gastos, diz Gasques.

Além disso, explica ele, o governo também abandonou operações de alto risco, como a formação de estoques públicos de alimentos, e apoiou reformas importantes, como a do crédito rural, que evoluiu para a criação de títulos do agronegócio posteriormente. A estabilização da moeda, com a criação do real, por sua vez, foi essencial para que as exportações deslanchassem.

Se, de um lado, as despesas federais com o setor despencaram, de outro, cresceu o Valor Bruto da Produção (VBP) agropecuária. “Não temos evidências, em trabalhos publicados, que mostram que essa saída do governo tenha afetado a agropecuária ou reduzido produção”, ressaltou. Ele destaca, no entanto, que a desigualdade permanece como um dos problemas do campo. Os gastos com as políticas fundiárias foram os que tiveram “maior esvaziamento” nos últimos anos, relata Gasques.

Apesar da redução, há uma estabilidade nos gastos recentes, inclusive com aumentos na equalização de juros e no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Essa tendência deve se manter, aposta Gasques. “Há mudanças que vão acontecer no financiamento, com a priorização do Pronaf e a concentração de gastos nos pequenos e médios agricultores, deixando que os maiores tenham acesso a recursos livres e outras fontes de mercado”, afirmou. “A mudança na forma de operar no crédito também envolve um seguro rural cada vez mais presente”.

A diminuição dos gastos públicos com a agricultura coloca o Brasil em situação que, em termos de subsídios, opõe-se à de países mais ricos e até concorrentes no mercado internacional. Em um cálculo que faz uma correlação entre as despesas com o suporte financeiro aos produtores e o valor bruto da produção, o grau de proteção do agronegócio brasileiro é de 1,1%. Nos Estados Unidos o índice é de 12%, na União Europeia, de 19%, e no Japão, de 41,3%. A média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que reúne as maiores economias do mundo, é de 13,3%. (Valor Econômico)

 

Consumir queijos é saudável para o coração? Estudos explicam

O queijo é um dos alimentos mais popular entre os brasileiros. Uma recente pesquisa desenvolvida pela Tetra Pak em parceria com a Lexis Research, apontou que 84% dos entrevistados no Brasil o consomem regularmente no café da manhã, além disso, 46% afirmaram ter aumentado a ingestão durante a pandemia. Esse hábito costuma ser repreendido por alguns profissionais de saúde devido à presença de gordura saturada no alimento, mas um estudo publicado na PLOS Medicine indica que o consumo moderado pode ser benéfico para a saúde do coração.

Publicado em setembro deste ano, o estudo analisou amostras de sangue de mais de quatro mil adultos na Suécia — país com um dos maiores índices de consumo de laticínios no mundo. Durante 16 anos, os pesquisadores acompanharam o grupo para detectar problemas de saúde relacionados ao coração, como ataques cardíacos, derrames e outros. As informações são do “Yahoo Life”.

Os participantes foram separados por categorias de idade, estilo de vida, hábitos alimentares e outros fatores de risco. A partir disso, foi possível destacar que aqueles com níveis mais elevados de biomarcadores de ingestão de gordura láctea tiveram um risco menor de doença cardiovascular em comparação com os demais. Além dos resultados dessa pesquisa, os autores também examinaram as descobertas de outros 17 estudos envolvendo quase 43 mil pessoas nos Estados Unidos, Reino Unido e Dinamarca, e observaram que as evidências combinadas mostraram resultados semelhantes.

As conclusões dos outros estudos apontam que o tipo de laticínio consumido (queijo, iogurte, leite ou manteiga) pode ser mais importante do que o teor de gordura quando se trata de saúde. Por exemplo, a ingestão de queijo não aumentou o colesterol ruim (LDL), enquanto o consumo de manteiga foi associado ao índice elevado de mortalidade. “Nosso estudo sugere que reduzir a gordura láctea ou cortar o consumo de laticínios pode não ser a melhor escolha para a saúde do coração. É importante lembrar que, embora esses alimentos possam ser ricos em gordura saturada, também são ricos em muitos outros nutrientes e podem fazer parte de uma dieta saudável.

No entanto, outras gorduras, como as encontradas em frutos do mar, nozes e óleos vegetais podem ter maiores benefícios à saúde do que as gorduras lácteas”, explicou a autora principal da pesquisa, Kathy Trieu. Mais estudos são necessários para entender como o queijo e os alimentos lácteos protegem a saúde cardiovascular, enfatizaram os autores. Apesar do benefício ao coração, destacado na pesquisa, o consumo de queijos deve ser moderado e, preferencialmente, acompanhado por um nutricionista. Segundo Madelyn Fernstrom, editora do NBC News Health and Nutrition, o objetivo é limitar, não eliminar toda a gordura saturada da dieta. (Fonte: Revista Isto É)


 Jogo Rápido

Produtores investem na produção de leite no RS

Redução preocupa produtores, mas produto ainda é entregue para as indústrias. Para assistir a matéria veiculada no Jornal do Almoço, CLIQUE AQUI. (Fonte: Globoplay)


 

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Porto Alegre, 08 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.517


Produtividade média por vaca registra expansão de 64% em uma década

A produtividade do Sul é a maior entre as regiões brasileiras: 3.619 litros por vaca/ano. Em seguida destacam-se o Sudeste, 2.581 litros por vaca/ano e o Centro-Oeste, 1.689 litros por vaca/ano.

A produtividade aumentou entre 2019 e 2020 em todas as regiões brasileiras, exceto no Norte, com redução de 1,6%, ou 15 litros por vaca/ano. O maior aumento absoluto de produtividade entre 2019 e 2020 foi observado no Sul com 71 litros por vaca/ano. O maior aumento relativo, no entanto, ocorreu no Sudeste, 2,3%.

As maiores produtividades estaduais ocorreram nos três estados da região Sul, seguidos de Minas Gerais, Alagoas e Sergipe. Santa Catarina esteve na primeira posição, ainda que tenha sofrido decréscimo em 2020, devido ao clima mais seco, piora na qualidade do volumoso e alto custo do concentrado.

O maior aumento de produtividade ocorreu no Paraná, com expressivos 170 litros por vaca/ano ou 5,1%. Alagoas e Sergipe representam o Nordeste nos TOP 6. São estados com produtividade acima da média nacional, ilustrando o avanço tecnológico que ocorre também na pecuária de leite nordestina. (Fonte: CILeite/Embrapa, adaptada pelo Sindilat)


RS registra superávit de R$ 1,7 bilhão até agosto

O superávit orçamentário do Rio Grande do Sul, de janeiro a agosto, foi de R$ 1,7 bilhão. O resultado primário ficou em R$ 4 bilhões, bastante superior ao mesmo período do ano passado, quando chegou a R$ 1,1 bilhão. Os dados constam do Relatório de Transparência Fiscal do 2º quadrimestre de 2021, apresentado nesta quinta-feira. No período, o endividamento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) – que ficou em 183,65%.

O limite máximo para os estados é de 200%, o que significa que a dívida corrente líquida (DCL) não pode ser duas vezes maior do que a Receita Corrente Líquida (RCL). Pela primeira vez desde a edição da LRF, a relação DCL/RCL ficou abaixo desse limite de 200%. Segundo o governo do Estado, o resultado deve-se à combinação da estabilidade da DCL e da expressiva melhora da RCL, a qual, além do crescimento do ICMS, foi positivamente impactada com a desestatização da CEEE-D e do reconhecimento da receita de Imposto de Renda retido dos servidores desde janeiro de 2021, seguindo a regra federal.

Sem os efeitos contábeis da capitalização prévia à venda da CEEE-D e considerando o critério federal integral para a apuração da RCL, o índice estaria em 199%, bastante próximo ao limite da LRF, indicando a incapacidade de o Estado contratar novas operações de crédito. As informações fazem parte do Relatório de Transparência Fiscal (RTF), publicado quadrimestralmente, com análise das receitas e das despesas e com o objetivo de ampliar a transparência na gestão financeira.

Esta edição tem origem no Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) do 4º bimestre de 2021 e no Relatório de Gestão Fiscal (RGF) do 2º quadrimestre de 2021, elaborados pela Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage), publicados no Diário Oficial do Estado no último dia 30 de setembro, além de dados da Receita e do Tesouro do Estado. “O fato de as finanças estarem em situação superavitária neste momento revela os resultados de todas as medidas tomadas desde 2019, mas também alguns efeitos extraordinários”, afirma o secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso. “O esforço é para tornar essa situação permanente a médio e longo prazos sem receitas extraordinárias e sem alíquotas de ICMS majoradas, de forma que o Estado possa equacionar seus significativos passivos para, aí sim, ter uma situação de equilíbrio sustentado”, acrescenta.

A receita total cresceu 14,5% até o 2º quadrimestre de 2021, atingindo R$ 45,6 bilhões. A Receita Tributária Líquida (R$ 23,5 bilhões) cresceu 31,4%. A Receita Corrente Líquida (RCL) atingiu R$ 51,1 bilhões, refletindo principalmente a recuperação da atividade econômica, os efeitos da privatização da CEEE-D (+R$ 2,5 bilhões ao cálculo), e a alteração na metodologia de apuração da RCL a partir de janeiro de 2021 (+R$ 1,9 bilhão ao cálculo). Desconsiderando a operação de regularização contábil de parte da dívida de ICMS da CEEE- -D, a arrecadação bruta de ICMS atingiu R$ 28,5 bilhões, ficando cerca de R$ 6,3 bilhões (28,3%) acima do mesmo período do ano passado (R$ 22,2 bilhões), o qual tinha sofrido forte retração por conta da pandemia. Como efeito do aumento da receita e das reformas, o comprometimento da RCL com as Despesas de Pessoal do Poder Executivo recuou para 40,53% (44,24% no 2Q20), situando-se abaixo do limite prudencial. O mesmo ocorre no consolidado de todos os poderes, que ficou em 47,57% (52,04% no 2Q20).

Caso se utilizassem integralmente os critérios de apuração da União, o indicador do Poder Executivo estaria em 44,36%, ainda abaixo do limite prudencial de 46,55% da LRF, enquanto o Consolidado do Estado ficaria em 52.36%, também abaixo do prudencial de 57%. Foram destinados R$ 358 milhões para investimentos. Apenas R$ 78 milhões tiveram como fontes recursos de operações de crédito, transferências obrigatórias e convênios. (Jornal do Comércio)

Previsão de chuvas e variação térmica no Estado para os próximos dias

Nos próximos dias, as temperaturas ficarão entre 7 e 26°C no Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico 40/2021, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Ao longo da sexta-feira (8), a atuação de uma área de baixa pressão e a presença de uma frente-fria provocarão pancadas isoladas de chuva na região Norte. No sábado (9), ainda haverá muita nebulosidade na metade Norte do Estado e há chance de temporais nas proximidades dos municípios de Planalto e Nonoai.

Para domingo (10) e segunda-feira (11), o tempo permanecerá instável e a baixa pressão favorece a ocorrência de chuvas isoladas durante os dois dias em todo o Rio Grande do Sul. Os maiores acumulados podem ocorrer entre Jaguari e Santa Maria.

Na terça-feira (12), a nebulosidade ficará atuando na metade Leste do Estado, deixando tempo encoberto em todo o Litoral. Para quarta-feira (13), algumas nuvens seguem no Litoral e na Fronteira Oeste; em Uruguaiana, pode ocorrer chuva ao longo do dia. Mas em praticamente todo o Estado o tempo será firme e ensolarado.

A previsão é de que os maiores acumulados ocorram entre domingo (10) e terça-feira (12), devendo chover mais nas regiões Central e Norte, onde o acumulado poderá chegar a até 44 mm. Nas demais regiões, os acumulados ficarão entre 7 e 40 mm. Deve chover menos no Oeste. Em geral, a média de acumulados prevista para a próxima semana no Estado deve ficar entre 10 e 30 mm. O documento também aborda a situação das culturas de trigo, cevada, milho, videiras, citros, maçã, melancia, morango, oliveiras e arroz. Veja o boletim completo em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)


 Jogo Rápido

Emenda propõe mais verbas

A Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha protocolou uma emenda de R$ 50 milhões para ampliar o orçamento da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, ontem, depois de reunião com o relator do Projeto de Lei Orçamentária Anual 2022, deputado Mateus Wesp, e o secretário de Planejamento, Governança e Gestão, Claudio Gastal. O entendimento é que a suplementação irá garantir uma melhor capacidade de custeio e investimento para a pasta, que poderá injetar recursos em programas estruturantes para os próximos anos. O presidente da Frente, Elton Weber, também reforçou ao secretário Gastal a necessidade de lançamento do Avançar Desenvolvimento Rural neste semestre. A sugestão é que os recursos sejam destinados à agricultura familiar, agroindústria familiar, apoio a feiras da agricultura familiar, apoio a cooperativas, pecuária familiar, infraestrutura, além de armazenamento de água e irrigação. (Correio do Povo)


 

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Porto Alegre, 07 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.516


Mapa divulga novo guia para elaboração e execução de projetos do Programa Mais Leite Saudável

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), por meio da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação (SDI), divulgou nesta quarta-feira (6) o Guia para Elaboração e Execução de Projetos do Programa Mais Leite Sustentável (PMLS), política pública que já beneficiou mais de 72 mil famílias de produtores do setor com ações de assistência técnica, educação sanitária e melhoramento genético.

O novo documento visa possibilitar uma melhor adequação dos projetos apresentados e promover o alinhamento do programa federal tanto com o Plano de Qualificação de Fornecedores de Leite (PQFL) como também com as diretrizes e a agenda de competitividade do setor leiteiro brasileiro, estabelecidas no âmbito do Plano Compete Leite BR. “Embora seja um programa amplamente divulgado e que possui importantes resultados, certamente, o guia contribuirá para que esta política pública fique ainda mais robusta e contribua, cada vez mais, para os propósitos de desenvolvimento do setor leiteiro no Brasil”, destaca o secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, Fernando Camargo.

O guia contém as seguintes orientações: elaboração de projetos, com resumo, justificativa e metodologia; o estabelecimento de objetivos, metas e indicadores; o fornecimento de assistência técnica, prioritariamente para a gestão da propriedade, implementação das Boas Práticas Agropecuárias e capacitação de produtores; a criação ou desenvolvimento de atividades que promovam o melhoramento genético dos rebanhos leiteiros; o desenvolvimento de programas específicos para a promoção da educação sanitária na pecuária; entre outros.

> Clique aqui para acessar o Guia para Elaboração e Execução de Projetos do Programa Mais Leite Sustentável (PMLS)

Contrapartida

O Programa Mais Leite Sustentável possibilita que agroindústrias, laticínios e cooperativas de leite utilizem, em até 50% do valor apurado, créditos do PIS/Pasep e da Cofins oriundos da compra do leite in natura utilizado como insumo dos produtos lácteos. Esses créditos podem ser utilizados pela empresa para compensação de tributos federais ou para ressarcimento em dinheiro. Em contrapartida, para participar e ter acesso a esse benefício, o laticínio ou cooperativa de leite precisa executar um projeto que promova o desenvolvimento de seus fornecedores de leite. O valor do projeto deve ser, no mínimo, 5% do valor dos créditos a que a empresa tem direito, conforme estabelecido pelo Artigo 12 do Decreto nº 8533, de 30 de setembro de 2015.

Resultados

Lançada em 2015, essa política pública já beneficiou diretamente 72.524 famílias de produtores de leite com 1.022 projetos desenvolvidos por 587 empresas em mais de 2 mil municípios brasileiros, promovendo melhoria na produtividade e qualidade do leite, como também na rentabilidade do produtor. Desde o início do programa, já foram investidos quase R$ 407 milhões nos projetos voltados para o fortalecimento dos produtores de leite brasileiros, possibilitando que as empresas e cooperativas recebessem, em créditos presumidos, mais de R$ 8 bilhões. O pedido de habilitação de laticínios e cooperativas de leite no PLMS pode ser realizado de forma totalmente online no Portal de Serviços do governo federal.

Confira o vídeo explicativo e o guia com o passo a passo.

Campanha

O Programa Mais Leite Sustentável impacta diretamente na qualificação dos produtores e dos produtos derivados do leite. Nesse sentido, com o objetivo de divulgar a importância desse alimento e sua saudabilidade, o Mapa reuniu produtores, laticínios e supermercados em um projeto exclusivo, a 1º Semana do Leite no Brasil, prevista para ocorrer em novembro deste ano. Participarão da campanha representantes do Mapa, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), de cooperativas, indústrias e produtores, da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da Associação Brasileira de Laticínios (Viva Lácteos) e outros parceiros. (MAPA)


Balança comercial de lácteos: importações caem 56% em setembro

 

Segundo dados divulgados nesta terça-feira (05/10) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -73 milhões de litros em equivalente leite no mês de setembro, um aumento de 16,4% no déficit quando comparado a ago/21. Em relação ao mesmo período do ano passado, o déficit foi bem menor - uma diferença de cerca de 100 milhões de litros.

Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.

Em setembro, 80,1 milhões de litros (equivalente) de leite foram internalizados, representando um aumento de 7% em relação a agosto/21. A elevação foi reflexo, principalmente, da baixa disponibilidade do leite matéria-prima no Brasil e dos elevados preços internos no período - tanto do preço pago ao produtor, quanto no mercado Spot – o que tornou o produto importado mais competitivo em setembro. Apesar do aumento de 7% em relação a agosto, se comparado a setembro de 2020, as importações foram 56,4% menores que o observado no mesmo mês do ano passado.

O leite em pó integral foi o derivado lácteo mais importante da pauta importadora em setembro. Os 3,77 milhões de litros (equivalentes) importados do derivado representaram um aumento de 3% no volume internalizado do produto em relação a agosto, e 36% do volume total importado no mês. Logo em seguida vieram os queijos e o leite em pó desnatado, que juntos representaram 44% do volume total importado. Já o volume exportado em setembro foi de 7,1 milhões de litros de leite (equivalente), redução de 50% em relação a agosto e, em relação ao mesmo período do ano passado, queda de 15,4%.

O leite em pó integral teve suas exportações reduzidas em 85% em relação a ago/21. O leite condensado foi o produto lácteo que apresentou maior aumento das exportações em setembro, de 29% em relação ao mês anterior. Em compensação, produtos como leite em pó desnatado, leite modificado, doce de leite e iogurtes tiveram queda no volume exportado.

A tabela 2 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos e janeiro a setembro deste ano.

O que podemos esperar para o mês de outubro?

Nas últimas semanas, de acordo com o levantamento semanal do MilkPoint Mercado, observou-se que a demanda da população pelos lácteos tem diminuído, enfraquecendo as vendas da indústria ao varejo. Por essa razão, a competitividade por leite por parte das indústrias tende a diminuir, o que já refletiu na diminuição do preço do leite no mercado spot e que provavelmente irá pressionar o preço do leite pago ao produtor a partir dos próximos pagamentos. Aliado a isso, o preço do leite internacional tem ganhado força e a taxa de câmbio (R$/dólar) também vem aumentando no início de outubro – já ultrapassando a barreira dos R$5,40. Caso esse cenário se mantenha - de demanda interna baixa, elevados preços internacionais e alta taxa de câmbio – as importações brasileiras provavelmente perderão força neste mês. (As informações são do MilkPoint Mercado, adaptada pelo Sindilat)

Definida programação do 15º Fórum Tecnológico do Leite de Teutônia

Pelo segundo ano consecutivo, o tradicional Fórum Tecnológico do Leite, de Teutônia, terá edição online. Assim, os participantes poderão acompanhar a programação que ocorrerá de 19 a 21 de outubro, sempre a partir das 20h, no canal de Youtube do Colégio de Teutônia, que realiza o evento ao lado da Emater/RS-Ascar, com o apoio da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Dedenvolvimento Rural (Seapdr) do Governo do Estado. Na ocasião serão apresentados sete casos de sucesso na atividade leiteira, com os agricultores envolvidos realizando relato de experiência.

Na primeira noite, o debate será sobre “Quais os benefícios da gestão reprodutiva?”, com casos sobre impactos na redução de intervalo entre partos e tecnologia na gestão reprodutiva. A moderação ficará a cargo do representante da cooperativa Languiru, Diogo Cord. No dia 20, o tema em destaque será “Qual sistema se adapta melhor a minha realidade?”, com apresentação de casos com adoção de free-stall, compost barn e sistema misto (compost e pastejo). A moderação ficará a cargo do extensionista da Emater/RS-Ascar Diego Barden dos Santos. Na terceira noite o assunto principal será “Como gerenciar resultados produtivos e financeiros na propriedade”?, com discussões sobre gestão de pessoas e de números e gerenciamento como tomada de decisões. A moderação será do representante da Dalia Alimentos, Luciano Redu.

Participarão da atividade agricultores dos municípios de Tupandi, Maratá, Estrela, Venâncio Aires, Teutônia e Dois Lajeados. Não há necessidade de inscrições prévias para o Fórum, bastando acessar o canal do Youtube do Colégio Teutônia para conferir a programação. “A expectativa é de que mais de cinco mil pessoas possam acompanhar as três noites de atividade”, avalia o coordenador do Centro de Treinamento de Agricultores de Teutônia (Certa) Maicon Berwanger.

Além da Emater/RS-Ascar, da Seapdr, do Colégio Teutônia e das cooperativas Dália Alimentos e Languiru, apoiam o evento diversas outras entidades, como a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) e o Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat), as cooperativas Sicredi e Certel, além de empresas ligadas ao setor. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail ctteutonia@emater.tche.br. (Fonte: Emater/RS-Ascar)


 Jogo Rápido

Santa Clara realiza o 14º Encontro de Mulheres com Atividade no Leite

Às vésperas de completar 110 anos de história, a Cooperativa Santa Clara prepara para realizar um dos seus mais tradicionais eventos: o Encontro de Mulheres com Atividade no Leite. A 14ª edição acontece no dia 21 de outubro, das 14h às 15h30min, com toda a programação realizada na modalidade on-line, pela plataforma Teams. Associadas, esposas e filhas de associados de todas as regiões de abrangência da Santa Clara estão convidadas para participar do evento. A gerente do Departamento Técnico, Raquel Soletti, explica que para se inscrever basta entrar em contato com os técnicos da Cooperativa ou enviar o nome completo da participante, nome e matrícula do associado e cidade para o número de WhatsApp (54) 99704-6290 até o dia 18 de outubro e garantir a participação no evento e ainda receber um brinde. “Preparamos uma programação diversificada, que vai desde palestras técnicas até momentos de interação entre as participantes”, aponta. A programação contará com a abertura do presidente da Cooperativa, Gelsi Belmiro Thums; diretor Administrativo e Financeiro, Alexandre Guerra. Já as palestras serão: Mulheres que transformam, com a psicóloga Aline Dotta; Criação de terneiras, com a gerente do Departamento Técnico, Raquel Soletti, e a consultora de nutrição animal Géssica Farina. O 14º Encontro de Mulheres com Atividade no Leite contará ainda com a participação do Frei Jaime Bettega e interação do supervisor de food service da Santa Clara, chef Gustavo Grisa, que irá ensinar duas receitas tradicionais da culinária italiana e alemã. (Assessoria de Imprensa Santa Clara)


 

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Porto Alegre, 06 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.515


Novo mandato para Gedeão Pereira

Foi confirmada em 5/10 mais uma gestão para Gedeão Silveira Pereira na presidência da Farsul. Dos 131 sindicatos aptos a votar, 112 compareceram e elegeram a Chapa 1 de forma unânime. Esta foi a 43ª eleição realizada pela federação de agricultura mais antiga do país, com 94 anos. O novo mandato inicia no dia primeiro de janeiro de 2022 e vai até 31 de dezembro de 2024.

Após o anúncio do resultado, Gedeão avaliou que não ter oposição foi uma mensagem muito forte da classe. "Quando vocês vêm até aqui para votar com chapa única mostra que a Federação atende aos seus anseios. Estou muito orgulhoso! Isso nos encoraja, mas dá responsabilidades", declarou.

Para a próxima gestão, o presidente reeleito apontou os três principais temas a serem tratados, o programa Duas Safras, as questões judiciais envolvendo meio ambiente e a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG). "Se essas metas forem atingidas deixo esta casa com a sensação de missão cumprida", revelou. Junto com Gedeão, outros 30 diretores, todos produtores rurais, serão responsáveis por defender os interesses do setor, representando milhares de produtores rurais do estado. É missão da Farsul, honrar a vocação de produzir, de defender o direito de propriedade, a livre iniciativa, a economia de mercado e os interesses do País.

O presidente aproveitou para agradecer aqueles que deixarão a diretoria no próximo mandato. "Vocês ajudaram a construir esta gestão vencedora e hoje vieram aqui, votaram e aprovaram este trabalho", disse. A atual diretoria sofrerá uma renovação de 40%.

Entre os diretores executivos, Francisco Schardong permanece como Diretor Administrativo e José Alcindo Ávila como Diretor Financeiro. Gilberto Schilling Moreira assume como 2º Diretor Administrativo e Paulo Roberto Vargas como 2º Diretor Financeiro. Eles substituem Domingos Lopes e Paulo Ricardo Dias que passam a serem diretores Vice-Presidentes. O número de mulheres na diretoria foi ampliando. Agora são quatro compondo o quadro. Margarete Marques e Maria Tereza Mendes como diretoras suplentes, Teodora Lütkemeyer como titular do Conselho Fiscal e Márcia Mueller Medeiros como suplente do Conselho Fiscal.

Perfil

Médico veterinário, formado em 1971 pela Universidade Federal de Santa Maria, Gedeão Silveira Pereira é produtor rural, proprietário e administrador da Estância Santa Maria com produções de Pecuária de Corte (raças Hereford e Polled Hereford) com manejo em pastagens e agricultura. Já realizando viagens de estudos em pecuária à Nova Zelândia, Austrália, USA, Argentina, Chile, Paraguai, França, Espanha e Rússia. Foi diretor da Associação Brasileira de Criadores de Hereford e Braford e presidente do Sindicato/Associação Rural de Bagé por dois mandatos. Presidiu a Comissão de Assuntos Fundiários da Farsul, onde, também, foi vice-presidente por quatro mandatos. Foi presidente do Sebrae/RS e atualmente é vice-Presidente do Fundesa, sendo recentemente eleito como 2º vice-presidente da CNA, onde também tem o cargo de diretor de Relações Internacionais. (Fonte: Imprensa Sistema Farsul)


Na média, Conseleites sugerem estabilidade de preços

Em setembro, o preço do leite ao produtor registrou nova alta. Para o pagamento de outubro, os Conseleites divergiram nas indicações, mas com uma média sugerindo certa estabilidade.

As maiores divergências ocorreram entre Minas Gerais, com alta de 1,3%, e Rio Grande do Sul, indicando queda de 1,97%. Santa Catarina e Paraná ficaram próximos de zero. (Fonte: CILeite/Embrapa)

Assistência técnica de laticínios e cooperativas

Em um ambiente complexo e influenciado por diversos fatores como a produção de leite, a tecnificação e adequação de processos nas propriedades é vital para a continuidade do negócio de maneira sustentável e competitiva.

O Brasil como um dos maiores produtores de leite mundial tem diferentes realidades espalhadas pelo país, o que especifica a adequação da produção em cada região, bem como em cada propriedade.

Por isso, programas de assistência técnicas de laticínios e cooperativas são fundamentais para o melhor funcionamento de toda a cadeia. Para o Eng. Agr. M. Sc., Jair da Silva Mello, Gerente de Suprimento de Leite na Cooperativa Central Gaúcha LTDA (CCGL), “sem técnico qualificado, que saiba fazer gestão dos processos (junto com o produtor), dentro e fora da porteira, a atividade não cresce com sustentabilidade e não rentabiliza (lucro).”

Contudo, para uma parceria bem-sucedida, Jair destacou que esta precisa ser baseada em quatro pilares: conhecimento, perfil e habilidade do profissional; seleção do produtor/cliente; planejamento com uma visão de médio e longos prazos; lucro e entrega de resultados; bem-estar da família, colaboradores, animais e meio ambiente e promover a sucessão.

Claro, assim como toda relação em qualquer negócio, na relação entre laticínios, cooperativas e produtores de leite também precisa e deve haver benefícios para ambas as partes envolvidas. Neste sentido, Mello destacou que o “produtor estando bem (financeiro, saúde, família e feliz), ganhando dinheiro, a Cooperativa vai estar bem.”

Jair também apontou a fidelização do produtor como um item benéfico desta relação, levantando o questionamento: “quanto custa (centavos/litro), um profissional qualificado que faz o produtor melhorar a produção, produtividade e a renda da família?” Além disso, o Gerente também apontou a qualidade da matéria-prima como uma vantagem de uma parceria de sucesso.

Como podemos ver, quando a relação entre os laticínios e produtores é bem-sucedida gera benefícios para o campo e a indústria. Entretanto, para melhorar a realidade de cada fazenda assistida pelos laticínios é preciso que o técnico ou consultor responsável entenda e saiba tomar ações de acordo com a necessidade de cada propriedade.

Para isso, é preciso somar aos conhecimentos teóricos, uma bagagem de insights práticos do dia a dia da profissão, que permitem conectar ideias e tomar a decisão mais assertiva para cada situação. Ou seja, para transformar a realidade de cada propriedade é necessário saber gerir pessoas, processos e negócios. Afinal, teoria e prática andam juntas!

Essa é justamente a proposta do MilkPoint Experts: Feras da Consultoria, transformar realidades no leite agregando à teoria uma boa execução e percepção da prática. Em oito encontros semanais todas as sextas-feiras entre as semanas de 06 de outubro a 28 de novembro, com um time de palestrantes impecável vamos proporcionar aos participantes uma experiência única e inédita sobre a rotina do leite. No dia 29/10, em nosso quarto encontro teremos o painel “Programas bem-sucedidos de assistência em laticínios e cooperativas,” com uma palestra do Jair Mello.

Se você ainda não fez sua inscrição, não perca mais tempo, clica aqui e faça agora! Aproveite para conferir no site todos os palestrantes e palestras. Vamos juntos transformar realidades no leite? Esperamos você!

O Sindilat também garantirá desconto de 30% na inscrição do evento aos seus associados pelo link https://bit.ly/3ErRZw7. (Fonte: Milkpoint)


 Jogo Rápido

Agronegócio da biodiversidade

É também com a pegada da produção sustentável que o Centro de Pesquisas em Agronegócios da UFRGS realiza a 9ª edição do Cienagro. O evento virtual O Agronegócio da Biodiversidaade ocorre amanhã e sexta-feira (inscrições em ufrgs.br/cienagro). Haverá palestras com foco em expansão do agronegócio aliado à conservação, uso de organismos nativos para a indústria biotecnológica e biodiversidade como serviço à sociedade, além da apresentação de cerca de 60 pesquisas científicas. “Ainda é muito dividido: biodiversidade é coisa de biólogo e agronegócio, de produtor. Queremos passar a mensagem de que precisamos conservar o ambiente e até mesmo explorar o potencial que a terra tem. Será uma vantagem competitiva, que pode agregar valor”, analisa o coordenador do simpósio e professor do PPG de Ciências do Agronegócio, Heinrich Hasenack. CLIQUE AQUI para mais informações. (Zero Hora)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 05 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.514


RS tem seguro de pecuária inédito no mundo

Foi assinado no início da tarde desta segunda-feira, na sede da Federação da Agricultura do RS em Porto Alegre, o seguro do rebanho bovino gaúcho para caso de ocorrência de focos de febre aftosa. Trata-se do primeiro seguro de pecuária contra a febre aftosa em todo o mundo, conforme o representante da seguradora Fairfax, Ricardo Sassi.

Segundo ele, o cálculo para o valor do seguro gaúcho levou em conta diversos fatores como o georreferenciamento de propriedades, e a qualidade do trabalho de defesa agropecuária realizado no estado. O presidente da Farsul, Gedeão Pereira, destacou a importância do olhar do produtor para comunicar qualquer suspeita de doença. “O seguro vai contribuir para que o produtor, que é o primeiro fiscal, tenha o conforto necessário de agir com rapidez para chamar a autoridade sanitária fazer o diagnóstico”, afirmou Gedeão Pereira.

O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, falou sobre as mudanças de cenário desde 2001 quando houve o último foco no estado. “É uma condição totalmente diferente que temos hoje, com um serviço veterinário oficial preparado e estrutura para um rápido diagnóstico e ação para a contenção de eventuais focos”. Kerber pontuou também que o setor tem esse desafio, de conscientizar o produtor sobre a importância de notificação de suspeitas e de controle de ingresso de pessoas e animais nas propriedades.

Com a assinatura do seguro, o produtor gaúcho está protegido para o caso de ocorrência de febre aftosa, com a necessidade de indenização por abate sanitário. O valor do prêmio (que o Fundesa pagará anualmente à seguradora) é de R$ 3,98 milhões. Já a franquia é de R$ 15 milhões e o valor segurado, além da franquia é de R$ 300 milhões de reais. (Fundesa)


GDT - 05/10/2021

(Fonte: GDT)

 

Prêmio busca incentivar competividade leiteira

Vai ano e vem ano, e o setor lácteo gaúcho segue na gangorra entre o segundo e o terceiro lugar em volume de lácteos do Brasil. Em 2020, a produção foi de 4,29 bilhões de litros no Rio Grande do Sul, o que corresponde a 12% da produção nacional e manteve o Estado na terceira colocação do ranking nacional, atrás de Minas Gerais e do Paraná. O resultado do trabalho de pouco mais de 40 mil produtores em 457 municípios, números que retratam estabilidade que se arrasta ao longo dos últimos cinco anos.

Mas para melhorar a competividade no setor altamente capilarizada no território gaúcho, o Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), em parceria com a Emater/RS-Ascar e Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR, estão promovendo o Prêmio Referência Leiteira RS. As inscrições vão até 15 de outubro.

Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, o prêmio tem Jornal da Manhã por objetivo valorizar e reconhecer os produtores de leite que realizam a sua atividade com dedicação diária e fazem do trabalho o seu modo de vida, produzem com eficiência, gerando um produto que garante o sustento e a qualidade de vida para sua família e contribuem decisivamente para que chegue à mesa do consumidor um alimento de excelência.

"Não adianta falar em competitividade senão cairmos a fundo nessa questão de conversarmos com o produtor, com as entidades como Emater, para que possamos efetivamente avançarmos nessa questão de competividade", disse o secretário, em entrevista ao JM.

Palharini explica que podem se inscrever os produtores de leite do Estado com produção individual ou coletiva, independentemente do volume produzido, desde que vinculados a uma das indústrias de laticínios que adquirem leite no Estado. "O último dado da Emater aponta que 40 mil produtores fazem a entregam regular de leite à indústria e todos podem concorrer", destaca.

Neste primeiro ano, o Prêmio Referência Leiteira avaliará indicadores em três categorias: Produtividade da Terra, Qualidade do Leite e Produtividade da Mão de obra. A primeira avalia a quantidade de litros produzidos por ano em relação à área utilizada (litros/hectare/ ano). A segunda mensurará índices qualitativos do leite como a Contagem de Células Somáticas (CCS) e Contagem Bacteriana Total (CBT). Nesta categoria, a certificação de propriedades como livres de tuberculose e brucelose renderá pontos extras aos tambos inscritos. Por fim, a terceira categoria desafia-se a correlacionar a quantidade de litros de leite produzido nas propriedades com o número de pessoas envolvidas, considerando seu grau de dedicação em termos de carga horária e capacidade laboral.

As inscrições devem ser realizadas nos escritórios municipais da Emater/RS. (Jornal da Manhã)


 Jogo Rápido

Governo federal lança a CPR Verde

 O governo federal formalizou o lançamento da Cédula de Produto Rural (CPR) Verde. O título poderá ser emitido pelos agropecuaristas por serviços de conservação de florestas e recuperação da vegetação nativa que resultem em redução de emissões de gases de efeito estufa. A aquisição é atraente para interessados em fazer compensação de carbono e zerar suas emissões, que podem passar a pagar por isso, gerando uma renda extra para o produtor rural. Segundo o Ministério da Agricultura, com a CPR Verde, ao invés de se comprometer em entregar o resultado das suas atividades em pagamento a um recurso financeiro obtido para investimento, o agropecuarista poderá dar como garantia ao dinheiro recebido a manutenção de determinada área florestal em pé. (Correio do Povo)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.513


Mais um recorde de produção

Desde 2016, o Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar, com apoio de entidades parceiras, tem desenvolvido um trabalho para profissionalizar a produção de leite em Frederico Westphalen. O panorama, a partir da adoção de novas tecnologias e mudanças no sistema de produção, tem sido, a cada ano que passa, positivo no que diz respeito ao aumento da produtividade, gerando mais renda e qualidade de vida a quem trabalha com a bovinocultura de leite e participa deste processo. Neste período, a produção de leite em FW só tem aumentado.

Em 2016, quando iniciou essa nova proposta de acompanhamento aos produtores, foram 13 milhões de litros de leite. Em 2019 foram 17,3 milhões de litros e em 2020, a produção no município chegou a 19,1 milhões de litros de leite. Conforme explica o engenheiro agrônomo, especialista em Pecuária de Leite e extensionista da Emater, Jeferson Vidal Figueiredo, isso se deve a muitos fatores, e ocorreu mesmo em um ano com uma das piores secas dos últimos tempos, superando as expectativas.

Ao mesmo tempo, houve uma diminuição no número de produtores, que era 423 em 2014. Em 2016, o número de propriedades envolvidas com a bovinocultura de leite era 306 e em 2020 era 260. “Tem diminuído o número de produtores, mas a produção vem aumentando. Os produtores que são atendidos pela Emater e outras entidades ou empresas estão se profissionalizando, é uma mudança de concepção da atividade leiteira”, aponta Figueiredo.

Os dados da pesquisa, que sempre é divulgada em relação aos números do ano anterior, mostram que a receita para os produtores de leite, já corrigida pelo IPCA, foi de R$ 32,6 milhões em 2020, contra R$ 23,2 milhões em 2019 e R$ 14,1 milhões em 2015, um aumento de 130% neste período de cinco anos, o que indica que está ocorrendo a capitalização na propriedade, que permite mais investimentos, como o aumento do plantel, melhoramento genético e, inclusive, a aquisição de insumos mais qualificados. – Esses resultados mostram uma evolução muito grande na atividade leiteira do município. Por muitos anos tivemos uma média de produção mais baixa do que no Estado e agora nos equiparamos. Além disso, houve uma mudança de categoria, pois, em 2016, a maior parte dos nossos produtores, 56%, produzia menos de 100 litros de leite por dia e era responsável por 25% da produção, faixa que, atualmente, concentra 45% das propriedades e corresponde a 12% da produção.

Em contrapartida, 7% dos produtores produziam mais de 300 litros de leite por dia em 2016, sendo responsáveis por 21% da produção. Hoje, 21% dos produtores produzem acima de 300 litros de leite por dia, o que representa 55% da produção total do município. Ou seja, estamos vivendo uma concentração da produção, e isso está ligado à profissionalização –, comenta.

Evolução

Ainda, houve evolução na produtividade média por vaca/dia que, em 2015 era de 9,9 litros e passou para 15,3 litros em 2020. O levantamento também aponta que neste período, entre 2016 e 2020, cerca de 70% dos produtores de leite conseguiram evoluir na atividade, buscando melhorias por meio de assistência técnica, informações, ferramentas, troca de experiências e mudanças. (Folha do Noroeste)


Primeira fazenda leiteira com emissões líquidas de carbono zero da Nestlé está na África do Sul

A fazenda de laticínios Skimmelkrans em George, na província de Western Cape na África do Sul, é a primeira fazenda leiteira da Nestlé destinada a atingir emissões líquidas de carbono zero em 2023. A fazenda se destacou por meio do trabalho prudente do solo, conservação de água, manejo de rações e processamento de estrume. Os 4 pilares da agricultura regenerativa, ou seja, solo, água, biodiversidade e pecuária, são integrais.

A fazenda leiteira, de propriedade da família Kuyler de 4ª geração e administrada por 30 funcionários, produziu leite para a Nestlé na África do Sul por um período ininterrupto de 60 anos. A fazenda opera em um ecossistema de biodiversidade, desde a liberação de estrume no solo até o cultivo de sua própria ração animal.

A Dairy Global conversou com Hoven Meyer, gerente do grupo de serviços agrícolas da Nestlé East and Southern Africa Region, para saber mais sobre os planos de emissões líquidas zero da fazenda. “Embora existam muitas maneiras de criar operações mais sustentáveis para fazendas leiteiras, Skimmelkrans se diferencia pelo trabalho do solo, conservação de água, manejo de rações e processamento de estrume, onde ocorrem algumas das maiores reduções de gases de efeito estufa”, disse Meyer.

1.000 vacas, 20.000 litros de leite

A raça predominante no passado era a Friesland Holsteins, mas a raça Jersey foi introduzida devido a uma necessidade crescente de sólidos de leite mais elevados pela Nestlé. O rebanho atual de 1.000 cabeças, composto de 80% de vacas leiteiras Jersey e 20% de vacas Friesland Holstein, produz uma média de 20.000 litros de leite por dia, ou 20 litros por vaca. A pegada de carbono analisada da linha de base da fazenda para 2019 foi de 1,1 kg CO2e/kg de leite com proteína e gordura corrigidas. O programa de intervenção de redução de carbono da fazenda foi calculado ao longo de 3 anos para atingir o status de emissão líquida zero de carbono.

Setor a base de pastagens da África do Sul

A Nestlé trabalha em cerca de 187 países em todo o mundo. Então, por que a África do Sul foi escolhida para este projeto? “A África do Sul tem um setor de lácteos baseado em pastagens muito avançado e, portanto, foi escolhida para implantar a primeira fazenda leiteira com emissão líquida zero de carbono do grupo.

Outros projetos líquidos zero seguiram em outros países onde a Nestlé tem uma pegada de leite fresco”, diz Meyer. “Vimos um aumento de 11% na produção de leite por vaca, alcançamos uma redução de 40% na energia usando a energia solar e um aumento de 45% no carbono ativo no solo.” “Trabalhamos muito para garantir que o projeto Skimmelkrans não só tenha sucesso em alcançar emissões líquidas de carbono zero, mas também se torne um modelo que as fazendas operadas pela Nestlé possam implementar com eficácia.

Em pouco mais de um ano, começamos a ver alguns resultados positivos com este projeto: vimos um aumento de 11% na produção de leite por vaca, alcançamos uma redução de 40% na energia solar e um aumento de 45% no carbono ativo no solo”, disse Meyer. Ele observa que o aumento na produção de leite foi impulsionado por pastagens multi-espécies com alto teor de proteína e um sistema de manejo de pastagem adequado. Meyer analisa as estratégias da fazenda para combater as emissões para chegar a zero líquido e discute solo, água, pasto/ração, esterco, energia renovável e fermentação entérica.

- Solo: A análise completa do solo da fazenda foi feita na plataforma completa de 600ha para determinar a linha de base da pegada em todos os diferentes componentes. A partir da análise do solo, um programa completo de correção do solo foi calculado com a ajuda de especialistas sobre como corrigir exatamente o estado do solo. As diferentes intervenções incluem correção de pH (cal/gesso), uso de fertilizante orgânico (cama de frango), redução de fertilizantes químicos e tratamento de todas as microdeficiências do solo para melhorar a saúde do solo. A análise completa do solo da fazenda será feita anualmente para determinar as melhorias e novas áreas de intervenção.

- Água: Todo o sistema de irrigação da fazenda está ligado a um sistema computadorizado de leitura da umidade do solo, onde a umidade do solo é registrada de hora em hora em diferentes profundidades de raiz, resultando em economia máxima de água na fazenda. Esse sistema já comprovou uma economia de 15% de água nas pastagens por ano.

- Pastagens/Alimentos: O estabelecimento de pastagens perenes (azevém, trevo, banana-da-terra e alfafa) tem sido muito favorável nas práticas de cultivo mínimo na fazenda. A fazenda baseada em pastagens consiste atualmente em uma plataforma leiteira de 600 hectares - 400 hectares estão sob irrigação de pivô central e 200 hectares de terra seca são usados para a produção de ração. O modelo fornece 80% de ração na fazenda com 20% de concentrado de ração comprado.

- Estrume: O sistema existente de tanque de estrume foi alterado para uma barragem agitadora com uma prensa de estrume. Durante a ordenha, o esterco da vaca é coletado e separado em líquidos e sólidos usando uma prensa de esterco. Os líquidos são irrigados diretamente nas pastagens, enquanto os sólidos são levados para as terras férteis mais baixas e liberados como composto. Além disso, a fazenda usou cerca de 4.000 toneladas de esterco de galinha como fertilizante orgânico - substituindo alguns fertilizantes químicos com uma grande pegada de carbono.

- Energia renovável: Foi instalada uma usina solar para diminuir o uso da eletricidade convencional, e a fazenda já atingiu uma queda de 40% no uso da energia convencional. O excedente de energia solar produzida durante o dia é alimentado no sistema de rede municipal.

- Fermentação entérica/produção de metano: Testes em colaboração com Research Farm & Academia estão em andamento na fazenda para avaliar aditivos/componentes de ração com menor impacto de metano.

A biodiversidade é uma prioridade

Outras operações ecológicas na fazenda incluem alojamento para corujas e alojamento para morcegos. Além disso, os cursos d’água são limpos de vegetação estranha, que é até mesmo reaproveitada (a acácia negra é lascada e dada às vacas devido ao seu alto teor de proteína). Todas as intervenções na fazenda líquida zero serão implementadas em todas as fazendas Nestlé em seus distritos de abastecimento de leite. (As informações são do Dairy Global, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)

Setor leiteiro Argentino completa dois anos ininterruptos de crescimento produtivo

As fazendas leiteiras argentinas produziram 1,055 bilhão de litros em agosto e, assim, alcançaram um crescimento de 3,9% na produção de leite em comparação ao mesmo mês do ano passado, de acordo com o relatório mensal da Direção Nacional de Laticínios. Dessa forma, eles acumulam um aumento de 3,9% até agora neste ano (4,4% medidos em uma média diária).

Segundo uma série elaborada pelo Observatório da Cadeia do Leite Argentina (Ocla), o último mês permitiu somar dois anos ininterruptos de aumento produtivo. A curva ascendente começou em agosto de 2019, quando a variação homóloga foi de 2,1%. Daquele momento até hoje, em todos os meses houve uma produção maior do que no mesmo mês do ano anterior.

Na verdade, os níveis atuais de produção estão acima do projetado no início do ano. A Ocla costuma consultar as 20 indústrias que mais recebem leite na Argentina, que esperavam entre janeiro e agosto um aumento na oferta de 2,2 por cento, previsão que ficou aquém, à luz dos dados oficiais, de 1,7 ponto percentual. Assim, a projeção para todo o ano, que era uma recuperação de 1,5 por cento, passou para 2,6 por cento, o que significaria um volume total anual de 11,4 bilhões de litros, o maior valor desde 2015. (As informações são do La Voz, adaptadas pela equipe MilkPoint)


 Jogo Rápido

Pelotas abre sua Expofeira no dia 4

A 95ª Expofeira Pelotas será aberta segunda-feira (4) no Parque Ildefonso Simões Lopes. O evento terá formato híbrido, digital e presencial, com público simultâneo limitado a 2.500 pessoas. A programação conta com mais de cem atividades, entre as quais estão nove leilões de animais, e segue até o dia 10. De segunda-feira a sábado ocorre a Conferência Rural (de forma híbrida) e o ciclo de palestras Momento Masters. As inscrições para algumas atividades e a programação completa podem ser feitas na página da 95ª Expofeira na internet. (Correio do Povo)


 

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Alinhada com a preocupação mundial de fortalecer as defesas naturais do corpo humano para garantir saúde e qualidade de vida, a indústria de laticínios vem investindo em produtos focados em reforço do sistema imunológico e até da saúde mental das pessoas. A tendência foi referendada pelo executivo da Tetra Pak, Luis Eduardo Ramirez, durante encontro com representantes de associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) na manhã desta quinta-feira (9/9), na Casa da Indústria de Laticínios no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS).

Ramirez lembrou que, de modo geral, os lácteos já têm essa função porque são fontes de sais mineiras e muitos nutrientes, mas há uma clara intenção em âmbito internacional das empresas focarem sua ação nesses nichos, que agregam preço e valor adicional às marcas. Citou como exemplo o lançamento de itens antioxidantes e a expansão do mercado de Whey Protein. “Há um aumento da preocupação das pessoas com a saúde mental e com a consciência de como a dieta pode agir contra a depressão e até ajudando as pessoas a relaxar”. Ramirez pontuou rótulos de produtos lançados na Tailândia e da Eslovênia que trazem traços de mel e camomila com princípios calmantes. “O leite integral vai sempre existir, mas esses produtos de nichos nos trazem maior valor agregado porque o consumidor entende que foram feitos especialmente para ele. O produto super-democrático vai ser sempre o item de volume, mas os de nicho têm valor melhor e trazem um adicional às marcas”, completou. Para ele, segmentos como esse podem ser uma ótima opção para pequenos laticínios que conhecem a fundo seus consumidores.

Mediando o debate, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, lembrou que o Brasil não tem costume de consumir o leite saborizado, mas que esse é um mercado importante a ser explorado.

Durante sua apresentação, Ramirez ainda mencionou a força que a comunicação digital ganhou no setor lácteo, incluindo projetos bem sucedidos de e-commerce. “Não é o futuro, é o presente. E com a pandemia, esse processo só se acelerou”, completou. A Tetra Pak está pesquisando o mercado e trazendo inovações constantes nas embalagens, incluindo estratégias e códigos que permitam interação das marcas com o consumidor. “É uma tendência que vai ficar para depois da pandemia”. Acompanhando a reunião híbrida direto da Casa da Indústria de Laticínios, o coordenador de vendas do Escritório regional de Porto Alegre da Tetra Pak, Rodrigo Carvalho, ressaltou a importância do momento. “É uma oportunidade de estar próximo e escutar as demandas dos laticínios, mostrar-se parceiro de todo esse processo produtivo”.

Competitividade - A necessidade de profissionalização dos tambos brasileiros e de que esse processo ganhe velocidade também foi tema do encontro, que contou com a presença do deputado federal Alceu Moreira. “O leite é uma cadeia interligada. Os dentes da roda só funcionam se um dente tocar no outro”, pontuou. Nesse processo, citou ele, os avanços tecnológicos têm papel essencial. “A conectividade entrou no campo para nunca mais sair”. Entre as inovações projetadas pelo parlamentar no setor produtivo estão mudanças na logística de grandes volumes, uma vez que o e-commerce deve alterar a relação entre os diferentes elos da cadeia produtiva. Inovação que também deve ganhar corpo no processo produtivo, ampliando a gama de produtos derivados do leite. “Na França, há centenas de tipos de queijos. No Brasil, temos 20. É preciso ir para o mercado destacando cor, textura e sabor e fomentar novos nichos de mercado. Não tem espaço para quem não é competitivo”.

O diretor-tesoureiro do Sindilat, Angelo Sartor, corroborou a posição do deputado, reforçando que o mercado já mudou. “Não tem mais espaço para atuar em um modelo standard como antigamente. Não é uma questão de opção”, alegou, lembrando que o valor pago pelo leite no Brasil é o mesmo da Europa, onde o poder de compra da população é muito maior. “É uma conta que não fecha”, justificou. Por outro lado, Sartor frisou que as projeções para quem se profissionalizar são otimistas. “É um segmento que só vai crescer”.

Sindilat na Expointer 2021

A participação do Sindilat na feira conta com a parceria da Tetra Pak, marca internacional que é referência em embalagens para alimentos.

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Porto Alegre, 01 de outubro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.512


Departamento técnico da SEAPDR estuda viabilidade de proposta do Fundesa

O Departamento de Defesa Agropecuária, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), realiza neste momento um estudo técnico de viabilidade das sugestões propostas pelo Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) quanto à readequação legislativa e de formato de parceria entre as partes. Até o final do presente exercício, um convênio entre a SEAPDR e a entidade ainda possibilita a transferência de recursos dos produtores rurais ao Fundesa, criado pelas cadeias de proteína animal (avicultura, suinocultura, pecuária de corte e de leite).

Este fundo é uma opção que o produtor rural tem de não recolher valores ao Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fesa). O convênio foi feito nos termos da Lei Estadual 12.380, de 2005, que dispõe sobre o Sistema Estadual de Controle de Inspeção Sanitária e Industrial de Produtos de Origem Animal (SECIS).

No entanto, com o advento da Lei Federal de Parcerias 13.019, de 2014, e também diante de parecer da Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e de comunicado da Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage), o relacionamento jurídico terá que ser alterado para o formato de parceria. Em reunião, em julho, o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, entregou à secretária da Agricultura, Silvana Covatti, uma minuta de projeto de lei, o qual propõe celebração de acordos de cooperação com organizações privadas das cadeias produtivas.

O estudo de viabilidade, que está sendo providenciado pelo corpo técnico do DDA, irá embasar a análise jurídica a ser efetuada pela procuradoria setorial da PGE junto à Secretaria da Agricultura. Aguarda-se no curto prazo o encaminhamento de uma solução, vez que o assunto envolve recursos que são usados para indenização dos produtores rurais em caso de perda de bovinos, suínos e aves por enfermidade infectocontagiosa.

A estratégia desenhada pelo DDA levará em conta, inclusive, a tecnologia fornecida pela Universidade da Carolina do Norte (EUA) que desenhou e mapeou todas as repercussões de eventual intervenção sanitária na área da febre aftosa no Rio Grande do Sul, bem como as ações de apoio técnico e de suporte de logística às ações de defesa sanitária. (SEAPDR)


Sancionada lei para adesão ao Regime de Recuperação

O Rio Grande do Sul deu mais um passo para a adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF). Ontem, foi sancionado o projeto de lei complementar, que promoveu adequações à legislação federal para permitir que o Estado avance no acordo com a União. A proposta foi aprovada há duas semanas na Assembleia e atualizou as modificações feitas na legislação federal de repactuação de dívidas dos estados com a União.

A adesão ao RRF é a oportunidade de o Estado retomar gradualmente o pagamento da dívida com a União. A suspensão do pagamento ocorreu após decisão liminar no Supremo Tribunal Federal (STF), em 2017. Desde então, a estimativa é que o Estado deixou de pagar mais de R$ 13 bilhões. Com o acordo, a expectativa é que haja uma transição segura para que o Rio Grande do Sul volte a pagar as parcelas. “Então, se não continuarmos numa linha de responsabilidade fiscal, buscando manter o equilíbrio, o Estado voltará a ter dificuldades financeiras a médio prazo”, destacou o governador Eduardo Leite (PSDB), durante a assinatura, ao falar sobre a necessidade de o pagamento da dívida ser retomado.

Segundo dados do Tesouro do Estado, o endividamento, em especial com a União, é um dos fatores de pressão sobre o déficit orçamentário previsto para 2022 (de R$ 3,2 bilhões) e deve representar no ano que vem uma obrigação de R$ 3,5 bilhões. Esses valores não estão sendo pagos desde 2017 e já acumulam mais de R$ 13 bilhões que poderão ser pagos a longo prazo com as demais parcelas da dívida, no caso de adesão ao regime.

Com a sanção da lei estadual, o governo dará sequência à preparação da documentação para o pedido de adesão à União. Enquanto isso, seguirá preparando o cenário do plano de forma paralela.

“Nosso objetivo é estreitar a janela entre as duas etapas necessárias, de adesão e de homologação ao regime, o que dependerá ainda da lei do teto de gastos e da aprovação do plano em si. Nossa expectativa é cumprir todas essas etapas até março do ano que vem”, pontuou o secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso. (Correio do Povo)

 

Estado terá temperaturas amenas e alternância entre tempo seco e pancadas de chuva nos próximos dias

Os próximos dias serão de temperaturas amenas no Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Agrometeorológico nº 39/2021, da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) em parceria com a Emater e o Irga. Na sexta-feira (1º), a atuação de uma área de baixa pressão e a entrada de uma frente-fria manterá a nebulosidade, com pancadas isoladas de chuva na maioria das regiões.

No sábado (2) e domingo (3), o tempo permanecerá instável e o ingresso de uma massa de ar frio favorecerá a diminuição das temperaturas. Na segunda (4), o tempo firme e temperaturas amenas seguirão predominando, com temperaturas chegando a apenas 25 graus essa semana.

Entre terça (5) e quarta-feira (6), o tempo seguirá firme e ensolarado. A previsão é de que os maiores acumulados ocorram entre quinta (30) e sábado (2) sendo a Região Norte onde deve chover mais, chegando a acumulados de até 62 mm. As demais regiões devem registrar acumulados entre 10 e 30 mm. A Região Oeste é onde deve chover menos. Em geral, a média de acumulados prevista para essa próxima semana no Rio Grande do Sul deve ficar entre 15 e 25 mm. O boletim também aborda a situação das culturas de trigo, canola, milho, feijão e arroz. Veja o boletim completo em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)


 Jogo Rápido

Colheita será a maior da história

Uma atualização de estimativa divulgada ontem pela Emater/RS-Ascar confirma que a safra de inverno deste ano deve ser a maior da história do Rio Grande do Sul, tanto em área cultivada (1,59 milhão de hectares) quanto em produção (4,58 milhões de toneladas) de trigo, canola, cevada e aveia branca, com aumento de 61,3% sobre a safra anterior (2,84 milhões de toneladas). A variação será puxada pelo trigo, que deve render 3,59 milhões de toneladas, 70,95% mais do que as 2,1 milhões de toneladas de 2020. A atualização representa ainda um aumento de 24,04% em relação à estimativa inicial (2,89 milhões de toneladas), feita em junho. O levantamento também aponta uma elevação de 8,97% na área cultivada (1,17 milhão de hectares) na comparação com aquela estimativa (1,08 milhão de hectares). (Correio do Povo)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 30 de setembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.511


Produção de leite cresceu em 2020

Segundo a nova Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção brasileira de leite cresceu 1,5% em 2020 em relação a 2019 e atingiu o recorde de 35,4 bilhões de litros. Também houve aumento de 30,8% no valor da produção, para R$ 56,5 bilhões.

A PPM apontou que o preço médio nacional do litro do leite ficou em R$ 1,59 em 2020, uma alta de 28,9% ante o ano anterior. Já a produtividade média avançou 2,4%, para 2.192 litros por vaca/ano. O Brasil é o sexto maior produtor mundial de leite e tem o terceiro maior efetivo de vacas ordenhadas no mundo, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

Quase um terço (27,3%) de todo o leite produzido no país veio de Minas Gerais, que produziu 9,7 bilhões de litros, 2,6% mais que em 2019. O Paraná ocupa o segundo lugar no ranking dos maiores Estados produtores, com 4,64 bilhões de litros e 13,1% do total nacional. O Rio Grande do Sul ocupa a terceira posição, com 4,29 bilhões de litros em 2020, ou 12,1% do total.

Juntos, os três Estados concentram, portanto, mais da metade do leite produzido no país (52,4%). Minas Gerais é o principal produtor, mas o município líder está no Paraná. Castro produziu, em 2020, 363,9 milhões de litros, com valor de produção de R$ 651,4 milhões. (Valor Econômico, adaptada pelo Sindilat)


Medidas Compensatórias - Uruguai reduz tributos na divisa

Montevidéu – O governo uruguaio anunciou ontem medidas compensatórias, incluindo redução da carga tributária e do preço de recursos públicos para comércios na divisa com Brasil e Argentina, para suavizar a diferença de preços com os dois países diante da iminente abertura de fronteiras. “A abertura das fronteiras vai gerar possível fluxo comercial e há diferencial de câmbio significativo com os países vizinhos”, disse o secretário da Presidência, Álvaro Delgado.

Enquanto o Brasil já admite entrada de uruguaios, a Argentina vai abrir fronteiras na sexta. O Uruguai abrirá em novembro. Após reunião com governadores dos departamentos com passagens terrestres para Brasil e Argentina, Delgado anunciou medidas para baixar custos de micro, pequenas e médias empresas cuja atividade principal seja varejo.

As empresas devem estar a no máximo 60 km da fronteira e não faturar mais de 480 mil dólares ao ano (R$ 2,5 milhões). “Cobre mais de 83% dessas categorias na área de fronteira”, disse. Há desconto em tarifas de luz, água e Internet. (Correio do Povo)

 

CNA diz que documento eletrônico de transporte vai reduzir burocracia e diminuir custos

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) avaliou que o Documento Eletrônico de Transporte (DT-e) vai reduzir a burocracia no transporte de cargas e diminuir os custos para o setor produtivo.

O DT-e foi criado pela Lei 14.206/2021, cuja sanção foi publicada no Diário Oficial da União na segunda (27). A implantação vai reduzir o tempo de operações de fiscalização nas estradas.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), Associação das Empresas Cerealistas do Brasil (Acebra), Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga (Anut) contribuíram para o desenvolvimento do projeto do DT-e.

As entidades e o Ministério da Infraestrutura (Minfra) firmaram um acordo de cooperação, em março, para desenvolver o estudo da viabilidade econômica financeira e modelo operacional.

Para a assessora técnica da Comissão Nacional de Logística e Infraestrutura da CNA, Elisangela Pereira Lopes, o desenvolvimento do DT-e atende as demandas do setor. “Os procedimentos adotados atualmente oneram as operações de movimentação de produtos agropecuários e reduzem a competitividade. O transportador gasta, em média, 6 horas por viagem em operações de fiscalização nas estradas. O novo sistema vai unificar, de forma gradual e evolutiva, cerca de 90 documentos em um único documento eletrônico”, destaca.

Em relação à redução de custos, a assessora técnica reforça que nova tecnologia auxiliará na melhoria da renda do caminhoneiro, ao restringir a necessidade de contratar intermediários, atuais responsáveis por majorar os custos de operação em até 40%.

Com a lei sancionada, a implantação do DT-e dependerá de decreto de regulamentação com a especificação do cronograma de implementação e dos órgãos federais aptos a realizar adaptações e migrações para novo sistema. “No próximo ano a adoção do documento único deverá entrar em fase experimental, até que seja realizava audiência pública para aprimoramento do modelo sugerido, bem como o leilão para a concessão do DTe”, destaca Elisangela, acrescentando que, inicialmente devem alcançar os profissionais e empresas que realizam o transporte de soja e milho em grãos, farelos e açúcares.

Conheça as vantagens do DT-e:

  • Reduzir a alta carga burocrática baseada em papel e carimbo, impondo custos administrativos que não agregam valor aos serviços de transporte;
  • Combater formas alternativas de pagamento da contraprestação de serviços de transporte ao transportador autônomo de cargas (intermediários);
  • Valorizar a prestação dos serviços de transporte rodoviário de cargas (TRC) realizado por transportadores autônomos e seus equiparados;
  • Promover o transporte multimodal de cargas, a cabotagem e a integração logística dos modos de transporte;
  • Garantir a segurança das operações em todos os modos de transporte; Proporcionar transparência aos agentes públicos e privados quanto à governança e à fiscalização das operações;
  • Oferecer dados e informações para planejamento e implementação das políticas de transporte.

(As informações são da assessoria de Comunicação CNA, adaptadas pela equipe MilkPoint)


 Jogo Rápido

Valor de referência do leite é pauta no TerraViva

O valor de referência do leite pago ao produtor no Rio Grande do Sul, divulgado pelo Conseleite, foi o assunto abordado pelo secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, no Programa Bem da Terra, do Canal TerraViva, nesta quarta-feira (29/9).  Palharini destacou que o valor de referência reflete os preços alcançados pela indústria no atacado. “O que tem sido evidenciado, em todos os setores, é que o consumidor está com pouco poder aquisitivo. Sendo assim, está sendo necessária uma estabilidade de preço para que haja aquisição. Isso automaticamente reflete no custo da matéria-prima”. Além disso, segundo ele, a indústria também tem enfrentado reajuste no preço de outros insumos além do leite. Confira a entrevista completa a partir de 53 minutos no link https://www.youtube.com/watch?v=faplk5_UwUs  (Assessoria de Imprensa Sindilat)