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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 06 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.918


Volume crescente

A nova onda de importação de produtos lácteos de países do Mercosul pelo Rio Grande do Sul redobrou a preocupação tanto do produtor quanto da indústria gaúcha. Só do Uruguai, mais do que quintuplicaram as compras de leite em pó integral, de janeiro a abril deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Na avaliação do setor, o impacto será grande, principalmente considerando as já apertadas margens - com custo de produção em alta e prejuízos decorrentes da estiagem. O principal receio do presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), Marcos Tang, é de que os preços internos caiam ainda mais para o produtor nos próximos meses.

- Todos os dias sabemos de pessoas parando de produzir leite. Pessoas que empregavam em uma atividade que mantém a família no campo e estamos diante de uma avalanche de importação - acrescentou o dirigente.

Embora o Brasil não seja autossuficiente na produção, na avaliação do secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios (Sindilat-RS), Darlan Palharini, a situação exige a atenção das autoridades.

- Não conseguimos competir nesse momento com o valor da Argentina e do Uruguai - justifica, acrescentando que, enquanto o leite em pó é comercializado pela Argentina a R$ 22, o Brasil não consegue vender por menos de R$ 29 o quilo.

No caso da Argentina, o cenário foi acentuado com um decreto do governo argentino, que passou a conceder um subsídio para incentivar mais embarques. (Zero Hora)


GDT - Global Dairy Trade

Fonte: GDT adaptado Sindilat/RS

Pesquisa Trimestral do Leite - 1º trimestre 2023: Aquisição de leite tem queda de 1,2% na comparação anual

No 1º trimestre de 2023, a aquisição de leite cru feita pelos estabelecimentos sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal) foi de 5,88 bilhões de litros, equivalente à redução de 1,2% em relação ao 1° trimestre de 2022, e decréscimo de 6,9% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.

O decréscimo de 71,36 milhões de litros de leite captados em nível nacional se deve a reduções em 15 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. As variações negativas mais significativas ocorreram em: Minas Gerais (-80,82 milhões de litros), Bahia (-15,45 milhões de litros), Pernambuco (-13,57 milhões de litros), Mato Grosso (-9,47 milhões de litros), Paraná (-8,66 milhões de litros) e São Paulo (-7,84 milhões de litros). Já as maiores altas foram em Santa Catarina (+31,57 milhões de litros), Sergipe (+23,42 milhões de litros), Ceará (+13,24 milhões de litros) e Rio de Janeiro (+8,65 milhões de litros).

Minas Gerais continuou liderando o ranking de aquisição de leite, com 24,4% da captação nacional, seguida por Paraná (14,2%), Rio Grande do Sul (12,6%) e Santa Catarina (12,3%).Pesquisa Trimestral do Leite - 1º trimestre 2023.

Acesse os dados completos, divulgados na terça-feira, 6 de junho de 2023, clicando aqui. 

Fonte: IBGE


Jogo Rápido

Estão abertas as inscrições para a segunda etapa do 2º Prêmio Referência Leiteira
Está aberto o prazo para que produtores de leite do Rio Grande do Sul se inscrevam na segunda etapa do 2º Prêmio Referência Leiteira RS. O mérito será dividido em seis categorias de cases de sucesso: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira. Para participar, é necessário realizar o envio por correio eletrônico de todo o material de apresentação para jries@emater.tche.br ou sindilat@sindilat.com.br até o dia 30 de junho. Tanto o regulamento completo, quanto a ficha de inscrição podem ser acessados pelo site do Sindilat clicando aqui. Neste ano, as inscrições foram divididas em duas fases. Na primeira, 116 produtores se registraram para competir pelo prêmio de "Propriedade Referência em Produção de Leite". A novidade é a separação entre os que produzem em sistemas à base de pasto com suplementação e os que produzem em sistemas de semiconfinamento ou confinamento. O Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS) e a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) realizam a premiação com o objetivo de reconhecer exemplos positivos na atividade leiteira. O propósito é que os cases de sucesso possam ser amplamente divulgados e reconhecidos, servindo assim como referência aos demais produtores na superação dos desafios do setor. Os produtores que estão vinculados à indústria de laticínios que adquire leite no Estado podem participar do prêmio, independentemente de sua produção ser individual ou coletiva. Cada vencedor será premiado com um troféu, certificado e um notebook. A divulgação dos resultados e a entrega dos prêmios ocorrerão durante a Expointer 2023, que acontece de 26 de agosto a 3 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


 
 
 

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Porto Alegre, 05 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.917


Desenvolvimento do setor lácteo norteia roteiro do Sindilat em Minas Gerais

Nos próximos cinco dias, em uma intensa agenda de atividades e encontros, o Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) participará, entre outras atividades, da 18ª Exposição Brasileira do Agronegócio do Leite (Megaleite). Quem representará a entidade no evento que acontece em Belo Horizonte (MG) é o secretário-executivo, Darlan Palharini.

Concomitante à feira, será realizado o 1º Encontro Nacional dos Conseleites, previsto para acontecer a partir das 14h de quinta-feira (08/06). “Vamos avaliar os 21 anos de história do Conseleite e trabalhar sobre as pautas que são importantes para o futuro do setor lácteo no Brasil”, destaca Palharini, que acompanhará ainda o 6º Encontro Regional do Conseleite Minas, na parte da manhã, no Auditório Expominas.

Nesta terça-feira (06/06) as atividades estarão concentradas na visita à Embrapa Gado de Leite. "Vamos ter a oportunidade de conversar sobre melhoramento genético para a produção de leite A2A2, produção de leite baixo carbono e sistema compost barn de produção”, explica Palharini.

E, na quarta-feira (07/06), a agenda será no Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT), onde Palharini e uma comitiva do Rio Grande do Sul vão conhecer o funcionamento de uma Escola Técnica Laticinista.

A 18ª Megaleite acontece de 7 a 10 de junho no Parque da Gameleira, na capital mineira. Ao todo, reúne mais de 1,5 mil exemplares de diversas raças leiteiras em competições de julgamento e torneio leiteiro, leilões, palestras técnicas, festival de queijo, mini fazendinha e outros eventos. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Adesão ao Programa Litígio Zero é prorrogada para 31 de julho

A Receita Federal prorrogou novamente o prazo de adesão ao Programa de Redução de Litigiosidade Fiscal, conhecido como Litígio Zero. O fim do programa já havia sido prorrogado de 31 de março para 31 de maio. Agora, foi estendido para 31 de julho. A medida, segundo a Receita, atende a um pedido apresentado por entidades representativas da classe contábil. O governo estima obter R$ 35 bilhões de receitas extraordinárias e um ganho permanente de R$ 15 bilhões pela diminuição dos conflitos.

Podem ser negociadas cobranças tributárias em discussão no âmbito das DRJ (Delegacias da Receita Federal de Julgamento), do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) ou débitos de pequeno valor no contencioso administrativo ou inscritos em dívida ativa da União.

A Receita Federal enviou aos contribuintes as informações sobre quais débitos podem ser negociados e qual a capacidade de pagamento de cada litigante. Com os dados, é possível simular em uma planilha do Fisco qual o desconto para pagamento, em caso de desistência do processo.
Para pessoas físicas, micro e pequenas empresas, o desconto será de 40% a 50% do valor total da dívida, incluindo o tributo que originou o passivo, além de juros e multa, para débitos até 60 salários mínimos (R$ 78.120).

Para dívidas acima de 60 salários mínimos, o desconto é de até 100% sobre o valor de juros e multas, no caso de valores irrecuperáveis ou de difícil recuperação. O governo ainda vai permitir o uso de prejuízos fiscais e base de cálculo negativa para quitar de 52% a 70% do débito.

Em todos os casos, o percentual efetivo de desconto observará a capacidade de pagamento do contribuinte.

As dívidas que se enquadram nessa categoria representam mais de 30 mil processos no Carf, com valor total superior a R$ 720 milhões. Já nas delegacias da Receita Federal, são mais de 170 mil processos, totalizando quase R$ 1 bilhão, segundo o Ministério da Fazenda. (Jornal do Comércio)

O Índice FAO dos alimentos caiu em maio

Índices FAO – O Índice de referência dos preços internacionais dos alimentos caiu em maio em decorrência da queda nas cotações dos cereais, óleos vegetais e produtos lácteos, segundo o relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) divulgado hoje.

Índices

O FAO Food Price Index (FFPI), índice FAO que acompanha o preço mensal dos alimentos mais comercializados no mercado internacional, registrou a média de 124,3 pontos em maio de 2023.  

Índice FAO dos Preços dos Lácteos

O Índice FAO dos preços dos produtos lácteos atingiu 118,7 pontos em maio, caindo 3,9 pontos (3,2%) em relação a abril e ficando 25,5 pontos (17,7%) abaixo do índice de um ano atrás. O declínio em maio foi impulsionado pela acentuada queda internacional dos preços de queijo, principalmente diante da ampla disponibilidade exportável, incluindo os estoques, em meio a uma alta produção de leite no hemisfério norte. Após dez meses consecutivos de queda, as cotações internacionais dos preços do leite em pó tiveram recuperação, refletindo o aumento das compras no norte da Ásia e a queda sazonal da produção de leite na Oceania.

Os preços da manteiga subiram levemente, com a elevação das compras pelo Sudeste Asiático e redução da oferta na Oceania, decorrente da queda sazonal da produção de leite. Esse movimento compensou o declínio das cotações na Europa, provocado pelo aumento da produção sazonal de leite que possibilitou o crescimento das disponibilidades exportáveis.  

Fonte: FAO – Tradução livre: Terra Viva


Jogo Rápido

Mapa lança Consulta Pública para o Programa Carbono + Verde
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) lançou, nesta segunda-feira (5), às 14h, consulta pública relativa ao Programa Nacional de Cadeias Agropecuárias Descarbonizadas - Programa Carbono + Verde. O evento foi realizado em formato híbrido com transmissão ao vivo no canal do Mapa no Youtube, e teve a participação do ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. O Programa Carbono + Verde terá por finalidade conferir credibilidade e transparência à produção primária agropecuária de baixa emissão de carbono, de maneira a criar um ambiente propício à promoção do desenvolvimento sustentável do setor. Para isso, é necessário viabilizar a participação e validação da sociedade brasileira no seu processo de construção, de forma a contribuir e legitimar a formalização desse importante programa. A Consulta Pública ficará disponível por 60 dias. Asista o evento clicando aqui. (MAPA)


 
 
 

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Porto Alegre, 02 de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.916


Retenção do Fundoleite prejudica atividade leiteira

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia Legislativa irá convidar a Secretaria da Agricultura, Casa Civil e Procuradoria Geral do Estado (PGE) para dar explicações a indústrias e produtores de leite. Há pelo menos três anos o setor lácteo não recebe recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite (Fundoleite), o que compromete o custeio de ações, projetos e programas de desenvolvimento da cadeia.

A proposta partiu do deputado estadual Elton Weber (PSB), que destaca a importância do segmento para a geração de trabalho e renda nas propriedades rurais, nos municípios e no Rio Grande do Sul. Informações setoriais indicam que a falta de recursos afeta o avanço de projetos e até a realização da pesquisa mensal do Preço de Referência do Leite, divulgada pelo Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite/RS), realizada pela última vez em janeiro deste ano. Desde então, sem dinheiro para pagar pelo serviço prestado pela Universidade de Passo Fundo (UPF), o levantamento deixou de ser feito.

"Queremos explicações do governo do Estado de porque há tanta dificuldade, segundo as entidades, para a liberação de recursos do fundo para as ações da cadeia produtiva", frisou o parlamentar. Weber acrescenta ao cenário o agravante que a cadeia leiteira gaúcha registrou o abandono de mais de 50 mil produtores entre 2015 e 2023, segundo dados da Emater-RS e do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Rio Grande do Sul (Sindilat-RS). Atualmente, teriam restado 35 mil agricultores em atividade no Estado.

De acordo com o vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS), Eugênio Zanetti, há cerca de R$ 30 milhões, em valores arrecadados junto à indústria e aos produtores, parados no fundo, que é gerido pelo Executivo estadual, enquanto o setor enfrenta grandes dificuldades. Zanetti sugere que, em caso de manutenção do fundo, que ele seja gerido pelas entidades do setor, e não pelo governo, aos moldes do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa).

“Penso que devemos encontrar uma solução para essa situação ou então extinguir o fundo. Não podemos usar os recursos para desenvolvimento do setor, promoções, assistência técnica ou mesmo para investir na melhoria da imagem da cadeia. Por outro lado, enfrentamos uma crise sem tamanho e vemos a entrada de grande quantidade de lácteos importados”, diz o dirigente.

Conforme o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, os recursos são recolhidos pelas indústrias, após o processamento do produto, e totalizam R$ 500 mil mensais. A contrapartida do governo é a concessão de 50% do valor em créditos de ICMS. Pala ele, o fundo, que em dezembro completará 10 anos, é importantíssimo para o setor, mas seu aproveitamento é menor que o esperado. “Além disso, o Fundoleite deixa um legado pouco representativo para o setor. Hoje é o Dia Mundial do Leite. Temos projetos aprovados para trabalhar a importância do leite e seus derivados, mas o recurso está preso, apesar das contribuições de indústrias e produtores”.

Os projetos concebidos têm como objetivo melhorar a competitividade do leite gaúcho. Neste momento em que o produto enfrenta a competição dos importados subsidiados na Argentina e no Uruguai, a expectativa do Sindilat é de que o governo do Estado agilize a retomada do uso dos recursos do fundo.

Por meio da assessoria de comunicação, a Secretaria da Agricultura disse que o processo do Fundoleite tem evoluído e está seguindo todos os trâmites necessários para a liberação dos recursos, mas que alguns apontamentos técnicos e administrativos precisam ser superados. De acordo com a pasta, a assessoria jurídica está analisando e trabalhando para dar retorno o "mais breve possível, para que haja a liberação dos recursos". (Jornal do Comércio)


Associados Sindilat têm descontos para participar do 15º Milkpoint e do Interleite Brasil 2023
 
Os associados do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) têm garantido desconto de 10% na inscrição para participar do 15º Fórum MilkPoint Mercado e de 15% no Interleite Brasil 2023. Os dois eventos serão realizados de forma virtual e presencial na cidade de Goiânia (GO).

O Fórum Milkpoint Mercado tem como tema “O mercado de lácteos no Brasil: o desafio está posto; como se preparar?”. Neste ano, o evento acontecerá no dia 1 de agosto, e será dividido em três blocos que vão abordar diversos temas relacionados à indústria láctea. O primeiro contempla os cenários de mercado; o segundo, mercados potenciais e o novo consumidor de lácteo; e, por fim, o futuro da indústria láctea no Brasil. A programação completa pode ser conferida abaixo e no site: www.forummilkpointmercado.com.br. Para realizar a inscrição com desconto, acesse o link: https://bit.ly/43x8aUK.  

Em dois dias de evento, 2 e 3 de agosto, o Interleite Brasil 2023 vai se concentrar em debater o tema: estratégia de negócios chegando à produção de leite. A programação se desdobra em quatro painéis: Melhorando o ambiente de negócios na atividade leiteira; as estratégias de negócio na produção primária; agricultura regenerativa, bioinsumos e geração de energia: o que já está acontecendo e como a cadeia do leite pode se beneficiar e propriedades familiares podem ser rentáveis e sustentáveis?. A íntegra da programação está abaixo e no site https://www.interleite.com.br/. Para realizar a inscrição acesse o link: https://bit.ly/3oI9bdV

Temperaturas amenas e pouca chuva previstos para os próximos dias no RS

Os próximos sete dias terão temperaturas amenas e pouca chuva no Rio Grande do Sul. É o que prevê o Boletim Integrado Agrometeorológico 22/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga.

Até domingo (4/6), a presença de uma massa de seco manterá o tempo firme na maioria das regiões, com formação de nevoeiros ao amanhecer e grande amplitude térmica, com temperaturas mais baixas no período noturno e valores acima de 35°C durante o dia. Na Campanha e Zona Sul, a presença de um sistema frontal sobre o Uruguai manterá maior variação da nebulosidade, com possibilidade de pancadas isoladas de chuva.

Na segunda (5/6), o deslocamento da frente fria vai aumentar a cobertura de nuvens e provocará chuva em diversas regiões. Na terça (6/6) e quarta-feira (7/6), o ingresso de ar seco e frio manterá o tempo firme, com declínio das temperaturas em todo o Estado.

Os volumes de chuva previstos são baixos e inferiores a 10 mm na maioria das regiões. Somente entre a Campanha e a Fronteira Oeste os totais esperados deverão oscilar entre 10 e 20 mm.

O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


Jogo Rápido

Assista a entrevista que o Secretário-Executivo do SINDILAT/RS, Darlan Palharini, concedeu ao programa PODER RS da Ulbra TV, no Dia Mundial do Leite. Clique aqui. (via ULBRA TV youtube)


 
 
 

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Porto Alegre, 01º de junho de 2023                                                        Ano 17 - N° 3.915


Dia Mundial do leite
 
Hoje, 01/06, celebramos o Dia Mundial do Leite. Data instituída em 2001 pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) para reconhecer a importância do leite como alimento universal.
 
Leite combina com café, chá e achocolatado e é ingrediente fundamental para fazer nosso queijo mineiro, canjica, arroz doce, entre tantas outras receitas. Na infância, ele é um alimento essencial para o desenvolvimento das crianças. E, no campo, é símbolo de emprego e renda para muitas famílias. Minas ocupa o primeiro lugar no ranking da produção nacional, segundo dados do IBGE (2021). E, no Sistema Faemg SENAR, o leite é pauta de eventos, projetos, programas de assistência técnica e gerencial, comissões e conselhos.
 
Por isso, para celebrar esse produto que é tão importante para o agro e fundamental na alimentação humana, compartilhamos mitos e verdades sobre o leite. Acompanhe:
 
1. A vaca produz leite só quando gera uma cria?
Verdade. Ela só inicia a lactação após o parto. De modo ideal, este período de lactação é de 10 meses, sendo recomendado que haja um período de descanso de, no mínimo, 60 dias entre uma lactação e outra, onde ela não produzirá leite respeitando a fisiologia do animal. 
 
2. O leite está cheio de antibióticos e hormônios?
Não. Os hormônios, quando utilizados na produção de leite, são metabolizados pelo organismo do animal e não deixam resíduo no leite. Já os antibióticos, usados somente para conter infecções nas vacas, decorrem em períodos de carência, durante os quais o leite NÃO pode ser comercializado.
 
3. Os humanos são os únicos mamíferos que bebem leite na vida adulta?
Sim. O desmame das outras espécies ocorre por duas razões: primeiro, o filhote passa a consumir outros alimentos; e segundo, a fêmea precisa poupar energia para um novo processo de gestação. Outra questão é que somos a única espécie que desenvolveu técnicas para criação de animais mamíferos.
 
4. Adultos não precisam tomar leite?
Um adulto precisa, no mínimo, de 1g de cálcio por dia, nutriente essencial para a saúde dos ossos e o estímulo neuromuscular. Os vegetais escuros têm quantidades bem menores de cálcio se comparados ao leite. Para se ter uma noção, 250ml de leite tem 1g de cálcio, uma porção de brócolis têm apenas 100mg, segundo o médico Drauzio Varella em reportagem ao site Viver Saúde.
 
5. O que é o leite A2A2?
É um leite obtido a partir de animais selecionados e capazes de produzir apenas a beta-caseína A2, uma das proteínas do leite. Esse leite não desencadeia reações inflamatórias no organismo que provocam a má digestão ou fermentação. O leite A2A2 é menos alergênico por causa da composição da sua proteína, porém não deve ser confundido com leite zero lactose, já que este é destinado para quem tem intolerância ao açúcar do leite, conhecida como lactose. Por isso, é fundamental que você procure um médico especialista, faça os exames solicitados e entenda suas condições de saúde na hora de escolher qual leite é mais adequado para a sua alimentação. (Terra Viva/FAEMG)


Weber cobra explicações do Estado sobre dificuldade de acesso a recursos do Fundoleite  

Preocupado com a dificuldade do setor lácteo em acessar recursos do Fundoleite - Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite, o deputado Elton Weber (PSB) solicitou nesta quinta-feira (1) que a Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia Legislativa convide a Secretária da Agricultura, Casa Civil e Procuradoria Geral do Estado (PGE) para dar explicações a indústrias e produtores de leite. Desde 2020, o Estado não libera recursos do fundo.

O deputado enfatiza que a situação compromete o objetivo do Fundoleite, de custear ações, projetos e programas de desenvolvimento desta cadeia produtiva tão importante para a geração de trabalho e renda nas propriedades rurais, nos municípios e no Rio Grande do Sul.

Informações setoriais indicam que a falta de recursos afeta o avanço de projetos e até a realização da pesquisa mensal do Preço de Referência do Leite, divulgada pelo Conseleite/RS, realizada pela última vez em janeiro deste ano. "Queremos explicações do governo do Estado de porque há tanta dificuldade, segundo as entidades, da liberação de recursos do Fundoleite para as ações da cadeia produtiva", frisou Weber.

Weber acrescenta ao cenário o agravante que a cadeia leiteira gaúcha registrou o abandono de mais de 50 mil produtores entre 2015 e 2023, segundo dados da Emater e do Sindilat. Atualmente, teriam restado 35 mil agricultores em atividade no Estado. O pedido foi acatado pela Comissão e a data será marcada, provavelmente no dia 15 ou 22 deste mês. (Assessoria de imprensa Dep. Elton Weber)

Taxa de desemprego fica em 8,5% em abril e atinge 9,1 milhões de pessoas, segundo o IBGE

Número ficou abaixo do projetado pelo mercado, de 8,7%; no trimestre encerrado em março, desemprego era de 8,8%

RIO - A taxa de desemprego no País desceu de 8,8% no trimestre terminado em março para 8,5% no trimestre encerrado em abril, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado foi o mais baixo para esse período do ano desde 2015, ficando aquém da expectativa de especialistas ouvidos pelo Estadão/Broadcast, que estimavam uma taxa mediana de 8,7%.

Para Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, o desemprego abaixo do esperado indica que a atividade econômica pode se manter mais forte no segundo trimestre, o que sugere uma nova rodada de revisões para cima nas expectativas do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023.

“No final, as expectativas podem caminhar para um crescimento entre 1,5% e 2%. Esse ainda não é o cenário básico, mas já é mais provável do que um PIB abaixo de 1%, como se esperava no início do ano”, diz o economista, que prevê crescimento de 1,3% para o PIB deste ano. No último relatório Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, economistas indicavam uma expansão mediana de 1,26% para a atividade econômica em 2023.

Vale destaca que há elementos positivos que devem ajudar a economia este ano, como a provável aprovação do novo arcabouço fiscal, a possibilidade de manutenção das metas de inflação em 3% e o avanço da reforma tributária na Câmara. Esses fatores devem ajudar a ancorar as expectativas de inflação e, com isso, abrir espaço para um corte da taxa básica de juros, a Selic, no segundo semestre. (ESTADÃO)


Jogo Rápido

Petróleo fecha abaixo de US$70
Nova Iorque – Os contratos futuros de petróleo registraram queda ontem, piorando ao longo do dia. Em Nova Iorque o WTI para julho fechou em baixa de 4,42%, a 69,46 dólares o barril. O valor não ficava abaixo dos 70 dólares desde 4 de maio. Em Londres o Brent para agosto caiu 4,40%, para 73,71 dólares. Incertezas sobreoacordo para elevar o teto da dívida dos Estados Unidos foram citadas por analistas, além de dúvidas também sobre o ritmo da demanda global mais adiante. Além disso, alguns especialistas mostravam ceticismo quanto à Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) alterar o quadro de produção na semana que vem. (Correio do povo)


 
 
 

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Porto Alegre, 31 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.914


Prazo para Declaração Anual de Rebanho inicia nesta quinta-feira (1º/6)

Inicia nesta quinta-feira, 1º de junho, o prazo da Declaração Anual de Rebanho, obrigação sanitária de todos os produtores rurais gaúchos detentores de animais. O prazo para declaração se estenderá até 31 de outubro. Assim como no ano passado, a atualização cadastral conta com informações detalhadas sobre a propriedade rural e os sistemas de produção animal. A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) espera receber 380 mil declarações, correspondentes ao número de estabelecimentos que trabalham com produção animal registrados no Sistema de Defesa Agropecuária (SDA).

Os formulários estão disponíveis no link www.agricultura.rs.gov.br/declaracao e podem ser entregues de duas formas. Na primeira, o produtor comparece à Inspetoria ou Escritório de Defesa Agropecuária de referência e informa verbalmente os dados a serem lançados. Com uma opção fácil de geração de senha do Produtor Online, ele assina digitalmente a declaração. Na segunda opção, o produtor baixa os formulários no site da Seapi, preenche e os entrega na IDA ou EDA de referência.

"É de extrema relevância conhecer exatamente como está distribuída a população animal em nosso Estado, seja por espécie ou faixa etária. Um sistema robusto, com informações de qualidade, é a base para políticas públicas mais assertivas, em prol da sanidade de nossos rebanhos", destaca a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Rosane Collares.

A Declaração Anual de Rebanho conta com um formulário de identificação do produtor e características gerais da propriedade. Formulários específicos devem ser preenchidos para cada tipo de espécie animal que seja criada no estabelecimento, como equinos, suínos, bovinos, aves, peixes, entre outros. No formulário de caracterização da propriedade, há campos como situação fundiária, atividade principal desenvolvida na propriedade e somatória das áreas totais, em hectares, com explorações pecuárias. Já os formulários específicos sobre os animais têm questões sobre finalidade da criação, tipo de exploração, classificação da propriedade, tipo de manejo, entre outros. (SEAPI)


ICMS no quadrimestre cai R$1,4bi frente a 2022

Resultado das contas gaúchas de janeiro a abril de 2023 é positivo, mas registra recuo se comparado ao mesmo período do ano passado

A arrecadação bruta de ICMS no RS no primeiro quadrimestre de 2023 foi de R$ 13,8 bilhões, R$ 1,4 bilhão abaixo da receita de R$ 15,2 bilhões verificada no mesmo quadrimestre do ano anterior. Descontando-se as transferências para os municípios e para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), as perdas líquidas chegam a R$ 849 milhões.

Os números foram apresentados  ontem pela Secretaria da Fazenda do RS (Sefaz) em seu balanço sobre a situação das contas públicas gaúchas. De janeiro a abril, o Estado teve resultado orçamentário positivo de R$ 1,9 bilhão, reflexo,  segundo o governo, da gestão fiscal que vem sendo implementada nos últimos anos e que regularizou uma série de pagamentos que estavam em atraso.

O Regime de Recuperação Fiscal (RRF) também garantiu fôlego ao pagamento da dívida, segundo a Sefaz. Os números deste quadrimestre, embora positivos, são inferiores aos do mesmo período de 2022, quando as receitas somavam R$ 4,1 bilhões mais que as despesas. Segundo o secretário adjunto da Fazenda, Itanielson Cruz, a diferença, além de estar relacionada com as perdas líquidas do ICMS, tem ligação com os R$ 955 milhões da privatização da Sulgás, ocorrida em janeiro de 2022.

Pelo lado da despesa houve aumento de pessoal decorrente do reajuste geral de 2022, implantação do piso nacional domagistério e retomada parcial dos pagamentos da dívida no RRF. “O impacto na arrecadação foi tão profundo que levou o Rio Grande do Sul a solicitar à Secretaria do Tesouro Nacional a revisão do próprio Regime de Recuperação Fiscal, construído depois de um grande debate com a sociedade gaúcha e com a União mas que, hoje, não encontra mais amparo nas mesmas bases de quando foi assinado”, observou Cruz.

Como uma das alternativas para compensar a perda de arrecadação há os R$ 627 milhões referentes aos rendimentos do Caixa Único, que estavam no passivo do Poder Executivo e foram reconhecidos como receita após restituição de crédito efetuada pelos poderes e órgãos autônomos, que eram os credores originais dos rendimentos relativos a seus depósitos. (Correio do Povo)

USA: programa do USDA apoia produtores de leite orgânico

O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) introduziu em 19 de maio um novo programa de assistência para produtores de leite orgânico para ajudar a mitigar os fatores desafiadores associados ao setor.

O Organic Dairy Marketing Assistance Program (ODMAP), por meio da Farm Service Agency (FSA) do USDA, está disponibilizando US$ 104 milhões para operações de leite orgânico para auxiliar nos custos de marketing projetados em 2023.

“Produtores de leite orgânico enfrentaram aumentos significativos e únicos em seus custos, agravados por aumentos nos custos de alimentação e transporte e pela disponibilidade limitada de grãos orgânicos e forragens”, disse Zach Ducheneaux, administrador da FSA. “Sem assistência, muitas fazendas orgânicas, principalmente as pequenas, interromperão a produção, o que afeta não apenas o abastecimento doméstico e o consumo de leite orgânico, mas também o bem-estar de muitas comunidades rurais em todo o país. Este programa manterá nossos pequenos produtores de leite orgânico em operação enquanto eles continuam enfrentando uma combinação de desafios fora de seu controle”.

A FSA anunciou que os pedidos de ODMAP serão aceitos a partir de 24 de maio, e os produtores qualificados incluem operações de leite orgânico certificadas que produzem leite de vacas, cabras e ovelhas.

Os custos de marketing projetados de um determinado produtor em 2023, disse a FSA, serão baseados em seus custos de 2022, com o ODMAP fornecendo um pagamento único de custos com base nos custos em quilos de leite orgânico comercializado em 2022.

De acordo com o USDA, o ODMAP foi desenvolvido para fornecer suporte imediato às operações de leite orgânico certificadas e mantê-las sustentáveis até que os mercados retornem a condições mais normais.

“Com custos de ração orgânica sem precedentes e pressões inflacionárias nos últimos dois anos, recursos como o ODMAP realmente serão importantes para os planos dos produtores para o restante deste ano”, disse Adam Warthesen, copresidente da Organic Trade Association (OTA) Organic Feedstuffs Relief Task Force e diretor sênior de assuntos governamentais e industriais da Organic Valley.

Britt Lundgren, diretor sênior de sustentabilidade e assuntos governamentais da Stonyfield, disse que se o USDA não tivesse entrado no setor, estaria perdendo produtores de leite orgânico. “Estamos ansiosos para trabalhar com o USDA para cobrir mais os custos reais que os produtorees de leite orgânico estão enfrentando”, disse Lundgren.

Lia Sieler, diretora executiva da Western Organic Dairy Producers Alliance, disse que os recursos “momentâneos” alocados por meio do ODMAP eram necessários. “Os produtores estão lutando para continuar produzindo um produto de qualidade, seguro e nutritivo com os custos atuais de fazer negócios”, disse Sieler. “Agradecemos ao USDA com a ajuda de muitos membros do Congresso por intervir, ouvir nossas vozes e trabalhar diligentemente para obter dinheiro o mais rápido possível para ajudar a aliviar um pouco dessa dor. Nosso trabalho não acabou, mas esta é uma grande vitória para nossa indústria em um momento de tanta incerteza.”

Os produtores de leite orgânico podem se inscrever entrando em contato com a FSA em seus centros de serviço locais do USDA entre 24 de maio e 24 de julho. O processo de inscrição do ODMAP inclui o envio da certificação da produção de leite de 2022 e a documentação da certificação orgânica.

A OTA aplaudiu a ODMAP, com o CEO Tom Chapman dizendo: “A necessidade é real e agora”, para produtores de leite orgânico. Chapman creditou a Força-Tarefa de Alívio ao Comércio de Alimentos da OTA por defender o Congresso e o USDA para superar os desafios enfrentados pelas fazendas orgânicas. “Os produtores familiares são a base do setor de laticínios orgânicos e estamos entusiasmados com o fato de o USDA ter reconhecido a urgência de levar os recursos aos necessitados”, disse Chapman. “Estamos ansiosos para trabalhar em parceria com o USDA para garantir total apoio ao setor de laticínios orgânicos.”

De acordo com a OTA, se todos os produtores de leite orgânico do país se candidatassem ao ODMAP, a organização previa que apenas US$ 30 milhões seriam gastos, portanto, a OTA também pediu ao USDA “que trabalhe com a indústria para liberar mais fundos em tempo hábil para garantir que os valores totais alocados cheguem aos produtores de leite que precisam.” (As informações são do Dairy Processing, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido

Entrevista TVE
Confira na íntegra a entrevista do Secretário-Executivo do SINDILAT/RS, Darlan Palharini, para o programa Redação, da TVE, que foi ao ar em 26/05/2023, sobre a entrada de grande número de produtos lácteos subsidiados que vêm do Uruguai e da Argentina, com destaque no impacto sobre a indústria. Clique aqui e assista. (TVE- via youtube)


 
 
 

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Porto Alegre, 30 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.913


Cleber Souza assume Mapa/RS com foco no fim  da crise das agroindústrias

O engenheiro agrônomo José Cleber Dias de Souza assumiu, na manhã desta segunda-feira (29/5), a Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Rio Grande do Sul. Um de seus objetivos à frente da pasta é reforçar políticas que já estão em execução e discutir inflexões para tornar cada vez mais sustentável a cadeia produtiva. A cerimônia de posse reuniu diversas autoridades no auditório do Mapa. O superintendente ressaltou, ainda, que pretende debater com representantes do setor e do Estado a crise entre as agroindústrias a fim de identificar ações que possam contribuir para evitar maiores impactos ao segmento. "Atualmente, estamos discutindo com a Superintendência de Brasília para afinar qual será a nossa ação e, a partir disso, dialogar com os órgãos do estado e as representações das cadeias para estabelecer um plano de ação", reforça Souza.  Ele acrescentou que se registrou uma exclusão bastante significativa de produtores de leite do setor, o que acarreta reflexos sociais e econômicos. “É um processo que entendemos que devemos agir para evitar que continue". O secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), Darlan Palharini, destaca a importância de se levar o debate sobre a atual situação do setor adiante. "O novo superintendente, assim como as gestões anteriores, seguirá dando atenção necessária ao setor lácteo" reitera, Palharini. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)

Nota de Conjuntura - Mercado de Leite e Derivados - Maio de 2023

A produção de leite nos principais países exportadores teve crescimento fraco no início de 2023. Em que pese o pouco crescimento da oferta, os preços dos láteos estão em queda desde março de 2022. No leilão GDT de 02 de maio, comparado com o de março/22, a manteiga foi negociada a US$4.947, redução de 43,2%, o queijo a US$4.561, redução de 40,2% e o leite em pó integral a US$ 3.230, queda de 47,3%. Esse movimento baixista reflete a fraca demanda chinesa, com queda acentuadas das importações em 2022 e início de 20023. Além disso, elevada inflação, aumento das taxas de juros e baixo crescimento do PIB tem prejudicado a demanda global. A previsão do Banco Mundial para o crescimento do PIB global em 2023 é da ordem de 1.7%, sendo puxado, principalmente, pelo crescimento dos países da Ásia.

Para o Brasil, em 2023, é projetado pelo Banco Central um crescimento do PIB de 1%, o USDA prevê 0,9% e o FMI 0,8%. A taxa de desemprego registrou pequena piora no primeiro trimestre do ano, subindo para 8,8% e a inflação, segundo o relatório FOCUS do Banco Central, pode superar 6,0%. Esta expectativa do mercado, dá ânimo à manutenção da taxa Selic em 13,25% ao ano. Um dado preocupante é a elevada inadimplência das famílias, mais de 43% das pessoas adultas no Brasil estão inadimplentes. Esses fatores inibem o consumo e põe pressão baixista nos preços do mercado de lácteos, que são bastante sensíveis a variação de renda. Por fim, a taxa de câmbio tem oscilado ao redor dos R$5,00, com projeções de R$5,20 para final de 2023 e R$5,25 para dezembro de 2024.

Com um Real mais valorizado, preços de lácteos decrescente no mercado internacional e um produto lácteos importado mais barato que o equivalente brasileiro, a tendência é que as importações de leite e derivados sigam mais elevadas. De janeiro a abril desse ano, as importações cresceram 210% e as exportações decresceram 57%. No período, foram internalizados 620 milhões de litros equivalente leite. Essas importações parecem atípicas ao representarem mais do dobro da média dos últimos cinco anos (2017 a 2021). 

No mercado doméstico os preços dos lácteos continuam pressionando a inflação. Enquanto o IPCA acumulado em 12 meses até abril/23 está em 4,18%, 

alimentos e bebidas fecharam em 5,87% e leite e derivados atingiu 14,69%. Isto é devido ao aumento dos preços dos lácteos iniciados em dezembro de 2022 e que, mesmo tendo perdido força, ainda segue bem acima da inflação geral e da de alimentos e bebidas. Contudo, é relevante destacar que o spread do preço dos diferentes produtos lácteos no atacado, em relação ao preço pago aos produtores de leite, está abaixo do spread dos últimos sete anos (2016 a 2023), o que implica em margens industriais relativamente mais apertadas para os laticínios.

Pelo lado dos produtores, o índice de relação de troca entre o preço recebido pelo leite e o preço pago pelos insumos está acima da média dos últimos 7 anos (2016 a 2023). Isto indica que as margens da produção de leite estão melhores e tendem a incentivar o aumento de produção. Por enquanto, a retomada da oferta ainda não ocorreu e os dados preliminares de captação de leite do primeiro trimestre divulgados pelo IBGE indicaram queda de 1,48% em relação ao mesmo período do ano passado.

O cenário para a cadeia de lácteos se mostra bastante desafiador, diante de um quadro de elevada importação, baixas margens para os laticínios, baixo consumo esperado e elevação sazonal da oferta a partir de julho. Isso pode levar a um ajuste negativo nos preços em toda a cadeia produtiva, dificultando a gestão e rentabilidade em produtores e laticínios menos estruturados, dando sequência ao processo de consolidação setorial. 

FONTE:

Resumo das informações discutidas na reunião de conjuntura da equipe do Centro de Inteligência do Leite, realizada em 09 de maio de 2023.

Autores*: José Luiz Bellini Leite, Alziro Vasconcelos Carvalho, Glauco Rodrigues Carvalho, Kennya Beatriz Siqueira,  Lorildo Aldo Stock, Luiz Antonio Aguiar de Oliveira, Manuela Sampaio Lana, Marcos Cicarini Hott, Samuel José de Magalhães Oliveira, Paulo do Carmo Martins. *Pesquisadores e Analistas da Embrapa Gado de Leite

 

NZ – O aperto continua
 
Preços/NZ – Embora a queda do preço do leite ao produtor não tenha sido propriamente uma surpresa, a redução das previsões para a próxima temporada é.
 
Foi dito aos produtores que o retorno da China ao mercado acabaria com todos os problemas de preços Talvez seja um pouco exagerado, mas este tem sido um quadro pintado por bancos e outros analistas.
 
A previsão dos preços agora está chegando, perigosamente, perto do ponto de equilíbrio para muitos agricultores, que mesmo sem investir no aumento da produção, têm poucos recursos para reduzir os gastos.
 
Dado que a oferta global de leite tem um grande impacto no preço assim como a demanda, talvez devamos dar uma olhada para os principais concorrentes do mercado global, como União Europeia (UE) e Estados Unidos da América (EUA). A situação geral na UE é similar ao que ocorre aqui. Até abril a renda para o produtor proporcionava margens positivas em relação aos custos e até então, a produção foi incentivada. No entanto, como aqui, o preço ao produtor vem caindo sistematicamente, junto com a queda das cotações de produtos agrícolas e uma vez atingido o ponto de equilíbrio, os pecuaristas podem começar um massivo movimento de descarte de vacas.
 
O ponto inicial nos EUA está um pouco atrasado em relação à UE no que se refere à lucratividade e muitos agricultores se aproximam do ponto de equilíbrio, quando então poderão iniciar o abate de vacas.
 
Em ambos os casos a produção futura será menor. Atribuiu-se, pelo menos em parte, que a queda dos preços dos lácteos foi decorrente da “mudança de hábitos” dos compradores. Não somente eles procuram pagar menos, mas também reduziram os estoques. Alguns comentaristas da UE estimam que os preços estão no nível mais baixo agora e a recuperação poderá vir de uma forma razoavelmente rápida.
 
Claro, tudo isso é especulação e a única coisa sobre a qual todos estão de acordo é que ainda existe um grau elevado de incertezas tanto do lado da oferta como da demanda. Levando em consideração as últimas previsões da Fonterra, não existe qualquer dúvida de que essa incerteza ocupou um lugar importante dentro da avaliação da cooperativa. Mas ela será menos danosa se aumentar o preço ao produtor para a próxima estação do que reduzi-lo mais ainda.
 

 
O gráfico mostra a volatilidade no decorrer do tempo entre as principais regiões exportadoras e embora a oferta de leite venha crescendo no início deste ano em relação a 2022, as análises não indicam que possa haver elevados níveis de oferta como em 2021, mas muito provavelmente, queda similar à do ano anterior no decorrer da temporada. Com o crescimento da oferta apenas em torno de 1%, pelo menos até fevereiro, parece que ela está em equilíbrio com a demanda. Entretanto, com os resultados estáveis a negativos registrados no último leilão do GlobalDairyTrade (GDT) e a oferta da UE próxima do pico e que depois voltará a cair, não parece muito certo que haja elevação da produção no curto prazo. (Fonte: interest.co.nz – Tradução livre: www.terraviva.com.br) 


Jogo Rápido

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Porto Alegre, 29 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.912


Conseleite/MG divulga projeção do valor de referência para o leite entregue em maio

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 26 de Maio de 2023, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Março /2023 a ser pago em Abril/2023
os valores de referência do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Abril/2023 a ser pago em Maio/2023
os valores de referência projetados do leite padrão maior e menor valor de referência para o produto entregue em Maio/2023 a ser pago em Junho/2023.Períodos de apuração:

Mês de Março/2023: De 01/03/2023 a 31/03/2023
Mês de Abril/2023: De 01/04/2023 a 30/04/2023
Parcial de Maio/2023: De 01/05/2023 a 20/05/2023
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade, incluindo 1,5% de Funrural.
 
As informações são do Conseleite/MG.


Leite/Europa

A produção de leite em grande parte dos países ao norte da Europa Ocidental se aproxima do pico anual. As indústrias dizem que o clima tem sido favorável, contribuindo para um forte início da estação de leite. 

Em algumas partes da região sul do continente, o calor e a seca  impactam no volume de leite. De acordo com o site CLAL, a captação de leite de vaca na União Europeia (UE) no mês de março de 2023 foi estimada em 12.815 mil toneladas, aumento de 0,1% em comparação com o ano anterior. No acumulado do ano, até o mês de março, o volume da produção europeia de leite está em 35.795 mil toneladas, um aumento de 0,6% em comparação com janeiro-março de 2022. Entre os principais países, o volume produzido e a variação em relação ao ano anterior foram: Alemanha, 8.150 mil toneladas (+2,7%); França, 6.065 mil toneladas (-1,8%); e Holanda, 3.549 mil toneladas (+4%).   

No Reino Unido (RU) a produção de leite de vaca em março de 2023 foi de 1.363 mil toneladas, com aumento de 0,9% em relação a março de 2022. No acumulado do ano, janeiro-março, o volume chegou a 3.837 mil toneladas, 1,4% mais em comparação com janeiro-março de 2022.

Com a abundante oferta de leite nos primeiros meses de 2023, o preço do leite ao produtor continua caindo em relação aos elevados níveis do inverno passado. Na Alemanha, depois de atingir o pico de 60 euros por 100 kg, em novembro de 2022, a média do preço do leite ao produtor em março foi de 48,05 por 100 kg. Na França, o preço médio em março foi de 47,05 euros por 100 kg. No entanto, a disponibilidade de leite e creme está apertada nas últimas semanas. Fontes da indústria avaliam que os preços do creme industrial, leite em pó concentrado e leite no mercado spot estão sendo negociados a preços mais altos nas últimas semanas.

Preocupações em relação aos elevados preços dos alimentos ao consumidor levaram alguns legisladores europeus a iniciarem investigações sobre a causa das mais altas taxas de inflação desde o final da década de 1970. No RU, os preços dos alimentos em março chegaram a 19,1% de aumento em relação ao ano anterior. Alguns dos maiores preços foram registrados no leite, manteiga e pão. Mesmo que os preços de alguns desses produtos tenham começado a cair, a expectativa dos varejistas é de que os preços continuarão altos em todo o ano de 2023. Entretanto, eles esperam que as taxas de inflação sejam menores do que as de 2022.  

A produção de leite no Leste Europeu está crescendo dentro dos padrões sazonais, se aproximando do pico sazonal de produção. De acordo com o site CLAL, a produção de leite de vaca na Polônia, em março de 2023 foi de 1.128 mil toneladas, 0,7% maior em relação a março de 2022. No acumulado de janeiro a março, a produção de leite na Polônia é de 3.233 mil toneladas, crescimento de 0,9% em comparação com o mesmo período de 2022.

Fontes oficiais da Ucrânia, Rússia, Turquia e Nações Unidas confirmaram a prorrogação por mais dois meses das exportações através do Mar Negro. A prorrogação permitirá que o grão ucraniano continue a ser enviado pelos três portos do Mar Negro. Ucrânia e Rússia são os dois maiores exportadores de grãos do mundo.

As exportações de produtos lácteos ucranianos estão crescendo em parte devido às medidas tomadas pela UE em junho de 2022, de reduzir ou eliminar as tarifas para mercadorias ucranianas que entrarem na Europa. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)  

A resiliência da produção de leite do Uruguai

Produção/UR – Conforme divulgado pelo Instituto Nacional do Leite (INALE) do Uruguai, a produção de leite em abril de 2023 caiu 0,6% em relação a abril de 2022. 

E isso é uma boa notícia, pois é a menor queda registrada nos últimos 12 meses, na comparação interanual.

No acumulado do ano, de janeiro a abril de 2023, houve perda de 3,7%.

A captação de leite nos primeiros quatro meses dos dois últimos anos sempre foi negativa em relação ao mês equivalente do ano anterior. O fato de em abril de 2023 ter registrado a menor taxa de redução, pode indicar o início da recuperação do setor produtivo.

A produção de leite uruguaia, no entanto, mostra bastante resiliência, e embora apresente quedas acentuadas de produção em determinados momentos, em outros se recupera surpreendentemente. De 2008 a 2022, a produção de leite cresceu 36,4%, no geral. Mas, houve momentos de registrar queda de 10,1%, como em 2016, mas também aumento de 18,8%, como em 2011.

Preços

O preço do leite ao produtor, em abril, subiu 7%, em peso uruguaio, na comparação com dezembro de 2022, e 8% em dólar. Na comparação com abril de 2022, houve queda de -2% em pesos e aumento de 4% em dólar.

E embora o preço ao produtor nestes primeiros meses de 2023, em pesos, estejam menores do que os registrados nos mesmos meses de 2022, eles estão em patamares historicamente elevados, e tiveram aumentos em dólar. (Fonte: www.terraviva.com.br, com dados do INALE)


Jogo Rápido

G100 apresenta e distribui vídeo e folder relativos à especificidade da Reforma Tributária para a Cadeia Láctea no Congresso Nacional
Tributário - Na tarde desta quarta-feira (17/05) o G100 (Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Empresas de Laticínios) apresenta, junto aos parlamentares do Congresso Nacional, vídeo e folder relativos à especificidade da Reforma Tributária para a Cadeia Láctea. Os materiais fornecem uma visão abrangente do setor lácteo (e sua importância socioeconômica), abordando as dificuldades enfrentadas pelos produtores de leite no âmbito tributário. Além disso, enfatiza-se a importância do apoio dos congressistas para assegurar a continuidade do regime de alíquota zero para o leite e a maioria dos produtos lácteos, assim como a manutenção do crédito presumido destinado aos produtores de leite e dos créditos ordinários gerados nos laticínios. Por fim, o G100 apresentou algumas reivindicações, tomando como base a especificidade e complexidade socioeconômica-nutricional-ambiental do sistema produtivo da cadeia láctea.Para ter acesso aos materiais na íntegra, basta clicar aqui. (TERRA VIVA)


 
 
 

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Porto Alegre, 26 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.911


Conseleite Santa Catarina 

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 26 de Maio de 2023 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Abril de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Maio de 2023. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite SC)

 

Santa Clara adota postura conservadora de gestão

Momento é de cautela em função das margens de lucro ajustadas, afirma Guerra

Elogiada por produtores de leite por sua gestão eficiente e por manter uma relação transparente com os associados em um segmento onde os preços são tão instáveis, a Cooperativa Santa Clara, de Carlos Barbosa, adota postura conservadora e gestão profissionalizada para não errar na condução dos seus negócios. É momento de cautela, por conta da margem de lucro ajustada nas cadeias de laticínios e da suinocultura, disse na Fiergs o diretor administrativo e financeiro da empresa, Alexandre Guerra.

“Estamos agora verificando a redução dos preços do milho e da soja. Mas nossa atividade tem um ciclo de cinco a seis meses para se completar, e somente ao final é que se pode considerar a diminuição dos custos. Já o setor lácteo é muito dinâmico, com duas ‘safras’ por dia, com ordenhas pela manhã e à tarde. Com margens já pequenas, nos preocupam as importações de lácteos do Mercosul, em volumes até três vezes maiores que no ano passado”, observou.

Guerra pondera que o Brasil depende da produção interna de leite e derivados, mas o setor é penalizado com a pressão sobre os preços com a entrada de produtos de outros países. “Por outro lado, a população vive momento de menor poder aquisitivo. É preciso equalizar as taxas para que a economia possa girar. Enquanto isso, o caminho é buscar acelerar a inovação, buscar mais produtividade, maior escala, agregar valor aos produtos e fazer ajustes nos processos internos. É um trabalho que está na nossa rotina diária. Mas o governo poderia ajudar, controlando a importação excessiva e criando mecanismos de estímulo ao setor”.

Com 4,8 mil associados, 2,2 mil funcionários e uma produção média diária de 800 mil litros de leite, a Santa Clara faturou R$ 2,2 bilhões em 2022, tendo dividido um lucro de R$ 14 milhões aos sócios. Para este ano, o planejamento é de crescer 8%. Apesar das dificuldades, a empresa mantém o número como desafio.

Guerra avalia que Jornal do Comércio tem papel fundamental na economia, por executar uma cobertura que abrange todos os elos das cadeias produtivas. “A apropriação de informações mais precisas nos permite tomadas de decisão rápidas e definição de estratégias e operações do dia-a-dia”, concluiu o dirigente. (Jornal do Comércio)

Leite/América do Sul

Em um seminário do setor lácteo, que ocorreu na última semana em São Paulo, os participantes se mostraram pessimistas, no curto prazo, em relação às commodities lácteas na região. 

Os preços do leite em pó ainda não caíram, mas existe alguma expectativa de menores compras brasileiras, que junto com o aumento da produção de leite poderá colocar mais leite em pó integral e desnatado no mercado. Argélia e outros países importadores do Norte da África estão sinalizando maior interesse, mas as compras brasileiras e chinesas se acalmaram, podendo pressionar para baixo os preços.

As condições do solo e das pastagens melhoraram para os produtores de leite nas bacias leiteiras da América do Sul, especialmente Uruguai e Argentina. As áreas produtoras da região estão recebendo as chuvas necessárias, embora os plantios de trigo e cevada precisem de um pouco mais de precipitações. A umidade atrasou um pouco a colheita de soja no Brasil. O ano safra 2022/23, apesar de alguns obstáculos climáticos, tem sido recorde. O Brasil caminha para ser o maior exportador mundial de milho na temporada 2022/23. (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)


Jogo Rápido

Chuva expressiva e temperaturas amenas previstas para os próximos dias no Estado
Nos próximos sete dias, há previsão de chuva expressiva e temperaturas amenas na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Integrado Agrometeorológico 21/2023, da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com a Emater/RS-Ascar e o Irga. Na sexta-feira (26/05), o calor aumenta e as temperaturas deverão alcançar 30°C em diversas regiões. Entre a tarde e à noite, a aproximação de uma frente fria deverá provocar pancadas de chuva e trovoadas na Fronteira Oeste, Campanha e Zona Sul. Entre sábado (27/05) e domingo (28/05), o deslocamento da frente fria provocará chuva em todo o Estado, com possibilidade de temporais isolados. Na segunda (29/05) e terça-feira (30/05), ainda ocorrerão chuvas isoladas na maioria das regiões e o ingresso de ar frio provocará o declínio da temperatura. Na quarta (31/05), o ar seco vai predominar na maior parte do Estado; somente nos setores Norte e Nordeste deverão ocorrer chuviscos e garoas isoladas. Os totais esperados são expressivos em diversas regiões e deverão oscilar entre 15 e 30 mm na maioria das localidades da Metade Sul. No restante do Estado, os volumes previstos deverão variar entre 35 e 50 mm. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em  www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 
 
 

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Porto Alegre, 25 de maio de 2023                                                           Ano 17 - N° 3.910


O que falta para liberar o acesso ao fundo gaúcho de apoio ao setor de leite 

Momento é de espera; nove projetos aprovados para receber os recursos estão sob análise da Secretaria da Agricultura

Para que os recursos — cerca de R$ 30 milhões — do Fundoleite possam ser acessados ainda será necessário esperar a tramitação de processos em andamento. Nove projetos aprovados para receber os repasses estão sob análise da Secretaria da Agricultura, a partir de apontamentos técnico-administrativos feitos pela Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (Cage). — A assessoria jurídica da secretaria está analisando e trabalhando para dar retorno o mais rápido possível — disse à coluna o titular da pasta, Giovani Feltes, sem estimar prazo específico.A cobrança pelo acesso ao fundo, formado a partir de contribuições por litro de leite, em partes iguais entre indústria e Estado, veio com força nos discursos da Expoleite e Fenasul. Inicialmente liberado via convênio assinado com uma única entidade, o dinheiro passou a ter nova fórmula com mudança na legislação, em 2021. Com isso, 70% do recolhido pode ser destinado a projetos na área de assistência técnica, por exemplo. Conforme a secretaria, o edital para apresentação das propostas saiu em outubro de 2021, com prazo para recebimento até março do ano passado. Em abril, a normativa para a habilitação passou por modificações, a partir de demandas do setor. Os projetos foram readequados e analisados. O aval da comissão responsável saiu no último mês de outubro. 

— Superando os apontamentos, está na marca do pênalti para fazer o pagamento — compara Feltes. 

O secretário destaca que, no ano passado, duas situações retardaram o processo: as eleições e o regime de recuperação fiscal, que impunham restrições.

Outra reivindicação é de que o Fundoleite seja usado para o pagamento das despesas para o cálculo do preço de referência do leite. Nesse caso, foi aberto um processo administrativo na Central de Licitações do Estado, que teve apontamentos feitos. Devolvido à Agricultura, deve ser reencaminhado hoje com os ajustes solicitados. (Zero Hora)

 

Assembleia instala Frente Parlamentar em Defesa da Proteína Animal 

O setor produtivo gaúcho passa a contar com mais um aliado na defesa das pautas pela produção e competitividade com a instalação, nesta quarta-feira (24/05), da Frente Parlamentar em Defesa da Proteína Animal na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. “É sempre importante termos espaços como este, em que as demandas e necessidades de quem produz aqui no estado encontrem apoio e se fortalecem”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS).

Entre as pautas do setor industrial lácteo que demandam apoio do parlamento gaúcho, estão as de proteção do mercado interno do leite gaúcho frente à entrada de produtos vindos da Argentina e Uruguai, benefícios condedidos aos seus produtores, e a urgência de liberação, pelo Governo do Rio Grande do Sul, dos recursos represados do Fundoleite para financiar os projetos de competitividade das empresas e de desenvolvimento e valorização do leite e derivados, além do Fator de Ajuste de Fruição (FAF), que diminui os créditos das indústrias.

No ato de instalação, que aconteceu na Sala da Presidência da ALRS, o deputado estadual Airton Artus (PDT), autor da iniciativa, destacou a importância do espaço e se colocou à disposição. "Estamos lançando esta Frente Parlamentar com o sentido duplo, de valorizar a proteína, mas também, ser um fórum de debates com a sociedade, com os produtores, com as empresas e cooperativas, para que a gente encontre uma saída”, assinalou. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS - com informações ALRS)

Sindilat conclui rodada sobre análises oficiais de leite conhecendo o trabalho do Laboratório de Qualidade da URI

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) completou, nesta quarta-feira (24/05), o ciclo de debates sobre os processos oficiais de análises de leite com a apresentação do trabalho desenvolvido pelo Laboratório de Qualidade do Leite da URI. A estrutura faz parte dos Laboratórios de Análises Agroindustriais (Anagro) da Universidade Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, localizados no campus de Frederico Westphalen (RS). 

O Laboratório de Qualidade do Leite presta o serviço de análises físico-químicas e microbiológicas conforme as Instruções Normativas (INs) 76 e 77 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e atende aos produtores e empresas que realizam o manejo para a sanidade do rebanho dentro das boas práticas de produção. “Nossos clientes estão localizados principalmente na região norte do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e Paraná. No RS, a coleta é feita em duas rotas distintas o que será ampliado, a partir de julho, com a implantação de uma nova até a cidade de Três Passos, utilizando veículos refrigerados que mantêm a qualidade das amostras coletadas”, detalha o professor Cassiano Busatta, coordenador da Anagro.

Conforme o magistrado, o laboratório busca prestar um atendimento diferenciado e próximo aos produtores, oferecendo soluções on-line, como planilhas de análise e resultados via mensagem SMS, além de suporte técnico, atendimento de urgência e rápida resposta no resultado de análise de casos de recoleta. “Nestes casos de recoleta, as análises são priorizadas em respeito à importância do impacto que têm aos produtores e indústria. Nossos processos de análise funcionam em três turnos e, no máximo, em um dia conseguimos disponibilizar os resultados”, explica Busatta, ao informar que todas as amostras são recebidas de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30min e das 13h30min às 17h. O laboratório trabalha com o bônus metrologia, o qual garante desconto para as análises. O contato pode ser feito pelo telefone (55) 3744-9208 ou via e-mail laab@uri.edu.br.

A iniciativa de conhecer o trabalho dos laboratórios, conforme o secretário-executivo do Sindilat/RS, Darlan Palharini, integra as ações do Grupo de Trabalho de Qualidade do sindicato com vistas a sanar dúvidas de associados com relação a análises de antibióticos, de recoleta referente a suspensão do produtor e logística para coleta de amostras. “Nos dois encontros anteriores foram apresentados os serviços do Unianálises, prestador de serviço da Universidade do Vale do Taquari (Univates), e do Serviço de Análise em Rebanhos Leiteiros (Sarle), da Universidade de Passo Fundo (UFP). Com a apresentação do trabalho da URI, completamos um ciclo importante que reforça nossa convicção sobre a importância da análise oficial do leite como processo de garantia da qualidade”, reforça Palharini.

Na reunião desta quarta-feira, o Grupo Técnico da Qualidade também compilou o documento que será enviado pelo Sindilat/RS em resposta à consulta pública aberta para discutir a Portaria SDA nº 763, de 23 de março de 2023. A norma trata das exigências para o monitoramento ambiental e controle de Listeria monocytogenes em produtos de origem animal. (Assessoria de imprensa SINDILAT/RS)


Jogo Rápido

Estão abertas as inscrições para a segunda etapa do 2º Prêmio Referência Leiteira
Está aberto o prazo para que produtores de leite do Rio Grande do Sul se inscrevam na segunda etapa do 2º Prêmio Referência Leiteira RS.  O mérito será dividido em seis categorias de cases de sucesso: Inovação, Sustentabilidade Ambiental, Bem-estar Animal, Protagonismo Feminino, Sucessão Familiar e Gestão da Atividade Leiteira. Para participar, é necessário realizar o envio por correio eletrônico de todo o material de apresentação para jries@emater.tche.br ou sindilat@sindilat.com.br até o dia 30 de junho. Tanto o regulamento completo, quanto a ficha de inscrição podem ser acessados pelo site do Sindilat. Neste ano, as inscrições foram divididas em duas fases. Na primeira, 116 produtores se registraram para competir pelo prêmio de "Propriedade Referência em Produção de Leite". A novidade é a separação entre os que produzem em sistemas à base de pasto com suplementação e os que produzem em sistemas de semiconfinamento ou confinamento.  O Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat), a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS) e a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) realizam a premiação com o objetivo de reconhecer exemplos positivos na atividade leiteira. O propósito é que os cases de sucesso possam ser amplamente divulgados e reconhecidos, servindo assim como referência aos demais produtores na superação dos desafios do setor.  Os produtores que estão vinculados à indústria de laticínios que adquire leite no Estado podem participar do prêmio, independentemente de sua produção ser individual ou coletiva. Cada vencedor será premiado com um troféu, certificado e um notebook. A divulgação dos resultados e a entrega dos prêmios ocorrerão durante a Expointer 2023, que acontece de 26 de agosto a 3 de setembro no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). (Assessoria de imprensa Sindilat)