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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 03 de agosto de 2022                                                        Ano 16 - N° 3.716


A curiosa história do queijo no Brasil

O historiador João Castanho Dias, no livro “Uma longa e deliciosa viagem”, aponta que a origem do queijo no Brasil remonta a 1532, quando a expedição colonizadora de Martin Afonso de Souza, primeiro donatário do país, chegou trazendo navios com vacas e cabras leiteiras.
 
Segundo Castanho Dias, presume-se que o local mais provável onde teve início a fabricação de queijos no Brasil foi na primeira granja leiteira, composta por 12 vacas africanas vindas do Cabo Verde, pertencente a jesuítas de Salvador, Bahia. Esta informação está em uma carta do Padre Manuel da Nóbrega ao Padre Provincial de Portugal. 
 
O primeiro livro publicado no Brasil sobre a produção de queijos é de autoria do frei José Mariano da Conceição Veloso, datado de 1801, com o título com o título “Fazendeiro do Brasil”. Trata-se de uma enciclopédia com 10 volumes, onde parte do primeiro volume, com o título de Leiteria, aborda queijos e manteiga. Já nesta época, o frei narrava a importância da limpeza das instalações, da construção da leiteria longe das estrumeiras, da ordenha correta das vacas, da feitura do coalho. 
 
No Rio Grande do Sul, aponta o historiador, os queijos foram trazidos provavelmente pelos açorianos que chegaram ao Estado em 1750. “A indústria queijeira...no sul teria mais chances de existir a partir de 1752 quando sessenta casais de ilhéus lusitanos se fixaram de acordo com a política de Portugal... Os ilhéus trataram de amanhar o solo plantando lavouras, criando gado e possivelmente fazendo queijo para o consumo familiar e comércio”. 
 
A primeira queijaria gaúcha, terceira do Brasil, foi fundada em 1904, no Castelo Pedras Altas, em Pelotas. Em 1912, criava-se a Latteria Santa Chiara, posteriormente transformada em Cooperativa Santa Clara, primeira do ramo a fabricar queijos no país e hoje o laticínio mais antigo do Brasil em funcionamento. (Correio do Povo)


Sustentabilidade ambiental: crédito, programas governamentais e casos de sucesso no leite

A sustentabilidade cresce exponencialmente pelo mundo. A preocupação com o meio ambiente, a sociedade e a preservação dos recursos naturais são pulsantes nos “quatros cantos do Planeta.”
Nos diversos setores existe um leque de oportunidades, inclusive no agro e no leite. Desde os manejos aplicados na propriedade, o crédito e os programas governamentais também são uma possibilidade.
É sobre isso que vamos entender melhor no sexto e último painel do MilkPoint Experts Feras da Sustentabilidade, no dia 30/09. Clique aqui para conhecer o time de palestrantes.
 
O MilkPoint Experts Feras da Sustentabilidade é uma oportunidade única! Com uma programação inovadora, exclusiva e aprofundada sobre o tema, discutiremos a sustentabilidade ambiental na pecuária leiteira como jamais abordada antes.

Ao longo de seis encontros semanais online, entre os dias 26/08 e 30/09, traduziremos na prática os conceitos, fazendo do meio ambiente o protagonista de sucesso do negócio das fazendas de leite.
 
Associados do Sindilat/RS têm 30% de desconto na inscrição, clicando aqui. (Milkpoint)

CRMV-RS apresenta o Prêmio Destaque Professor Edison Armando de Franco Nunes
 
O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul (CRMV-RS) tem a honra de apresentar o Prêmio Destaque Professor Edison Armando de Franco Nunes, que será entregue durante a 45ª Expointer, que acontece de 27 de agosto a 04 de setembro, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. 
 
Em sua primeira edição, a distinção busca destacar anualmente os profissionais registrados no CRMV-RS por suas contribuições para o desenvolvimento da Medicina Veterinária e da Zootecnia do País.  
 
O prêmio se destina a médicos veterinários e zootecnistas que tiveram papel importante nos setores público, privado, de ensino e terceiro setor. Também serão reconhecidos profissionais que contribuíram para a ciência da Medicina Veterinária e Zootecnia, nas seguintes categorias: Liderança Empresarial Varejo e Comércio, Liderança Empresarial Indústria, Liderança Empresarial Serviço, Liderança Empresarial Agronegócio, Destaque Órgão Público, Destaque Empreendedor - Personalidade do ano, Destaque Terceiro Setor, Destaque Ensino Medicina Veterinária, Destaque Ensino Zootecnia, Destaque Bem-Estar Animal e Proteção, Destaque Saúde Pública, Destaque Associações, Destaque Pesquisa, Destaque Cultura, Destaque Imprensa. 
 
As indicações deverão ser formalizadas até o dia 05 de agosto de 2022! Para isso, basta acessar o link https://www.crmvrs.gov.br/form_premio.php e preencher o formulário, com a justificativa para a indicação. O edital completo do prêmio pode ser acessado no link https://www.crmvrs.gov.br/PDFs/Premio_2022.pdf . (CRMV)


Jogo Rápido 

Novo secretário assume pasta da Fazenda
O governador Ranolfo Vieira Jr. anunciou ontem a saída do Secretário de Estado da Fazenda do cargo. Marco Aurélio Santos Cardoso, natural do Rio de Janeiro, assumiu a Secretaria da Fazenda (Sefaz) em janeiro de 2019, no início do governo atual, e justificou que, por motivos pessoais e familiares, retornará ao seu estado natal. “Lamentamos a saída do secretário, mas, por outro lado, aceitamos suas colocações de ordem pessoal”, observou Ranolfo. Leonardo Busatto, secretário extraordinário de Parcerias Estratégicas, foi o escolhido pelo governador para substituir Cardoso na Sefaz. Ao menos em um primeiro momento, Busatto deverá acumular os dois cargos. “Despeço-me um pouco antes do previsto, mas são circunstâncias pessoais, que temos que equilibrar com o trabalho. Foi um privilégio ter podido contribuir de alguma forma”, disse Cardoso na despedida. Ele destacou como o mais difícil durante sua gestão ter que informar aos servidores, durante o início do governo, que os salários não seriam pagos em dia. No período em que ele esteve à frente da Secretaria, o RS aderiu ao Regime de Recuperação Fiscal, para pagamento da dívida do Estado com a União, o que Cardoso, juntamente com Ranolfo e Busatto, avaliou como um sucesso. O novo secretário agradeceu o convite para a coordenação da pasta e lembrou que seu pai assumiu a mesma secretaria há mais de 20 anos. “Tenho a honra de receber a Sefaz muitíssimo melhor que no final de 2018, quando saí de lá como auditor. Espero estar à altura de uma casa centenária como essa e concluir esse grande trabalho que o secretário Marco Aurélio fez nestes três anos e meio de gestão”, declarou Busatto. (Correio do Povo)


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 02 de agosto de 2022                                                        Ano 16 - N° 3.715


Qualidade do leite do RS propicia industrialização

A Cooperativa Santa Clara, de Carlos Barbosa, processou entre janeiro e junho deste ano, em torno de 600 toneladas de queijos. De acordo com o diretor da cooperativa, Alexandre Guerra, 31% do leite captado entre os produtores associados são reservados à fabricação de queijos. Guerra explica que 65% da produção da Santa Clara se concentram nos queijos muçarela e prato, os mais consumidos. Mas a cooperativa também investe nos chamados queijos nobres, com períodos de maturação entre três e 12 meses. Nesta linha, produz as variedades de queijo montanhês, parmesão, fontina, gruyère e vaccino romano. 

Alexandre Guerra revela que a cooperativa também adotou a estratégia de porcionamento dos queijos especiais, que podem ser encontrados nas grandes redes de varejo. “Percebemos que a venda de queijos em porções caiu no gosto do consumidor, pois permite a ele um menor desembolso, podendo adquirir peças de diferentes tipos, podendo conhecer outros sabores e apurar o paladar”, comenta o diretor. Para os restaurantes e pizzarias, ele recomenda como alternativa mais viável a aquisição de peças inteiras. 

Egresso da Santa Clara e hoje supervisor de produção da queijaria recém aberta pela Dália Alimentos, o presidente da Associação Gaúcha de Laticinistas e Latícinios (AGL), Amado Mendez Ambrósio, acredita que o interesse do Rio Grande do Sul em produzir queijos vem caminhando junto com a qualificação da produção do leite gaúcho. Para ele, os grandes laticínios, antes dedicados quase que exclusivamente à produção de Leite UHT e leite pó, começaram a enxergar o mercado de queijo como uma alternativa vantajosa, pelo valor agregado que o produto traz e pela própria expectativa de mercado. “Seguramente a qualificação do leite produzido na região sul e a qualificação das próprias empresas estão por trás deste investimento mais recentes nas queijarias”, analisa. 

O dirigente confirma que dos cerca de 12 milhões de litros de leite que o Estado capta por dia, pouco mais de 2 milhões de litros são destinados à produção de queijo, sendo que apenas 10% deste volume é convertido em queijo. O restante, é o soro, que passou a ser um subproduto de luxo na produção. Antes considerado efluente, de difícil descarte, e que gerava custo, o soro passou a ter muitas aplicações na indústrias em decorrência da presença em sua composição de proteínas nobres, entre as quais a lactoalbumina e a lactoglobulina. “Elas são diferentes alternativas para a industrialização e para a exportação. Hoje, temos do soro um aproveitamento que não se tinha antes e, por isso, uma rentabilidade adicional”, ressalta. Conforme Mendez, de cada litro de leite usado na produção de queijo (pago pela indústria ao produtor entre R$ 2,90 e R$ 3,40) resultam entre 800 ml a 900 ml de soro, cujo litro vale entre R$ 0.22 e R$ 0,25. 

Quanto ao consumo, o especialista uruguaio acredita que ele tende a aumentar, mas está sujeito ao determinante do poder aquisitivo. “É um produto cuja venda cresce junto com a disponibilidade de recursos da população de cada lugar”, completa. (Correio do Povo)


GDT - 02/08/2022
 

(Fonte: GDT)
 
 
Câmara aprova urgência para projeto que incentiva a pecuária leiteira
 
A Câmara dos Deputados aprovou, na segunda-feira (1º), um requerimento de urgência para votação do projeto de lei que institui a Política Nacional de Apoio e Incentivo à Pecuária Leiteira. O objetivo da política, de acordo com o texto, é aumentar a produtividade, ampliar o mercado e elevar o padrão de qualidade do leite brasileiro.
 
Com a aprovação do requerimento de urgência, a proposta poderá ser votada diretamente pelo plenário sem precisar passar pelas comissões. Além da produção, o estímulo será voltado para o transporte, a industrialização e a comercialização do produto. Entre as diretrizes da política, está a isenção de PIS/Cofins do milho e da soja usados na produção de ração para bovinos.
 
A proposta voltada a incentiva a pecuária leiteira também prevê, entre outras iniciativas, os seguintes itens:

  • Oferta de linhas de crédito e financiamento;
  • Ações de proteção fitossanitária;
  • Fomento à pesquisa;
  • Desenvolvimento genético.

Incentivo à pecuária leiteira: a quem se destina
Agricultores familiares, pequenos e médios produtores rurais, envolvidos na cadeia produtiva do leite e cooperativas, terão prioridade de acesso ao crédito e financiamento. A proposta estabelece ainda que as empresas de beneficiamento e comércio de laticínios ficarão proibidas de pagar a produtores de leite menos do que o preço médio praticado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
 
De acordo com o projeto de incentivo à pecuária leiteira, o prazo máximo para pagamento ao fornecedor não poderá exceder 15 dias contados do fechamento do mês, com pena de pagamento de multa de 2% por dia excedente. Além disso, as empresas ficam obrigadas a firmar contrato com os produtores para fornecimento e aquisição de leite. O rompimento sem justa causa dos contratos poderá ocorrer mediante comunicado prévio de no mínimo 60 dias. (Canal Rural)


Jogo Rápido 

Proteína de alto valor
Antes descartado como resíduo da produção de queijos, hoje, o soro que resulta deste processo de fabricação é um produto precioso para os laticínios e outros ramos da indústria alimentícia, podendo ser usado como emulsificante, espumante e geleificante. Ele corresponde a 80 ou 90% do volume de leite usado para fazer o queijo, ou seja, de 10 litros de leite, dois são queijo e o restante é o soro, com a vantagem de carregar consigo 55% dos nutrientes do leite. De acordo com a Associação Brasileira das Indústria de Queijo (Abiq), o teor desses nutrientes se deve à presença de carboidratos como a lactose, proteínas e minerais como cálcio, sódio, fósforo e potássio. As proteínas do soro já foram reconhecidas por análises da Organização Mundial de Saúde (OMS). São fonte dos oito aminoácidos essenciais que o corpo humano não é capaz de produzir e dos três aminoácidos de cadeia ramificada (valina, leucina e isoleucina). Além disso, as proteínas do soro possuem propriedades relacionadas às funções fisiológicas, podendo apresentar aplicações na indústria farmacêutica. No ano passado, o Brasil exportou 20,2 mil toneladas de soro de leite, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia. A estimativa da Abiq é de que a indústria de lácteos nacional produza por ano pelo menos 9 milhões de toneladas de soro. (Correio do Povo)


 
 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 01 de agosto de 2022                                                        Ano 16 - N° 3.714


Produção de queijo ganha força em solo gaúcho
 
A Pesquisa de Orçamentos Familiares feita periodicamente pelo Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE) indica que 10% dos laticínios consumidos pelos brasileiros correspondem aos queijos. O mais consumido é o queijo muçarela, principalmente em regiões como Sudeste e Sul, com alta influência da colonização italiana. 
 
Mais recentemente, entretanto, o olhar do brasileiro tem se ampliado para os queijos especiais e até mesmo para um paladar gourmet deste alimento. O consumo per capita nacional ainda está distante daquilo que a indústria considera ideal, mas tem espaço para o crescimento. Em média, conforme a Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (Abiq), o cidadão brasileiro consome de 5 quilos a 5,5 quilos de queijo por ano. Este volume é bem menor do que o apurado em países do Mercosul, como a Argentina, onde chega a 12 quilos, e o Uruguai, onde está entre 7 e 8 quilos. 
 
O diretor de comunicação externa da Lactalis do Brasil, Guilherme Portella, avalia que o paladar nacional começa a despertar para os queijos de alta qualidade e especiais. O grupo é líder na captação de leite no Brasil, com 19 unidades produtivas em oito estados, incluindo o Rio Grande do Sul. A marca principal da Lactalis no Brasil é a francesa Président, tanto nos queijos commodities (muçarela e prato), como em produtos especiais como o camembert, o brie e o holandês maasdam. “Estamos trabalhando para ambientar o brasileiro com novos paladares, porque aqui o queijo mais preferido é o muçarela, ao contrário dos países da Europa, onde o olhar é mais aberto para outros tipos”, comenta Portella.
 
O executivo, que também, é presidente do Sindicato dos Laticínios e Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat), explica que a estratégia para esta “ambientação” está no porcionamento dos queijos diferenciados para serem comercializados nas grandes redes de varejo. “O porcionamento tem permitido ao consumidor o acesso a queijos que em peça inteira são muito caros. São os chamados tamanhos mágicos, em que o consumidor pode adquirir fatias de bons queijos, como o emental, por exemplo, a partir de R$ 15,00”, observa. No Rio Grande do Sul, particularmente, a produção de queijo acordou o interesse da indústria. 
 
A Cooperativa Languiru mantém projeto de estudo para a instalação de uma queijaria ao longo dos exercícios de 2022 e 2023, anexa à unidade industrial de processamento de leite, em Teutônia. O investimento será de mais de R$ 30 milhões, com capacidade inicial de processamento de 200 mil litros/dia, dando origem a queijos tradicionais (muçarela, prato, colonial, requeijão e queijo coalho). A Dália inaugurou no mês de junho, no município de Arroio do Meio, sua unidade de produção de queijos, na qual pode processar até 12 toneladas/dia do alimento, a partir do recebimento de 120 litros de leite. 
 
O secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, reconhece que o interesse pela produção de queijos no Rio Grande do Sul aumentou não apenas na forma de pequenas e médias queijarias, atividade muito arraigada à cultura gaúcha, mas, no interesse de empresas e cooperativas com potencial para produção do alimento em escala. Tradicionalmente, diz o dirigente, a industrialização do leite produzido no Estado esteve voltada para o leite UHT e o leite em pó, ficando a produção de queijo concentrada nas agroindústrias de menor parte. Segundo Palharini, este perfil vem mudando nos últimos 10 anos e, especialmente, nos últimos dois anos, em que se viveu a pandemia. Entre as razões enumeradas pelo secretário executivo para este movimento estão o melhor conhecimento do mercado dos queijos, as vantagens competitivas da atividade e a possibilidade de valorização do produtor. 
 
No que diz respeito ao mercado, Palharini indica que ele é promissor tanto nacional quanto internacionalmente. "Desde os queijos fatiados, como o muçarela, até os especiais, há consumo para absorver a produção dentro do Estado, na venda para o restante do Brasil e para os países nossos vizinhos, Argentina e Uruguai, onde o consumo é maior", analisa. 
 
Darlan Palharini aponta que, na cadeia produtiva do leite, a fabricação de queijo tem benefícios inegáveis, como a possibilidade de melhor remunerar o produtor (o leite usado com este fim tem de apresentar melhor qualidade, com índices de sólidos e gorduras diferenciados, o que torna o produtor candidato à bonificação) e de aproveitamento de um subproduto de grande valor de mercado: o soro do queijo, apto para diversas aplicações, das bebidas lácteas à alimentação animal. 
 
Queijaria mais antiga do Rio Grande do Sul, a Cooperativa Santa Clara, de Carlos Barbosa, com mais de um século de existência, aposta na tendência de crescimento. O diretor da cooperativa, Alexandre Guerra, lembra que a pandemia do Covid-19 consolidou novos hábitos entre os consumidores. “Ele (o consumidor) habituou-se a cozinhar mais em casa, mas está disposto a pratos fáceis de preparar e práticos”, comenta Guerra, ao exemplificar que pesquisa Kantar/Ibope indicou que o consumidor quer investir cerca de 20 minutos na preparação de uma refeição. O levantamento, diz ainda, demonstra que na pandemia o consumo de sanduíches cresceu 34% e isso acabou tornando-se uma rotina, dando espaço para o consumo de queijos fatiados, salames, temper cheese, requeijão e outros ingredientes. (Correio do Povo)


Aumento da renda deve estimular gasto com lácteos
 
Uma projeção que soma dados sobre a evolução da renda dos brasileiros ao comportamento de compra indica que o gasto das famílias com alimentos no país poderá crescer 8% entre 2022 e 2027, chegando R$ 770 bilhões. Paralelamente, o desembolso com produtos lácteos também deverá aumentar, mas em um menor ritmo.

O levantamento do economista Daniel Duque, especialista em renda do Instituto Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (Ibre FGV), elaborado para o Valor, mostra que o gasto com lácteos entre este ano e 2027 poderá subir 5,6%, para R$ 55 bilhões. O gasto com alimentos cresce à medida que o poder de compra aumenta. Segundo a projeção, que usa dados atuais do Fundo Monetário Internacional (FMI), a renda média anual per capita no Brasil em 2022 é de US$ 14,799 mil, quase 1% a mais do que no ano passado. Para 2027, o avanço da renda média pode ser de 5,6%, alcançando US$ 15,634 mil. 

Em geral, a cada ponto porcentual a mais na renda média, há acréscimo de 0,8 ao que já era gasto em alimentação. Hipoteticamente, portanto, se a renda sobe 10%, de R$ 2 mil para R$ 2,2, os gastos com alimentação saem de R$ 500 para R$ 540. O comportamento de compra é um retrato obtido com ajuda da Pesquisa de Orçamento Familiar, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “A projeção sobre a relação de renda e do consumo de alimentos costuma ser estável. O ponto chave é a projeção do PIB per capta. 

Tudo pode acontecer com a renda no Brasil nos próximos anos”, diz Duque. Migração de marcas De acordo com o retrato, a participação do segmento de laticínios nos desembolsos com alimentos no período pode cair de 7,24% para 7,13%. Vale dizer que o levantamento considera constante de preços, com base de 2022, e portanto retrata avanço de poder de compra, que pode resultar em aumento de volume de produtos ou mudança de qualidade - migração de marcas. Diante do horizonte nublado para a renda, os laticínios têm uma série de desafios ao longo dos próximos anos. Essas empresas trabalham de olho no potencial do consumo de leite per capita, mesmo que os avanços tenham sido fracos na última década - e com um cenário de inflação atual que esfria o consumo. O brasileiro consome cerca de 172 litros de leite por ano, indica pesquisa recente do Departamento de Agronegócio da Fiesp, volume ainda bem inferior ao absorvido no mercado americano, de 327 litros a cada ano. Na Europa, são 233 litros ao ano e, na Argentina, 265 litros. 

Grandes indústrias, como o Laticínio Bela Vista, dono da marca Piracanjuba, líder em captação de leite no país, estão mantendo as estratégias de olho em médio e longo prazos. Entre as apostas da companhia estão os queijos, bebidas proteicas e itens de nutrição infantil. Uma nova fábrica em construção no Paraná vai possibilitar que a companhia leve os queijos da marca a regiões onde a comercialização do item é ainda incipiente, como o mercado paulista por exemplo, diz Lisiane Campos, gerente de marketing da Bela Vista. 

A nova unidade deverá ficar pronta em 2024. Por ora, os queijos Piracanjuba são vendidos em regiões do Centro Oeste, a partir da fábrica de Bela Vista de Goiás (GO). “Não temos condições ainda de expandir a atuação porque esses produtos exigem logística refrigerada”, explica. A intenção é atender o mercado nacional. Como o leite líquido é commodity, a Piracanjuba, com receita de R$ 6,4 bilhões em 2021, vem diversificando bastante nos últimos anos para ganhar espaço e valor agregado. Nesse segmento, quanto mais variado for o portfólio que agrade o consumidor, melhor. Em meio ao extenso portfólio setorial, os queijos são aposta já citada por outras companhias porque vêm ganhando fôlego, apesar dos preços. Trata-se do derivado que, na década passada, mais ampliou sua participação no volume de derivadosproduzido pela indústria e no valor faturado por esse elo da cadeia com as categorias de lácteos. Segundo a pesquisa da Fiesp, em volume, a participação de queijos cresceu de 27,8%, em 2010, para 38,7% em 2019, enquanto em valor saiu de 21% para 27%. A Abiq, que reúne as indústrias do setor, já projetou que o consumo per capita pode sair de 6 quilos para 7,5 quilos em dez anos. (Valor Econômico)

Festiqueijo termina com público histórico de mais de 100 mil visitantes, em Carlos Barbosa

A 31ª edição do Festiqueijo chegou ao fim neste domingo (31), em Carlos Barbosa, com números históricos. Realizada nos cinco finais de semana de julho, a festividade atraiu mais de 100 mil pessoas — um recorde. Do público, mais de 32 mil foram pagantes, em que aproveitaram o cardápio do Salão Paroquial da Igreja Matriz, e outros 70 mil passaram pela Vila das Etnias, novidade desta edição, com entrada gratuita. 
 
— Este foi o Festiqueijo dos reencontros e da inovação. Conseguimos levar o Festiqueijo para a rua com a realização de atrações paralelas gratuitas, o que trouxe um público ainda maior para a cidade — comemora o presidente do festival, Cláudio Chies. 
 
O evento também conseguiu números históricos no consumo. Além de 5,1 mil quilos de queijo, os visitantes que passaram pelo Salão Paroquial da Igreja Matriz de Carlos Barbosa consumiram 2,1 mil quilos de galeto, 631 quilos de salsichão e 35 mil pastéis, além de mais de 34 mil garrafas de espumantes e 12,5 mil garrafas de vinhos. 
 
 — Nós superamos muito a previsão. Foi além da nossa expectativa. Ultrapassamos muito a previsão de consumo — conta o secretário municipal de Desenvolvimento Turístico, Indústria e Comércio de Carlos Barbosa, Fabio Rogerio Basso.
 
Um destaque da edição de 2022 foram as excursões. O festival da Serra recebeu mais de 300 grupos de turistas de outras regiões do Rio Grande do Sul, além de estados como Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
 
O 31º Festiqueijo contou com 24 expositores, considerando 10 queijarias, nove vinícolas e espaços variados, que ofereceram uma seleção de seus melhores produtos, tudo à disposição do visitante. O cardápio incluiu mais de 40 tipos de queijos e suas variações, 30 rótulos de vinhos e 25 de espumantes, sucos de uva, água, refrigerante, café, sorvetes e quatro mesas de buffet com 11 pratos. Além da gastronomia, o evento trouxe mais de 90 atrações artísticas e culturais. 
 
Vila das Etnias permanece após Festiqueijo
A edição de 2022 também foi de ações inéditas, o que trouxe o grande resultado do público. Uma atração bastante elogiada foi a Vila das Etnias. Com 11 casas temáticas e acesso gratuito, a atração homenageou os povos que ajudaram a desenvolver a cidade e a região, como italianos, alemães e poloneses. 
 
Com o sucesso da estrutura, o prefeito de Carlos Barbosa, Everson Kirch, oficializou que a Vila das Etnias permanecerá na Rua Coberta até 6 de janeiro de 2023. Assim, turistas poderão continuar visitando o espaço nos finais de semana. Uma comissão foi criada para coordenar uma programação com diferentes culturas para cada final de semana. 
 
Além de se tornar uma atração da cidade, a Vila das Etnias volta para a próxima edição do Festiqueijo. 
 — Para o ano que vem, pensamos em melhorar toda estrutura que tivemos. Como a inovação da Vila das Etnias, que foi um grande sucesso. A atração fez a diferença neste ano  — destaca Basso. 
Outra atração externa gratuita e paralela ao Festiqueijo foi o Feito em Barbosa. A feira com 28 expositores foi instalada ao lado da Rua Coberta. Lá, visitantes encontraram produtos exclusivamente locais, que contemplaram os setores do vestuário, acessórios, papelaria, brinquedos, artesanato, alimentação, entre outras opções. 
 
O 32º Festiqueijo está confirmado para o período de 30 de junho a 30 de julho de 2023, de sextas a domingos. (O Pioneiro)


Jogo Rápido 

No radar
Assim como no Rio Grande do Sul, no Brasil as cooperativas agropecuárias ajudaram a puxar os resultados do cooperativismo em 2021, que chegaram a R$ 524,8 bilhões, segundo o relatório das Cooperativas do Brasil (OCB). Só no ramo agro, foram R$ 239,3 bilhões, em linha com a combinação de safra farta e preços remuneradores. (Zero Hora)


 
 
 
 

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Porto Alegre, 29 de julho de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.713


O que o produtor rural espera da 5G?
 
A chegada da nova tecnologia vai ampliar uso de maquinários de última geração por todo o país e transformar o agronegócio com o sistema Internet das Coisas (IoT), acreditam especialistas.
 
O uso da tecnologia no campo é recente no Brasil. Em 1980, por exemplo, a colheita da cana-de-açúcar era feita por trabalhadores braçais, os chamados “boias-frias”, que perdurou até a década de 1990. Atualmente, 92% da cana é cortada por máquinas, conforme pesquisa da Companhia Nacional de Abastecimento. A realidade se repete em outras culturas que utilizam a tecnologia para facilitar o trabalho e gerar mais produtividade.
 
De acordo com os dados informados pela assessoria, adotada em alguns países, a tecnologia 5G é até 20 vezes mais rápida do que o 4G e seu alcance também é um fator determinante. Regiões remotas do País e grandes extensões de terra tendem a ser muito beneficiadas com a cobertura da nova tecnologia, que já funciona em Brasília e deve ser instalada em todas as capitais ainda neste ano. 
 
“O 5G vai permitir a conexão de vários dispositivos à internet, viabilizando a implementação da Internet das Coisas (IoT) em larga escala. A rapidez da nova tecnologia vai deixar tudo interligado e acessível, fazendo com que o agricultor possa, por exemplo, monitorar máquinas e auxiliar nas tomadas de decisões rápidas e precisas, ampliando o acesso aos sistemas de telemetria que já existentes”, explica o gerente de tecnologia da Pivot Máquinas Agrícolas e Sistema de Irrigação, José Henrique Gross. A IoT, como diz Gross, é o nome que se dá a rede de objetos físicos incorporados a sensores, software e outras tecnologias com o objetivo de conectar e trocar dados com outros dispositivos e sistemas pela internet.
 
Ainda conforme dados da Pivot, mesmo antes da 5G, já oferecia o sistema de acompanhamento de desempenho das máquinas agrícolas de forma on-line e, inclusive lançou uma central, que acompanha todo o maquinário comercializado e consegue detectar alguma possível falha em tempo real, passando todo o diagnóstico ao cliente e o que ele precisa fazer para não parar a lavoura. Mas com a novidade, mais agricultores poderão ter acesso ao acompanhamento direto do campo. (Agrolink)


BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 29/2022 – SEAPDR

Os últimos sete dias permaneceram com pouca chuva e temperaturas amenas no RS. Na quinta-feira (21), o ingresso de ar quente e úmido manteve as temperaturas elevadas e grande variação de nuvens em todo Estado, somente na fronteira com o Uruguai e no Extremo Sul, o rápido deslocamento de uma frente fria no oceano provocou chuvas fracas e isoladas. Na sexta-feira (22) e sábado (23), ocorreram pancadas de chuva na maioria das regiões, principalmente na Campanha, Zona Sul e no Litoral. No domingo (24), o ingresso de uma massa de ar seco manteve o tempo firme e as temperaturas amenas em todo Estado. Entre segunda (25) e quarta-feira (27), o ingresso de ar quente e úmido favoreceu a elevação das temperaturas, com valores acima de 25°C na maior parte das localidades e próximos de 30°C em algumas regiões.

Clique aqui e acesse os Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. (SEAPDR)

Argentina: clima e alta dos custos afetam produção e há incerteza para o resto do ano

 Durante o mês de junho, a produção de leite da Argentina foi de 914,2 milhões de litros de leite, volume que representa 1,1% acima do mês anterior (+4,5% na média diária) e 0,7% inferior ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados do Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA

“Evidentemente os efeitos da importante estiagem que atinge a maior parte das bacias leiteiras (inundações em uma em particular) e a incidência de altos custos de produção (concentrados, entre outros insumos relacionados à alimentação do rebanho) afetaram a produção em junho de 2022″, destaca o relatório

Com base nesse desempenho do mês passado, a produção acumulada no primeiro semestre ficou 1,0% acima do mesmo semestre do ano anterior

O que pode acontecer no segundo semestre

No entanto, um abrandamento no crescimento homólogo da produção refletiu-se desde maio

“O segundo semestre se apresenta com um panorama incerto dos aspectos meteorológicos, dos custos de produção e dos preços tanto no mercado interno quanto no externo (preços cuidados, consumo menor, preços internacionais em queda, atraso cambial e tarifas de exportação), o que dificulta arriscar um possível comportamento da produção”, indica a Ocla

No período janeiro-junho, a produção de “sólidos úteis” (gordura butírica e proteína) cresceu 2,9%, quase o triplo do crescimento da produção medida em litros de leite

Em relação à sazonalidade diária da produção, como de costume, a partir do pico de outubro cai a uma taxa de 5% ao mês até março/abril (tomando a média diária de produção, para que não afetem o número de dias de cada mês), quando começa então uma nova recuperação em outubro. (As informações são do La Voz, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido 

‘MÍNIMO EXISTENCIAL’ - Decreto define valor de R$303
O governo editou decreto que dispõe sobre o “mínimo existencial”, criado pela Lei do Superendividamento, sancionada e incluída no Código de Defesa do Consumidor há um ano. Pela norma, o valor mínimo existencial que o cidadão deve ter para sobreviver após negociar dívidas será de 25% do salário mínimo vigente hoje, o que equivale a R$ 303 dentro de R$ 1.212. O reajuste do piso salarial não resultará na atualização do mínimo existencial, o que deve ser feito pelo Conselho Monetário Nacional. O decreto entrará em vigor em 60 dias. (Correio do Povo)

 

 
 
 
 

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Porto Alegre, 28 de julho de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.712


Parceria entre Sebrae RS e Cooperativa Santa Clara viabiliza mapeamento genético de última geração
 
Mais tecnologia e inteligência de base científica para auxiliar produtores gaúchos na gestão e na produção de rebanhos de alta performance. É com esse objetivo que o Sebrae RS e a Cooperativa Santa Clara assinaram na tarde da terça-feira (21/06) um convênio inédito entre as organizações. A formalização ocorreu na sede da Cooperativa, em Carlos Barbosa. 
 
Segundo o diretor técnico do Sebrae RS, Ayrton Ramos, o convênio reforça o papel do Sebrae RS em fortalecer e valorizar os empreendimentos da cadeia produtiva do agronegócio gaúcho, um dos pilares de atuação da organização. “No caso desta parceria, o Sebrae RS já atua em sinergia com a Santa Clara desde 2016, em um trabalho focado em tecnologia e gestão e que, agora, culminou na formatação de um serviço que atende a uma demanda do setor”, explica. 

A partir do convênio, técnicos da cooperativa realizarão a coleta de material genético de animais das raças Holandesa e Jersey. As amostras são enviadas a laboratórios do Ministério da Agricultura dos EUA que retornam aos produtores relatórios. O mapeamento tem ultrapassado o índice de 95% de assertividade e chega a levar em conta até 75 mil pontos de características genéticas e fenotípicas de cada animal. São explorados dados ligados ao pedigree (histórico genealógico do animal), maiores potencialidades ligadas à fertilidade, longevidade, potencial de produção (leite e proteína), além da prospecção de eventuais problemas de saúde. 

Em diferentes etapas, o trabalho conta com parceiros de empresas multinacionais com base operacional no Brasil, como as empresas CRV Genetics Holland e ST Genetics. 

A parceria dá sequência a um histórico de atuação da Santa Clara em oportunizar aos seus cooperados acesso a tecnologias e soluções que agreguem valor a sua atuação e, consequentemente, aos produtos finais gerados. Desde a década de 1950, a empresa atua, por exemplo, com inseminação artificial, e, desde 1990, com práticas laboratoriais de avaliação fenotípica e genotípica visando à qualificação dos rebanhos de seus cooperados. (Sebrae)


Produtor de leite, longevo, ainda não pensa em parar
 
Todos os dias, há quase três décadas, o agricultor Ernani Lúcio Schreiner, prestes a completar 73 anos de idade, salta da cama às 5h para a lida na produção de leite. Muito antes, ainda na infância, pelos 10 anos, começou o trabalho como ajudante dos pais no plantio de grãos e na suinocultura. A propriedade ainda é a mesma, no primeiro distrito de Victor Graeff, na região Norte do Rio Grande do Sul. 
 
Schreiner herdou a área dos pais, que a haviam recebido de seus avós. Dividiu o terreno com os irmãos, que venderam suas parcelas e foram trabalhar em outros locais. Ele ficou com um terreno de 20 hectares, onde ocupa o solo com o plantio de pastagens para o gado leiteiro e semeia alimentos para a subsistência da família.
 
No Dia do Agricultor, comemorado nesta quinta-feira, em todo o Brasil, Schreiner garante que não consegue se imaginar em outra profissão, e que, inclusive, mesmo aposentado formalmente e já septuagenário, não pensa em abandonar a labuta. “Vejo, para mim, pelo menos mais uns 10 anos de trabalho”, projeta. 
 
Junto com o filho Volnei e a nora, Nêmora, seu Ernani administra um tambo com produção diária de 750 litros de leite. Tem 32 vacas em lactação, seis próximas do parto e mais 20 novilhas em crescimento. O leite que produz é entregue para a Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL). O produtor acredita que ao longo dos anos, com a assistência técnica, o melhoramento tecnológico e a industrialização, o ofício de agricultor ficou mais fácil. “É uma profissão tão boa como qualquer outra, com a vantagem de se ganhar melhor, em muitas situações que trabalhador da cidade”, diz. 
 
Quanto a remuneração do leite, Schreiner reconhece que ela é marcada pelos altos e baixos, mas entende que o custo benefício é maior do que o do plantio de grãos ou da criação de suínos, que a família já teve e decidiu abandonar. Se ele acha penosa a vida de produtor de leite? Que nada. “Para nós, não tem sol, nem chuva e nem geada que afete. Não tivemos nenhum problema na pandemia, nunca paramos. Levantamos sempre e vamos cuidar das vacas e produzir”, dispara, acrescentando que a esposa, Gisela, de 71 anos, hoje com algumas limitações físicas por conta da saúde, também é parceira no trabalho. “No momento, o preço, pra nós, está muito bom e justo. O que não é justo é chegar para o consumidor no mercado a mais de R$ 7,00. Aí as pessoas acham que somos nós que estamos ganhando tudo isso, jogam a culpa no produtor, e não é. Toda a cadeia ganha em cima do leite”, diz.
 
Seu Ernani tem dois netos, gêmeos, Gabriel e Bruno, de 18 anos, que, segundo ele, auxiliam muito nas atividades de produção da granja. A ajuda deve, entretanto, se encerrar no final deste ano, já que os dois jovens estão se preparando para ingressar na Universidade. “Bruno quer fazer Medicina e o Gabriel, Engenharia”, conta o avô, orgulhoso. 
 
O agricultor acredita que a sucessão familiar, em sua propriedade, vai se dar pelo interesse do filho, Volnei, pai dos gêmeos. “Os jovens, quando saem pra estudar, dificilmente voltam para o campo e a gente tem de aceitar isso”, reflete. Além do filho, da nora e dos netos, Ernani tem a filha Daniela Fabiane, que também mantém granja de produção de leite, mas na cidade de Selbach. (Correio do Povo)


 
Rotulagem nutricional: novas regras entram em vigor em 75 dias
 
As novas regras para rotulagem de alimentos entram em vigor no dia 9 de outubro de 2022. Além de mudanças na tabela de informação e nas alegações nutricionais, a novidade será a adoção da rotulagem nutricional frontal.

Rotulagem nutricional frontal
Considerada a maior inovação das novas regras, a rotulagem nutricional frontal é um símbolo informativo que deve constar no painel da frente da embalagem. A ideia é esclarecer o consumidor, de forma clara e simples, sobre o alto conteúdo de nutrientes que têm relevância para a saúde. 

Para tal, foi desenvolvido um design de lupa para identificar o alto teor de três nutrientes: açúcares adicionados, gorduras saturadas e sódio. O símbolo deverá ser aplicado na face frontal da embalagem, na parte superior, por ser uma área facilmente capturada pelo nosso olhar.
É obrigatória a veiculação do símbolo de lupa com indicação de um ou mais nutrientes, conforme o caso, quando os alimentos apresentarem as seguintes quantidades de nutrientes:
 
Alto conteúdo de        Alimentos sólidos e semissólidos         Alimentos líquidos
Açúcar adicionado    15 g ou mais por 100 g de alimento 7,5 g ou mais por 100 ml de alimento
Gordura saturada      6 g ou mais por 100 g de alimento          3 g ou mais por 100 ml de alimento
Sódio                     600 mg ou mais por 100 g de alimento   300 mg ou mais por 100 ml de alimento 

(Fonte: Ministério da Saúde)

 


Jogo Rápido 

CONFIRA AQUI a entrevista com o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini para a Rádio Tirol. (Rádio Tirol)


 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 27 de julho de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.711


Seminário debaterá o setor lácteo do ponto de vista da produção em Carlos Gomes (RS)
 
Com o intuito de debater o cenário do setor lácteo do ponto de vista da produção e buscar alternativas para aumentar a rentabilidade dos produtores, a Unibom Laticínios, associada do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), promoverá o Seminário Microrregional de Bovinocultura de Leite no dia 10 de agosto. Com todas as 250 vagas disponibilizadas já preenchidas, o evento será realizado no Ginásio do Cras, em Carlos Gomes (RS), a partir das 9h. O encontro conta, ainda, com promoção da Emater e da prefeitura do município. 
 
Segundo Ideno Paulo Pietrobelli, gerente de Política Leiteira da Unibom, o objetivo é também apresentar aos produtores opções para melhorar o trabalhado voltado à nutrição e ao bem-estar animal, além das instalações e do manejo do rebanho em períodos críticos do ano, especialmente no verão. “Como é uma região de pequenas propriedades, nós vamos focar a discussão na parte da manhã em estratégias para melhorar resultados e viabilizar a atividade leiteira em pequenos estabelecimentos rurais, que têm um limite de terra e de animais”, acrescenta.   
 
O evento terá início às 9h com café a base de produtos coloniais e derivados do leite. A primeira palestra será às 10h com o médico veterinário Ricardo Xavier da Rocha que falará sobre bem-estar animal. Ainda durante a manhã Vilmar Fruscalso, engenheiro agrônomo da Emater, discorrerá sobre a viabilidade do leite na pequena propriedade. 
 
A parte da tarde será dedicada à visita à propriedade de Gervásio Ostroski, onde será apresentado o trabalho realizado pela família na produção de leite. Irão comandar as estações o médico veterinário Ricardo Xavier da Rocha, o nutricionista da Unibom Marcos Griss, Vilmar Fruscalso, da Emater, e o engenheiro agrônomo da Embrapa Marcelo Klain. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Sindilat debate papel da pecuária leiteira na redução das emissões 
 
O setor lácteo pode ser uma importante ferramenta para intensificar a produção das propriedades rurais e garantir sistemas sequestradores de carbono. A proposta é utilizar áreas de pousio para plantio de pastagens consorciadas com culturas de verão e inverno. A tendência foi apresentada pelo Chefe-Geral da Embrapa Trigo, Jorge Lemainski, durante reunião mensal de associados do Sindilat realizada nesta terça-feira (26/07). Segundo o especialista, a expectativa é aumentar a rentabilidade da atividade agropecuária por hectare e estabelecer sistemas que sejam mais sequestradores de carbono do que emissores. O uso de pastagens de inverno é o diferencial para assegurar comida de qualidade ao gado e melhorar as condições do solo. 
 
Conduzindo a reunião, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, reforçou a importância de elevar a eficiência do sistema produtivo e, com isso, garantir um aumento de leite produzido por vaca. “Os grãos de inverno podem ser essenciais para produzir matéria orgânica de qualidade e otimizar a alimentação do gado ao longo do ano”, salientou. Lemainski apresentou diferentes exemplos de ganho nesse sentido, como a produção de uma nova variedade de cevada ultraprecoce semeada em março, e que tem potencial para gerar 4.900 quilos de matéria seca e de 7.840 kg/ha de produção de leite. 
 
Durante a reunião de associados, ainda tratou-se de questões tributárias ligadas ao Fator de Ajuste de Fruição (FAF). (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Interleite Brasil 2022: FALTA UMA SEMANA!
 
A espera está acabando! Falta uma semana para a volta do melhor e maior evento da pecuária leiteira do Brasil. Nos dias 03 04 de agosto, em Goiânia, e também online, com os apoios do Sistema Faeg/Senar – GO, do Sebrae-GO e demais parceiros, a 20ª edição do Interleite Brasil chega para fazer história!

Com 24 palestras, distribuídas ao longo de 5 painéis temáticas, discutiremos as pautas mais relevantes do leite brasileiro. Afinal, o que nos trouxe até aqui é o que continuará nos levando adiante?

Confira os temas de cada painel:
Painel 1 – Coordenação da cadeia de laticínios no Brasil (03/08)
Painel 2 – Sistemas de produção e rentabilidade (03/08)
Painel 3 – Fazendo a tecnologia funcionar – a gestão no centro do negócio leiteiro (04/08)
Painel 4 – A agenda ambiental: oportunidades e desafios (04/08)
Painel 5 – Olhando para o futuro (04/08)
 
02 de agosto, também em Goiânia,  contaremos com mais três eventos exclusivos:  13ª edição do Fórum MilkPoint Mercado, Jantar dos Top 100 e workshop exclusivo da AgroCeres Multimix sobre estratégias, manejo e ferramentas nutricionais com impacto no período pós-parto, ministrado pelo Prof. Felipe Cardoso e por Gilson Dias. 
 
Já somos mais de 1000 inscritos no Interleite Brasil 2022 e você não pode ficar de fora! Clique aqui, veja a programação e faça a sua inscrição? Vem com a gente, faça parte do melhor evento do leite nacional! Em Goiânia ou de onde você estiver, estamos te esperando para viver essa experiência!
 
Para mais informações ou compra de pacotes de ingresso com desconto: (19) 99247-5347 ou thais@agripoint.com.br. 
 
O Interleite Brasil, idealizado pelo MilkPoint. Acesse o site, confira a programação completa e se inscreva. Associados do Sindilat/RS tem 20% de desconto. (Milkpoint)


Jogo Rápido 

Governo envia projeto que abre crédito suplementar de R$ 2,5 milhões para a Agricultura
O governo federal encaminhou ao Congresso Nacional projeto de lei que abre crédito suplementar para apoio ao pequeno e médio produtor agropecuário, segundo informou a Secretaria Geral da Presidência da República. O crédito de R$ 2,5 milhões, se aprovado pelos parlamentares, será aberto em favor do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para viabilizar despesas com apoio/fomento a esses produtores. A Secretaria Geral esclareceu, em nota, que a abertura do crédito suplementar não afeta o teto de gastos nem o cumprimento da meta de resultado primário, pois trata-se de remanejamento entre despesas primárias discricionárias, sem alterar o montante dessas para o corrente exercício.
Publicação do projeto sobre crédito suplementar
A mensagem de envio do projeto de lei ao Congresso Nacional foi publicada na edição desta quarta-feira (27) do Diário Oficial da União (DOU). O despacho foi assinado pelo presidente Jair Bolsonaro. “Abre ao Orçamento Fiscal da União, em favor do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, crédito suplementar no valor de R$ 2.500.000,00, para reforço de dotação constante da Lei Orçamentária vigente”, escreve Bolsonaro na mensagem publicada no DOU. (Canal Rural)


 
 
 
 

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Porto Alegre, 26 de julho de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.710


Conseleite/PR
 
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 26 de Julho de 2022 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Junho e a projeção dos valores de referência para o mês de Julho de 2022, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.
 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Julho de 2022 é de R$ 4,9707/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)


Preços da FrieslandCampina permanecem elevados em agosto de 2022
 
O preço do leite convencional garantido pela FrieslandCampina para o mês de agosto de 2022 ficou inalterado em relação ao mês de julho, € 60,00/100 kg, R$ 3,48/litro.
 
A alteração de R$ 3,43/litro para R$ 3,48/litro, em reais, foi decorrente da desvalorização da moeda brasileira]. Não houve variação, porque as principais indústrias de referência acreditam que os preços se manterão estáveis.

 
O preço garantido pela FrieslandCampina para o leite convencional captado em agosto de 2022 é 59% superior ao preço de agosto de 2021. Assim como ocorreu no mês passado, a diferença do preço do leite convencional em relação ao preço do leite orgânico está em apenas 4,5%, uma diferença só vista nos últimos 3 meses.  Historicamente, o valor do leite orgânico sempre superou em pelo menos 20% o preço do leite convencional. As distopias do setor lácteo, no entanto, chegaram ao leite orgânico, e de dezembro para cá a cotação entre os dois tipos de leite está cada vez menor. Isso ocorre por dois movimentos: primeiro, o crescimento da produção de leite orgânico, através da conversão de fazendas leiteiras, incentivadas pelos programas sustentáveis de produção, e melhor aceitação do consumidor. Depois, durante a pandemia, questões econômicas foram sendo agravadas, e os consumidores passaram a ter dificuldades orçamentárias. Houve mudança para compras de produtos mais baratos. Assim, o leite orgânico está sendo substituído pelo leite convencional para caber no orçamento das famílias europeias. Hoje os preços nas gôndolas já estão muito próximos.
 
Assim como para o leite convencional, o preço garantido pela FrieslandCampina para o leite orgânico de agosto de 2022 permaneceu em € 62,75/100 kg, [R$ 3,59/litro], acompanhando a expectativa das indústrias de referência.
 
O preço garantido do leite orgânico da FrieslandCampina para o mês de agosto de 2022 é 24,3% superior ao valor de agosto de 2021.
 
Já o preço garantido é aplicado a 100 quilos de leite que contenha 3,47% de proteína, 4,41% de matéria gorda e 4,51% de lactose, sem o imposto de valor agregado (IVA). O preço é garantido a produtores de leite convencional e que entregam acima de 800.000 quilos de leite por ano.

O Temos ainda o preço garantido para o leite orgânico, que segue os mesmos parâmetros do leite convencional em relação ao teor de sólidos, mas, a base do volume de entrega é acima de 600.000 quilos anuais.
 
E finalizando temos o preço garantido da FrieslandCampina, que faz parte da política de preços da cooperativa e é estimado com base no desenvolvimento dos preços do leite publicados pelas principais indústrias de referência da Alemanha, Dinamarca, Holanda e Bélgica. (Fonte: FrieslandCampina – Tradução livre: Terra Viva)
 

Produção global de leite não espera ganhos em 2022

As entregas globais de leite continuaram registrando um déficit anual em maio, com pouca expectativa de recuperação para o resto do ano.

De acordo com as últimas previsões para as principais regiões produtoras de leite (EUA, UE-27, Reino Unido, Nova Zelândia, Austrália e Argentina), a produção global deverá cair 0,5% no ano de 2022.
Esta é uma redução em relação à previsão de abril, onde a produção deveria permanecer estável no ano.

Em termos de volume, o declínio previsto na UE será o maior, com queda de 838 milhões de litros em relação aos níveis de 2021.

A menor qualidade do pasto devido ao clima quente e seco e o menor uso de ração devido à falta de disponibilidade e ao aumento do custo são os principais fatores. Esses fatores também devem diminuir o teor de gordura e proteína do leite, reduzindo a disponibilidade de sólidos do leite para processamento, de acordo com as últimas perspectivas de curto prazo da UE.

As entregas de leite no Reino Unido continuaram abaixo dos volumes do ano passado, com entregas na Grã-Bretanha especificamente com desempenho inferior ao previsto. A produção na Irlanda do Norte começou o ano com forte crescimento; no entanto, isso agora diminuiu e, portanto, o crescimento previsto para a região caiu para um declínio anual de 1,2%.

Após um início pior do que o previsto para 2022, a Austrália e a Nova Zelândia agora devem registrar declínios anuais para o ano (-2,4% e -0,7%, respectivamente). Isso ocorre apesar dos picos sazonais que ainda estão por vir, pois não se espera que nenhum ganho de volume no segundo semestre de 2022 supere os perdidos no primeiro semestre.

Os EUA estão antecipando uma pequena queda na produção devido ao crescimento mais lento do que o esperado nos rendimentos. Enquanto isso, espera-se que a Argentina continue vendo um crescimento anual, embora a um ritmo mais lento do que no ano passado, à medida que as finanças agrícolas se tornam menos favoráveis.

Sem sinais de pressões inflacionárias sobre os custos de insumos, os produtores não se sentem encorajados a melhorar os rendimentos, apesar dos atuais preços fortes do leite. Acrescente a isso os desafios contínuos de escassez de mão de obra, atrasos no transporte, aumento dos requisitos de ecologização e clima desfavorável, e a viabilidade de aumentar a produção no curto prazo parece duvidosa.

A situação de oferta apertada fornece suporte aos preços dos lácteos, embora a demanda possa ser atenuada quando os grandes saltos de preço fluem para os consumidores. Isso está começando a ser visto com vendas mais baixas no varejo na Grã-Bretanha, uma situação que provavelmente também está ocorrendo nos mercados da UE e dos EUA. (As informações são do Agriculture and Horticulture Development Board (AHDB), traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido 

Manejo sustentável
Fazer da atividade produtiva uma aliada na luta contra o aquecimento global é a proposta que entra em campo com o projeto Pecuária Sustentável nos Campos de Altitude do Rio Grande do Sul, desenvolvida pelo Sebrae. Inédita, irá adequar o manejo de 15 produtores de gado de corte e de leite dos Campos de Cima da Serra a partir de agosto. O foco será estimular o desenvolvimento sustentável das atividades agropecuárias com a integração lavoura-pecuária - e, com isso, não só reduzir a emissão do gás metano (gerada no processo de ruminação dos animais), como também permitir o sequestro de carbono. Para isso, além de consultorias, treinamentos e visitas técnicas a cada dois meses, os produtores irão ter a pegada de carbono da sua propriedade medida uma vez ao ano, durante os três anos. - Para o produtor, o ganho principal vai ser de marketing: poder vender, ao final, um leite ou uma carne zero carbono - argumenta Claiton Velho, gestor de projetos da regional Serra Gaúcha do Sebrae-RS. Um dos produtores já selecionados para participar da iniciativa é o presidente da Associação dos Produtores Rurais dos Campos de Cima da Serra (Aproccima), Carlos Roberto Simm. Para ele, a vantagem também está na diferenciação: - Hoje o consumidor está mais exigente. Ter, no futuro, um selo de carbono neutro no nosso produto vai agregar ainda mais valor. Sem falar na possibilidade de ajudar a mitigar os problemas do efeito estufa. Depois de três anos, a ideia é que os produtores consigam monetizar o resultado no mercado de carbono. O projeto inicial ainda tem vagas - informações pelo fone (54) 99974-8993. (Zero Hora)


 
 

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Porto Alegre, 25 de julho de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.709


Conseleite/SC
 
A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 22 de Julho de 2022 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Junho de 2022 e a projeção dos valores de referência para o mês de Julho de 2022. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.


Períodos de apuração
Mês de Junho/2022: De 30/05/2022 a 03/07/2022
Parcial Julho/2022: De 04/07/2022 a 17/07/2022
O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)


Mercado de leite em pó enriquecido pode crescer perto de 80%

O aumento da adoção do leite em pó enriquecido pelas indústrias de alimentos, junto com a crescente conscientização dos consumidores, são os principais fatores atrás do crescimento do setor, de acordo com a pesquisa.
 
Fábricas de leite em pó enriquecido vão procurar capitalizar uma série de oportunidades lucrativas de um segmento que pode ter uma expansão de 80% na próxima década.
 
A pesquisa de mercado da Fact.MR prevê que o mercado global, que atualmente vale US$ 8,63 bilhões, irá crescer à taxa anual de 5,9%, para chegar a US$ 15,38 bilhões no final de 2032.
 
A expansão do mercado será impulsionada pela conscientização do consumidor sobre os benefícios para a saúde e nutricionais do leite em pó enriquecido e o crescimento do seu uso pela indústria de alimentos é fundamental para adicionar nutrientes a vários produtos, inclusive sorvetes, iogurtes e fórmulas infantis.
 
Abordagens regionais
A Fact.MR prevê que 26,8% de todas as vendas de leite em pó enriquecido serão destinadas à América do Norte, onde atualmente o mercado está avaliado em US$ 2,31 bilhões. O mercado europeu deverá ficar com 23,3%, ou pouco mais de US$ 2 bilhões, e a China ficará com 7,3% do mercado, perto de US$ 630 milhões.
 
“O crescimento do mercado de leite em pó enriquecido na América do Norte será impulsionado pela prevalência de doenças relacionadas ao estilo de vida, a preocupação com saúde e nutrição, e aumento da disponibilidade de produtos com leite enriquecido em países como Estados Unidos da América (EUA) e Canadá”, afirmam os pesquisadores.
 
Concorrência
As indústrias de leite em pó enriquecido estão continuamente focando na expansão dos seus portfólios através da inovação de produtos, diz o relatório. Em 2020, a Jatenergy desenvolveu dois produtos com leite em pó enriquecido com lactoferrina com a marca Abbeyard e um leite de camela enriquecido com lactoferrina vendido com a marca Auveno.
 
No ano passado, a Lactalis Ingredients expandiu sua gama de leite em pó lançando o novo leite em pó integral orgânico. No último mês, a marca Anchor da Fonterra anunciou o lançamento de uma nova linha de produtos para o Oriente Médio, que inclui o creme de leite em pó fortificado.
 
Enquanto isso, novos players do mercado estão atentos ao que sairá dos departamentos de P&D para obter competitividade. Os pesquisadores destacam a estratégia da startup israelense de alimentos Remilk, que conseguiu US$ 120 milhões de financiamento liderado pela empresa de capital de risco Hanaco Ventures, para a produção de proteínas lácteas.
 
Um dos obstáculos para a expansão do mercado mundial poderá ser o aumento da disponibilidade de misturas não lácteas, que terão o potencial de reduzir o crescimento do mercado de leite em pó enriquecido, concluem os pesquisadores. (Fonte: DairyReporter - Tradução livre: www.terraviva.com.br)
 
 
Aberta consulta pública sobre produtos de uso veterinário

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) abriu uma consulta pública, pelo prazo de 75 dias, para discutir a minuta do Decreto que aprova o regulamento de registro, emprego e fiscalização de produtos de uso veterinário.

A proposta busca atualizar o Decreto nº 5.053/2004 de forma a modernizar os procedimentos para o registro e importação dos produtos de uso veterinário por meio da simplificação e reformulação de requisitos com base em risco. Além disso, a minuta apresenta capítulos específicos para regulamentação de temas como o emprego e farmacovigilância.
 
O Mapa também disponibilizou para consulta pública, pelo prazo de 60 dias, a proposta de Portaria que consolida as proibições, em todo território nacional, da fabricação, manipulação, comercialização, importação ou uso de insumos ativos e produtos de uso veterinário específicos.
 
A Portaria tem por objetivo consolidar os diversos atos normativos atendendo às boas práticas regulatórias, assim como harmonização com a legislação nacional e com as recomendações internacionais para o tema.
 
Para ambas consulta públicas, as sugestões tecnicamente fundamentadas deverão ser encaminhadas por meio do Sistema de Monitoramento de Atos Normativos (Sisman), da Secretaria de Defesa Agropecuária, por meio do link: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/sisman/. Para ter acesso ao Sisman, o usuário deverá efetuar cadastro prévio no Sistema de Solicitação de Acesso (SOLICITA), por meio do link: https://sistemasweb.agricultura.gov.br/solicita/. (MAPA)


Jogo Rápido 

ÚLTIMOS DIAS DO 1º LOTE do Feras da Sustentabilidade, inscreva-se com desconto!
 Você piscou e o Feras da Sustentabilidade é logo ali! Daqui 1 mês, durante seis encontros semanais online, entre os dias 26/08 e 30/09, desvendaremos como fazer do meio ambiente o protagonista de sucesso do negócio das fazendas de leite! Estamos nas últimas horas do 1º lote com os melhores preços, garanta já o seu! Já adiantamos: as possibilidades são muitas! Aí vai um pequeno spoiler sobre o que falaremos no MilkPoint Experts Feras da Sustentabilidade: fontes alternativas de energia; manejo de água; dejetos e solo; bionsumo; agricultura regenerativa; adubação verde; pegada de carbono; crédito de carbono; Integração Lavoura Pecuária Floresta e muito mais! Produtor, não perca essa oportunidade única de preparar a sua fazenda para o futuro. Técnico, não deixe escapar a chance de capacitar-se para atender o produtor de leite do futuro! Vem com a gente! Associados do Sindilat/RS têm 30% de desconto na inscrição, clicando aqui. (Milkpoint)


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 22 de julho de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.708


Preço do leite a ser pago em agosto teve alta de 18,39% em MG

Dados divulgados trazem valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Maio a ser pago em Junho/2022, entregue em Junho para ser pago em Junho de 2022 e valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Junho/2022 a ser pago em Julho/2022. 
 
Conseleite/MG - A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 20 de Julho de 2022, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga: 
 
a) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Maio a ser pago em Junho/2022 
b) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Junho/2022 a ser pago em Julho/2022 
c) os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Junho/2022 a ser pago em Julho/2022 e valores de referência projetados do leite padrão maior e menor valor de referência para o produto entregue em Julho/2022 a ser pago em Agosto/2022.
 

 
Períodos de apuração: Mês de Maio/2022: De 29/04/2022 a 26/05/2022 Mês de Junho/2022: De 27/06/2022 a 30/06/2022 Parcial de Julho/2022: De 01/07/2022 a 14/07/2022 Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural. (Fonte: Conseleite - MG)


Plano Safra - Autorizada equalização de juros
 
O Ministério da Economia autorizou as instituições bancárias a pagar a equalização das taxas de juros anunciadas para o Plano Safra 2022/2023. Conforme a portaria 6454/22, publicada em edição extra do Diário Oficial na noite da última terça-feira, o subsídio será calculado a partir da Média dos Saldos Diários (MSD) do saldo devedor vincendo. 
 
O total de recursos equalizáveis soma R$ 115,8 bilhões. Onze instituições financeiras foram autorizadas a operar linhas de crédito: Banco do Brasil S.A. (Banco do Brasil); Banco do Estado do Rio Grande do Sul S.A. (Banrisul); Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG); Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE); Caixa Econômica Federal (Caixa); Credialiança Cooperativa de Crédito Rural (Credialiança); Credicoamo Crédito Rural Cooperativo (Credicoamo); Confederação Nacional das Cooperativas Centrais de Crédito e Economia (Cresol Confederação); Banco Cooperativo Sicoob S.A. (Sicoob); e Banco Cooperativo Sicredi S.A. (Sicredi).
 
Conforme a portaria, os bancos podem iniciar imediatamente o atendimento às demandas. COnforme o Ministério da Agricultura, os recursos serão direcionados, principalmente, para os programas de investimento, como o Programa para a Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (Programa ABC+), o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e o Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária (Inovagro), além do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), dentre outros. (Correio do Povo)
 
 
BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO Nº 28/2022 – SEAPDR 
 
A última semana permaneceu com muita umidade e frio no RS. Entre a quinta-feira (14) e o domingo (17), a presença de uma área de baixa pressão e a propagação de um sistema frontal provocaram pancadas de chuva, com registro de temporais, e fortes rajadas de vento na maior parte do RS. 
 
Na segunda (18) e terça-feira (19), o ingresso de uma massa de ar seco e frio afastou a nebulosidade e provocou o declínio acentuado das temperaturas em todo Estado, com valores inferiores a 5°C na maioria das regiões e formação de geadas isoladas, porém o ingresso de umidade favoreceu a ocorrência de pancadas de chuva sobre os setores Norte e Nordeste. Na quarta-feira (20), o ar frio perdeu intensidade e favoreceu a elevação das temperaturas em todo Estado. 
 
Clique aqui e acesse os Boletins oficiais sobre clima e culturas elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Emater-RS e Irga. O documento conta com uma avaliação das condições meteorológicas da semana anterior, situação atualizada das culturas do período e a previsão meteorológica para a semana seguinte. (SEAPDR) 


Jogo Rápido 

Representa+
A Fecomécio-RS lançará plataforma digital que permite a participação de empresários nos projetos que tramitam no legislativo. Batizada de Representa+, a ferramenta oportuniza consultas de apoio ou rejeição em pautas que são do interesse da entidade representativa do terceiro setor no RS. (Zero Hora)


 
 
 
 
 
 
 
 

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Porto Alegre, 21 de julho de 2022                                                           Ano 16 - N° 3.707


Portaria oficializa valor de R$ 600 do Auxílio Brasil

O governo federal definiu os critérios para pagamentos dos benefícios sociais previstos na PEC promulgada no último dia 14 pelo Congresso, e que já está em vigor. Em portaria publicada no Diário Oficial da União de ontem foi autorizado o acréscimo de R$ 200 às parcelas de R$ 400 já pagas aos beneficiários do Auxílio Brasil. O adicional deverá estar disponível a partir de agosto, seguindo assim até o final do ano.

Com o aumento, as famílias beneficiadas vão receber mensalmente R$ 600. Foi regulamentada também a ampliação do valor do Auxílio Gás prevista na emenda. O texto da emenda constitucional detalha ainda que cada família beneficiária do Auxílio Gás passará a receber, a cada dois meses, o valor total da média nacional do botijão de 13 quilos de gás de cozinha e não mais a metade, que vinha sendo paga desde o início deste ano.

O valor médio nacional, conforme o último levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), é de R$ 112,34. Segundo confirmou a portaria, os beneficiários receberão o adicional extraordinário na data prevista no calendário de pagamentos do programa. O governo vinha informando ao longo da semana que estaria estudando antecipar estas datas. O primeiro pagamento é previsto para 18 de agosto, embora a intenção seja fazer os depósitos sempre na primeira quinzena de cada mês, em um período mais próximo daqueles em que são creditados salários de trabalhadores e de benefícios como aposentadorias e pensões.

Antecipar as datas, segundo o governo, seria uma necessidade diante do cenário de crise econômica. De acordo com os dados da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania, o Nordeste é a região com o maior número de beneficiários: quase 8,6 milhões de famílias. Na sequência aparecem as regiões Sudeste com 5,2 milhões, Norte com 2,1 milhões, Sul com 1,2 milhão e Centro-Oeste com 941 mil. Outras medidas previstas no pacote ainda precisarão ser regulamentadas pelos ministérios, entre estas o pagamento no valor de R$ 1 mil para caminhoneiros e o auxílio para os taxistas. Os critérios de cadastro destes beneficiários ainda deverão ser definidos. (Correio do Povo)

 


Lavouras tradicionais abrem espaço ao sorgo

Produtores da região de Frederico Westphalen estão encerrando neste mês a colheita de mais uma safra de sorgo, cereal que tem recebido atenção pela resistência climática e a pragas, baixo custo de produção e abertura de mercado para uso na fabricação de rações e processamento de etanol. Um projeto iniciado pela Emater/RS-Ascar há cerca de seis anos vem fomentando o plantio do grão, principalmente em áreas de encostas do Rio Grande do Sul, onde o milho é plantado e colhido mais cedo.

Como se trata de um cultivo não tradicional, a Emater não tem dados fechados quanto à área plantada, mas garante que neste ano de 2022 foi bem maior que nos últimos anos, em razão das perdas de outras culturas com a estiagem. O gerente regional da Emater/RS em Frederico Westphalen, Luciano Schwerz, explica que, nas áreas de encosta de plantio precoce ,o agricultor tem uma janela que vai do final de março até início de junho para fazer novas lavouras, de soja, feijão ou de sorgo.

A preferência pelo sorgo ocorre em razão do baixo custo de implantação da lavoura, que demanda investimentos em torno de R$ 2,2 mil por hectare (menos da metade do custo de implantação da soja, por exemplo), para uma expectativa de 50 a 55 sacos de produtividade por hectare. "Por ser muito rústica, a cultura demanda poucos tratos culturais, com boas sementes, uma adubação e uma aplicação de fungicida. Além disso, é bastante resistente no caso de falta de chuva e em áreas de milho onde há a presença da cigarrinha", explica. Schwerz ressalta que o preço do sorgo corresponde a cerca de 60% ou 70% da cotação da saca de 60 quilos do milho.

De acordo com a cotação semanal publicada pela Emater, a saca do cereal é comercializada. no Estado. a R$ 66,00. Desta forma, para cada hectare em que colhe 50 sacos do grão o produtor tem uma rentabilidade de mais de R$ 1 mil em relação ao custo. Do ponto de vista do mercado, tanto Schwerz como o diretor técnico da Emater/RS, Alencar Rugeri, são unânimes em dizer que ele é promissor. O sorgo pode ser utilizado como substituto do milho para a fabricação de rações destinadas à avicultura e à suinocultura; já está sendo plantado com objetivo de produzir silagem para o gado leiteiro; e encontra portas abertas para ser utilizado na produção de etanol. Conforme Rugeri, o sorgo é um grão complementar ao sistema de produção, inclusive para a preservação do solo. (Correio do Povo)

Formação superior tem alto valor na empregabilidade

O investimento na formação superior continua sendo muito importante para a empregabilidade, com 69% dos egressos de universidades empregados após até um ano da colação de grau. A taxa de ocupação no mercado é a mesma para recém-formados, independentemente da modalidade do curso – presencial ou a distância –, e a remuneração média geral é de R$ 3,8 mil. Esses dados constam no Indicador Abmes/Symplicity de Empregabilidade (Iase), divulgado ontem.

O levantamento foi realizado pela Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes) e a empresa Symplicity, com apoio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e de dez instituições privadas de Ensino Superior. A pesquisa avaliou a colocação profissional de quase 2 mil egressos que se formaram entre meados de 2020 e meados de 2021, período mais crítico para ocupação profissional durante a pandemia da Covid-19. O estudo ainda revela que 48,82% dos formandos estavam em ocupações formais; 10,86% trabalhando como autônomos ou profissionais liberais; 2,77%, como empresários; e só 2,82% estavam na informalidade.

O aproveitamento no mercado foi de 70%, entre os bacharéis; 69%, entre tecnólogos; e 61% junto a profissionais com licenciatura. E aqueles empregados na área de formação, tiveram melhores resultados na ocupação de vagas profissionais: 81%, quem fez bacharelado; 69%, os licenciados; e 51%, os tecnólogos. (Correio do Povo)


Jogo Rápido 

Em cúpula, Mercosul adota a redução da TEC em 10%
Os países do Mercosul concordaram em reduzir a Tarifa Externa Comum (TEC) em 10%, anunciou ontem o ministro de Relações Exteriores paraguaio, Julio Arriola, no âmbito da reunião de chanceleres do Conselho do Mercado Comum do bloco, que se realiza em Assunción. “O acordo sobre a Tarifa Externa Comum do Mercosul permitirá uma redução de 10% em um universo muito amplo de produtos”, disse o representante do Paraguai, que ocupa a presidência pro tempore do bloco. “É uma decisão histórica, principalmente em um momento de crise econômica e inflação internacional”, observou o chanceler brasileiro, Carlos Franca, que representou o presidente Jair Bolsonaro no evento. A redução da TEC, assinalou França, “fará do Mercosul o bloco mais aberto e integrado” do mundo. “É um passo importante para aumentar a competitividade dos estados partes e fortalecer processos produtivos regionais, a fim de promover uma inserção benéfica da produção do Mercosul nas cadeias globais de valor”, analisou. Ao mesmo tempo que houve redução na tarifa comum, outra decisão ampliou possibilidades do bloco. Arriola anunciou a conclusão das negociações para um acordo de livre comércio “de última geração” entre o Mercosul e Singapura, o que pode significar novas exportações do bloco no valor de 500 milhões de dólares. Em 2021 as exportações do Mercosul para o país asiático alcançaram 5,92 bilhões de dólares, enquanto as importações totalizaram 1,25 bilhão. Além de Brasil e Paraguai, o Mercosul é composto também por Argentina e Uruguai, os chamados estados “partes”. Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Peru e Suriname são estados associados. (Correio do Povo)