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Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 01 de setembro de 2023                                                   Ano 17 - N° 3.979


Estado tem 33 mil produtores de leite na ativa

O número de produtores de leite no Rio Grande d o Sul despencou 60,78% em quase uma década, tendo recuado de 84.199 em 2015 – data do primeiro diagnóstico realizado pela Emater/RS-Ascar – para 40.182 em 2021 e 33.019 neste ano. Com isso, o rebanho leiteiro gaúcho encolheu 34,47% no período, de 1.174.762 de vacas em 2015 para os atuais 769.812 animais. Os indicadores são do Relatório Socioeconômico da Cadeia Produtiva do Leite no RS – 2023, apresentado pela empresa de assistência técnica nesta quinta-feira (31), dentro da programação da Expointer, em Esteio. 

Os dados para o levantamento foram coletados em julho passado. Segundo o zootecnista e assistente técnico da Emater Jaime Ries, a pesquisa, que é bianual, é focada apenas em produtores que entregam leite a laticínios ou mantêm indústrias legalmente formalizadas. Somadas, as propriedades rurais leiteiras produzem hoje 3,836 bilhões de litros de leite por ano, volume 8,91% inferior aos 4,212 bilhões registrados em 2015 e também abaixo do total verificado na pesquisa de 2021, de 4,079 bilhões de litros anuais. O desempenho dos rebanhos, no entanto, aumentou no período analisado, como resultado da profissionalização da atividade e do uso de técnicas modernas de manejo. 

A produtividade média das vacas leiteiras teve um avanço de 39,01%, de 11,7 em 2015 para 16,3 litros diários neste ano. O volume médio produzido em cada estabelecimento rural reflete um salto de 132,29%, de 137 para 317 litros por dia na mesma base de comparação. “É um aumento grande: menos propriedades, mas com uma média maior de vacas e com vacas mais produtivas”, destacou Ries. Esse resultado em 2023, porém, ainda ficou abaixo da expectativa, se considerada a tendência apontada pelos quatro levantamentos anteriores. “Se (o setor) tivesse seguido o mesmo ritmo, seriam 352 litros (diários). Então, temos boas notícias, mas elas poderiam ser melhores. (Nos últimos dois anos), tivemos estiagem, aumento de custos de produção e a questão das importações”, ponderou Ries, referindo-se à disparada das importações de leite e lácteos de países do Mercosul neste ano. 

A concorrência com os itens importados, que entram no Brasil com preços mais competitivos, vem causando dificuldades ao setor e motivando protestos dos pecuaristas. Entre os dados apresentados, chama atenção também o aumento de 67,1% no número de vacas por propriedade, que era de 13,95 em 2015 e passou para 23,31 neste ano. “À medida que diminuiu o número de produtores, os que ficam (na atividade) têm mais animais”, disse Ries. Novamente, com base no ritmo de aumento dos quatro anos anteriores, observou o zootecnista, a expectativa apontaria para uma média de 25 animais por propriedade. O levantamento também traz dados sobre o padrão genético predominante no rebanho leiteiro. Em 67% das propriedades, são criadas vacas holandesas. Outros 16% dedicam-se à raça Jersey e em cerca de 16% estabelecimentos as duas raças estão presentes – o restante dos pecuaristas mantém animais das raças Gir Leiteiro, zebuínas e outras. (Correio do Povo)


A próxima semana terá umidade, chuva e temperaturas amenas no RS

Na quinta-feira (31/8), o tempo permanecerá seco e quente em todo Estado. Entre a sexta (01/9) e o domingo (03/9), o deslocamento de uma área de baixa pressão e uma frente fria provocarão chuva em todas as regiões, com possibilidade de temporais isolados, associados a fortes rajadas de vento e queda de granizo em áreas isoladas.

Na segunda (04), a nebulosidade seguirá predominando, com chuva em todo Estado e risco de temporais isolados, e o ingresso de ar frio provocará o declínio da temperatura. Na terça (05), ocorrerão pancadas de chuva nos setores Norte e Nordeste, com tempo firme e frio nas demais regiões. Na quartafeira (06), o tempo firme e frio vai predominar em todas as regiões. Os volumes previstos são muito elevados e oscilarão entre 70 e 100 mm na maioria das áreas do RS.

No Alto Uruguai e no Planalto os totais deverão variar entre 125 mm e 140 mm e poderão superar 160 mm em diversas localidades. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)

Na Expointer, Uruguai afasta possibilidade de Brasil taxar lácteos do Mercosul

O ministro da Agricultura do Uruguai, Fernando Mattos, afastou a possibilidade de o Brasil taxar a importação de lácteos do país. “Não podemos estabelecer regras de restrição porque estamos no Mercosul integrado, não podemos aplicar aspectos legais que vão contra o espírito de livre circulação de bens e de pessoas. Seria, portanto, uma contradição o Mercosul pedir liberalização de mercados e estabelecermos regras restritivas internas”, argumentou, durante visita à casa do Grupo Record RS na Expointer.

A certeza provém também de reunião com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, realizada na sede da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), após encontro com o setor lácteo gaúcho, nesta quinta-feira, na Expointer.

De acordo com Mattos, a reunião com Fávaro resultou na designação de dois pontos focais de trabalho para “evitar o aviltamento da oferta (de leite) na próxima primavera de acordo com todas as normas de transparência”. “Vamos propiciar, dentro dos acordos empresariais, que as empresas possam dialogar entre si para que haja regras claras e o comércio contribua ao correto abastecimento ao mercado brasileiro”, afirmou.

Isso porque o país vizinho é tradicional fornecedor de leite ao Brasil que, segundo Mattos, não supre a própria demanda interna. “O Brasil precisa de fornecedores confiáveis. Não podemos levantar o dedo acusador a quem tem sido, historicamente, o grande fornecedor para esse déficit. É também a importação que regula o mercado, evita a disparada dos preços e evita que a pressão inflacionária ocorra quando a produção brasileira diminui”, disse.

Outro foco está no desenvolvimento de campanhas de estímulo ao consumo de leite no Brasil, a exemplo do que, há 80 anos, ocorre no Uruguai, onde as escolas têm no leite e nos lácteos produtos insubstituíveis na merenda escolar. Além de regular o mercado interno, a oferta às crianças cria hábitos que perduram de geração a geração, fortalecendo uma cultura de consumo. “Transmitimos ao Fávaro que o Uruguai consome quase 50% a mais de leite per capita que o Brasil, na proporção de 240 litros per capita/ano para 160 litros per capita/ano. Essa poderia ser uma estratégia para desafogar o produtor e enriquecer a alimentação das crianças com alto valor nutricional, melhorando, inclusive, seu desempenho cognitivo e escolar”. argumentou.

Além do que chamou de busca por “soluções construtivas por meio do diálogo para que ambos os países tenham uma mútua compreensão de suas realidades, inclusive na questão social”, Mattos revelou que pediu interferência de Fávaro para solucionar entraves relativos à certificação de qualidade do leite uruguaio nas fronteiras brasileiras. Disse que, por meio de um compromisso pessoal do ministro brasileiro, ouviu o compromisso de criar um grupo de trabalho para estabelecer critérios comuns de avaliação e certificação no Mercosul para garantir a transparência e a confiabilidade das operações comerciais. (Correio do Povo)


Jogo Rápido

RS Carbon Free
CLIQUE AQUI e confira as fotos do evento, as apresentações dos palestrantes e a repercussão na mídia.


 
 
 

APRESENTAÇÕES DO EVENTO:

Luiz Gustavo Ribeiro Pereira – Embrapa Gado de Leite: Como estamos quantificando a sustentabilidade: resgatando conexões regenerativas na fazenda leiteira - CLIQUE AQUI

Paulo César de Faccio Carvalho – UFRGS e Aliança SIPA: Pecuária Carbon Free - CLIQUE AQUI

Vanessa Romário de Paula – Embrapa Gado de Leite: Pegada de carbono do leite: direcionamento para a produção sustentável - CLIQUE AQUI

Patrícia Perondi Anchão Oliveira – Embrapa Pecuária Sudeste: Sistemas de produção e balanço de gases - CLIQUE AQUI

Cristina Genro – Embrapa Pecuária Sul: Descarbonização da pecuária bovina: que caminhos podemos seguir? - CLIQUE AQUI

Giovani Stefani Faé (Embrapa Trigo) e Pedro Albuquerque (CCGL): Arquitetando Modelos de Produção Rentáveis e Sequestradores de Carbono: A Lógica da Operação 365 - CLIQUE AQUI

Marjorie Kauffmann - SEMA: Estratégia Governamental para a Agenda do Clima do RS - CLIQUE AQUI

Alexandre Berndt – Embrapa Pecuária Sudeste: Estratégias para uma pecuária de baixo carbono. - CLIQUE AQUI

Jackson Freitas Brilhante de São José – SEAPI: Plano de Agricultura de Baixa de Carbono do Rio Grande do Sul - Plano ABC+RS - CLIQUE AQUI

Domingos Velho Lopes - Farsul: Os desafios do setor produtivo frente a economia verde e aos compromissos internacionais - CLIQUE AQUI

Cimélio Bayer – UFRGS: Caminhos para uma agricultura de baixa emissão de carbono no RS - CLIQUE AQUI

Walkyria Bueno Scivittaro – Embrapa Clima Temperado: Estratégias para a mitigação de emissões da lavoura de arroz - CLIQUE AQUI

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FOTOS: 

1º DIA - 29/08/2023 (terça-feira) - CLIQUE AQUI

2º DIA - 30/08/2023 (quarta-feira) - CLIQUE AQUI

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NA MÍDIA:

> Produção leiteira com carbono zero
Correio do Povo; Rural; Pág. 12 - 29/08/2023

> RS Carbon Free: Expointer terá seminário pioneiro sobre mitigação e balanço de carbono
https://portaldbo.com.br/rs-carbon-free-expointer-tera-seminario-pioneiro-sobre-mitigacao-e-balanco-de-carbono/

> Produção leiteira não agride ambiente
Jornal Correio do Povo; Rural; Pág. 11 - 30/08/2023

> Práticas simples podem reduzir de 15% a 20% as emissões de gases em propriedades leiteiras
https://acionista.com.br/praticas-simples-podem-reduzir-de-15-a-20-as-emissoes-de-gases-em-propriedades-leiteiras/

> Sindilat: Práticas simples podem reduzir de 15% a 20% as emissões em propriedades leiteiras
https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/leite/358259-s-iindilat-praticas-simples-podem-reduzir-de-15-a-20-as-emissoes-em-propriedades-leiteiras.html

> 46ª Expointer, Rio Grande do Sul prepara Selo Verde para cadeias de proteína animal
https://www.paginarural.com.br/noticia/311880/46Aordf-expointer-rio-grande-do-sul-prepara-selo-verde-para-cadeias-de-proteAshyna-animal

> Práticas simples podem reduzir de 15% a 20% as emissões em propriedades leiteiras
https://www.milkpoint.com.br/noticias-e-mercado/giro-noticias/praticas-simples-podem-reduzir-de-15-a-20-as-emissoes-em-propriedades-leiteiras-234856/

> Práticas simples podem reduzir de 15% a 20% as emissões em propriedades leiteiras
https://jornaldiadia.com.br/praticas-simples-podem-reduzir-de-15-a-20-as-emissoes-em-propriedades-leiteiras/

> RS terá selo verde para cadeias de proteína animal
Jornal do Comércio; Expointer; Pág. 11


> RS prepara selo verde para cadeias de proteína animal

https://globorural.globo.com/sustentabilidade/noticia/2023/08/rs-prepara-selo-verde-para-cadeias-de-proteina-animal.ghtml

> Caminho aberto para o selo verde do Estado
Jornal Correio do Povo; Rural; Pág. 9 - 01/09/2023

> Expointer 2023 abre caminho para selo verde no setor primário gaúcho
Jornal Correio do Povo; Capa; Pág. 1 - 01/09/2023

> Caminho aberto para o selo verde do Rio Grande do Sul
https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/rural/expointer/caminho-aberto-para-o-selo-verde-do-rio-grande-do-sul-1.1086074

> RS prepara Selo Verde para cadeias de proteína animal
https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/meio-ambiente/358363-rs-prepara-selo-verde-para-cadeias-de-proteina-animal.html

> Prática simples podem reduzir de 15% a 20% as emissões em propriedades leiteiras
www.comprerural.com/praticas-simples-podem-reduzir-de-15-a-20-as-emissoes-em-propriedades-leiteiras/

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 31 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.978


Granja Ritter e Estância das Pedras vencem Prêmio Referência Leiteira

A Granja Ritter, de São Martinho (RS), e a Estância das Pedras, de Água Santa (RS), venceram a 2ª edição do Prêmio Referência Leiteira. O anúncio foi realizado nesta quinta-feira (31/8) em evento na Casa do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). O mérito consagrou a Granja Ritter, de Leo Arnoldo Ritter, como “Propriedade Referência em Produção de Leite" no sistema de produção em semiconfinamento e confinamento. No sistema a pasto, o primeiro lugar foi conquistado pela Estância das Pedras, de Gabriel Lorenzon.

Durante a cerimônia também foram conhecidos os vencedores das categorias de cases. Na categoria “Protagonismo Feminino”, a propriedade vencedora foi a Baldo Pereira; em “Inovação”, a Granja Grespan; em “Gestão da Atividade Leiteira”, o Tambo S. Martins;  em “Sucessão Familiar”, a Agropecuária Muraro; em “Sustentabilidade Ambiental”, a Fazenda São João; e em Bem-estar Animal, a Família Miorando. 

“A busca pela excelência, a perspectiva de sucessão familiar e a dedicação constante são características comuns a estas propriedades vencedoras, que compartilham resultados notáveis na atividade leiteira. E, sem dúvida, o elemento comum entre elas é o amor pela atividade, pois a produção de leite requer dedicação contínua e a superação de muitos desafios, enfrentados através da capacidade de organização e de gestão do negócio”, destaca Jaime Eduardo Ries, assistente técnico estadual da Emater-RS e coordenador do Prêmio Referência Leiteira. 

Os 12 destaques receberam troféus e certificados, kit de produtos lácteos, além de notebook como premiação. Os detalhes dos vencedores podem ser conferidos abaixo. “A premiação é um reconhecimento aos produtores e propriedades que têm se destacado no setor lácteo do Rio Grande do Sul, evidenciando aqueles que têm desenvolvido um excelente trabalho e incentivado a implementação de avanços e inovações para impulsionar o setor rumo a uma produção cada vez mais sustentável, competitivo e eficiente”, afirma Darlan Palharini, vice-coordenador da premiação e secretário-executivo do Sindilat/RS.  

Ao todo, a premiação contou com a participação de 150 iniciativas. O Prêmio, que teve a sua 3º edição confirmada para 2024, é promovido pelo Sindilat/RS com o apoio da Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS),  Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR).

O evento contou ainda com a apresentação de iniciativas e tecnologias inovadoras para a cadeia leiteira, como a Plataforma Embrapa de Leite Baixo Carbono; a ferramenta PSP Leite para a gestão da produção de leite; e os testes rápidos para seleção de úberes leite A2.  Em dois painéis, foram abordadas questões importantes sobre a sanidade dos rebanhos com os temas: “carrapato bovino na propriedade leiteira” e “mastite x tratamento SuporTest Antibiograma”. No espaço voltado à qualificação foi apresentada a 1ª Escola de Laticinista do RS, o Programa de Formação em Qualidade do Leite: Formação de Laboratoristas (Parceria Sindilat/RS e Univates).  A cerimônia também marcou o lançamento da 1ª revista "Referência Leiteira". Produzida em parceria com a Emater, a publicação traz em suas páginas a história dos vencedores da primeira edição do Prêmio Referência Leiteira. 

Confira os vencedores da 2ª edição do Prêmio Referência Leiteira:

Propriedade Referência em Produção de Leite: sistemas de produção à base de pasto
1º Lugar: Produtor Gabriel Lorenzon, propriedade Estância das Pedras, cidade Água Santa (RS), fornecedor de leite da Coasa/Ccgl
2º Lugar: Produtor Cristiano Luiz Breitenbach e Luís Pedro Breitenbach, propriedade Agropecuária Breitenbach, cidade Condor (RS), fornecedor de leite da Italac
3º Lugar: Produtor Daniel Roque Faciochi, propriedade Daniel Roque Faciochi, cidade Dois Lajeados (RS), fornecedor de leite Coop. Sta.Clara

Propriedade Referência em Produção de Leite: sistemas de produção em semiconfinamento e confinamento
1º Lugar:  Produtor Leo Arnoldo Ritter, propriedade Granja Ritter, cidade São Martinho (RS), fornecedor de leite Lactalis 
2º Lugar: Produtor Marcos Moretti Secco, propriedade Cabanha DS, cidade Vila Lângaro (RS), fornecedor de leite Unibom
3º Lugar: Produtor Adelmo Breunig e Outros, propriedade Breunig Agricultura e Pecuária, cidade Condor (RS), fornecedor de leite Heja

Categorias de Cases:
Bem-Estar Animal: produtor Alex Junior Miorando e Valdecir Antonio Miorando, propriedade Família Miorando, cidade Palmitinho (RS), fornecedor de leite da Italac
Inovação: produtor Cleimar Grespan, propriedade Granja Grespan, cidade Carlos Barbosa (RS), fornecedor de leite da Santa Clara
Sucessão Familiar: produtor Gabrieli Muraro de Oliveira, propriedade Agropecuária Muraro, cidade Condor (RS), fornecedor de leite da CCGL
Sustentabilidade Ambiental: produtor João Amantino, propriedade Fazenda São João, cidade Passo Fundo (RS), fornecedor de leite da CCGL
Gestão da Atividade Leiteira: produtor Ana Lice Silvestrin Martins, propriedade Tambo S. Martins, cidade Serafina Corrêa (RS), fornecedor de leite da Coperlac
Protagonismo Feminino: produtor Sirlei Baldo Pereira, propriedade Baldo Pereira, cidade Campo Novo (RS), fornecedor de leite da Piracanjuba
(Assessoria de Imprensa Sindilat/Crédito: Dudu Leal)


Governo lança edital de R$ 2,5 milhões para projetos estratégicos de inovação no agronegócio

Um edital de R$ 2,5 milhões para apoiar projetos estratégicos de inovação no agronegócio do Rio Grande do Sul foi lançado pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), nesta segunda-feira (28), no palco do RS Innovation Agro na 46ª Expointer. Os recursos do Inova Agro 5/2023 visam ao fomento de soluções nas áreas de irrigação, descarbonização, aumento de eficiência de produção e transição energética, que envolvam parcerias entre universidades e, no mínimo, uma empresa, bem como entidades da sociedade civil organizada e órgãos públicos.

Com aplicação de R$ 100 mil a R$ 312,5 mil por projeto, distribuídos nos oito ecossistemas regionais de inovação do Rio Grande do Sul, o objetivo da chamada pública é estimular o desenvolvimento de soluções inovadoras que envolvam os desafios atuais do agronegócio. A titular da Sict, Simone Stülp, conduziu a apresentação do edital.

“Nós somos um Estado só e temos que crescer juntos. Por isso, a divisão em oito ecossistemas e esse impulsionamento a cada um”, explicou Stülp. “O objetivo de cada um desses editais é transformar o conhecimento produzido em nosso Estado em oportunidades efetivas, que gerem PIB e melhorias no dia a dia das pessoas, olhando para os desafios que enfrentamos e para nossas potencialidades dentro de cada ecossistema.” A secretária adiantou que deverá haver o lançamento de outros editais no Inova Agro com foco em uma temática específica.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, participou do lançamento e salientou a importância do edital na valorização da produção de conhecimento tecnológico e científico do Rio Grande do Sul, o que une a quádrupla hélice da inovação (governo, empresas, universidades e sociedade civil organizada). “Nós recriamos a Secretaria de Inovação, em 2019, com essa denominação, por entendermos que precisamos ter uma estrutura que especificamente pense como fomentar a inovação. Disponibilizamos recursos para impulsionar o que os nossos ecossistemas já produzem”, ressaltou.

Os projetos voltados à irrigação são focados na prática de manejo agrícola destinada a fornecer água de forma artificial de acordo com as necessidades das práticas agrossilvopastoris. Em relação aos projetos de descarbonização, serão selecionadas iniciativas que visem à redução da emissão de carbono na atmosfera, principalmente por meio da substituição de combustíveis fósseis por tecnologias limpas ou renováveis.

O aumento da eficiência de produção será fomentado com soluções voltadas para o aumento da produtividade por meio do uso mais eficiente de recursos hídricos, energéticos, insumos, da terra, ou outros vinculados ao agronegócio nos diferentes elos da cadeia de valor. Por fim, a transição energética refere-se a qualquer ação tomada com o objetivo de auxiliar na alteração da matriz energética de um negócio para fontes de energia renováveis ou limpas.

O prazo de submissão de propostas vai até 12 de outubro, com divulgação dos resultados finais prevista até 16 de novembro. Mais informações podem ser conferidas no site da Sict.

Estiveram presentes, no lançamento, o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, o secretário adjunto da Casa Civil, Gustavo Paim, o secretário de Turismo em exercício, Luiz Fernando Rodriguez Júnior, e autoridades representantes de universidades gaúchas. (Ascom Sict)

Protesto do setor leiteiro marca maior concurso da raça Holandesa na Expointer

Empunhando a faixa que alerta para o risco de colapso no setor, os proprietários das vacas campeãs do concurso leiteiro da raça Holandesa receberam o tradicional banho de leite na tarde desta terça-feira, 29 de agosto, durante a programação da 46ª Expointer. O ato demonstrou a união dos produtores de leite do Estado na busca por soluções para os altos custos de produção e para a concorrência com o produto importado, que invadiu o mercado brasileiro.

Promovido pela Associação dos Criadores de Gado Holandês do Rio Grande do Sul (Gadolando), o banho de leite também serviu para fomentar a solidariedade. Em conjunto com o Sindicato das Indústrias de Lácteos (Sindilat), a Gadolando vai doar mais de 2,1 mil litros de leite para a prefeitura de Esteio (RS) distribuir às entidades assistenciais da cidade. O cálculo foi baseado no resultado das ordenhas vencedoras das vacas holandesas e jersey, multiplicado pelos dez dias de duração da Expointer.

Duas vacas da Granja Ferraboli, de Anta Gorda (RS), foram as maiores produtoras de leite desta edição da Expointer. Na categoria Jovem, Ferraboli 441 Natalia Unix se destacou, tendo produzido 78,55 quilos de leite na ordenha do dia. Já entre as adultas, a vencedora foi Festleite P Ferraboli 407 Supersire, que produziu impressionantes 82,69 quilos. As duas são os xodós da família Ferraboli, que as cria com sombra no verão, aquecimento no inverno e, claro, comida de qualidade. É o que revelou o proprietário dos animais, Paulo Ferraboli, orgulhoso do desempenho de suas pupilas. O negócio familiar começou com uma única vaca holandesa há 23 anos – hoje a propriedade mantém 88 vacas em lactação para uma produção média de 100 mil litros por mês. A esposa de Paulo, Dona Marlei, adiciona um segredinho extra para explicar o sucesso de suas vacas: “elas gostam muito de carinho”, acrescentou.

Paulo Ferraboli e a família foram alguns dos produtores que carregaram a faixa com o alerta sobre o risco de colapso no setor leiteiro gaúcho. “Hoje não nos sobra recursos para fazer investimentos. A conta não fecha mais”, lamentou. O presidente da Gadolando, Marcos Tang, salienta a importância de medidas de proteção para os produtores, que há anos vêm sofrendo com os altos custos de produção e que, em 2023, se depararam com um aumento vertiginoso nas importações de leite de países como Uruguai e Argentina. “O consumidor não está vendo vantagem nos produtos importados. A sociedade como um todo, consumidores e produtores, precisam se unir em favor da cadeia produtiva do leite”, apontou.

Ainda segundo Tang, os produtores decidiram participar da Expointer, mesmo com os problemas enfrentados. A exposição é o momento de reconhecer o investimento que os criadores fazem em genética e no manejo dos animais – os dois fatores que possibilitam resultados vultuosos como os demonstrados no concurso leiteiro. “Mesmo com todos os desafios, o produtor não parou de investir para produzir alimentos de qualidade”, finalizou Tang. (Gadolando/Crédito: JM Alvarenga)


Jogo Rápido

Fórum Tecnológico do Leite será em setembro
No mês de setembro Teutônia terá a 17ª edição do Fórum Tecnológico do Leite. Serão dois dias de programação com palestras e apresentação de cases. As inscrições podem ser efetuadas pelo site do Colégio Teutônia (www.colegioteutonia.com.br). Inscritos até o dia 25 de setembro terão almoço gratuito no local para o dia de programação presencial. O 17º Fórum Tecnológico do Leite é uma realização do Colégio Teutônia, Emater/RS-Ascar e Governo do Estado do Rio Grande do Sul – Secretaria de Desenvolvimento Rural, com apoio da Prefeitura de Teutônia e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). O patrocínio ouro é de Nutron, Milkparts, Clube do Produtor Lactalis, Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), Launer Quimica, Maná, Sicredi, Santa Clara e Top Leite. Patrocínio prata de Gestor RP, Certel, Ordemax, Machado Agropecuária, Cooperagri, Nutrepampa e Tangará. (Fórum Tecnológico do Leite)


 
 
 

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Porto Alegre, 30 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.977


RS prepara Selo Verde para cadeias de proteína animal

O Rio Grande do Sul caminha para instituir um selo verde para as cadeias de produção de proteína animal. A confirmação para a certificação aconteceu na manhã desta quarta-feira (30/08), ao final da primeira edição do Seminário RS Carbon Free. O compromisso com o equilíbrio ambiental deverá se iniciar pelo levantamento dos indicadores e das metas.  “Em diversas fases, muitas ações para o equilíbrio nas emissões já vêm sendo adotadas. O objetivo do selo é colocar tudo isso dentro da metodologia da Embrapa. Faremos isso em parceria com o Governo do Estado e as entidades representativas da pecuária de corte, grãos e leite”, destacou Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat/RS).

A iniciativa se alinha ao trabalho desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS (SEMA), que já realiza uma tabulação de dados que permitirá determinar métricas para ações de descarbonização.  De acordo com a secretária da pasta, Marjorie Kauffmann, o Estado busca “definir essas métricas até o final deste ano, e que elas sejam exequíveis, para que se consiga quantificar o quanto que uma produção está emitindo”. Kauffmann também afirmou que o governo gaúcho irá investir R$15 milhões para pesquisas sobre mitigação de carbono da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande (Fapergs). 

Estabelecer os parâmetros é o primeiro passo para avançar rumo ao mercado de créditos de carbono. Mesmo carecendo de uma legislação específica no Brasil, o comércio da chamada “moeda verde” é mais reconhecido pelos benefícios ao meio-ambiente do que como forma de gerar divisas ao produtor. “O que remunera não são os créditos, é a terra preservada, o solo produtivo e as tecnologias de preservação efetivamente chegando no campo, onde o produtor pode se manter com dignidade e oferecer para o mercado produtos alinhados à sustentabilidade”, assinalou Caio Vianna, diretor-presidente da CCGL e diretor-secretário Sindilat/RS, ao coordenar a mesa-redonda da manhã que teve a participação de Jorge Lemainski, chefe-geral da Embrapa Trigo.

Em termos de comparação, o volume de emissão da agropecuária corresponde a 12% do total do que é produzido no mundo, enquanto o setor de energia, por exemplo, é responsável por 73%. Os dados atualizados foram apresentados pela SEMA. “Nenhum produtor ficará rico com o carbono, o objetivo também não é este. A pauta carbono é uma grande estratégia para se tratar da preservação, melhorar produção e eficiência, gerando economia de recursos, o que sim, do ponto de vista econômico, é lucro”, reforça Domingos Velho Lopes, vice-presidente da Farsul. 

Entre os palestrantes da última manhã do Seminário RS Carbon Free, também estiveram Alexandre Berndt, da Embrapa Pecuária Sudeste; Jackson Freitas Brilhante de São José, da Seapi; Cimélio Bayer, da UFRGS, e Walkyria Bueno Scivittaro, da Embrapa Clima Temperado.

O seminário se iniciou no dia 29 de agosto, na Casa da Indústria de Laticínios, espaço do Sindilat/RS, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), e reuniu produtores, pesquisadores, professores, estudantes e representantes de entidades públicas e privadas para a troca informações, estudos e experiências relativos à mitigação e ao balanço do carbono. Ao todo, o evento contou com 12 palestras e duas mesas-redondas.  A atividade é promovida pelo Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat/RS) e Sebrae/RS, com o apoio de Embrapas Pecuária Sul, Gado de Leite, Pecuária Sudeste, Trigo, Meio Ambiente e Clima Temperado, além da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS (Seapi) e Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS (SEMA). (Assessoria de Imprensa Sindilat/Crédito: Dudu Leal)


Foco no mercado interno e exportação para a Ásia são estratégias para fortalecer a indústria láctea do Brasil, aponta consultoria 

Barrar importações de países do Mercosul, conquistar novos consumidores, focar em alta produtividade dos tambos e na indústria, e mirar para o mercado da Ásia estão entre alguns dos insights destacados por Thais Balbi e Giovana Araujo para que a indústria láctea brasileira encontre um caminho rumo ao seu fortalecimento e crescimento. As especialistas são sócias da KPMG Deal Advisory & Strategy, empresa de auditoria e consultoria. No painel “Os Desafios da Indústria de Laticínios no Brasil”, realizado em parceria com o Sindicato das Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) na manhã desta quarta-feira (30/08), na Expointer, elas detalharam as estratégias, que se iniciam com  o olhar para dentro do mercado nacional.

No Brasil, além de frear a entrada de produtos lácteos que chegam às prateleiras vindos da Argentina e do Uruguai, é preciso ampliar os sistemas voltados à produtividade e garantir redução nos custos de produção e insumos. Além disso, é preciso um reposicionamento frente à mudança no perfil de consumo de leite e derivados por setores que tiveram mais queda de capital, repensando portifólio e produtos. “É preciso reposicionar o leite em todas as classes, tanto entre as que vem perdendo renda e que coincidentemente são as que mais consomem, quanto as de maior poder aquisitivo, fazendo o processo educacional sobre os benefícios desta fonte nutriente, para que o costume de consumir lácteos seja percebido com valor, invertendo a trajetória na queda do consumo”, indica Giovana Araujo.

No cenário mundial, Thais Balbi aponta que a estimativa de crescimento, tanto por conta do aumento da renda quanto pela expansão populacional, é projetada globalmente na ordem de 33%. “A China importa anualmente 800 milhões de toneladas de leite e derivados, e deve continuar importando em volume cada vez mais crescente. O Brasil é um dos países com maior potencial de expandir sua indústria para atender este crescimento, seja no mercado interno ou no exterior e se posicionar como exportador de produtos de alto valor agregado, como os queijos e outros itens premium”, destaca. 

O evento realizado no dia 29/08 na Expointer em Esteio (RS), também contou com a presença de Daniel Cifu, Sócio da KPMG Corporate Finance, Especialista em avaliação de ativos e negócios e Líder da Regional Sul. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Crédito: Dudu Leal)

Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 29 de Agosto de 2023 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Julho de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Agosto de 2023, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes. 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. 

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Agosto de 2023 é de R$ 4,4863/litro. 

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)


Jogo Rápido

Gaúcha Atualidade
Leandro Staudt, Giane Guerra e Rosane de Oliveira fazem entrevistas e trazem a análises sobre o que acontece no Estado, no país e no mundo. O programa desta quarta-feira (30), diretamente da Expointer, contou com a participação do secretário executivo do Sindilat, Darlan Palharini, do presidente da Associação dos Criadores de Gado Holandês do RS (Gadolando), Marcos Tang, da fundadora da Insect Protein, Adriana Bender, e do CEO da Insect Protein, Mauro Ávila. CLIQUE AQUI e confira a entrevista. (Rádio Gaúcha)


 
 
 

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Porto Alegre, 29 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.976


Práticas simples podem reduzir de 15% a 20% as emissões em propriedades leiteiras

A adoção de medidas simples de manejo dos rebanhos em propriedades leiteiras pode reduzir de 15% a 20% as emissões de gases do efeito estufa. A constatação faz parte de estudo realizado pela Embrapa, que considerou dados de 500 propriedades nos estados de Goiás, Minas Gerais e Paraná. Os resultados foram divulgados durante o 1º Seminário RS Carbon Free, realizado na manhã desta terça-feira (29/08), na Casa do Sindicato das Indústrias de Laticínio do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) durante a Expointer, em Esteio (RS). Segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Luiz Gustavo Pereira, a análise dos dados indica que ações básicas como nutrição adequada, tratamento de dejetos e controle sanitário têm impacto muito positivo, podendo reduzir consideravelmente as emissões, chegando, inclusive, a taxas de 60% em algumas localidades. “Se o produtor fizer a coisa certa, a tendência é ir baixando a pegada de carbono”, aponta. De acordo com Pereira, a chave da questão das emissões está em quantificá-las. “Precisamos mensurar a pegada de carbono ao longo do tempo. Temos identificado que, com práticas básicas, se consegue reduções de 15% a 20% ao ano em propriedades leiteiras comerciais”, reafirma.

Ao abrir o evento, Caio Vianna, presidente da Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) e diretor secretário do Sindilat/RS, defendeu que a palavra para a virada ambiental é união, numa agenda que coloque os sistemas produtivos no mesmo compasso a fim de alcançarem as melhores práticas de proteção ao meio-ambiente, assumindo sistemas mais eficientes em resultados produtivos e ambientais. “Isso vai fazer a diferença, pois precisamos fazer esta transição para um modelo de futuro, para produzirmos alimentos de qualidade valorizando tudo o que a natureza nos fornece e ensina”, assinala. 

Ao longo da manhã, foram realizadas seis palestras e uma mesa redonda. “Neste primeiro dia do seminário tivemos a participação de um público muito interessado em compreender qual o processo para esta virada de chave para a produção verde que, sem dúvida, está logo aí no horizonte e, não apenas dos tambos, mas para todos os sistemas da produção primária”, avalia Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS. 

Nesta tarefa, Fernando Cardoso, destacou que a Embrapa tem diversificado suas pesquisas nas seis unidades da empresa de pesquisa, Embrapas Pecuária Sul, Gado de Leite, Pecuária Sudeste, Trigo, Meio Ambiente e Clima Temperado, focado em tecnologia. “Confirmamos que teremos a oportunidade de aliar o desenvolvimento econômico à melhoria da eficiência do sistema de produção com sustentabilidade. Estamos demonstrando isso aos produtores, para que tenham melhores resultados aliados à preservação, este é o grande propósito”, afirma Cardoso. 

Para Ayrton Pinto Ramos, diretor técnico do Sebrae/RS, outra faceta para o progresso dos sistemas de baixo carbono é a implementação dos avanços da tecnologia integrada aos sistemas de melhoria e produção, com incentivo para que se efetivem no campo. “Também não existe se trabalhar a sustentabilidade sem estar próximo ao desenvolvimento econômico. Esta sinergia é vital, também para outros avanços”, acrescentou. Na Casa da Indústria de Laticínios, espaço do Sindilat/RS na 46ª Expointer, também participaram da abertura dos trabalhos nesta terça-feira Mariana Tellechea, presidente da Associação Brasileira de Angus, e Eugênio Zanetti, vice-presidente da Fetag-RS.

A programação (veja abaixo) seguirá na quarta-feira (30/8), quando, ao final, está prevista a apresentação e a assinatura de protocolo sobre a cultura de carbono para o Rio Grande do Sul. 

Programação 1º Seminário RS Carbon Free - 2º Dia - quarta-feira (30/08)
9h: Abertura
9h05min: Marjorie Kauffmann (SEMA): Estratégia Governamental para a Agenda do Clima do RS
9h20min: Alexandre Berndt (Embrapa Pecuária Sudeste): Estratégias para uma pecuária de baixo carbono.
9h35min: Jackson Freitas Brilhante de São José (Seapi): Plano de Agricultura de Baixa de Carbono do Rio Grande do Sul - Plano ABC+RS
9h50min: Domingos Velho Lopes (Farsul): Os desafios do setor produtivo frente à economia verde e aos compromissos internacionais
10h05min: Cimélio Bayer (UFRGS): Caminhos para uma agricultura de baixa emissão de carbono no RS
10h20min: Walkyria Bueno Scivittaro (Embrapa Clima Temperado): Estratégias para a mitigação de emissões da lavoura de arroz
10h35min: Mesa redonda, mediador Caio Vianna (diretor-presidente da CCGL e diretor-secretário Sindilat/RS)
10h50min: Assinatura do protocolo estadual e encerramento
CLIQUE AQUI e confira a programação completa. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Crédito: Dudu Leal)


Indústria láctea foca na inovação e na oferta de formação para enfrentar volatilidade do mercado

Para enfrentar o desafio de proteger o mercado lácteo nacional e gaúcho, o Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) está investindo em formação. Em coletiva de imprensa, na tarde desta terça-feira (29/08), foi confirmada a abertura da oferta de 40 vagas do módulo para laboratoristas dentro do Programa de Formação em Qualidade do Leite. A formação será oferecida pelo sindicato em parceria com a Prefeitura de Estrela (RS) e Univates. A iniciativa é voltada para profissionais das indústrias e agroindústrias e contará com 12 horas/aula, presenciais e on-line. “O curso será aberto a todas as empresas, capacitando os laboratoristas nas etapas de análise do leite, desde a recepção na plataforma até os laboratórios, contribuindo com o fortalecimento da cadeia produtiva láctea. Esta é mais uma das ações voltadas para o crescimento do setor lácteo do RS”, explica Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS.

A estratégia pela aposta em formação, conforme Alexandre Guerra, 1º vice-presidente do Sindilat/RS, faz frente à preocupação da indústria com os momentos de volatilidade do mercado. “O mais recente é a forte entrada de produtos derivados da Argentina e do Uruguai. E, diante deste cenário, a aposta na formação da mão de obra e qualificação é um degrau que devemos subir a fim de alcançar patamares produtivos superiores. Apostando em melhorias na produtividade juntamente com os pleitos que temos apresentados aos governo por medidas de proteção do mercado”.

Na mesma linha, o Sindicato encabeça a mobilização pelo estabelecimento da 1ª Escola Técnica Laticinista do Rio Grande do Sul, também em parceria com a prefeitura de Estrela, no Vale do Taquari. Ao longo da 46ª Expointer, um protocolo pactuando o interesse de entidades e governos em favor da primeira escola laticinista gaúcha está coletando signatários. Atualmente, a estrutura está em análise pelo Conselho Estadual da Educação, devendo vencer as etapas burocráticas até o final deste ano. “No horizonte, através de cursos de nível técnico, a escola deverá também promover a implantação de novas modalidades industriais, a criação de negócios derivados do leite e a formatação de novas concepções de negócios digitais, como startups, buscando diferenciar o Rio Grande do Sul e garantir a competitividade do nosso leite e do no mercado”, explica Palharini.

Durante a coletiva na Casa da Indústria de Laticínios, espaço do Sindilat/RS em Esteio (RS),  ngelo Paulo Sartor, diretor-tesoureiro do Sindicato, reforçou que a entidade aguarda retorno quanto às pautas apresentadas à União para diminuir o prejuízo causado à indústria pela entrada de produtos estrangeiros. “Elas incluem alterações em alíquotas de Pis/Cofins, iniciativas de apoio ao escoamento da produção através de modificação na legislação do Prêmio para Escoamento do Produto (PEP) e o refinanciamento, através de linhas de créditos, das dívidas de produtores de leite e indústrias de laticínios por um prazo de 13 anos”,  destaca. 

Lançada a 9ª edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo
Consagrada entre as principais premiações de comunicação no setor leiteiro, foi confirmada a 9ª edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo. Realizada anualmente pelo Sindilat/RS, a distinção chegará ao total de 140 profissionais premiados pelos seus trabalhos voltados para a produção leiteira.  “O Sindilat/RS se orgulha da parceria construída com a imprensa ao longo desta jornada, na qual seguimos com o objetivo comum que é o da construção de um setor leiteiro forte e desenvolvido”, destacou Darlan Palharini, secretário-executivo da entidade.

As inscrições para a 9ª edição do Prêmio Sindilat de Jornalismo estão abertas até 01/11/23 para publicações que tenham sido realizadas entre 02/11/22 e 01/11/23. Não há limite de número de trabalhos a serem inscritos por candidato. O regulamento e a ficha de inscrição estarão disponíveis no site www.sindilat.com.br. (Assessoria de Imprensa Sindilat/Crédito: Carolina Jardine)

Conseleite/MG divulga valor de referência do leite entregue em agosto

A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 25 de Agosto de 2023, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

os valores de referência do leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Junho/2023 a ser pago em Julho/2023
 
os valores de referência do leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Julho/2023 a ser pago em Agosto/2023
 
os valores de referência do leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), maior, médio e menor de referência para o produto entregue em Julho/2023 a ser pago em Agosto/2023 e valores de referência projetados do leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), maior, médio e menor valor de referência para o produto entregue em Agosto/2023 a ser pago em Setembro/2023.


Períodos de apuração:
Mês de Junho/2023: De 01/06/2023 a 30/06/2023
Mês de Julho/2023: De 01/07/2023 a 31/07/2023
Parcial de Agosto/2023: De 01/08/2023 a 20/08/2023

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.

CALCULE O SEU VALOR DE REFERÊNCIA
O Conseleite Minas Gerais gera mais valores do que apenas o do leite base (*)(Leite base substituiu a nomenclatura do leite padrão a partir de junho de 2023), maior, médio e menor valor de referência, a partir de uma escala de ágios e deságios por parâmetros de qualidade e ágio pelo volume de produção diário individual, apresentados na tabela acima.

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade e o volume, o Conseleite Minas Gerais disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas, contagem bacteriana e pela produção individual diária. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitemg.org.br. (As informações são do Conseleite/MG)


Jogo Rápido

Vencedores do Prêmio Referência Leiteira serão conhecidos no dia 31/08
Serão revelados, na quinta-feira (31/8), os 12 vencedores da 2ª edição do Prêmio Referência Leiteira. Ao todo, a premiação, promovida pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS), a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) contou com a participação de 150 iniciativas. Ao título de Propriedade Referência em Produção de Leite, concorrem 116 tambos divididos entre os que adotam sistemas à base de pasto e os de semiconfinamento ou confinamento. Já na categoria de cases, há 34 projetos na disputa entre os grupos Protagonismo Feminino, Inovação, Gestão da Atividade Leiteira, Sucessão Familiar, Sustentabilidade Ambiental e Bem-estar Animal. A cerimônia, que acontecerá no espaço do Sindilana na Expointer, contará ainda com a apresentação de iniciativas e tecnologias inovadoras para a cadeia leiteira. Ao serem premiados, os destaques receberão troféu e certificado, bem como um notebook como prêmio. Durante o evento, também será lançada a 1ª Edição da Revista Referência Leiteira e o 3º Prêmio Referência Leiteira. CLIQUE AQUI e confira a programação completa. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 
 
 

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Porto Alegre, 28 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.975


RS Carbon Free: Expointer terá seminário pioneiro sobre mitigação e balanço de carbono
 
A 46ª edição da Expointer dará o pontapé inicial na discussão sobre balanço de carbono na evolução da pecuária de leite, corte e grãos. O Seminário RS Carbon Free vai reunir, pela primeira vez, produtores, pesquisadores, professores, estudantes e representantes de entidades públicas e privadas para trocar informações, estudos e experiências relacionados ao tema que tem ganho cada vez mais espaço no processo de tecnificação da produção. 
 
A programação (veja abaixo) se estenderá ao longo de dois dias: terça e quarta-feira (29 e 30/8) na Casa da Indústria de Laticínios, espaço do Sindilat/RS, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). A abertura será terça-feira, às 9h. Os temas relacionados à mitigação e ao balanço do carbono serão discutidos em 12 palestras e duas mesas-redondas que contemplarão desde as estratégias para uma agricultura de baixa emissão de carbono, chegando aos desafios para o setor produtivo frente à economia verde. Ao final, será apresentado e assinado um protocolo sobre a cultura de carbono para o Rio Grande do Sul. 
 
O evento é uma promoção do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat/RS) e do Sebrae/RS, com o apoio das Embrapas Pecuária Sul, Gado de Leite, Pecuária Sudeste, Trigo, Meio Ambiente e Clima Temperado, além da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS (Seapi) e da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS (SEMA).
 
A articulação está a cargo do Sindilat/RS. “É uma ação planejada há muitas mãos e que vai garantir pioneirismo para o Rio Grande do Sul, tanto por iniciar a discussão sobre um tema tão latente para qualificar a produção, quanto pelo fato de que o resultado desta ação poderá ser balizador de uma política de Estado”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato. CLIQUE AQUI e confira a programação. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 

Uruguai: Captação de leite cresceu 6% em julho

A captação de leite por diversas plantas industriais do Uruguai totalizou 188 milhões de litros, crescendo 6,4% em relação ao mesmo mês do ano passado e foi o maior ritmo de expansão da produção primária até agora neste ano.

No acumulado janeiro-julho, o embarque totaliza 1,090 bilhão de litros e ficou positivo pela primeira vez em 2023 (+0,2%), segundo o Inale. Por sua vez, no ano transcorrido até julho, a produção atingiu 2,091 bilhões de litros, apenas 0,3% abaixo do mesmo período do ano passado. Tudo indica que a produção continuará crescendo em agosto. Faltando uma semana para o fechamento do mês, os envios de leite para a Conaprole cresceram a uma taxa superior a 2% em relação a agosto do ano passado.

Por outro lado, o Inale informou que o preço médio pago pelas indústrias pelo leite captado em julho foi de 17,30 pesos, uma queda de 1% em relação ao mesmo mês do ano passado, enquanto em dólares o preço ficou no máximo do ano com US$ 0,46 (+8% com relação ao ano anterior). Para agosto já foi noticiado que haverá queda no preço do leite ao produtor nas diversas indústrias. A Conaprole reduzirá seu preço em 22%, enquanto Alimentos Fray Bentos o fará em 40% em relação ao valor pago em julho. (As informações são do Tardáguila Agromercados, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Os mercados lácteos do Sudeste Asiático estão em transição para tempos melhores

Apesar dos ventos contrários no curto prazo, no Sudeste Aisático, tempos melhores são esperados para os mercados lácteos da Indonésia, Filipinas, Malásia, Tailândia, Cingapura e Vietnã. 

Esses mercados estão em um momento de transição saindo de um ciclo de rupturas de canais, fraca demanda dos consumidores por produtos lácteos e pressão descendente que culminou em uma desaceleração do crescimento do comércio entre 2020 e 2022.

As condições do mercado consumidor estão melhorando, com uma recuperação mais expressiva a partir de 2024, à medida que a inflação diminuiu, melhora a demanda dos serviços de alimentação e aumentam as atividades de marketing e investimento para incentivar o crescimento da demanda. A região também deverá ter uma economia mais promissora, embora a desaceleração econômica da China seja um risco importante para essas economias. A demanda de médio prazo (no horizonte de 2030) tem suporte para crescer tanto em valor como em volume através de importantes categorias de lácteos Premium.

Coletivamente, o mercado do Sudeste Asiático é grande deficitário de leite, com uma autossuficiência regional de 74%. Com base na modelagem do Rabobank, o déficit de importação chegou a 9,9 bilhões de litros em equivalente leite (LEqL) em 2022 e pode superar 11,5 bilhões de LEqL em 2023.

A região continuará sendo um campo de batalha acirrado, com espaço para marcas locais e participantes tradicionais de exportação para expandir os volumes em um mercado em crescimento. No entanto, é essencial manter preços competitivos, desenvolver produtos, expandir os canais, e obter credenciais de sustentabilidade, para ter sucesso no longo prazo. (Fonte: Rabobank – Tradução livre: www.terraviva.com.br)


Jogo Rápido

Coletiva de Imprensa Sindilat
O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) realizará uma coletiva de imprensa na terça-feira (29/08) na Casa da Indústria de Laticínios, espaço do Sindilat/RS, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), durante a 46ª Expointer.  No encontro, marcado para às 14h, representantes da Entidade, farão o lançamento do 9º Prêmio Sindilat de Jornalismo, a apresentação do 1º Seminário RS Carbon Free, do Programa de Formação em Qualidade do Leite: Formação de Laboratoristas, da 1ª Escola Técnica de Laticínios do RS e da Vitrine tecnológica do Leite. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 
 
 

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Porto Alegre, 25 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.974


Painel Os Desafios da Indústria de Laticínios no Brasil será debatido pela KPMG Deal Advisory & Strategy no dia 29 de agosto

No dia 29 de agosto de 2023, terça-feira, a casa do Sindicato das Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS), receberá o painel Os Desafios da Indústria de Laticínios no Brasil, realizado pela KPMG Deal Advisory & Strategy, empresa Big Four e consultoria focada em otimização financeira de negócios e com expertise no Middle Market da região sul, para discutir desafios e oportunidades.

“Será uma oportunidade para que o setor leiteiro tenha acesso a uma análise aprofundada sobre a dinâmica da indústria de laticínios, assim como seus desafios tanto em escala global quanto local”, aponta Darlan Palharini, secretário-executivo Sindilat/RS. 

A programação terá início às 11h30min, com a abertura do secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini. Em seguida, as painelistas Thais Balbi e Giovana Araujo, sócias da KPMG Deal Advisory compartilharão suas perspectivas. O evento será encerrado às 12h30min, após um período dedicado para as perguntas e respostas, conduzido por Daniel Cifu, sócio da KPMG Corporate Finance, especialista em avaliação de ativos e negócios e líder da Regional Sul.

CLIQUE AQUI  e confira a programação completa do Sindilat na Expointer. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 

Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 25 de Agosto de 2023 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Julho de 2023 e a projeção dos valores de referência para o mês de Agosto de 2023. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.

Períodos de apuração
Mês de ulho/2023: De 03/07/2023 a 30/07/2023
Parcial Agosto/2023: De 31/07/2023 a 20/08/2023

O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)

Vinda de ministros à Expointer reforça expectativa por anúncios Da produção à mesa

Os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, têm participação confirmada na Expointer deste ano. E, junto com outros integrantes do governo, deverão ser os representantes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no parque Assis Brasil, em Esteio. Justamente por isso, a vinda deles traz a expectativa de que tenham alguma notícia a compartilhar com o setor.

Teixeira tem prevista a participação na abertura oficial do Pavilhão da Agricultura Familiar, no dia 31 de agosto, entre suas atividades. Do segmento, há demandas importantes à espera de resposta, como a solicitação para que seja revista a nova regra com relação ao Proagro, que limitou o número de acionamentos do benefício.

Outro ponto é a crise no setor de leite. Apesar dos R$ 200 milhões anunciados para compra governamental do produto, os agricultores buscam medida de restrição às importações de lácteos do Mercosul. Foi ampliada para 18% a alíquota de importação para manteiga e queijo.

- As medidas nesse sentido não incluem o leite em pó e a muçarela, os maiores volumes - diz Eugênio Zanetti, vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag-RS).

Da alçada do Ministério da Agricultura, a revisão do calendário de plantio da soja parece uma das solicitações mais factíveis de serem atendidas. A mudança feita pela pasta encurtou a janela, o que traz restrições para o cultivo de duas safras no ciclo de verão. O assunto foi pauta de reunião com representantes da Federação da Agricultura do RS (Farsul), da Federação das Cooperativas Agropecuárias (Fecoagro-RS) e do Sistema Ocergs-Sescoop.

- O ministro deixou claro que não viria ao RS se não tivesse notícia boa para trazer - observa Darci Hartmann, presidente do Sistema Ocergs-Sescoop.

Outra proposta apresentada foi de alternativas de crédito para melhorar o capital de giro das cooperativas com associados que tenham sido impactados pelas estiagens em sequência no Estado. No desenho apresentado, há duas possibilidades: BNDES Crédito Rural com taxa fixa em dólar ou CRA Garantido pelo BNDES, em um montante de R$ 3,9 bilhões.

- O recurso não é para a recuperação de cooperativas, mas sim, para que tenham condições de seguir ajudando os produtores a plantar - reforça Paulo Pires, presidente da Fecoagro-RS.

Presidente da Farsul, Gedeão Pereira diz que expectativa há, mas por ora não se tem sinalização sobre as medidas.

Fávaro deve fazer uma apresentação do Plano Safra, na sede da Ocergs, no dia 31. E Teixeira, visitar o estande do Mais Alimentos.. (Zero Hora)


Jogo Rápido

BOLETIM INTEGRADO AGROMETEOROLÓGICO No 34/2023 – SEAPI
De 24 a 30/08, a frente fria que atua no Estado desde o dia 23 deve continuar provocando chuvas na quinta (24) e na sexta-feira (25), em algumas localidades do Norte e Nordeste do RS, como em Bom Jesus, Cambará, Canela, Erechim, Lagoa Vermelha, São José dos Ausentes, Serafina Correia e Soledade. Com a entrada da massa de ar frio, estão previstas baixas temperaturas durante a semana, especialmente sábado (26) e domingo (27), com possibilidade de temperaturas negativas em cidades dos Campos de Cima da Serra, como Bom Jesus, Cambará do Sul, São José dos Ausentes e Vacaria. Há risco de geada nessas localidades e no sul do Estado. O sol predominará até a próxima terça-feira (29), quando um sistema de baixa pressão se intensificará pelo noroeste do RS e provocará chuvas e ventos fortes em muitas regiões. Deve chover durante toda a terça-feira, em praticamente todo o Estado, com ventos de até 75 km/h no Norte e no Leste. Há previsão de chuva também na quarta-feira (30) em Bom Jesus, Cambará, Campo Bom, Caxias do Sul, Lagoa Vermelha e Mostardas. Os maiores acumulados de chuva devem ser no norte do Estado. O boletim também aborda a situação de diversas culturas e criações de animais pelo Estado. Acompanhe todas as publicações agrometeorológicas da Secretaria em www.agricultura.rs.gov.br/agrometeorologia. (SEAPI)


 
 
 

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Porto Alegre, 24 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.973


Vencedores do Prêmio Referência Leiteira serão conhecidos no dia 31/08

Serão revelados, na quinta-feira (31/8), os 12 vencedores da 2ª edição do Prêmio Referência Leiteira. Ao todo, a premiação, promovida pelo Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS),  a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) e a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) contou com a participação de 150 iniciativas. Ao título de Propriedade Referência em Produção de Leite, concorrem 116 tambos divididos entre os que adotam sistemas à base de pasto e os de semiconfinamento ou confinamento. Já na categoria de cases, há 34 projetos na disputa entre os grupos Protagonismo Feminino, Inovação, Gestão da Atividade Leiteira, Sucessão Familiar, Sustentabilidade Ambiental e Bem-estar Animal. 

A premiação é um reconhecimento aos produtores e propriedades que têm se destacado no setor lácteo do Rio Grande do Sul, premiando aqueles que têm desenvolvido um excelente trabalho e também incentivado a implementação de avanços e as inovações para impulsionar o setor rumo a uma produção cada vez mais sustentável e eficiente. 

A definição dos vencedores dos cases se deu através da avaliação da comissão julgadora composta por nomes relevantes do setor: Gisele Loeblein e Andreia Meira, na categoria Protagonismo Feminino; Rogério Dereti e Aline Balbinotto, na de Gestão da Atividade Leiteira; Saionara Araújo Wagner e Nereida Vergara, na de Sucessão Familiar; Jonas Wesz e Sérgio Elmar Bender, na de Inovação; Carlos Magno e Letícia Vieira, na de Sustentabilidade Ambiental.

Já as propriedades que concorrem nas categorias Propriedade Referência em Produção de Leite: sistemas à base de pasto e Propriedade Referência em Produção de Leite: sistemas de semiconfinamento ou confinamento são avaliadas com base em critérios que levam em consideração a soma da pontuação das propriedades inscritas, com foco nos seguintes fatores: produtividade por hectare de terra (litros de leite/hectare/ano); produtividade por pessoa envolvida na mão de obra (litros de leite/pessoa/ano); qualidade do leite, avaliada através dos resultados de análises mensais em laboratórios oficiais da RBQL, acrescido de uma bonificação por certificação de propriedade livre de tuberculose e brucelose. Estes critérios são tabulados pela Emater/RS e levam em conta os dados obtidos de 01 de julho de 2022 a 31 de junho de 2023.

A cerimônia, que acontecerá das 9h20min às 12h, contará ainda com a apresentação de iniciativas e tecnologias inovadoras para a cadeia leiteira, conforme a programação abaixo. Ao serem premiados, os destaques receberão troféu e certificado, bem como um notebook como prêmio. Durante o evento, também será lançada a 1ª Edição da Revista Referência Leiteira e o 3º Prêmio Referência Leiteira. 

PROGRAMAÇÃO OFICIAL
9h20min - Abertura com degustação de produtos lácteos
9h30min - Alexandre Berndt, pesquisador da Embrapa Pecuária Sudeste
Tema: Plataforma Embrapa de Leite Baixo Carbono
9h50min - Premiação "Propriedades Referência em Produção de Leite nos Sistemas à base de pasto"
10h - Vinícius do Nascimento Lampert, pesquisador da Embrapa Pecuária Sul
Tema: PSP Leite - Ferramenta de gestão da produção de leite
10h20min - Premiação "Propriedades Referência em Produção de Leite nos Sistemas de semiconfinamento ou confinamento"
10h30min - José Reck, pesquisador do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação (DDPA/Seapi)
Tema: O carrapato bovino na propriedade leiteira
10h50min - Premiação “Cases de sucesso”: Sucessão Familiar e Bem-estar Animal
11h 
Apresentação da 1ª Escola Técnica de Laticínios do RS e Vitrine tecnológica do Leite
Elmar André Schneider - Prefeito de Estrela - 
Carine Schwingel - Secretária de Desenvolvimento, Inovação e Sustentabilidade de Estrela
Alceu Moreira - Deputado Federal 
Darlan Palharini - Secretário Executivo do SINDILAT/RS
Guilherme Portella - Presidente do SINDILAT/RS
Apresentação do Programa de Formação em Qualidade do Leite: Formação de Laboratoristas (Parceria Univates e Sindilat/RS) 
- Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS
- Letícia Vieira, assessora de Qualidade do Sindilat/RS
- Carlos Candido da Silva Cyrne, pró-reitor de Pesquisa e Extensão da Univates
- Cíntia Agostini, gerente comercial da Univates
- Cristiani Reimers, coordenadora do Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari
- Daniel Lehn, Coordenador do curso
11h20min -  Premiação “Cases de sucesso”: Protagonismo Feminino e Inovação
11h30min -  Maria de Lourdes Magalhães, diretora técnica da Scienco Biotech
Tema: Testes Rápidos como inovação tecnológica para seleção de Rebanho A2
11h40min - Denize da Rosa Fraga, docente Unijuí e coordenadora Suport D Leite Empresa Suport D Leite 
Tema: Mastite x Tratamento SuporTest Antibiograma
11h50min - Premiação “Cases de sucesso”: Gestão da Atividade Leiteira e Sustentabilidade Ambiental
12h - Lançamento do 3º Prêmio Referência Leiteira e encerramento

CLIQUE AQUI e acesse a programação completa do Sindilat na Expointer. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Estado avança em ranking de competitividade 

Pelo segundo ano consecutivo o Rio Grande do Sul avançou no Ranking de Competitividade dos Estados. Dos 10 pilares avaliados, o RS obteve a primeira posição em competitividade na eficiência da máquina pública e passa a ocupar a quinta colocação geral do ranking, a melhor marca desde 2018. No ano passado, o Estado terminou na sexta posição. Os dados da pesquisa do Centro de Liderança Pública (CLP), em parceria técnica com a Tendências Consultoria e a startup Seall, foram apresentados ontem. A secretária de Planejamento, Governança e Gestão do RS, Danielle Calazans, comenta sobre esta posição do RS em eficiência da máquina pública na pesquisa. “É basicamente ligada às reformas estruturantes que o Estado passou e à melhor forma de alocar seus recursos. É resultado de um trabalho que começou lá na gestão anterior, que o Eduardo inclusive não só implementou como está dando continuidade agora”, afirma Calazans. O Rio Grande do Sul segue, pelo sexto ano consecutivo, entre os 10 estados mais competitivos do País. A liderança é de São Paulo (1º), Santa Catarina (2º), Paraná (3º) e Distrito Federal (4º). Apesar da alta no índice, a secretária acredita que o Estado pode subir ainda mais. “A gente não acha que deve ficar em 5º. É muito bom estar no top five, mas obviamente que isso também nos desafia. Não só para não cair, mas também para conseguir alcançar outros índices ainda maiores”, afirma Calazans. A secretária ainda completa: “O caminho mais difícil acho que é agora, consolidar no topo. Chegamos ali entre os cinco primeiros colocados e a gente agora faz um trabalho de consolidação”. Danielle Calazans destaca os principais objetivos do Rio Grande do Sul para subir ainda mais neste ranking. “A nossa intenção é conseguir sempre estar melhor. A parte de inovação é um ramo que o Estado é um grande diferencial, a gente quer avançar e melhorar na parte de inovação. As questões de segurança pública, educação, saúde e infraestrutura a gente vem trabalhando fortemente”, diz Calazans. Os três principais eixos e objetivos da pesquisa são a avaliação das gestões com foco na população, atração de investimentos e planejamento e execução de políticas públicas. “O ranking ressalta os pontos negativos e positivos dos Estados. Com isso, é possível conhecer o caminho para traçar políticas públicas mais assertivas”, salienta o gerente de competitividade do CLP, Lucas Cepeda.

Posições do RS no Ranking  
Eficiência da máquina pública: 1º  
Inovação: 2º  
Sustentabilidade social: 4º  
Segurança pública: 5º  
Educação: 6º  
Capital humano: 7º  
Sustentabilidade ambiental: 9º 
Infraestrutura: 16º 
Potencial de mercado: 20º  
Solidez fiscal: 27º 
(Jornal do Comércio)

Visão geral da inflação de lácteos na Europa

O Dairy Global analisou detalhadamente a inflação nos países europeus e os impactos sobre produtos lácteos, como leite, queijo e manteiga. E, em um mergulho adicional, a conferência Idele em Paris, em junho deste ano, explorou a inflação recorde de alimentos, o consumo e o comércio de laticínios.

Em sua apresentação, Christine Goscianski, do serviço de economia Idele, lembrou ao público que 2022 foi marcado por uma inflação recorde de alimentos. A UE-27 registou um crescimento dos preços dos alimentos no consumidor de quase 12% em 2022 em comparação com 2021. Este crescimento foi inferior em alguns países como a Irlanda (+6,9%) e França (+7%) e superior em outros (+12,6% na Alemanha , +13% em Portugal, +14,5% na Polônia). Este aumento dos preços alimentares foi acompanhado por um aumento da cota de mercado das marcas de distribuição (+2,3% em Espanha, +1,4% na Alemanha, +0,5% em França).

“O início de 2023 foi marcado por uma forte aceleração na subida dos preços dos alimentos na Europa, com um aumento das vendas de produtos de consumo com desconto (+1 ponto entre janeiro de 2022 e janeiro de 2023)”, disse Goscianski, que acrescentou que o consumo de produtos lácteos, no entanto, manteve-se bastante bom em 2022 na UE-27, mas deve cair em 2023 sob o efeito da alta inflação de alimentos.

Alemanha: inflação recorde de alimentos
Em 2022, a Alemanha experimentou um aumento de 20-40% no preço dos produtos lácteos em relação a 2021: +21% para o queijo Emmental e leite UHT, +22% para o Gouda, +41% para a manteiga. Isto levou a uma quebra nas compras de produtos lácteos, que foi marcada em leite líquido (-6% nos últimos 12 meses, -9% em março de 2023) e queijos frescos (-7% nos últimos 12 meses, -9% em março de 2023).

Após uma forte alta de preços que impactou o mercado de orgânicos, o leite orgânico está perdendo mercado para sucos de vegetais e leite produzido a pasto. Por último, a inflação dos produtos alimentares na Alemanha levou a um aumento do comércio de produtos lácteos, afetando tanto as exportações como as importações.

França: Queda na balança comercial
Na França, há quatro aspectos a considerar em relação à inflação:
aumento de +7,9% nos preços dos laticínios em 2022 nas lojas, com maior aumento para a gordura láctea (+11,7%) e preços ainda maiores nas lojas no início de 2023;
queda de -2,5% nas vendas de lácteos em 2022 nas lojas, sendo a maior queda da manteiga (-6,8% em 12 meses);
arbitragem do consumidor: compre menos e reduza a escala (aumento do uso de marcas próprias, menos produtos orgânicos comprados, sucesso de descontos);
uma forte deterioração da balança comercial, com explosão das importações em valor.

Itália: Inflação entre as mais baixas
Apesar da inflação dos alimentos estar entre as mais baixas da Europa, a Itália experimentou um aumento nos preços dos alimentos de 10 a 20% em 2022, dependendo do produto: +9,8% para o leite UHT, +20,8% para a manteiga.

“O início de 2023 fica, no entanto, marcado por um abrandamento desta subida dos preços dos alimentos, sobretudo dos lácteos”, disse o orador, que acrescentou que a participação de mercado dos descontos passou de 17,5% das vendas em valor em 2019 para 20,6% em 2022, apesar de uma subida muito acentuada dos preços neste canal.

A participação dos orgânicos nas compras domésticas italianas caiu de 3,9% em 2021 para 3,6% em 2022. O ano de 2022 também viu um aumento no valor do comércio com a inflação (tanto para importações quanto para exportações), mas um saldo contraído.

Reino Unido: Inflação forte
Os preços dos alimentos aumentaram 16,9% em 2022 e dispararam no início de 2023 (+33% para leite, +39% para queijo cheddar em abril de 2023). Enquanto as vendas de laticínios caíram, o queijo está se mantendo melhor.

“Também observamos uma queda na faixa de consumo de produtos lácteos, e os volumes de leite de marca estão diminuindo em um ritmo mais rápido do que os produtos de marca própria”, disse Goscianski.

As vendas em volume de leite orgânico caíram acentuadamente (-13,5% em 2022/2021 em comparação com -5,6% para leite não orgânico). Em 2022, os produtos lácteos orgânicos representaram 2,9% do volume total de varejo de produtos lácteos. Finalmente, tal como nos restantes países europeus, as exportações em volume avançam mas com um saldo que se deteriora em valor.

Conclusão
Os produtos alimentares são agora mais afetados pela inflação do que outros produtos:
Preços de consumo: +9,1% na UE-27;
Preços dos alimentos: +18,2% na UE-27.
Fonte Eurostat: janeiro-abril 2023/janeiro-abril 2022
Entre os alimentos, os lácteos são fortemente impactados pela inflação;
Arbitragem de consumidores diante da inflação: quantidades menores compradas, mais marca própria, menos orgânicos, sucesso de desconto. As vendas de produtos lácteos nas lojas parecem estar melhorando.
Compras em lojas na França em 2022 (em volume):
Carne bovina: -6,4%;
Ovos: -1,6%;
Laticínios: -2,5%;
Frutas e vegetais: -5%;
Peixe: -12%.
Inflação geral mais baixa por algumas semanas, com inflação de alimentos caindo levemente em maio.
 
(As informações são do Dairy Global, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)

 

Jogo Rápido

Coletiva de Imprensa Sindilat
O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat/RS) realizará uma coletiva de imprensa na terça-feira (29/08) na Casa da Indústria de Laticínios, espaço do Sindilat/RS, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), durante a 46ª Expointer.  No encontro, marcado para às 14h, representantes da Entidade, farão o lançamento do 9º Prêmio Sindilat de Jornalismo, a apresentação do 1º Seminário RS Carbon Free, do Programa de Formação em Qualidade do Leite: Formação de Laboratoristas, da 1ª Escola Técnica de Laticínios do RS e da Vitrine tecnológica do Leite. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


 
 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 23 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.972


RS Carbon Free: Expointer terá seminário pioneiro sobre mitigação e balanço de carbono

A 46ª edição da Expointer dará o pontapé inicial na discussão sobre balanço de carbono na evolução da pecuária de leite, corte e grãos. O Seminário RS Carbon Free vai reunir, pela primeira vez, produtores, pesquisadores, professores, estudantes e representantes de entidades públicas e privadas para trocar informações, estudos e experiências relacionados ao tema que tem ganho cada vez mais espaço no processo de tecnificação da produção. 

A programação (veja abaixo) se estenderá ao longo de dois dias: terça e quarta-feira (29 e 30/8) na Casa da Indústria de Laticínios, espaço do Sindilat/RS, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS). A abertura será terça-feira, às 9h. Os temas relacionados à mitigação e ao balanço do carbono serão discutidos em 12 palestras e duas mesas-redondas que contemplarão desde as estratégias para uma agricultura de baixa emissão de carbono, chegando aos desafios para o setor produtivo frente à economia verde. Ao final, será apresentado e assinado um protocolo sobre a cultura de carbono para o Rio Grande do Sul. 

O evento é uma promoção do Sindicato das Indústrias de Laticínios do RS (Sindilat/RS) e do Sebrae/RS, com o apoio das Embrapas Pecuária Sul, Gado de Leite, Pecuária Sudeste, Trigo, Meio Ambiente e Clima Temperado, além da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do RS (Seapi) e da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do RS (SEMA).

A articulação está a cargo do Sindilat/RS. “É uma ação planejada há muitas mãos e que vai garantir pioneirismo para o Rio Grande do Sul, tanto por iniciar a discussão sobre um tema tão latente para qualificar a produção, quanto pelo fato de que o resultado desta ação poderá ser balizador de uma política de Estado”, destaca Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindicato. 

Programação:
1º dia - 29/08 - terça-feira

9h: Abertura
9h20min: Luiz Gustavo Ribeiro Pereira (Embrapa Gado de Leite): Como estamos quantificando a sustentabilidade: resgatando conexões regenerativas na fazenda leiteira
9h35min: Paulo César de Faccio Carvalho (UFRGS e Aliança SIPA): Pecuária Carbon Free
9h50min: Vanessa Romário de Paula (Embrapa Gado de Leite): Pegada de carbono do leite: direcionamento para a produção sustentável
10h20min: Patrícia Perondi Anchão Oliveira (Embrapa Pecuária Sudeste): Sistemas de produção e balanço de gases
10h35min: Cristina Genro (Embrapa Pecuária Sul): Descarbonização da pecuária bovina: que caminhos podemos seguir?
10h50min: Giovani Stefani Faé (Embrapa Trigo) e  Pedro Albuquerque (CCGL): Arquitetando Modelos de Produção Rentáveis e Sequestradores de Carbono: A Lógica da Operação 365 
11h10min: Mesa redonda, mediador André Bordignon (Sebrae/RS) 
11h20min: Encerramento

2º Dia - 30/08 - quarta-feira
9h: Abertura
9h05min: Marjorie Kauffmann (SEMA): Estratégia Governamental para a Agenda do Clima do RS
9h20min: Alexandre Berndt (Embrapa Pecuária Sudeste): Estratégias para uma pecuária de baixo carbono.
9h35min: Jackson Freitas Brilhante de São José (Seapi): Plano de Agricultura de Baixa de Carbono do Rio Grande do Sul - Plano ABC+RS
9h50min: Domingos Velho Lopes (Farsul): Os desafios do setor produtivo frente à economia verde e aos compromissos internacionais
10h05min: Cimélio Bayer (UFRGS): Caminhos para uma agricultura de baixa emissão de carbono no RS
10h20min: Walkyria Bueno Scivittaro (Embrapa Clima Temperado): Estratégias para a mitigação de emissões da lavoura de arroz
10h35min: Mesa redonda, mediador Caio Vianna (diretor-presidente da CCGL e diretor-secretário Sindilat/RS)
10h50min: Assinatura do protocolo estadual e encerramento

CLIQUE AQUI e acesse o perfil dos palestrantes e os detalhes da programação do Sindilat/RS na Expointer.  (Assessoria de Imprensa)


ANTT reajusta tabela dos pisos mínimos de frete

Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou, no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (22/8), a atualização dos valores dos pisos mínimos de frete do transporte rodoviário de cargas. A Portaria Suroc nº 19/2023 estabelece novos coeficientes de pisos mínimos de frete em decorrência de reajuste no preço do Diesel S10 ao consumidor de 9,13%.

O reajuste considera o preço final do Diesel S10 nas bombas, uma vez que a Lei nº 14.445/2022 determina que a tabela seja reajustada sempre que ocorrer oscilação no valor do combustível superior a 5%, seja para baixo ou para cima, chamada de “gatilho”.

Segundo levantamento da ANP, entre 13/8/2023 e 19/8/2023, o preço médio do Diesel S10 ao consumidor ficou em R$5,50 por litro, o que resultou em um percentual de variação acumulado de 9,13%, desde quando ocorreu o último reajuste na tabela frete.

Com o atingimento do gatilho, os reajustes médios tabela frete foram os seguintes, de acordo com o tipo de operação:
Tabela A – transporte rodoviário de carga de lotação: 3,38%
Tabela B – veículo automotor de cargas: 3,88%
Tabela C – transporte rodoviário de carga lotação de alto desempenho: 4,19%
Tabela D – veículo de cargas de alto desempenho: 4,77%

Histórico - Pela legislação, a Agência tem de reajustar a tabela do frete a cada seis meses ou quando a variação do preço do diesel for igual ou superior a 5%, quando é acionado o mecanismo de gatilho.

A Lei nº 14.445/2022, que institui a Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM-TRC), determina que compete à ANTT publicar norma com os pisos mínimos referentes ao quilômetro rodado na realização de fretes, por eixo carregado, consideradas as distâncias e as especificidades das cargas. (ANTT)

Câmara aprova arcabouço fiscal e aceita três emendas

Após acordos, a Câmara dos Deputados aprovou na noite de ontem o texto do arcabouço fiscal e aceitou três emendas apresentadas pelos senadores. O texto base recebeu 351 votos favoráveis e 92 contrários. As três mudanças foram destacadas pelo relator, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), em seu parecer. Ele indicou a rejeição de outras 12 emendas. O projeto do arcabouço foi apresentado pelo governo Lula e prevê as novas regras para disciplinar os gastos públicos em substituição ao teto de gastos, adotado desde o governo de Michel Temer. A principal novidade nas emendas é a exclusão do limite de despesas do Poder Executivo dos gastos com o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) e com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). 

Apesar de ser contra esse ponto, o relator Claudio Cajado, disse que havia um acordo entre a maior parte dos partidos pela aprovação das emendas prevendo a exclusão. As regras fiscais procuram manter as despesas abaixo das receitas a cada ano e, se houver sobras, elas deverão ser usadas apenas em investimentos, buscando trajetória de sustentabilidade da dívida pública. A cada ano, haverá limites da despesa primária reajustados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e também por um percentual do quanto cresceu a receita primária descontada a inflação. Se o patamar mínimo para a meta de resultado primário não for atingido, o governo deverá, obrigatoriamente, adotar medidas de contenção de despesas. 

As discussões sobre a regra fiscal ocorrem uma semana após o ruído gerado por uma declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O chefe da equipe econômica disse, em uma entrevista, que a Câmara não poderia usar seu poder para “humilhar” o governo e o Senado, o que irritou lideranças partidárias e o presidente da Câmara, Arthur Lira. 

DESONERAÇÃO
Antes da votação, Lira voltou a defender o papel da Câmara na votação das propostas econômicas do governo que interessam ao país. Segundo ele, não há crise com o governo. Lira disse ainda que a proposta que prorroga a desoneração da folha de pagamentos para alguns setores da economia será votada na próxima terça-feira. Segundo ele, será votado tanto o requerimento de urgência quanto o mérito do texto. O presidente destacou ainda que os ajustes necessários estão sendo feitos para que a proposta vá para Plenário. Além disso, houve acordo para que a medida provisória que fixa o salário mínimo em R$ 1.320 seja votado na sessão desta quarta-feira. (Correio do Povo)

 

Jogo Rápido

Piracanjuba retoma produção no RS
Depois de um ano e dois meses, a marca Piracanjuba volta a produzir todo o seu portfólio de lácteos na unidade localizada em Carazinho, no norte do Estado. Parte das atividades da fábrica havia sido suspensa em junho do ano passado em razão da diminuição do fornecimento de leite na região, de acordo com a empresa. Agora, além do soro desmineralizado, que não parou de ser produzido neste período, e do leite condensado, com produção retomada em maio, voltam a ser fabricados no local o achocolatado e o creme de leite da marca, a partir de setembro. A captação de produtores da região não foi interrompida e, agora, também ganha amplitude com a retomada da produção. Vice-presidente da Piracanjuba, Luiz Cláudio Lorenzo explicou que essa decisão partiu da relevância que o RS possui no mercado nacional de lácteos. (Zero Hora)


 
 

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 22 de agosto de 2023                                                       Ano 17 - N° 3.971


Índia: demanda robusta deve aumentar a receita da indústria de laticínios

A forte demanda por produtos de valor agregado e o consumo estável de leite levarão a um crescimento de receita de 14 a 16% para a indústria organizada de laticínios da Índia neste ano fiscal. Com a melhoria da oferta de leite cru, haverá menos aumentos de preços e a lucratividade se recuperará de 20 a 50 pontos-base, disse a agência Crisil.

No último ano fiscal, as interrupções no fornecimento de leite cru levaram a vários aumentos nos preços do leite no varejo, aumentando a receita em 19%, mas impactando a lucratividade.

“A lucratividade de vários processadores de lácteos vem caindo nos últimos dois anos e isso significa que os processadores de lácteos não estão conseguindo repassar completamente o aumento de custo que enfrentaram aos compradores finais de varejo. Como resultado, vimos um aumento significativo nos preços do leite", disse o diretor da Crisil, Pushan Sharma.

Com balanços patrimoniais saudáveis, os perfis de crédito dos laticínios organizados classificados pela Crisil Ratings permanecerão fortes. “Acreditamos que o forte crescimento da receita em produtos de valor agregado observado nos últimos anos continuará. Neste ano fiscal, o segmento deve crescer de 18 a 20% e, consequentemente, a participação dos produtos de valor agregado na receita geral pode subir para 40%, de 35% há quatro anos fiscais. Tendo em vista que a demanda de ambos os segmentos, varejo e institucional, continua forte, a participação dos produtos de valor agregado continuará aumentando. Por outro lado, a receita de leite líquido crescerá de 8 a 10% neste ano fiscal, apoiada por uma demanda estável", disse Mohit Makhija, diretor sênior da Crisil Ratings.

Os preços do leite subiram quase 24% nos últimos três anos, incluindo um aumento de 10,5% no ano passado e 0,3% no mês passado. A tendência de alta foi atribuída à inseminação artificial de animais durante o COVID. Isso levou a um menor nascimento de bezerros e, conseqüentemente, a um declínio na produção de leite. A produção também foi afetada porque os fazendeiros não conseguiram cuidar bem do gado na pandemia, quando os preços das commodities dispararam influenciando o custo da forragem. Isso deixou um impacto significativo na produtividade geral do leite, que se manifestou na escassez de ghee, manteiga, entre outros produtos, ao longo de um ano e meio.

No anos fiscal de 2023, os preços de aquisição do leite aumentaram 14% devido a vários desafios do lado da oferta, como aumento significativo no custo da forragem, impacto na produção devido a doenças do gado e interrupções no cronograma de inseminação artificial.

As fortes perspectivas de demanda encorajaram os laticínios organizados a incorrer em despesas de capital (capex) tanto neste ano fiscal quanto no próximo, especialmente para produtos de valor agregado, que representarão 60% dos gastos. O crescimento geral da receita de 14-16% neste ano fiscal será impulsionado por um crescimento de volume saudável de 9-10% e por maiores realizações.

“Os aumentos no preço do leite serão muito menos intensos neste ano fiscal, em torno de ? 2 (US$ 0,024) por litro, em comparação com um acumulado de ? 5-7 (US$ 0,060-US$0,084) por litro no último ano fiscal, principalmente por dois motivos - melhoria no fornecimento de leite cru com melhor disponibilidade de forragem e vacinação oportuna e inseminação artificial de bovinos. Além disso, o impacto total dos aumentos de preços anteriores melhorará a lucratividade dos laticínios organizados em 20-50 bps (0,2%-0,5%) neste ano fiscal, para 5,5%", disse Anand Kulkarni, diretor da CRISIL Ratings.

Espera-se que os perfis de risco de crédito permaneçam estáveis, pois o capex será financiado por uma combinação prudente de dívida e patrimônio. A engrenagem é considerada confortável em 1,4 vezes em 31 de março do próximo ano, contra 1,3 vezes no ano anterior. A cobertura de juros também permanecerá forte, de 9 a 9,5 vezes neste ano fiscal, em comparação com 9,5 a 10 vezes no último ano fiscal. Espera-se que o ciclo de capital de giro seja estável, pois a demanda saudável limitará o acúmulo de estoques de leite em pó desnatado no final do ano, de acordo com um comunicado do CRISIL.

No futuro, a melhoria nas variáveis do lado da oferta será um importante monitoramento e um aumento saudável na captação de leite será fundamental para a estabilidade dos preços do leite no varejo.

A Crisil Ratings analisou 38 laticínios, que respondem por 60% do faturamento do segmento organizado. (As informações são do Mint, traduzidas e adaptadas pela Equipe MilkPoint)


Após dois meses de recordes, compras de lácteos no mercado externo recuam

As importações brasileiras de lácteos apresentaram queda em julho, após dois meses consecutivos de recordes. De acordo com dados da Secex, 185,6 milhões de litros em equivalente leite foram adquiridos pelo Brasil no mês, baixa de 12,5% frente a junho/23. Quando comparado com julho/22, o volume importado foi 71,7% maior. 

As compras de leite em pó, especificamente, somaram 149 milhões de litros em equivalente leite, 16% inferiores às de junho – vale lembrar que, naquele período, o volume importado desse derivado havia sido recorde. A baixa em julho se deve à redução dos envios do Uruguai. Ainda assim, o volume de leite em pó representou pouco mais de 80% do total importado.

As importações de manteiga e de soro de leite (que representaram 0,47% e 11% do total, na mesma sequência) também recuaram entre junho e julho, totalizando 873 mil e 2,5 milhões de litros, volumes 17,5% e 106,2% superiores ao verificado em julho/22.

As exportações nacionais também recuaram no mês, somando 6 milhões de litros em equivalente leite em julho. De acordo com dados da SECEX, os envios do leite em pó registraram a redução mais intensa (de 77%), participando de apenas 1,3% do total embarcado. Os destaques nas exportações foram o leite condensado e os queijos, com volumes de 2 milhões e 2,4 milhões, respectivamente, em julho.

BALANÇA COMERCIAL – Em julho, o saldo foi de 179 milhões de litros em equivalente leite, baixa de 12,1% frente ao mês anterior. Isso significou um saldo negativo de U$ 91,7 milhões em julho, 12,2% menor que no mês anterior. (Fonte:  Cepea-Esalq/USP)



Melhoramento genético pode reduzir intensidade de emissão de metano, diz estudo

Os programas de melhoramento genético coordenados pela Embrapa Gado de Leite não apenas proporcionaram o aumento da produtividade por animal, mas também provocaram redução da intensidade de emissão de metano entérico.

Durante o período de execução desses programas – alguns com quase quatro décadas de existência – em parceria com as associações de criadores das raças gir leiteiro, girolando, guzerá, holandesa e jersey, a queda foi de até 39%.   

Esta é uma importante informação do artigo “Pegada de carbono do leite: ações, pesquisas, métodos e metas a perseguir”, tema central do Anuário Leite 2023 da Embrapa Gado de Leite, que acaba de ser concluído. O conteúdo é dos especialistas Luiz Gustavo Ribeiro Pereira, Thierry Tomich e Vanessa Romário de Paula. 

O artigo sobre leite de baixo carbono é um dos 35 conteúdos do Anuário, que faz uma detalhada análise do cenário do leite no Brasil, discute tendências de mercado e consumo, traz estatísticas de captação de leite e de insumos (sêmen, nutrição e saúde animal) e aborda os mercados da China e Oceania. A publicação também inclui conteúdos técnicos sobre genética, alimentação e enfermidades, fala do leite A2 e mostra a contribuição da Embrapa para o salto de produtividade da pecuária leiteira no Brasil, além de apresentar artigo exclusivo da chefe-geral da Embrapa Gado de Leite, Elizabeth Nogueira Fernandes. 

“A integração de produtores de leite e indústrias de laticínios ganha cada vez expressão na proposta de se ter uma atividade produtiva, econômica e sustentável. Tal referência está diretamente ligada ao fator eficiência na exploração pecuária”, segundo pesquisadores da Embrapa Gado de Leite. Segundo eles, eficiência, sustentabilidade e lucratividade podem andar juntas quando a pauta é leite baixo carbono, tema central desta edição do Anuário Leite 2023”, destaca o editor-chefe Nelson Rentero. 

No campo das estatísticas, informa Rentero, os analistas da Embrapa Gado de Leite contam como foi o desempenho do negócio leite dentro e fora das fazendas, no Brasil e no mundo, do ano passado para cá. Em 2022, por exemplo, a demanda foi menor, prejudicada pela elevação dos preços e pela restrição de renda dos consumidores. Com isso, a produção recuou 5% em relação a 2021, fechando o ano em 23,81 bilhões de litros de leite formal, ou seja, 977 milhões de litros a menos do que no ano anterior. Tal volume exigiu aumento nas importações, que subiram 26,3%.  

“Em linha contrária, o tradicional ranking Top 100, editado pela consultoria Milkpoint Ventures, também destacado no Anuário, revelou que as 100 maiores fazendas leiteiras do país ampliaram a produção de leite no ano passado. A média subiu 4,75% em relação a 2021, ao atingir 26.721 litros/dia”, informa o editor-chefe da publicação. 

O Anuário Leite 2023 também analisa o consumo mundial e mostra que, entre 188 países, apenas 100 têm consumo superior a 100 kg de leite/habitante/ano. E somente 54 países têm consumo superior a 200 kg. Na América do Sul, o Brasil tem atualmente demanda per capita de 170 kg, ligeiramente inferior a Uruguai, Chile e Argentina. (As informações são do Anuário Leite 2023 - Embrapa, adaptadas pela equipe MilkPoint)


Jogo Rápido

Chile: captação de leite cai 5,4% no primeiro semestre
De acordo com os dados divulgados pela Federação Nacional dos Produtores de Leite (Fedeleche) com base nas informações divulgadas pela Secretaria de Estudos e Políticas Agrárias (Odepa), a captação de leite cru do Chile até junho de 2023 apresentou uma queda de 5,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, caindo de 1,036 bilhão de litros para 979,6 milhões de litros. Isso representa uma contração ano-a-ano de 56,1 milhões de litros e ao mesmo tempo completa treze meses consecutivos de queda. A queda na captação de leite ocorreu em quase todas as regiões do país, com exceção de La Araucanía. Em junho, a captação de leite cru no Chile apresenta uma queda de 2,9% com relação ao mesmo mês do ano anterior, atingindo um total de 129,6 milhões de litros, com uma redução de 3,9 milhões de litros. (As informações são do Diario Lechero, traduzidas pela Equipe MilkPoint)