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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 18 de fevereiro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.601


Com mais de R$ 510 milhões de faturamento e R$ 5 milhões em participação de lucros, a Sooro Renner bate recordes em 2021
 
O crescimento foi de 37% em relação a 2020 e, para este ano, a gigante brasileira tem ousadas e reais perspectivas de fomentar ainda mais o setor lácteo
 
Em 2021, a Sooro Renner atingiu novos recordes. Um deles foi o faturamento que chegou a R$ 510 milhões. A participação dos lucros ultrapassa R$ 5 milhões. A empresa também registrou um aumento de 37% em relação a 2020. Quem sente os reflexos desse crescimento são os clientes, os parceiros, os produtores fornecedores, os colaboradores e a economia dos municípios em que a empresa possui instalações.
 
O ano foi produtivo; foram mais de 60 mil toneladas de produtos, nas duas plantas da empresa, que foram distribuídos nos mais variados estados brasileiros. Os produtos da Sooro Renner ultrapassam as fronteiras. Em 2021, parte da produção foi exportada para países como Paraguai, Chile e Filipinas.
 
Somente no ano passado, a empresa fez investimentos de R$ 98,6 milhões. “No segundo semestre, concluímos um ciclo de investimentos extremamente importantes. A planta de produção de Permeado Non Caking é uma das maiores do mundo. Com mais de 8 mil metros quadrados de pura tecnologia, ela aumentou nossa capacidade produtiva e de estocagem em mais de 100 toneladas por dia, sendo a maior planta em capacidade de produção Permeado non Caking na América Latina”, destaca o Diretor Administrativo Financeiro Leandro Tenfen.
 
O empreendimento conta com sistema robótico de paletização de embalagens e docas de carregamentos em número suficiente para dar escoamento ao volume de produção. “Foram mais de R$ 120 milhões em investimentos para revolucionar o mercado nacional. A conclusão desse ciclo gerou mais de 150 empregos indiretos e 30 novos postos de trabalho”, cita Tenfen.
 
COMPROMETIMENTO COM O MEIO AMBIENTE: A sustentabilidade também integra o comprometimento que a Sooro Renner tem em relação ao meio ambiente. Para manter o fundamento sustentável, a empresa investiu mais de R$ 15 milhões na nova estação de tratamento de efluentes e sistemas de polimento de água extraída do próprio soro. Essa iniciativa aumentou a capacidade de reuso de água e
diminuiu o impacto ambiental na unidade de Marechal Cândido Rondon. 
 
INVESTIMENTOS E SEUS RESULTADOS: A Sooro Renner também investiu aproximadamente R$ 25 milhões na instalação de um novo sistema de membranas de ultrafiltração, um novo evaporador e o retrofit da Spray Dryer I, com o objetivo de aumentar as capacidades de produção de Whey Protein Concentrado. Outro importante investimento foi aplicado na conclusão da instalação da terceira caldeira. Esse projeto permitiu ampliar ainda mais a capacidade de produção vapor. O investimento total de foi de R$ 12 milhões. “Na unidade de Estação estão sendo desenvolvidos projetos de ampliações da capacidade de estocagem de matéria-prima, produto em processo e produto acabado. Além da adequação de estocagens de produtos químicos e melhorias nas automações dos processos industriais, totalizando um investimento de R$ 6 milhões”, pontua Tenfen.

PARTICIPAÇÃO DE LUCROS ENALTECE OS COLABORADORES: O montante distribuído entre os colaboradores, referente ao ano de 2021, é de R$5.000.388,80. Em 2020 foram distribuídos R$ 3,8 milhões. Os números apontam o progresso da empresa que também refletem na valorização do quadro funcional. Tenfen salienta que a participação de lucros é uma forma da empresa reconhecer o trabalho e a dedicação dos colaboradores. “Na Sooro Renner acreditamos que os resultados são obtidos através das pessoas. Ao todo, serão 498 colaboradores que irão receber a participação de lucros. Eles estão distribuídos nas plantas de Marechal Cândido Rondon/PR, Estação/RS e no nosso Centro de Distribuição em Campinas/SP”. A participação de lucros reflete diretamente na economia local. Cada colaborador participa ativamente na conquista desses resultados, por isso espera e conta com os valores da participação de lucros. O beneficiado utiliza o valor de acordo com seus anseios particulares, seja por questões pessoais de finanças, investimento de bens, contratação de serviços; esse dinheiro fomenta a economia na comunidade onde a Sooro Renner possui suas atividades.
 
O QUE ESPERAR DE 2022? “Temos a expectativa de crescermos 40% em relação a 2021, o que demonstra estarmos otimistas quanto ao mercado em que atuamos”, afirma o Diretor-presidente William da Silva. “Esse otimismo é reflexo dos R$ 80 milhões que serão investidos em 2022 na expansão da capacidade produtiva bem como em novos produtos”. Com ousadas e reais perspectivas de crescimento, a Sooro Renner sabe que para expandir precisa investir em tecnologia, infraestrutura e mão de obra especializada. “Em 2022 continuaremos a investir no nosso pessoal, acreditamos na força do trabalho que cada vez mais precisa estar capacitada e qualificada para enfrentar os desafios do crescimento”, conclui o Diretor-presidente ao enfatizar que a empresa trilha um caminho de sucesso de comprometimento, pois é uma gigante brasileira do setor lácteo. (Sooro Renner)
 

Bons resultados com milho irrigado são divulgados em dia de campo
 
A experiência com o cultivo de milho irrigado da família Capelari, em São Domingos do Sul, foi compartilhada com cerca de 70 produtores e lideranças que participaram do Dia de Campo, realizado na propriedade de Dirceu Capelari, na Comunidade da Baixada, na última terça-feira (15/03).
 
Foram três estações com seguintes temas: infiltração e aproveitamento de água no solo, equipamentos e tecnologias em irrigação e rendimentos de culturas irrigadas e potencial produtivos de cultivares. Na oportunidade, os presentes puderam conhecer alternativas de sistemas de irrigação existentes no mercado, além do relato da experiência da família Capelari, que expôs dados da propriedade, bem como as vantagens econômicas proporcionadas pelo sistema de irrigação e os requisitos para implantar o sistema na propriedade.
 
O gerente regional da Emater/RS-Ascar, Dartanhã Luiz Vecchi, destacou a qualidade do evento e a importância das parcerias para a realização de trabalhos como esse. "As informações existem e estão disponíveis para os produtores rurais e é importante que se faça uso tanto das tecnologias quanto do conhecimento para minimizar problemas de estiagem, como tem se visto. A irrigação viabiliza a produção, mesmo em condições adversas", disse.
 
O evento foi promovido em parceira pela Emater/RS-Ascar, Cresol, Conselho Agropecuário, Cooperlate, Dalri Maquinas, Casa Trevo e Prefeitura de São Domingos do Sul. Na ocasião foi realizada a divulgação da Lei Municipal Monsenhor João Benvegnú, a qual incentiva a reservação de água e a irrigação, entre as atividades contempladas. (Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar - Regional de Passo Fundo)
 



 
 
É oficial: Mundial do Queijo do Brasil 2022 será em São Paulo
 
Mundial do Queijo - De 15 a 18 de setembro de 2022, está confirmado o Mundial do Queijo do Brasil, na capital paulista. O evento, em sua segunda edição, promete animar o cenário do queijo artesanal e autoral, cada dia mais queridinho do público brasileiro, com feira de produtores, concursos e programa técnico no mais novo teatro de São Paulo, o B32, uma construção moderna na avenida Faria Lima, inaugurada em plena pandemia.
 
O Mundial é realizado pela associação SerTãoBras em parceria com a Guilde Internationale des Fromagers. A primeira edição ocorreu em Araxá em 2019, atraiu 32 mil pessoas e uma comitiva de 18 membros da Guilde da França, Austrália, Itália e Japão. Foram julgados mais de 900 queijos.
 
O conceito do evento é ser itinerante, ou seja, acontecer em uma cidade diferente a cada edição, como uma forma de fortalecer a cultura queijeira em realidades variadas do Brasil. São Paulo vive a efervescência do queijo autoral. A lei do queijo artesanal do estado acaba de ser regulamentada de forma participativa, fruto do diálogo dos produtores e autoridades sanitárias… tudo parece convergir de forma harmoniosa e as expectativas são as melhores.
 
Na França, a animação começa a fermentar. “Programamos uma nova viagem técnica de descoberta do queijo brasileiro e queremos apoiar o evento, o Brasil tem um grande potencial de mercado e produção, um exemplo são todos os queijos que ganharam medalhas no Mundial de Tours, na França”, disse Roland Barthélemy, presidente da Guilde.
 
O roteiro da viagem da comitiva internacional prevê 3 dias em São Paulo e depois mais cinco dias em Salvador (BA), para os gringos desfrutarem das belezas e dos queijos baianos. O programa vai ser anunciado no jantar de gala da Guilde no Salon du Fromage de Paris, que acontece de 27 de fevereiro a 2 de março na capital Francesa.
 
A associação SerTãoBras promete lançar o site do evento com todas as informações práticas no início de março. (Paladar Estadão)

Jogo Rápido 

Previsão indica umidade elevada e poucas chuvas em todo o RS nos próximos dias
 
Os próximos setes dias terão muita umidade, mas chuva de baixo volume na maior parte do Estado. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 07/2022, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (18/02), a propagação de uma frente fria no mar e a aproximação de uma área de baixa pressão favorecerão o aumento da nebulosidade e poderão ocorrer pancadas de chuva, fracas e isoladas, principalmente nos setores Leste e Nordeste. No sábado (19/02), o ingresso de ar quente e úmido favorecerá a elevação das temperaturas, com valores superiores a 36°C em todo RS. No domingo (20/02), a nebulosidade vai aumentar, com períodos de céu encoberto e possibilidade de pancadas isoladas de chuva, associadas ao calor. Entre segunda e quarta-feira (21 a 23/02), a presença de uma área de baixa pressão alongada, conhecida como cavado, manterá a nebulosidade e a possibilidade de pancadas de chuva, com chance de temporais isolados. Os volumes previstos deverão ser inferiores a 10 mm na Campanha, Região Central e na Fronteira Oeste. Nas demais regiões, os totais deverão oscilar entre 15 e 30 mm. No Alto Uruguai e nos Campos de Cima da Serra, os valores poderão alcançar 50 mm em algumas localidades. Acompanhe todas as edições do Boletim Integrado Agrometeorológicoem www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (Seapdr)

 

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Porto Alegre, 17 de fevereiro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.600


Prévia mostra crescimento real de 18% na arrecadação em janeiro
 
Resultado é o maior para janeiro em pelo menos dez anos, afirma pesquisador do FGV Ibre
 
Dados preliminares mostram que a arrecadação federal começou o ano com força. Teria somado R$ 234,7 bilhões, crescimento real de 18% sobre janeiro do ano passado, segundo cálculos elaborados pelo pesquisador Bernardo Motta, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), a partir de dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal. O resultado oficial será divulgado pela Receita depois do dia 20.
 
“É a maior taxa de crescimento desde junho de 2021 e o melhor janeiro em pelo menos dez anos”, comentou Motta. “Volta aos números recordes.”
 
Dados preliminares mostram que a arrecadação federal começou o ano com força. Teria somado R$ 234,7 bilhões, crescimento real de 18% sobre janeiro do ano passado, segundo cálculos elaborados pelo pesquisador Bernardo Motta, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), a partir de dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal. O resultado oficial será divulgado pela Receita depois do dia 20.
 
“É a maior taxa de crescimento desde junho de 2021 e o melhor janeiro em pelo menos dez anos”, comentou Motta. “Volta aos números recordes.”
 
Se esse padrão de resultados fortes vai se manter nos próximos meses, é algo que não se pode afirmar, avaliou o pesquisador. Tal como se viu no ano passado, o resultado foi puxado por fatores não recorrentes. Ou seja, as condições podem mudar rapidamente.
 
O bom resultado de janeiro de 2022 foi puxado pelos mesmos tributos que lideraram os recordes no ano passado: Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), e receitas não administradas diretamente pela Receita.
 
Comparando janeiro com o mesmo mês de 2021, houve aumento de R$ 35,8 bilhões nas receitas. Desses, R$ 29,2 bilhões são explicados por esses três fatores.
 
O aumento real de 18% na arrecadação foi ajudado também pela base de comparação. No início de 2021, ainda não havia a recuperação econômica que se viu nos meses seguintes. Por isso, o confronto com janeiro de 2022 mostra uma variação grande.
 
Os recolhimentos do IRPJ somaram R$ 52,2 bilhões em janeiro, crescimento de 25% sobre janeiro de 2021, segundo a prévia. Da CSLL, foram recolhidos R$ 31,9 bilhões, avanço de 46,3% sobre o ano passado. As receitas não administradas ficaram em R$ 17,9 bilhões, alta de 93,1%.
 
As receitas dos dois primeiros tributos foram puxadas, em 2021, por pagamentos atípicos e pela arrecadação sobre as empresas que transacionam commodities. Já o recolhimento das receitas não administradas tem sido impulsionado pelas participações especiais sobre a exploração de petróleo. A alta do dólar e a da cotação internacional do petróleo influenciam nos valores recolhidos.
 
As participações especiais são pagas trimestralmente. Houve recolhimento em janeiro.
 
Motta destacou também o crescimento de 91,9% nas receitas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), com R$ 4,6 bilhões. É reflexo da elevação das alíquotas implementada no ano passado.
 
Já o recolhimento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) dos automóveis caiu 8,7%, para R$ 317 milhões. As receitas do IPI sobre bebidas recuaram 20,6% e ficaram em R$ 231 milhões.
 
Os números mostram ainda uma redução real de 29,8% nas receitas do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF), que ficaram em R$ 2,710 bilhões. Também houve recuo, de 15,2%, no Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) sobre rendimentos de residentes no Brasil, que ficaram em R$ 4,4 bilhões em janeiro.
 
As receitas previdenciárias, por sua vez, somaram R$ 41 bilhões. Foi um aumento real de 2,5%. (Valor Econômico)
 

Conseleite/MG projeta alta de 1,64% no preço do leite a ser pago em março
 
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 16 de Janeiro de 2022, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:
 
Os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Dezembro/2021 a ser pago em Janeiro/2022. 
 
Os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Janeiro/2022 a ser pago em Fevereiro/2022.
 
Valores de referência projetados do leite padrão maior e menor valor de referência para o produto entregue em Fevereiro/2022 a ser pago em Março/2022.
 
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.
 
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite padrão, maior e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela.
 



Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br.
 
As informações são do Conseleite-MG, adaptadas pela equipe MilkPoint. 
 
 




Sentenças obrigam INSS a pagar salários de gestantes na pandemia
 
Decisões judiciais beneficiam as redes de supermercado Atacadão e Mais Barato
 
Duas redes de supermercados obtiveram sentenças que garantem o direito de repassar à União a conta do afastamento de gestantes do trabalho presencial. As decisões, as primeiras que se tem notícia, obrigam o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a pagar salário-maternidade a trabalhadoras que não podem atuar em home office durante a pandemia.
 
As sentenças beneficiam o Atacadão, do Grupo Carrefour, que estima ter atualmente cerca de 850 empregadas gestantes, e o Grupo Mais Barato, de Belém. As redes foram à Justiça após a edição, em maio de 2021, da Lei nº 14.151, que exige o afastamento das gestantes do trabalho presencial, com o pagamento integral da remuneração.
 
Com a edição da norma, várias empresas, inicialmente as de pequeno porte e empregadores domésticos, passaram a alegar no Judiciário que não conseguiriam arcar com esse ônus e que, pela Constituição, o INSS deveria ser responsável pelos pagamentos.
 
Ainda pedem nos processos que seja aplicado, por analogia, o artigo 394-A da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que trata do afastamento de gestante em ambiente insalubre. Nesse caso, a lei fala sobre o pagamento de saláriomaternidade.
 
A União argumenta, porém, que não é possível criar ou estender, nem mesmo por lei, benefício previdenciário sem que tenha havido previsão da fonte de custeio. Também afirma que a Lei nº 14.151, de 2021, em momento algum tratou de saláriomaternidade ou de antecipação do início desse benefício previdenciário.
 
O processo do Atacadão foi analisado pela juíza Diana Brustein, da 7ª Vara Federal Cível de São Paulo. Ela entendeu que o legislador foi omisso no caso de atividade incompatível com o teletrabalho, bem como sobre a responsabilidade pela remuneração.
 
Para a magistrada, não se discute que o objetivo da lei é a proteção da gestante, “todavia, não pode o empregador ser responsável pelo pagamento da remuneração”. Ela acrescenta, na sentença, que a situação é semelhante à das gestantes afastadas por trabalharem em atividades insalubres.
 
Na decisão, a juíza determina que os valores pagos até agora sejam compensados com os recolhimentos de contribuição previdenciária (mandado de segurança nº 5029453-31.2021.4.03.6100).
O advogado que assessora o Atacadão no processo, Fernando Rogério Peluso, sócio do Peluso, Stupp e Guaritá Advogados, afirma que essas funcionárias, que são caixas dos supermercados, empacotadoras ou do setor administrativo, não teriam como exercer suas funções em home office. “A empresa vinha remunerando as empregadas sem que elas exercessem qualquer tarefa, mesmo à distância”, diz.
 
A sentença, afirma o advogado, representa uma grande economia para as empresas e, ao mesmo tempo, não traz qualquer prejuízo às gestantes, que continuam recebendo o mesmo valor de salário. A única diferença, acrescenta, é que muda a fonte pagadora.
 
A Lei nº 14.151 contudo, pode ser alterada, segundo Peluso. O Projeto de Lei nº 2058, de 2021, proposto pelo deputado Tiago Dimas (Solidariedade-TO), impede o afastamento de empregadas gestantes vacinadas contra a covid-19 e diz que, se a medida for necessária, o contrato pode ser suspenso. O texto foi aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado e agora segue para sanção.
A outra sentença, a favor da rede Mais Barato, é da juíza Hind Ghassan Kayath, da 2ª Vara de Belém. Ela também entendeu que a lei é omissa em relação às empregadas gestantes afastadas e que não podem exercer suas funções em trabalho remoto. E que a situação é prejudicial ao empregador, obrigado a colocar a gestante em regime de teletrabalho, mantendo a remuneração.
 
“Na prática, perde um posto de trabalho, devido à incompatibilidade do trabalho com as atribuições do empregado, gerando, no final das contas, pagamento de remuneração sem a devida prestação laboral, o que vai de encontro aos princípios constitucionais que regem as relações de trabalho”, diz.
A magistrada ainda destaca, na decisão, que o artigo 4º, parágrafo 8º, da Convenção nº 103 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), incorporada no Brasil por meio do Decreto nº 10.088, de 2019, sobre a proteção à maternidade, estabelece que “em hipótese alguma, deve o empregador ser tido como pessoalmente responsável pelo custo das prestações devidas às mulheres que ele emprega”. Assim, segundo a juíza, a lei não poderia atribuir o pagamento desses salários ao empregador, mas ao INSS (processo nº 1036117-10.2021.4.01.3900).
 
De acordo com o advogado Luiz Eduardo Amaral de Mendonça, do FAS Advogados, que realizou pesquisa sobre o tema, a tese começou a ser usada agora por companhias de maior porte. Ele recentemente obteve duas liminares para empresas dos setores de conservação e limpeza e de vigilância e portaria, que teriam entre 70 e 80 grávidas afastadas.
 
As liminares repassam os pagamentos ao INSS e autorizam a compensação dos valores já pagos, além de permitirem que esse procedimento seja aplicado às funcionárias que vierem a ficar grávidas durante a pandemia (processos nº 5034387-
32.2021.4.03.6100 e nº 5034360-49.2021.4.03.6100).
 
Em nota, a Advocacia-Geral da União (AGU), informa que “as manifestações ocorrerão nos autos dos respectivos processos judiciais”. O INSS, por sua vez, afirma que “não comenta decisões judiciais” e não tem dados sobre o número de gestantes afastadas em decorrência da pandemia. O Atacadão preferiu não se manifestar. E o Grupo Mais Barato não deu retorno até o fechamento da edição. (Valor Econômico)
 
 
Lei ABGD comemora sanção do marco legal da geração distribuída
 
A produtores e auto produtores de energia fotovoltaica ou, energia solar em 10/01/2022, após a sanção do presidente da República (06/01), Jair Bolsonaro, e publicação no Diário Oficial - Lei Federal 14.300/2022

"A regulação por meio de lei federal é mais segura e estável juridicamente. Durante a tramitação do Projeto de Lei (PL 5829/19) sempre objetivamos uma redação capaz de garantir estabilidade de regras e previsibilidade de custos para o setor", pontua Guilherme Chrispim, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD).

Pela nova lei, as regras atuais para detentores de unidades de microgeração e minigeração já conectados (ou seja, aqueles que já possuem usinas instaladas) serão mantidas até dezembro de 2045, sem cobrança de taxas e tarifas específicas do setor, como o uso da rede de distribuição de energia. Isso valerá para novas instalações implementadas nos doze meses imediatamente posteriores ao início de vigência da lei; ou seja, até 5 de janeiro de 2023, desta forma, o ano de 2022 será importantíssimo para quem quiser ficar isento por 25 anos!!

"A segurança jurídica e a vantagem econômica vão impulsionar os investimentos em geração distribuída em 2022. As nossas projeções são de crescimento de 7 GW em potência instalada, totalizando 15 GW ao fim do ano", conta Chrispim. O seja, a potência instalada em GD vai ultrapassar a capacidade da Usina de Itaipu (14 GW).

A partir desse período de carência para os efeitos da nova lei, as unidades de geração distribuída que ingressarem no sistema terão um período de seis anos de modulação para a aplicação das cobranças de taxas, até atingirem o valor integral em 2028. A Lei estabelece que o cálculo do valor a ser pago por mini e micro geradores será feito de acordo com diretrizes dadas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), em discussão com agentes do setor elétrico e a sociedade.

A ideia que faz parte deste debate é defender que o modelo adotado leve em conta os benefícios coletivos que a geração distribuída proporciona: redução de perdas inerentes à transmissão, contribuição para preservação do nível de reservatórios de hidrelétricas, diminuição do custo global da energia etc. São elementos a considerar para estabelecer um preço diferenciado para o uso da rede por proprietários de GD", explica Carlos Evangelista, presidente do Conselho da ABGD.

Para maiores informações entre em contato com Studio Engenharia (51999976693). (Studio Solar Engenharia)

Jogo Rápido 

Leite A2 é opção para quem sente desconforto ao consumir leite e seus derivados
 
O leite é um alimento completo, rico em nutrientes essenciais para a saúde de crianças, adolescentes, adultos e idosos. Estudos têm mostrado os prejuízos causados por sua retirada das dietas, como redução do crescimento, osteoporose e deficiências nutricionais.  Porém, de acordo com uma pesquisa do Instituto Datafolha, cerca de 53 milhões de brasileiros relataram sentir algum sintoma desconfortável associado ao consumo de produtos lácteos. Nesta questão, torna-se importante a abordagem sobre o consumo do leite A2, naturalmente mais fácil de digerir e uma excelente alternativa nestes casos.  “Contudo, o produto destina-se a pessoas que não têm intolerância à lactose, apenas que se sentem mal após o consumo de leite e derivados, com sintomas como má digestão, flatulência, sensação de estufamento entre outros, parecidos com os de quem tem intolerância à lactose. Assim como também não se destina a crianças com alergia à proteína do leite de vaca (APLV), salvo sob recomendação de médico alergista”, explica Helena Fagundes Karsburg, responsável pela Gestão do Programa de Certificação VACAS A2A2 que permite no Brasil a produção e a comercialização do leite A2. O leite A2 contém apenas a β-caseína A2, enquanto o leite convencional possui tanto a β-caseína A2 quanto a β-caseína A1. A caseína é a principal proteína presente no leite. Por não possuir a β-caseína A1, o leite A2 pode ser consumido por pessoas que tenham sensibilidade ao peptídeo BCM-7, que é produzido durante a digestão da β-caseína A1.  Em pessoas com sensibilidade a essa molécula, o consumo de leite pode causar desconforto, produção de gases e fezes mais líquidas, sintomas que podem ser confundidos com a intolerância à lactose. Como comprar: O leite A2 pode ser encontrado em diversas redes de supermercados e por enquanto está sempre disposto em espaços refrigerados. Contudo, é importante estar atento para o selo VACAS A2A2, que garante a procedência do produto. A certificação que concede o selo VACAS A2A2 é um programa criado para assegurar que as propriedades e indústrias que produzem o leite A2  estejam aptas a produzir e comercializar leite ou derivados provenientes de vacas com genótipo A2A2. A certificação assegura que os lácteos com o selo contêm apenas caseína A2 em sua composição, sem risco de mistura com beta-caseína A1. (Revista Projeto Autoestima - Beba Mais Leite)

 

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Porto Alegre, 16 de fevereiro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.599


Cenário de lácteos e relações indústria-produtor são tema do 12º Fórum MilkPoint Mercado

Com o objetivo de debater o cenário do mercado de lácteos e o futuro das relações entre a indústria e os produtores de leite, o portal Milkpoint promove entre os dias 5 e 6 de abril a 12ª edição do Fórum MilkPoint Mercado. O evento será realizado de forma on-line e contará com o apoio do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS).

O Fórum contará com uma extensa programação dividida em quatro blocos. No primeiro dia, as palestras serão sobre o cenário de mercado para 2022 e o futuro das relações indústria-produtor de leite pela visão da indústria. No segundo dia, a pauta sobre a relação indústria-produtor terá sequência com o olhar dos produtores, assim como devem ocorrer debates sobre novos produtos e o crescimento da cadeia láctea brasileira.  

O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, destaca que eventos como esse são de extrema valia para os produtores, uma vez que os munem de informações essenciais para o dia a dia nas propriedades. “Além disso, é essencial que, além do cenário de lácteos de forma geral, possamos debater a relação entre a indústria e os produtores, ouvindo os dois lados para que essa relação gere os melhores resultados para ambos”, acrescenta. Conforme a organização do evento, todo o conteúdo gerado no Fórum ficará disponível por até 30 dias.

DESCONTO NA INSCRIÇÃO: Os associados do Sindilat que quiserem participar do evento terão desconto de 30% na inscrição. 

Confira a programação completa:

5 de abril

BLOCO 1: Cenário de marcado para 2022
13h00-13h50: Bem-vindo ao Fórum MilkPoint Mercado. Conheça nossos Parceiros
13h50-14h00: Abertura, Marcelo P. Carvalho, CEO da AgriPoint
14h00-14h30: Ambiente econômico 2022
14h30-15h00: Consumo: como terminou 2021 e como começou 2022 - Mikael Quialheiro, Nielsen
15h00-15h10: Espaço Patrocinador
15h10-15h40: Cenários para o mercado lácteo para 2022, Valter Galan. Sócio do MilkPoint Mercado
15h40-16h10: Perguntas
16h10-16h20: Break
 
BLOCO 2: futuro das relações indústria produtor de leite – visão da indústria
16h20-16h50: Como o futuro do consumo de lácteos influenciará as relações entre indústria e produtores no Brasil, Marcelo P. Carvalho, CEO da AgriPoint
16h50-17h00: Espaço Patrocinador
17h00-17h40: Mesa redonda: qual o futuro da relação indústria produtor no leite brasileiro – a visão da indústria - Renê Machado - Nestlé, Cícero Hegg - Tirolez e Sávio Santiago - UltraCheese, José Antônio Bernardes - Embaré
17h40-18h10: Debates, perguntas, conclusões do primeiro dia

6 de abril

BLOCO 3: O futuro das relações indústria produtor de leite – visão dos produtores
13h00-13h50: Bem-vindo ao Fórum MilkPoint Mercado. Conheça nossos Parceiros
13h50-14h00: Abertura, Vinicius Nardy, MilkPoint Mercado
14h00-14h30: Qual o futuro da relação indústria produtor no leite brasileiro – a visão do produtor - Roberto Jank Jr., Agrindus
14h30-14h40: Espaço Patrocinador
14h40-15h10: A agenda de sustentabilidade e como ela pode afetar as relações entre os agentes da cadeia láctea
15h10-15h40: Perguntas
15h40-15h50: Break

BLOCO 4: Novos produtos: onde cresce a cadeia láctea no Brasil?
15h50-16h20: Compostos lácteos: características e oportunidades de mercado - Gustavo Soares, Latté Foods
16h20-16h30: Espaço Patrocinador
16h30-17h00: Caminhos para o crescimento na indústria do queijo
17h00-17h30: Perguntas e Debate
17h30-17h40: Encerramento
 

IBGE passará a divulgar o “Preço do leite cru pago ao produtor” como estatística experimental
 
Em 2019, o questionário da Pesquisa Trimestral do Leite foi reformulado, passando a consultar as empresas sobre o preço médio pago, mensalmente, pela matéria-prima adquirida (leite cru in natura, resfriado ou não).

Desde então, a variável investigada foi utilizada apenas internamente para subsidiar a coleta e a crítica dos dados da Pesquisa da Pecuária Municipal - PPM.

A primeira divulgação de seus resultados contará com os dados mensais completos de 2019 a 2021 e será realizada no dia 15.03.2022. A partir dessa data, eles serão divulgados trimestralmente, no mesmo dia da divulgação dos resultados completos da Pesquisa Trimestral do Leite, ficando disponíveis apenas na página da pesquisa no portal do IBGE e em formato de planilha.

A divulgação apresentará resultados para Brasil e Unidades da Federação, levando sempre em consideração os critérios para manutenção do sigilo estatístico.
 
Para saber mais sobre as estatísticas experimentais do Instituto, clique aqui. (IBGE)




RS: ProVB recebe reforço de 2.100 toneladas de milho para venda em Erechim
 
Com a chegada de mais 2.100 toneladas de milho para a comercialização, o abastecimento do Programa de Venda em Balcão (ProVB) da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em Erechim foi concluído. 
 
O produto foi adquirido por meio de leilão de compra pública, realizado em dezembro de 2021. Após a entrega, a qualidade dos grãos foi atestada pelos fiscais da Companhia e passaram a integrar os estoques públicos.
 
Com este reforço ao estoque de milho, os pequenos e médios criadores da região poderão comprar o produto, que estará disponível a partir desta segunda quinzena de fevereiro. Além de  Erechim, a Conab atua com o programa ProVB também em outros municípios, incluindo os  polos de Cruzeiro do Sul, Marau e Santa Rosa.
 
É importante ressaltar que aqueles que desejam se cadastrar no programa para a compra de milho utilizado na ação animal, devem ter a atividade comprovada, sejam suinocultores, avicultores, bovinocultores, caprinocultores, ovinocultores ou coturnicultores (codornas). E também devem possuir a Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP) ativa.
 
Para participar do programa, os criadores devem procurar a Conab ou o escritório da Emater ou ainda o Sindicato Rural do seu município e realizar o cadastro, que deve ser atualizado anualmente e permite o acesso mensal aos estoques públicos, de acordo com o tamanho de seu plantel.
 
As orientações sobre o ProVB podem ser acessadas no site da Conab. Para mais informações sobre o cadastro e a compra de milho no Rio Grande do Sul, os interessados podem entrar em contato pelo e-mail rs.milho@conab.gov.br, ou pelo telefone (51) 3314-4167. (As informações são da Conab, adaptadas pela equipe MilkPoint)

Jogo Rápido 

UE – A captação de leite na UE caiu em 2021
 
Produção/UE – Em 2021 a captação de leite na União Europeia (UE) foi menor do que em 2020. É o que mostram os números divulgados até agora. De janeiro a novembro de 2021, que são os dados disponíveis, a captação variou -0,2%, em relação a 2020, conforme informações da Comissão Europeia (CE). Por países, a situação é bem variada. Reduções significativas foram registradas na Holanda (-2,6%), Alemanha (-1,8%), França (-1,5% dado de todo o ano de 2021) e Dinamarca (-0,3%). Foram registrados aumentos na Irlanda (+5,9%), Itália (+3,1%) e Polônia (+0,4%). No caso da Espanha, onde a Federação Agrícola (Fega) já publicou dados do ano todo de 2021, a variação foi de +0,9%, com um preço médio anual de € 0,342/litro (R$2,01). Na França, onde a produção total do ano foi de 23,5 milhões de litros, o preço médio anual foi de € 0,379/litro (R$2,22), segundo dados do Ministério da Agricultura da França. (Agrodigital)entro-Oeste para o Rio Grande do Sul. (Correio do Povo)

 

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Porto Alegre, 15 de fevereiro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.598


GDT - Global Dairy Trade



Fonte: GDT - Global Dairy Trade adaptado Sindilat/RS
 

Os verdadeiros campeões do desmatamento

A Europa detinha mais de 7% das florestas do planeta e hoje tem apenas 0,1%. A África possuía 11% e agora tem menos de 4%

“Há 8 mil anos, o Brasil possuía 9,8% das florestas mundiais. Hoje, o País detém 28,3%. Dos 64 milhões de quilômetros quadrados de florestas existentes antes da expansão demográfica e tecnológica dos humanos, restam menos de 15,5 milhões, cerca de 24%. Mais de 75% das florestas primárias já desapareceram. Com exceção de parte das Américas, todos os continentes desmataram, e muito, segundo estudo da Embrapa Monitoramento por Satélite sobre a evolução das florestas mundiais.

A Europa, sem a Rússia, detinha mais de 7% das florestas do planeta e hoje tem apenas 0,1%. A África possuía quase 11% e agora tem 3,4%. A Ásia já deteve quase um quarto das florestas mundiais, 23,6%, agora possui 5,5% e segue desmatando. No sentido inverso, a América do Sul, que detinha 18,2% das florestas, agora detém 41,4%, e o grande responsável por esses remanescentes, cuja representatividade cresce ano a ano, é o Brasil.

Se o desflorestamento mundial prosseguir no ritmo atual, o Brasil – por ser um dos que menos desmatou – deverá deter, em breve, quase metade das florestas primárias do planeta. O paradoxo é que, ao invés de ser reconhecido pelo seu histórico de manutenção da cobertura florestal, o País é severamente criticado pelos campeões do desmatamento e alijado da própria memória.” (Revista Oeste)
 
 
 
Espanha: duas fazendas de leite fecharam por dia em 2021

A situação de baixos preços do leite, juntamente com os altos custos de produção enfrentados pelas fazendas, está causando um fluxo contínuo de fechamento de fazendas na Espanha. Em 2021 fecharam 655 fazendas de gado leiteiro, passando de 12.079 no mês de janeiro de 2021 para 11.424 em dezembro do mesmo ano, o que significa que cerca de duas fazendas fecharam todos os dias no país, segundo dados do Ministério da Agricultura.

A União dos Pequenos Agricultores e Pecuaristas (UPA) atribui esta situação ao contexto de baixos preços do leite que a Espanha arrasta por anos. A grande distribuição utiliza o leite como produto reivindicado pelos consumidores, mantendo preços muito baixos. Por sua vez, as indústrias pressionam os produtores com preços abaixo dos custos de produção.

A UPA denunciou que os produtores de leite espanhóis recebem um dos preços mais baixos de toda a Europa pelo leite de vaca. De acordo com os dados do mês de dezembro, apenas os pecuaristas de Portugal e da Hungria vendem leite mais barato do que o da Espanha, que está empatado em último lugar com a Croácia e Eslovénia, a 0,36 euros/litro.

Se olharmos para o preço médio do leite em todo o ano de 2021, a situação da Espanha não é muito melhor, já que está em oitavo lugar, com leite em 0,343 euros/litro, longe da média europeia de 0,379 e anos-luz do que ganham os irlandeses, austríacos ou gregos.

Esforços legislativos mal sucedidos
As diversas mudanças regulatórias feitas pelo setor pecuário e promovidas na Espanha não estão atualmente tendo o efeito desejado. Nem o chamado "pacote de laticínios", nem a Lei da Cadeia Alimentaria estão conseguindo que a formação de preços dos alimentos sejam feitos de baixo para cima. “Os preços ainda são decididos na mesa de um escritório de grandes multinacionais e não em fazendas espanholas”, denunciam os membros da UPA.

A UPA exigiu que indústrias e grandes distribuidoras mudem de atitude de uma vez por todas e parem de "afundar os fazendeiros espanhóis". Eles descrevem a situação como “limite” e exortam o Ministério da Agricultura e as comunidades autônomas a fazerem "tudo o que estiver ao seu alcance de suas mãos” para alcançar um preço justo para o leite e impedir o fechamento das fazendas.

Aumentos insuficientes
A UPA rejeita os contratos que as grandes indústrias estão oferecendo, devido ao baixo aumento nos preços, pois não cobrem "em nenhum caso" os custos de produção, custos que subiram 30% enquanto os preços subiram apenas 7%.

Os membros da UPA são contundentes: "Isso não pode continuar assim, a produção de leite na Espanha está perdendo em relação a outros países excedentários da UE. Nenhum setor agrícola, pecuário ou econômica tem tal diferencial de preços, é a ruína de um setor estratégico para a Espanha".

A organização solicitou a convocação urgente da "Mesa de la Leche" para enfrentar este
situação grave. "Vamos pedir ao Ministério da Agricultura que faça cumprir as declarações do Presidente do Governo no Senado, que assegurou que o novo contrato evitaria que os agricultores tivessem que assinar contratos abaixo dos custos de produção, algo que hoje não está acontecendo.

As informações são do Agrodigital, traduzidas pela Equipe MilkPoint.

Jogo Rápido 

Gaúchos querem nova ferrovia
O Rio Grande do Sul tem interesse em ver estendida até seu território a ferrovia que vai ligar os municípios de Cascavel (PR) a Chapecó (SC), já autorizada pelo Ministério da Infraestrutura. A ideia defendida por diversos setores da indústria gaúcha – entre eles o da proteína animal, em especial a de aves, suínos e leite – é que a linha chegue primeiro a Passo Fundo, na região do Planalto, e depois a Estrela no Vale do Taquari. O assunto foi debatido no final da semana passada, em Porto Alegre, entre representantes da cadeia de proteína animal, como a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) e o Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (Sips), o senador Luis Carlos Heinze e o Conselho da Agroindústria da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Conaro/Fiergs), coordenado por Alexandre Guerra, vice-presidente do Sindilat. Conforme o senador, o Estado necessita de outros modais de transporte da produção, como ferrovias e hidrovias, que tornariam os produtos gaúchos mais competitivos no mercado internacional. “O custo com o transporte teria uma redução superior a 20%”, calcula o parlamentar. “A iniciativa privada quer investir nesses modais”, afirma. De acordo com o Ministério de Infraestrutura, o país tem hoje 21 ferrovias em desenvolvimento, com nove projetos autorizados. Embora a ampliação do modal ferroviário já seja discutida há muito tempo pelo agronegócio, a ampliação favoreceria muitos setores da economia, afirma o diretor executivo do Sips, Rogério Kerber. “Por isso, ter o transporte ferroviário nos interessa sim”, complementa. Uma ferrovia no sentido Norte-Sul pode facilitar o transporte de milho do Centro-Oeste para o Rio Grande do Sul. (Correio do Povo)

 

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Porto Alegre, 14 de fevereiro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.597


Produtores de leite da Cotrirosa têm retorno antecipado da CCGL
 
Como forma de minimizar os impactos causados pela estiagem, a CCGL vai antecipar, de abril para março, o pagamento do retorno sobre a produção de leite entregue durante o ano de 2021. Os associados da Cotrirosa que entregaram, de forma ininterrupta e que estiverem ativos no sistema CCGL até a data prevista para o efetivo pagamento, receberão R$ 0,02 de retorno por litro de leite entregue. Ao total, serão distribuídos R$ 10 milhões.
 
O valor é parte dos 20% das sobras do exercício destinadas diretamente aos produtores, conforme prevê o estatuto da CCGL. A antecipação foi aprovada na Assembleia Geral Ordinária. Na oportunidade, também foi aprovado o pagamento permanente e mensal do adicional de R$ 0,02 por litro de leite originado em propriedades certificadas livres para brucelose e tuberculose.
 
A ação da CCGL será incorporada nos valores atuais como política de incentivo de qualidade e sanidade, a partir do leite precificado no mês de janeiro deste ano, e já terá seu primeiro pagamento em 15 de fevereiro de 2022. Além dos produtores, os municípios de origem do leite  também recebem o retorno do ICMS incidente sobre a comercialização do produto.
 
Para o presidente da Cotrirosa, Clenir Antonio Dalcin, “a antecipação do retorno e o pagamento mensal às propriedades certificadas garantem um incremento na renda das famílias”. (Jornal do Comércio)

Estado registra maior superávit desde 2009

Segundo dados da Secretaria Estadual da Fazenda, no ano passado, o resultado ficou positivo em R$ 2,5 bilhões

O Relatório de Transparência Fiscal (RTF) do governo do Estado apresentado nesta quinta-feira aponta que o Rio Grande do Sul teve um superávit orçamentário de R$ 2,5 bilhões em 2021, em valores nominais. Este foi o melhor resultado apresentado desde 2009, conforme destacou o titular da Secretaria da Fazenda (Sefaz-RS), Marco Aurélio Cardoso. Ele lembrou que, em 2020, houve déficit orçamentário de R$ 600 milhões.

“O resultado é bastante importante, pois significa a ruptura da situação crítica do início de 2019 para um cenário em que são perceptíveis os efeitos das reformas, privatizações e diversas medidas de ajuste aprovadas pelo Legislativo e implementadas pelo governo”, afirmou o secretário em coletiva à imprensa, realizada de forma virtual.

O secretário da Fazenda apresentou as análises acompanhado do seu adjunto, Jorge Tonetto, dos subsecretários da Cage, Rogério Meira, do Tesouro do Estado, Bruno Jatene, e da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, além da equipe da Divisão de Informação e de Normatização Contábil (DNC) da Cage.

Conforme o balanço atual, a receita total do governo foi de R$ 57,9 bilhões, o que representa um crescimento de aproximadamente 27% em relação ao ano anterior (R$ 45,5 bilhões). Segundo Cardoso, isso se deve principalmente às receitas correntes (impostos, taxas e contribuições), sem contar o efeito de ingresso de R$ 2,57 bilhões da regularização contábil de parte da dívida de ICMS da CEEE Distribuidora (CEEE-D). Somente a receita bruta de ICMS consistiu em R$ 44,8 bilhões. “Essa receita cresceu R$ 8,6 bilhões (23,77%) frente a R$ 36,2 bilhões arrecadados no ano anterior”, observou o secretário, lembrando que o resultado já contabiliza o repasse para os municípios.

Ao apontar a despesa com Previdência como uma operação “importante”, Cardoso afirmou que a redução do déficit previdenciário continuou em 2021, passando de R$ 10,3 bilhões em 2020 para R$ 9,5 bilhões. “Quando comparado com 2019, período anterior à Reforma, a queda é de 24% (R$ 3 bilhões)”, comparou o gestor público.

Ele lembrou ainda que os pagamentos dos fornecedores e da folha dos servidores também já estavam regularizados desde 2020, abrindo caminho para que, em 2021, avançassem os investimentos após as privatizações. “São medidas que se somam a resultados que, pouco a pouco, demonstram a importância da persistência do ajuste”, explicou Cardoso. Segundo ele, outro dado que comprova o ajuste em curso no Estado são os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Em 2021, pela primeira vez, o Rio Grande do Sul ficou abaixo dos limites máximos para dívida desde a criação da LRF, 
situando-se abaixo também dos limites máximos e prudenciais para pessoal.”

Os dados ainda apontaram que em 2021, houve superávit primário (sem considerar as despesas) de R$ 4,7 bilhões, o que significa uma melhora de R$ 1,79 bilhão frente ao ano anterior, quando o resultado foi de R$ 2,86 bilhões. Mais uma vez, Cardoso vinculou a boa performance aos efeitos das reformas estruturais e “ao engajamento da atual gestão com o equilíbrio fiscal”, além da retomada da atividade econômica e dos efeitos inflacionários recentes, com reflexos diretos na arrecadação do ICMS.

Ainda de acordo com o balanço, a receita tributária também cresceu por conta da arrecadação de R$ 3,9 bilhões em IPVA (dezembro de 2021), que inflou em 22,2% frente ao ano anterior; e mais R$ 1,1 bilhão em ITCMD (aumento de 48,2%). “Neste último caso, foi a primeira vez na história do Estado que a arrecadação do imposto ultrapassou o valor de R$ 1 bilhão”, considerou Cardoso. (Jornal do Comércio)





Em tempos de crise, é preciso pensar a longo prazo!

Em momentos adversos, tendemos a pensar que a tempestade nunca passará. Mas, é preciso lembrar que ela sempre passa. Claro que somos imediatistas por dias melhores, porém uma visão a longo prazo é essencial para atravessar períodos conturbados.

No leite, é exatamente isso que os produtores têm enfrentado. Uma tempestade perfeita de mercado que parece não ter fim. Realmente, a situação está difícil e precisamos reconhecer isso. Por outro lado, o setor já passou por momentos semelhantes e superou as dificuldades. Afinal, o mercado é cíclico, nenhuma situação é o ponto final, a dinâmica é feita de ciclos — seja eles bons ou ruins.  

O ciclo atual é desafiador: aumento com os custos de produção, principalmente relacionados à dieta das vacas, que representam aproximadamente 30 a 40% dos custos toais; eventos climáticos adversos: seca no Sul e excesso de chuvas no Sudeste; situação econômica desfavorável aliada a retração da demanda por lácteos. Por isso, se o presente não é favorável, é preciso pensar e se planejar a longo prazo.

Neste cenário, o conhecimento é peça fundamental e o insumo mais barato. Não existe planejamento a longo prazo que não considere parâmetros técnicos e gerenciais que são capazes de transformar informações em saúde financeira nas fazendas de leite.

Olhar para dentro da porteira e tomar decisões assertivas em questões relacionadas ao manejo, novilhas, bezerras, genética, reprodução, nutrição, produção de alimentos, qualidade do leite, conforto e bem-estar animal são fundamentais para atravessar momentos de crise e minimizar os impactos das variáveis de mercado na margem de lucro das propriedades.

É neste contexto que o MilkPoint Experts Feras da Rentabilidade durante seis encontros semanais online, nos dias 14/03, 21/03, 28/03, 04/04, 11/04 e 18/04, com um time de especialistas e produtores de sucesso tem como missão mostrar que o leite pode ser um negócio rentável, sustentável e lucrativo.

Quer saber como? Não fique de fora do MilkPoint Experts Feras da Rentabilidade. Para mais informações acesse o site do evento e faça a sua inscrição. Associados do Sindilat contam com 30% de desconto na inscrição clicando aqui. Lembre-se: nada dura para sempre, mas o “para sempre” próspero precisa ser trabalhado hoje. Tenha um leite rentável, seja um Fera na Rentabilidade! (Milkpoint)

Jogo Rápido 

Agro de portas abertas em Dubai
Com a inauguração do escritório, ontem, em Dubai,nos Emirados Árabes Unidos, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) chega a sua terceira representação em terras estrangeiras. A nova estrutura, que fica junto ao Invest São Paulo, busca dar apoio a produtores e empreendedores rurais em ações de promoção, inteligência comercial e aproximação com parceiros estratégicos da região, para ampliar e diversificar exportações. - Temos a necessidade de continuarmos abrindo mercados, por isso inauguramos esse escritório estrategicamente em Dubai, terceiro bloco importador mais importante do agronegócio brasileiro - afirmou Gedeão Pereira, vice-presidente de Relações Internacionais da CNA e presidente da Farsul. Embaixador do Brasil nos Emirados Árabes Unidos, Fernando Igreja, acrescentou que a representação "engrandece a presença do Brasil na região". Além da inauguração, a comitiva, que reúne empresas brasileiras segue em Dubai para programação até o dia 18. (Zero Hora)

 

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Porto Alegre, 11 de fevereiro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.596


IBGE: Aquisição de leite recua 5,7% na comparação anual e soma 6,42 bilhões de litros
 
Pesquisa Trimestral do Leite - De acordo com os primeiros resultados divulgados pelo IBGE, nesta quinta-feira, da Pesquisa Trimestral do Leite, no 4º trimestre de 2021, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos sob algum tipo de inspeção sanitária foi de 6,42 bilhões de litros, com recuo de 5,7% em relação ao 4º trimestre de 2020 e aumento de 3,6% na comparação com o obtido no trimestre imediatamente anterior.
 
Quantidade de leite cru, resfriado ou não, adquirido e industrializado - Primeiros resultados (mil litros), 4º trimestre 2021



>> Acesse aqui os resultados preliminares 
 
Fonte: IBGE

Entenda por que a inflação nos EUA está tão alta e quando pode desacelerar

Vista antes como transitória, inflação se mantém alta, atinge níveis não vistos em 40 anos e vira dor de cabeça para os americanos

No ano passado, ela foi uma surpresa desagradável e não era para durar. Agora, porém, a inflação se tornou uma pressão financeira contínua para milhões de americanos, que a sentem quando abastecem seus carros nos postos de gasolina, vão ao supermercado, compram roupas ou barganham descontos para adquirir um carro ou para quitar seus aluguéis.

Nos 12 meses encerrados em janeiro, a inflação nos Estados Unidos atingiu 7,5% — o nível mais elevado desde 1982 — informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Mesmo descartando os preços voláteis de alimentos e energia, o chamado núcleo do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) saltou 6% em base anual — também o mais alto em 40 anos.

Os consumidores estão sentindo a alta dos preços no dia a dia. Ao longo do último ano, carros e caminhões usados ficaram 41% mais caros. A alta dos preços da gasolina foi de 40%, a do bacon de 18% e a dos móveis para quartos de 14%.

O Federal Reserve (Fed), o banco central americano, não previu que a onda inflacionária fosse tão severa ou persistente. Em dezembro de 2020, os governadores da autoridade monetária haviam estimado que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) ficaria abaixo da meta de 2% em 2021, fechando o ano em 1,8%.

Mas a inflação acelerou no ano passado com uma velocidade brutal. Em fevereiro, o CPI estava apenas 1,7% acima do nível de 2020. A partir daí, a aceleração foi constante — 2,7% em março, 4,2% em abril, 4,9% em maio, 5,3% em junho, até chegar a 7,1% em dezembro. (Valor Econômico)
 







Previsão de pouca chuva para a maior parte do Estado nos próximos sete dias
 
Para a próxima semana, não há previsão de chuva expressiva para a maior parte do Rio Grande do Sul, conforme o Boletim Integrado Agrometeorológico 06/2022, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga. 
 
Na sexta-feira (11/02), a presença de ar quente e úmido manterá a elevação das temperaturas, maior variação da nebulosidade e possibilidade de pancadas de chuva, fracas e isoladas, na maioria das regiões. No sábado (12/02) e domingo (13/02), o deslocamento de um sistema frontal no oceano provocará chuva em todo o Estado, com possibilidade de temporais isolados, principalmente na Metade Leste e na Zona Sul. Entre a segunda (14/02) e terça-feira (15/02), o tempo permanecerá firme, com temperaturas elevadas e valores acima de 36°C em diversas regiões. 
 
Na quarta (16/02), a aproximação de uma área de baixa pressão a partir do Norte da Argentina e do Paraguai vai aumentar a nebulosidade e poderão ocorrer pancadas isoladas de chuva, típicas de verão, em várias regiões. Os volumes esperados deverão ser inferiores a 10 mm na maior parte do Estado. Na Metade Leste, os valores deverão oscilar entre 15 e 35 mm, podendo alcançar 50 mm em algumas localidades da Zona Sul. 
 
Acompanhe todos os Boletins Integrados Agrometeorológicos em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)

Jogo Rápido 

Quebra argentina
Concluído o plantio de milho na Argentina, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires cortou em 6 milhões de toneladas sua estimativa para a produção no país em 2021/22, para 51 milhões de toneladas. Em relatório, a bolsa informou que chuvas no norte da Argentina melhoraram as condições de solo, mas não compensaram a queda de produtividade  na maior parte das lavouras, plantadas mais precocemente e que enfrentaram meses de seca. A área destinada ao milho é estimada em 7,3 milhões de hectares, 500 mil hectares a mais que em 2020/21. No caso da soja, 32% da área encara seca extrema.(Valor Econômico)

 

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Porto Alegre, 10 de fevereiro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.595


Consumo dos brasileiros em supermercados sobe 3% em 2021
 
Para este ano, estimativa é que a expansão no consumo alcance 2,8%
 
O consumo nos lares brasileiros registrou um aumento de 3,04% em 2021, na comparação com o ano anterior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira, 10, pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
 
O resultado veio um pouco abaixo do esperado pelo setor — uma alta de 4,5%. Para este ano, a Abas estima que a expansão no consumo alcance 2,8%.
 
Em dezembro do ano passado, o consumo das famílias subiu 4,27% em relação ao mesmo período de 2020. Já na comparação com novembro de 2021, o crescimento foi de 22,4%.A Abrasmercado, cesta composta por 35 produtos de largo consumo nos supermercados, terminou o ano passado com alta de 10,32% em relação a 2020, para R$ 700,53, de acordo com a Abras. A elevação superou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de alimentos, que ficou em 7,94%, e o IPCA (inflação oficial do país), de 10,06%.
 
Os maiores vilões no ano foram o café torrado e moído, com alta de 67%, o açúcar (40%) e o frango congelado (28%). Por outro lado, as maiores quedas nos preços foram registradas pelo arroz (-18%), seguido por pernil (-9%) e feijão (-2%).
 
No ano, a cesta que teve a maior alta foi a da região Nordeste (14,51%) para R$ 642,58, seguida por Sul (11,78%, para R$ 772,90) e Sudeste ( 9,13%, para R$ 675,44). (Com informações do Valor Econômico) 

Tribunais livram empresas no PAT de limitação na dedução de IR
 
Liminares permitem desconto por quem paga vale-refeição e alimentação
 
Empresas que fornecem vale-alimentação ou refeição para os empregados têm conseguido liminares nos Tribunais Regionais Federais (TRFs) para continuar a deduzir esses custos do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ). O chamado novo Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), desde dezembro, passou a impor algumas limitações para essa espécie de benefício.
 
O TRF da 3ª Região, com sede em São Paulo, e o TRF da 1ª Região, localizado em Brasília, foram favoráveis a empresas. Na contramão, o TRF da 4ª Região, em Porto Alegre, tem decisão negando pedido de liminar.
 
O PAT foi instituído pela Lei nº 6.321, de 1976. As empresas participantes são em maioria as de grande porte, com alto número de funcionários, que recolhem o IRPJ com base no lucro real. Podem fazer a dedução de 10% dos valores gastos com os benefícios de vale-refeição e alimentação, desde que não ultrapasse 4% do imposto devido no ano.
 
Contudo, em 11 de novembro, o governo federal editou o Decreto nº 10.854, com novas condições para essa dedução. O novo texto permite a aplicação do desconto apenas sobre a despesa com trabalhadores que recebam até cinco salários-mínimos (R$ 5,5 mil). A menos que a empresa ofereça serviço próprio de refeições ou as distribua com o auxílio de cooperativas.
 
Antes, havia a possibilidade de estender o benefício aos trabalhadores de renda mais elevada, contanto que fornecido a todos os empregados que recebam até cinco salários mínimos.
 
A nova norma ainda diz que, a cada mês, a empresa poderá deduzir, no máximo, o valor equivalente a um salário-mínimo por empregado. As restrições estão em vigor desde o dia 11 de dezembro.
 
A medida impactou em cheio as empresas que participam do programa. E deverá haver reflexo no caixa da União. Atualmente, o PAT conta com mais de 290 mil empresas beneficiárias inscritas, que abrangem 23 milhões de trabalhadores, segundo dados do Ministério do Trabalho e Previdência. Desses, 19,6 milhões recebem até cinco salários mínimos.
 
Diante das novas limitações, diversas empresas resolveram entrar com ação na Justiça. Segundo advogados, o Poder Executivo criou, por decreto, restrições que a Lei do PAT não prevê. Além disso, ao limitar o abatimento das despesas com alimentação, o governo teria aumentado indiretamente a carga tributária das empresas.
 
Já haviam liminares concedidas na primeira instância do Judiciário, ao menos em Belo Horizonte, São Paulo e Jundiaí (SP) para derrubar as novas limitações. Agora, o assunto chegou aos tribunais colegiados.

No TRF da 3ª Região, a desembargadora da 4ª Turma, Monica Autran Machado Nobre, confirmou liminar que já havia sido concedida em primeira instância. Entendeu que a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) “é firme no sentido de que as normas infralegais que estabelecem custos máximos das refeições individuais dos trabalhadores para fins de cálculo da dedução do PAT, bem como aquelas que alteram a base de cálculo da referida dedução para fazê-la incidir no IRPJ resultante, ofendem os princípios da estrita legalidade e da hierarquia das normas”.
 
De acordo com a desembargadora, o Decreto nº 10.854, de 2021 (artigo 186), extrapola a sua função ao alterar a base de cálculo das deduções dos custos do PAT, gerando majoração do IRPJ. “Trata-se de afronta ao princípio da legalidade tributária, bem como aos princípios da anterioridade nonagesimal e anual”, diz, na decisão (processo nº 5001504-62.2022.4.03.0000). (Valor Econômico)




OPERAÇÃO-PADRÃO: Greve afeta 87% das indústrias
 
A demora na liberação das importações e exportações devido à operação-padrão da Receita Federal, iniciada em dezembro, está causando prejuízos para a indústria gaúcha. A preocupação foi manifestada por industriais na reunião de diretorias da Federação e do Centro das Indústrias (Fiergs/Ciergs). Levantamento feito entre industriais apontou, segundo a entidade, que 87% deles estão sendo afetados pela mobilização. E para 56% os maiores prejuízos estão nas importações.
 
Os atrasos nas liberações de cargas, alertou a Fiergs, estão concentrados principalmente nas alfândegas, no aeroporto em Porto Alegre, no Porto de Rio Grande, nas fronteiras de Uruguaiana e de São Borja e nas estações aduaneiras de Canoas e de Novo Hamburgo. Como consequência, as indústrias acumulam custos adicionais nas operações de exportação e importação, paralisação das linhas de produção e atraso no cumprimento de contratos com clientes, resultando em multas.
 
A Fiergs destacou no comunicado que “considera fundamental a imediata normalização da prestação de serviços nas aduanas”. Para a entidade, no momento de retomada da economia é imprescindível que os setores não encontrem entraves.(Correio do Povo)

Jogo Rápido 

Vedação é exigência legal, diz MP
 

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP/RS), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, divulgou nota em que afirma que o impedimento para o licenciamento e execução de obras de reservação de água em áreas de preservação permanente (APPs) não decorre da atuação da instituição, mas sim da vedação legal estabelecida pelo Código Florestal Federal e pela Lei da Mata Atlântica. Tais leis, segundo o texto da nota, permitem apenas, nestes espaços protegidos, “obras e atividades consideradas de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto”. Quanto ao bioma Pampa, está em tramitação uma ação civil pública ajuizada pela Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre, com liminar confirmada pelo Tribunal de Justiça, que apenas permite o licenciamento de atividades nas propriedades com regularização prévia do Cadastro Ambiental Rural (CAR). (Correio do Povo)

 

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Porto Alegre, 09 de fevereiro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.594


RS espera ajuda para produtores

Estado tem 401 municípios em situação de emergência e aguarda recursos da União

O governador Eduardo Leite manifestou, ontem, expectativa de que nos próximos dias sejam anunciadas linhas de crédito emergenciais do governo federal para auxiliar os pequenos produtores rurais prejudicados pela estiagem. Leite se reuniu presencialmente, em Brasília, com o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Marcos Montes.

A ministra Tereza Cristina acompanhou o encontro por videoconferência, por ter recebido diagnóstico positivo para Covid-19 na segunda-feira.

“O mais importante da nossa vinda (a Brasília) era reforçar que a nossa situação está bastante crítica, com boa parte do Estado atingida pela estiagem”, disse Leite, em comunicado. De acordo com o Ministério da Agricultura, as tratativas com o Ministério da Economia para a liberação do auxílio estão sendo finalizadas. Na reunião, Leite destacou que uma das preocupações dos agricultores se refere aos financiamentos contratados, já que, com a quebra de safra, eles terão dificuldades para arcar com o pagamento desses custeios e investimentos.

“Parte das lavouras não é protegida por seguro agrícola ou Proagro”, disse o governador.

Na segunda-feira, o governo gaúcho anunciou a criação de uma força-tarefa para assinatura de convênios que beneficiarão os municípios em situação de emergência. Há previsão de construção de 6 mil açudes, com investimento de R$ 66 milhões. 

EMERGÊNCIAS. O número de municípios que decretaram situação de emergência por estiagem chegou a 401 ontem, segundo a Defesa Civil. O Estado homologou 367 decretos e, destes, a União reconheceu 288. O RS tem 497 municípios. (Correio do Povo)

Nos EUA, o número de vacas passou por uma 'montanha russa' em 2021

Em janeiro de 2021 o número de vacas leiteiras estava em alta, com 9,445 milhões de animais no rebanho leiteiro dos EUA. Esses números aumentaram constantemente antes de atingir um novo recorde em maio, totalizando 9,507 milhões, um salto de 62.000 animais. Durante o resto do ano, no entanto, esses números começaram a cair. 

No início de junho de 2021, o rebanho leiteiro dos EUA consistia em 9,503 milhões de vacas leiteiras. Por sete meses consecutivos, esses números caíram. No final de 2021, o rebanho dos EUA terminou em 9,375 milhões, uma queda de 132.000 cabeças desde maio, uma queda de quase 1,5%. Isso resultou em uma perda de 67.000 cabeças ano a ano.



De acordo com o relatório de produção de leite do USDA divulgado no final do mês passado, os estados que perderam mais vacas em 2021. Eles são:

Novo México – Diminuição de 45.000
Washington – Diminuição de 18.000
Ohio – Diminuição de 10.000
Pensilvânia – Diminuição de 8.000
Nova York – Diminuição de 6.000
Em contraste, os estados que aumentaram seus rebanhos nesse mesmo período incluem:

Dakota do Sul – Até 29.000
Wisconsin – Até 16.000
Texas – Até 12.000
Custos mais altos de alimentação e seca intensa no oeste fizeram com que alguns fazendeiros aumentassem suas decisões de descarte, levando a um salto nas taxas de descarte de vacas leiteiras em 2021. De acordo com o USDA, o abate anual de vacas leiteiras nos EUA atingiu 3,1 milhões de cabeças em 2021, 42.700 a mais do que o ano anterior.

As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint. 





QUER TER UM INTESTINO SAUDÁVEL? ENTÃO CONSUMA LEITE E DERIVADOS!

Pesquisadores estudaram a associação entre o consumo de laticínios (leite, iogurte, queijo) com a composição do microbioma intestinal. 

Vamos descobrir quais foram os resultados? 

Cerca de 470 participantes foram separados em dois grupos: consumidores e não consumidores de alimentos lácteos. Durante um período, foram avaliadas algumas características nos dois grupos e os dados coletados mostraram que: Os participantes que ingeriam leite e derivados com frequência apresentaram maior nível de "bactérias do bem" no microbioma quando comparado com os participantes que não consumiam lácteos. 

Essas bactérias do bem regulam a microbiota e, por consequência, favorecem a saúde e o bom funcionamento intestinal. Portanto, consumir leite e derivados com frequência auxilia nesse processo e é a sua garantia de um intestino saudável! 

Já os consumiu hoje? 

(Fonte: ut Microbiome Diversity and Composition Are Associated with Habitual Dairy Intakes: A Cross-Sectional Study in Men. The J.l of N., V.151, P. 3400–34122021, DOI: https://lnkd.in/ewAqQGvd)

Jogo Rápido 

COOPERATIVISMO: CCGL antecipa valor ao associado
A Cooperativa Central Gaúcha Ltda – CCGL vai antecipar o pagamento da participação dos seus produtores nos resultados da industrialização e comercialização do leite processado em sua fábrica. O valor total de R$ 10 milhões será distribuído em março, um mês antes do que era previsto, para todos que entregaram ininterruptamente o leite durante 2021 e que estiverem ativos no sistema CCGL até a data prevista para o efetivo pagamento. Conforme o presidente da CCGL, Caio Vianna, neste momento
de dificuldades, por estiagem, as cooperativas, mais do que qualquer outra empresa, fazem a sua parte no apoio aos produtores. (Correio do Povo)

 

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Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.592


La Niña atinge ápice e deve terminar no decorrer do outono
 
Com o fim do La Niña programado para o início do inverno, a meteorologia diz que ainda é cedo para falar sobre a possibilidade de El Niño
 
Em atualização no dia 13 de janeiro, a Agência Americana de Meteorologia e Oceanografia (Noaa) indicou que o fenômeno La Niña alcançou sua maturidade. O fenômeno prosseguirá até o outono, aproximadamente o mês de maio, alcançando seu término no início do inverno de 2022. Segundo previsão do tempo, a partir daí, embora exista especulação em torno do aparecimento de um El Niño no segundo semestre, a meteorologia recomenda cautela com a tomada de decisão.
 
Atualmente, a Oscilação Interdecadal do Pacífico (ODP) em fase fria vem impedindo o aparecimento frequente de El Niños. Nos últimos dez anos, três previsões de El Niño não se confirmaram por conta da ODP negativa. O ano de 2022 será semelhante ao ano de 2012, justamente um dos períodos em que havia previsão de El Niño que não se confirmou.
 
Para o período entre fevereiro e abril de 2022, a simulação probabilística da Universidade de Colúmbia indica manutenção da chuva abaixo da média no centro, oeste e sul do Rio Grande do Sul, além de boa parte do Uruguai e Argentina, comprometendo o desenvolvimento agrícola. Outras áreas com chuva abaixo da média aparecem no Sudeste, entre São Paulo, sul e leste de Minas Gerais, Rio de Janeiro e sul do Espírito Santo, além do norte do Nordeste, sudoeste do Amazonas e oeste do Acre. No caso do Sudeste, a diminuição da chuva indica que, apesar do aumento significativo do nível dos reservatórios para geração de energia elétrica entre a primavera e início do verão, o mesmo desempenho não será visto até o fim do período úmido.
 
No norte do Nordeste, a chuva abaixo da média está associada à temperatura do Atlântico. Apesar do La Niña normalmente contribuir com precipitações intensas sobre a região, também há uma grande dependência do Atlântico para que a chuva se confirme. Vai chover intensamente nos próximos meses no oeste de São Paulo, oeste e norte de Minas Gerais, norte do Espírito Santo, em boa parte do Norte e Nordeste, além de Goiás e Mato Grosso.
 
Apesar da atual onda de calor que domina o centro e sul do Brasil, a tendência é de temperatura próxima da média entre fevereiro e abril. O frio do outono, inclusive, deve chegar mais cedo que o normal em 2022. O calor ficará acima da média entre o Norte e Nordeste, áreas que receberão chuva abaixo do normal no trimestre.
 
La Niña e segunda safra de milho
Após uma safra de milho frustrante no Sul devido à estiagem, as atenções se voltam para a segunda safra de milho no Brasil. No final de janeiro, a Embrapa Agropecuária Oeste destacou para a chance de 75% de probabilidade de ocorrência de geada em áreas produtoras de Mato Grosso do Sul devido do La Niña. De forma geral, o desempenho do cereal será melhor do que em 2021 por conta de sua instalação bem mais precoce. De acordo com a Conab, 15% das áreas já tinham sido semeadas até o fim de janeiro.
 
Em fevereiro, o ritmo de instalação deverá ser menor pelo excesso de chuva previsto para Minas Gerais e Goiás. Estima-se chuva acima dos 150 milímetros, o que pode gerar acumulados totais de pelo menos de 450 milímetros em áreas produtoras. Em Mato Grosso e em Tocantins, embora a anomalia de precipitação prevista não seja tão elevada, são esperados longos períodos com tempo nublado e chuvoso. Por outro lado, até o fim de fevereiro, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Maranhão e Piauí vão receber menos precipitação que o normal. No centro e sul do Brasil, o tempo seco será prolongado em meados de fevereiro e a precipitação mais intensa reaparece somente por volta de 20 de fevereiro. Já no Maranhão e Piauí, a chuva fica abaixo da média e não há previsão de invernadas.
 
Em março, a chuva acima da média será vista em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Maranhão e Tocantins. No Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, a chance de estiagens regionalizadas aumenta a partir da segunda quinzena do mês. Abril será o período mais seco dos três estados do centro-sul do Brasil, algo que pode comprometer parcialmente o desenvolvimento da segunda safra de milho. A chuva mais intensa vai reaparecer a partir da segunda quinzena de maio. Por outro lado, a precipitação vai prosseguir sobre o centro e norte do Brasil. (Canal Rural)

RS: bovinocultores de leite trocam experiências em Vale do Sol
 
Agricultores dos municípios de Passo do Sobrado e Vale Verde participaram na quarta-feira (02/02), na propriedade da família Kretzmann, no município de Vale do Sol, de um Dia de Campo sobre Bovinocultura de Leite. A atividade, promovida pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), visou propiciar uma interação maior entre os participantes. "Por se tratar de grupos menores a prática permite uma melhor discussão e visibilidade do sistema. Além disso, mantemos os cuidados de prevenção à Covid-19, pois a atividade é realizada ao ar livre e em grupos pequenos", pondera o extensionista rural agropecuário da Emater/RS-Ascar, Vivairo Zago.
 
Na propriedade da família Kretzmann, está implantada uma Unidade de Referência Técnica (URT) da Emater/RS-Ascar na área de bovinocultura de leite. A atividade apresentou o resultado de cinco anos desde a implantação do Sistema de Pastoreio Racional Voisin. "Esta propriedade trabalha um sistema de produção de leite diferenciado. Utiliza-se a pastagem como principal fonte de alimento para o rebanho, suplementação com 3,5 quilos de ração por vaca por dia em média, silagem apenas durante algum período do ano. Além de utilizar genética de animais adequada para esse sistema que é a holandesa de origem na Nova Zelândia", explica Zago. O agricultor Rosmar Kretzmann também utiliza a genética norte-americana, mas sempre escolhendo os animais por aptidão ao sistema a pasto.
 
A propriedade também foi escolhida para sediar a atividade, pois embora o atual cenário da estiagem, há boa oferta de pastagem ao rebanho, graças ao manejo adequado das pastagens. Foram implantados piquetes diurnos e noturnos, sempre mantendo um residual de pastagem na saída das vacas desses espaços e solo coberto por boa camada de pastagem. Ao todo, são sete hectares de pastagem onde são cultivadas espécies perenes como o milheto, tifton, quiquio, trevo entre outras espécies nativas e plantadas, em uma espécie de "mix de pasto". Essa diversidade de alimento contribui para melhor equilíbrio do sistema resultando, por exemplo, na não ocorrência de pragas na pastagem, além de uma melhor exploração das camadas de solo. "No caso do trevo, por ser uma leguminosa, incorpora naturalmente nitrogênio no solo", comenta Zago.
 
O rebanho é formado por 25 animais, que apresentam bons índices reprodutivos, poucos casos de mastite e uma média de 19 litros de leite por vaca ao dia. O custo de produção também fica bem em conta, em torno de 55%. Em 2021 a propriedade entregou em média oito mil litros de leite por mês. "O objetivo não é explorar o máximo produtivo da vaca e sim buscar maiores resultados da pastagem", observa o extensionista rural André Macke Franck, que faz o acompanhamento da atividade leiteira na propriedade.
 
O Sistema Voisin, associado ao Silvipastoril, proporciona bem estar animal ao disponibilizar sombra nos piquetes. Além disso, as áreas de pastagem foram incrementadas com a instalação de pontos de água encanada em todos os piquetes, disponibilizando ao rebanho água de qualidade e em quantidade.
 
Uma das principais ações realizadas na propriedade foi o cuidado com o solo. O sistema de adubação consiste em cama de aviário e adubo químicos. O solo tem em torno de 3% de Matéria Orgânica (MO) e não apresenta indícios de compactação. Essas características permitem maior armazenagem de água no solo e, consequentemente, a propriedade dispõe de oferta de pastagem, mesmo com chuvas abaixo do normal. O manejo da pastagem com roçadas das sobras também permitem elevação da matéria orgânica em longo prazo, além da ciclagem de nutrientes. "A propriedade apresenta solo descompactado, vida no solo, acúmulo de matéria orgânica, 100% de pastagem perene, nenhum metro quadrado de solo descoberto em toda a propriedade, toda área fazendo fotossíntese", ressalta Franck.
 
O sistema de pastoreio rotacionado Voisin também permite um maior acúmulo e/ou concentração de dejetos no piquete. Todo esse conjunto de práticas favorecem as propriedades químicas, físicas e biológicas do solo na área de pastagem.
 
Franck ainda destaca importantes resultados na qualidade do leite produzido, na sanidade do rebanho e na redução da penosidade do trabalho. "Nessa propriedade existe alta sanidade do rebanho, alta qualidade do leite e percentual de sólidos. Intervalo médio entre partos menor que 365 dias, alta longevidade das vacas, baixo requerimento de mão de obra, sobrando pasto em plena estiagem e sem uso de silagem no momento. Além disso, alto retorno financeiro apesar dos elevados custos e baixa remuneração atual", pondera.
 
Outros pequenos grupos de bovinocultores de leite com perfis e/ou potencial para implantação do sistema em suas propriedades devem ser recebidos nessa unidade experimental. "Cada propriedade é uma realidade, mas muitas coisas podem ser copiadas dali. E em tempos de custos elevados e escassez de alimentos esse sistema pode ser ideal para muitas propriedades", completa Zago. O próximo grupo deve acontecer no dia 20 de abril. Interessados em participar devem procurar o Escritório da Emater/RS-Ascar do seu município para outras informações. (Emater/RS)
 




 
Desempenho da indústria é o melhor em 30 anos
 
IDI/RS, divulgado ontem pela Fiergs, revelou rescimento de 12,8% em 2021. Resultado compensa reduções trazidas pela crise da Covid
 
Índice de Desempenho Industrial (IDI/RS) medido pela Federação das Indústrias (Fiergs) encerrou 2021 com crescimento de 12,8% ante 2020, a maior taxa em 30 anos. O recorde se deve à base deprimida de 2020, quando o indicador atingiu pisos históricos na primeira onda da Covid-19. A alta, porém, mais que compensou a redução de 4,8% em 2020, superando em 7,4% o nível de atividade de 2019. “Além da base deprimida, o resultado refletiu o retorno das atividades econômicas, sobretudo o dinamismo dos setores industriais ligados ao agronegócio e às exportações”, lembrou o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry.

Todos os componentes do IDI/RS cresceram em 2021: compras industriais (+31%), horas trabalhadas na produção (+15,1%), faturamento real (+8,7%), emprego (+6,7%), utilização da capacidade instaladaUCI (+5,7 pontos percentuais) e massa salarial (+4,6%). A expansão anual foi disseminada, chegando a 14 de 16 ramos, e os destaques foram os grupos de máquinas e equipamentos (+32,4%), químicos e derivados de petróleo (+11,1%), veículos (+15,8%), produtos de metal (+17,9%) e couro e calçados (+10,1%). Apenas os itens madeira (-1,2%) e máquinas e materiais elétricos (-0,7%) recuaram.
 
Em dezembro na comparação com novembro o IDI/RS cresceu 0,5% com ajuste sazonal, repercutindo o desempenho do faturamento real (+1,1%) e das horas trabalhadas na produção (+1,5%). Foi a sétima alta seguida, levando o nível de atividade ao maior patamar desde novembro de 2014, 10,2% acima do pré-pandemia (fevereiro de 2020). Ainda nessa métrica, o emprego e a UCI, com grau médio de 83,4%, ficaram estáveis, enquanto a massa salarial caiu 0,4%. Para 2022 a perspectiva é de avanço de 1,7% na atividade. 
 
As expectativas dos empresários são favoráveis e há confiança e intenção de investir. A reabertura econômica tende a se completar e a demanda externa deve ajudar, segundo o levantamento. Petry observou, porém, que os fatores restritivos de 2021 seguem no radar, sobretudo gargalos na cadeia de suprimentos. “A estiagem que estamos passando, casos de Covid e eleição polarizada também trazem incertezas”, concluiu. (Correio do Povo)

Jogo Rápido 

Petróleo sobe e supera US$92
Previsões dos analistas para 2022 quanto ao preço do petróleo chegar a 100 dólares vão se confirmando. Ontem os contratos futuros encerraram uma semana de ganhos, e o preço do barril subiu 5,37% desde a segunda-feira, alcançando 92,31 dólares na Bolsa de Londres, referência para o preço do combustível no Brasil. Em Nova Iorque a cotação chegou a 86,82 dólares, alta de 6,32% na semana. Tensões entre Rússia e Ucrânia e dificuldades na produção de exportadores africanos impuseram pressão na oferta em um cenário de demanda aquecida. (Correio do Povo)

 

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Porto Alegre, 07 de fevereiro de 2022                                                   Ano 16 - N° 3.592


Sindilat apoia evento sobre rentabilidade na produção de leite
 
O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) é um dos apoiadores do MilkPoint Experts: Feras da Rentabilidade, que será realizado entre os dias 14 de março e 18 de abril. O evento, promovido pelo portal MilkPoint, contará com palestras sobre qualidade do leite, produção de alimentos, índices zootécnicos, reprodução, genética, cria e recria, conforto e bem-estar, sempre enfatizando como cada um desses pontos influenciam no retorno financeiro das propriedades.
 
Ao todo, serão seis encontros on-line semanais com grandes nomes do setor e produtores. Os painéis debaterão os temas com uma abordagem exclusiva e voltada ao alcance da rentabilidade. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, entende que o conteúdo é de extrema valia, uma vez que propriedades mais lucrativas são reflexos de ações efetivas e inovadoras dentro das porteiras. “Consideramos esse evento muito importante porque, a partir dele, o produtor poderá entender e visualizar de forma clara os pontos que precisa aprimorar e aqueles em que está acertando”, destacou, ressaltando que o sindicato preza por parcerias como essa junto a MilkPoint.  
 
Associados do Sindilat contam com 30% de desconto na inscrição. Além disso, a entidade irá sortear cinco ingressos. Para participar do sorteio, é necessário responder ao e-mail que será enviado em breve a todas as empresas associadas, ou clicar aqui. 
 
A programação completa e demais informações podem ser conferidas no site do evento.
 
14 de março
Painel 1: Índices de produtividade técnica e eficiência econômica x rentabilidade
21 de março
Painel 2: Reprodução, genética e rentabilidade
28 de março
Painel 3: Produção de alimentos x rentabilidade
04 de abril
Painel 4: Qualidade do leite x rentabilidade
11 de abril
Painel 5: Conforto, bem-estar x rentabilidade
18 de abril
 Painel 6: Criação de bezerras e novilhas x rentabilidade 

Balança comercial de lácteos: cenário positivo para o saldo segue vigente 
 
Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (04/02) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -51 milhões de litros em equivalente-leite no mês de janeiro, um aumento de 20 milhões, ou aproximadamente 28% em comparação ao mês anterior.
 
Comparando com o mesmo período do ano passado (jan/2020), o saldo foi ainda menos negativo, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -142 milhões de litros, representando um aumento de aproximadamente 64%.
 
Esse resultado é o menos negativo desde 2016 para o mês, quando teve um saldo de -48 milhões de litros, e representa o terceiro mês consecutivo de aumento. 
 
No mês de janeiro as exportações tiveram um aumento de aproximadamente 52% em relação ao mês de dezembro, com um acréscimo de 5,0 milhões de litros no volume exportado. Comparando com 2020, as exportações também foram maiores este ano, com um aumento de 7,2 milhões de litros, representando um acréscimo de aproximadamente 96% no volume exportado, ou seja, no mês de janeiro deste ano foi exportado quase o dobro do volume comparando-se com o mesmo período do ano de 2021.
 
Do lado das importações, o mês de janeiro apresentou diminuição de 15,3 milhões de litros no volume negociado, um valor aproximadamente 19% inferior ao mês de dezembro. Analisando o mesmo período de 2020, nota-se uma diminuição expressiva entre os volumes importados; em 2020, 149,1 milhões de litros em equivalente-leite foram importados, já em 2021 esse valor teve um recuo de aproximadamente 56%, totalizando 83,6 milhões de litros.
 
Essa diminuição nos volumes importados e aumento nas exportações acarretou um saldo mais favorável para o mês de dezembro na balança comercial de lácteos. O resultado é o menos negativo desde o ano de 2016 para o período. Quando comparado com o ano de 2021 a diminuição drástica nos volumes importados gerou a disparidade dos valores dos saldos.
 
O menor volume de importações é consequência dos altos preços internacionais dos lácteos e da elevada taxa de câmbio (R$/dólar), observados nos últimos meses, conforme relatado no artigo publicado pela MilkPoint “GDT: preços internacionais de lácteos atingem maior valor desde 2014!”.
 
Dessa forma, o mercado brasileiro se viu em um cenário com baixa competitividade das importações, conforme demonstra o gráfico 4. Associada a uma demanda interna fragilizada,  essa dinâmica levou à diminuição do volume importado pelo Brasil.
 
Com relação ao câmbio, mesmo com uma leve desvalorização do dólar frente ao real nas últimas semanas de janeiro, a elevação dos preços internacionais praticamente anulou este efeito e manteve a competitividade dos importados baixa.
 
Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em janeiro, temos o leite em pó integral, leite em pó desnatado e os queijos, que juntos representaram 79% do volume total importado. O leite em pó integral teve uma diminuição de 2% em seu volume importado.
 
Os produtos que tiveram maior variação com relação à importação foram a manteiga, com um recuo de 69%, os iogurtes com um recuo de 55% e o leite em pó desnatado, com um recuo de 26%. O doce de leite, apesar de não representar um grande volume importado no total, apresentou recuo de 70% com relação a dezembro.
 
Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite em pó integral, o leite condensado, o leite UHT, o creme de leite e os queijos, que juntos, representaram 87% da pauta exportadora. Produtos que apresentaram forte variação com relação ao mês de dezembro foram o leite em pó integral e o soro de leite que tiveram aumento de 1.477% e 717%, respectivamente.
 


 
O que podemos esperar para o próximo mês?
 
Conforme analisado em janeiro no artigo “Balança comercial de lácteos: exportações crescem e importações diminuem” o saldo da balança comercial de lácteos de janeiro foi realmente impactado pela dinâmica do câmbio e preços internacionais e observou-se no período as exportações se sustentando e um baixo volume importado.
 
Conforme demonstrado no gráfico 4. a competitividade dos produtos importados segue baixa, e por consequência as importações permanecem desestimuladas. Mesmo com um recuo do dólar frente ao real, os preços internacionais beirando a valores históricos de alta não mudaram este cenário que vem se estabelecendo há alguns meses.
 
O cenário de menor oferta mundial deve prevalecer para os próximos meses, refletindo nos valores praticados no mercado global. Dessa forma, os preços internacionais tendem a se manter altos, pelo menos em curto prazo, não alterando essa dinâmica e mantendo as importações não atrativas no país.
 
Por outro lado, esta mesma relação dos preços internacionais elevados reflete em uma maior competitividade dos produtos brasileiros em outros mercados, estimulando as operações de exportações, elevando os volumes destinados a esta negociação. Portanto, para os próximos meses o cenário deve se manter e o volume de exportações pode apresentar melhoras. (Milkpoint)





Seca e incêndios em Corrientes: são mais de 300 mil hectares afetados e denunciam a falta de ajuda do governo nacional
 
Claudio Anselmo, Ministro da Produção de Corrientes, disse que eles pediram colaboração e recursos da pasta do Meio Ambiente, a cargo de Juan Cabandié: "Eles nos disseram que não havia recursos", disse o responsável provincial. A opinião dos produtores
 
A seca e os incêndios continuam na província de Corrientes. São quase 335 mil hectares afetados pela situação, com prejuízos milionários para a pecuária, arrozais prestes a serem colhidos, estabelecimentos florestais, fazendas dedicadas à produção de cítricos, erva-mate e chá.Exige-se maior ajuda do Estado para lidar com uma situação cada vez mais dramática. As previsões não são animadoras para o que está por vir.
 
Do governo de Corrientes, a cargo de Gustavo Valdés, confirmaram a falta de assistência do Ministério do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Nação, a cargo de Juan Cabandié , além dos contatos que existem com a pasta de Julián Domínguez , seu par da Agricultura, para poder decretar a emergência e o desastre agrícola.
 
Além disso, as autoridades provinciais validaram relatórios feitos pelo Departamento de Recursos Naturais do INTA Corrientes, que indicavam a queima de 335 mil hectares de campos nesta província até 31 de janeiro. Lá, foi registrado o incêndio de 85.000 hectares de Malezales, mais de 115.000 ha. de pastagens, 108 mil ha. de zonas húmidas, estuários e pântanos.
 
A este respeito, Claudio Anselmo , Ministro da Produção de Corrientes, assegurou em declarações radiofónicas que "há 45 dias Corrientes vive uma seca de intensidade invulgar, que gerou incêndios e afetou as cadeias produtivas ligadas à pecuária, silvicultura, arroz, cereais , citricultura, erva-mate e chá, entre outros. A Província está empenhada em trabalhar em conjunto com a Nação”.
 
E acrescentou: “Houve uma comunicação telefônica entre Julián Domínguez e o governador Gustavo Valdés, que é importante para resolver problemas angustiantes. No caso da pasta a cargo de Juan Cabandié, em 13 de janeiro, tive uma reunião com a chefe de gabinete de seu ministério, María Soledad Cantero, pois o ministro não pôde comparecer por ter Covid: lá solicitamos colaboração, quatro hidrantes, avião de vigia e equipamentos para bombeiros. Eles nunca nos responderam formalmente e apenas nos disseram que não havia recursos.”
 
Perante este panorama, o Ministro da Produção de Corrientes afirmou que “ a província tomou a decisão de contratar com fundos próprios três aviões hidrantes que operam a partir de diferentes bases. Havia um avião hidrante nacional para toda a Mesopotâmia e, desde dezembro de 2021, fez oito intervenções a pedido da província”.
 
O decreto de emergência deverá ser publicado em breve com a assinatura do governador Valdés para ser apresentado com urgência à Nação. E também procurará acelerar a promoção de uma linha de créditos subsidiados para produtores afetados por meio do Banco de Corrientes no valor de 200 milhões de pesos. As que serão seguidas da montagem de outros créditos com recursos nacionais, provinciais e municipais.
 
Produtores se opõem à desatenção da Nação
 
Francisco Velar , diretor da Sociedade Rural Argentina em Corrientes e Misiones, comentou a situação "dramática" da produção agrícola em ambas as províncias. “As chuvas têm sido escassas e o fogo continua com grande magnitude. Isso é demonstrado pelo último relatório do INTA. O que é alarmante é que isso ainda está em processo. O desastre não acabou e continua. As previsões oferecem chuva apenas para meados de março ou início de abril."
 
“Em relação à resposta oficial –disse Velar-, diante da catástrofe e do drama, sempre se espera mais e mais diante das muitas perdas dos produtores. A província está acompanhando, há reuniões com os produtores e dado o baixo orçamento, houve a intenção de ajudar o governo provincial. No entanto, vimos com grande dor a notável ausência das autoridades nacionais. O manejo do fogo por meio de uma lei nacional é de competência exclusiva do ministro do Meio Ambiente, Juan Cabandié, e até agora ele não veio visitar a província. Nem Julián Domínguez, embora mantivesse contatos com o governador.
 
Eduardo Fernández Capurro , produtor com campos em Saladas, a 100 quilômetros de Corrientes Capital, sem perder animais, deve ter lamentado a queima de 90% de seu campo. “Para fevereiro, a previsão deixa um clima seco, com temperaturas altas. Tudo indica que a seca continua. O que aconteceu com o fogo é como o que acontece com o omicron, acreditamos que não chegará até nós e mesmo assim acaba nos atacando. Uma situação que não podíamos parar com nada. Quando olhamos as imagens de satélite, vemos que toda a província de Corrientes está sendo atacada por incêndios", disse.
 
“Os incêndios eram imparáveis ​​em toda a província. Os bombeiros com poucos recursos e muita vontade, adotados como prioritários, cobrem as casas e galpões, o resto deixaram para queimar. Os produtores sabem que temos que seguir em frente. Não podemos depender do Estado, pois estamos falando de um estado sem recursos, que não poderá nos ajudar. Todo mundo sabe disso", acrescentou.
 
Também Martín Rapetti, produtor de Corrientes e diretor das Confederações Rurais Argentinas (CRA), afirmou que “hoje a seca saiu desse cenário''. A água não falta apenas para as pastagens, que é necessária para os animais. Os riachos, os rios, as lagoas e até as barragens de arroz estão secas. Além disso, os níveis do lençol freático baixaram e ainda há poços para atingir um terceiro nível do lençol freático. Temos que esperar que chova." (INFOBAE - Tradução livre Sindilat)

Jogo Rápido 

Senador pede linhas de crédito 
O senador Lasier Martins (Podemos-RS) protocolou indicação do Senado para que o Conselho Monetário Nacional (CMN) viabilize abertura de linhas de crédito rural para investimentos e custeio de pequenos produtores de leite, demanda discutida em reunião com a Famurs. A abertura de linhas de crédito para o setor está prevista na Lei Federal 14.275/2021, que prevê ações emergenciais de amparo à agricultura familiar. (Correio do Povo)