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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 27 de março de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.114


Conseleite MG

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 26 de Março de 2024, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Janeiro/2024 a ser pago em Fevereiro/2024;

b) O maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Fevereiro/2024 a ser pago em Março/2024;

c) A projeção para o maior valor de referência; o valor médio de referência; o valor base de referência e o menor valor de referência para o produto entregue em Março/2024 a ser pago em Abril/2024;


Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base, maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br.


Produção das 100 maiores fazendas de leite do país teve alta de 7,6% em 2023

Pesquisa do Milkpoint mostra que as Top 100 produziram em média 28.739 litros por dia; segmento foi menos afetado pela queda de preços que os pequenos


Sérgio Barbosa diz que meta da NTR, a 10ª na lista, é chegar a 80 mil litros de leite por dia nos próximos cinco anos — Foto: Divulgação

O cenário do setor leiteiro foi distinto para grandes fazendas e micro e pequenos produtores em 2023. Na base da pirâmide, a queda nos preços do leite — sobretudo no segundo semestre, com o aumento acelerado das importações — afetou a produção e levou parte dos produtores até a desistir da atividade. No topo da pirâmide, as fazendas seguiram crescendo acima da média de mercado e com planos de ampliar a produção.

A nova edição do levantamento anual Top 100 Milkpoint, que integra a consultoria Agripoint, revelou que os cem maiores produtores de leite do país alcançaram em 2023 produção de 1,05 bilhão de litros, crescimento de 7,6% em relação ao ano anterior. A aquisição de leite cru por laticínios sob inspeção sanitária em todo o país cresceu 2,5% no período, para 24,5 bilhões de litros, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A produção das cem maiores fazendas teve aumento de 7,55%, para uma média diária de 28.739 litros. Já os dez maiores produtores registraram média diária de 69.161 litros, alta de 7%. “Produtores grandes fazem uma boa gestão financeira e conseguem atravessar melhor esses momentos. Mesmo assim, a maioria reportou que 2023 foi pior do que 2022”, afirma Marcelo Pereira de Carvalho, CEO da Agripoint.

O ranking Top 100 Milkpoint apresentou poucas mudanças em relação à edição anterior entre os primeiros colocados. A Fazenda Colorado, de Araras (SP), dona da marca Xandô, manteve a liderança no ranking pelo 11 ano seguido, com produção média diária de 96.688 litros, alta de 4%. Em segundo aparece a Fazenda Melkstad, de Carambeí (PR), com produção de 84.025 litros por dia, desempenho estável em relação a 2022.

Dos dez maiores produtores de leite do país, apenas um nome novo apareceu: na décima posição está Nilva Therezinha Randon, de Vacaria (RS), com aumento na produção de 18%, para 46.660 litros por dia. No ano anterior, a produtora ocupava a 15 colocação. Toda a produção é usada na fabricação de queijo da marca Gran Formaggio, da RAR Alimentos. O Grupo Cabo Verde, de Passos (MG), décimo lugar na edição passada, caiu para a 13 posição, com produção de 44.102 litros por dia.

A chegada da fazenda NTR, da família Randon, à lista seleta reflete o crescimento do rebanho, que aumenta em cerca de 200 cabeças por ano, para 1,35 mil em 2023, segundo Sérgio Barbosa, presidente da RAR Alimentos. O trabalho começou em 1996, quando o fundador Raul Randon importou 70 novilhas de Ohio, nos EUA, para garantir a produção de leite de boa qualidade e rico em sólidos para produção do primeiro queijo tipo grana fabricado fora da Itália.

Hoje, o rebanho é formado por vacas holandesas de alta produtividade (acima de 30 litros por dia) e jovens, criadas em um sistema “free stall”, onde os animais são alimentados com silagem e dormem separados. “Também somos a primeira fazenda do Sul certificada [pela Integral Certificações] em bem-estar animal”, diz Barbosa.

O presidente da RAR afirma que a fazenda pretende continuar avançando no Top 10. A meta é chegar a até 80 mil litros de leite por dia nos próximos cinco anos.

O levantamento do Milkpoint revelou também que 64% dos maiores produtores apontaram queda na rentabilidade em 2023. Outros 14% disseram que a rentabilidade ficou estável e 20% apontaram melhora. Na média, os maiores produtores consideram que o retorno ideal seria uma rentabilidade de 20%. “Considerando que os produtores crescem continuamente e pretendem expandir a operação, é lógico pensar que a rentabilidade seja suficientemente atrativa”, acrescenta Carvalho.

Ele pondera que as fazendas que produzem acima de 30 mil litros por dia recebem uma bonificação no preço do leite, o que ajuda a garantir melhor rentabilidade em relação aos pequenos. O preço médio recebido pelos produtores no Brasil foi de R$ 2,47 por litro em 2023, segundo o Cepea/Esalq.

O custo médio de produção, de acordo com o levantamento do Milkpoint, foi de R$ 2,24 por litro — abaixo do preço médio do leite, indicando rentabilidade na operação. Em relação a 2022, os custos de produção caíram 6,7%, reflexo da queda nos preços do milho e do farelo de soja.

Carvalho avalia que a expectativa é positiva para o setor este ano, com preços do milho e da soja ainda retraído e tendência de recuperação nos preços no segundo semestre.

No médio prazo, o levantamento mostrou algum otimismo entre os produtores: 42 deles querem aumentar a produção de 20% a 50% nos próximos três anos. Outros 39 pretendem elevar em até 20%, e 5% planejam ampliar em mais de 50%. Entre os maiores produtores, 14 não pretendem expandir.

Segundo a pesquisa, o maior comprador de leite dos grandes produtores é o Unium, atendido por 20 dos Top 100. Em seguida está a Cooperativa Central de Produtores Rurais (CCPR), com 12 produtores. Considerando que a CCPR fornece só à Lactalis, a francesa recebe leite de 17 dos Top 100. A Piracanjuba é atendida por 11 dos maiores produtores. Oito produtores destinam sua oferta a laticínios próprios. A Nestlé é atendida por sete produtores e a Alvoar Lácteos, por seis grandes produtores. (Globo Rural via Valor Econômico)

WHEY PROTEIN | WHEY PROTEIN: ALIADO PODEROSO DO PÚBLICO 60+

Como viver bem e por mais tempo? Quem faz exercício físico chega melhor à terceira idade. Uma reserva muscular construída ao longo da vida torna o envelhecimento mais saudável, mais tranquilo e sem danos funcionais. Alguns suplementos, como o whey protein, podem ser importantes companheiros nesse processo.

Os benefícios vão além da academia. O alimento favorece o ganho de força e a hipertrofia, auxilia na prevenção de doenças e garante mais qualidade de vida.

O que é o whey? 
Trata-se de um suplemento feito da proteína do soro do leite. Possui todos os aminoácidos essenciais para a formação de músculos e tecidos, auxilia em funções metabólicas e ajuda a complementar o aporte de proteínas na alimentação.

Existem três categorias de whey protein: concentrado, isolado e hidrolisado. O primeiro tem menos quantidade de proteína e mais de açúcar. O segundo conta com quantidade maior de proteína e menor de carboidratos. Já o hidrolisado é recomendado para pessoas com intolerância ou alergia à proteína do leite.

Benefícios

O alimento pode ser usado em diferentes ciclos da vida, desde o período de crescimento e desenvolvimento até o envelhecimento. Durante a infância e a adolescência, por exemplo, o corpo está em constante crescimento e o whey pode fornecer os aminoácidos necessários para a construção e reparação muscular, principalmente para jovens em crescimento acelerado.

Na vida adulta, o suplemento ajuda na prática de exercícios físicos, na manutenção da massa magra e promove saciedade se aplicado a uma rotina alimentar equilibrada.

Já a partir dos 60+, o whey protein pode ser uma ferramenta útil para combater os efeitos negativos do envelhecimento, entre eles o surgimento de doenças. A suplementação para esse público pode ajudar a preservar a massa muscular e melhorar a função física, além de contribuir para a saúde óssea, prevenindo a osteoporose.

Envelhecendo com qualidade 
A maior perda de massa muscular acontece após os 50 anos, o que pode comprometer a capacidade funcional. Sedentarismo e dietas muito calóricas estão entre as causas da redução, chamada de sarcopenia. Diante disso, o whey é a opção mais recomendada para a recuperação e o ganho de massa.

O suplemento ainda é um forte aliado para prevenção de doenças cardíacas e hipertensão. Além de reduzir o triglicerídeo, aumenta o colesterol bom e combate os radicais livres.

*Phillip Ji é co-CEO da Orient Mix, empresa pioneira em fitoterápicos no Brasil desde 1993

As informações são do Edairy News


Jogo Rápido

EUA – Exportações de produtos lácteos aumentam levemente
As exportações de produtos lácteos, com base nos sólidos, subiram levemente este ano, cerca de 0,2%, em comparação com 2023. A relativa força da demanda doméstica por produtos lácteos e o limitado crescimento da produção limitaram o crescimento das exportações, diz o mais recente relatório ERS do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).  As previsões sobre o tamanho leiteiro, produtividade animal, e produção total de leite em 2024 foi revisada ligeiramente para baixo em relação à previsão do mês passado e ficaram em 9.335 milhões de cabeças, 24.345 litros por vaca e 227,3 bilhões de libras, respectivamente. Prevendo a firme manutenção da demanda doméstica, junto com os dados mais recentes, as importações de produtos lácteos, em 2024, foram revisadas para mais, enquanto que as previsões de exportação de produtos lácteos pelos Estados Unidos da América (EUA) foram reajustadas para menos. Os preços médios projetados da manteiga e do queijo cheddar para 2024 foram revisados para mais, enquanto que os preços médios do soro de leite e do leite seco desengordurado tiveram revisão para menos. Já a média do preço de todos os leites ao produtor aumentou US$ 0,30/cwt em relação ao mês passado, ficando em US$ 21,25/cwt, [R$ 2,40/litro]. (Fonte: The Dairy Site – Tradução livre: www.terraviva.com.br)   


 
 

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Porto Alegre, 26 de março de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.113


Conseleite RS abre interiorização e projeta leite a R$ 2,2456 em março

Dando início ao projeto de interiorização, o Conseleite realizou nesta terça-feira (26/03) sua reunião mensal em Estrela (RS). O encontro, na Câmara do Comércio, Indústria, Serviços e Agronegócio de Estrela (CACIS), divulgou a projeção do valor de referência para o leite em março no Rio Grande do Sul. Segundo levantamento, o indicador projetado é de R$ 2,2456, 1,14% acima do consolidado de fevereiro (R$ 2,2202). O estudo é elaborado considerando os primeiros 20 dias de negociações de março.

Segundo o coordenador do Conseleite, Allan André Tormen, promover reuniões no interior é fundamental para estar mais próximo dos produtores e das localidades que vivem do leite. Até o fim deste ano, o Conseleite também terá encontros em Erechim, Passo Fundo e Esteio, além dos tradicionalmente agendados para Porto Alegre. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Conseleite PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 26 de Março de 2024 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de
referência para a matéria-prima leite realizados em Fevereiro de 2024 e a projeção dos valores de referência para o mês de Março de 2024, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima 
leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Março de 2024 é de R$ 4,2865/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (FAEP)

Languiru estima retomar produtos lácteos em abril

O presidente liquidante da Cooperativa Languiru, Paulo Roberto Birck, anunciou a intenção da Cooperativa Languiru retomar algumas marcas de lácteos a partir da metade de abril, conforme a evolução das tratativas. “A vontade é termos leite, iogurtes e a nata disponíveis quando o Supermercado Passarela inaugurar e também disponibilizar para os demais parceiros”, antecipa.

A nata Languiru já é comercializada em estabelecimentos da região. O iogurte e as bebidas lácteas também deve retomar a produção. Estes produtos serão industrializados na laticínios da Languiru, no Bairro Teutônia. A unidade recebe toda a produção leiteira de associados para a estabilização antes de encaminhamento à Lactalis.

Já a linha de leites deverá ser retomada em parceria com a Lactalis, em sua unidade no Bairro Alesgut – Teutônia. O contrato entre as partes prevê a possibilidade da Languiru solicitar o envase com sua marca de até 20% da produção total entregue, conforme explicou Birck. “Se quisermos envasar parte disso, conforme a venda, será possível”, aponta o presidente liquidante.

As informações são da Folha Popular, adaptadas pela equipe MilkPoint.


Jogo Rápido

EUA – Exportações de produtos lácteos aumentam levemente
As exportações de produtos lácteos, com base nos sólidos, subiram levemente este ano, cerca de 0,2%, em comparação com 2023. A relativa força da demanda doméstica por produtos lácteos e o limitado crescimento da produção limitaram o crescimento das exportações, diz o mais recente relatório ERS do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).  As previsões sobre o tamanho leiteiro, produtividade animal, e produção total de leite em 2024 foi revisada ligeiramente para baixo em relação à previsão do mês passado e ficaram em 9.335 milhões de cabeças, 24.345 litros por vaca e 227,3 bilhões de libras, respectivamente. Prevendo a firme manutenção da demanda doméstica, junto com os dados mais recentes, as importações de produtos lácteos, em 2024, foram revisadas para mais, enquanto que as previsões de exportação de produtos lácteos pelos Estados Unidos da América (EUA) foram reajustadas para menos. Os preços médios projetados da manteiga e do queijo cheddar para 2024 foram revisados para mais, enquanto que os preços médios do soro de leite e do leite seco desengordurado tiveram revisão para menos. Já a média do preço de todos os leites ao produtor aumentou US$ 0,30/cwt em relação ao mês passado, ficando em US$ 21,25/cwt, [R$ 2,40/litro]. (Fonte: The Dairy Site – Tradução livre: www.terraviva.com.br)   


 
 

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Porto Alegre, 25 de março de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.112


Competitividade da produção de leite: onde estamos?

No 16º Fórum MilkPoint Mercado, o segundo bloco concentrou-se na temática da "Competitividade da produção de leite: onde estamos?"

Expedito Netto inaugurou as palestras com uma análise dos resultados e avanços do programa Educampo, do Sebrae-MG. Ele destacou o crescimento da participação de confinamento, a importância crucial da gestão para aumentar a eficiência e manter a atividade, a evolução da produção de leite por hectare e seus efeitos nos níveis de qualidade.

Um ponto central abordado foi o sistema de pagamento do leite, que remunera tanto por volume quanto por qualidade, oferecendo níveis superiores para os sistemas confinados.

Ao analisar o histórico de custos de produção por litro, Expedito destacou que o fechamento de 2023 foi desafiador para os produtores de leite, com o preço caindo abaixo do nível de equilíbrio do custo de produção.

Expedito Netto ressaltou a importância da previsibilidade de mercado para os produtores, permitindo estratégias de investimento mais assertivas e a capacidade de mitigar riscos em períodos adversos. Ele salientou que as fazendas geralmente têm dificuldade em ajustar os custos com rapidez suficiente para compensar quedas nas receitas, destacando a necessidade de um controle estratégico de médio prazo dos custos de produção.

Outro ponto crucial foi a correlação entre a produtividade por vaca e o custo de produção por litro de leite, indicando que produtores mais eficientes tendem a ter custos menores de produção. No entanto, produzir mais implica em gastos maiores e, inevitavelmente, demanda um maior nível de investimento.

Na sequência, Ronaldo Macedo, CEO da CIA do Leite, ampliou a discussão para as mudanças em curso no mundo e a constante inovação na cadeia produtora de leite.

No contexto da cadeia do leite no Brasil, mesmo com avanços, há um reconhecimento de que a atividade está defasada em relação a outros países. A falta de controle de custos e outros aspectos, como estrutura, manejo, dieta e sanidade, são evidenciados como áreas a serem melhoradas.

A mudança, enfatizou o palestrante, não acontecerá sem investimento. Ele apontou a necessidade de uma mudança na relação comercial e gerencial dentro da cadeia do leite, entre indústrias e produtores, com propostas de fornecer vacas de alta produção para produtores menores como uma das possibilidades.
Para fechar o bloco, Gonzalo Berhongaray, do CREA da Argentina, discutiu aspectos da competitividade da produção de leite  na Argentina.

No panorama das exportações argentinas, onde o país se destaca como o décimo maior exportador, os lácteos representam apenas 2% do total das exportações agrícolas. Este cenário contrasta com o elevado consumo interno de lácteos, que corresponde a cerca de 75% de toda a produção nacional, deixando apenas 25% para exportação.

Em algumas regiões do país, há uma competição de terra com outras produções agrícolas, como a bovinocultura de corte, o cultivo de milho, trigo, entre outros.

A distribuição da produção de leite na Argentina mostra que 30% ocorre em sistemas extensivos, a pasto, 33% em sistemas mistos e 37% em sistemas intensivos. Independentemente do sistema, a produção de leite apresenta margens brutas superiores às de outras atividades agrícolas. Os custos são distribuídos, sendo 56% relacionados à alimentação, 16% à cria e recria e 4% às forrageiras.

No entanto, nos últimos anos, houve uma redução na margem bruta da produção de leite em relação ao histórico do país, acompanhada por um significativo aumento nos custos com alimentação concentrada.

As estratégias adotadas pelo país incluem foco no bem-estar animal, melhoramento genético, nutrição, eficiência e sustentabilidade ambiental. Algumas fazendas estão buscando produzir mais com menos, adotando práticas que reduzem o uso de insumos, por exemplo.

Apesar da boa competitividade no mercado internacional, a produção na Argentina enfrenta diversos desafios, como  infraestrutura precária, incluindo estradas rurais e instalações inadequadas em alguns laticínios, que resultam em baixa eficiência. Questões econômicas, como a falta de crédito e financiamento, e lacunas políticas, onde o país carece de uma política leiteira clara, também são limitantes significativos.

Em conclusão, a competitividade do setor lácteo argentino é impulsionada pela disponibilidade de terra e vantagens competitivas em diferentes sistemas de produção, além das tecnologias que têm impulsionado o crescimento do setor. No entanto, a falta de políticas públicas eficazes representa um desafio significativo para a sustentabilidade e o desenvolvimento contínuo do setor. (Milkpoint)


Espera-se que as compras de leite em pó da China aumentem até o final de 2024

Durante a conferência anual Price Outlook 2024, realizada pelo Inale na terça-feira, 20 de março, em sua sede, a economista Mercedes Baraibar apresentou um panorama do que o mercado internacional de lácteos deixou em 2023 e fez algumas projeções sobre o que pode acontecer no restante deste ano.

A integrante do Departamento de Informações e Estudos Econômicos da Inale disse que, no atual contexto internacional, não são esperadas variações significativas na produção das principais regiões exportadoras (União Europeia, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos). Nos últimos dois anos, a produção mundial ficou estagnada devido a margens apertadas e eventos climáticos adversos que não incentivaram o aumento da produção.

Baraibar mostrou que, apesar da forte volatilidade do mercado internacional de lácteos, quando analisado em uma perspectiva de longo prazo, isso é deixado de lado. Por exemplo, o preço médio do leite em pó integral em 2023 foi de US$ 3.106/t, muito próximo da média de US$ 3.158/t registrada entre 2014 e 2023 na Oceania.

O especialista indicou que, do lado da demanda, não houve recuperação nas importações de leite em pó integral da China em 2023, embora tenha havido uma recuperação nas importações de outros produtos.

A China tem a chave

No comércio internacional de leite em pó integral, o principal produto de exportação do Uruguai, a chave para os preços é dada pelas compras feitas por dois grandes players: China e Argélia. A potência asiática fez compras de leite em pó integral de apenas 403.000 toneladas em 2023, bem abaixo das 701.000 toneladas em 2022 e das 849.000 toneladas em 2021.

"A variabilidade na demanda por importações da China tem um forte impacto sobre os preços do leite em pó integral", disse ele. De acordo com Baraibar, em 2024, espera-se que a China retome níveis mais altos de importações até o final do ano, embora eles estejam abaixo da média histórica.

As informações são do Tardáguila, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint.

Emater/RS: Informativo Conjuntural 1807 - BOVINOCULTURA DE LEITE

A transição de estações e a consequente redução da qualidade das forrageiras provocaram um maior esforço na manutenção da produção de leite, exigindo ajustes nas dietas por meio do aumento nos volumes de silagens e da melhoria na qualidade nutricional das rações. Apesar dos cuidados e das ações preventivas para o controle de ectoparasitas, observou-se um aumento no número de carrapatos nos rebanhos criados em sistema de pastagem. 

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, os produtores de leite em Bagé, Candiota e Hulha Negra estão enfrentando queda gradual na produção de leite devido à menor oferta de forragem verde e à redução na qualidade das forrageiras, causada pelo encerramento do ciclo das pastagens e pelos efeitos da estiagem, que durou cerca de 60 dias. 

Na de Caxias do Sul, a saúde dos bovinos de leite está dentro da normalidade para o período; foi realizado controle de ectoparasitas, especialmente carrapato, berne, mosca-dos-chifres e miíase. Na de Erechim, as temperaturas extremas causaram desconforto corporal nos animais, resultando em leve diminuição da produtividade. 

Na de Frederico Westphalen, os produtores estão sendo incentivados a planejar o cultivo de cereais de inverno para silagem, visando à redução de custos e à garantia de reserva alimentar para o rebanho, o que enfatiza a importância do planejamento forrageiro para melhor eficiência técnica, produtiva e econômica. 

Na de Ijuí, a produção continua estável e os animais apresentaram melhor escore corporal em 
comparação ao ano anterior em função da maior produção e qualidade dos alimentos. 

Na de Passo Fundo, os animais mantêm adequado escore corporal. Não foram registrados problemas sanitários nos rebanhos, e são realizados a manutenção das vacinas e o controle de endo e ectoparasitas. 

Na de Pelotas, as temperaturas mais altas e úmidas prejudicaram o conforto e o desempenho dos animais, afetando o pastejo. 

Na de Porto Alegre, os rebanhos estão em boa condição corporal e nutricional. Há oferta forrageira satisfatória, e ainda se dispõe de pastagem de verão em algumas propriedades. No entanto, há alta infestação por carrapato, que tem provocado tristeza parasitária e óbitos. 

Na de Santa Maria, o rebanho leiteiro está em boas condições sanitárias e produtivas. 

Porém, em Júlio de Castilhos, os períodos de altas temperaturas e de baixa umidade do ar causaram estresse térmico nas vacas leiteiras, podendo afetar a produtividade e a qualidade do leite. 

Há focos de mastite nas propriedades e diversos casos de alto contagem de células somáticas no leite de algumas propriedades. No geral, a maioria dos produtores está entregando leite dentro dos padrões exigidos pela legislação. 

Na de Soledade, os produtores iniciam o planejamento da semeadura de espécies forrageiras de inverno, como aveia e azevém, cujos preços estão significativamente mais altos em comparação ao ano anterior. (As informações são da EMATER/RS adaptadas pelo SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Argentina – O faturamento das fazendas leiteiras caiu 8,1% no ano
Os números da produção de leite no início de 2024 não são dos melhores. Nos dois primeiros meses do ano, o faturamento médio das fazendas leiteiras do país caiu 8,1%, sendo que o faturamento de fevereiro recuou 12,5% em relação a janeiro, segundo o Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla). Para o cálculo, toma-se a produção mensal de uma fazenda média com base nos dados do Sistema Integrado de Gestão da Leiteria Argentina (Siglea), e multiplica-se pelo preço médio e o resultado é atualizado com base no Índice de Preços ao Consumidor (IPC). “A variação interanual de janeiro de 2024 em relação a janeiro de 2023, em pesos, foi de -9,7%, resultado de uma queda de 8,8% da produção e redução de 0,9% no preço”. Faturamento mensal em US$ em moeda estrangeira, a perda de faturamento dos estabelecimentos ainda é maior. Segundo o Ocla, em relação ao mês anterior (janeiro), a queda de fevereiro, em dólares, foi de 2,7%. Com relação a igual mês de 2023, a perda é de 19%, e no acumulado do ano (janeiro e fevereiro de 2024 em relação a janeiro e fevereiro de 2023), a perda é de 24,2%. (Fonte: La Voz – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


 
 

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Porto Alegre, 22 de março de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.110


Uruguai – Estimativa de preço ao produtor para 2024

No encerramento da jornada anual do Inale Perspectiva de Preço 2024 o Instituto Nacional do Leite (Inale) divulgou as estimativas do preço do leite ao produtor no ano em curso.

Na jornada, a equipe técnica do instituto leiteiro analisou o contexto internacional e estimou o preço do leite ao produtor para 2024.

Ulises Calaitzy, gerente geral do Inale, abriu as atividades destacando a importância do Inale gerar informações e dados que servem para o planejamento anual das empresas. 

A equipe técnica começou fazer estas estimativas em 2020 em um contexto de muitas incertezas como foi a propagação da Covid-19 e desde então, realiza a jornada todos os anos.

Esta foi a 4ª edição da Perspectiva de Preços.

O leite em pó integral é determinante
O Uruguai, por sua condição de exportador de lácteos, depende do que ocorre no mercado internacional e o preço internacional do leite em pó integral é determinante na hora de estimar o preço do leite ao produtor.

Dois Modelos – A equipe técnica do Inale elaborou dois modelos para estimar o preço do leite ao produtor. O primeiro, baseado em séries históricas e que resultou em um valor entre US$ 0,37 e US$ 0,39 o litro. O segundo modelo, baseado em uma simulação de probabilidades, indicou que o preço do leite ao produtor em 2024 estará entre US$ 0,32 e US$ 0,37.

No contexto internacional atual não se preveem variações significativas de produção nas principais regiões exportadoras (União Europeia, Austrália, Nova Zelândia e Estados Unidos).

Espera-se que a China retome as importações em níveis maiores durante 2024, mas ainda assim, abaixo das médias históricas.

Poderá haver certa melhora nos preços internacionais, mas dependerá do balanço entre a oferta e a demanda.

Principais Conclusões

  • As estimativas de preço ao produtor para 2024 são as seguintes:
  • O modelo com base nas séries históricas: entre US$ 0,37 e US$ 0,39
  • Modelo com simulação de probabilidades: entre US$ 0,32 e US$ 0,37.
  • Contexto internacional
  • A produção será estável nas principais regiões exportadoras.
  • Provável recuperação da demanda por importações pela China. 

(Fonte: TodoElCampo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Piracanjuba ProCampo: respeito e parceria com o produtor de leite
 
Com mais de seis décadas no mercado, o Grupo Piracanjuba se tornou especialista em leite, transformando essa rica matéria-prima em um portfólio variado. Para alcançar esses resultados, a marca conta com mais de 8 mil fornecedores de leite diretos que, todos os dias, se dedicam à produção desse importante alimento. Para o Grupo Piracanjuba, a parceria com os produtores é focada na confiança e, por isso, instituiu o Programa de Relacionamento com o Produtor de Leite - o Piracanjuba ProCampo, com ações que incluem comunicação clara, além da oferta de serviços e programas que permitem ser referência para o produtor, além de estabelecer uma forte parceria promovendo inovação e sustentabilidade nos seus negócios e transmitir, através dessa relação, o amor genuíno pelo leite.
 
“Nosso programa une forças, conhecimento técnico, capacitação e atenção aos detalhes, pois acreditamos que, com essas iniciativas, conseguimos tornar a atividade leiteira ainda mais sustentável, digital e eficiente”, destaca o diretor de Compra de Leite, Edney Murillo Secco.
 
O Piracanjuba ProCampo oferece quatro pilares estratégicos de ações: projetos; comunicação; produtos e serviços; inovação e capacitação. O incremento do suporte aos produtores contempla melhorias em áreas como qualidade e manejo. Esse apoio ocorre por meio do próprio time de campo da Piracanjuba, a partir das demandas do fornecedor.
 
“Nossa equipe está dedicada a trabalhar para oferecer suporte contínuo e adoção de práticas responsáveis, que criarão um futuro promissor para os produtores de leite e para o meio ambiente. Trabalhamos para investir em treinamentos especializados e atualizações constantes, fornecendo as melhores práticas e ferramentas disponíveis. Também compreendemos a importância de construir relações sólidas e duradouras com os produtores, com o foco em pessoas, nos animais e no meio ambiente”, ressalta Murillo.
 
Em uma das frentes, batizada de ProCampo Consultoria, a Consultoria Técnica e Gerencial é oferecida aos produtores por meio de consultores terceirizados. Eles fazem visitas mensais às propriedades. A Piracanjuba garante a qualidade da prestação do serviço do consultor e contribui com um auxílio de custo dessas visitas.
 
Em comunicação, além de disponibilizar conteúdos voltados à pecuária leiteira em site e nas mais diferentes redes sociais, o programa conta com aplicativo próprio, disponível gratuitamente para smartphones com sistemas Android e iOS.
 
No canal, após se cadastrar, o produtor pode conferir o preço do leite atualizado; acompanhar o volume de leite coletado diariamente; acompanhar os resultados de qualidade e receber alertas importantes; além de ter acesso a notícias do setor e da empresa.
 
“Convidamos todos os interessados a conhecerem o ProCampo e a descobrirem como podemos crescer juntos, incentivando a cadeia produtiva do leite no Brasil”, convida o diretor. (Piracanjuba)

PIB argentino caiu 1,4% no último trimestre

O Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina caiu 1,4% no quarto trimestre de 2023 na comparação com igual período do ano anterior, informou ontem o Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec). Já na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2023 houve queda de 1,9%. Ainda havia elevação nos índices na passagem do segundo para o terceiro trimestre no ano passado, quando um avanço de 2,2% tinha sido apurado. 

O quarto trimestre de 2023 na Argentina foi marcado, na política pelo fim do governo de Alberto Fernández e pela posse de Javier Milei na presidência, em 10 de dezembro. O país vive uma crise social e econômica. Desde que assumiu o cargo, Milei lançou um ajuste fiscal que resultou em um superávit financeiro em janeiro e fevereiro, algo considerado inédito desde o começo de 2011. 

Por outro lado, há uma tensão crescente alimentada por demissões, queda no valor de pensões, aumento de preços de alimentos e medicamentos, e um salto nas tarifas de serviços públicos devido à eliminação de subsídios. De dezembro a fevereiro a inflação acumulada superou 70%. Em 12 meses este acumulado vai a 280%. Após anos de aumentos de preços, o país vizinha caminha para um contínuo colapso no poder de compra em razão das perdas inflacionárias nos salários. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 12/2024 – SEAPI
A previsão indica chuvas e declínio das temperaturas nos próximos sete dias no RS. Na quinta (21), uma frente fria avançará pelo Estado causando acumulados de chuva, ventos fortes e declínio das temperaturas. Na sexta-feira (22), com o avanço do sistema frontal e a configuração de alta pressão se estabelecendo no Estado, deverá causar o declínio nas temperaturas. A partir de sábado (23), o tempo firme permanece em todo o estado. Os principais volumes esperados deverão ser na Zona Sul do Estado entre 50 e 100 mm. Na Campanha e na Fronteira Oeste os volumes deverão oscilar entre 35 e 50 mm e no restante do Estado os valores não devem ultrapassar os 30 mm. Na segunda-feira (25), terça-feira (26) e quarta-feira (27) a previsão indica tempo seco com temperaturas amenas para o RS. O boletim, elaborado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Emater/RS-Ascar e Irga, também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 
 

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Porto Alegre, 21 de março de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.109


Eficiência leiteira mais próxima do campo 

Produtores de leite do Rio Grande d o Sul dispõem, agora, de uma ferramenta para tornar sua propriedade mais eficiente na produção e na qualidade do leite. Trata-se da Avaliação de Eficiência das Propriedades Leiteiras, uma inteligência que analisa informações específicas de cada negócio e as compara com referências do setor no Estado. O objetivo é que os resultados sirvam para auxiliar os gestores nas tomadas de decisões, com foco em ampliar a produtividade e a rentabilidade na pecuária leiteira.

A novidade foi anunciada pela Emater/RS – Ascar, ontem. na primeira edição do Seminário Pecuária de Leite do Rio Grande do Sul, realizado na 22ª Expoagro Afubra, em Rio Pardo. A ferramenta é composta por 11 indicadores que servem de base para a avaliação de eficiência produtiva de cada empreendimento. “Esta nota é baseada numa escala feita a partir de um levantamento estadual”, explica o extensionista da Emater, Diego Barden dos Santos. “De uma maneira geral, os produtores de leite não conhecem seus números. Se conhecem, não sabem fazer as correlações necessárias”, disse o engenheiro agrícola no Auditório Central do Parque de Exposições da Afubra, em Rio Pardo. 

O sistema de avaliação será disponibilizado por meio dos escritórios regionais da Emater/RS-Ascar. Os extensionistas orientarão os produtores no preenchimento dos dados e os acompanharão na obtenção dos resultados. “O técnico da Emater vai orientar o produtor para encontrar o caminho a seguir naqueles indicadores que estão aquém da média estadual. Queremos ajudá-lo a melhorar seus indicadores”, garante Santos. 

O seminário também serviu de palco para divulgação do Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite, elaborado a cada dois anos e apresentado na Expointer de 2023. Segundo a Emater/RS-Ascar, 33 mil produtores gaúchos seguem na atividade, quantidade 60,78% menor que a de 2015, de 84,19 bovinocultores de leite. Na mesma base comparativa, no entanto, o volume de leite anual do Rio Grande do Sul reduziu 8,9%. “Os números evidenciam que quem permanece na atividade empenha-se em trabalhar de forma a qualificar seus indicadores”, afirmou o assistente técnico de Bovinos de Leite da Emater/RS-Ascar, Jaime Ries. 

O Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat/RS) aproveitou o evento para lançar o 3° Prêmio Referência Leiteira, que reconhece e divulga cases de sucesso em bovinocultura leiteira. A premiação contempla seis diferentes categorias: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira. (Correio do Povo)


IPVDF sediará III Seminário Gaúcho de Tuberculose

O Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Saúde Animal Desidério Finamor (IPVDF), da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), sediará o III Seminário Gaúcho de Tuberculose, alusivo ao Dia Mundial de combate à Tuberculose. O evento, presencial, será realizado em 27 de março (quarta-feira), a partir das 9h, no auditório do IPVDF, na Estrada do Conde, 6000, Eldorado do Sul. Os ingressos podem ser adquiridos gratuitamente neste link.

O III Seminário Gaúcho de Tuberculose tem como público-alvo estudantes e profissionais da área da saúde, com o objetivo de aprimorar o conhecimento e a discussão sobre a tuberculose animal e humana, proporcionando o intercâmbio entre os participantes do evento. A edição desse ano é comemorativa aos 12 anos do Grupo de Estudos em Micobactérias do IPVDF.

Programação
Manhã
9h – "Grupo de Estudos em Micobactérias (GEM)" – Angélica Bertagnolli (Seapi)
9h30 – "Breve história do controle da tuberculose bovina" – Rodrigo Etges (Seapi)
10h10 – Intervalo
10h40 – "Combate à tuberculose: por que consumir alimentos inspecionados?" – Gisele Branco (Seapi)
11h20 – "Panorama da tuberculose humana no RS" – Daniel Pavanelo (SES)
12h – Intervalo - Almoço

Tarde
13h30 – "Microbiota e tuberculose" – Cristine Cerva (Seapi)
14h10 – "Tuberculose e vida silvestre: o que precisamos saber?" – Fabiana Mayer (UFRGS)
14h50 – Intervalo
15h20 – "Projeto de educação sanitária na região Noroeste da Serra Gaúcha" – Marinês Lazzari (Seapi)
16h – Discussão e encerramento
(Fonte: SEAPI)

Argentina – A produção de leite de fevereiro de 2024 recuou 17%

Os efeitos negativos do clima continuam impactando nos índices de produção de leite.

Em meio à onda de calor, em fevereiro passado, foram produzidos 686 milhões de litros de leite, o que representou queda de 12% em relação a janeiro. Em comparação com fevereiro do ano passado, a redução foi de 17%.

Segundo os dados publicados pelo Observatório da Cadeia Láctea Argentina (OCLA), foi a maior baixa em quantidade de litros dos últimos 5 anos. Mas de acordo com as estatísticas do analista José Quintana, trata-se da maior diminuição interanual dos últimos 40 anos.

Os motivos de semelhante redução na oferta de leite, que impacta em cheio no faturamento das fazendas leiteiras, estão relacionados ao clima. As altas temperaturas afetaram as vacas, e mais ainda nos estabelecimentos que não possuem uma infraestrutura necessária para mantê-las abrigadas, como galpões ou sombras apropriadas.

As regiões mais prejudicadas foram as bacias leiteiras de Córdoba e Santa Fe, seguidas logo por Buenos Aires.

O OCLA projeta queda similar em março (pois, acrescente-se ao calor, as chuvas intensas) e que este ano a expectativa é de que a produção de leite caia entre 3% e 5%.

Diante deste cenário os preços deveriam continuar subindo de forma acentuada, como vem ocorrendo nos últimos meses, o que não significa que isso possa compensar o faturamento das fazendas com a menor produção.

Além da exportação, para onde são canalizados, historicamente, 25% da produção nacional e que agora vinha crescendo, começa a ter problemas de competitividade em decorrência da defasagem cambial do dólar, e uma inflação interna que está aumentando de forma acelerada desde dezembro.
Tudo isso reduz a capacidade de pagamento da indústria de laticínios, mesmo diante da pouca oferta e não seria de estranhar que se termine pagando acima de sua capacidade como ocorreu em outras épocas e com tantos outros produtos. (Fonte: Bichos de campo – Tradução livre: www.terraviva.com.br)

 

Jogo Rápido

Imposto de Renda
O contribuinte que caiu na malha fina e acertou as pendências ou entregou com atraso a sua declaração pode verificar a partir de hoje se está no lote residual de restituição do Imposto de Renda. O órgão liberará a consulta a partir das 10h com 205.930 contribuintes beneficiados, que receberão um total de R$ 339,01 milhões. (Jornal do Comércio)


 
 
 

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Porto Alegre, 20 de março de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.108


3º Prêmio Referência Leiteira está com inscrições abertas na categoria “Cases de Sucesso”

As melhores práticas da produção leiteira gaúcha já podem ser inscritas para participarem das categorias de “Cases de Sucesso”, do 3º Prêmio Referência Leiteira. O prazo para o protocolo da documentação vai até 14/06 de 2024. O regulamento completo e Ficha de Inscrição podem ser baixados pelo link (https://www.sindilat.com.br/site/2024/03/19/3o-premio-referencia-leiteira-cases-de-sucesso/) e também estão disponíveis nos escritórios municipais da Emater/RS. 

Lançado oficialmente na manhã desta quarta-feira (20/03) durante o seminário: Pecuária de Leite do RS na Expoagro Afubra realizada no Parque de Exposições em Rincão Del Rey, município de Rio Pardo (RS), a premiação está dividida entre seis categorias de Cases: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira. 

Podem participar propriedades estabelecidas no Rio Grande do Sul que comercializam leite cru in natura para indústria ou que processem o leite em agroindústria própria, explica o presidente da comissão do Prêmio Referência Leiteira, o zootecnista Jaime Eduardo Ries, da Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica (Emater/RS).  “O concurso significa um reconhecimento pelo esforço que os produtores fazem no dia a dia, nesta atividade que exige bastante dedicação, ao longo de todo o ano. É importante valorizar estas pessoas que se destacam e que, apesar de todas as dificuldades, continuam fazendo o seu trabalho com afinco para produzir um alimento de extrema qualidade para a população gaúcha”, assinala Ries.

Pelo regulamento, é possível se inscrever em apenas uma das categorias através do envio das informações solicitadas, em remessa única, por correio eletrônico, à Emater/RS (jries@emater.tche.br) e ao Sindilat (sindilat@sindilat.com.br), explica o vice-coordenador do 3° Prêmio Referência Leiteira, Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS).  A ação tem o apoio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR).

Na primeira parte do processo de inscrições para esta 3ª Edição da premiação, as fazendas se credenciaram para disputar nas categorias: Propriedade Referência em Produção de Leite, divididas entre sistemas de criação a pasto com suplementação ou de semiconfinamento/confinamento. As três que atingirem os melhores índices em cada processo, assim como as melhores em cada Case, serão conhecidas durante evento na Expointer 2024. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Crédito: Raquel Aguiar Emater/RS-Ascar)


'Minas grita pelo leite': por que os pecuaristas estão protestando?

Os produtores brasileiros de leite enfrentam anos de dificuldades financeiras, que se agravaram em 2023. A crise reflete um problema estrutural de ineficiência e falta de competitividade nas fazendas, além do aumento nas importações de produtos lácteos, principalmente da Argentina e do Uruguai.No ano passado, as compras do exterior saltaram 68,8%, para 2,2 bilhões de litros. O setor chegou a pagar R$ 1,80 por litro, abaixo do custo de produção, estimado entre R$ 1,80 a R$ 2,25 por litro, dependendo da região, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite).

Em Minas Gerais, maior bacia leiteira do país, com produção de 9,4 bilhões de litros por ano, a Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) decidiu lançar o movimento “Minas grita pelo leite” para sensibilizar o governo e a sociedade sobre a situação do setor.

O movimento cobra do governo federal medidas de salvaguarda para os produtores de todo o país. Também pretende alertar a população sobre a crise enfrentada pelos pecuaristas leiteiros. Na segunda-feira (18/3), foi realizado um evento em Belo Horizonte com cerca de 7 mil produtores de leite de Minas Gerais para pedir ao governo federal medidas para barrar a importação.

O presidente da Faemg, Antônio de Salvo, e o governador mineiro, Romeu Zema (Novo), assinaram um manifesto que foi enviado a Brasília.Também foi instalado um relógio — batizado de “gritômetro” — na porta da Faemg para medir quanto tempo o governo federal levará para anunciar medidas de apoio ao setor.

Não foi o primeiro protesto do setor contra as atuais condições de produção e mercado. Em agosto de 2023, quando uma comitiva de produtores e representantes do setor lácteo foi a Brasília falar com deputados e governo federal para pedir medidas para frear as importações de produtos lácteos.

Como as importações afetam os produtores brasileiros?
As importações de produtos lácteos ajudam a compor a oferta para consumo no país. quando há um forte aumento tende a gerar uma oferta de produtos maior do que a demanda. Os produtores locais são pressionados a reduzir os preços para conseguir vender.

Outro fator é o preço do importado. De acordo com o presidente da Faemg, Antônio de Salvo, o leite em pó principalmente da Argentina chega ao Brasil a valores mais baixos porque a produção é subsidiada, derrubando os preços no varejo e ao produtor.

A situação tem desmotivado parte dos produtores, que reduzem o número de vacas ou deixam de vez a atividade. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o número de propriedades de pecuária de leite caiu de 84,2 mil em 2015 para 33 mil em 2023.

Pode faltar leite no Brasil?
No curto prazo, o excesso de oferta causado pelo aumento das importações deixa a oerta maior e os produtos lácteos mais baratos para o consumidor. Os representantes do setor leiteiro arguentam, no entanto, que, se o excesso de oferta se mantém por um longo período, produtores podem desistir da ativiade e a produção local pode cair.
Com isso, o mercado brasileiro se tornaria mais dependente de importações e, consequentemente, mais exposto às variações de preços internacionais do leite. Além disso, qualquer variação no câmbio afeta o preço que os produtos podem atingir nas gôndolas.

De acordo com a Abraleite, uma vaca demora em torno de quatro anos para produzir leite de forma competitiva. Por conta disso, a saída de produtores do setor afeta a oferta no longo prazo, sendo mais difícil a recuperação do setor. A associação considera que, ainda não há risco de falta de leite no mercado. Mas, se não forem adotadas medidas para amparar os pecuaristas leiteiros, o risco aumenta para o futuro.

Por que o leite importado consegue ser mais barato?
O leite importado, principalmente da Argentina, chega no Brasil mais barato que o leite produzido internamente no país por alguns fatores. Um deles foi uma espécie de subsídio concedido no ano passado. O governo criou um programa que pagava de 10 a 15 pesos por litro produzido por pequenos pecuaristas. A medida estimulou a produção na Argentina e as exportações de lácteos para o Brasil.

Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat RS) acrescenta que o leite argentino é mais competitivo que o do Brasil. A logística é mais barata porque as distâncias são menores. E a produtividade é superior.

“A Argentina produz 10 bilhões de litros de leite por ano, com 10 mil produtores. Minas Gerais, que produz 9,4 bilhões de litros anualmente, tem 216 mil produtores. No Uruguai, 2 mil produtores produzem 2 bilhões de litros por ano. Só isso já dá diferença na competitividade”, afirma Palharini.

Segundo ele, o preço do leite ao produtor na Argentina gira em torno de US$ 0,35 por litro. No Brasil, é de US$ 0,45.

Qual a previsão do preço do leite para 2024 no Brasil?
A expectativa da Central de Inteligência do Leite (CILeite) da Embrapa é que os preços pagos ao produtor de leite em 2024 fiquem acima do valor registrado no ano passado. Em 2023, o preço médio ao produtor teve média anual de R$ 2,4680 por litro, 14% abaixo da média de 2022. Em janeiro deste ano, o valor aumentou 5% em relação a dezembro, para R$ 2,13 o litro na média nacional. Em comparação com janeiro do ano passado, no entanto, está 19,8% mais baixo.

Glauco Carvalho, economista e pesquisador do CILeite, disse que a produção domésticafoi menor neste início de ano, o que ajudou a elevar os preços. Outro fator é a proximidade da entressafra no país. “A partir de março, abril vai ter produção de leite caindo na maior parte dos Estados. Isso traz pressão altista. Há incertezas, no entanto, em relação ao volume de importação”, afirmou Carvalho.

Medidas de ajuda ao setor
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou que o governo vai prorrogar as dívidas de crédito rural que vencem neste ano, incluindo as dívidas dos produtores de leite. Os investimentos que vencem em 2024 serão prorrogados de acordo com os contratos.

Outra medida é a liberação de uma linha voltada para capital de giro para quitar dívidas do dia a dia. Além disso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) trabalha para criar uma linha de Cédulas de Produto Rural (CPR) de capital de giro.

Em Minas Gerais, o governo retirou as empresas importadoras de leite em pó do Regime Especial de Tributação. Com isso, passarão a pagar 18% de ICMS na venda dos produtos importados.

Na semana passada, o deputado federal Zé Silva (SD-MG) propôs ao governo federal o direcionamento de R$ 1 bilhão para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para atender a modalidade de compra de leite em pó. Também sugeriu a inclusão do produto na merenda escolar em todos o país por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Em fevereiro deste ano, entrou em vigor o Decreto nº 11.732, assinado em outubro passado pelo governo federal, para desestimular a importação de lácteos. O texto estabelece que apenas empresas que não compram lácteos de países do Mercosul e participam do Programa Mais Leite Saudável, do Ministério da Agricultura, possam aproveitar até 50% do crédito presumido de PIS e Cofins da compra do leite in natura de produtores brasileiros. Os importadores têm o índice reduzido para 20%.

A expectativa era que a medida pudesse conter as importações. Em fevereiro, foram 180 milhões de litros, com queda de 12,7% em relação a janeiro, mas ainda 18,9% acima do volume registrado no mesmo mês do ano passado.

O governo também lançou no ano passado uma linha de capital de giro de R$ 700 milhões para cooperativas de produtores de leite, considerada por muitos insuficiente para amenizar os problemas do setor. (Globo Rural)

Aumento da renda faz brasileiro reduzir pontos de venda, diz Kantar 

O aumento da renda em 2023 fez com que o brasileiro precisasse acessar menos pontos de vendas para abastecer a sua despensa. Se até 2022 o consumidor recorria a oito ou mais varejistas, no ano passado, ele passou a visitar em média 7,5 pontos de vendas, de acordo com levantamento feito pela Kantar Consumer Insights. Pode parecer uma diferença sutil, mas é reflexo de uma mudança no hábito de consumo. É que, pela primeira vez desde a crise econômica mais recente, o consumidor está conseguindo suprir as necessidades de casa com uma compra maior — e eventualmente mais cara —, sem ter de percorrer tantas gôndolas. 

Não à toa, alguns canais perderam e outros ganharam a lealdade dos compradores. O atacarejo ficou do lado menos privilegiado dessa balança. O segmento recuou 2 pontos percentuais entre a base de consumidores, para uma penetração de 80,8%. Trata-se da primeira queda desde 2015, segundo Rafael Couto, diretor de análises avançadas da Kantar, divisão Worldpanel. Do outro lado está o e-commerce, que manteve sua trajetória de alta, apesar de não apresentar o mesmo fôlego visto durante a pandemia. 

A penetração dos canais digitais aumentou 1 ponto percentual em 2023, para 22,2%, com destaque para a venda de unidades de mercearia doce (alta de 32,9%), bebidas (44,9%) e itens de higiene e beleza (24,5%). A expectativa é que o consumo de bens massivos no Brasil continue em alta em 2024. Isso se deve à recuperação das “compras do mês”, que passaram de uma queda 3% em 2022 para uma alta de 9% em 2023. Isso não exclui as ocasiões fragmentadas de compras, que tiveram aumento de 4% e de 8%, respectivamente. “É claro que esse cenário descreve a realidade principalmente das classes A e B, que têm maior poder de escolha. Os consumidores das classes D e E acabam limitados ao mercadinho perto de casa, que costuma ser mais caro do que os grandes varejistas. Isso acontece porque essas pessoas muitas vezes não têm carro para transportar as compras”, explica. 

O levantamento também aponta que promoções têm permitido aos consumidores equilibrar melhor o orçamento. “Muitos preferem comprar itens do dia a dia de marcas mais baratas para ter dinheiro para gastar em uma cerveja premium, por exemplo”, diz o diretor da Kantar. (Valor)

 

Jogo Rápido

Indústria reduziu produção, mas emprego teve avanço
As grandes indústrias tiveram um desempenho mais positivo em comparação com as pequenas e as médias em fevereiro de 2024. De acordo com a Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada ontem, o índice de evolução da produção industrial atingiu 48,5 pontos, resultado abaixo dos 50 pontos, o que indica redução da produção frente a janeiro. No entanto, o indicador está 1,8 ponto acima da média dos meses de fevereiro da série. A queda mais suave da produção industrial se deu devido ao desempenho positivo das grandes indústrias. A evolução no número de empregados atingiu 50,3 pontos em fevereiro deste ano, impulsionada pelo indicador de número de empregados para grandes empresas, que ficou em 51,7 pontos no período. O indicador de nível de estoques atingiu 49,7 pontos, abaixo dos 50 pontos, o que indica uma redução. Esta foi a quarta queda consecutiva apontada nos estoques. (Correio do Povo)


 
 
 

As inscrições encerram-se, impreterivelmente, às 23:59h do dia 14 de junho de 2024.

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR O REGULAMENTO

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR A FICHA DE INSCRIÇÃO

 

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Porto Alegre, 19 de março de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.107


GDT 19/03/2024

(Fonte: GDT)


Grupo Piracanjuba anuncia aquisição da empresa Emana, de Rodrigo Hilbert

O Grupo Piracanjuba dá início à expansão dos negócios para o setor de alimentos com a aquisição da Emana, empresa de suplementos voltada para nutrição e bem-estar, fundada pelo empresário e apresentador Rodrigo Hilbert. Trata-se da primeira aquisição do Grupo, que já conta com as marcas Piracanjuba e LeitBom, além das licenciadas Almond Breeze, Ninho e Molico (leite longa vida). Para o presidente do Grupo Piracanjuba, Luiz Cláudio Lorenzo, “a Emana chega como uma oportunidade de desbravar novos mercados e será determinante em nossos planos de ser uma das melhores marcas de nutrição do país”.

Ainda segundo o presidente, “ao unir a capilaridade do Grupo Piracanjuba à variedade do portfólio Emana, damos mais um passo em direção à nossa missão de levar o cuidado que alimenta a vida para todos os brasileiros. Com a aquisição, também, iniciamos nossa estratégia de ir além do segmento lácteo, sempre atentos ao consumidor do futuro, sem perder de vista o foco em qualidade”, reforça Lorenzo.

“Foi um encontro de propósitos. Sempre quis que as pessoas se alimentassem melhor e soubessem o que estão comendo. Então, a Emana nasce quase que de forma natural, a partir dessa influência de vida saudável, que começou com minha família, expandiu para meus amigos e foi crescendo até tomar proporções inimagináveis”, destaca Rodrigo Hilbert, que permanece no negócio. “A Emana é uma marca para quem se cuida, se ama, se respeita. Queremos estimular a criação de hábitos mais saudáveis e, para isso, é preciso nos conectar genuinamente com as pessoas. Chegar na casa de todo mundo e levar informações que façam a diferença no dia a dia: é para isso que a Emana existe. E encontramos, no Grupo Piracanjuba, um parceiro com valores alinhados aos nossos, capaz de manter nossa essência”, completa o empresário.

Atualmente, o mix de produtos Emana é composto por vitaminas, encapsulados, proteínas, shots funcionais, gomas, entre outros. O portfólio será assinado pela Emana e pela marca corporativa Grupo Piracanjuba. As opções podem ser encontradas no site  www.souemana.com.br  e em lojas de produtos saudáveis e de suplementos. Em breve, também estarão disponíveis em farmácias, lojas de varejo alimentar e parceiros de e-commerce, em todo o Brasil.
 
Sobre o Grupo Piracanjuba
Com origem no interior de Goiás, o Grupo Piracanjuba nasce forte e presente na vida das famílias de todo o Brasil. Hoje, reúne as marcas Piracanjuba, LeitBom, Emana e as licenciadas Almond Breeze, Ninho e Molico (leite longa vida), com mais de 200 produtos no portfólio. Com quase quatro mil colaboradores, sete unidades fabris e 15 postos de recepção de leite, possui capacidade de processar até 6 milhões de litros de leite por dia, além de fazendas de eucalipto e programas de educação continuada. Grupo Piracanjuba. Cuidado que alimenta a vida.

Sobre a Emana
Emana é uma marca de suplementos com foco em nutrição e bem-estar. Criada em 2021 pelo empresário e apresentador Rodrigo Hilbert, juntamente com o sócio, Eduardo Cama, a Emana tem no portfólio uma ampla linha de produtos, entre vitaminas, encapsulados, proteínas, shots funcionais e gomas. Em 2024, a marca passa a integrar o rol de negócios do Grupo Piracanjuba. O propósito da Emana é alcançar cada vez mais pessoas que buscam informação sobre saúde e acreditam na transformação de seu dia a dia a partir das boas escolhas alimentícias. (As informações são da Assessoria de imprensa do Grupo Piracanjuba, adaptadas pela equipe MilkPoint)

Mais cortes de despesa colapsariam o RS, diz Sefaz

A titular da Secretaria da Fazenda (Sefaz) do Rio Grande do Sul, Pricilla Santana, defendeu, durante audiência pública realizada ontem na Assembleia Legislativa, o corte de benefícios fiscais promovidos pelo governo Eduardo Leite (PSDB) no Estado. Para ela, medidas alternativas como redução no ritmo de investimentos seria como “abrir mão do futuro” e cortar mais despesas iria “colapsar o Estado”. “Nos últimos cinco anos, o Estado fez o maior ajuste previdenciário (do País), congelou salário como nenhum outro estado, a fadiga fiscal se faz presente. Chega um momento que não adianta eu esgarçar o tecido do lado da despesa que ele vai rasgar, romper e colapsar o Estado”, afirmou Pricilla. “Não tem mais espaço para cortar do lado da despesa, sob pena de tornar insustentável a convivência no estado do Rio Grande do Sul, a prestação de serviços na saúde, educação, segurança. Eu preciso redeterminar o patamar de arrecadação do Rio Grande do Sul”, completou a titular da Fazenda. 

Ela também reforçou uma posição que já havia externado o líder do governo no Parlamento, deputado Frederico Antunes (PP), em recente entrevista ao Jornal do Comércio: o governo não vê como alternativa a redução da capacidade de investimento para gerar receita a fim de cobrir déficit orçamentário. “Não gostaria que a opção fosse fazer uma adequação via redução de investimento. Além de ser insuficiente, pois hoje estamos investindo algo como R$ 1,5 bilhão por ano, significa, de novo, abrir mão do nosso futuro. Não sei se essa casa (Assembleia Legislativa) gostaria de ter uma resposta como essa”, disse a economista. 

Pricilla reiterou essas posições durante audiência pública promovida pelas comissão de Finanças e de Economia do Legislativo gaúcho, na qual estavam presentes deputados estaduais, além de representantes dos mais diversos setores da economia gaúcha, personificados na mesa na figura do presidente da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), Rodrigo Sousa Costa. Na ocasião, a secretária também revisou a estimativa de corte de benefícios, após as mudanças anunciadas pelo governador Eduardo Leite (PSDB) na semana passada. Se inicialmente havia previsão de corte de 40% dos incentivos fiscais, após as alterações, a Fazenda estima em menos de 20% essa redução. “Estamos manejando menos de 20% de todos os incentivos fiscais concedidos pelo estado do Rio Grande do Sul”, afirmou a economista. 

Há a expectativa de, ainda nesta semana, uma nova reunião entre a cúpula do Palácio Piratini, incluindo a Fazenda, e os representantes de entidades empresariais e setores da economia. São esperadas novas mudanças nos decretos, principalmente em relação ao Fator de Ajuste de Fruição (FAF). Há o entendimento de que alguns setores têm mais dificuldade de adquirir insumos produzidos internamente no Estado - fator pelo qual o FAF condiciona parte da concessão de benefícios fiscais. (Jornal do Comércio)


Jogo Rápido

Balança comercial tem superávit de US$ 1,503 bilhão 
A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 1,503 bilhão na terceira semana de março (dias 11 a 17). De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados ontem o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,455 bilhões e importações de US$ 4,951 bilhões. No mês de março, o superávit acumulado é de US$ 3,576 bilhões e, no ano, de US$ 15,518 bilhões. (Jornal do Comércio)


 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 18 de março de 2024                                                         Ano 18 - N° 4.106


Lançamento da segunda fase do 3° Prêmio Referência Leiteira acontecerá durante a Expoagro Afubra na quarta-feira

Será lançada, nesta quarta-feira (20/03), a segunda fase da etapa de inscrições para o 3° Prêmio Referência Leiteira. A apresentação da disputa na categoria Cases, será concomitante ao Seminário: Pecuária de Leite do RS - Principais informações e indicadores, durante a Expoagro Afubra. O encontro será realizado no Auditório Central, a partir das 9h, que ocorre no Parque de Exposições em Rincão Del Rey, no município de Rio Pardo (RS). 

A apresentação do regulamento ficará a cargo do presidente da comissão do Prêmio Referência Leiteira, o zootecnista Jaime Eduardo Ries, da Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica (Emater/RS), que também fará a palestra da manhã. Ele estará acompanhado do vice-coordenador do 3° Prêmio Referência Leiteira, Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), e de Ronaldo Santini, secretário estadual de Desenvolvimento Rural (SDR). As três entidades são as promotoras da distinção.

Assim como na edição passada, a premiação para os melhores Cases será dividida em seis categorias: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira. Na primeira parte do processo de inscrições para a 3ª Edição da premiação, as fazendas se credenciaram para disputar nas categorias: Propriedade Referência em Produção de Leite, divididas entre sistemas de criação a pasto com suplementação ou de semiconfinamento/confinamento. As três que atingirem os melhores índices em cada processo, assim como as melhores em cada Case, serão conhecidas durante evento na Expointer 2024. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 

Rabobank prevê 'ano melhor' para produtores de leite

As margens devem se fortalecer devido ao aumento da produção e dos preços das commodities lácteas, embora as preocupações com as importações da China permaneçam e a produção da Argentina continue baixa.

Os produtores de leite da maioria dos principais países produtores globais poderão ver um retorno à lucratividade, já que os preços mais altos do leite na fazenda, os custos mais baixos dos insumos e o aumento dos preços das commodities lácteas devem se materializar ao longo de 2024 e no início de 2025, de acordo com o Rabobank.
A oferta de leite nos maiores produtores, chamados pelo Rabobank de Big 7 - UE, EUA, China, Brasil, Argentina, Nova Zelândia e Austrália - deve se tornar positiva no segundo semestre de 2024, embora o banco avise que a expansão da produção "levará tempo".

Mesmo na América do Sul, onde os produtores de leite brasileiros têm enfrentado um clima quente e seco fora de época e as margens de produção mais apertadas dos últimos anos, e o setor argentino tem lutado para reverter as quedas na produção de leite, há sinais de positividade.

No Brasil, o Rabobank prevê melhores margens à medida que o ano avança, uma demanda crescente dos consumidores por produtos lácteos e custos de produção favoráveis com custos de ração mais baixos. De acordo com as previsões do banco, a produção deve aumentar 0,5% acima dos níveis de 2023.

Na Argentina, os preços do leite ao produtor já estão começando a acompanhar a inflação, e um clima mais favorável pode ajudar na recuperação da produção de leite a partir do segundo trimestre de 2024. No entanto, o setor de laticínios do país continua em "um doloroso período de transição".

Preços do leite devem aumentar
Os preços do leite ao produtor devem se recuperar das baixas observadas em 2023 e se firmar em todas as regiões, prevê o Rabobank.

Nos EUA, os preços da Classe IV manterão um prêmio sobre a Classe III durante todo o ano, com os preços da manteiga permanecendo "firmemente elevados" e os preços do cheddar devendo se estabilizar, já que a produção de queijo provavelmente aumentará devido à expansão da capacidade. As exportações terão novamente dificuldades para superar os recordes observados em 2022, com a demanda global permanecendo mais branda. A previsão do Rabobank para o crescimento da produção de leite é de 0,5%, levemente inferior à perspectiva de 0,7% do USDA.

A Austrália deve fornecer uma forte oferta de leite e prevê-se que termine a temporada 2,6% maior, com crescimento para 2024/25 na faixa de 3-4%. O clima favorável, com chuvas recordes a partir do outono e até janeiro de 2024, e padrões climáticos mais típicos até maio de 2024 ajudarão na produção. "Os produtores de leite desfrutarão de um 2024 forte", prevê o banco, com preços elevados do leite e preços favoráveis às margens a partir de 1º de julho.

A Nova Zelândia também gerou uma produção mais forte do que o esperado, que, apesar de ser 0,5% menor em volume, retornou coletas de sólidos do leite 0,8% maiores; a previsão é de que a produção no final da temporada diminua 0,7%, de acordo com o Rabobank. No entanto, espera-se que a nova temporada "tenha um início melhor".

As fracas perspectivas econômicas da China podem prejudicar o crescimento do consumo de lácteos, embora o Rabobank espere "uma melhoria contínua no equilíbrio entre oferta e demanda, com níveis de estoque em 2024 mais baixos do que em 2023". Com relação à produção de leite, o Rabobank prevê um crescimento de 2% em relação ao ano anterior e uma desaceleração no primeiro semestre de 2025 devido às margens fracas a negativas. O banco observa que as principais empresas de laticínios da China relataram avisos de perda de lucro líquido ou um declínio acentuado no lucro líquido para seus resultados de 2023.

Quanto às importações, o banco prevê um crescimento de 1,1% em relação ao ano anterior, incluindo uma melhora de 6% nas importações de leite em pó integral, para 460.000 toneladas, devido ao acesso livre de tarifas da Nova Zelândia e ao efeito de base baixa de 2023. A escala do aumento ainda é 20% menor do que a média de 10 anos, observou o banco, destacando uma tendência que tem visto um declínio consistente das importações de leite em pó para a China.

Na UE, a perspectiva de demanda também é positiva, à medida que os compradores recuperam a confiança e a inflação se contrai. Os preços do leite, do queijo e da manteiga caíram de acordo com o índice de preços ao consumidor de lácteos da UE-27, enquanto os maiores volumes de vendas de manteiga e queijo se materializaram nos últimos meses de 2023 na Alemanha, o maior mercado consumidor doméstico da Europa. Mas, em toda a região, os consumidores "são seletivos com seus gastos", observa o banco, alertando que "não devemos prever grandes mudanças na recuperação da demanda em 2024". O banco prevê um crescimento anual de 0,4% na demanda.

As fracas margens de lucro das fazendas melhorarão no primeiro semestre de 2024 graças ao fortalecimento dos preços do leite, com o banco prevendo que os preços nas principais regiões produtoras permanecerão próximos a €50-US$ 54/100 kg até o pico sazonal. De acordo com a análise, os preços básicos do leite ao produtor em 2024 ficarão em média em torno de €47,5-US$ 51,70/100 kg.

A produção de leite em todo o bloco deve permanecer negativa até o quarto trimestre de 2024, quando se prevê um aumento de 0,9% em relação ao ano anterior. (As informações são do Dairy Reporter, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)

Exemplo que inspira o futuro nos tambos

A trajetória de Tiago Pires Oliveira, 34 anos, é um exemplo de como os produtores de leite gaúchos podem avançar em produtividade e eficiência e se tornarem mais competitivos. Ele e a esposa, Louise Tainá Contri, 32 anos, transformaram uma propriedade rural estagnada em um modelo que impressionou o presidente da cooperativa CCGL, Caio Vianna, e deve inspirar outros produtores desalentados pelas provações geradas pela importação de lácteos do Mercosul, que achatou a renda dos produtores brasileiros. Com assistência técnica adequada nas questões agronômicas, zootécnicas e econômicas, Tiago e Lousie apostaram em melhora das pastagens, genética, sanidade e bem-estar animal, além de planejar cada passo nas finanças e na atividade leiteira. 

O casal vive em uma área de 30 hectares em Carajazinho, localidade rural de Eugênio de Castro, município onde a maioria dos menos de 3 mil habitantes se dedica à agricultura e à pecuária de corte e de leite. Aos 18 anos, Tiago decidiu sair da terra dos pais, Clóvis e Antônia Terezinha. Na cidade, viveu em uma república e ficou dois anos percorrendo 600 quilômetros semanais, visitando diferentes de moto para tirando pedidos de refrigerantes. Em 2010, Clóvis decidiu se aposentar do tambo, que no auge rendia de 3 mil a 4 mil litros ao mês, numa média produtiva de 10 litros ao dia por animal. Clóvis e a esposa rumaram para a cidade e deixaram um encarregado pela ordenha. Tiago e Louise fizeram o caminho inverso e se bandearam para Carajazinho, a 30 quilômetros do centro, para assumir a propriedade, à época com 17 hectares. “Vi que era uma oportunidade de ser dono do meu negócio”, lembra Tiago. “Bastante gente dizia que não ia dar certo”, completa Louise. As irmãs Ana Cláudia e Aline também já tinham deixado a colônia. A realidade nas terras do pai era desafiadora. “A propriedade estava parando, tinha de 8 a 10 vacas, em fim de ciclo”, lembra Tiago, que logo se associou à cooperativa CCGL e passou a receber orientação do assistente técnico André Tomaz Steffler, à época técnico agrícola e formado em Agronomia nesta semana. “O Tiago pegou uma propriedade totalmente descapitalizada. Tinha apenas as vacas em lactação, não tinha novilhas e apenas um touro”, recorda Steffler. Com obstáculos evidentes, começaram a trabalhar. “Começamos do zero, desde fertilidade do solo, escolha de materiais, manejo da pastagem e adubação. Batalhamos para recuperar as áreas, fazer produzir, com foco em ter menos área, mas melhor cuidadas para gerar renda”, revela o agrônomo. “Eram desafios grandes. Tínhamos área, mas não tinha manejo. Fomos fazendo seleção de terneiras, criando a partir das próprias matrizes, comprando animais”, comenta Tiago. 

No começo, a gestão “era conforme dava”. Hoje, o casal ainda toma notas, mas tem o suporte das funcionalidades da plataforma SmartCoop para a gestão e tomada de decisões. Os recursos que arrecadavam com o leite eram canalizados para a subsistência e investimentos. Para qualquer dilema, fosse sobre agronomia, nutrição ou finanças, buscavam a opinião do assistente técnico. “Pensamos em desistir várias vezes, por imprevistos e pela pouca renda”, recorda o produtor. A assistência técnica da CCGL abriu caminho para o crescimento em qualidade e produtividade. O casal perseverou, tecnificou a propriedade e cuidou de cada detalhe. “De acordo com as possibilidades, fomos reinvestindo, analisando onde daria mais resultado, melhorando pouco a pouco cada ponto”, conta. Um dos investimentos foi em inseminação artificial. “Agora os frutos estão sendo colhidos”, revela Steffler. “Nos últimos anos, fechamos uma média anual de 26 litros/dia por vaca”, conta Tiago. “Isso que pegamos duas secas que nos arrebentaram e a todo o Rio Grande”, completa o agrônomo. Diante do clima severo e da queda do preço do leite, buscaram alternativas. “Tentamos produzir mais para diluir os custos”, destaca. No ano passado, o casal resolveu aplicar em um galpão de alimentação e em uma nova sala de ordenha. Instalou sistema de extração automática que faz medição da produção individual das vacas. Para a nutrição, buscou as melhores variedades para a pastagem e faz suplementação de silagem com orientação do profissional da cooperativa. “E fazemos as contas para ver se é viável”, ressalta Steffler.

A melhoria dos processos produtivos foi acompanhada pelo aumento da área. Quando largou a moto para voltar ao tambo, eram os 17 hectares pertencentes ao pai e que faziam parte de um todo maior que o avô de Tiago legou aos filhos. Ao longo do tempo, Tiago e Louise adquiriram uma gleba de um tio, outro naco de um vizinho. Também já compraram quatro hectares do pai e pretendem comprar mais. Eles estão em grupo seleto de produtores de leite que acreditaram na tecnificação para se manter e evoluir no segmento. Nos arredores da propriedade, alguns vizinhos estão bem, outros desmotivados e desistindo, evidenciando que a tendência é de enxugamento da bacia leiteira, restando os mais eficientes. Quando Tiago decidiu voltar ao campo, a propriedade tinha um trator antigo e uma plantadeira que se desmancharia se fosse colocada a rodar no campo. Agora, o casal conta com duas plantadeiras, de inverno e verão, dois tratores, sistema de irrigação, guincho, roçadeira, lancer, carreta basculante e ensiladeira. Construiu uma nova estrutura para comportar 60 animais em lactação, em dois anos, e investiu em aspersores para o conforto térmico do gado leiteiro. Também mantém um funcionário para não deixar o tambo parar. E ainda uma boa caminhonete para passear com a filha Isabela, de cinco anos. Tudo conquistado com a renda do leite, extraída com boa gestão, controle e determinação e o acompanhamento técnico.

“É bonito ver o que eles conseguiram fazer e que inspira outros produtores da cadeia”, elogia Caio Vianna, dirigente de uma cooperativa gaúcha que exporta, conquista nichos de mercado e valoriza o produtor gaúcho, sem nunca importar lácteos. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

Por que compramos 1,2 bilhão de litros de leite argentino em 2023?
Enquanto o preço médio por litro de leite no Brasil, durante o ano de 2023, foi de USD 0,49 por litro, na Argentina este valor foi de USD 0,39 por litro. O resultado desta diferença está na importação – o Brasil comprou dos argentinos o equivalente a 1,2 bilhão de litros de leite, 53,7% do volume total comprado de outros países. Embora medidas governamentais possam ser remédios paliativos para esta dor, a cura certamente está no aumento da competitividade da cadeia produtiva brasileira, começando pela produção de leite, a partir de mais eficiência e menos custos. Assim, uma pergunta passa a ser importante: o que os nossos “hermanos” argentinos fazem na produção de leite para se manter rentáveis com um pagamento pelo leite 20% menor do que o brasileiro? A 16ª edição do Fórum MilkPoint Mercado trará esta resposta para você. No 2º bloco, uma das atrações é Gonzalo Berhongaray, do CREA Argentina, com a apresentação “Destrinchando a competitividade da Argentina”. O evento acontece no dia 20 de março, em Campinas, presencialmente, ou de onde estiver, online. Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm 10% de desconto garantido para compra de ingressos para o 16º Fórum MilkPoint Mercado, clicando aqui. (Milkpoint)


 
 
 

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Porto Alegre, 15 de março de 2024                                                   Ano 18 - N° 4.105


Declaração de Rebanho em 2024 terá novo prazo, com início em abril

A Declaração Anual de Rebanho em 2024 terá um prazo diferente dos últimos dois anos: vai se iniciar em 15 de abril e terminar em 14 de junho. As novas datas foram publicadas pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) nesta quarta-feira (13/3) no Diário Oficial do Estado.

Conforme a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal, Rosane Collares, a alteração acata solicitações das entidades representativas dos produtores para que o período de declaração de rebanho seja o mais próximo possível do antigo prazo, de janeiro a maio.

"Nos últimos anos, passamos a declaração para o segundo semestre devido a ajustes no Sistema de Defesa Agropecuária, para implantar a declaração online. A ideia agora é retomar e permanecer em um período mais próximo ao que era habitualmente estabelecido", explica.

A Declaração de Rebanho é uma obrigação sanitária de todos os produtores rurais gaúchos detentores de animais. "Além do atendimento à legislação vigente, os dados nos dão embasamento para que tenhamos uma radiografia da distribuição das populações animais, das faixas etárias. Com isso, podemos ser mais assertivos em nossas políticas públicas de saúde animal", detalha Rosane. 

Em 2023, a declaração teve adesão de 84,19%, índice que se manteve condizente com a média de declarações de rebanho entregues nos anos anteriores.

A Declaração Anual de Rebanho conta com um formulário de identificação do produtor e características gerais da propriedade. Formulários específicos devem ser preenchidos para cada tipo de espécie animal que seja criada no estabelecimento, como equinos, suínos, bovinos, aves, peixes, entre outros. No formulário de caracterização da propriedade, há campos como situação fundiária, atividade principal desenvolvida na propriedade e somatória das áreas totais, em hectares, com explorações pecuárias. Já os formulários específicos sobre os animais têm questões sobre finalidade da criação, tipo de exploração, classificação da propriedade, tipo de manejo, entre outros. 

Desde o ano passado, a declaração pode ser feita diretamente pela internet, em módulo específico dentro do Produtor Online. Um tutorial ensinando a realizar o preenchimento pode ser consultado aqui. Caso prefira, o produtor também pode fazer o preenchimento nos formulários em PDF ou presencialmente nas Inspetorias ou Escritórios de Defesa Agropecuária, com auxílio dos servidores da Seapi e assinando digitalmente com sua senha do Produtor Online.  

Para mais informações: www.agricultura.rs.gov.br/declaracao

SEAPI


Uruguai – Quanto foi o faturamento com as exportações de lácteos e quais destinos?

Produção/UR – O faturamento com as exportações de lácteos pelo Uruguai, em 2023, foi de US$ 855 milhões e caiu 8% em relação ao recorde do ano anterior - US$ 925 milhões. Ainda assim é um desempenho de destaque e trata-se do segundo maior valor dos últimos cinco anos.

Outra leitura positiva é que o faturamento de 2023 é 51% superior ao valor mínimo do último decênio, de US$ 568 milhões, em 2016.

Segundo mostra a análise do Instituto Nacional do Leite (Inale) sobre o comércio de lácteos, e considerando a situação e as perspectivas da leiteria uruguaia em 2023 – a queda de 8% pode ser atribuída, principalmente, pelo recuo dos preços.

Em equivalente litros de leite (EqL), foram 1.537 milhões de litros, praticamente o mesmo volume de 2022 (1.545 milhões de litros), e 33% acima do valor mínimo (1.154 milhões de litros em 2014).

Analisando a evolução da última década, o faturamento caiu a uma taxa acumulada anual de 0,6% com um volume que cresceu a uma taxa anualizada de 0,9% e redução de 1,5% nos preços obtidos em litro EqL.

Em 2023 o faturamento mensal ficou melhor na comparação interanual, em quase todos os meses, exceto em janeiro.

Foram embarcados 1.537 milhões de litros de leite. O maior volume, 155 milhões de litros em novembro, e o menor, 111 milhões de litros, em fevereiro.

O preço médio recebido pelos produtos lácteos exportados em 2023 (determinado a partir do faturamento e do volume em EqL total), foi de US$ 056 por litro, 7% inferior ao obtido no ano anterior, US$ 0,60 por litro. O valor mínimo foi registrado em novembro (US$ 0,48) e o máximo em fevereiro (US$ 0,61).

Os 88 destinos: Durante o último ano houve exportação para 88 destinos mas, 70% do faturamento ficou concentrado no Brasil, Argélia, México, Argentina e Rússia. Caiu a posição da China como destino de produtos do Uruguai. Em 2022 ocupou o posto 3, representando 10% das exportações uruguaias, e em 2023 caiu para o posto 6, representando 3%. O Brasil cresceu como destino, gerando 49% do faturamento, o que corresponde ao aumento de 60% em relação a 2022. O segundo posto foi ocupado pela Argélia e concentra 14% do total faturado, apresentando queda de 42%. Com menores percentuais encontram-se México e Rússia (4% e 4%), os quais mostraram um aumento de 21% no caso do México e queda de 15% no caso da Rússia. Analisando as exportações por regiões, o Mercosul é responsável por 53% do faturamento, seguido pela África (21%), o resto da América Latina (11%), Ásia (10%) e Rússia (4%).

Principais Produtos : A cesta dos principais produtos exportados inclui leite em pó integral (LPE), leite em pó desnatado (LPD), queijos e manteiga. Estes produtos representam US$ 780 milhões e 1.529 milhões de litros de leite, ou seja, 91% do faturamento total e, 99% do total de litros de leite exportados.

Leite em pó integral: O LPE constitui o principal de exportação e é responsável por 66% do faturamento. Registrou aumento de 3% em relação ao ano anterior. Isto se deve ao crescimento das quantidades colocadas (+15%) que compensou a queda do preço (-11%). Em 2023 as exportações em valor e volume de LPE bateram os recordes dos últimos dez anos (apesar da queda no preço) chegando a US$ 569 milhões e 160 mil toneladas. É preciso mencionar que, as exportações de LPE estão crescendo a uma taxa acumulada de 5% ao ano, com crescimento de 8% em volume e queda anual de 2% no preço. Entre os principais destinos de LPE se encontram Brasil (55%), Argélia (21%), China (3%), Nigéria (3%) e Emirados Árabes Unidos (2%).

Queijo: O queijo constitui o segundo produto lácteo exportado, representando 14%. Teve aumento de 4% no faturamento em relação ao ano anterior, sendo o aumento de preços (+8%) determinante para esse resultado, já que em volume teve queda de 4%. O faturamento final de 2023 foi de US$ 116 milhões, que se encontra 54% abaixo do pico registrado em 2013 de US$ 255 milhões. Entre 2013 e 2023 o faturamento caiu a uma taxa anualizada acumulada de 8%, com queda de 7% no volume e -1% nos preços. Por destino, o Brasil encabeça o ranking (25%), seguido pelo México (20%), Rússia (14%), Argentina (12%) e Chile (9%).

Leite em pó desnatado: O LPD é o terceiro item mais exportado e representou 5% do faturamento. Teve queda de 59% em relação ao ano anterior. Isto se deve, principalmente, à queda das quantidades embarcadas (-56%) e dos preços (-6%). É o segundo valor mais baixo dos últimos dez anos. Entre 2013 e 2023 o faturamento desceu a uma taxa anual acumulada de 11%, com redução de 10% no volume e, preços 1% menores. O Brasil lidera como principal destino das vendas, 79%, seguido pela Bolívia e Rússia com uma menor participação (8% e 6%, respectivamente).

Manteiga: O quarto posto é ocupado pela manteiga, em ordem de faturamento. Representou 6% do faturamento com as exportações de lácteos e registrou queda de 39% em relação ao ano anterior. Esta queda se deveu ao menor volume (-34%) e aos preços (-7%), respectivamente. Entre 2013 e 2023 o faturamento desceu a uma taxa anual acumulada de 6%, com redução de 8% no volume, mas aumento de 1% dos preços. A Rússia foi responsável por 22% do faturamento com manteiga, seguida pela Arábia Saudita (14%), Brasil (13%), Barein (8%) e Egito (6%).

Importações de lácteos: As importações do Uruguai são pouco significativas. Em 2023 foram equivalentes a 3,4% das exportações em faturamento (US$ 29 milhões, 15% a mais que em 2022) e 1,6% em EqL (24,33 milhões de litros, 24% a mais que em 2022). Isto denota que a composição da cesta de produtos importados tem um preço médio maior em EqL do que os exportados. Os principais produtos importados no ano foram queijos (33%), seguido por sorvetes (21%), leite UHT (13%), fórmulas infantis (6%) e outros (30%). A Argentina se destaca como principal origem dos queijos, sorvetes e outros produtos (iogurtes, pastas e outros) e o Brasil fica em destaque na venda de leite UHT. As importações cresceram a uma taxa anual acumulada de 3,9%, em valor, nos últimos dez anos, com um comportamento díspar segundo o ano: em 2013, 2015, 2017, 2020, 2021 e 2023, cresceram em relação ao ano anterior. Mas houve queda nos outros anos. Em valor, o crescimento mais importante se deu em 2021 (94%) e a queda mais significativa em 2022 (-34%). A Argentina é o principal fornecedor de lácteos importados em valor, 63%, seguido pelo Brasil com 22%, a União Europeia com 10% (Alemanha, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Países Baixos, Itália e Polônia), México e Estados Unidos foram responsáveis, igualmente por 2%, e outros países enviaram 1%. Fonte: El Observador - Tradução livre: www.terraviva.com.br

 

Informativo Conjuntural 1806 de 14 de março de 2024

BOVINOCULTURA DE LEITE
As temperaturas mais amenas têm beneficiado os animais, reduzindo o estresse térmico e melhorando seu desempenho no pastejo. Os produtores estão atentos ao aumento da incidência de mosca-dos-chifres, berne e carrapato, realizando tratamentos estratégicos.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, a prolongada estiagem está impactando negativamente na produtividade das matrizes, além de aumentar os problemas relacionados a carrapato, mosca-dos-chifres e miíase nas propriedades locais.

Em Hulha Negra, um levantamento realizado nas empresas do município indicou queda de 5% no
volume de leite coletado nos últimos 20 dias, devido à redução na oferta e na qualidade da forragem, além do estresse causado pelas altas temperaturas.

Na de Caxias do Sul, a produção de leite foi afetada pelo vazio forrageiro outonal, levando os produtores a utilizar suas reservas de forragem conservada. As pastagens anuais de inverno terminaram seu ciclo; as de verão não foram implantadas ou estão em fase inicial de crescimento.

Na de Erechim, o rebanho apresenta condições sanitárias adequadas, mas observou-se queda na produção de leite.

Na de Frederico Westphalen, as condições ambientais seguem adequadas para o bem-estar do rebanho.

Na de Passo Fundo, a redução na qualidade das forrageiras, devido à transição de estações, tem demandado maior uso de silagens e melhoria na qualidade nutricional das rações para manter a produção de leite.

Na de Pelotas, em Capão do Leão e Santa Vitória do Palmar, segue o registro de bom desenvolvimento das pastagens anuais e perenes de verão.

Na de Santa Maria, as condições sanitárias estão dentro do esperado para o verão, e as matrizes estão sendo manejadas diariamente para facilitar a manutenção da saúde, incluindo controle de
mastite.

Na de Santa Rosa, o volume total de alimentos necessário continua sendo complementado com silagem de milho. Os indicadores de qualidade do leite têm oscilado devido às temperaturas elevadas, mas permanecem dentro dos valores aceitáveis, exigindo atenção na higienização dos utensílios. (EMATER ADAPTADO PELO SINDILAT)


Jogo Rápido

Estado terá altos volumes acumulados de chuva nos próximos dias
Os próximos dias deverão apresentar altos volumes acumulados de chuva no Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 11/2024, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (15/3), as temperaturas ainda permanecerão elevadas; porém, a aproximação de uma área de baixa pressão vai provocar maior variação de nuvens, com pancadas de chuva na maioria das regiões e possibilidade de temporais isolados. No sábado (16/3) e domingo (17/3), a atuação de uma área de baixa pressão no continente e o deslocamento de uma frente fria no oceano manterá a nebulosidade e a chuva em todo o Estado. Na segunda (18/3) e terça-feira (19/3), o calor seguirá predominando, com pancadas de chuva em todas as regiões. Na quarta-feira (20/3), a propagação de uma frente fria vai provocar chuva generalizada, com possibilidade de temporais isolados. Os totais esperados deverão oscilar entre 35 e 50 mm na Serra do Nordeste. No restante do Estado, os valores deverão oscilar entre 70 e 100 mm, podendo superar 200 mm na Campanha, Fronteira Oeste e Alto Uruguai. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia