Pular para o conteúdo

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 08 de novembro de 2021                                                Ano 15 - N° 3.536


Reta final para inscrições do 7º Prêmio Sindilat de Jornalismo
 
Na próxima sexta-feira, dia 12 de novembro, se encerram as inscrições para o 7º Prêmio Sindilat de Jornalismo. O reconhecimento, promovido pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), tem o objetivo de homenagear o trabalho da imprensa que acompanha o setor. Os profissionais podem inscrever trabalhos nas categorias Impresso, Eletrônico e On-line, que tenham sido publicados entre 24/11/2020 e 12/11/2021 em veículos nacionais e que abordem a produção de lácteos e derivados na bacia leiteira do Rio Grande do Sul. Os vencedores de cada categoria (Impresso, Eletrônico e On-line) receberão um troféu e um iPhone como prêmio.
 
Segundo o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, a premiação é uma forma de valorizar os profissionais do jornalismo que evidenciam e levam à sociedade informações que mostram a importância econômica desse setor tão importante para o agronegócio e para a alimentação do povo brasileiro. “Há um trabalho diário e um esforço de milhares de famílias e empresas para levar leite à casa dos brasileiros todos os dias. Sabemos que a imprensa é essencial para mostrar essa realidade ao consumidor, mas que também é pela mão do jornalista que muita informação técnica chega ao homem do campo”, salienta Palharini.
 
Para participar, é preciso preencher a ficha de inscrição e remeter documentação e cópia do trabalho para o e-mail imprensasindilat@gmail.com. A divulgação dos finalistas será realizada até o dia 10 de dezembro pelos canais do Sindilat. Os vencedores serão conhecidos em live com data ainda a ser divulgada.
 
Mais detalhes podem ser conferidos no regulamento publicado no site do Sindilat, clicando aqui. (Assessoria de Imprensa Sindilat/RS)

Emater/RS: controle de horário de pastejo evita estresse térmico
 
Apesar das elevadas temperaturas, as condições do tempo têm proporcionado uma boa brotação e crescimento das forrageiras de verão, em especial das espécies perenes como tífton e jiggs.
 
Com a boa oferta de forragem, a produção de leite está potencializada, diminuindo a necessidade do fornecimento de silagem e ração. Isso tem causado uma redução nos custos de produção.
 
Como forma de evitar estresse térmico nos animais, os produtores estão controlando os horários de pastejo, antecipando a entrada e retirada dos animais nas pastagens para evitar que as matrizes fiquem expostas ao sol quente.
 
Os animais estão com boas condições corporais e sanitárias, porém aumentam os relatos da presença de ectoparasitos, principalmente do carrapato bovino, beneficiados pelo aumento das temperaturas.
 
Seguem sendo realizadas as vacinas contra brucelose bovina, raiva herbívora e para doenças reprodutivas.
 
Na regional da Emater/RS-Ascar de Pelotas, há uma leve queda de produção, já esperada para a época devido a troca de forragens de inverno pelas de verão. No aspecto sanitário, foi intensificada a recomendação para vacinação contra raiva herbívora em alguns municípios, como Turuçu.
 
Na regional de Caxias do Sul, há um aumento na procura por fontes nutricionais alternativas, como resíduo de cervejaria, caroço de algodão, além da inclusão das silagens de inverno, como forma de buscar redução de custos na dieta. (As informações são da Emater/RS, adaptadas pela equipe MilkPoint)



 
Fazendas já conseguem reduzir as emissões de metano no Brasil

Por aqui, buscar um corte dessa escala exige adaptar a pecuária, com técnicas que permitam melhor manejo dos rebanhos. Entre as estratégias que já funcionam em fazendas do Brasil, estão biodigestores e integração de sistemas produtivos. No País, 71,85% das emissões de metano vêm da agropecuária, segundo dados do Sistema de Estimativa de Emissões de Remoções de Gases de Efeito Estufa.

MÉTODO: Um método que propicia mais eficiência é o de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), que mistura ao menos dois desses sistemas produtivos em uma mesma propriedade. Ele é utilizado, por exemplo, há mais de dez anos na Fazenda Santa Silvéria, na região de Bauru, no interior paulista.

Além de 37% de sua área ocupada por reserva nativa, a propriedade integra a lavoura de soja à pecuária de corte, conforme conta o gerente da fazenda, Fulvio Domenek. A Santa Silvéria tem cerca de 1.300 hectares de terra, com cerca de 1.800 cabeças de gado.

"O principal benefício do sistema integrado foi o aumento da arroba produzido por hectare no ano. Porque se entrega uma melhor fertilidade do solo", diz. "Com uma maior produção de volumoso, diminui-se a necessidade de suplementação por ração. O gado se desenvolve com pasto, principalmente, e o ciclo de produção, na engorda, ficou mais rápido."

Domenek conta que o gado do tipo Bonsmara, produzido ali, em dois anos já está fora da fazenda, como touro ou carne. Queiroz indica que o tempo médio de abate no Brasil é de 36 meses. Menos tempo no pasto significa menos fermentação entérica.

Utilizando os dejetos do gado, em Rondônia, o projeto Energias Renováveis da Amazônia (ERA), do Centro de Estudos Rioterra, busca também mitigar os impactos climáticos. Desde 2017, foram instalados 28 kits biodigestores em fazendas de produção leiteira das cidades de Itapuã do Oeste, Cujubim e Rio Crespo.

A instalação do equipamento nas fazendas não é completamente gratuita, mas o custo é acessível, conforme explica Alexandre Queiroz, biólogo e coordenador de Educação da Rioterra. Com subsídio, os agricultores precisam arcar com 20% do valor do equipamento - um montante que gira em torno de R$ 800 e que pode ser pago em 12 vezes.

O equipamento permite fazer a gestão de resíduos da propriedade. Acrescidos de água, o esterco do gado e resto de alimentos são transformados em biogás e adubo. A mitigação da emissão de gases estufa, principalmente, do metano, se dá pelo uso do esterco que, quando fresco e a céu aberto, ao decompor-se, libera o poluente. "Ao todo, com os 28 biodigestores, em três anos, já evitamos a emissão de 10,7 toneladas de CO2 e 6,1 toneladas de CH4", explica Queiroz. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo)

 Jogo Rápido
Casos de Sucesso - Gestão na atividade leiteira 
A pequena produção se desenvolve com assistência técnica, informações e cálculos na ponta do lápis e gestão familiar. Clique aqui e veja o vídeo do Rio Grande Rural com  um dos casos de sucesso na atividade leiteira, apresentado durante o Fórum tecnológico do leite, realizado pelo Colégio Teutônia em conjunto com a Emater/RS, da família Sprandel, da linha Jacó, município de Teutônia. (Terra Viva com informações do Rio Grande Rural)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 05 de novembro de 2021                                                Ano 15 - N° 3.535


Secretaria da Agricultura reestrutura departamentos de defesa animal e vegetal

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) está concluindo o processo de reestruturação interna que dividiu o Departamento de Defesa Agropecuária (DDA) em três: Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal; Departamento de Defesa Vegetal e Departamento de Controle Regional da Defesa Agropecuária.

O objetivo da reestruturação foi agrupar os profissionais de acordo com suas competências técnicas, em departamentos diferentes. “Com isso, a Secretaria dá um atendimento especializado para cada uma das áreas, a animal e a vegetal, porque ambas desenvolvem atividades de extrema importância e de impacto direto no setor que gera o maior PIB do Rio Grande do Sul”, justifica a secretária Silvana Covatti.

O diretor do Departamento de Defesa Vegetal teve sua nomeação publicada no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (3/11): o engenheiro agrônomo Ricardo Felicetti, que chefiava a Divisão de Defesa Sanitária Vegetal, passa a comandar o novo departamento. A engenheira agrônoma Rita Antochevis agora ocupa a chefia da divisão, na vaga deixada por Felicetti.

O Departamento de Defesa Vegetal executa ações como inspeção de produtos de origem vegetal, vinhos e derivados; vigilância e certificação de pragas; coletas de materiais visando detecção de resíduos de agrotóxicos dentro do Programa Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes, e manejo relacionado à aplicação de agrotóxicos hormonais no Rio Grande do Sul, situação que vem em evidência no Estado em função do registro de deriva do 2,4-D sobre cultivos sensíveis.

Diretora do antigo DDA, a médica veterinária Rosane Collares continua como diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal, que tem como meta promover ações de inspeção e fiscalização de produtos de origem animal, programas de sanidade, trânsito animal, vigilância para febre aftosa, entre outros. Já o Departamento de Controle Regional da Defesa Agropecuária, que abrange as supervisões regionais da SEAPDR, as Inspetorias de Defesa Agropecuária (IDAs) e Escritório de Defesa Agropecuária (EDAs), deve ter o veterinário Henrique Bueno nomeado diretor nos próximos dias. Até então ele exercia o cargo de diretor adjunto do DDA.

A nova estrutura foi definida pelo Decreto Estadual 55.984, publicado em 7 de julho de 2021, o qual alterou o Decreto 54.567, de 2019, que dispõe sobre a estrutura básica da SEAPDR. (SEAPDR)


Languiru terá semana de aniversário com programação especial

Há 66 anos, no dia 13 de novembro de 1955, 174 agricultores estiveram reunidos para a constituição da Cooperativa Languiru, na época município de Estrela, hoje, Teutônia, onde está localizada a Sede Administrativa da organização. Ao longo de mais de seis décadas, a Languiru cresceu e já figura entre as maiores cooperativas de produção do Estado, fruto da diversidade de negócios, do trabalho de gestão e da dedicação de muitas famílias de associados e empregados.

Em tempos de pandemia e primando pela saúde e segurança de todos, pelo segundo ano consecutivo a Cooperativa comemora esta importante data para a “Família Languiru” no formato virtual, evitando aglomerações. No período de 08 a 13 de novembro, uma vasta programação será desenvolvida, culminando com a live “Languiru 66 anos – Investindo na geração de renda no campo”. O foco serão os recentes investimentos e iniciativas da Languiru, com inaugurações e apresentação de novos projetos.

A transmissão online no canal da Cooperativa Languiru no Youtube (https://youtu.be/prFGeeEro8k) ocorre no sábado, dia 13, a partir das 11h45min, com a síntese dos melhores momentos da semana do aniversário.
“A Languiru chega aos seus 66 anos como uma cooperativa sólida, pujante, levando desenvolvimento e qualidade de vida às comunidades onde está inserida. Não fosse a pandemia, certamente teríamos nosso tradicional evento presencial com os associados. Com o avanço da vacinação, há esperança de que a humanidade supere este momento e, quem sabe em 2022, possamos estar todos reunidos de maneira presencial para celebrar os 67 anos da Languiru”, frisa o presidente Dirceu Bayer.

Semana de Aniversário Languiru
Segunda-feira – 08/11/21
- Início da “Semana de Negócios” em todas as unidades Agrocenter Languiru
- Lançamento do Livro “Cooperativa Languiru: da reestruturação à consolidação”
- Encontro do Comitê Languiru - Mulheres Cooperadas

Terça-feira – 09/11/2021
- 18h30min – Sessão Ordinária/Itinerante da Câmara de Vereadores de Teutônia no Agrocenter Languiru – Máquinas, em Teutônia

Quarta-feira – 10/11/2021
- 14h30min – “LANGUIRU SOCIAL 2022 – lançamento de novas ações”
- Projeto musical para jovens
- Projeto “Languiru na Cozinha” – edição casas penais
- Certificação do Programa de Inclusão Social e Produtiva no Campo – cultivo de orgânicos;
- Apresentação da Turnê 2022 – Orquestra de Teutônia & Languiru 66 anos
- Anúncio da retomada presencial do Grupo Vocal Languiru
- Homenagens

Quinta-feira – 11/11/2021
- Inauguração do Agrocenter Languiru de São Lourenço do Sul, com palestra para produtores rurais

Sexta-feira – 12/11/2021
- 10h – Reunião de Líderes de Núcleo com entrega de certificados
- 13h30min – Solenidades de inauguração em Westfália e Teutônia:
- Ampliação do Frigorífico de Aves
- Frigorífico de Bovinos
- Pavilhão de Estocagem da Indústria de Laticínios
- Centro de Distribuição do Agrocenter Insumos
- Agrocenter Máquinas
19h – 2º Sorteio da Temporada de Prêmios Languiru

Sábado – 13/11/2021
- 11h45min – Apresentação da Live “Languiru 66 anos – Investindo na geração de renda no campo”, com síntese dos melhores momentos da semana de aniversário no canal da Cooperativa Languiru no Youtube
- 12h30min - 1º sorteio da Campanha “Languiru 66 anos – sua cooperativa, seus prêmios”, específica para associados (Assessoria Languiru)

 

MT: preço do leite ao produtor recua e custos de produção aumentam
Em outubro de 2021, o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) contabilizou o custo de produção da pecuária de leite em Mato Grosso, referente ao 3º trimestre e, no que tange ao Custo Operacional Efetivo (COE), foi observado um acréscimo de 5,46% ante o trimestre anterior.

Segundo o levantamento, a média do COE da produção de leite no estado foi de R$ 0,90/litro para o 3º trimestre, contra R$ 0,85/litro do 2º trimestre, o que resultou em uma diferença de +R$ 0,05/litro entre os períodos.

Com a menor oferta de pastagem, o aumento na demanda por concentrados impulsionou os preços dos insumos, refletindo em alta nas despesas com suplementação (+11,72%). Já para o 4º trimestre, o custo com alimentação segue como ponto de atenção para o produtor, pois, apesar do início do período de chuvas, no qual indica uma redução na demanda por concentrados, os preços praticados no campo tendem a recuar, o que pode manter as margens da atividade espremidas.

Novo recuo: com o início do período de chuvas no estado, o preço do leite pago ao produtor em outubro recuou 0,51% ante o mês anterior, com valor médio de R$ 2,09/litroEm alta: apesar do avanço das chuvas, a produtividade nas propriedades segue baixa, com isso o índice de captação do Imea apresentou decréscimo de 3,17% em setembro de 2021. (As informações são do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária, adaptadas pela Equipe MilkPoint)


 Jogo Rápido

Instabilidade para a próxima semana
A próxima semana terá chuva na maior parte do Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico 44/2021, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta (05), a propagação de uma frente fria no mar vai estimular a formação de áreas de instabilidade que provocarão pancadas de chuva e trovoadas na maior parte do Estado, com risco de temporais isolados. No sábado (06) e domingo (07), a nebulosidade seguirá predominado, com períodos de sol e momentos de céu encoberto com possibilidade de pancadas isoladas de chuva, principalmente nos setores Leste e Norte. Na segunda (08) e terça-feira (09), o ar quente e úmido seguirá predominando, com possibilidade de chuvas isoladas apenas nas faixas Norte e Nordeste. Na quarta (10), o deslocamento de uma área pressão vai provocar chuva na maioria das regiões, com risco de temporais isolados na Metade Norte. Os totais esperados deverão ser inferiores a 10 mm na maior parte da metade Sul. No restante do Estado, os valores deverão oscilar entre 10 e 30 mm na maioria das localidades, porém poderão alcançar 50 mm no Noroeste Gaúcho. O documento também aborda a situação das culturas de trigo, soja e milho. Acompanhe todos os Boletins Integrados Agrometeorológicos clicando aqui. (SEAPDR)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de novembro de 2021                                                Ano 15 - N° 3.534


Santa Clara recebe certificação pela utilização de energia renovável
 
Nesta semana, a Cooperativa Santa Clara recebeu a certificação da Ludfor Energia Ltda, pelo investimento na utilização de energia limpa e totalmente renovável.
 
Em 2020, foram reduzidas 1.688,342 tCO2 totalizando 14.584,026 tCO2 nos últimos 11 anos. Os dados dos cálculos de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) seguem as reconhecidas metodologias internacionais para essa finalidade. Os índices referentes ao período certificado representam:
 
● 46.652 mudas de árvores conservadas por 20 anos;
● 16.777 veículos leves à gasolina, percorrendo 500km;
● 4.203 transportes rodoviários de 1 toneladas de carga por 500km e 718 toneladas de papel/papelão enviadas para aterro sanitário.
 
A entrega da certificação ocorreu no dia 26 de outubro ao diretor Administrativo e Financeiro da Cooperativa, Alexandre Guerra, pelo presidente da Ludfor Energia Ltda Valdir Ludwig e pela diretora Financeira Inês Ludwig.
 
Para Guerra, “a partir da política de sustentabilidade é possível adquirir energia renovável atendendo o propósito da Cooperativa. Esta é a nossa essência que se soma a importância socioeconômica de manter mais de 2.500 famílias na produção de leite junto ao campo, além dos 2.200 colaboradores em todas as nossas operações, e assim contribuir na satisfação das pessoas de uma forma mais sustentável”.
 
Atualmente, Cooperativa Santa Clara utiliza energia proveniente de usinas de fontes incentivadas pelo Governo Federal seja eólica, solar, biomassa, Pequenas Centrais Hidrelétrica (PCH) e Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH), com o objetivo de obter uma matriz energética ambientalmente limpa e sustentável. (As informações são da assessoria de imprensa da Cooperativa Santa Clara)

A persona do leite

Com a revolução industrial que é uma das bases do capitalismo, surgiu também o marketing. Mas, o avanço da internet trouxe o marketing digital, que se popularizou ainda mais durante a pandemia. Com o isolamento social, a principal forma de comunicação e venda de muitas empresas foi a internet e as redes sociais.

Dentro do marketing digital um dos principais conceitos que se tornou muito conhecido nos últimos tempos é o termo “persona”. Persona é a representação do perfil de um cliente relevante. Ele pode ser fictício ou real. Mas é com base neste perfil de consumidor que o marketing digital vai traçar todas as estratégias de comunicação e vendas.

Para definir a persona, a empresa precisa definir características sociodemográficas e comportamentais do consumidor. Essa persona é um cliente típico, com todas as características de um verdadeiro comprador.

Geralmente, a persona é definida para uma empresa. Mas, pode-se também definir a persona para um produto ou setor. Empregando dados de consumo de leite da última Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE e aplicando análises estatísticas foi possível definir a persona do leite brasileiro, ou seja, aquele perfil de consumidor que melhor representa os consumidores de leite no Brasil.

O modelo considerou apenas o consumo de leite puro, visto que o leite consumido junto com outros alimentos (ex: café, achocolatado etc) é considerado pelo IBGE em outra categoria. Além disso, no modelo consideraram-se apenas os dados obtidos no primeiro dia de pesquisa, seguindo o molde de publicações do IBGE realizadas. Vale ressaltar que, na pesquisa do IBGE, os respondentes são orientados a listar tudo o que eles consomem, independentemente se é comprado ou produzido no domicílio.

As variáveis escolaridade, localização geográfica (região) e raça não foram significativas. As variáveis significativas no modelo foram: gênero, geração, classe de renda e local de moradia (zona urbana ou rural). Quando se analisa cada uma dessas variáveis individualmente, observa-se que o gênero feminino consome mais leite fluido do que o gênero masculino. No entanto, a diferença de consumo médio de leite fluido entre os dois gêneros é pequena, de 2,6%.

Em termos de geração, tem-se que a geração silenciosa (aqueles acima de 71 anos) consome muito mais leite que as demais. O consumo médio de uma pessoa da geração silenciosa é de 12,9 kg por ano. A segunda geração que mais consome leite no Brasil é a Z (entre 6 e 25 anos), com média de 7,7 kg por ano, ou seja, 40% a menos que a geração silenciosa. No entanto, a geração Z é a mais numerosa, representando cerca de 36% da população brasileira, enquanto a geração silenciosa corresponde a apenas cerca de 6% dos brasileiros.

A classe de renda que apresenta maior consumo de leite puro no Brasil é a classe AB, com média de consumo de 7,7 kg por ano, seguida pela classe C. Ambas representam 78,9% do consumo de leite puro no País.

Já, com relação ao local de moradia, observa-se grande diferença entre os níveis de consumo da zona urbana e rural no Brasil. Os moradores da zona urbana consomem 7,1 kg de leite por ano, enquanto na zona rural se consome, em média, 5,5 kg de leite puro por ano.

Analisando todas essas variáveis em conjunto, tem-se a persona do leite puro no Brasil. Os resultados dos primeiros colocados no ranking são apresentados na Tabela 1.

         

Com as variáveis geração, gênero e região, o modelo indicou que a persona para o mercado de leite fluido puro no Brasil é homem, da geração silenciosa, pertencente à classe AB e residente na zona rural. Isso evidencia que os maiores consumidores de leite no Brasil, são os produtores rurais.

Não se pode afirmar que sejam produtores de leite, mas são grandes fazendeiros, visto que vivem no meio rural e dispõem de renda elevada. Assim, esse resultado nos mostra que as pessoas que conhecem da produção de leite e, muito provavelmente, dos benefícios do produto, são os seus maiores consumidores. Essa informação é extremamente relevante para se entender o perfil do consumidor e orientar campanhas de marketing do setor.

Na Tabela 1, pode-se observar que o nível de consumo médio de um homem, da geração silenciosa, pertencente à classe AB e residente na zona rural é muito superior aos demais grupos. Além disso, como a diferença de consumo médio entre os grupos é pequena entre o segundo e o quarto colocados, não se pode afirmar que essa diferença é significativa. Portanto, apenas o primeiro colocado se destaca.

Outra informação interessante da tabela é que a geração que a pessoa pertence parece ser a variável mais importante em termos de decisão de consumo de leite puro. Todas as primeiras posições evidenciadas pelo nosso modelo são de indivíduos da geração silenciosa, ao passo que as demais variáveis (gênero, classe social e local de moradia) se alternam.

O próximo passo agora é estudar porque o nível de consumo de leite puro desses indivíduos é tão diferente do restante da população. Mas, considerando que a geração silenciosa está diminuindo, assim como, a população da zona rural, há indícios de que o consumo de leite puro no Brasil pode caminhar para o declínio, se nada for feito para mudar os hábitos dos outros segmentos da população. Esse é um trabalho para o marketing, tanto das empresas privadas, quanto do setor como um todo. (Kenya Siqueira para Milkpoint)






Na COP26, Ministério da Agricultura e Embrapa apresentam mapas de estoque de carbono orgânico do solo

Material é importante ferramenta para subsidiar políticas públicas relacionadas às mudanças climáticas e à diminuição da emissão dos Gases de Efeito Estufa

o segundo dia de debates da agenda brasileira na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), nesta terça-feira (2), em Glasgow (Escócia), representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Embrapa participaram do painel “Carbono Orgânico no Solo - Oportunidades e Desafios”. O secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, Fernando Camargo, apresentou o Programa Nacional de Levantamento e Interpretação de Solos do Brasil (PronaSolos), criado em 2018 para consolidar a integração de dados e colaborar com o avanço do conhecimento dos solos no país.

“O Brasil, apesar de ser uma potência agroambiental, não conhece detidamente o seu solo. Com o Pronasolos, vamos mapear detidamente o solo brasileiro pelos próximos 30 anos”, disse Camargo. Com esse conhecimento, será possível fazer no Brasil uma agricultura de precisão, ou seja, utilizar os dados para colocar adubos e fertilizantes certo em um determinado local, de acordo com as características do solo, por exemplo.

O secretário informou que, na semana passada, o Mapa apresentou os novos mapas de estoque de carbono orgânico dos solos brasileiros. O material é uma importante ferramenta para subsidiar políticas públicas relacionadas às mudanças climáticas e à diminuição da emissão dos Gases de Efeito Estufa (GEEs), com gestão eficiente dos recursos naturais. 

O presidente da Embrapa, Celso Moretti, destacou a pesquisa da Embrapa Solos, que resultou no lançamento recente dos mapas de carbono orgânico dos solos brasileiros. “Trata-se de mais uma contribuição da ciência para a agricultura brasileira, de fundamental importância para a mitigação das mudanças climáticas. O Brasil ocupa o primeiro lugar entre os 15 países que detêm potencial para estocar carbono em nível global. Investir em estudos do solo é fundamental para a descarbonização da agricultura”, disse. 

Os novos mapas permitem identificar áreas degradadas, quando a matéria orgânica não está mais presente e gerar mapas de potencial de sequestro de carbono, entre outras funções. “O Brasil tem 36 bilhões de toneladas de carbono orgânico armazenados em seus solos, o que corresponde a 5% do estoque global. Entender esse processo é parte da solução das mudanças climáticas”, destacou, lembrando que o carbono orgânico no solo contribui para a estruturação física desse recurso natural. Os solos com maior teor de matéria orgânica têm maior capacidade de fertilização e retenção de água, entre outros benefícios.  “Os mapas permitem, portanto, também identificar áreas com solos degradados”, acrescentou.

O painel foi  mediado pelo secretário-adjunto Clima e Relações Internacionais do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Marcelo Freire.

Recuperação de pastagens: O secretário Fernando Camargo também falou sobre as metas do  Plano Setorial de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, chamado de ABC+, que prevê a adoção de tecnologias sustentáveis em mais de 72 milhões de hectares de áreas degradadas e a mitigação de 1,1 bilhão de toneladas de CO² equivalente, superando o recorde alcançado pela fase anterior do plano ABC.

A recuperação de mais de 30 milhões de hectares de pastagens degradadas vai possibilitar melhorias na produção agropecuária, além de benefícios ambientais. 

“Você recupera a pastagem, pode ter a produtividade maior de produção animal por hectare e fixa o carbono no solo, além de combater a erosão, a perda de qualidade do solo”, disse Camargo. (MAPA)

 Jogo Rápido

Em 2020, arrecadação teve aumento de 6%
da pandemia de Covid-19, em função das restrições econômicas, o relatório aponta aumento real de mais de 6%. No período de análise (2013 e 2020), o crescimento foi de aproximadamente 20%. Segundo o diagnóstico, esse resultado é consequência de transferências realizadas no ano passado. “Na sua maior parte, entre 2013 e 2019, o incremento (receita) vinha sendo impulsionado pelo aumento da arrecadação de impostos, taxas e contribuição de melhoria, em ritmo maior do que o das transferências recebidas do Estado e da União. Todavia, em 2020, verificou-se uma redução no montante arrecadado de receitas próprias; ao mesmo tempo, foi observado aumento expressivo das transferências federais como apoio ao combate à pandemia de Covid-19”, aponta o relatório. Pela análise do período, os municípios vinham ampliando sua participação na carga tributária até 2019, com uma maior taxa de crescimento de arrecadação do que a União Federal e os Estados. Essa evolução pode ser atribuída, entre outros, “às iniciativas dos próprios municípios em estruturar suas administrações fazendárias e tributárias”. Assim, é preciso destacar que a composição das receitas varia entre os municípios, influenciado pela matriz econômica local. Por exemplo, municípios com vocação agropecuária concentram a arrecadação em tributos que incidem sobre a produção agrícola e sobre a pecuária. Já os industrializados terão maior base relativa à indústria e aos serviços. O relatório aponta ainda que as prefeituras, normalmente, estimam uma arrecadação maior do que a efetivada em seus orçamentos. (Correio do Povo)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 03 de novembro de 2021                                                Ano 15 - N° 3.533


Gdt - Global Dairy Trade



Fonte: GDT - adaptado Sindilat/RS

Mapa, setor leiteiro e supermercados lançam 1ª Semana do Leite

A semana reforça o valor nutricional do alimento e os derivados em campanha educativa

Para valorizar ainda mais o potencial do segmento leiteiro, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) realiza a 1ª Semana do Leite, evento nacional com o mote “Leite e Derivados: Alimentos que fazem o Brasil crescer”. Com produção de 34 bilhões de litros de leite por ano, o Brasil se destaca como o 3º maior país produtor do alimento e seus derivados do mundo.

Além de mostrar os benefícios nutricionais do leite, a campanha tem como objetivo apresentar para quem mora na cidade o trabalho do produtor rural, reforçou a ministra Tereza Cristina, no lançamento da campanha nesta terça-feira (4) na sede do Mapa, em Brasília. 

“Às vezes, a criança conhece só a caixinha do leite, mas não sabe de onde veio. Não sabe que alguém acordou cedo, apartou o bezerro da vaca, tirou o leite, pôs no refrigerador, buscou, entregou e depois a indústria transformou e aí chegou ao supermercado. É muito importante que essa campanha seja educativa em todos os aspectos”, destacou a ministra, lembrando que essa será a primeira de muitas campanhas sobre o setor.

O objetivo é compartilhado pelo presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Galassi, que disse que a ação transcende o foco das vendas promocionais. “A campanha tem como essência uma agenda abrangente e educativa, traduzida pelo objetivo de trabalharmos em importantes mensagens sobre a qualidade da produção brasileira de lácteos e seus benefícios à saúde”.

Segundo ele, ao longo do mês de novembro as associações estaduais de supermercados estarão engajadas em reverberar essas mensagens em todas as partes do país.

Mercado do leite

Atualmente, 99% dos 5.570 municípios brasileiros são produtores de leite e, entre os mais de 1 milhão de produtores nacionais, a maioria é da agricultura familiar.

“Esse é um momento ímpar dentro da nossa história, da nossa cadeia produtiva do leite nacional. Esta campanha tem uma importância muito grande para que a gente possa mostrar para a sociedade o quanto esses alimentos são importantes para a saúde humana, mas também a importância dessa cadeia sob todos os pontos de vista, em relação a emprego e renda, colocando o Brasil como 3º maior produtor do mundo”, defendeu o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), Geraldo Borges.

O leite é fonte de nutrientes, de cálcio, proteínas e de renda: movimenta mais de R$ 100 bilhões ao ano, gerando mais de 4 milhões de empregos no campo e na indústria. A produção é responsável pelo sustento de diversas famílias do campo e geração de riqueza para economia do país. 

Os produtos brasileiros também são apreciados no exterior. México e China abriram seus mercados para o leite e seus derivados, sendo que o primeiro embarque para o país asiático (leite em pó) se deu em outubro de 2021 como teste de acordo firmado há dois anos, conforme anunciou o diretor executivo da Associação Brasileira de Laticínios - Viva Lácteos, Gustavo Beduschi.

“Essa campanha reconhece a importância econômica, social e nutricional desse setor para o Brasil. Todos temos a certeza de que este é apenas o primeiro ano de muitos desta campanha de valorização dos lácteos brasileiros. Esta e as demais ações do Ministério estão em linha com a missão da Viva Lácteos para tornar a cadeia brasileira do leite mundialmente competitiva”, declarou.

Integração do setor

Para o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes, o principal objetivo da campanha é a integração do setor. “O desenvolvimento que a gente faz em um setor, uma região, um estado, uma nação não é só pela pujança econômica, é pela capacidade das pessoas de se organizarem. E aqui estamos tendo uma demonstração de que a organização da cadeia é possível, com boa vontade”.

O presidente Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Leite e Derivados, Ronei Volpi, destacou que a meta é aproximar o setor do consumidor. “Temos o objetivo de chegar ainda mais perto dos nossos consumidores levando os alimentos que sempre foram e continuarão sendo muito saudáveis, muito sustentáveis e vitais para as pessoas”, complementou o representante do colegiado, que representa 35 instituições do setor lácteo. Assista a live e o vídeo da campanha clicando aqui. (MAPA) 




Daqui quanto tempo é o futuro?

Caros leitores, é com prazer que lhes informo: o futuro é agora! Hoje é o futuro de um passado distante ou não. Temos a ideia de que o futuro é sempre daqui há alguns bons anos, mas esquecemos que nem sempre, e mais que isso: o tempo passa muito rápido!

Vejam só, a virada do ano de 2000 era algo muito esperado e simbólico. Porém, já se passaram 21 anos. Parece que foi ontem, não é? Você já pensou quantas coisas mudaram neste tempo? O que deixou de fazer? O que poderia ter planejado melhor? O que poderia ter feito diferente? O fato é: costumamos deixar para depois mudanças que são invitáveis, mas o futuro sempre chega!

Se o futuro sempre chega, planejamento é fundamental. Embora não saibamos exatamente o que nos espera, é possível — com boas informações — traçarmos cenários e tendências. É possível nos planejarmos com maior embasamento. O sucesso de amanhã é uma ação estratégica assertiva que foi tomada e planejada com antecedência.

Na cadeia do leite, ações estratégicas para antecipar cenários futuros são ainda mais desafiadoras. O setor lácteo é dinâmico e seus possíveis caminhos são traçados por diversos fatores. Por isso, as indústrias de laticínios que se planejam de antemão, com certeza apresentam vantagem competitiva frente às demais.

Dessa maneira, em um ambiente altamente competitivo, com correntes diretos e indiretos, o planejamento é fator de sobrevivência. São várias as frentes que os agentes tomadores de decisão da indústria láctea podem atuar para planejarem melhor o futuro.

A primeira que podemos citar é a antecipação de cenários de mercado, bem como seus desafios e oportunidades, tanto da indústria global quanto da nacional.

Também é possível e imprescindível que os laticínios atuem nas pautas de consumo mundiais. A sustentabilidade, bem-estar animal e saudabilidade são o foco dos consumidores atuais e com forte tendência de crescimento. Neste ponto, as oportunidades atuais e futuras se voltam para pontos como:
  • Produção de leite e derivados com menor ou nenhuma pegada de carbono;
  • Produtos com menor quantidade ingredientes artificias na formulação, bem como leite e derivados que proporcionem efeitos benéficos para a saúde humana, como óssea, mental e digestiva;
  • Opções plant-based, que dialogam com a vertente de menor consumo de proteína animal;
  • Rastreabilidade por meio de embalagens QR code que permite aos consumidores saber origem dos produtos, bem como o bem-estar animal.
Além disso, dinamismo e inovações são fundamentais para um futuro próspero e sustentável. Os laticínios podem inovar visando a reinvenção e/ou adaptação de portfólio, ou proposta de valor que vão ao encontro as demandas de mercado. Para as empresas tradicionais, sem grandes inovações disruptivas, uma boa opção é apostar em linhas gourmet e artesanais, como queijos, por exemplo.

Já para indústrias de grande porte, as inovações além de gourmetizção, também podem incluir, por exemplo, a ampliação de portfólio em produtos à base de vegetais, fortificados com cálcio e vitaminas, produtos clean label e lácteos com forte indulgência de sabor e textura.

Além disso, na área de desenvolvimento de novos produtos também é possível a utilização de novos conceitos, como a Mind Genomics para uma melhor percepção da mentalidade e preferências dos consumidores.

Contudo, não basta inovar sem comunicar isso ao consumidor. É válido ressaltar que a construção de uma narrativa positiva sobre o consumo de lácteos, bem como da produção de leite no campo, é dever de toda cadeia.

É necessário construir uma comunicação clara que exponha os benefícios à saúde do consumo de derivados — comprovados por diversos estudos ao redor do mundo —, que são historicamente condenados, como a manteiga e queijos, por exemplo.

Além disso, é necessário comunicar ações sustentáveis e de bem-estar animal. Na era da comunicação, usufruir dela de maneira positiva e enérgica é importantíssimo para o futuro do setor de laticínios mundial.

Não é difícil perceber que o futuro dos laticínios é complexo. Essa complexidade precisa ser debatida, entendendo e mitigando as dificuldades para explorar todas as oportunidades possíveis.

Como dito no início deste artigo: o futuro é hoje, e as futuras estratégias competitivas devem ser pensadas, planejadas e trabalhadas com antecedência. Essa é justamente a proposta do Dairy Vision 2021, enxergar oportunidades em um mundo incerto e de mudanças.

Anualmente, desde 2015, o evento reúne profissionais da cadeia láctea mundial para discutirmos tendências, cenários, novos negócios, tecnologia 4.0, sustentabilidade e comportamentos de consumo. Podemos não sair com todas as respostas, mas geramos insights e movimentos que ajudam a direcionar e embasar decisões assertivas, sustentáveis, competitivas e rentáveis.

Este ano, com um olhar voltado para o futuro do setor lácteo, exploraremos em detalhes todas as oportunidades citadas neste texto. Para isso, contaremos com um time de palestrantes de 11 países, totalizando 30 palestras, distribuídas das em 5 painéis temáticos entre os dias 17,18, 23 e 24 de novembro. (Milkpoint)
 

 Jogo Rápido

Alta de preços no exterior abre janela para embarques de lácteos
Com o início da safra de leite no Brasil, as importações de lácteos começam, aos poucos, a desacelerar. Já foi possível perceber esse movimento ao longo desta semana, embora as compras médias diárias de produtos do exterior ainda estejam em patamar 22% acima do registrado em setembro. Segundo a consultoria Milkpoint Mercado, na parcial de outubro, o volume diário de importações alcançou média de 619 toneladas; no mês anterior, a média foi de 505 toneladas. Já as exportações somaram 117 toneladas ao dia na parcial deste mês, volume 8% menor que o de setembro, quando as vendas ao mercado externo alcançaram média de 126 toneladas por dia. Para os analistas da consultoria, com o aumento de oferta de matéria-prima no Brasil, a alta dos preços internacionais e a valorização do dólar, abre-se uma janela para que as exportações do segmento cresçam. A bolsa da Nova Zelândia indica preços em torno de US$ 3,9 mil a tonelada para os próximos três meses. (Valor Econômico)

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 01º de novembro de 2021                                                Ano 15 - N° 3.532


Brasil amplia exportações de lácteos durante este ano

Embarque de 29,8 mil toneladas, no entanto, fica bem abaixo do volume importado, que chegou a 99,1 mil toneladas de janeiro a setembro

Um dos principais produtores de leite do planeta, o Brasil vive um momento de alta nas exportações. Dados da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, compilados pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), apontam que os embarques de produtos lácteos para fora do país cresceram 30% de janeiro a setembro, na comparação com o mesmo período do ano passado. O volume total chegou a 29,8 mil toneladas, mais do que as 22,8 mil toneladas contabilizadas nos nove primeiros meses de 2020.

Favorecida pela taxa de câmbio, a receita obtida com as exportações cresceu ainda mais, 45%, totalizando 75,8 milhões de dólares até setembro. Os principais produtos exportados no período foram leite em pó integral, leite condensado, cremes de leite e queijos. O Rio Grande do Sul é o maior exportador entre os estados brasileiros, com participação de 29%. O principal destino em 2021 é a Argélia, mercado considerado “bom pagador”. O país africano ampliou suas compras em mais de 500% e hoje recebe um terço das exportações brasileiras.

Por outro lado, o volume de leite importado pelo Brasil continua bem acima dos números de exportação. De janeiro a setembro, entraram no país 99,1 mil toneladas, em sua maior parte de leite em pó. Isso representa uma queda de 4% em relação ao mesmo período de 2020. O valor desembolsado pelo Brasil com importações chegou a 334,9 milhões de dólares desde o início do ano. A grande maioria dos lácteos que entram no país – mais de 80% – continua sendo proveniente da Argentina e Uruguai, a exemplo do que vinha sendo observado nos últimos anos.

MERCADOS. Segundo o secretário executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, a abertura de novos mercados foi intensificada na gestão da atual ministra da Agricultura, Tereza Cristina, incluindo a recente habilitação de embarques para o México, considerado um destino com grande potencial. “O maior desafio é o custo da nossa matéria-prima comparada ao mercado internacional, principalmente Argentina e Uruguai”, observa Palharini. Com relação às importações, de acordo com  ele, a tendência é de que sejam mantidas, embora a taxa de câmbio atual acabe desestimulando as operações. (Correio do Povo)

Emirados Árabes: mercado promissor em lácteos

O mercado de lácteos dos Emirados Árabes Unidos (EAU) deve chegar a US$ 2,47 bilhões até 2026. A região está crescendo de forma constante, com a demanda por produtos lácteos orgânicos e com sabor em tendência ascendente.

O mercado de lácteos dos Emirados Árabes Unidos ficou em US$ 1,66 bilhão em 2020. "Mudar o estilo de vida do consumidor também é um fator importante para impulsionar esse crescimento", diz um relatório da TechSci Research. O foco é no leite orgânico e na crescente demanda da população jovem.

Grande mudança

O mercado do país passou por uma grande mudança com foco no valor nutricional oferecido pelos produtos lácteos. O relatório afirma que a “introdução de produtos lácteos com valor agregado, mudanças nas tendências de consumo, crescente penetração de participantes internacionais etc., estão alimentando ainda mais o crescimento do mercado de produtos lácteos nos Emirados Árabes Unidos”.

A pandemia de Covid-19 levou a uma maior conscientização sobre hábitos alimentares saudáveis entre os consumidores, com um aumento na demanda por produtos lácteos em todo o país após o isolamento, visto que são considerados uma opção mais saudável.

"Percebe-se que, após o período pandêmico, o foco dos consumidores em práticas de saúde preventivas deve impulsionar o crescimento do mercado de laticínios", disse o relatório.
 
Produtos lácteos populares nos Emirados Árabes Unidos

Leite (participação majoritária no mercado);
Ghee e manteiga;
Sorvete e creme de leite;
Queijo e pasta;
Iogurte. 

Laticínios nos Emirados Árabes Unidos

As indústrias lácteas estão buscando maximizar o investimento, criando programas e recursos para impulsionar a demanda de produtos lácteos e aumentar a confiança do consumidor, a fim de garantir um futuro sólido para a indústria de lácteos no país.

Para se manterem competitivas no mercado, as indústrias estão continuamente envolvidas no desenvolvimento de novos produtos e no desenvolvimento estratégico. Em termos de velocidade de crescimento, o segmento de vendas online é o que mais cresce, devido aos melhores sistemas logísticos, acrescentou o relatório.

Empresas líderes no mercado de laticínios dos Emirados Árabes Unidos

Almarai
Laticínios Al Rawabi
Laticínios Gulf & Safa
Almarai
Fazendas Al Ain
Golfo e Safa
Fazenda Leiteira Marmum
Emirates Industry for Camel Milk & Products
Al Bustan Al Khaleej Est
Marcas Fonterra
United Kaipara Dairies
 
As vendas per capita mais altas de laticínios no país podem ser atribuídas à expansão da economia e ao crescimento populacional, juntamente com o aumento do fluxo turístico no Oriente Médio.

O mercado de laticínios dos Emirados Árabes Unidos foi dividido em: Dubai, Abu Dhabi, Sharjah e o resto do país. Dubai detém a maior parte, pois é um destino turístico popular, além da grande população e da alta renda per capita. (As informações são do Dairy Global, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)



Uruguai – Captação de leite foi recorde em setembro

Produção/UR – Desde maio a produção de leite vem batendo recorde mensal de forma consecutiva. Os últimos dados mostram que em setembro a captação de leite nas fábricas alcançou 210,4 milhões de litros de leite, o maior volume histórico para esse mês, de acordo com os dados preliminares do INALE, com registros desde 2002.

O crescimento interanual reduziu a brecha em relação aos meses anteriores. Desta vez foi de 2% em comparação com setembro do ano passado. De março a julho foram os meses com maior elevação interanual, em ambos os casos de 6%.

        

No acumulado do ano a captação totaliza 1.534 milhões de litros, 4% a mais que no mesmo período de 2020.

Nos últimos 12 meses móveis somaram 2.194,7 milhões, o maior volume já registrado. O setor lácteo dá outro passo para alcançar uma produção recorde em 2021. (Fonte: Portalechero – Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 

 Jogo Rápido

FAO lança novo sistema de informação global para ameaça de doenças animais
O EMPRES-i+ visa melhorar a inteligência, a previsão e o alerta precoce, permitindo que os países monitorizem a disseminação de doenças animais e o risco de novos surtos. A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) lançou um novo sistema global de informação sobre doenças animais. O novo sistema baseado na web apoiará melhor os países na identificação e mitigação de ameaças de doenças animais graves. EMPRES-i+ substitui uma versão anterior, EMPRES-i, que foi lançada pela primeira vez em 2004 e tem sido amplamente usada por centenas de entidades interessadas, desde comunidades locais a parceiros de desenvolvimento globais. Os recursos da plataforma atualizada incluem: Plataforma baseada na cloud com capacidade de se ligar a outras plataformas de dados dos sectores de saúde pública, saúde animal e meio ambiente, análise de dados avançada para que os utilizadores identifiquem facilmente eventos e tendências de doenças. Além disso, também ajudará os países a planear as suas abordagens de controlo de doenças e dirigir as intervenções e Funções de previsão e alerta precoce para permitir que os países monitorem a propagação de doenças e o risco de novos surtos. A partir desta função, os países serão capazes de se preparar, com antecedência, para possíveis surtos de doenças. (Fundesa)
 

 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 29 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.531


Live de Lançamento da 1ª Semana do Leite e Derivados

Semana do Leite e Derivados - A Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, convida para a Live de Lançamento da 1ª Semana do Leite e Derivados - Alimentos que fazem o Brasil crescer.

Esta semana do leite e derivados será marcada com o propósito de mostrar a importância econômica e saudabilidade do leite brasileiro e seus derivados. 

Agenda: Live de Lançamento da 1ª Semana do Leite e Derivados - Alimentos que fazem o Brasil crescer

Data: 03 de novembro de 2021 
Horário: 10:00 horas
Local: YouTube do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 
Link de acesso à live: http://bit.ly/semana-leite

As informações são do MAPA adaptadas pelo Terra Viva

Ajustes contra os custos
 
Mesmo que impactem pelo número significativo de famílias que deixaram a atividade entre 2015 e 2021, os dados levantados pela Emater também revelam que as que ficaram fizeram investimentos importantes na propriedade, para qualificar a produção. Em 2015, 72,3% dos produtores tinham na propriedade os resfriadores de expansão direta, percentual que chegou a 98,76% em 2021. O uso de aquecimento de água para limpeza de equipamentos, que era adotado por 38,70% das propriedades em 2015, saltou para 77,14% em 2021.
 
Na localidade de Passo do Guedes, em Sant'Ana do Livramento, Liliane Terezinha da Rosa Guedes está na parcela de produtores que resistem no segmento e buscam a agregação de valor para o leite. “Tudo ou quase tudo que nós temos é graças ao tambo”, diz Liliane, que administra o negócio junto com o pai, Edgar Braz, e o marido, Gilson Reppetto. Com 87 hectares de terra e em torno de 100 vacas em lactação, o estabelecimento produz diariamente 1,4 mil litros de leite. Em torno de 5% da produção vai para uma agroindústria implantada pela família em 2015, a Agrobraz, para elaboração de queijos e iogurtes, vendidos sob encomenda na região. 
 
O restante é entregue à Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL). Os investimentos, garante Liliana, são permanentes, para que a propriedade assegure a qualidade de seus produtos e a clientela. “No nosso caso, que estamos mais para médios produtores, o leite tem rentabilidade. Mas se entende a falta de ânimo do pequeno porque difícil está para todos nós”, diz a administradora, que já participou da associação de produtores da região e conhece os problemas do setor. Segundo Liliane, tem sido necessário um esforço permanente no ajuste dos processos de trabalho para fazer frente à escalada dos custos. “Aqui na nossa propriedade, por exemplo, passamos a fazer adubação orgânica das pastagens, mais barata que a adubação química”, revela. 
 
Durante a pandemia, Liliane conta que sofreu de síndrome do pânico, sendo obrigada a parar para tratamento e dedicação às filhas pequenas, o que interrompeu o trabalho de experimentação de novos produtos para a agroindústria. “Graças a Deus, agora estou recuperada e com planos para os queijos. Estamos começando a produzir o nosso parmesão", orgulha-se, avisando que o primeiro lote deve ficar pronto em dezembro, após 100 dias de maturação. (Correio do Povo)




Contas públicas têm superávit de R$ 12,9 bi em setembro; dívida bruta cai a 83%

As contas do setor público consolidado registraram superávit primário de R$ 12,933 bilhões em setembro. No mesmo mês do ano passado, as contas públicas registraram déficit de R$ 64,559 bilhões.

Os números foram divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (29). O resultado do setor público consolidado inclui as contas do governo federal, dos governos regionais e das estatais federais. O resultado primário não inclui as despesas com juros e mostra que o valor arrecadado foi suficiente para cobrir as despesas públicas.

No acumulado do ano, o setor público soma superávit de R$ 14,171 bilhões. No mesmo período do ano anterior, as contas estavam com déficit de R$ 635,926 bilhões.

Enquanto o Governo Central (governo federal, BC e Previdência) ficou positivo em R$ 708 milhões em setembro, os governos estaduais e municipais foram superavitário em R$ 10,439 bi. As empresas estatais, por sua vez, ficaram positivas em R$ 1,786 bilhões.

Já quando incluídos os gastos com juros no ano até agora, o resultado nominal é deficitário em R$ 277,793 bilhões de janeiro a setembro. Sozinha, a conta de juros somou R$ 291,964 bilhões no ano.

Dívida bruta
A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) continua recuando após ter renovado recorde em fevereiro (90%).

Em setembro, a DBGG voltou para o patamar de 83% do Produto Interno Bruto (PIB). Em valores nominais, o montante da DBGG é de R$ 6,939 trilhões.

O indicador serve como referência para as agências de classificação de risco, que define a atratividade de investimentos dos países. Em 2020, a DBGG encerrou em R$ 6,615 trilhões, equivalente a 89,3% do PIB. (CNN)




Emater/RS: produção de leite apresenta bons índices

Ainda com boa disponibilidade de pastagens de inverno e com as espécies de verão em pleno desenvolvimento, a produção de leite apresenta bons índices em todo o RS, inclusive diminuindo a dependência de insumos externos, o que contribui na redução de custos de produção.

A produção de alimentos estratégicos para os próximos meses já está em andamento, com coleta de pastagens para fenação e silagem. As temperaturas amenas durante o dia e mais frias à noite propiciam conforto às matrizes, o que também facilita o consumo e, consequentemente, o aumento de produção pelos animais.

A menor ocorrência de chuvas reduziu a formação de acúmulo de barro, diminuindo os riscos de contaminação do leite na hora da ordenha e de casos de mastite nos animais.

Além do manejo preventivo contra ectoparasitas, que tendem a aumentar juntamente com o aumento das temperaturas, continua a recomendação para vacinação contra raiva nos municípios com casos da doença e a realização da vacinação de terneiras, visando a prevenção da brucelose.

Na regional da Emater/RS Ascar de Bagé, entre os principais manejos realizados pelos produtores rurais estão os trabalhos de preparo para o plantio das lavouras destinadas à produção de silagem de milho.

Na de Pelotas, nas propriedades ainda com baixa disponibilidade de forragens, os bovinocultores de leite seguem utilizando a silagem para complementar a nutrição das vacas.

Na regional de Caxias do Sul, começam relatos de ocorrência de problemas de qualidade do leite, como casos de leite instável não ácido (LINA), comuns em períodos de mudanças abruptas na dieta ou deficiências na alimentação, como nos vazios forrageiros. (As informações são da Emater/RS, adaptadas pela equipe MilkPoint) 


 Jogo Rápido

Temperaturas altas e baixo volume de chuva previstos para os próximos dias
A próxima semana permanecerá com baixos volumes de precipitação na maior parte do Rio Grande do Sul, de acordo com o Boletim Integrado Agrometeorológico 43/2021, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na quinta (28) e sexta-feira (29), a presença de uma massa de ar quente manterá o tempo firme e as temperaturas elevadas, com valores superiores a 30°C na maioria das regiões. No sábado (30) e domingo (31/10), o ingresso de ar úmido favorecerá o aumento da nebulosidade e a combinação de umidade e calor favorecerá a ocorrência de pancadas isoladas de chuva em todo Estado. Na segunda-feira (01/11), o ar quente e úmido seguirá predominando, com possibilidade de chuvas isoladas nas faixas Norte e Nordeste. Na terça (02/11) e quarta-feira (03/11), o deslocamento de área pressão e de uma frente fria provocarão chuva em todas as regiões, com possibilidade de temporais isolados. Os valores previstos deverão oscilar entre 10 e 20 mm na maioria das regiões e somente entre a Campanha e o Extremo Sul, bem como na Serra do Nordeste os totais deverão oscilar entre 20 e 35 mm. O documento também aborda a situação das culturas de trigo, soja e milho. Acompanhe todos os Boletins Integrados Agrometeorológicos em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (Seapdr)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 28 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.530


Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 28 de Outubro de 2021 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Setembro de 2021 e a projeção dos valores de referência para o mês de Outubro de 2021. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)


Quatro cenários possíveis para a indústria láctea

A indústria láctea está em constante movimento, novos desafios e possíveis soluções surgem a todo o momento. Isso já era de se esperar, visto que o leite é um produto nobre e presente na alimentação de muitas pessoas, em todo o mundo. Mas para onde, de fato, essas mudanças estão nos levando?

O setor lácteo é influenciado por diversos fatores, que envolvem desde inserções tecnológicas em seus processos (dentro e fora de fábrica), comportamentos de consumo, questões socioambientais, flutuações de mercado e economia, até apelos específicos de determinados nichos de mercado.

Considerando tantas variáveis, o futuro lácteo é bastante complexo e cenários muito distintos podem se desenrolar.

Foi a essa conclusão que o pesquisador Christian Koch, professor na School of Economics and Marketing, Lund University, Suécia, chegou, projetando quatro possíveis cenários que podem mudar o panorama leiteiro nos próximos 10 anos, nomeados Dairy Evolution, Green Dairy, New Fusion e Brave New Food.

No primeiro deles, o Dairy Evolution (“Evolução dos Laticínios”), o futuro não reservaria grandes mudanças, o setor daria gradualmente continuidade as tendências atuais. A nível tecnológico, a indústria continuaria com baixa inserção de equipamentos. No campo, haveria a consolidação de megas fazendas. O segmento plant-based apresentaria um crescimento moderado e contínuo. Além disso, questões relacionadas ao meio ambiente continuariam em pauta.

O Green Dairy (“Laticínios Ecológicos”), segundo cenário projetado pelo estudo, é caracterizado pela forte vertente socioambiental, sendo sua principal impulsionadora a redução da pegada de carbono. Além disso, ainda na tendência ambiental, haveria um forte crescimento na demanda por alternativas baseadas em plantas.

Este cenário também traz questões políticas, como mudanças nas regras de subsídios, novos impostos sobre produtos de origem animal e políticas sociais mais rígidas. Com isso, apenas os maiores produtores permaneceriam na atividade.

No terceiro cenário, o New Fusion (“Nova fusão”), a tecnologia seria o eixo principal das mudanças do setor. Os laticínios passariam por processos inovadores, mas com pouca intervenção socioambiental. Seria possível observar novas combinações de proteínas de diferentes origens e novos produtos, com destaque para o crescimento significativo do leite elaborado em laboratório.

Em contrapartida, produtos à base de vegetais ainda continuariam crescimento, mas em menor ritmo. Além disso, este cenário também reservaria espaço para os produtos lácteos premium e queijos artesanais. Neste sentido, o grande marco do New Fusion seria utilizar dos avanços tecnológicos para unir os três mundos: vegetal, animal e científico, tendência impulsionada pelo conceito de nutrição personalizada.

O quarto e último cenário projeto, Brave New Food (“Novos Alimentos”), combinaria tecnologia com pautas socioambientais. Com um forte apelo ambiental, produtos vegetais seriam altamente demandados. Paralelamente, os leites produzidos em laboratório ganhariam escala, entrando no mercado de massa.

Além disso, devido às pressões tecnológicas e regulatórias, restariam poucas megas fazendas e grandes fábricas de laticínios. Ou seja, o Brave New Food caracterizaria uma transformação completa até um possível colapso do setor lácteo como conhecemos.

Para Koch, “a indústria de laticínios está no centro da transformação global dos alimentos, e os contornos dessa transição já estão começando a tomar forma. Os cenários são tão diferentes entre si quanto possível, dentro dos limites de plausibilidade e credibilidade. Portanto, todos devem ser considerados como resultados futuros plausíveis,” acrescentou.

Christian Koch, explorará os quatros cenários possíveis para o futuro dos laticínios, bem como os resultados do estudo no Dairy Vision 2021. Com profissionais do Brasil e do mundo, o Dairy Vision, evento referência do setor é o ponto de encontro da cadeia láctea global.

Com um grande time de palestrantes nacional e internacional, nos dias 17, 18, 23 e 24 de novembro o Dairy Vision 2021 trará 24 palestras com uma abordagem panorâmica do setor lácteo brasileiro e mundial.

Oportunidades, desafios e tendências: como a cadeia do leite pode prosperar? Diante de mudanças, como devemos enxergar o copo? Meio vazio: não vamos nos adaptar? Ou meio cheio: vamos inovar?

O fato que é que para todas as empresas do setor, o cenário encarado é o mesmo. Cabe à cada uma escolher o seu copo e antecipar o futuro do seu negócio. Para isso, informações estratégicas que você encontrará no Dairy Vision 2021 são fundamentais.

Por isso, você não pode deixar de participar! Entre no site, veja a programação e se inscreva agora. Dairy Vision 2021: o evento que te ajuda a enxergar as oportunidades em um mundo desafiador e incerto. Vamos juntos?

Vale destacar também que todos os associados do Sindilat têm desconto de 20% na inscrição para o Dairy Vision 2021, que pode ser realizada através do link: https://bit.ly/3AB3fmY. (Milkpoint)

 

Sucessão com entusiasmo

Um casal de jovens de Colônia Osório, distrito de Pelotas, chama a atenção pelo entusiasmo com que se coloca na contramão da tendência apontada pelo Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite 2021, que identificou que 39,73% dos produtores que saíram da atividade reclamaram do desinteresse dos descendentes em prosseguir, o que gera uma deficiência crônica de mão de obra, sendo esta a causa principal das desistências.

Desde que a mãe, Rita
Emília Schwanke Neitzke, de 56 anos, decidiu se aposentar, após 38 anos de atividade, o filho mais novo, Murilo Schwanke Neitzke, e sua esposa, Lavínia Timm Schneider, passaram a administrar a propriedade e apostam no crescimento baseado no comércio do leite. “Se está difícil para os outros, não sei, mas aqui conseguimos manter a margem de lucro. As vacas estão pagando as contas”, brinca o produtor. Neitzke tem apenas 21 anos, mas desde os 13 anos ajudava a mãe nas lidas do empreendimento, após o falecimento do pai. Junto com Lavínia, de 20 anos, maneja 15 vacas holandesas em lactação, que produzem, em média, 300 litros de leite por dia. “Entregamos um leite de excelente qualidade para a Coopar/Pomerano, de São Lourenço do Sul”, diz ele, estimando a produção mensal da família em 7 mil litros.


Os dois jovens trabalham
em uma área de seis hectares, na qual cultivam pastagem irrigada em uma parcela de um hectare, o que garante o alimento dos animais mesmo em tempos de estiagem. A ração complementar das vacas também é produzida pelo casal, o que barateia os custos. Segundo Murilo, o suplemento feito na propriedade custa centavos, enquanto que no mercado o quilo da ração passa de R$ 3,00. O casal revela que tem planos de arrendar mais área para poder aumentar o número de vacas e aumentar a produção, atingindo os 15 mil litros por mês. “Nosso objetivo é crescer cada vez mais”, ressalta Murilo. (Correio do Povo)


 Jogo Rápido

Diminui total de desempregados
O país tinha 13,656 milhões de desempregados no trimestre encerrado em agosto, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE). Com isso, a taxa de desemprego recuou de 14,6% no trimestre encerrado em maio para 13,2% no trimestre terminado em agosto. O total de desocupados caiu 7,7% ante o trimestre móvel terminado em maio, com 1,139 milhão de pessoas a menos em busca de uma vaga. Frente ao trimestre móvel encerrado em agosto de 2020, o número de desempregados caiu 1%, com 137 mil pessoas a menos na fila por emprego. O avanço da ocupação com geração de vagas tanto formais quanto informais foi destaque no trimestre móvel encerrado em agosto, mas os dados da pesquisa mostram que a recuperação foi puxada pela informalidade. Dos 3,48 milhões de postos criados em um trimestre, 2,387 milhões estavam neste grupo. Já dos 8,522 milhões de postos gerados na comparação com o trimestre móvel terminado em agosto de 2020, 6,056 milhões vinham de ocupações informais. (Correio do Povo)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 27 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.529


EUA: lanches escolares grátis ajudam mercado de lácteos

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estendeu o programa para permitir que todas as escolas ofereçam café da manhã e almoço gratuitos aos alunos. Isso também está ajudando a consumir os suprimentos de laticínios dos EUA.

O programa permite que alunos de todo o país façam refeições escolares de graça e Ben Laine, do Rabo AgriFinace, diz que o programa, junto com o fato de que a maioria dos alunos está de volta presencialmente neste ano letivo, está ajudando a compensar os altos níveis de produção de leite neste ano.

“Agora que temos mais crianças fisicamente em pé na fila do almoço pegando o leite, será um benefício para o leite fluido”, diz Laine. “Será um benefício liberar parte desse aspecto da produção de laticínios, e isso ajudou a aliviar um pouco do leite excedente com o qual estávamos lidando alguns meses atrás, quando as aulas começaram a voltar. Conforme o fluxo de leite começou a se mover em direção ao programa de merenda escolar, isso foi o que nos ajudou a afastar-nos de alguns dos altos níveis de produção de queijo que vimos começar a correr o risco de ficar um pouco pesados. Então, eu acho que o programa de merenda escolar é útil para puxar um pouco do leite excedente.”

Outro impulso está na forma de que tipo de leite está sendo oferecido na escola. Quase um ano e meio atrás, o USDA restabeleceu o leite com sabor de baixo teor de gordura como uma opção na escola. A International Dairy Foods Association disse que continuar a oferecer leite com chocolate a 1% e outros leites com sabor está incluído no projeto de resolução contínua no congresso. Integral x desnatado Este é um um debate antigo em laticínios. O que é melhor para as crianças? Leite desnatado ou integral? Um novo estudo está lançando alguma luz. O estudo diz que para as crianças há pouca ou nenhuma diferença entre as duas opções.

Pesquisadores da Universidade Edith Cowan concluíram que o leite integral é tão bom quanto o leite desnatado para crianças. Eles acompanharam 49 crianças com idades entre quatro e seis anos durante três meses. Um grupo consumia produtos lácteos com baixo teor de gordura, enquanto o outro recebia produtos lácteos integrais. Os grupos não tinham ideia de qual categoria estavam consumindo.

Os pesquisadores então avaliaram a obesidade, a composição corporal e a pressão arterial de cada criança. Eles dizem que as crianças designadas para laticínios com baixo teor de gordura consumiram menos calorias, mas muitas vezes compensaram comendo mais de outros alimentos. Eles concluíram que comer ambas as formas de laticínios não mostrou diferenças significativas para a saúde cardiovascular e obesidade. (As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)

 

Sooro Renner Investe 2,5 milhões de reais em Controle de Qualidade e inaugura novo Laboratório Físico/Químico

O laboratório físico/químico é o local onde são realizados acompanhamentos de um amplo portfólio de análises físicas, químicas e sensoriais de produto. Vai desde sua composição nutricional, chegando até mesmo nas características que o produto deve conter para determinada aplicação.

No laboratório físico/químico é realizado o monitoramento direto da qualidade do produto, para assegurar o atendimento às especificações técnicas e legislativas, além dos rígidos critérios dos mais variados clientes. Seja de alimentação animal, humana e principalmente a suplementação.

Exemplos de monitoramentos realizados neste local:

• Teor de acidez, pH;

• Teor de umidade;

• Percentual de proteínas;

• Densidade;

• Teste sensorial (aspecto, textura, sabor e cor).

Quais produtos serão beneficiados pelo laboratório físico/químico?

Trata-se de um laboratório dedicado para análises de produtos acabados em pó. Sendo assim, toda gama de produtos em pó será avaliada pelo laboratório, para controle de qualidade e liberação para venda. Então, estamos falando de dedicar uma estrutura e instrumentação especificamente para controle e padronização da qualidade do produto final.

Qual setor fica responsável pelo laboratório físico/químico?

Esta estrutura fica sob responsabilidade do controle de qualidade da Sooro Renner – P1, em Marechal Cândido Rondon.

Quais são as vantagens deste novo laboratório para todos?

A estrutura fica localizada no interior da Torre de Secagem, logo, a logística de amostras e atendimento ao processo se torna muito mais simples e direta. Além disso, trata-se de um ambiente completamente novo e preparado para atender as demandas analíticas.

Quais são as inovações oriundas deste projeto?

O antigo laboratório englobava todas as etapas do processo produtivo no mesmo ambiente. E isso gerou um problema, a estrutura acabou ficando ineficiente devido ao crescimento da demanda e do volume de análises.

O que impedia a evolução orgânica do setor pela falta de espaço e condições estruturais de melhorias em análises e até limitando o desenvolvimento profissional da equipe. Com este novo laboratório, a estrutura está dimensionada e preparada para ampliação e desenvolvimento de novos métodos e tecnologias de análises. Torna-se uma ferramenta adequada para que as melhores práticas de laboratórios possam ser implementadas e seguidas, como:

• organização;

• fluxo de amostras e materiais;

• iluminação;

• ventilação;

• ergonomia;

• maior segurança para os analistas.

Resumo: alta capacidade, agilidade e eficiência no atendimento

Essas mudanças capacitam a Sooro Renner para trazer dois pontos que são fundamentais no dia a dia da empresa: melhorar o atendimento e ao mesmo tempo beneficiar seus colaboradores. Os processos se tornarão mais fáceis, diretos, orgânicos e modernos. Todo o serviço melhora completamente, valorizando nossos profissionais. De forma que se possa oferecer, com ainda mais cuidado, produtos de ponta para os clientes. (Assessoria de Imprensa Sooro Renner)

 

Secretaria informa tramitação de pleitos ao Fundesa

A secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR), Silvana Covatti, recebeu nesta terça-feira (26/10) o presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa), Rogério Kerber, o assessor jurídico, Alfeu Muratt, e conselheiros do fundo, ocasião em que foi detalhada a tramitação dos dois pleitos feitos pelo Fundesa a esta Secretaria. Um dos processos refere-se ao termo de parceria a ser celebrado entre fundo e SEAPDR para continuação do apoio às ações de vigilância e defesa sanitária animal. O convênio existente entre as partes encerra-se em 31 de dezembro. O outro trata de alterações legislativas para mudança na forma de ajuste com o Fundesa.

No primeiro caso, o secretário adjunto da SEAPDR, Luiz Fernando Rodriguez Junior, explicou que o processo já passou por instrução do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal e da direção do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF). A partir de agora, o processo irá para a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (CAGE) para análises técnicas.

Em relação ao pedido de modificações legislativas, Rodriguez Junior informou que o processo já recebeu parecer, com sugestões, por parte do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal e do procurador do Estado e coordenador setorial do Sistema de Advocacia junto à SEAPDR, César Rigo. Agora, os autos encontram-se em análise na Divisão de Estudos e Orientações no órgão central da CAGE. Com o retorno, a SEAPDR procederá a consolidação das diversas ponderações e sugestões oriundas do departamento técnico, CAGE e PGE, momento em que será chamado o presidente do Fundesa a fazer novas contribuições se entender oportunas.

Na avaliação de Kerber, a reunião foi importante no sentido de tomar conhecimento sobre o andamento da formatação dos instrumentos. O presidente do Fundesa lembrou que o convênio que expira no final do ano não é mais possível ser celebrado, naqueles termos, em função do advento da Lei Federal de Parcerias 13.019, de 2014, que estabelece um novo formato de relacionamento jurídico entre setor público e organizações privadas. “A SEAPDR está dando o encaminhamento que se espera e já tem uma nova agenda de reunião entre a assessoria jurídica do Fundesa e o secretário adjunto para ultimar alguns detalhes”, destacou Kerber.

O dirigente do fundo complementa que a conquista do novo status sanitário do Rio Grande do Sul como zona livre febre aftosa sem vacinação exige um fortalecimento do fundo e da defesa sanitária do Estado, o que, ao seu entender, passa por adequações naquilo que vinha sendo feito. “É expectativa dos produtores rurais que se tenha um fundo robusto, que traga segurança no que diz respeito a um eventual evento sanitário e o enfrentamento a este problema”, acrescentou Kerber. (SEAPDR)


 Jogo Rápido

Câmara lança Frente Parlamentar de Apoio ao Produtor de Leite

Será lançada nesta quarta, 27, no Congresso Nacional, em Brasília, a Frente Parlamentar de Apoio ao Produtor de Leite, formada por um grupo de deputados e senadores para defender temas relevantes a cadeia da pecuária leiteira. A proposta da criação do colegiado foi do deputado Vitor Hugo (PSL-GO), que irá presidir a frente. “Essa é uma iniciativa importante, do ponto de vista político e de representatividade de uma cadeia que é longa, e gera empregos mais na cidade do que no campo”, destaca o comentarista Benedito Rosa. Ainda segundo ele, a criação de uma frente parlamentar pode favorecer a criação de políticas específicas aos produtores de leite, uma vez que hoje o setor é pautado pela lei de mercado, como destaca o comentarista. “O setor sofre muito, pois a competição com outros países é desigual, a regra de mercado é levada ao extremo, já que beneficia apenas as regiões que são as mais competitivas. Isso só prejudica o Brasil”. (Canal Rural)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 26 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.528


Com crise de custos, valor de referência do leite fica em R$ 1,6463 no RS

O valor de referência do leite projetado para outubro no Rio Grande do Sul é de R$ 1,6463, 4% abaixo do consolidado de setembro (R$ 1,7149). A redução – divulgada em reunião do Conseleite nesta terça-feira (26/10) – reflete um mercado de consumo em que o repasse de preços no varejo não acompanha a elevação de custos do setor. Segundo o coordenador do Conseleite, Alexandre Guerra, enquanto o aumento acumulado nos custos industriais é de 33%, a reposição de preço do leite ao varejo foi de apenas 12,8% nos últimos 12 meses. “É uma conta que não fecha”, justificou. Consciente que o setor está entrando em um momento delicado, o dirigente informou que, em 2021, a indústria vem trabalhando sem margens e que é preciso repassar algo ao varejo.

A Fetag indica que a situação dos produtores é crítica. No comparativo de setembro de 2020 com setembro de 2021, a ração subiu 26,5%, o diesel, 65%, e a ureia e os fertilizantes, 120%. O vice-coordenador do Conseleite, Rodrigo Rizzo, argumentou que as dificuldades de rentabilidade do setor são enfrentadas tanto por indústrias quanto por produtores. Para amenizar a situação, os produtores clamam que se busque novos mercados, principalmente no exterior de forma a diminuir a dependência e a volatilidade que se tem em relação ao mercado interno. “Nosso foco é tirar a produção do país e fortalecer as campanhas de consumo em um momento em que, sabidamente, temos uma dificuldade de poder aquisitivo da população”, frisou Rizzo. A preocupação é com um movimento de desinvestimento no campo que resulte em aplicação de menos tecnologia e, consequentemente, menor oferta de leite nos próximos meses.

Apesar de as exportações brasileiras de leite terem crescido 30% de janeiro a setembro de 2021, Guerra argumenta que ainda há muito a expandir uma vez que somos um país importador em nossa balança comercial. Segundo ele, as indústrias vêm prospectando mercados, mas esse trabalho exige ações constantes. Além disso, é essencial que o governo apoie medidas para tornar o leite brasileiro ainda mais competitivo e, com isso, limitar a entrada de cargas de outros países do Mercosul. “Tem existido exportação, mas ainda somos importadores porque o mercado interno remunera melhor do que o externo. É preciso construir as habilidades para acessar esses clientes”, ponderou Guerra.

Segundo o professor da UPF Marco Antonio Montoya, responsável pela pesquisa do Conseleite, o impacto negativo da inflação na economia é preocupante, principalmente, nos setores da produção de alimentos. “Isso é uma questão que demora para se resolver porque são cadeias produtivas”. Apesar do cenário, ele informou que, na análise de longo prazo, o leite está valorizado. Considerando a inflação do período, o valor médio de referência do leite em 2021 está em R$ 1,6332, o maior da série histórica do Conseleite. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 26 de Outubro de 2021 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Setembro de 2021 e a projeção dos valores de referência para o mês de Outubro de 2021, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Outubro de 2021 é de R$ 3,3716/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

 

Conquista para o Leite A2: benefícios podem constar no rótulo

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reconheceu as propriedades do leite A2 e agora esta informação pode constar no rótulo dos produtos. O leite A2 é proveniente de vacas com o genótipo a2a2 e não possui a proteína betacasomorfina-7 (BCM-7), responsável por desconforto digestivo em pessoas que possuem alergia a esta proteína.

Segundo Roberto Jank Jr., vice-presidente da ABRALEITE e coordenador da comissão da entidade sobre leite A2, "o leite A2 tem ainda a mesma betacaseína do leite materno, o que facilita a adaptação das crianças na transição do leite da mãe para o leite de vaca”, informa.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) autorizou a comercialização do leite A2 em 2018, mas ainda não havia a autorização para a inclusão das informações sobre digestão nos rótulos. Em outubro de 2019, o Mapa autorizou os produtores de leite A2 a usar a expressão "leite de vacas a2a2", porém ainda sem a informação oficial da Anvisa.

A conquista veio principalmente devido às solicitações da Associação Brasileira de Produtores de Leite (ABRALEITE). Agora, de acordo com a Resolução 3.980 (20.10.2021), os rótulos poderão conter a frase “Leite produzido a partir de vacas com genótipo a2a2”. A Anvisa também autorizou alegação de funcionalidade com a frase: “O leite A2 não promove a formação de BCM-7 (betacasomorfina-7), que pode causar desconforto digestivo”.

Segundo Geraldo Borges, presidente da ABRALEITE, "esta informação no rótulo é extremamente importante pois representa o reconhecimento da Anvisa às qualidades digestivas do leite A2 e esclarece os consumidores, que agora encontram no rótulo uma informação oficial sobre os benefícios do produto A2".

Em entrevista ao Valor Econômico, Jank ressaltou que o mercado de leite A2 tem crescido rapidamente em países como China e Estados Unidos, que usam a matéria-prima em fórmulas infantis. Em 2020, esse segmento foi avaliado em US$ 8 bilhões, com perspectiva de alcançar até US$ 25 bilhões em todo o mundo, segundo projeção recente da consultoria Precedence Research. A cifra é considerada “consistente” pelo empresário. No Brasil, esse nicho é estimado em R$ 100 milhões, ou 1% do total do segmento de leite. (Este conteúdo foi escrito pela Equipe MilkPoint, com informações do Valor Econômico e da ABRALEITE)


 Jogo Rápido

Produtos terão os Selos Brasileiros

Os 88 produtos nacionais com registro de Indicação Geográfica poderão utilizar os Selos Brasileiros como referência em todo o território nacional a partir de novembro. A iniciativa, do Ministério da Economia e Instituto Nacional da Propriedade Industrial, em parceria com o Ministério da Agricultura e Sebrae, busca obter maior reconhecimento e valorização desses produtos. Entre os beneficiados estão queijos, cafés, vinhos e cachaças elaborados em regiões específicas. (Correio do Povo)


 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 25 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.527


Programa Mais Leite Saudável já beneficiou mais de 80 mil produtores

O Programa Mais Leite Saudável (PLMS) já permitiu que 82,7 mil famílias de produtores de leite fossem beneficiadas com os projetos em várias frentes, inclusive assistência técnica. O resultado é a melhoria na produtividade e na qualidade do leite, bem como na rentabilidade do produtor.

Os números, disponíveis no Painel de Dados Abertos do programa, indicam que 587 empresas já executaram mais de mil projetos que abrangem mais de 2,3 mil municípios brasileiros. Para participar e ter acesso aos benefícios do programa, o laticínio ou cooperativa deve executar um projeto que promova o desenvolvimento de seus fornecedores.

O PLMS permite às agroindústrias, aos laticínios e às cooperativas de leite participantes utilizar créditos presumidos do PIS/Pasep e da Cofins da compra do leite in natura, utilizado como insumo de seus produtos lácteos em até 50% do valor a que têm direito. O Governo Federal, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), lançou uma cartilha para ajudar na elaboração e na execução de projetos do Programa Mais Leite Saudável. O documento aborda a estrutura, os elementos que devem constar do projeto e a legislação aplicável.

Saiba mais aqui. (As informações são do Governo Federal do Brasil, adaptadas pela equipe MilkPoint)


Pequenos penalizados

A vida das famílias que fazem da produção de leite sua principal fonte de renda vive um processo de transformação, não apenas no Estado, mas também no Brasil e em vários países do mundo. O Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no Rio Grande do Sul 2021, divulgado pela Emater/RS-Ascar durante a 44ª Expointer, indica que só vão subsistir os produtores capazes de acompanhar quantitativa e qualitativamente as exigências do mercado. O documento mostra que o número de gaúchos na atividade caiu 52,28% entre 2015 e 2021, de 84,1 mil para 40,8 mil.

Coordenador do estudo, o assistente técnico regional da Emater, Jaime Ries, reconhece que, para aqueles que não conseguem avançar na escala, fica cada dia mais difícil manter a produção. Segundo Ries, há uma projeção apontando que 23% dos agricultores que coletam entre 50 e 100 litros de leite por dia tendem a abandonar o ramo nos próximos anos e apostar em outros afazeres.

Os motivos para a debandada são muitos, a começar pelo alto custo de produção, que somente no último ano ultrapassou os 40% no Estado, por conta dos preços do milho e da soja, que são componentes das rações, e de outros insumos, como adubos e energia elétrica. Quem entrega pouco leite ganha menos, já que a indústria alega que, nestes casos, a logística de captação acaba sendo mais cara e o enfrentamento dos custos se complica. Mas Ries destaca que as razões para a desistência vão muito além disso. “São fatores internos da propriedade que estão determinando a migração de pessoas para atividades mais fáceis e economicamente mais atrativas, como o plantio de grãos e a suinocultura, por exemplo”, analisa. Falta de mão de obra, dificuldades na sucessão familiar e aposentadoria rural, quando a renda recebida mensalmente supera a obtida pela venda do leite, também estão entre as principais motivações.

Ao mesmo tempo em que diminui o número de produtores, a profissionalização daqueles que ficam eleva a produtividade. Em 2015, a Emater apurou que a média diária de produção de leite por propriedade era de 136 litros por dia, volume que em 2021 é 103% maior, chegando a 277 litros por dia. Graças a isso, no mesmo período, a coleta anual caiu apenas 3,15%, de 4,212 bilhões de litros para 4,079 bilhões de litros, embora 44 mil propriedades rurais tenham desistido dela. “Não estamos dizendo que a produção de leite vai deixar de ser atividade presente na agricultura familiar, mas o fator de remuneração, neste caso, é o volume”, complementa Ries.

Especialista em Economia Leiteira, o pesquisador Paulo do Carmo Martins, da Embrapa Gado de Leite, de Minas Gerais, confirma que a evasão de produtores de leite é um fenômeno que não se limita ao Rio Grande do Sul e nem mesmo ao Brasil. Ele observa que isso ocorre em várias partes do mundo e quase sempre pelos mesmos motivos: custos altos, dificuldade de sucessão nas propriedades e falta de assistência técnica que proporcione aos produtores ferramentas de gestão. O pesquisador cita cinco países como exemplo disso. Entre 1997 e 2016, o número de propriedades voltadas à produção leiteira caiu 10% no México, 14% no Chile, 35% no Brasil e no Uruguai e 49% na Argentina. No mesmo período, observa Martins, a produtividade aumentou 70% no México, 112% na Argentina, 139% no Uruguai, 172% no Brasil e 358% no Chile.

“Somente no Brasil, entre 2005 e 2020, os 14 maiores laticínios do país diminuíram de 6.035 para 2.446 o número de fornecedores, ao passo que a produção desses fornecedores saiu de 200 litros por dia em 2005 para 597 litros por dia no ano passado”, compara. Ou seja, o número de fornecedores foi reduzido a quase um terço, enquanto a produção praticamente triplicou. “Se pegarmos os 100 maiores produtores de leite do país, outra medida corrobora o aumento de produtividade: em 2009, este grupo produzia cerca de 11,4 mil litros por dia, quantidade que hoje chega a 23 mil litros por dia”, indica. (Correio do Povo, adaptada pelo Sindilat)

 

Santa Clara reúne associadas e dependentes no 14º Encontro de Mulheres com Atividade no Leite

Uma tarde repleta de conhecimento e interação. Foi desta maneira que centenas de associadas passaram o dia de ontem, 21 de outubro, quando ocorreu o 14º Encontro de Mulheres com Atividade no Leite da Cooperativa Santa Clara. Neste ano, o evento foi realizado na modalidade on-line. Na abertura, o presidente da Cooperativa, Gelsi Belmiro Thums, deu as boas-vindas a todas as participantes. “Este Encontro é um momento é destinado às associadas que desempenham um papel bem importante na propriedade. Organizamos uma programação bem diversificada”, afirmou.

Após, o diretor Administrativo e Financeiro, Alexandre Guerra, destacou as informações da Santa Clara lembrando o papel de cada uma: “Sempre falamos da importância da família associadas da Santa Clara e esse é o momento de podermos agradecer a tudo que fazem dentro do quadro de associados e homenageá-las”. O Encontro de Mulheres contou com a palestra “Mulheres que transformam”, com a psicóloga Aline Dotta. Já na área técnica, a consultora de Nutrição Animal Géssica Farina e a gerente do Departamento Técnico, Raquel Soletti, explanaram sobre a “Criação de Terneiras”. As participantes também apreenderam a preparar dois pratos típicos da culinária alemã e italiana: a Panna Cotta e o Schnitzel, com o supervisor de food service da Santa Clara, chef Gustavo Grisa. O encerramento da 14ª edição do evento ficou a cargo do Frei Jaime Bettega que trouxe uma mensagem espiritual para todas as associadas e dependentes da Cooperativa.

Sobre a Cooperativa Santa Clara

Em 2021, a Santa Clara completou 109 anos de história, o que a faz a mais antiga cooperativa de laticínios em atividade no Brasil. A sua sede está localizada no município de Carlos Barbosa e está presente, através de seus mais de 5 mil associados, em mais de 135 municípios gaúchos, atuando nos ramos de Laticínios, Frigorífico, Fábrica de Rações, Cozinha Industrial, Farmácias e 27 unidades de varejo, entre supermercados e mercados agropecuários, nos municípios onde possui associados. (Assessoria de Imprensa Santa Clara)


 Jogo Rápido

ANTT faz consulta pública sobre preço mínimo do frete rodoviário

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) abriu uma consulta pública para receber propostas de mudança da Resolução nº 5.867, que estabelece as regras gerais, a metodologia e os coeficientes dos preços mínimos de frete no transporte rodoviário de cargas. As contribuições podem ser feitas até o dia 2 de dezembro. A ANTT publicou a tabela mínimo de preços do frete rodoviário com reajustes médios de 4,54% a 5,90%, a depender do tipo de veículo e classe de carga. A Lei nº 13.703/2018, que estabeleceu o piso mínimo para o frete rodoviário, determina que a atualização dos valores deve ocorrer a cada seis meses, em janeiro e julho, ou quando o preço do óleo diesel S10 subir 10% ou mais, de acordo com as publicações a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). (As informações são do Valor Econômico, adaptadas pela equipe MilkPoint)