Pular para o conteúdo

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 06 de julho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.696


Uruguai – Campeões mundiais no consumo de lácteos

Consumo/UR – O consumo de lácteos no Uruguai continua aumentando e o nível alcançado é o dobro do consumo médio mundial, segundo um estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisa Agropecuária (INIA).

“No Uruguai são consumidos 266 litros de leite por pessoa por ano, se considerarmos o leite fluido e os derivados. Em 1999 eram 202 litros e desde então, anualmente os uruguaios consomem dois litros mais do que no ano anterior”, explicou o agrônomo Santiago Fariña, diretor do Programa de Leite do INIA

O profissional destacou que esse registro “chama a atenção, porque é mais do dobro do consumo de leite per capita do resto do mundo e um dos mais altos da América Latina”.

As cerca de 3.000 fazendas leiteiras distribuídas em todo o país ordenham por ano 2 bilhões de litros de leite que são processados pela indústria e pelas queijarias artesanais.

De tudo o que é produzido, sempre com base na informação do INIA, 70% é exportado e 30% comercializado no mercado interno, onde o consumo per capita de lácteos é o dobro do resto do mundo

Tendo isso como marco, o INIA tem como objetivo trabalhar para manter essas cifras com um produto de maior qualidade e produzido em sistemas mais sustentáveis.

O que se produz com o leite?

O queijo é o protagonista entre os lácteos em termos de consumo interno e é o produto que absorve 20% de todo o leite produzido anualmente. O produto mais industrializado é o leite em pó, que absorve 50% do leite, e em seguida vem o leite fluido que consome 10% da produção. A manteiga representa 7% e o resto é destinado a outros produtos (sorvetes, iogurtes, doce de leite entre outros).

Quanto à qualidade do leite uruguaio, Fariña detalhou que 90% é processado pela indústria, que se encarrega de avaliar a inocuidade, a ausência de antibióticos e o teor de sólidos, que são os que contêm os aportes nutricionais.

“É importante esclarecer que os produtores de leite recebem o pagamento em função dos sólidos do leite, não pela quantidade de litros. Um leite com poucos sólidos é perda para o produtor, o consumidor e também para a indústria”, explicou.

Com milhões de toneladas de leite anuais, o Uruguai atualmente produz duas vezes mais do que pode consumir internamente. Daí, 70% é exportado para mais de 60 países, sendo Brasil, Argélia e China os principais compradores do último ano.

Um de cada três é excedente

“Nosso leite é de exportação e isso é particular na América Latina, onde somente dois outros países têm mais leite do que consome sua população: Argentina e Costa Rica. O resto produz unicamente para o abastecimento interno”, destacou Fariña.

Sustentabilidade, automação e robotização

A intensificação produtiva e a sustentabilidade são objetivos chave para os pesquisadores do INIA, que buscam soluções que favoreçam toda a cadeia a nível econômico, social e ambiental. No econômico, se centram em desenvolver sistemas com alta eficiência no uso de pastagens e em melhorar a saúde e o conforto das vacas. Também trabalham em um sistema de avaliação genética para que os produtores contem com informações para selecionar touros cujas bezerras produzam leite de maior qualidade, sejam mais férteis, vivam mais tempo e adoeçam menos.

No social, o instituto estuda alternativas tecnológicas como a automação e a robotização que facilitam tarefas e rotinas da fazenda, e assim conseguir melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e tornar mais atrativa a produção de leite para as novas gerações.

Em matéria ambiental, o foco do INIA é obter a autossuficiência dos sistemas, para que não requeiram insumos externos e melhorar o balanço de nutrientes na própria fazenda e gestão de resíduos, de forma a preservar os recursos naturais: solo e água.

“O Uruguai é pioneiro na América Latina em cuidado ambiental nos sistemas produtivos, um pouco por seu perfil exportador, que o faz ficar atento ao que se passa no mundo, e também porque tivemos alertas cedo, com o problema de efluentes no rio Santa Lucía em 2013, que nos fez ver que teríamos que tomar medidas concretas, como o Plano de Uso e Manejo de Solos que temos hojes”, destacou Fariña.

O especialista lembrou que “mais na frente vai determinar a forma como se trabalha nos campos e se produz leite em geral estará relacionado não somente com os consumidores e mercados, mas também com os vizinhos e a população que passar pelas rodovias e denunciar quando os campos não estiverem de acordo”.

Neste sentido, destacou a oportunidade de envolver a sociedade no mundo rural nas discussões sobre produção de alimentos, saúde e sistemas agropecuários.

Diante disso, Fariña disse que “o principal objetivo da ciência deve ser contribuir para que os produtores possam ter renda estável a partir de sistemas que sejam o mais parecido com a natureza em seu estado original, cuidando dos recursos naturais, com animais pastando ao ar livre e reduzindo a necessidade de utilizar insumos externos”.

“Entretanto faltam muitas coisas para melhorar e, nós das ciências estamos trabalhando para conseguir, porque o objetivo é manter a produtividade e a qualidade do leite uruguaio, assegurando a sustentabilidade de toda a cadeia”, concluiu. (Fonte: El Observador - Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Balança comercial de lácteos: importações seguem ganhando força

Segundo dados divulgados nesta terça-feira (05/07) pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), o saldo da balança comercial de lácteos foi de -75 milhões de litros em equivalente-leite no mês de junho, uma diminuição de 23 milhões, ou aproximadamente 43,6% em comparação ao mês anterior.

Ao se comparar ao mesmo período do ano passado (junho/2021), o saldo deste ano também foi mais negativo, sendo que o valor em equivalente-leite nesse período foi de -52 milhões de litros, representando uma diferença de aproximadamente 24 milhões de litros, ou 45,7%. Confira a evolução no saldo da balança comercial láctea no gráfico 1.

Gráfico 1. Saldo mensal da balança comercial brasileira de lácteos.

Após uma forte queda entre abril e maio, novamente ocorreram recuos nas exportações. O período apresentou um decréscimo de -3,6 milhões de litros no volume exportado, representando um recuo de 32%. Ao se comparar com 2021, o cenário é ainda mais destoante, ocorrendo um decréscimo de -11,2 milhões de litros, representando um recuo de aproximadamente -58,9% no volume exportado no período. Sendo assim, o cenário desfavorável às exportações se manteve em junho, ocorrendo decréscimos no volume exportado de produtos lácteos.

Gráfico 2. Exportações em equivalente-leite.

Do lado das importações, o cenário de ganho de competitividade dos produtos internacionais refletiu em altas nos volumes destinados a estas negociações. O mês de junho apresentou um aumento de 30% nas importações, com um acréscimo no volume de importações de 19,3 milhões de litros em equivalente-leite.

Analisando o mesmo período do ano passado, também nota-se um aumento entre os volumes importados; em junho de 2021, 70,7 milhões de litros em equivalente-leite foram importados, já em 2022 esse valor teve uma variação positiva de aproximadamente 18%, totalizando um aumento de 12,5 milhões de litros em equivalente-leite comparando-se os anos, o que pode ser observado no gráfico a seguir:

Gráfico 3. Importações em equivalente-leite.

Esse aumento nos volumes importados e recuo das exportações acarretaram um saldo mais negativo da balança comercial de lácteos para o mês de junho, apresentando o resultado mais negativo do ano, até o momento, e o menor valor desde novembro de 2021.

Este cenário se formou devido alguns fatores-chave, tais como: os recuos apresentados nos preços internacionais, a baixa disponibilidade de leite no Brasil e os preços dos derivados lácteos no mercado interno, que estão operando próximos de máximas históricas.

Em meio a menor demanda chinesa frente a política de controle da covid-19 no país e temores de uma possível recessão econômica mundial, os preços dos derivados lácteos no mercado internacional vêm emplacando baixas.

Esse fato associado a baixa disponibilidade de leite no mercado interno, que vem impactando nos preços, e impulsionando os valores para próximo de máximas históricas, trouxe um ganho de competitividade para os produtos internacionais, o que refletiu em maiores negociações de importações. 

Desta forma, mesmo em meio ao avanço do dólar nas últimas semanas, o mês de junho se mostrou favorável as negociações de importação e manteve a janela de exportações fechada.

Em relação aos produtos mais importantes da pauta importadora em junho, temos o leite em pó integral, os queijos, o leite em pó desnatado e o soro de leite, que juntos representaram 92% do volume total importado. O leite em pó integral teve uma elevação de 95% em seu volume importado. Além do leite em pó integral, os produtos que tiveram maiores variações com relação à importação foram o soro de leite, os queijos e as manteigas, com aumentos de 20%, 23% e 14%, respectivamente.

Os produtos que tiveram maior participação no volume total exportado foram o leite condensado, o leite UHT, o creme de leite e os queijos, que juntos, representaram 81% da pauta exportadora. O leite em pó integral teve um recuo de 95% em seu volume exportado, e o soro de leite um recuo de 100%.

A tabela 1 mostra as principais movimentações do comércio internacional de lácteos no mês de junho deste ano.

Tabela 1. Balança comercial láctea em junho de 2022. 

As informações são do Milkpoint

Relatório detalha efeitos do La Niña no mercado global de grãos

Um novo relatório da hEDGEpoint Global Markets avalia os impactos do La Niña nas culturas da soja, milho e trigo. Segundo a companhia, o atual padrão é classificado como Ativo, o que significa que o clima global está sob influência. O fenômeno deve se prolongar no mês de junho, enfraquecendo entre julho-agosto, com impacto nas lavouras de grãos ao redor do mundo.

“Por um lado, a primeira leitura do USDA para a safra 22/23 (a última neste momento) já penalizou a produtividade de milho dos EUA pelos atrasos no plantio, projetando-a 2,2% abaixo da tendência”, avalia Pedro Schicchi, analista de Grãos e Proteína Animal da hEDGEpoint Global Markets. “Por outro, os rendimentos de soja foram projetados em 1,2% acima da tendência neste mesmo relatório”, acrescenta.

Soja e Milho

Os analistas destacam que a janela junho-agosto é marcada pela estação de cultivo nos países do Hemisfério Norte, a saber, EUA e Ucrânia. Nos anos em que ocorre o La Niña, geralmente há secura e calor no Centro-Oeste dos EUA. Embora haja um ganho de produtividade na soja este ano, os rendimentos costumam cair 1,7% (milho) e 1,3% (soja) no histórico do fenômeno.

Na Ucrânia, ao contrário dos EUA, o La Niña tem uma correlação relativamente alta com precipitação acima da média em algumas regiões do Leste Europeu. Em anos análogos, os rendimentos tiveram alta, em média, de 7,5%. Mas o clima não é a preocupação dos produtores ucranianos nesta safra.

A invasão russa impõe questões operacionais, como escassez de mão de obra, insumos e capacidade de armazenamento. Dessa forma, espera-se que a produção de milho do país reduza em 40 a 50%. Atualmente, espera-se que os rendimentos caiam 22% abaixo da tendência. Ainda assim, embora provavelmente não mude a situação atual dos produtores ucranianos, um clima favorável também não prejudica.

Trigo

O mercado de trigo tem muitas preocupações quanto à produção de inverno no Mar Negro, mas o La Niña provavelmente não será uma delas, dado que a colheita já está em andamento na janela analisada (jun-ago). Nas Américas, a Argentina provavelmente terá o inverno mais frio já registrado no começo do ciclo de crescimento após o plantio em julho, enquanto os níveis de chuva tendem a se manter estáveis.

Se o padrão verificado nos últimos anos com ocorrências se repetir, não se deve esperar que o La Niña tenha um grande papel cortando produtividades nas lavouras argentinas. Outros fatores, como a falta de fertilizantes e competição de área com o sorgo, têm mais chance de reverter a tendência de crescimento do trigo no país.

Nos EUA, a situação é parecida com a Rússia: o La Niña deste ano deve chegar tarde demais para comprometer a performance do trigo de inverno. Os impactos maiores tendem a recair sobre a safra de primavera, que corresponde a em torno de 30% da produção total. “Qualquer dano maior à safra de primavera adicionaria mais pressão para um mercado que já está estressado, dado que acrescentaria às tensões geradas pelas más condições da safra de inverno”, disse David Silbiger, analista de Commodities da HedgePoint Global Markets.

As informações são do Agrolink, adaptadas pela Equipe MilkPoint.


Jogo Rápido 

Por que participar do MilkPoint Experts Feras da Sustentabilidade?
A sustentabilidade deixou de ser uma pauta do passado e distante. Ela já e realidade e indispensável para o futuro. Mundialmente, a preservação como meio ambiente e manutenção dos recursos naturais são pautas pulsantes no tripé ambiental da sustentabilidade. No setor lácteo, as ações ambientalmente sustentáveis já permeiam todos os elos da cadeia produtiva. Nas fazendas de leite, do Brasil e do mundo, a adoção de práticas em prol do meio ambiente inclui, o uso de dejetos para adubação, fontes alternativas de energia, reaproveitamento da água das chuvas, uso de bioinsumos, e a produção de biogás a partir dos dejetos dos animais, entre outros. Por ser um assunto relativamente recente, muitos produtores, técnicos e outros profissionais envolvidos no setor, têm dúvidas de como aplicar na rotina das fazendas de leite as alternativas sustentáveis de produção. Por isso, criamos o MilkPoint Experts Feras da Sustentabilidade. Um evento único, inédito e exclusivo sobre o assunto. Associados do Sindilat/RS têm 30% de desconto na inscrição, clicando aqui. (Milkpoint adaptado Sindilat/RS)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 05 de julho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.695


O leite fornece micronutrientes essenciais, dirigidos para uma dieta saudável

Leite segundo a FAO - No mês passado foi comemorado o Dia Mundial do Leite. Para chamar atenção sobre a importância desse alimento a FAO fez um cartaz ressaltando suas principais  qualidades e a importância de seus nutrientes na saúde humana. O Cálcio mantém a saúde do coração e dos ossos. A Vitamina A ajuda o corpo a se recuperar mais rápido de doenças, além de ser importante para os olhos, pele, intestino e pulmão.  (Fonte FAO Tradução livre: www.terraviva.com.br)



GDT - Global Dairy Trade 

Fonte: GDT - Global Dairy Trade adaptado Sindilat

 

Primeiro final de semana de Festiqueijo, em Carlos Barbosa, atrai 4,1 mil pessoas

Tradicional festa da Serra gaúcha ocorre até o final de julho

O primeiro final de semana da 31ª edição da Festiqueijo reuniu mais de 4,1 mil pessoas em Carlos Barbosa. O número traz expectativa otimista para superar a projeção de público da tradicional festa da Serra gaúcha, que vai até 31 de julho, sempre de sexta a domingo. A organização espera ter 20% a mais de visitantes do que a edição de 2019, que reuniu 29 mil pessoas.

Como relata Fábio Basso, secretário municipal do Turismo de Carlos Barbosa, o sábado foi o dia mais movimentado, com mais de 2,2 mil visitantes. O diretor do Festiqueijo acredita que o tempo agradável no dia animou os turistas a participarem da festa.

 — Percebemos muitas pessoas circulando não apenas no Festiqueijo, mas ao redor do evento, principalmente na Vila das Etnias e na Feira de Compras de Carlos Barbosa. Conversei com expositores e também estão felizes, porque conseguiram vender bastante produtos  — descreve.

A principal atração da 31ª edição da tradicional festa é o verdadeiro banquete servido no Salão Paroquial da Igreja Matriz de Carlos Barbosa. Os 23 expositores, juntos, servem cerca de 40 tipos de queijos, 30 rótulos de vinhos e 25 de espumantes, além de pratos tradicionais como polenta brustolada com queijo e galeto. Há ainda opções doces como sorvetes e churros de doce de leite.

Uma novidade para a retomada do Festiqueijo em 2022 é a Vila das Etnias. A atração externa, com acesso gratuito, homenageia os imigrantes que povoaram Carlos Barbosa, como os italianos, alemães e poloneses. A organização comemora que o espaço, dividido em casas que apresentam as tradições de cada nacionalidade, é bem recebido entre os visitantes do festival gastronômico.

 — Muitos turistas se surpreendem, porque a Vila das Etnias é um resgate da cultura dos povos. As cinco casas têm toda parte da história, como mobiliário e comida típica, e quem entra nas casas, tem uma aula de cultura. Os turistas, principalmente os que não conhecem a região, ficam muito surpresos com o que é oferecido  — conta Basso.

Excursões se destacam no primeiro final de semana

Um bom sinal para o Festiqueijo superar a meta de público são as excursões em grupo. No primeiro sábado de festa, foram 30. Para o segundo final de semana, o evento espera 60 grupos. Os turistas são de outras regiões do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Minas Gerais, Paraná e São Paulo.

 — Neste sábado, tivemos 30 grupos de excursões, totalizando mil pessoas que vieram para cá. Para a semana que vem, nós temos a previsão do dobro de grupos  — informa o secretário de turismo.

No segundo final de semana, os visitantes também poderão se divertir com a 11ª edição da Olimpíada Colonial e com o Pedal Festiqueijo. Nos jogos, os competidores se divertem com provas como revezamento de salame, transporte de leite, cabo de guerra, debulhar milho, entre outras disputas. Por conta do mau tempo deste domingo, a organização passou a atração para o dia 10 de julho. (Zero Hora)


Jogo Rápido 

PIB do Rio Grande do Sul segue sob impacto da seca
Os prejuízos causados pela estiagem deste ano à agropecuária gaúcha, somados aos efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia e da pandemia de Covid-19, à escalada da inflação e à expectativa de baixo crescimento no Brasil, apontam um cenário desafiador para a economia do Rio Grande do Sul nos próximos meses. A análise é do Boletim de Conjuntura, divulgado ontem pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG). O documento projeta para o Produto Interno Bruto (PIB) do Estado no segundo trimestre uma queda ainda mais acentuada do que a verificada nos primeiros três meses do ano. Isso porque de abril a junho é contabilizada a maior parte da produção de soja, que sofreu perdas de 53,5% em 2022. No primeiro trimestre do ano, a economia gaúcha recuou 4,7% frente ao mesmo período de 2021 e 3,8% na comparação com os últimos três meses de 2021. Elaborado pelos pesquisadores Fernando Cruz, Martinho Lazzari, Tomás Torezani e Vanessa Sulzbach, o boletim confirma as perspectivas já indicadas em abril, de potencial efeito negativo da estiagem nas atividades ligadas ao campo e em segmentos da indústria e dos serviços. Na indústria de transformação, a mais significativa da economia do Estado, a tendência é um ritmo de crescimento lento nos próximos meses, em reflexo das perdas na agropecuária e do baixo dinamismo da economia nacional e internacional. O comércio também deve ser afetado pelos mesmos fatores. “No interior do Estado principalmente, o desempenho das vendas do comércio está relacionado com o comportamento do setor primário”, diz Vanessa Sulzbach. De janeiro a maio, as vendas de produtos agrícolas despencaram 34,8%, de acordo com o documento do DEE. O maior impacto veio da retração das vendas de soja para a China, que significou 1,3 bilhão de dólares a menos em receitas em termos absolutos no período. (Correio do Povo)

 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 04 de julho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.695


Futuro aponta para alianças entre cooperativas
 
Ao contrário de muitos modelos de negócios que não conseguiram sobreviver ao turbilhão de mudanças desencadeadas pelo coronavírus, as cooperativas agropecuárias gaúchas saíram fortalecidas da pandemia. Representado por 121 organizações registradas no Rio Grande do Sul, o segmento emplacou uma receita de R$ 51 bilhões no ano passado, em um salto de 45,9% em relação ao faturamento alcançado em 2020, de acordo com dados do Sistema Ocergs/Sescoop/RS, divulgados no dia 28 de junho. Neste ano, apesar da valorização dos produtos agrícolas, a disparada dos custos operacionais expôs o sistema a um novo teste de resistência.
 
No topo da lista de preocupações dos cooperados, estão os aumentos de preços de combustíveis e fertilizantes, afirma o presidente da Ocergs, Darci Hartmann. A solidez do segmento também foi colocada à prova pelos impactos da estiagem nas culturas de verão, que em algumas regiões do Estado significaram perdas de 80%, obrigando os produtores a renegociar dívidas e a buscar fontes de recursos para financiar a lavoura de inverno. “A resiliência das cooperativas é muito grande. Se tivermos uma boa safra de trigo e depois uma boa safra de soja, conseguimos resolver parte desses desafios”, avalia Hartmann.
 
Segundo o presidente da Ocergs, muitas organizações do setor reagiram ao cenário adverso dos dois últimos anos estabelecendo alianças regionais, tendência que deve se acentuar nos próximos anos. “Para crescer, temos de fazer negócios em conjunto, reduzir custos operacionais, ganhar escala e, acima de tudo, enxergar oportunidades que, muitas vezes, uma cooperativa sozinha não enxerga”, diz Hartmann.
 
O presidente da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado (FecoAgro-RS), Paulo Pires, destaca o papel decisivo da industrialização no fortalecimento das organizações. Hoje, 60 das cooperativas no Estado desenvolvem alguma atividade agroindustrial como forma de agregar valor à produção dos cooperados – de fábricas de farinha, rações animais e fertilizantes a grandes unidades de laticínios e plantas frigoríficas. “No caso do leite, industrializamos praticamente tudo o que recebemos dos produtores. Já nos grãos, vemos movimentos para agregar valor”, afirma Pires.
 
Para o dirigente, a aposta na industrialização deve ganhar ainda mais força no Estado. Esse caminho, porém, pode se revelar mais complexo para as pequenas organizações do segmento, que necessitam de ganhos de escala para diluir os custos de uma operação industrial e se manter competitivas. “Então, é quase um processo excludente: ou a pequena cooperativa se alia a uma maior ou fica fora desse processo”, observa Pires.
 
Um dos pesos-pesados do cooperativismo no país, com 30 organizações reunidas sob sua marca, mais de 170 mil produtores associados e receita de R$ 34,7 bilhões em 2021, a gaúcha CCGL é um exemplo claro dessa vocação industrial do setor. Na sequência de um projeto para duplicar sua capacidade de processamento de leite, hoje de 2,2 milhões de litros diários, a organização de Cruz Alta concluiu neste ano a construção de uma unidade de leite condensado, que recebeu investimentos de cerca de R$ 70 milhões. Agora, planeja fortalecer o portfólio de produtos, segundo o presidente da cooperativa, Caio Vianna.

“Deixamos a planta de laticínios preparada para os próximos cinco anos, talvez não precisemos fazer nenhuma ampliação”, diz. A busca de sustentabilidade é outro foco da cooperativa, que está montando uma usina de energia solar com capacidade de 3,4 MW. “Serão cerca 7 hectares de painéis fotovoltaicos, e pretendemos até o final do ano estar com isso instalado para (suprir) quase toda a nossa necessidade de energia”, detalha o executivo. Os planos incluem ainda ampliação dos terminais graneleiros Termasa e Tergrasa, operados pela CCGL no Porto de Rio Grande e responsáveis pela movimentação de 10 milhões de toneladas de grãos na safra 2020/2021. No projeto, a organização planeja investir mais de R$ 700 milhões em recursos próprios. “As áreas de soja estão aumentando muito na Metade Sul. Precisamos ter saída e capacidade de expedição das safras agrícolas”, afirma Vianna. (Correio do Povo)

  
De Cruz Alta, a CCGL, que reúne 30 cooperativas, é um exemplo do potencial industrial do setor, tendo atingido mais de R$ 34,7 bilhões em receita no ano de 2021 e operando atualmente uma capacidade de processamento de leite de 2,2 milhões de litros por dia (Foto: MARKETING CCGL/DIVULGAÇÃO)


Regulamentação ambiental do Farm to Fork paralisa a produção de leite da UE

O USDA acredita que a regulamentação ambiental na Europa significa que o 'pico' de produção de leite foi alcançado no bloco em 2020. Ele previu a produção de leite de vaca da UE-27 de 144,6 milhões de toneladas até 2022, uma diminuição de 434.000 toneladas. em comparação com 2021 e 836.000 toneladas. abaixo de 2020. O número de vacas na UE-27 diminuiu mais de 1,4 milhão de cabeças desde 2016, incluindo uma perda de 800.000 cabeças desde 2019 , revelaram dados do USDA. "Aumentos contínuos ano após ano na produtividade (litros/vaca) não podem compensar essa perda de vacas leiteiras . "
 
A introdução de iniciativas Farm to Fork e mudanças na Política Agrícola Comum provavelmente agravarão a situação em 2023 e além , previu o relatório executivo.
 
“Os especialistas da indústria de laticínios da UE esperam que a produção de leite da UE diminua ainda mais em 2023 e além, quando a nova PAC e as condições do Farm to Fork exigirem que os produtores de leite da UE ajustem seus sistemas de produção.
 
“Do ponto de vista político, com o impacto do Brexit e do COVID-19 nos mercados de laticínios europeus agora atrás de nós, a implementação das novas iniciativas CAP e F2F em 2023 dominará as preocupações dos setores de laticínios da UE. O fortalecimento das políticas ambientais e de mitigação climática da UE apenas aprofundará essas preocupações ”.
 
Mas nem tudo são más notícias para os produtores de leite. Fora do leite de vaca, o USDA notou um aumento na produção, com “valorização do consumidor” por produtos lácteos derivados de cabras e ovelhas, principalmente queijos , apoiando a expansão.
 
Enquanto a produção de leite de vaca está sentindo a pressão das altas proteções ambientais, a produção de queijo deve aumentar este ano devido ao aumento do consumo . “A produção de queijo é o uso preferido das fábricas de laticínios da UE-27, e espera-se que essa tendência continue à medida que várias novas fábricas de queijo surgiram nos últimos anos. Principalmente para produzir mussarela industrial para a indústria de processamento de alimentos . O consumo de queijo na UE continua a aumentar ano a ano e deve continuar até 2022, mas a um ritmo mais lento devido ao aumento dos preços.
 
Os produtores da UE beneficiam do grande apetite do consumidor por queijos locais e protegidos pelo regime de Indicadores Geográficos (IG) . Isso “está ficando mais forte”, com “retornos mais altos para processadores e produtores locais”.
 
No entanto, com suprimentos limitados de leite cru, o USDA disse que "isso ocorre às custas da produção de manteiga, leite em pó desnatado (NFD) e leite em pó seco integral (WDP) " . Isto, prosseguiu o órgão do governo norte-americano, traduz-se numa diminuição das exportações e do consumo interno de manteiga, LPD e LPE, e num aumento dos preços no mercado da UE.
 
“Como os especialistas em laticínios antecipam uma nova onda de produtores de leite potencialmente saindo do setor, os principais players do setor já estão adaptando seus planos e estratégias corporativas à medida que se ajustam a essas novas realidades políticas da UE. Os suprimentos de leite disponíveis são redirecionados para seus interesses mais lucrativos e estratégicos no mercado doméstico e de exportação .” (Traduzido pela OCLA do boletim Dairy Reporter por Katy Askew)
 
 
União Europeia – Acordo da Nova Zelândia
 
Ontem, último dia da Presidência francesa, o acordo comercial entre a UE e a Nova Zelândia foi alcançado após 4 anos de negociações. Segundo estimativas da Comissão Europeia, com este acordo, o comércio bilateral poderá crescer até 30% com um potencial aumento nas exportações anuais da UE de até 4.500 milhões de euros.
 
Embora a CE o apresente como uma grande oportunidade para o setor agroalimentar, a COPA-COGECA (representação de agricultores e cooperativas da União Europeia), considera que este é o grande perdedor do acordo:
 
A CE destaca como uma conquista que as tarifas serão removidas desde o primeiro dia sobre as principais exportações da UE, como carne de porco, vinho e espumante, chocolate, doces e biscoitos. Para a COPA-COGECA, suínos e vinhos da UE já estão entrando no mercado neozelandês e não acreditam que haja muito espaço para crescimento.
 
Quanto aos produtos sensíveis , como diversos produtos lácteos , carne bovina e ovina, etanol e milho doce, a CE defende que apenas importações tarifárias zero ou reduzidas serão permitidas em quantidades limitadas . Para a COPA-COGECA, o acordo significa aumentar as cotas tarifárias já existentes para produtos sensíveis .
 
A Nova Zelândia já tem acesso ao mercado comunitário por 75.000 toneladas. de banha e 11.000 toneladas. de queijo, que aumenta com o acordo em 15.000 toneladas. de banha, 25.000 toneladas. de queijo, 15.000 toneladas. de leite em pó, o que aumentará substancialmente a pressão do mercado. 

Em azul, a cota tarifária existente e em vermelho, a cota adicional acordada no acordo. (Extraído e traduzido pela OCLA da Agrodigital)


Jogo Rápido 

Falta 1 mês para o Interleite Brasil 2022, junte-se aos 1000 inscritos!
 É isso mesmo que você leu, o tempo passou voando e falta apenas 1 mês para a volta do melhor e mais completo evento da cadeia láctea nacional, o Interleite Brasil! Com os apoios do Sistema Faeg/Senar - GO e do Sebrae-GO, nos dias 03 e 04 de agosto, em Goiânia, e também online, pela primeira vez em formato híbrido, o Interleite Brasil chega a sua 20ª edição para fazer deste momento um marco na história do leite brasileiro! O Interleite Brasil 2022 contará com uma grade de palestrantes formada por técnicos, produtores e especialistas, distribuídos em 5 painéis temáticos, totalizando 23 palestras e 14 horas de conteúdo. Serão abordados temas envolvendo sistemas de produção e rentabilidade; índices de eficiência econômica e produtividade; mercado do leite; gestão de pessoas e processos; tecnologia, agenda ambiental e das mudanças estruturais na produção de leite do país. Qual o retrato atual e o que esperar do futuro? Quais as oportunidades no mercado para quem quer se preparar? Se você pensou em ser um agente de transformação do leite brasileiro e fazer parte do futuro, o Interleite Brasil 2022 é o seu lugar! Confira a programação e faça sua inscrição, só falta um mês! Junte-se aos 1000 inscritos no Interleite Brasil 2022! Vamos juntos? Associados do Sindilat/RS têm 20% de desconto. (Milkpoint)

 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 01 de julho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.694


Festiqueijo celebra em julho o produto que está inserido no DNA de Carlos Barbosa

Evento chega à 31ª edição e ocorre nas sextas, sábados e domingos no Salão Paroquial da Igreja Matriz

A produção caseira dos imigrantes italianos, alemães, suíços e poloneses que chegaram a Carlos Barbosa no século passado transformou, ao longo dos anos, o município da Serra Gaúcha em sinônimo de leite e queijos da melhor qualidade. Movida atualmente por cinco mil associados que fornecem os cerca de 800 mil litros de leite processados por dia pela Santa Clara, a cooperativa de laticínios mais antiga em atividade no Brasil, foi determinante para fazer da cidade uma referência na produção dos derivados.

Não é à toa que desde 1975, incentivada pelos cooperados, Carlos Barbosa celebra sua expertise e evolução no manejo da matéria-prima que está enraizada nas origens de suas famílias. Criada a partir da Festa do Leite, o Festiqueijo chega à 31ª edição nesta sexta-feira (1º) com a expectativa de receber 30 mil visitantes e apresentar o que de melhor as 10 queijarias do município podem oferecer. Para acompanhar as iguarias, nove vinícolas da região também estarão dispostas no Salão Paroquial da Igreja Matriz, no centro da cidade.

— É um evento diferenciado, o consumidor tem a oportunidade de provar toda a nossa linha de produtos e as queijarias podem ter um canal direto com o consumidor final — resume o empresário Daniel Cichelero, 44 anos, que não esconde o fato do sucesso da Cooperativa Santa Clara ter sido o despertar da verdadeira vocação das propriedades que, décadas atrás, se dedicavam ao cultivo da batata.

Nascido na Linha Doze, no interior de Carlos Barbosa, Cichelero cresceu ordenhando vacas manualmente ao raiar do dia e vendo seus pais venderem a pequena produção de leite para financiar o cultivo do tubérculo. Foi com a receita da família que fabricava queijos coloniais para consumo próprio que investiu aos poucos no produto que ganhou o seu sobrenome e hoje figura nas prateleiras das principais queijarias da Serra.

— Intensificamos a produção de leite no início dos anos 2000. Começamos com iogurte, doce de leite e queijo, que veio a se tornar o grande motivador dos investimentos. Fomos aumentando a produção de leite para fazer mais queijo e assim nos tornamos o que somos hoje — afirmou. 

Deu certo. O negócio administrado junto do irmão Evandro Cichelero, 50, conta atualmente com um rebanho de 366 animais, 150 deles em lactação. A produção que iniciou com 200 litros de leite por dia evoluiu para os atuais 5,5 mil litros em uma cadeia produtiva 100% própria, que utiliza até o azevém, plantado na propriedade, como alimento das vacas holandesas.

A trajetória da família Cichelero é somente mais contemporânea do que aquela que iniciou em 1912, pelos devotos de Santa Clara e que hoje emprega 2,2 mil funcionários em três unidades espalhadas pelo Estado. Segundo o diretor administrativo e financeiro da Cooperativa Santa Clara, Alexandre Guerra, a história começou em uma forma de queijo de 15,6 quilos e, 110 anos depois, se transformou em 47 produtos apresentados em mais de uma centena de variedades. História que motiva orgulho e não entende como concorrentes as queijarias que elevam a economia de Carlos Barbosa. 

— Concorrente é aquele que não pratica de forma correta. Agora, aquela indústria que faz um produto e respeita a legislação não é concorrente, é um parceiro que sabe valorizar o que produz — define Guerra, que vê no Festiqueijo a oportunidade de fortalecer os lançamentos do setor. 

Por 17 vezes a marca mais lembrada pelos gaúchos, a Santa Clara produz 600 toneladas de queijo por mês e leva ao evento todas as linhas de queijos para a degustação. Em 2022, destaque para a mussarela e burrata de bufála, queijo coalho com pimenta, queijo brie aquecido em pedra e iscas suínas temperadas com queijo gruyère que estarão a disposição dos visitantes.

Inovação
Quando a história mostra que a coragem de aumentar a produção premia o trabalho, as indústrias não dão passos para trás e seguem em busca de melhoramento. Seja na genética e no bem-estar dos animais, na produção do alimento ou na captação de novos mercados, o setor de laticínios não para em Carlos Barbosa. Na propriedade da família Cichelero, três vacas ostentam os prêmios de maior produtividade no concurso leiteiro da Expointer, e no concurso jovem da Fenasul.

O tratamento dado não só a elas, mas também aos cerca de 15 bezerros que nascem mensalmente na propriedade, e às 150 vacas lactantes é de última geração. A Granja Cichelero foi a primeira da América Latina a ter associados o sistema de ordenha robótica com sistema de ventilação cruzada, que mantém os animais em uma temperatura sempre abaixo de 18ºC.  

Instaladas uma em cada lado do galpão e avaliadas em R$ 800 mil, as máquinas importadas da Suécia estão à disposição das vacas e realizam a ordenha de forma automática, sem que nenhuma pessoa precise levar os animais até lá. Com 183 sensores, o robô calcula a quantidade de leite a ser retirada, higieniza os úberes e realiza a ordenha. 

— É o que há de mais moderno no setor. O que temos aqui é o mesmo que se vê em países da Europa conhecidos pelos queijos famosos — se orgulha Cichelero.  

Serviço 
O quê: 31º Festiqueijo
Quando: de 1º a 31 de julho, somente de sexta a domingo
Local: Salão Paroquial da Igreja Matriz de Carlos Barbosa
Horários: ssextas-feiras, das 14h às 23h; sábados, das 11h às 23h e domingos, das 10h às 17h

Ingressos: sextas-feiras e sábados, crianças de 8 a 12 anos pagam R$ 80 e, a partir de 13 anos, R$ 195. Aos domingos, de 8 a 12 anos pagam R$ 80 e, a partir de 13 anos, R$ 175. Crianças com menos de 8 anos têm entrada gratuita. Área Vip custa R$ 380 por pessoa em qualquer dia de evento. (Zero Hora)


Receita Estadual alerta para as alterações decorrentes da exclusão da Substituição Tributária a partir desta sexta (1º/7)

Medida implementada pela Receita Estadual atendeu demanda de diversos setores econômicos gaúchos

Conforme anunciado, atendendo a demanda dos setores econômicos e baseado em estudos econômico-tributários, a Receita Estadual está excluindo da Substituição Tributária (ST) as operações envolvendo oito grupos de mercadorias. A medida constou no Decreto Nº 56.541, publicado no Diário Oficial do Estado do dia 9 de junho, e é válida a partir desta sexta-feira, 1º de julho de 2022.

Em função da alteração, a Receita Estadual destaca a importância de as empresas estarem atentas às alterações decorrentes da mudança. Para tanto, é fundamental que os contribuintes abrangidos adaptem os respectivos cadastros das mercadorias que a partir de 1º de julho de 2022 não serão mais submetidas à sistemática da ST, bem como seus sistemas de autorização de Nota Fiscal e de Escrituração Fiscal.

Sobre os impactos na NF-e/NFC-e e na GIA
As mercadorias abrangidas, a partir de 1º de julho de 2022, passam ser submetidas à sistemática tradicional de tributação (“débito x crédito” para o contribuinte da categoria Geral ou débito pela sistemática do Simples Nacional). Ou seja, na saída, mesmo que do contribuinte varejista a consumidor final, deverá haver o correto cálculo do imposto, pela determinação da base de cálculo de incidência do ICMS, a aplicação da correta alíquota interna, incluindo o Ampara, se for o caso, resultando no destaque do ICMS devido.

Naturalmente, o CST 60 (ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária) não deve mais ser utilizado na saída das mercadorias impactadas pela medida. Em função disso, a tag cBenef da NF-e/NFC-e, também não irá mais refletir a retenção prévia do ICMS. Por fim, o lançamento na GIA não estará mais vinculado a código da coluna “Outras”.

Setores e grupos de produtos abrangidos:

1. Aparelhos celulares e cartões inteligentes (Lv. III, Tít. III, Cap. II, Seção XXVII e Ap.II, S. III, XVIII);

2. Artigos de papelaria (Lv. III, art. 10, XVII, art. 35, "caput", nota 02, "q"; Tít. III, Cap. II, Seção XLII; Ap. II, S. III, XXXIII e Ap. III, S.II, VIII, "a", 14);

3. Produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos (Lv. III, art. 10, XIX, art.35, "caput", nota 02, "s"; Tít. III, Cap. II, Seção XLIV; Ap. II, S. III, XXXV e Ap. III, S.II, VIII, "a", 16);

4. Artefatos de uso doméstico (Lv. III, art. 10, XV, art. 35, "caput", nota 02, "o"; Tít. III, Cap. II, Seção XL; Ap. II, S. III, XXXI e Ap. III, S.II, VIII, "a", 12);

5. Pneumáticos e câmaras de ar de bicicletas (Lv. III, art. 10, XI, art. 35, "caput", nota 02, "j"; Tít. III, Cap. II, Seção XXXVI; Ap. II, S. III, XXVII e Ap. III, S.II, VIII, "a", 8);

6. Ferramentas (Lv. III, art. 10, VIII, art. 35, "caput", nota 02, "g&"; Tít. III, Cap. II, Seção XXXIII; Ap. II, S. III, XXIV e Ap. III, S.II, VIII, "a", 5);

7. Materiais elétricos (Lv. III, art. 10, IX, art. 35, "caput", nota 02, "h"; Tít. III, Cap. II, Seção XXXIV; Ap. II, S. III, XXV e Ap. III, S.II, VIII, "a", 6); e

8. Máquinas e aparelhos mecânicos, elétricos, eletromecânicos e automáticos (Lv. III, art. 10, XX, art. 35, "caput", nota 02, "t"; Tít. III, Cap. II, Seção XLV; Ap. II, S. III, XXXVI e Ap. III, S.II, VIII, "a", 17). (SEFAZ)

 

 

BOVINOCULTURA DE LEITE: Informativo Conjuntural da Emater/RS

A recorrência de precipitações e a manutenção do ambiente com excesso de umidade dificultam o manejo dos rebanhos leiteiros e tornam mais árdua a condução da atividade. O aspecto favorável é a tendência de nova recomposição do preço para o leite entregue em junho, com elevação no valor pago ao produtor, podendo aliviar o balanço entre custos e renda inerentes à produção, que, segundo os produtores, é um dos limitadores da atividade.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, os produtores de Alegrete relatam impacto na produtividade das matrizes devido à redução na oferta de forragem e das reservas limitadas de silagem. Foi priorizado o acesso às pastagens para as fêmeas em lactação. Na Campanha, ainda são notados efeitos do vazio forrageiro onde houve atraso na implantação das pastagens de aveia e azevém.

Na de Caxias do Sul, a situação do vazio forrageiro se agravou, e onde a alimentação é baseada em pastagens houve redução na produtividade ou tiveram que suplementar com silagem e ração proteica. Isso impactou negativamente no custo de produção.

Na regional de Ijuí, a produção de leite apresentou uma curva de crescimento do volume coletado em relação às semanas anteriores, mas dentro da normalidade para o período do ano, quando a oferta de alimentos, em especial das forrageiras de inverno, é mais abundante, além de ser uma época de concentração de partos, conforme planejado pelos produtores.

Na de Passo Fundo, a manutenção do excesso de umidade nos solos e a menor oferta das pastagens anuais de inverno fizeram com que os animais permanecessem por mais tempo na sala de alimentação, em locais de contenção ou em pastagens perenes e potreiros, exigindo a complementação e o ajuste das dietas para a manutenção dos níveis de produção e, assim, impactando na elevação dos custos de produção.

Na regional de Santa Rosa, a produção de leite diária apresentou uma pequena elevação em comparação com a semana anterior. Foram produzidos 1,726 milhão de litros por dia na região, mantendo a tendência de aumento na produção. (Emater/RS)


Jogo Rápido 

PREVISÃO METEOROLÓGICA: Os próximos sete dias terão pouca chuva na maior parte do RS
Na quinta (30/8) e sexta-feira (01/7), a presença de uma massa de ar seco e frio manterá o tempo firme, com temperaturas baixas e possibilidade de geadas, principalmente no Planalto, Serra do Nordeste e nos Campos de Cima da Serra. No sábado (02/7) e domingo (03/7), o deslocamento de uma frente fria vai provocar chuva na maioria das regiões. Entre a segunda (04) e terça-feira (05), a presença de uma área de baixa pressão vai manter a umidade e a chuva na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul, enquanto as demais regiões permanecerão com tempo seco e temperaturas amenas. pancadas de chuva na maioria das regiões. Na quarta-feira (06), a propagação de uma nova frente fria vai provocar chuva em todo Estado. Os totais de precipitação esperados são baixos e inferiores a 10 mm na maioria dos municípios do Estado. Na Campanha e Zona Sul os valores oscilarão entre 30 e 50 mm e poderão superar 60 mm em alguns municípios. Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. Clique aqui e acesse o Boletim Integrado Agrometeorológico 25/2022. (SEAPDR)

 
 
 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 30 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.693


Argentina: rebanho leiteiro perdeu mais de 30% das vacas nos últimos 15 anos
 
Em 2006 e 2007 o rebanho leiteiro argentino tinha 2,15 milhões de animais. Depois veio a seca de 2008/09, as múltiplas intervenções do kirchnerismo (filosofia política atribuída a Néstor Kirchner e sua esposa Cristina Fernández de Kirchner, ambos ex-presidentes da Argentina) no mercado interno e nas exportações de lácteos e o desastre econômico geral em que o país está preso desde pelo menos 2011 até aqui.
 
Ao longo dos últimos 15 anos, esse conjunto de condicionantes gerou diversos períodos de perdas econômicas e desestimulou investimentos entre produtores que possuem menor escala ou produtividade de suas fazendas leiteiras. É por isso que em 2021 o rebanho de vacas leiteiras somou apenas 1,5 milhão de animais.
 
O que aconteceu com aquelas vacas? Isso acontece toda vez que atingem sua vida útil como produtoras de leite e são encaminhadas ao abatedouro para descarte. Os argentinos as comeram. Muitas delas também acabaram no mercado de exportação da chamada vaca velha para a China, um negócio que aumentou significativamente de 2018 até hoje.
 
O número de vacas é fundamental para a possibilidade de crescimento da produção e do rebanho futuro. As medições feitas por analistas como Marcos Snyder mostram que o aumento da oferta de leite é muito maior e mais rápido pela incorporação de animais do que pela melhoria produtiva dos animais ordenhados.
 
A Argentina tem caminhado nos últimos 15 anos na direção oposta. Eles têm vacas mais produtivas, mas muito menos quantidade e é por isso que a oferta de leite não dá o salto que deveria.
 
Essa queda no número de vacas foi ainda mais intensa do que a perda no número total de fazendas leiteiras. Há 15 anos eram 11.500 unidades de produção e no ano passado eram 10.070. A queda foi de 12%.
 
Mas quando a atividade dos estabelecimentos leiteiros é segmentada por porte, observa-se que continua ocorrendo um intenso processo de concentração, o que implica a saída dos menores produtores e o aumento das unidades maiores e mais tecnológicas.
 
A esse respeito, destaca o relatório da OCLA: “Pode-se verificar que as 360 fazendas leiteiras do estrato com mais de 10.000 litros de produção diária produziram uma média de 18.408 litros por dia durante o mês de maio. Eles representam 3,6% do total de fazendas leiteiras e contribuem com 22,9% da produção total. Isso é quase 28% a mais do que o leite fornecido pelas 5.400 fazendas leiteiras de menos de 2.000 litros por dia, e que são 53,6% do total de fazendas leiteiras, que representam 17,9% da produção nacional”.
 
O relatório, por sua vez, indica que entre 2010 e 2021 as pequenas propriedades leiteiras que produzem menos de 2.000 litros reduziram sua participação na produção nacional em 34%, enquanto as grandes, que oferecem mais de 10.000 litros por dia, multiplicaram sua participação na oferta total por 4. (As informações são do Bichos de Campo)


Linhas de crédito do Plano Safra auxiliam no fomento da sustentabilidade agrícola brasileira, diz CBI
 
Certificadora de títulos verdes avaliou as principais linhas de financiamento oferecidas e o alinhamento destas à taxonomia verde da Climate Bonds Initiative
 
Uma análise da Climate Bonds Initiative (CBI) mostrou que aproximadamente R$ 9 bilhões, ou seja, 69% das linhas classificadas como linhas de apoio à agricultura de baixa emissão de carbono e linhas de apoio às práticas sustentáveis, tomadas dentro do Plano Safra 2020/2021, estão alinhadas com os critérios de elegibilidade da certificadora, indicando parâmetros de adicionalidade compatíveis com uma economia de baixo carbono. Outras linhas analisadas foram classificadas pela CBI como parcialmente alinhadas à taxonomia da CBI e não foi identificada linha completamente desalinhada com a taxonomia da CBI.
 
A CBI firmou um Memorando de Entendimento com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para analisar a destinação de recursos de algumas linhas de crédito oferecidas pelo Plano Safra e o alinhamento destas à taxonomia verde da CBI. O documento foi assinado em 2019 e renovado este ano, visando apoiar o desenvolvimento de políticas públicas de incentivo aos empreendimentos agrícolas que adotam práticas sustentáveis e processos produtivos.
 
Segundo avaliação da CBI, a maior parte das linhas apontadas pelo estudo da Secretaria de Política Agrícola “A Contribuição do Plano Safra para o Fortalecimento de Sistemas Produtivos Ambientalmente Sustentáveis” estão integralmente alinhadas à taxonomia da CBI, favorecendo o crescimento da agricultura com bases sustentáveis, gerando benefícios, como o aumento da produtividade (efeito poupa-terra), redução de emissão de gases estufa, prevenção e recuperação de perdas na produção agropecuária, racionalização do uso dos recursos naturais e de insumos, recuperação e conservação dos solos, tratamento de dejetos e resíduos da agricultura, reflorestamento, recomposição de áreas de vegetação nativa, redução do desmatamento, adequação das propriedades à legislação ambiental e geração de energia limpa nas propriedades.
 
A CBI tem expertise no desenvolvimento de padrões, políticas e estruturas de certificação de títulos climáticos, sendo a única certificadora de títulos verdes no mundo. Criada em 2013, a taxonomia da CBI é uma ferramenta cujo principal objetivo é orientar os agentes na identificação de projetos e ativos que contribuam para uma economia de baixo carbono alinhados com as metas do Acordo de Paris e da limitação ao aumento das emissões de gases de efeito estufa a 1,5 graus Celsius até o final do século.
 
O alinhamento dos parâmetros de sustentabilidade dessas linhas em consonância com a taxonomia da CBI demostra a relevância do Plano Safra para o crescimento da produção agropecuária e para adoção e disseminação das tecnologias sustentáveis no Brasil.
 
Estudo
No ano passado, a Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Mapa elaborou o estudo “A Contribuição do Plano Safra para o Fortalecimento de Sistemas Produtivos Ambientalmente Sustentáveis”. No levantamento, foi analisado quais as linhas de financiamento e qual o montante de recursos que foram tomados pelos produtores rurais e por elos das cadeias produtivas do setor que contribuíram para a adoção de tecnologias sustentáveis, fundamentais para o constante aumento da produtividade, redução do custo da alimentação e conservação ambiental.
 
Foram identificados como mais sustentáveis o Programa ABC (Programa de Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura), Pronaf Floresta (Crédito de Investimento para Sistemas Agroflorestais), Pronaf Agroecologia (Crédito de Investimento para Agroecologia), Pronaf Bioeconomia (Crédito de Investimento em Sistemas de Exploração Extrativistas de Produtos da Sociobiodiversidade, Energia Renovável e Sustentabilidade Ambiental), Pronaf Semiárido (Crédito de Investimento para Convivência com o Semiárido), Proirriga (Programa de Financiamento à Agricultura Irrigada e ao Cultivo Protegido), Moderagro (Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais), Moderfrota (Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras), Inovagro (Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária), PCA (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns) e Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira).  (MAPA)

Plano Safra vai ter R$ 340,88 bilhões
O governo federal anunciou, ontem, o novo Plano Safra para o período 2022/2023. Com R$ 340,88 bilhões para o financiamento do setor agropecuário, os recursos são 36% superiores aos recursos do ciclo passado.
 
- É o plano mais robusto da história - definiu Guilherme Bastos Filho, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, ao afirmar que o desenho do programa foi um trabalho intenso entre equipes.
 
O lançamento do programa foi realizado no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Jair Bolsonaro, dos ministros Paulo Guedes, da Economia, e Marcos Montes, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e do presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, entre outras autoridades.
 
O montante total prevê R$ 246,28 bilhões para custeio e comercialização e R$ 94,60 bilhões para investimentos. O volume dos juros controlados será de R$ 195,70 bilhões. O percentual é 18% superior ao do ano passado.
 
A agricultura familiar, por meio do Pronaf, terá R$ 53,61 bilhões - também o maior volume da história. O incremento é de 36% sobre os valores de 2021/2022. Os juros, antes de 3% e 4,5% ao ano, foram elevados para 5% e 6% ao ano.
 
Os médios produtores, via Pronamp, contarão com R$ 43,75 bilhões, com juros de 8% ao ano, também superiores aos 5,5% ao ano do ciclo passado. Já os demais produtores contam com R$ 243,52 bilhões e taxas de 12% ao ano - ante 7,5% ao ano no último Plano Safra.
 
Ao apresentar as cifras, Bastos destacou que os juros aplicados no plano são todos abaixo da taxa básica da economia, a Selic, que serve de referência para o crédito.
 
Definida às vésperas da virada do novo ano safra, que tem início amanhã, a costura do programa lançado ontem foi marcada por incertezas, principalmente em relação à capacidade orçamentária para garantir o volume de recursos aportados. O aumento da Selic também pesou na definição. O ciclo 2021/2022 chegou a ter linhas suspensas devido ao esgotamento de recursos.
 
O ministro da Agricultura destacou que o montante é adequado ao momento em que o setor enfrenta altos custos de produção e dificuldades de abastecimento por produtos que vêm do Exterior. (Zero Hora)

                                         


Jogo Rápido 

Desemprego recua a 9,8% em maio e tem menor taxa para o trimestre desde 2015, diz IBGE
 A taxa de desemprego no Brasil manteve a trajetória de queda registrada nos últimos meses e caiu para 9,8% no trimestre finalizado em maio de 2022, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo diante do recuo, o percentual ainda representa que 10,6 milhões de profissionais estão fora da força de trabalho, um recuo de 11,5% ante o trimestre anterior, ou 1,4 milhão de pessoas a menos no grupo de desempregados no país. No ano, a queda do desemprego é 30,2%, menos 4,6 milhões de pessoas desocupadas. De acordo com os dados apresentados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), o número de pessoas ocupadas, de 97,5 milhões, é o maior da série histórica, iniciada em 2012, e mostrou alta de 2,4% na comparação com o trimestre anterior e de 10,6% na comparação anual. Isso equivale a um aumento de 2,3 milhão de pessoas no trimestre e de 9,4 milhões de ocupados no ano. Para a coordenadora de pesquisas por amostra de domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, houve um crescimento expressivo e não isolado da população ocupada no trimestre encerrado em maio. "Trata-se de um processo de recuperação das perdas que ocorreram em 2020, com gradativa recuperação ao longo de 2021. No início de 2022, houve uma certa estabilidade da população ocupada, que retoma agora sua expansão em diversas atividades econômicas", avalia ela. A pesquisadora ressalta ainda que os aumentos da ocupação vêm ocorrendo em diversas formas de inserção do trabalhador, tanto entre os informais quanto entre os com carteira de trabalho. "O contingente de trabalhadores com carteira vêm apresentando uma recuperação bem interessante, já recompondo o nível pré-pandemia", diz Adriana. Os dados mostram que, a partir do quarto trimestre de 2021, começou a se observar um processo de recuperação da população ocupada em atividades como construção, indústria, agricultura e serviços relacionados à tecnologia da informação e comunicação e serviços financeiros. (Correio do Povo)
 

 
 
 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 29 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.692


Curso promove capacitação de técnicos para análise de laudos de leite

Com o objetivo de auxiliar na capacitação de profissionais para a realização de interpretações de laudos de leite, o Funcap, a APL Fronteira Noroeste e o Projeto Suport D Leite, com o apoio da Amufron e do Sindicato da Indústria de Laticínios do (Sindilat/RS), promovem curso nesta quinta-feira (30/6). O evento, que visa contribuir com ajustes no manejo nas propriedades e com a qualificação do leite, ocorrerá na Unijuí Santa Rosa (Bloco A – 316) a partir das 8h.

 As palestras serão voltadas para técnicos do setor (médicos veterinários, agrônomos, zootecnistas e secretários de agricultura) e abordarão diversos temas como amostragens e suas implicações nos resultados, análises de dieta, análises de doenças, mastite e manejo de ordenhas. As apresentações serão comandadas pela médica veterinária e professora da Unijuí, Denize fraga, e pela bióloga Tadine Secco. 

Denize destaca que o evento permitirá o debate entre os profissionais e a qualificação para futuras ações em relação à qualidade do leite. “Ele busca permitir uma qualificação em relação a interpretação de laudos de análises de leite com vistas a ajustes de manejo”, acrescenta. O encontro, segundo ela, terá como principais pontos abordados as análises de composição, contagem de células somáticas, cultura microbiológica, contagem bacteriana, leite instável não ácido e nitrogênio ureico, revelando as inter-relações entre estes resultados e suas implicações nos manejos empregados nas propriedades. O Sindilat/RS disponibilizará os produtos para os dois milk breaks que ocorrerão durante o dia.

 Confira a programação completa:

- Abertura do evento às 8h
- Palestra técnica com a professora Denize Fraga e a mestre Tadine Secco
- Milk break
- Palestra técnica com a professora Denize Fraga
- Intervalo para almoço
- Palestra técnica com a professora Denize Fraga
- Milk break com discussão dos temas abordados no dia
- Encerramento às 17h30min
 
As informações são da Assessoria de Imprensa do Sindilat/RS


 

Logística - Fluxo do comércio impacta na disponibilidade de produtos lácteos

Produção/UE – Os efeitos combinados da redução da produção de leite e do aperto comercial impactam na disponibilidade de produtos lácteos no primeiro trimestre de 2022 tanto no Reino Unido (RU), como na União Europeia (UE-27).

No RU, a captação de leite vem em queda na comparação anual, desde agosto de 2021, e nos primeiros três meses de 2022 caiu 1,9% em relação ao primeiro trimestre de 2021. O teor de gordura e proteína também caiu, e a perda foi de 2,4% no mesmo período, em relação ao ano anterior.

Para a manteiga, a combinação da baixa produção com o aumento do comércio líquido (exportações-importações) resultou na menor disponibilidade do produto em comparação com a mesma época do ano passado. Já a oferta de queijo encontra-se no mesmo nível do ano passado, com uma disponibilidade ligeiramente maior no primeiro trimestre.

Os leites em pó, de um modo geral tiveram sua disponibilidade em queda, devido à baixa produção e pequena variação no comércio. Embora o saldo das importações e exportações não tenha mudado na comparação com o primeiro trimestre de 2021, a disponibilidade de ambos é menor do que as verificadas um ano antes. Normalmente o RU tem superávit na balança comercial de leite em pó, tanto integral como desnatado.

Então é provável que as dificuldades de embarcar os produtos – em decorrência do aumento dos procedimentos administrativos depois do Brexit – ou a falta de contêineres tenha dificultado as exportações.

A oferta de produtos na UE-27 mostra um quadro semelhante para a manteiga, mas queda na disponibilidade de queijo. Para manteiga e queijo, a principal causa para o aperto na disponibilidade dos produtos no continente parece ser os baixos níveis de produção, já que não houve alteração na balança comercial de um ano para outro.

A disponibilidade de leite em pó na UE foi maior no primeiro trimestre, na comparação anual. Isso foi decorrente da combinação do baixo volume de produção (em relação ao ano passado) mas, uma queda relativamente grande das exportações.

   

Fonte: AHDB – Tradução livre: www.terraviva.com.br

Cadeia leiteira: Cerca de 330 pessoas participam de reunião-almoço com presidente da Languiru

No dia 23 de junho ocorreu nova edição de reunião-almoço da Languiru com o quadro social. Realizado na Associação dos Funcionários, em Teutônia, o encontro reuniu associados da cadeia leiteira e contou com a participação de aproximadamente 330 pessoas, inclusive produtores vindos de outras regiões do Estado onde a Languiru atua.
O evento foi conduzido pelo presidente Dirceu Bayer, que apresentou números e investimentos, e falou do bom momento para a produção leiteira. “Já vínhamos projetando que esse seria o ano do leite, e a lei da oferta e da procura nos mostra o cenário favorável para a cadeia produtiva. Fazemos o possível para atender as necessidades dos nossos produtores, nos diferentes segmentos, isso é a essência do cooperativismo colocada em prática pela Languiru”, disse, destacando a transparência e o contato direto com o quadro social. “O segmento leite conta com o maior número de associados, e a expressiva participação neste evento demonstra o apoio à Languiru.”

Investimentos
O presidente comentou sobre a ampliação e diversificação do mix de produtos, especialmente no segmento das carnes; falou do projeto de construção da queijaria junto à Indústria de Laticínios, em Teutônia; da instalação de Agrocenter em Rio Pardo e de supermercado e Agrocenter em Westfália. “Precisamos evoluir e esses investimentos são importantes para superarmos o momento adverso. É preciso acompanhar as evoluções impostas pelo mercado consumidor”, exemplificou, projetando o retorno desses investimentos já em 2022 e, principalmente, no exercício de 2023.

Pró-Leite
O gerente de fomento do Setor de Leite, Mauro Aschebrock, detalhou benefícios financeiros oportunizados pelo Programa Pró-Leite, iniciativa da Cooperativa que bonifica o produtor a partir de diferentes critérios. “A Languiru paga para que o produtor rural cresça, oportuniza assistência técnica e incentiva o aumento da produção. Todo aumento de produtividade gera volume para a Indústria de Laticínios e, consequentemente, ganhos ao produtor. É uma maneira de profissionalizar a produção leiteira, com um programa de incentivo flexível que recebe melhorias a partir de sugestões e novas oportunidades do segmento”, frisou, alertando para o risco de drástica redução dos volumes de produção a nível mundial em virtude dos altos custos.
Bayer valorizou o espaço democrático para colocações dos associados. “A Languiru está aberta às opiniões dos seus associados e essas reuniões-almoço terão continuidade com os diferentes segmentos produtivos. No caso do Pró-Leite, por exemplo, ouvindo o associado qualificamos ainda mais o programa, juntos criamos novas possibilidades.”

Apoio do quadro social
O associado Roberto de Oliveira, com propriedade em Linha São Jacó, município de Estrela, parabenizou a Languiru pelas reuniões com o quadro social. “É uma forma de valorizar quem está aqui, a fidelidade desses produtores, ao mesmo tempo em que o associado conhece mais sobre a sua Cooperativa. Muitas vezes o produtor só observa o preço e não olha todos os benefícios como associado. Vamos valorizar esse trabalho, comprar as ideias da nossa Cooperativa e trazer sugestões.”

O representante da associada Lácteos Vacaria, Eusébio Körbes, enalteceu o trabalho da Cooperativa e seus produtores. “A demanda por leite está aquecida e precisamos todos fazer o ‘dever de casa’, com boas perspectivas para o produtor de leite. Devemos auxiliar com produtividade e qualidade, o que permite que o produto final do leite Languiru também seja diferenciado. Isso agrega de todos os lados e vamos subindo juntos.”

Com propriedade em São João do Bom Retiro, município de Estrela, o associado José Adão Braun parabenizou a Languiru pela valorização do quadro social, mencionando os benefícios do Pró-Leite. “É algo que vem ao encontro das necessidades do produtor. Vale a pena ser cooperativado, vale a pena pertencer ao quadro de uma Cooperativa séria como a Languiru. Na hora em que a dificuldade cresce, ela nos abraça, e isso fica evidente mais uma vez.”

As informações são da Languiru

Jogo Rápido 

ANTT reajusta tabela de preços do frete rodoviário
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) atualizou sua tabela de preços mínimos de frete rodoviário. Na nova relação, publicada no último dia 24, o reajuste médio ficou entre 7,06% e 8,99%.O valor do frete depende de itens como número de eixos, distância do deslocamento e tipo de operação. A atualização da tabela ocorreu porque o preço médio do óleo diesel praticado nos postos subiu mais de 5%, o que dispara o gatilho do reajuste. Segundo atualização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio do diesel S10 na última semana, de R$ 7,678 por litro, subiu 13,73% em relação à semana anterior. (Valor Econômico)
 

 
 
 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 28 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.691


La Niña enfraquece mas vai avançar até o verão de 2023

Período de enfraquecimento será observado entre julho e setembro, mas, posteriormente, o resfriamento do Pacífico se intensificará novamente

A anomalia negativa da temperatura do oceano Pacífico equatorial diminuiu de -1 °C em meados de maio para -0,5 °C atualmente, indicando que o fenômeno La Niña está em um breve período de enfraquecimento. De acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), esse período de enfraquecimento será observado entre julho e setembro, mas, posteriormente, o resfriamento do Pacífico se intensificará novamente, completando o terceiro ano seguido sob La Niña.

Do ponto de vista prático, mesmo sob La Niña, há registro de chuva forte na região Sul desde março. Isso aconteceu pela formação de bloqueios atmosféricos e gradientes de temperatura mais favoráveis no oceano Atlântico.

De acordo com a previsão probabilística da Universidade de Colúmbia, a chuva forte prosseguirá entre junho e agosto, porém mais ao sul, na Metade Sul do Rio Grande do Sul, além do Uruguai e leste da Argentina. Mais ao norte, a chuva fica abaixo da média em Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul.

No leste e norte do Nordeste, há previsão de chuva acima da média, inclusive com tempestades intensas, como as que aconteceram em maio em Pernambuco. A temperatura ficará acima da média no interior das regiões Sul e Sudeste e em boa
parte do Centro-Oeste.

Isso não quer dizer que não há previsão de frio, mas apenas indica que as ondas de frio devem vir de forma mais espaçada no inverno. (Canal Rural)


Leite/América do Sul

O clima de outono traz melhores expectativas em relação ao conforto das vacas, levando ao aumento da produção de leite no Cone Sul da América do Sul. 

Entretanto, existem indicadores de que, a despeito do aumento do preço ao produtor, o volume de leite, na melhor das hipóteses, cresce apenas ligeiramente. Crescem as expectativas em relação à segunda colheita de milho no Brasil, mas os custos logísticos estão aumentando junto com os rendimentos. As expectativas em relação à soja, também melhoraram na Argentina e no Brasil, mas os custos de combustível e fertilizantes continuam subindo.

As cotações do leite em pó desnatado subiram na região, e os estoques estão apertados e estão indo para atender contratos já firmados. Apesar da oferta apertada, a demanda é relatada como estável e os compradores hesitam em comprar mais do que as necessidades imediatas. O preço do leite em pó integral continua inalterado. Mudanças na produção de caseína causaram alguns atrasos nos embarques para os EUA, mas os mercados estão notavelmente firmes na região e globalmente, devido à demanda contínua versus suprimentos apertados. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


 

Piracanjuba divulga Relatório de Sustentabilidade 2021

Piracanjuba - De acordo com pesquisa de reconhecimento de marca, feita pela consultoria Kone Cesário+Gustavo Cesário, com dados coletados pela Netquest, a Piracanjuba obteve percentual de reconhecimento de 97,7% da população brasileira. 

O resultado, obtido em 2021, indica que os produtos são consumidos em milhares de lares, atendendo a demanda de diferentes públicos, com um portfólio variado e bem distribuído. O desenvolvimento das atividades, que vão além das práticas comerciais, envolve esforços em torno do Meio Ambiente, da Responsabilidade Social e da Governança Corporativa. A sustentabilidade é parte indispensável das ações e, para demonstrar isso, a empresa apresenta, pelo segundo ano consecutivo, o Relatório de Sustentabilidade.

O documento relata e presta contas à sociedade e aos públicos interessados sobre sua atuação. Além de importante iniciativa de comunicação e gestão, o documento serve como um modelo de gerenciamento de ações e para criar indicadores referenciais, comparando os resultados dos anos seguintes com os anteriores”, comenta a Gerente de Marketing, Lisiane Campos.

A publicação reúne dados e informações que permitem um maior conhecimento sobre o que a empresa tem angariado nos últimos 66 anos e, em especial, em 2021, um ano que exigiu muito da indústria, devido ao cenário econômico e às necessidades sociais decorrentes dos ciclos da pandemia.

No relatório, além da linha do tempo, portfólio de produtos e unidades de negócios, encontram-se as principais iniciativas de gestão de pessoas, os projetos sociais, as atividades de engajamento com as comunidades, e detalhes sobre os processos e inovações operacionais. Os números apresentados referem-se ao ano fiscal de 2021 e, nos resultados financeiros, os dados são comparados com os anos fiscais anteriores. A empresa também detalha os investimentos em sustentabilidade, que estão conectados com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Clique aqui e acesse o relatório completo. (Piracanjuba)


 

Jogo Rápido 

METEOROLOGIA:  Simagro deve ter 100 torres
Até o final de 2023, a Secretaria da Agricultura (SEAPDR) pretende ter instaladas no Rio Grande do Sul 100 torres de coleta de dados meteorológicos que completarão o Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro). O sistema vem sendo implementado desde 2020 com a instalação de 20 estações, construídas com recursos oriundos do acordo de uma empresa de agrotóxicos responsabilizada no inquérito do Ministério Público sobre agrotóxicos, encerrado em 2019. O meteorologista da SEAPDR, Flávio Varone, adianta que, até o final de julho, mais dez estações serão instaladas no Estado. Outras 20, pertencentes à estrutura da antiga Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), serão recuperadas até o final de 2022, com investimento de R$ 900 mil da secretaria na obra. Além dos 50 pontos de coleta de dados que serão concluídos em 2022, a secretaria já tem R$ 13 milhões para a instalação de mais 50 torres até o final do ano que vem. A verba, destinada pelo Programa Avançar na Agropecuária, será investida em equipamentos e na manutenção destes por 36 meses. "As estações vão auxiliar o produtor com indicadores simples para decisões com base em informações do clima", diz Varone. Os indicadores poderão orientar questões como aplicação de defensivos, nortear projetos de irrigação e apontar pontos de infestação de doenças como a ferrugem asiática.  (Correio do Povo)
 

 
 
 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 27 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.690


Riscos aumentam, mas cenário para o agro até 2032 segue favorável

Elevações das taxas de juros e escalada inflacionária, em meio à invasão russa na Ucrânia, trazem turbulências no curto e médio prazo

Com isso, o Ministério da Agricultura reviu suas projeções para o setor na próxima década, como faz com regularidade, e projetou que a colheita de grãos do Brasil, por exemplo, aumentará 25,4% até a safra 2031/32, para 338,9 milhões de toneladas — para este ciclo 2021/22, as contas indicam 270,2 milhões.
Obviamente, previsões desse tipo não levam em conta eventuais quebras provocadas por problemas climáticos, mas contemplam perspectivas para área plantada e produtividade, calculadas a partir do histórico recente e de investimentos e transformações tecnológicas em curso.

Para a área plantada de grãos, o ministério projeta um incremento de 19,5% até 2031/32, para 87,7 milhões de toneladas — graças sobretudo à conversão de pastagens degradadas em lavouras. A diferença entre os percentuais de aumento do volume e da área é explicada pela produtividade.

Se espera um crescimento de quase 70 milhões de toneladas na colheita anual de grãos do país na próxima década, para a produção de carnes em geral, o ministério calcula um aumento de 6,8 milhões de toneladas. Na temporada 2031/32, serão 35,4 milhões de toneladas, ante as 28,6 milhões estimadas para 2021/22. E se nos grãos o avanço será puxado por algodão em pluma (36%) e soja (32,3%), nas carnes, os destaques deverão ser o frango (27,8%) e os suínos (24,2%).

O cenário traçado também realça que o Brasil manterá seu reinado na produção e na exportações de produtos como café, açúcar e suco de laranja e prevê um novo patamar de produção para algumas das frutas frescas que mais exporta. No caso do melão, por exemplo, a expectativa é de crescimento de 29,8% da produção até 2031/32; no da uva, de 27,6%.

É o que apontam novas projeções do Ministério da Agricultura para grãos e carnes, entre outros produtos. (Valor Econômico)


A agenda ambiental: oportunidades e desafios
 
A preocupação com o meio-ambiente é crescente e pulsante em todo Planeta. A sustentabilidade deixou de ser um futuro distante e nichado, e tornou-se uma realidade crescente e cada vez mais disseminada entre os consumidores.
 
A cadeia de produção de leite é sempre citada quando as pautas são de preservação ambiental, produção sustentável e redução da emissão de gases de efeito-estufa. Inclusive, muitas vezes, colocam em xeque o papel da atividade em prol do meio-ambiente.
 
Por outro lado, o que vemos, tanto no Brasil, quanto no mundo, é um número crescente de fazendas de leite que adotam ao menos uma prática sustentável. Este ano, por exemplo, o levantamento dos 100 maiores produtores de leite do Brasil em 2021, realizado pelo MilkPoint, apontou que todas as propriedades adotam alguma medida de sustentável.
 
Dialogar com agenda ambiental, ser cada vez mais atuante em práticas sustentáveis, entender os desafios e explorar as oportunidades é o caminho para trilhar o futuro de uma cadeia láctea cada vez mais sustentável. Para isso, o Interleite Brasil 2022, trará o painel “A agenda ambiental: oportunidades e desafios,” no dia 04 de agosto. O Interleite Brasil 2022 será sediado pela primeira vez em Goiânia, nos dias 03 e 04 de agosto. Com a correalização do Sistema Faeg/Senar - GO, do Sebrae-GO e do Governo de Goiás e demais apoiadores, o evento chega sua 20ª edição para fazer desta a melhor e maior da história!
 
Com a temática “As mudanças no mercado e as oportunidades para quem quer se preparar,” o Interleite Brasil 2022 abordará o futuro do leite no Brasil, sem se esquecer de analisar o cenário atual da cadeia do leite nacional.
 
Antecedendo o Interleite Brasil, 02 de agosto, também em Goiânia, ocorrerão três eventos paralelos: Jantar dos Top 100, Fórum MilkPoint Mercado e workshops temáticos exclusivos ministrados por especialistas para seletos grupos de participantes. Além disso, o Interleite Brasil 2022, também será transmitido ao vivo em plataforma exclusiva para os participantes, que poderão participar ativamente do evento.Associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) têm 20% de desconto na inscrição dos eventos, clicando aqui. (Milkpoint)

 

Uruguai – Governo devolverá 65 milhões de pesos a 850 produtores de leite

Reembolso/UR – Pela terceira vez, desde 2021, o Governo distribuirá o excedente gerado pelo Fundo de Financiamento e Desenvolvimento Sustentável da Atividade Leiteira, 65 milhões de pesos, a 850 produtores. 

Consultado a respeito pelo Comunicado Presidencial, o subsecretário do Ministério da Pecuária (MGAP), Juan Ignacio Buffa, destacou que toda medida que melhore a situação dos produtores de leite é boa para a cadeia e aumenta a produtividade.

“A terceira devolução, a ser realizada nos próximos dias, chega em um momento importante para o setor lácteo, que atravessou uma crise forte nos últimos 6 anos e que hoje está se recuperando, em virtude da competitividade e melhora na relação de preços. Qualquer coisa que melhore a situação dos produtores de leite é boa para o setor. Não há cadeia se não houver ordenha”, disse Buffa.

Buffa explicou que em 2021, a lei do fundo leiteiro foi modificada para compensar os produtores que nunca haviam tomado o crédito concedido por lei, ou aqueles que, tendo terminado de pagar sua dívida. Então os excedentes começaram a ser devolvidos. Os pagamentos aos produtores são feitos por meio de depósito bancário a cada três meses, disse ele.

Lembrou que o primeiro reembolso foi efetuado em dezembro de 2021 e beneficiou 610 produtores. O segundo, em março de 2022, foi distribuído para 711 agricultores. Juntas, essas três primeiras devoluções totalizam 4 milhões e meio de dólares. (Fonte: INALE – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


 

Jogo Rápido 

Anuário Leite 2022: pecuária leiteira de precisão.
Produzido pela Texto, em parceria com a Embrapa Gado de Leite e o jornalista Nelson Rentero, a edição deste ano conta com 116 páginas e 37 artigos. Os destaques ficam por conta dos avanços em pecuária leiteira de precisão e o novo desafio de reduzir emissões de carbono na produção. Indicadores do atual cenário da pecuária de leite no Brasil e no exterior, além de análises de especialistas sobre temas atuais e tendências para o setor leiteiro também estão presentes no Anuário. Confira mais informações e faça o download em www.embrapa.br/gado-de-leite. (Embrapa e Texto)
 

 
 
 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 24 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.689


Arrecadação de R$165 bi é recorde para maio

Valor chega a R$ 908,5 bi no acumulado de cinco meses do ano e é também o maior resultado na série histórica iniciada em 1995

A arrecadação federal com impostos em maio atingiu o maior valor desde o ano 2000. Com um total de R$ 165,3 bilhões em maio, a arrecadação cresceu 4,13% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Além de impostos, também está dentro desse valor contribuições e outras receitas. O número já desconta a inflação no período e foi apresentado ontem pelo auditor-fiscal Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal. No acumulado de janeiro a maio deste ano as receitas federais somaram R$ 908,5 bilhões, 9,75% a mais na comparação com o mesmo período de 2021. Apesar da alta em vários setores, a arrecadação de impostos caiu na produção industrial, com 0,5% menos em maio frente a igual mês de 2021. O resultado, se comparado à leitura anterior, de abril, registra queda de 15,65% no recolhimento. Entretanto, esta leitura de maio, para o mês, representa o maior valor arrecadado desde o início da série histórica em 1995.

As desonerações concedidas pelo governo resultaram em renúncia fiscal de R$ 39,630 bilhões nos cinco primeiros meses de 2022, valor superior ante igual período do ano passado, quando ficou em R$ 31,753 bilhões. Somente em maio as desonerações totalizaram R$ 10,138 bilhões, também acima do registrado no mesmo mês do ano passado, quando o valor era de R$ 7,271 bilhões. 

Os maiores destaques no recolhimento de impostos foram receitas previdenciárias com
R$ 43,521 bilhões, PIS/Pasep e Cofins com R$ 32,302 bilhões e rendimentos de capital com R$ 5,8 bilhões. No caso do PIS/Pasep, o resultado foi puxado por crescimento nas atividades do comércio e dos serviços, conforme levantamento do IBGE. Houve acréscimos reais de 1,50% no volume de vendas e de 9,40% no volume de serviços em maio de 2022 em relação a maio de 2021, além do bom desempenho da arrecadação no
setor de combustíveis e no comércio varejista. Entretanto, é registrado decréscimo de 10,47% no volume das compensações tributárias.

A Receita Federal informou ainda que os aumentos de preços de alguns produtos como minério, petróleo, combustíveis e chapas de aço influenciaram para cima a arrecadação na parcial deste ano. “Houve recolhimentos atípicos da ordem de R$ 20 bilhões, especialmente por empresas ligadas à exploração de commodities”, destacou o Fisco em comunicado. (Correio do Povo)


Conseleite-Santa Catarina
 
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 24 de Junho de 2022 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Maio de 2022 e a projeção dos valores de referência para o mês de Junho de 2022. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)

 

China: produção de leite cru deve atingir 39,6 milhões de toneladas em 2022

De acordo com um relatório da Rede Global de Informações Agrícolas do Serviço Agrícola Estrangeiro do Departamento de Agricultura dos EUA, a produção de leite cru da China atingirá 39,6 milhões de toneladas em 2022.

De acordo com o relatório, o aumento de 4,5% em relação a 2021 se deve a um rebanho leiteiro maior e maior eficiência. No entanto, a queda no preço do leite cru, os custos mais altos da alimentação e a incerteza do mercado causada pelas políticas da China contra a COVID-19 prejudicarão a produção de leite em 2022.

A distribuição doméstica de leite fluido deve atingir 40,95 milhões de toneladas em 2022, impulsionada pela demanda do consumidor por produtos lácteos nos setores de varejo e processamento de alimentos.

Espera-se que o crescimento das importações diminua para 1,3 milhões de toneladas em 2022 devido aos preços globais mais altos e à concorrência da produção doméstica.

Espera-se também, que a produção de leite em pó integral aumente um pouco para 1,02 milhões de toneladas, à medida que os produtores convertem o leite cru excedente sazonal em leite em pó integral e que o setor de panificação e os fabricantes de bebidas de suplementos alimentares aumentem o consumo para quase 1,9 milhões de toneladas.

Seu uso como ingrediente em fórmulas infantis, no entanto, está diminuindo à medida que a taxa de natalidade declinante do país reduz a demanda por fórmulas infantis. A estimativa de importação para leite em pó integral em 2022 foi reduzida de 849 mil toneladas em 2021 para 820 mil toneladas em 2022.

A produção de leite em pó desnatado é estimada em 24 mil toneladas. Espera-se que a produção permaneça baixa, pois a China não produz creme ou manteiga suficiente para suportar um aumento significativo no leite em pó desnatado.

O consumo doméstico total deverá ser de 423 mil toneladas, uma queda de 5% ano a ano devido a uma maior oferta de leite em pó integral no mercado. Devido à menor demanda do mercado, as importações também são reduzidas para 400 mil toneladas.

À medida que os produtores locais expandem a produção na mesma taxa de 2021, espera-se que a produção de queijo da China atinja 20 mil toneladas em 2022. Devido ao impacto das restrições do COVID-19 da China, os funcionários dos correios reduziram as estimativas de consumo para 190 mil toneladas de 194 mil toneladas em 2021.

O serviço de alimentação é um importante canal para distribuição e consumo de queijo, e os lockdowns de 2022 e restrições contínuas ao serviço de alimentação, inclusive em cidades ricas como Xangai e Shenzhen, prejudicaram o consumo.

De acordo com o relatório, quaisquer lockdowns prolongados resultarão em novas quedas no consumo de queijo e nos gastos com HRI (hotéis, restaurantes e institucional) em 2022. A produção de manteiga da China é estimada em 12 mil toneladas, enquanto as importações são estimadas em 150 mil toneladas, um aumento de 8% em relação a 2021.

A produção doméstica de manteiga é mais cara do que a importada devido aos custos mais altos do leite cru, mas espera-se um crescimento em 2022, impulsionado pela necessidade imediata de manteiga como ingrediente em produtos de valor agregado. Estima-se que os setores de panificação e food service, que dependem de produtos de manteiga importados, consumam 160 mil toneladas de manteiga. Os dados da Alfândega da China são usados para calcular as importações de manteiga. (As informações são do Krishi Jagran, com dados do relatório USDA, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


 

Jogo Rápido 

Umidade, chuva e frio persistem no Estado nos próximos dias 
Na próxima semana, o Rio Grande do Sul vai continuar a lidar com muita umidade, chuva e frio. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 24/2022, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (24/06), a propagação de uma nova frente fria vai provocar chuva em todo o Estado. No sábado (25) e domingo (26), o ingresso de uma massa de ar frio vai provocar o declínio acentuado da temperatura, com grande variação de nuvens e períodos de céu encoberto em todas as regiões. Há possibilidade de chuviscos e garoas nos setores Leste, Nordeste e Norte. Entre segunda (27) e terça-feira (28), o deslocamento de uma área de baixa pressão e de uma frente fria provocarão aumento da nebulosidade e pancadas de chuva na maioria das regiões. Na quarta-feira (29), o ingresso de uma nova massa de ar seco e frio afastará a nebulosidade e provocará o declínio das temperaturas. Os volumes de chuva previstos deverão oscilar entre 20 e 50 mm na maior parte do Estado. Na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul, os valores oscilarão entre 50 e 70 mm na maioria dos municípios. Acompanhe todas as edições do Boletim Integrado Agrometeorológico em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPDR)
 

 
 
 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 23 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.688


Observatório do Consumidor mostra maior interesse dos consumidores por lácteos da cesta básica

Lácteos da cesta básica - Em meio ao cenário da inflação de alimentos, esta edição do Observatório do Consumidor, elaborado pela Embrapa Gado de Leite, mostra que o interesse dos consumidores por lácteos aumentou no primeiro semestre de 2022, mas os produtos da cesta básica estão sendo priorizados.

A quarta edição da Newsletter do Observatório do Consumidor analisa o perfil dos tweets sobre produtos lácteos no primeiro semestre de 2022, que foi marcado por altas taxas de desemprego, guerra na Ucrânia e aumentos significativos da pandemia de COVID-19 no cenário mundial. Nesse estado de insegurança, a demanda não tinha muito espaço para crescer. 

O ano de 2022 começou com um interesse crescente dos usuários do Twitter em laticínios e produtos lácteos. Já em  fevereiro, a pesquisa mostra  que ocorreram 218 mil tweets sobre os produtos lácteos, o maior número de publicações até o momento. A partir da segunda semana de fevereiro, o número de postagens segue uma tendência de queda. Em maio, o número de publicações começou a aumentar novamente. Curiosamente, esse comportamento também ocorreu em 2021, o que sugere o movimento circular ou sazonal da indústria de laticínios. 

A pesquisa também mostra um aumento de 26% de tweets em 2022 em relação a 2021, pressupondo que no primeiro semestre de 2022 possa registrar maior consumo de laticínios do que no primeiro semestre de 2021, pois o conteúdo da maioria das publicações envolvem produtos lácteos.

A análise dos dados do OC mostra que, em particular, os sentimentos expressos nos tweets sobre o leite em 2022 foram positivos, indicando que, em geral, os consumidores têm uma visão positiva dos produtos.

Produtos que apresentaram a maior percentagem de feedback positivo, através deste programa: gelados (82%), queijos (76%) e iogurtes (73%). O menor percentual de tweets com conteúdo positivo  foi  o de bebidas lácteas (46%).

Os que tiveram o maior percentual de postagens com conteúdo negativo foram: leite desnatado (20%), leite (19%) e iogurte (19%).

Comparado ao primeiro semestre de 2021, não há diferença significativa na análise emocional. É interessante notar que o mês de junho é o mais brilhante em ambos os anos com cerca de 80% dos tweets.

Mais falado sobre leite ,de janeiro a junho de 2022, são contabilizados 4.000 tweets sobre leite e laticínios. Assim como ocorreu durante o acompanhamento da OC no Twitter, os produtos mais citados foram: queijo (35,55%), sorvete (24,03%) e manteiga (15,46%). Esses três produtos representam 75% da produção de leite até 2022.

A análise feita da nuvem de palavras também mostra uma tendência de consumo de produtos mais baratos e acessíveis, devido ao constante aumento de preços de alimentos.

Para acessar essas análises e outras realizadas pela pesquisa da Embrapa Gado de Leite, acesse Observatório do Consumidor na íntegra. (CILeite/Embrapa)      


Argentina – La Niña reduz a oferta de pasto e acentua a elevação dos custos

La Niña/AR – A Câmara dos Produtores de Leite da Bacia Oeste de Buenos Aires (Caprolecoba) informou em seu Panorama Lechero mensal, que a falta de chuvas a as sucessivas geadas ocorridas no outono, em decorrência da presença do fenômeno La Niña, está impactando na produção de leite.

“Do ponto de vista da umidade, o outono termina pior do que no começo: com pouquíssimas chuvas no oeste e apenas a esperança de alguns milímetros no final de junho. A terra está seca em cima, e tem uma reserva respeitável de umidade mais embaixo”, diz o boletim.

Acrescentou que houve várias geadas, e que o fenômeno La Niña deverá permanecer até o final do ano, com chuvas entre junho e agosto, de acordo com o prognóstico do Serviço Nacional de Meteorologia, mas em volumes abaixo do normal.

Cai a produção
Segundo a Caprolecoba, em maio o volume de leite começou a crescer, mas o solo seco e as geadas reduziram o volume de leite nas fazendas. 

“O pasto acabou e não teve como fazer a rotação de pastagens. Isto obrigou ao uso antecipado das reservas e concentrados, acentuando a elevação dos custos de produção. A produtividade das vacas por dia caíram e subiram os sólidos”, destacou o boletim

Preços, a esperança
No entanto, o panorama traçado pela Caprolecoba inclui análise otimista: é possível pensar em maior recuperação do preço do leite ao produtor.

“A conversa entre a indústria de laticínios e o Secretário de Comércio Interior estaria dando alguns frutos, para poder flexibilizar com mais lógica a atualização dos “preços controlados”. Isto, junto com a persistência da demanda no mundo, que projeta bons preços para o leite em pó integral (nosso principal produto de exportação), é importante para os produtores argentinos. Porque, explica, em boa medida, a “capacidade de pagamento” que as indústrias teriam para competir pelo leite das fazendas”, diz o documento.  (Fonte: Infocampo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

Cadeia leiteira cobra governo do Estado por falta de competitividade

O valor de referência do leite projetado para o Rio Grande do Sul em junho é de R$ 2,6551 o litro, segundo indicador divulgado pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite).

De acordo com o coordenador do Conseleite, Eugênio Zanetti, a projeção reflete o momento de entressafra do leite no Sul do Brasil e a elevação de custos de produção no campo e na indústria, principalmente em função do reajuste de itens como o óleo diesel, o frete, as embalagens, e do próprio milho utilizado na ração do gado. "Os preços tiveram uma reposição necessária para garantir a rentabilidade da atividade leiteira", ponderou.

O momento, alertou ele, é de estreitar o diálogo com o governo do Estado para tentar encontrar um ponto de equilíbrio. Nos últimos meses, o setor lácteo vem enfrentando perda de competitividade com o impacto tributário do novo Fator de Ajuste de Fruição (FAF), já que Santa Catarina e Paraná não têm esse aumento de carga tributária e ainda possuem fábricas de embalagens acartonadas e embalagens secundárias mais desenvolvidas que o Rio Grande do Sul. Essa perda de competitividade, aliada ao alto custo de produção, tem contribuído para a diminuição do número de produtores e do volume de leite ofertado no campo.

Para o diretor-executivo do Sindilat-RS, Darlan Palharini, o caminho é o diálogo com o Palácio Piratini para que a cadeia dos lácteos retome competitividade perante os outros estados do Sul.

"Temos que mostrar ao governo e à Secretaria da Agricultura (Seapdr) que precisamos fazer uma discussão política e de Estado para que comece a se recuperar a produção. Santa Catarina e Paraná não tiveram redução de produção tão grande quanto aqui. Alguma questão está desequilibrada", afirma ele. "O principal motivo para a redução de rebanhos e produção é a política tributária, por conta de incentivos que outros estados acabam dando aos produtos, seja com uma tarifa elétrica diferenciada, seja por taxas juros investimento diferenciadas", conclui Palharini. (Jornal do Comércio)


 

Jogo Rápido 

Para além da loja física
Já imaginou comprar um trator em um site como o Mercado Livre, por exemplo, tal qual se compra uma televisão? É assim que os produtos da Languiru poderão ser adquiridos a partir de agora. A cooperativa, com sede em Teutônia, no Vale do Taquari, fechou uma parceria com a plataforma de marketplace e e-commerce Campear. Na prática, qualquer pessoa, independentemente de ser associada, pode comprar sementes, fertilizantes, defensivos, medicamentos veterinários, máquinas e implementos agrícolas da cooperativa pelo Campear.com. - Nós queríamos atingir mais pessoas, ampliar o leque de clientes, que, até então, se restringiam às regiões onde estão situadas as nossas lojas - explica o gerente de máquinas e equipamentos da Agrocenter Languiru, Neodi Elias Tischer. A ideia é que a plataforma digital complemente as vendas das lojas físicas. O site fornece informações dos produtos, como fotos, características e valores, e o contato do vendedor para realização da compra. Ainda não há a opção de pagamento via plataforma. Assim como a venda, a entrega é negociada diretamente com o comprador. Atualmente, a Languiru conta com lojas ou seções de Agrocenter em nove municípios no Estado. - A nossa ideia de criar um marketplace voltado somente para o agro surgiu pela necessidade do setor de ter outras formas de comercialização. O produtor rural tinha poucos lugares para fazer pesquisa de preço, por exemplo - justifica Jean Michel Fuchs, um dos sócios da iniciativa. Inaugurada em 2019, a plataforma conta atualmente com mais de 40 empresas. E, fundada há 66 anos, a Languiru é a primeira cooperativa a participar do negócio. (Zero Hora)