Pular para o conteúdo

 

Porto Alegre, 30 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.213

  Conseleite/SC

A diretoria do Conseleite Santa Catarina reunida no dia 30 de Abril de 2020 atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I, aprova e divulga os valores de referência da matéria-prima leite, realizados no mês de Março de 2020 e a projeção dos valores de referência para o mês de Abril de 2020. Os valores divulgados compreendem os preços de referência para o leite padrão, bem como o maior e menor valor de referência, de acordo com os parâmetros de ágio e deságio em relação ao Leite Padrão, calculados segundo metodologia definida pelo Conseleite-Santa Catarina.
 
VALORES DE REFERÊNCIA1 DA MATÉRIA-PRIMA (LEITE)

 
 1 - Valor, em R$/litro, para o leite posto propriedade com Funrural incluso.
 
Períodos de apuração
Mês de Fevereiro/2020: De 03/02/2020 a 01/03/2020
Mês de Março/2020: De 02/03/2020 a 05/04/2020
Decêndio de Abril/2020: De 06/04/2020 a 26/04/2020
 
O leite padrão é aquele que contém entre 3,50 e 3,59% de gordura, entre 3,11 e 3,15% de proteína, entre 450 e 499 mil células somáticas/ml e 251 a 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana e volume individual entregue de até 50 litros/dia. O Conseleite Santa Catarina não precifica leites com qualidades inferiores ao leite abaixo do padrão. (Conseleite/SC)
                  Conseleite/MG: leite entregue em abril a ser pago em maio tem alta de 5,62%, mas entidade alerta
A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 27 de abril de 2020 na cidade de Belo Horizonte, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga:

a) os valores de referência finais do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Fevereiro/2020 a ser pago em Março/2020;
b) os valores de referência finais do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Março/2020 a ser pago em Abril/2020;
c) os valores de referência projetados do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Abril /2020 a ser pago em Maio/2020.
 
Períodos de apuração:
• Mês de Fevereiro/2020: De 31/01 a 27/02/2020
• Mês de Março /2020: De 28/02 a 02/04/2020
• Decêndio de Abril/2020: De 03/04 a 23/04/2020
 
Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.
 
Nota técnica: 
Desde a sua constituição o Conseleite-MG divulga o valor de referência projetado para o leite que está sendo entregue no mês corrente. Isto atende a uma antiga reivindicação dos produtores rurais para que as indústrias lhes dessem uma sinalização de preços futuros para que eles pudessem melhor administrar seus processos produtivos. Fato muito importante na busca de uma relação harmônica entre produtores de leite e indústrias de laticínios e indispensável para a realização de investimentos duradouros no setor lácteo a fim de garantir seu crescimento sustentável.
 
No Conseleite-MG, o valor de referência projetado é calculado com base na efetiva comercialização dos derivados durante as duas primeiras semanas do mês em curso. Isto sempre implica que o valor de referência final do mês será maior que o valor de referência projetado quando o mercado de derivados está em alta e, o inverso quando o mercado está em baixa.
 
Em abril de 2020 foi registrado um incremento do valor de referência a ser pago ao produtor pelo litro de leite, devido ao aumento da demanda pelos produtos estocáveis, em consequência das medidas de isolamento social que levaram os consumidores a adquirir e conservar alimentos em casa, temendo pelo desabastecimento.
 
Entretanto, o Conseleite-MG alerta para as rápidas e inesperadas mudanças nos mercados dos derivados lácteos nesses tempos de pandemia da Covid-19, podendo ser observadas alterações no curto prazo, já em maio de 2020. Isso porque apesar da alta nos preços dos derivados observada no final de março e início de abril, o mesmo se reverteu nas últimas semanas com indicação de baixa para diversos produtos importantes como o leite UHT, queijos, leite SPOT, entre outros.
 
Neste momento, o subsetor mais prejudicado tem sido o de queijos, especialmente o muçarela em peças que normalmente são direcionadas para restaurantes, pizzarias, lanchonetes, entre outros, e que estão quase totalmente paralisados.
 
As incertezas sobre os rumos futuros desses mercados são muito grandes e os principais derivados lácteos produzidos e comercializados pelas empresas participantes tem apresentado comportamentos diversos, levando a diferentes capacidades de pagamento para com a matéria-prima leite aos produtores rurais. Acrescenta-se que o objetivo do Conseleite-MG é definir um valor de referência para o produto e não um tabelamento de preço. (Conseleite/MG)
 
 
 
Exportações/UR
Nos primeiros meses do ano o setor lácteo exportou US$ 138 milhões, o que implicou um leve crescimento em relação ao mesmo período de 2019. O destaque foi para a liderança da Argélia e o crescimento da China e Egito.
Cibils Soto Consultores (CSC) publicou que “73% dos valores exportados correspondeu ao leite em pó (tanto integral como desnatado). Os queijos representaram 20% e quase 3% foi de manteiga. Os 5% restantes foram de outros produtos”.
 
Os destinos apresentaram mudanças substanciais: “No primeiro trimestre houve maior diversificação de mercados chegando a 49 países, contra 45 em igual período de 2019”, destaca a consultoria, acrescentando que a Argélia foi confirmada como “o principal mercado com 40% das exportações setoriais”. Em 2019 o mercado argelino representava 25%.
 
Importações da China cresceram 462%: Enquanto isso, a China se consolida no mercado internacional. “As vendas para aquele mercado passaram de US$ 1,4 milhões para US$ 13,8 milhões”, o que representa “crescimento de 462%, sempre comparando com o primeiro trimestre de 2019 com o de 2020”, destaca a CSC. Esse incremento “é registrado ainda em um cenário de crise pelo coronavírus que atravessa o nosso principal parceiro comercial”.
 
Egito cresceu de zero para US$ 4,5 milhões: O mercado do Egito já é o sétimo mercado do setor. “O Mercosul e o Egito têm um tratado de livre comércio vigente, e “foram US$ 4,5 milhões em vendas” este ano, contra zero no mesmo período de 2019.
 
Conaprole, o principal exportador: De acordo com a CSC “o principal exportador continua sendo a Conaprole com 71% de participação, seguida pela Estancias del Lago (9%), Bonprole (7%), e a lista é completada com participações menores de outros pequenos exportadores. (Terra Viva)
                   
Vacinação contra febre aftosa está suspensa no Rio Grande do Sul e no Bloco I do Plano Estratégico do PNEFA
A expectativa é o reconhecimento desses estados como zonas livres de febre aftosa sem vacinação em maio de 2021. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta quinta-feira (30), no Diário Oficial da União, a Instrução Normativa nº 36, que proíbe a manutenção, comercialização e o uso de vacinas contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul e no Bloco I do Plano Estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PE PNEFA), composto pelos estados do Acre e de Rondônia e por alguns municípios e parte de municípios do Amazonas e de Mato Grosso. Como medida adicional, a Secretaria de Defesa Agropecuária publicou a Instrução Normativa nº 23, com normas complementares para restrição e controle do ingresso de animais vacinados contra a febre aftosa nos estados e regiões informadas. Essa nova área junta-se ao estado do Paraná no projeto de ampliação de zonas livres de febre aftosa sem vacinação no país, após atendidas as premissas e ações do PE-PNEFA. A decisão conta com apoio e participação dos setores público e privado nos estados envolvidos. A expectativa é o reconhecimento pela Organização Mundial para Saúde Animal (OIE) desses estados como zonas livres de febre aftosa sem vacinação em maio de 2021. “Para isso, uma das condições exigidas pela OIE é a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados e regiões propostas por, pelo menos, 12 meses”, explica o diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes. Além de Acre e Rondônia, o Bloco I do PE PNEFA inclui os municípios de: Apuí, Boca do Acre, Canutama, Eirunepé, Envira, Guajará, Humaitá, Itamarati, Ipixuna, Lábrea, Manicoré, Novo Aripuanã, Pauini e parte do município de Tapauá, no Amazonas; e o município de Rondolândia e partes dos municípios de Aripuanã, Colniza, Comodoro e Juína, em Mato Grosso.  (MAPA)
 
 

 

 

Porto Alegre, 29 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.212

  Produtores dos Estados Unidos descartam leite e ovos em meio à pandemia

Com o fechamento de parte da indústria norte-americana por conta das medidas de isolamento, agricultores e pecuaristas não têm como escoar a produção

Problemas na indústria de alimentos dos Estados Unidos, por conta das medidas de isolamento social adotadas ante a pandemia do novo coronavírus, estão forçando produtores norte-americanos a descartarem leite, ovos e outras culturas. O prejuízo é ainda maior para quem fornece frutas e legumes, que não podem ser armazenados por muito tempo. Além da baixa demanda, os prazos de entrega foram estendidos.

O presidente Donald Trump anunciou na sexta-feira, 24, medidas de auxílio ao setor produto, destinando US$ 19 bilhões. O pacote de assistência incluirá US$ 16 bilhões para pagamento diretos a agricultores e pecuaristas e US$ 3 bilhões para compras em massa de lácteos, carnes e produtos que serão distribuídos pelos bancos de alimentos do país.

De acordo com o consultor Jonas Pizatto, da INTL FCStone, este é o pior momento da demanda interna dos Estados Unidos em meio à pandemia, mas a tendência é que isso se normalize ao longo do ano. “O Trump está querendo reabrir algumas indústrias e algumas cidades com menos casos também estão retomando”, diz.

O especialista destaca que as commodities agrícolas em dólar estão nas mínimas históricas. Porém, o produtor brasileiro vive uma situação diferenciada. “Como a gente tem um mercado de grãos ganhando cada vez mais espaço nas exportações, a alta do dólar favorece os embarques e isso tem elevado o preço para o produtor”, diz. “As com commodities mais baratas, países estão aproveitando para comprar. Nunca estivemos tão comercializados como agora”, diz. (Canal Rural)
                  

Produção/UR

A captação de leite pela indústria no primeiro trimestre do ano foi 2,7% maior em relação ao mesmo período do ano passado. 

Foram coletados 415,27 milhões de litros no acumuado de janeiro a março, diante dos 404,24 milhões de litros de um ano atrás, de acordo com os dados preliminares publicados pelo Instituto Nacional do Leite (Inale).

Em março a produção ficou praticamente inalterada na comparação interanual, somando 133,12 milhões de litros.

Nos últimos doze meses (abril 2019-março 2020) a captação totalizou 1.981 milhões de litros, 2,6% menos que os 2.033,7 milhões registrados em igual período anterior. (Blasina y Asociados - Tradução livre: Terra Viva)

52% das famílias atrasarão contas nos próximos meses 

Pesquisa da Boa Vista SCPC mostra que 56% só têm fôlego financeiro até junho

Com a deterioração das finanças das famílias causada pela pandemia de covid-19, pouco mais da metade - 52% - dos consumidores prevê que não conseguirá pagar as contas ou poderá arcar com apenas parte delas nos próximos meses, segundo pesquisa feita pela Boa Vista SCPC entre 7 e 13 de abril.

De acordo com o levantamento, a maioria - 56% - só tem fôlego financeiro para até dois meses. Outros 24% dos entrevistados têm capacidade para segurar as contas por mais de três meses. E 20% não sabem dizer até quando conseguem pagar os boletos.
A pesquisa ouviu 600 pessoas de todas as regiões do país e apontou que 80% já fizeram uma revisão no orçamento doméstico a fim de reduzir despesas.

O fato de mais de 40% dos trabalhadores estarem no mercado informal pode explicar o alto percentual de pessoas que preveem um orçamento mais apertado nos próximos meses. “Eles são deixaram de ter renda suficiente para os gastos do dia a dia”, diz
Flavio Calife, economista da Boa Vista. Isso apesar do auxílio emergencial concedido pelo governo, de R$ 600 a R$ 1.200, dependendo do caso.

Desde que obrigou os governos a adotar medidas de isolamento social, a pandemia tem provocado desemprego e queda de renda, aumentando a dificuldade das famílias para manter as contas em dia. Não por acaso, o pessimismo do consumidor medida por diferentes instituições tem registrado níveis históricos. O índice calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) caiu 22 pontos em abril, para 58,2, menor nível desde 2005.

O principal compromisso financeiro dos consumidores são as compras parceladas, como cartão de crédito, carnê de loja e cheques pré-datados. Segundo a pesquisa, 49% têm esse tipo de dívida. Em seguida, com 27%, estão financiamentos, como crédito para veículo, imóvel, crédito pessoal ou consignado.

Num futuro próximo, 59% dos entrevistados acreditam que vão precisar de novos empréstimos para pagar as contas. Entre aqueles que não conseguirão manter as os pagamentos em dia, 83% vão precisar de crédito. E, se o atual cenário se prolongar, 34% dos que esperam manter as contas em dia precisarão recorrer a empréstimos, diz a pesquisa.

A principal modalidade citada pelos que preveem a necessidade de tomar crédito foi o empréstimo pessoal em bancos (21%), seguida do cartão de crédito (14%) e do empréstimo consignado (12%). Empréstimo cedidos por familiares e amigos foi mencionado por 16%.

A situação pode agravar o endividamento e o comprometimento de renda das famílias, que já vinha crescendo mesmo antes da pandemia.

De acordo com dados do Banco Central, o endividamento aumentou para o equivalente 45,5% da renda em fevereiro, dado mais recente disponível, ante 43,1% no mesmo período do ano passado. E cerca de 20% da renda era comprometida com o pagamento de dívidas, 0,6 ponto acima do índice de fevereiro de 2019.

Mas, ao menos em março, o efeito da pandemia foi de retração nas concessões de crédito para as famílias. Elas caíram 11,4% na comparação com fevereiro, considerando o dado com ajuste sazonal, de acordo com o BC. A autoridade monetária informou que houve redução nas concessões de crédito para compra de carro e menor uso do cartão de crédito à vista porque as pessoas podem estar adiando a compra de bens por causa da incerteza causada pela pandemia. (Valor Economico)

                   

MilkPoint Experts: uma série de eventos on-line gratuitos para você. Inscreva-se!
A pandemia de coronavírus chegou sem avisos e sem precedentes, fazendo muitas coisas serem repensadas. Apesar de boa parte do mundo ter parado, o leite não para. Logo, o MilkPoint também não. É por isso que trouxemos uma série de eventos com temas super importantes, para te manter sempre atualizado. Confira as datas, programação e se inscreva: 06/05/2020; às 15h - Biosseguridade: dela dependerá o nosso direito de produzir  | 12/05/2020; às 14h - Bem-estar animal |14/05/2020; às 14h - Custos de produção e gerenciamento de fazendas | 20/05/2020; às 14h - Qualidade do Leite (Milkpoint)
 
 

 

 

 

Porto Alegre, 28 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.211

  Conseleite divulga projeção e Sindilat alerta que mercado já mudou

O valor de referência do leite projetado para abril de 2020 ficou em R$ 1,3541 o litro, alta de 9,79% em relação ao consolidado do mês de março (R$ 1,2333/litro). Os dados – que se referem aos primeiros dez dias do mês – foram apresentados pelo Conseleite em reunião virtual na manhã desta terça-feira (28/04) e causam apreensão no setor lácteo gaúcho em meio à pandemia de coronavírus que vem reduzindo consumo e impondo novos desafios à produção. De acordo com o presidente do Conseleite, Rodrigo Rizzo, a recomposição de preço na entressafra era um movimento esperado em função da queda na lactação e pelo impacto da seca em mais de 300 municípios gaúchos, mas também reflete o aquecimento do consumo nos primeiros dez dias do mês devido à formação de estoques pelas famílias. Infelizmente, alertou ele, a elevação de preços no varejo ainda não se refletiu em ganhos no campo.  “Os animais estão produzindo menos, o dólar está em alta, as cotações da soja e do milho tiveram valores elevados, assim como insumos e medicamentos. E, ao abrir os silos para alimentar os animais, verificamos que a qualidade da silagem estocada está ruim”, pontuou. Segundo ele, a grave seca que atinge o RS coloca a produção leiteira em situação diferenciada em relação ao restante do país e segue trazendo fortes impactos no dia a dia e na rentabilidade do produtor.

Representando as indústrias, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, alertou que as vendas despencaram e os preços já retornaram a patamares anteriores à Covid-19. “As pessoas foram às compras e adquiriram, em um curto período de tempo, produtos para várias semanas. O que vimos agora é uma queda forte tanto no varejo tradicional quanto no food service, setor mais impactado pelo isolamento social com o fechamento de bares, hotéis e restaurantes. As incertezas são grandes e não saberemos como será o amanhã. O momento é de muita cautela”, ponderou. Guerra ressaltou que o Conseleite avalia apenas os primeiros dez dias do mês, e o mercado é regido por todo um mix durante 30 dias. “No próximo levantamento, veremos provavelmente o reflexo da queda de consumo nos preços, o que já é realidade na produção hoje”. 

Apesar do consumo retraído, a captação de leite no campo foi mantida, informa Guerra. O compromisso resultou em estoques elevados na indústria. Segundo ele, algumas empresas optaram por vender o leite a outros laticínios, o chamado mercado Spot, e linhas de produção simplesmente deixaram de operar pela ausência de consumo como o caso da manteiga, do requeijão e de outros derivados para o consumo culinário em grande escala. “O que se deixou de produzir, os negócios que não ocorreram, os estoques que têm alto custo de manutenção, o leite que precisou ser repassado ao mercado spot e a falta de pagamento por parte de diversos clientes não estão mensurados nos dados do Conseleite e nos colocam em uma situação muito delicada”, lamentou.

Durante a reunião, foi definido que o Conseleite remeterá ofícios aos governos estadual e federal com reivindicações do setor lácteo. Ao secretário da Agricultura, Covatti Filho, o colegiado requer ações de enfrentamento da seca no Rio Grande do Sul com apoio financeiro e aquisição pública de alimentos. Para a União, a urgência é em relação à liberação de PIS Cofins às indústrias e agilidade na operacionalização dos recursos anunciados. (Imprensa Sindilat)
                   

Conseleite/PR
A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 28 de Abril de 2020 na sede da FAEP na cidade de Curitiba, atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matériaprima leite projetados para Abril de 2020, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana. 

Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. (Conseleite/PR)
 

SC: produção cai 4% com estiagem e pandemia de coronavírus
A produção de leite em Santa Catarina deve recuar em 2020, refletindo os problemas gerados pela estiagem prolongada no estado e também pela pandemia do novo coronavírus, segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). A expectativa é de que o estado produzissse 3 bilhões de litros, mesmo volume de 2019.

Somente no mês de março, a captação catarinense registrou queda de 4% em relação ao volume estimado de produção, de 227,5 milhões de litros. No acumulado de abril, a retração está projetada em 8%, frente à perspectiva de produção de 214,5 milhões de litros, ainda conforme levantamento do analista de leite da Epagri, Tabajara Marcondes.

De acordo com o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), Enori Barbieri, a estiagem, uma das piores dos últimos anos, ocasionou perdas de até 40% na produção de silagem de milho. E os altos preços do milho e do farelo de soja, muitas vezes, inviabilizam economicamente o investimento em ração.

“Com isso, temos uma queda na produção, porque as vacas estão comendo menos. O potencial produtivo não está sendo utilizado na sua totalidade, pois não há dinheiro para a compra da ração. A atividade está trabalhando no vermelho há algum tempo, o que tem feito com que mil a 1.500 produtores deixem a atividade todos os anos no estado”, explica o vice-presidente.

Os produtores de leite ainda amargam mais um custo: o do abastecimento de água nas propriedades rurais com caminhões-pipa. Desde junho de 2019, o estado enfrenta a pior estiagem dos últimos anos, afetando, especialmente, as regiões extremo oeste, oeste, meio-oeste, planalto sul, planalto norte e alto Vale do Itajaí. Situações semelhantes foram registradas apenas em 1978 e 2006, conforme dados da Epagri.

Além da estiagem, o setor leiteiro ainda sofre com a queda no consumo, um dos reflexos da pandemia do novo coronavírus. De acordo com dados da Faesc, o estado possui mais de cem pequenos laticínios, que produzem queijos, um dos produtos mais afetados diante do fechamento de bares e restaurantes. “A retração no consumo devido à Covid-19 é muito forte, os produtos lácteos são os primeiros a deixarem de ser consumidos quando a renda de uma família é impactada”, afirma Barbieri.

Enquanto isso, o Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados de Santa Catarina (Sindileite/SC), divulgou um documento para alertar os produtores. “É preciso que sejam realizadas avaliações criteriosas da gestão das atividades, redução dos custos de produção, administração de despesas e controle de produção, a fim de minimizar os impactos rigorosos que possamos vir a sofrer em nossos negócios nos próximos meses”, diz.

O presidente do Sindileite/SC, Valter Antônio Brandalise ainda pondera que a preocupação da entidade é deixar o setor funcionando. “Não queremos deixar nenhum produtor de fora da captação do leite”, completa. (Canal Rural)
                   

Movimento #bebamaisleite arrecada 86 toneladas de lácteos em live do cantor Léo Chaves
O Movimento #bebamaisleite foi convidado pelo cantor Léo Chaves a participar de uma live Solidária para ajudar pessoas atingidas, direta e indiretamente, pela Covid-19. A ação ocorreu no último dia 27 de abril, no perfil do cantor no YouTube, e alcançou mais de 2,3 milhões de visualizações totais. Flávia Fontes, representando o movimento, destacou a importância do consumo deste alimento para pessoas de todas as idades, especialmente crianças e idosos e dos benefícios dos lácteos para a imunidade. Falou ainda de como o setor vem atuando diante do coronavírus: “O setor lácteo não parou frente à pandemia. Desde o produtor, passando pela indústria, até chegar no ponto de venda, todos continuam trabalhando para que não falte lácteos nas mesas dos brasileiros”, disse, por meio de vídeo. O cantor sertanejo aproveitou para salientar a importância social da produção de leite para o país e mencionou, orgulhosamente, que seu avô era produtor. Na live foram arrecadados 86 mil litros de leite, iogurtes e bebidas lácteas que serão doados a instituições assistenciais. Segundo o movimento, a arrecadação só foi possível com o apoio do setor lácteo, que abraçou a causa. As doações serão direcionadas para as seguintes instituições: Instituto Hortense, de Uberlândia/MG, Projeto Voluntárias Sociais, da Bahia; Projeto Anjos e Amigos,de Juazeiro/BA; Asilo Lar Esperança, de Uberaba/MG; Paróquia Senhor Bom Jesus, de Inocência/MS; Associação das obras Pavonianas de Assistência, de Belo Horizonte/MG. Como as doações continuam, outras instituições poderão ser beneficiadas. (As informações são do #bebamaisleite)
 
 

 

 

 

Porto Alegre, 27 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.210

  Ministra discute com adidos agrícolas cenários para o setor após a pandemia

Em videoconferência com a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) nesta sexta-feira (24), 23 adidos agrícolas que atuam em diversos países apresentaram os cenários do setor neste momento de pandemia do novo

Coronavírus e possíveis ações para a retomada da economia pós-Covid-19. A ministra lembrou a importância de reforçar para os outros países que o Brasil é um parceiro confiável no fornecimento de alimentos e está dando conta do abastecimento interno neste momento. 

“É importante esse olhar de vocês no dia a dia, porque vocês estão na ponta. Nós lemos os jornais, mas vocês têm o feeling e podem trazer essa leitura muito mais real. Precisamos ter as informações atuais para que possamos traçar cenários sobre o que vem para o futuro”, disse Tereza Cristina. 

A ministra também recomendou que os adidos descrevam para os países onde atuam sobre os padrões de qualidade dos produtos agrícolas brasileiros. “Isso vai ser fator preponderante para o período pós-Coronavírus. Existe um desconhecimento generalizado sobre a agricultura brasileira, o que acaba gerando críticas de outros países”, disse a ministra, lembrando que a sanidade dos produtos brasileiros pode fazer a diferença no mercado internacional. 

A ministra destacou que as exportações brasileiras estão fluindo bem, apesar da diminuição para alguns países, mas no todo, está havendo aumento. Segundo ela, a Ásia como um todo atualmente importa mais produtos agrícolas do Brasil do que Estados Unidos, Argentina e União Europeia juntos. (Mapa)
                   

Leite/América do Sul
No Cone Sul da América do Sul, particularmente na Argentina, Uruguai e Paraguai, a produção de leite ficou estável, ou com ligeira alta neste início de outono. 

Chuvas esparsas ajudaram o crescimento das culturas de milho e soja. A oferta de concentrados não é motivo de preocupação no momento. Além disso, analistas estão prevendo uma maior colheita de milho para este ano.  

Também com o recente colapso nos preços do petróleo a expectativa é de que os custos dos grãos caiam, e em alguns casos, contribua para que o leite se torne mais lucrativo. De um modo geral a oferta de leite das fazendas está aquém das necessidades processamento, incluindo o empacotamento de leite fluido. A disponibilidade de creme também é pequena, e o mercado de manteiga encontra-se bem agitado. 

Com a maioria dos serviços de alimentação e hotéis em quarentena devido a pandemia, a produção de queijos foi redirecionada para atender às necessidades dos supermercados e alguns restaurantes que funcionam com delivery ou mediante entrega. No Brasil, a produção de leite encontra-se estável, mas abaixo da quantidade suficiente para atender à maioria dos pedidos das fábricas. 

Impulsionado pela crise do coronavírus, nesta semana, o governo brasileiro realizou um leilão para comprar centenas de toneladas de leite em pó para distribuir às populações vulneráveis, além de ajudar a reduzir alguns estoques. Ao contrário do que ocorria um mês atrás, as vendas de leite UHT e iogurte no varejo estão perdendo força e os estoques nas redes de distribuição são adequados. 

Diante do grande volume de vendas de produtos lácteos, alguns hipermercados estão fazendo promoções semanais com limitação de unidades por cliente, para evitar a canibalização entre os produtos. Ao longo das regiões costeiras do Sul alguns portos estão parcialmente fechados, adiando a atividade de exportação em geral.
 


 

  
Nestlé: pela primeira vez, vendas pela internet superam 10% de participação nos negócios
As vendas globais da Nestlé por meio de e-commerce cresceram 29,4% no primeiro trimestre deste ano, resultado do comportamento do público de estocar alimentos, sobretudo no mês de março. Pela primeira vez, as vendas online superaram a marca de 10% de participação nos negócios da multinacional de bens de consumo com sede na Suíça.

Mark Schneider, diretor-presidente da Nestlé, analisou que o portfólio diversificado e a presença em 187 países contribuíram para o desempenho. No entanto, fez questão de ressaltar que a crise gerada pela pandemia "está longe de ter terminado e seremos confrontados com numerosas incertezas nos próximos trimestres".

Dentro do portfólio da companhia, o principal crescimento entre janeiro e março foi observado nos produtos de primeira necessidade, como ingredientes culinários. Alimentos para pets e cafés também aparecem entre os itens com forte avanço na procura. Por outro lado, houve queda na comercialização de doces e sorvetes. Um fenômeno comum a todos os mercados em que a Nestlé atua é a migração do consumo para dentro do lar. (SA Varejo)

Leite em pó
Foi realizado na sexta-feira (24/04) o leilão da Conab para compra de 323.500 kg de leite em pó integral a serem entregues em quantidades e nos locais definidos na Relação do Cadastro de Lotes. 

O leilão foi realizado para atendimento da demanda do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH), os recursos estão assegurados, conforme Termo de Execução Descentralizada (TED) nº 03/2020, Processo nº 00.135.206.721/2020-58, firmado entre a Conab e o MMFDH. 

O período para entrega do produto, sem cobrança de multa, será até o dia 14/05/2020, para os Estados que compõem as regiões Sul, Sudeste, Centro-oeste e Nordeste e 29/05/2020 para os Estados da região Norte. Clique aqui e confira o Resultado do Leilão para compra de Leite em pó. (Conab) 
                   

Painel virtual debate efeitos da pandemia na agricultura familiar 
Para entender os efeitos da pandemia sobre a agricultura familiar e na produção de trigo, milho, leite e arroz, o deputado federal Jerônimo Goergen está promovendo um painel virtual nesta segunda-feira (27). O evento será transmitido pelos canais do Facebook e Youtube do deputado a partir das 18h. O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, estará presente relatando as mudanças no setor leiteiro. Também estarão presentes o ex-ministro da Agricultura Antônio Cabrera, o presidente da Fetag, Carlos Joel, e especialistas e representantes de entidades como Federarroz e Apromilho para falar sobre os seus respectivos setores. Para acompanhar, acesse: facebook.com/depjeronimogoergen (Assessoria Sindilat/RS)
 
 

 

 

 

Porto Alegre, 24 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.209

  Rabobank: Impactos do Covid-19 no consumidor brasileiro

Perdas em serviços de alimentação terão um enorme impacto em alimentos e bebidas em 2020

Com medidas de distanciamento social em vigor em todo o Brasil, o impacto da pandemia no consumo de alimentos e bebidas será muito significativo no primeiro e segundo trimestres e potencialmente terá impactos duradouros nos níveis de consumo, dependendo do aumento do desemprego e da gravidade do problema.

Enquanto o Rabobank espera uma contração no PIB de cerca de 2% para 2020, outras instituições como o Banco Mundial observam uma queda de 5% na produção econômica, o que levaria o tamanho da economia aos níveis de 2010. O Sebrae, uma agência privada que apoia pequenas e médias empresas, informou que até 600.000 pequenas empresas fecharam de forma permanente ou temporária no início de abril, o que pode significar risco de nove milhões de empregos. Em 26 de março, quase todo o país tinha algumas restrições a restaurantes e bares, que permanecem em vigor em meados de abril.

Consumo de Laticínios: Leite líquido e mussarela ganham com quedas de valor agregado
As empresas estão relatando várias mudanças na dinâmica de vendas após três semanas de quarentena. Por exemplo, as empresas de laticínios tiveram um aumento nos produtos básicos, como mussarela, queijo prato e leite UHT, já que os consumidores aumentaram significativamente suas compras de produtos básicos, antecipando as medidas de isolamento social.

As linhas de produtos mais caras, como iogurtes, sobremesas e queijos importados, caíram acentuadamente nas últimas semanas.
Isso indica que os consumidores estão sendo mais cuidadosos ao fazer suas compras nos pontos de venda, e isso parece estar acontecendo também em outros setores, à medida que os consumidores passam de marcas e categorias mais caras para produtos básicos e alternativas acessíveis.

Por outro lado, as vendas de produtos para pontos de venda de alimentos caíram entre 70% e 90%, de acordo com empresas entrevistadas pelo Rabobank, já que os restaurantes limitam a maior parte de seus negócios a entregas e limitam seus estoques ao mínimo.

As importações de laticínios caíram 30% até agora em 2020, enquanto as exportações avançaram 16%, em parte como consequência de um dólar mais forte. Um déficit comercial menor ajudará a equilibrar a demanda doméstica mais lenta de produtos lácteos e proporcionará alguma estabilidade ao setor.

Perspectivas para o consumidor brasileiro em 2020
Os consumidores brasileiros estão enfrentando níveis de estresse sem precedentes em abril de 2020, com um rápido declínio na renda, maior desemprego e medo de o Covid-19 moldando seu comportamento de gastos.

O primeiro ponto-chave do projeto é quando a economia será reaberta e se os consumidores começarão a se comportar da mesma maneira que antes de março. Por enquanto, o cenário de base é uma forte contração no segundo trimestre, seguida por um retorno ao crescimento no terceiro e quarto trimestres que permitirá recuperar o consumo na maioria dos setores-chave.

No entanto, essa projeção pode mudar rapidamente. Primeiro, porque os problemas de saúde ainda não foram resolvidos, e segundo, porque é improvável que os consumidores saiam e gastem em locais de serviços de alimentação da mesma maneira, desde que haja casos de vírus presentes e nenhuma vacina ou tratamentos comprovados.

A cerveja e as bebidas alcoólicas provavelmente serão as mais afetadas pela contração do serviço de alimentação. Mas outros setores, como a proteína animal, também serão impactados.

Uma das lições da recessão de 2015-16 foi que os consumidores trocaram para alternativas mais acessíveis. Isso poderia beneficiar aves sobre carne bovina, cerveja local versus marcas importadas e queijo doméstico versus importado.

Plataformas de entrega, como Rappi e iFood, são vencedores claros dessa crise e aumentarão ainda mais sua participação nas vendas de alimentos e bebidas como canal. É provável que seja um ganho permanente, pois os consumidores provavelmente estarão menos dispostos a sair para lugares públicos, mesmo quando o pior da epidemia terminar.

Os restaurantes precisarão se adaptar a uma nova realidade, na qual as entregas representam uma parcela ainda maior de suas vendas gerais. Também são prováveis mais investimentos em cozinhas especializadas para entregas. Enquanto o congresso brasileiro já aprovou uma medida de apoio de R $ 600/mês por três meses para trabalhadores sem emprego formal, que é cerca de 60% do salário mínimo mensal, muitos consumidores cortam as compras ao essencial absoluto, independentemente de terem salários formais ou não.

As empresas precisarão se adaptar continuamente a um cenário de consumidores em rápida mudança no Brasil, sem nenhuma indicação clara ainda de quando a vida voltará a algo próximo do normal para a maioria. As vendas online estão prosperando e acelerarão o crescimento do comércio eletrônico em 2020. As empresas que investiram em plataformas e distribuição direta surgirão mais fortes.

Apesar de um difícil futuro pela frente em 2020, os gastos do consumidor podem começar a se recuperar gradualmente no segundo semestre e até 2021, desde que os problemas de saúde se tornem mais controlados. No entanto, se o desemprego aumentar significativamente, a recuperação poderá ser muito lenta e gradual, como ocorreu após a recessão de 2015-2016, quando os gastos do consumidor tiveram um período prolongado de queda, mesmo após o final da crise econômica. (Rabobank, traduzida pela Equipe MilkPoint)

                   
CCGL distribui R$ 9 milhões entre seus associados 
Assim como os profissionais da saúde, os trabalhadores rurais não podem parar durante a pandemia da Covid-19. Por isso, a partir desta quinta-feira (23/04), a Cooperativa Central Gaúcha (CCGL) distribuirá aos produtores associados, aqueles que entregaram a matéria-prima em 2019 e que estão ativos no sistema da empresa, cerca de R$ 9 milhões como bonificação de participação nos resultados da industrialização e comercialização. 

O valor é significativo e chega em um momento importante, o de estabelecer as pastagens de inverno nas propriedades, de acordo com o gerente de suprimento de leite da CCGL Jair da Silva Mello. Além disso, a quantia deve auxiliar nas finanças das famílias nesse momento de crise e de estiagem. (Imprensa Sindilat com informações da CCGL)

Último dia para vacinação
Depois de prorrogar por 10 dias, em razão das restrições de circulação por conta do coronavírus, a Secretaria da Agricultura afirma que não ocorrerá nova ampliação de prazo. Isso faz de hoje o último dia para imunizar os 12,6 milhões de bovinos e bubalinos do Rio Grande do Sul contra a febre aftosa.

A comunicação oficial da aplicação de doses tem um pouco mais de tempo: pode ser feita até o dia 30. Somente depois dessa data é que será possível aferir com exatidão o percentual atingido nesta que pode ser a última campanha de vacinação no território gaúcho. O Estado encaminhará em maio solicitação para progressão de status sanitário, para livre da doença sem imunização.

- A partir de maio, não pode mais haver a comercialização de vacina. Eventuais estoques ficam lacrados. E, se houver troca do produto com o laboratório, precisa ser acompanhada por fiscais agropecuários - esclarece Rosane Collares, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal da secretaria da Agricultura. (Zero Hora)

SC: estiagem se agrava e produção de leite já diminui 12% em Concórdia
O início do mês até foi animador, mas a segunda quinzena não manteve o ritmo e a estiagem volta a se agravar em Concórdia. Dados do nível dos rios do município comprovam a gravidade. Conforme boletim da Epagri Ciram, emitido nesta quinta-feira, dia 23, três pontos preocupam: o Montante da barragem, em São Cristóvão, e a Foz do Rio Claudino, estão na classificação de emergência para estiagem. A rua Vitório Celant está em alerta.

Isso é reflexo direto da baixa quantidade de chuva que permanece em Concórdia. A chuva de abril se concentrou apenas na primeira quinzena do mês, e ainda assim com quantidade abaixo do normal. Foram 76 milímetros neste período, que é também o total de precipitação registrado até agora em Concórdia em abril. Ou seja, na segunda quinzena não teve chuva, conforme dados da estação meteorológica Embrapa Suínos e Aves.

Diante desse quadro de escassez, o interior do município é quem mais sofre. Como a reportagem da emissora já vem informando, as perdas são grandes nas pastagens e lavoura de milho. Há problemas também na dessedentação de animais. Mas o que mais vem preocupando é na produção de carne e leite. Só no leite, conforme o secretário de agricultura, Mauro Martini, houve uma diminuição de 12% na capacidade de produção. E isso indica que a crise vai demorar a ser superada.

A estiagem, que se prolonga desde o fim do ano passado, faz com que as propriedades sofram também com a falta de água. Por isso, a prefeitura de Concórdia tem realizado transportes de cargas de água diariamente, tanto para consumo humano, quanto para animal. Quando chove, a situação ameniza. Mas como a quantidade é sempre baixa, o quadro grave retorna. Atualmente, são cerca de 16 cargas por dia para diversas localidades, o que totaliza quase 200 mil litros de água diariamente.

Abastecimento pode ficar comprometido em breve: A boa notícia é que mesmo com essa severa estiagem, o abastecimento de água em Concórdia ainda não foi comprometido. Conforme a Casan, os sistemas de captação seguem trabalhando normalmente por enquanto, mas para que não haja racionamento em algumas semanas, a orientação é o uso estritamente necessário desde já. O engenheiro agrônomo Ronaldo Coutinho do Prado destaca a falta de chuva e os riscos de queimadas neste período.

“Nesta sexta, fim de semana, segunda e terça continua fresquinho de manhã, calor à tarde, passando dos 30ºC, e com tempo seco, umidade baixa e sem chuva. Muito cuidado com fogo. Evitar a queimada de lixo e quando for queimar, cuidado. E evitar jogar cigarro na estrada. E muita economia de água. Até o final do mês não está indicando chuva na região. De chuva, pelo visto, só em maio”, alerta ele.

E a perspectiva não é nada animadora para a região. A previsão do tempo da Epagri/Ciram continua indicando que, mesmo com uma indicação de chuva para o início de maio, o mês como um todo será seco, como já vem ocorrendo desde o início do ano. Ou seja, o quadro de estiagem vai permanecer por mais semanas e deve se agravar ainda mais.

Uma das piores estiagem da história de SC: Esta situação, no entanto, não fica restrita ao oeste. A falta de chuva traz prejuízos para o meio rural e preocupa todo o setor produtivo de Santa Catarina. Desde junho de 2019, o estado vem passando pela estiagem que já é considerada a mais severa dos últimos anos e que vem afetando, principalmente, as regiões Extremo Oeste, Oeste, Meio Oeste, Planalto Sul, Planalto Norte e Alto Vale do Itajaí. Situações semelhantes aconteceram apenas em 1978 e 2006. 

A falta de chuvas deverá causar a redução de 10% na produção catarinense de milho. O feijão foi uma das culturas mais afetadas pela falta de chuvas, em alguns municípios do Meio Oeste as perdas chegam a 60%. No total, o estado deve ter uma quebra de 7% na produção em relação à safra passada.

Conforme dados da secretaria de agricultura, na segunda-feira (20), a Epagri/Ciram chegou a ter 27 estações em situação de estiagem - o resultado mais crítico já monitorada pelo Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Santa Catarina (Epagri/Ciram) desde 2013. Esta é uma das estiagens mais severas já registrada em Santa Catarina desde 1978.

O pesquisador da área de hidrologia e coordenador da Sala de Situação ANA/Epagri/Ciram, Guilherme Xavier de Miranda Junior, explica que essa situação tem afetado diretamente a disponibilidade de água para a agricultura catarinense. “A estiagem do ano passado foi severa, mas não foi tão abrangente como está acontecendo este ano. Isso vem acumulando desde junho de 2019, com uma falta de chuva em algumas regiões na ordem de 600 mm”.

Nesta quarta-feira (22), a Secretaria de Estado da Agricultura e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) reuniram, via videoconferência, lideranças do setor produtivo e técnico para apresentar a situação atual do agronegócio catarinense e a previsão meteorológica para os próximos dias. Os produtores rurais de Santa Catarina contam com três novas medidas para minimizar os impactos da estiagem no estado. A intenção da Secretaria da Agricultura é injetar R$ 60 milhões na economia catarinense. (Rádio Rural)

                    
Emergência
Em boletim divulgado ontem, a Defesa Civil atualizou os municípios do Estado em situação de emergência por conta da estiagem. São 192 reconhecidos pela União e 206 homologados pelo Estado. A condição é pré-requisito para que produtores possam ter acesso às renegociações de financiamentos por perdas decorrentes da falta de chuva. (Zero Hora)
 
 

 

Porto Alegre, 23 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.208

  Italac doou mil cestas básicas para famílias de Passo Fundo 

As empresas associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) estão reforçando a corrente de solidariedade com a continuidade de doações de leite, cestas básicas e artigos de higiene às comunidades carentes e profissionais de saúde das cidades onde tem unidades em operação. Em Passo Fundo, a Italac realizou recentemente a entrega de mil cestas básicas para a prefeitura distribuir às famílias da cidade que desde 2009 abriga unidade do laticínio.

Além das cestas básicas, a Italac contribuiu com a doação de leite e alimentos para instituições de saúde locais e com apoio para a aquisição de equipamentos de proteção individual (EPIs), além do repasse de recursos ao município para adquirir testes para diagnóstico de Covid-19. "Estamos somando e colaborando cada vez mais para que, juntos, possamos enfrentar esse momento de dificuldades", afirmou o assessor da diretoria da Italac, Felipe Freiria. (Imprensa Sindilat com informações da Italac)

Cooperativa Piá já doou 11 toneladas de lácteos para municípios do RS
Com a chegada da pandemia da Covid-19 no país, diversas empresas têm realizado iniciativas de responsabilidade solidariedade para amenizar os impactos provocados na vida da população. É o exemplo da Cooperativa Piá, de Nova Petrópolis. Até o momento, a empresa associada ao Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) já doou 11 toneladas de iogurtes, bebidas lácteas e leite para agentes de saúde localizados em Nova Petrópolis, Gramado, Picada Café, Feliz, Morro Reuter, Vila Flores e Marau.

Em Porto Alegre, por meio do Banco de Alimentos, foram entregues produtos lácteos para o Asilo Padre Cacique, Pão dos Pobres e Spaan. A ação da Piá foi uma forma de retribuir o trabalho prestado pelos agentes de saúde no combate ao coronavírus. Segundo o gerente de marketing da Piá, Tiago Haugg, novas doações estão previstas nas próximas semanas, atendendo às necessidades de cada unidade de saúde e entidades.  (Imprensa Sindilat com informações da Cooperativa Piá)

Lactalis do Brasil entrega 300 litros de álcool para prefeitura de Teutônia
Em tempo de pandemia, ações para beneficiar entidades, hospitais e famílias mais carentes têm ganhado espaço em todo país. Com fábricas em 19 municípios brasileiros, a Lactalis do Brasil, uma das empresas associadas ao Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat), intensificou a doação de produtos para o município de Teutônia, onde mantém unidade em operação. Desta vez, a ação está contemplando os profissionais de saúde. Para a prefeitura foram encaminhados 300 litros de álcool 70% glicerinado para fortalecer o atendimento que vem sendo realizado pelas equipes de saúde no enfrentamento ao coronavírus. 

O álcool em gel, fundamental para a assepsia no combate à doença, foi doado também pela Lactalis também às outras 18 comunidades espalhadas pelo Brasil, onde o grupo mantém operações. "Também contribuímos com a entrega de alimentos em instituições de saúde de São Paulo, como o Hospital de Clínicas e a Santa Casa", afirma o diretor de comunicação externa da Lactalis, Guilherme Portella. (Imprensa Sindilat)
                   
Rabobank: Impactos do Covid-19 no consumidor brasileiro

A pandemia de coronavírus causou uma dor significativa ao consumidor brasileiro, com o desemprego aumentando e a renda declinando nos próximos meses. Além do choque inicial do período de bloqueio, em que supermercados e farmácias tiveram um bom desempenho, os hábitos dos consumidores devem mudar e se assemelhar a algumas das tendências observadas durante a última recessão em 2015-2016.
 
Choque inicial e maior impacto à frente
 
• Grande parte do país permanece no modo de isolamento social, sem clareza sobre quando e como essas medidas serão relaxadas ou levantadas. 
• Em 13 de abril, Santa Catarina se tornou o primeiro estado a anunciar a reabertura de alguns varejistas, restando restrições às escolas e shoppings.
• Supermercados e farmácias registraram maiores vendas em março e início de abril em âmbito nacional, com a Cielo, empresa de pagamentos eletrônicos, que registrou um aumento de 3% em março e um aumento de 4,7% na primeira semana de abril, em comparação com o mesmo período de 2019 .
• A Cielo também mostrou que as vendas no setor de serviços caíram 45% em março no Brasil, enquanto os bens duráveis caíram 33%. Na primeira semana de abril, os serviços caíram 73% e o turismo caiu 91%.
• Elo, outro grupo de pagamentos eletrônicos, registrou uma forte contração de 65% nas vendas em bares e restaurantes na última semana de março, enquanto a Cielo indicou que as vendas em bares e restaurantes diminuíram 71% na primeira semana de abril.
• As vendas on-line devem crescer significativamente este ano, com os supermercados registrando um aumento de 80% em março, de acordo com um relatório da ABComm.

Brasil defende revisão de barreiras comerciais e critica subsídios durante a pandemia

Em evento virtual do G20 com ministros da Agricultura, Tereza Cristina propõe "nova mentalidade" para combater escassez de alimentos no mundo 

Em videoconferência com ministros da Agricultura dos países do G20 para discutir o impacto do Coronavírus sobre o setor, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) alertou para a necessidade de rever neste momento barreiras comerciais injustificáveis e subsídios que premiam a ineficiência e podem afetar o abastecimento de alguns países.  
“O Covid-19 nos oferece a oportunidade de repensar nosso comportamento coletivo. Vamos vencer a luta contra o Covid-19 juntos e emergir dele com uma mentalidade para finalmente alcançar segurança alimentar global estável e meios de vida decentes para toda a humanidade”, disse a ministra, no evento virtual desta terça-feira (21). A posição do Brasil foi convergente com a de outros países como Estados Unidos, China, Alemanha e Emirados Árabes. 
Organizado pela presidência temporária do G20, a videoconferência teve como objetivo aprimorar a cooperação global e garantir o fluxo de produtos agrícolas para proteger a segurança e nutrição alimentar global durante a pandemia. Para a ministra, felizmente, a curto prazo, há comida suficiente para todos. Mas é preciso trabalhar os desafios de abastecimento mundial impostos pelo Covid-19.
Segundo Tereza Cristina, o Brasil é um parceiro confiável no fornecimento de alimentos e tem demonstrado capacidade para suprir as necessidades de mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo. “Demonstramos por nossas ações que o Brasil é um parceiro confiável, responsável e solidário. Por reciprocidade, também queremos ter um forte compromisso do resto da comunidade internacional. A confiança é uma via de mão dupla: estabilidade e previsibilidade no lado da oferta exigem estabilidade e previsibilidade no lado da demanda”. 
Por isso, alertou a ministra na videoconferência do G20, as barreiras comerciais não devem ser levantadas apenas quando ocorrer uma calamidade, sempre que for conveniente para combater o medo da escassez de alimentos. “Abandonaremos a retórica, tomando medidas efetivas para realmente melhorar a subsistência dos mais vulneráveis? Ou admitiremos a armadilha de usar a pandemia como uma desculpa para manter os interesses paroquiais enraizados, através da perpetuação do protecionismo?”, disse a ministra.  
A ministra também criticou o uso de subsídios neste momento da crise, pois acabam criando uma concorrência desleal para países em desenvolvimento e afetam as condições de vida no campo. “O comércio agrícola justo permitiria a disseminação de melhores condições nas áreas rurais, onde a maior parte da pobreza do mundo está concentrada”. 
Para Tereza Cristina, o Brasil está preparado para fazer sua parte e se compromete não apenas como um dos protagonistas na produção agrícola mundial, mas também como defensor da transformação positiva em benefício das gerações futuras. 
A reunião virtual contou com a participação do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, do diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevêdo, e do diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), Qu Dongyu. (MAPA)
 
                    
Com o aval do Senado, a inclusão de agricultores familiares entre os beneficiados pelo auxílio de R$ 600 do governo federal depende só da sanção presidencial. O projeto de lei já tinha sido avaliado, mas como a Câmara aprovou substitutivo, precisou ser apreciado novamente. Embora criada em razão da covid-19, a ajuda é esperança de renda também para produtores do RS afetados pela estiagem. (Zero Hora)
 
 

 

Porto Alegre, 22 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.207

  GDT – Global Dairy Trade

O Índice GDT do evento realizado ontem, 21/04/2020, intensificou o impacto da pandemia sobre o setor lácteo. Exceto o cheddar (+1,9%) e a Lactose (+12,0%) não registraram queda. Mas os principais produtos do evento, AMF (-7%), SMP (-4,9%) e WMP (-3,9%) tiveram quedas consistentes. 

Acumulando perdas de 26,81%, 6,08% e 10,57%, respectivamente, em relação aos resultados do primeiro evento de janeiro de 2020. E o próprio índice tem um valor 13% menor quando comparado com o início do ano.  

Exceto o SMP, que em 2018 sofreu fortes desvalorizações como consequências dos estoques na Europa tornando a base de comparação já bastante baixa, não encerrou o evento com valor menor do que o registrado em abril de 2018. Mas, a manteiga anidra (AMF) e o WMP perdem 33,28% e 18,24%, respectivamente, nessa mesma comparação. (GDT/Terra Viva)

                    

Leite: preço cai após indústrias aumentarem processamento do UHT

Em live, o sócio da Piracanjuba, César Helou, citou a possibilidade de redução da ração dos animais para baixar a produção e o descarte de vacas

Os preços do leite no mercado spot (negociação da matéria-prima entre laticínios) voltaram a recuar na primeira quinzena de abril, aprofundando um quadro visto na segunda metade de março, quando as cotações começaram a ceder sob os efeitos da quarentena para conter o avanço do novo coronavírus no país.

Um levantamento da Scot Consultoria nos principais estados produtores mostra que os preços nesse tipo de negociação caíram 8% em São Paulo nos primeiros 15 dias de abril em comparação com a segunda metade de março, para R$ 1,488 por litro, em média.

No Paraná, o recuo foi 7%, para R$ 1,442, e, no Rio Grande do Sul, de 7,9%, para R$ 1,450. Em Minas Gerais, a retração entre a segunda quinzena de março e a primeira de abril foi de 6%, para R$ 1,473 por litro. Em Goiás, a queda quinzenal foi de 2,5%, a R$ 1,455 por litro, em média. 

No começo de março, os preços da matéria-prima no spot tinham registrado alta depois de uma corrida de consumidores ao varejo para se estocar, o que elevou as vendas de leite longa vida e seus preços. Mas as medidas de isolamento social afetaram food services, como restaurantes e bares, o que reduziu a demanda por queijos. 

O analista da Scot Rafael Ribeiro explica que isso levou empresas do segmento de queijos, principalmente as de menor porte, a ofertarem leite cru no mercado spot, uma vez que viram a demanda minguar. “Há uma maior oferta advinda dos queijeiros, segmento que está com dificuldade de vendas, e por isso têm ofertado mais leite no mercado spot”, observou. 

Com a maior disponibilidade de leite para processamento pelas indústrias, os preços caíram. Nesse cenário de maior oferta de matéria-prima, as cotações do leite longa vida no atacado na primeira quinzena de abril também recuaram após terem se valorizado nas duas quinzenas de março, quando a demanda no varejo estava aquecida. 

De acordo com a pesquisa da Scot, a cotação média no atacado de São Paulo, Minas e Goiás registrou queda de 4,6% na primeira metade deste mês, para R$ 2,64 por litro. Na quinzena anterior, havia subido 7%. O levantamento mostrou que a mussarela, produto largamente consumido no food service, teve recuo de 3,1% na média desses três estados nos primeiros 15 dias deste mês, para R$ 17,74 o quilo. 

Em evento da XP Investimentos na semana passada para discutir o mercado de alimentos durante a atual crise do novo coronavírus, o sócio do laticínio Piracanjuba, César Helou, disse que a queda na demanda por queijo do food service é um problema grave do setor hoje. “Boa parte (do queijo) vai para food service e o food service reduziu quase 100%”, comentou.

Assim, segundo ele, existe uma ‘sobra de leite hoje no Brasil, que foi absorvida num primeiro momento pelas indústrias de leite longa vida. Mas como as indústrias conseguiram abastecer o mercado, a tendência nesta semana é começar a diminuir a produção de leite longa vida para estabilizar a oferta com a procura. Com isso, vai sobrar leite no campo’, previu o sócio da Piracanjuba. 

Helou disse que não se sabe o que o produtor de leite irá fazer para equilibrar oferta e demanda. Citou possibilidades como a diminuição da ração dos animais para reduzir a produção e o descarte de vacas. “Há um problema. A vaca não sabe que estamos numa pandemia e continua dando leite. Se não houver um equilíbrio da oferta, corremos o risco de acontecer o que está acontecendo nos EUA, onde toneladas e toneladas de leite estão sendo descartadas nas fazendas”, lamentou. (Canal Rural)

 
 
Em época de pandemia, corrente de solidariedade em prol da saúde
Doações da comunidade e de empresas permitem a proteção dos profissionais da saúde e da população que procura atendimento nos postos de saúde 
Desde o final de março, Teutônia tem percebido uma verdadeira corrente de solidariedade em prol da saúde. Diversas doações foram recebidas, como máscaras, luvas, álcool em gel e líquido, aventais e óculos, que permitem a proteção dos profissionais de saúde que estão na linha de frente no combate ao novo coronavírus (Covid-19), bem como da população que procurar as unidade básicas de saúde.
O prefeito reforça a importância das doações de materiais recebidas até então e que ainda podem ser feitas, que são essenciais para o trabalho das equipes. “Com a união de esforços vamos minimizar o contágio do novo coronavírus no nosso município. E as doações de entidades, empresas e comunidade vão ser fundamentais para que isso ocorra. Com os profissionais de saúde bem protegidos, também se protege a nossa população. O nosso muito obrigado a todos que estão colaborando com esta causa”, agradece.
No dia 24 de março, a Prefeitura disponibilizou o contato de um servidor, que centralizou parte das doações recebidas, retirando-as em várias situações. Empresas, entidades e comunidade doaram diversos materiais, que já estão sendo utilizados pelos profissionais de saúde e que, também, serão de suma importância no Centro Temporário de Atendimento às Doenças Respiratórias, que deve entrar em funcionamento nos próximos dias.
Dentre as doações recebidas, estão:
– Reinigend Química (Teutônia) – 100 litros de álcool gel;
– Piccadilly (com unidade em Teutônia) – 150 máscaras PFF2 e 2.000 luvas de procedimentos;
– Lactalis (com unidade em Teutônia) – 300 litros de álcool 70% glicerinado;
– Adama Brasil (Taquari) – 10 macacões Tyvek;
– Motomecânica Teutocar (Teutônia) – 5 óculos de proteção e 7 máscaras PFF2;
– New Tintas (Colinas) – 15 litros de álcool gel;
– Picky Lanches (Teutônia) – 5 litros de álcool gel;
– Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) – 25 protetores faciais;
– entre outras doações.
A Cooperativa Languiru doou 15 pulverizadores à Secretaria de Obras, que está permitindo a sanitização de espaços públicos, visando, também, o combate do novo coronavírus. Além dessas doações, empresas, entidades e voluntários estão confeccionando máscaras para os profissionais de saúde. Dentre as iniciativas envolvidas na confecção das máscaras, estão:
– Confecções Karisma;
– Ruverim Confecções;
– Calçados LDK;
– Equipe de voluntárias da Piccadilly;
– Equipe de voluntárias da Comunidade Evangélica de Confissão Luterana Redentor;
– Equipe de voluntárias da Rede Apostólica Cristã;
– Sindicato dos Municipários de Teutônia.
Devido à grande demanda, não apenas no Município, alguns materiais essenciais para o trabalho das equipes ainda estão em falta ou com poucas unidades em estoque. Assim, a Prefeitura de Teutônia pede a colaboração de empresas e da comunidade, para quem tiver os itens disponíveis para doação, que entre em contato pelo celular (51) 99951-1005, com Valdir Griebeler. Se necessário, servidores da Prefeitura farão o recolhimento.
Dentre os materiais que podem ser doados, estão:
– Máscaras descartáveis;
– Máscaras PFF2 sem válvula ou N95;
– Álcool gel;
– Álcool líquido 70%;
– Avental descartável;
– Óculos de proteção transparente. (Teutônia)
 
                    
R$ 689,97 bilhões
é a estimativa para o Valor Bruto da Produção Agropecuária brasileira neste ano. Quantia 7,6% maior do que a do ano passado e puxada por altas na pecuária e nas lavouras. Na contramão desse cenário, o Rio Grande do Sul, impactado pela estiagem, terá encolhimento no faturamento do setor, que deve somar R$ 55,84 bilhões. (Zero Hora)
 
 
 

 

Porto Alegre, 20 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.206

  Lideranças defendem melhor organização da cadeia leiteira

Em entrevista ao vivo, no Instagram da Globo Rural, representantes da indústria e dos produtores falam sobre as necessidades do setor e os efeitos da pandemia de coronavírus

A cadeia produtiva do leite precisa de uma melhor organização para aumentar a sua competitividade e para que o produtor possa ter previsibilidade e acesso à tecnologia. A avaliação foi feita por representantes de produtores e da indústria, em entrevistas ao vivo transmitidas pelo perfil da Globo Rural no Instagram, nesta sexta-feira (16/4).

Capital de giro
Uma das principais necessidade destacadas pelas lideranças da cadeia produtiva do leite durante a transmissão é a de capital de giro. Geraldo Borges, da Abraleite, explicou que o produtor não tem controle sobre o preço de venda de seu produto para o laticínio. E acrescentou que, entre o momento da entrega e do pagamento pelo produto, leva de 30 a 40 dias. E que isso acaba afetando o planejamento do negócio.

“Tem produtores que não se organizam para adquirir a soja e o milho no melhor momento. O leite tem que ser trabalhado com planejamento anual. O pequeno tem mais dificuldade porque não tem capital de giro”, disse ele, lembrando que os preços de insumos como o milho e a soja estão mais altos nesse período.
Da parte da indústria, Darlan Palharini, do Sindilat/RS, indicou que as empresas vivem situação semelhante em relação aos seus clientes. Segundo ele, o tempo que a indústria leva para receber do mercado varejista varia entre 60 e 90 dias.

“Tem um desencaixe nesse sentido. O produtor tem entendido essa realidade, mas a gente não consegue trazer o varejo para sentar junto. E temos uma situação no Brasil em que o leite UHT virou produto de promoção em supermercado”, argumentou Palharini, explicando que, muitas vezes o varejista vende o leite a um preço mais baixo para usar o produto como chamariz e compensar no seu mix de venda. (Revista Globo Rural, adaptado por Sindilat)

                    
Excesso de estoque faz petróleo americano atingir menor patamar da história
O valor do barril do petróleo americano atingiu o menor patamar da história nesta segunda-feira (20), sendo negociado no terreno negativo — ou seja, abaixo de US$ 0. A baixa é referente aos contratos de entrega para maio, que já estão prestes a expirar, e simboliza um grave problema no setor: receio com o excesso de estoque — a demanda recua em 30% pela pandemia do novo coronavírus.

Com os operadores do mercado de energia tentando se livrar freneticamente dos contratos referentes à maio, o recuo de mais de 90% abriu o maior spread da história entre o contrato atual e o próximo, diante da falta de armazenamento para a commodity.

Às 14h51, o valor do petróleo dos Estados Unidos caía US$ 15,77, ou 86,32%, sendo negociado a US$ 2,5 por barril. Já o segundo vencimento do petróleo nos EUA operava em queda de mais de 11%, a US$ 22,15.

Embora países produtores tenham concordado em reduzir bombeamento e as maiores petroleiras do mundo também estejam diminuindo produção, os cortes não serão rápidos o suficiente para evitar problemas nas próximas semanas.

"Como a produção continua relativamente incólume, os estoques têm enchido a cada dia. O mundo está usando cada vez menos petróleo e os produtores agora sentem como isso se traduz em preços", disse o chefe de mercados de petróleo da Rystad, Bjornar Tonhaugen.

Como resultado, operadores de contratos futuros, que geralmente conseguem passar com tranquilidade do contrato vencido para o próximo, estão encontrando poucos compradores dispostos a receber os barris do vencimento maio. Conforme mais traders tentavam se livrar do contrato, ele entrou em colapso.

"A cavalaria (cortes de oferta pela Opep+) não vai chegar a tempo de salvar o mercado do petróleo. Essa deve se provar como uma das piores entregas da história. Ninguém quer ou precisa de petróleo neste momento", disse Phil Flynn, analista sênior de mercado do Price Futures Group em Chicago.

O petróleo Brent recuava US$ 1,7, ou 6,05%, a US$ 26,38 por barril, às 14h51, no horário de Brasília. 

Quando um contrato futuro expira, operadores precisam decidir se recebem a entrega ou rolam suas posições para um novo contrato futuro. Normalmente, o procedimento é relativamente tranquilo, mas a queda do contrato maio reflete preocupações de que muita oferta possa chegar ao mercado, com os embarques de países da Opep (como a Arábia Saudita) reservados em março podendo causar um excesso de oferta.

A capacidade disponível de armazenamento está diminuindo rapidamente no centro de distribuição de Cushing, em Oklahoma, onde ocorrem as entregas físicas dos barris de WTI comprados nos mercados futuros. Há quatro semanas, 50% do centro estava cheio agora, são 69%, segundo o Departamento de Energia dos EUA. (CNN Brasil)

 
 
 

Kantar: consumo no Brasil sofreu retração na primeira semana de quarentena
O isolamento social muda os hábitos de consumo, e no Brasil houve retração durante o mês de março. Esta é a principal conclusão de um estudo apresentado pela Kantar, líder global em dados, insights e consultoria, sobre os impactos da pandemia no Brasil e no mundo.

Na comparação entre a semana do dia 9, na pré-quarentena, e a do dia 23, houve redução de 8% no gasto total dos consumidores, 5% na frequência de viagens aos pontos de venda e 9% no tamanho da cesta (quantidade de itens). O mesmo cenário foi registrado na China, onde a recuperação só se deu seis semanas após o início da quarentena.

O abastecimento inicial dos lares na semana de 16 de março foi principalmente com categorias básicas e não perecíveis. Gastos com papel higiênico, por exemplo, aumentaram 47% em relação à semana anterior. Em seguida vieram sabonete, com 41%, detergente (40%) e água sanitária/alvejante (38%). Alimentos, como leite, açúcar, derivados de tomate, iogurte e massa, também se destacaram.

Já na semana de 23 de março, as categorias que mais cresceram foram linguiças e embutidos (+15%), água sanitária e alvejantes (+8%), água mineral (+8%), frangos (+7%), leite (+6%), acessórios de limpeza (+6%), alimentos para pets (+5%), iogurte (+2%) e pão industrializado (+2%). Em compensação, a cesta que sofreu maior impacto foi a de higiene. Os gastos com absorventes e desodorantes caíram 34%, creme dental 30% e produtos pós xampu 28%. A retração também foi notada nos produtos indulgentes. Entre eles, salgadinhos (-23%), sucos (-19%), refrigerantes (-13%) e achocolatados (-11%).

“Na pós-estocagem foram priorizados os produtos para limpeza da casa e os não perecíveis. Já entre os formatos, o varejo tradicional permaneceu importante, enquanto farmácias e hipermercados perderam espaço entre os consumidores brasileiros”, explica David Fiss, Diretor de Client Service & New Business da Kantar. (Kantar) 

 
 
 
Mercado de lácteos registra movimento atípico em março e incertezas preocupam setor 

Comportamento dos consumidores diante do isolamento social refletiu na alta demanda pelo leite UHT e queda nas vendas de queijos 

As dificuldades frente ao cenário econômico atual, devido à pandemia do novo coronavírus, acenderam o sinal de alerta entre produtores e indústrias de leite. O comportamento atípico nas comercializações durante o mês de março foi o assunto que permeou a reunião do Conseleite-PR, realizada nesta terça-feira (14), por meio de videoconferência, seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde.

No panorama geral, em comparação ao período de fevereiro e março do ano passado, é possível verificar uma alta brusca no volume de produtos comercializados. Segundo a professora Vânia Guimarães, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), isso é explicado pelas “compras de pânico”, que levaram muitos consumidores a estocar alimentos no início do período de isolamento social. Nesse sentido, o leite UHT foi o produto que obteve maior crescimento no volume de vendas, com alta nos preços entre o final de março e início de abril. “Esse movimento é compreensível pelo pânico de estocagem, que gera demanda a curto prazo, mas é algo que provavelmente não se sustentará nas próximas semanas. Tudo indica que haverá reversão de preço”, explica.
Outros produtos não tiveram o mesmo comportamento, como é o caso do queijo muçarela, que apresenta uma reação completamente oposta. O mercado de queijos, de forma geral, foi o que mais sofreu impactos negativos, com redução brutal do volume comercializado. “São movimentos de queda nunca antes vistos, o que causa preocupação. Isso está relacionado à elasticidade-renda da demanda, ou seja, o cenário de recessão traz uma queda na renda da população e, consequentemente, há diminuição do consumo. Além disso, por causa do isolamento social, todo o setor de food service, que inclui restaurantes, pizzarias, lanchonetes, entre outros, estão com as vendas prejudicadas”, aponta a professora Vânia. 

O professor José Roberto Canziani, da UFPR, destaca, ainda, a preocupação em relação ao nível de estoque das empresas. Uma das alternativas foi a aposta no leite em pó, que teve aumento mais expressivo no preço e na comercialização do mercado interno. Mas o alerta em relação ao cenário de incertezas permanece o mesmo. “O favorecimento aconteceu nessa situação inicial de aumento de demanda, mas não significa que tenha sustentação. Vale lembrar também que esse produto ainda está em estoque e não foi comercializado”, complementa Canziani.

Por definição do Conseleite-PR, o valor de referência do leite entregue em março (a ser pago em abril) ficou estabelecido em R$ 1,3377, aumento de 3,33% em relação ao valor final de fevereiro. O valor de projeção para o leite entregue em abril (a ser pago em maio) não será divulgado, visto que, devido às incertezas ocasionadas pela pandemia do novo coronavírus, o levantamento não reflete o cenário real de mercado. A divulgação irá ocorrer após realização de reunião extraordinária no dia 28 de abril. (Coordenação de Comunicação Social do Sistema FAEP/SENAR-PR)  

 
                    
Funrural constitucional
Decisão tomada em plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) considerou constitucional a cobrança previdenciária do Funrural para segurados especiais. O placar foi de 6x4. - Nessa nova ação, discutia-se a contribuição específica do segurado especial - explica Augusto Bercht, advogado do escritório Souto Correa. Segurados especiais têm de recolher 1,2% sobre a comercialização feita a consumidores ou de produtor para produtor. No caso de venda para empresas, o recolhimento do tributo é feito por elas. O pagamento, frisa a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS), é a forma para que produtores familiares possam ter direto a aposentadoria, auxílio-doença e outros benefícios previdenciários. A entidade diz que a decisão foi acertada e reforça orientação. (Zero Hora)
 
 

 

Porto Alegre, 17 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.205

  Produção/AR

A Fundação para a Promoção e Desenvolvimento da Cadeia Láctea Argentina (FunPEL) alertou que na próxima primavera poderá reunir condições que provoquem uma sobre-oferta de leite no mercado local.
A produção de leite no primeiro trimestre de 2020 cresceu 9% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo o Observatório da Cadeia Láctea Argentina (Ocla). 
Se for mantida essa tendência de produção, a oferta projetada de leite para 2020 seria de 10.780 milhões de litros, o que representaria crescimento de 4,2% em relação a 2019. 
Com esses valores, teríamos 437 milhões de litros adicionais no ano de 2020 (1,2 milhões de litros de leite a mais, por dia).
A questão é que 2020 começou com um estoque de lácteos 12,9% superior em relação ao começo de 2019, que em cifras absolutas representa um volume adicional de 103 milhões de litros de equivalente leite, o que, em sua maior parte, corresponde a queijos curados ou semi-curados. 
As exportações, que começaram bem o ano, crescendo 18% em volume no primeiro trimestre e 34% em valores, também em relação ao mesmo período de 2019, em março começaram a cair, pelo efeito combinado da queda do preço do petróleo (muitos dos grandes compradores de lácteos são exportadores de óleo cru) e a desaceleração econômica promovida pela pandemia do Covid-19.  
Se for mantido o mesmo consumo interno do ano passado (182 litros/habitante/ano), em 2020, o saldo exportável aumentaria para 563 milhões de litros, o que obrigaria a incrementar as vendas externas de lácteos para evitar que uma eventual sobre-oferta de leite impacte negativamente no preço ao produtor.
 

“A FunPEL irá acompanhar, quinzenalmente, estas variáveis para antecipar ações coletivas na cadeia que permitam mitigar possíveis impactos negativos”, assegurou a entidade integrada por entidades de produção, da indústria de laticínios, do INTA e INTI.
 
Enquanto no primeiro quadrimestre de 2018 o valor médio ficou na faixa de US$ 0,29 a US$ 0,30 por litro devido, fundamentalmente, à defasagem cambial, logo depois com a desvalorização abrupta do peso argentino, os preços foram destruídos para chegar ao mínimo de US$ 0,20/litro em setembro de 2018. 
No começo do ano passado a queda na renda, agravada com eventos climáticos adversos em algumas bacias leiteiras, promoveu uma aceleração do processo de fechamento de fazendas leiteiras e queda nos rebanhos leiteiros, o que acabou provocando diminuição da oferta disponível do leite, gerando uma concorrência intensa entre as indústrias de laticínios que – combinada com uma nova defasagem cambial – elevou os valores recebidos pelos produtores, até alcançar o máximo de US$ 0,36/litro em julho de 2019. 
A forte desvalorização do peso registrada em agosto de 2019, junto com uma recuperação na produção de leite, interrompeu a tendência altista do preço do leite, ainda que o mesmo se mantenha, até o momento, valores atrativos para a maior parte das fazendas leiteiras. 
O preço médio ponderado do leite na Argentina no mês de março foi de AR$ 17,84/litro, [R$ 1,41/litro], segundo dados informados pela Departamento Nacional do Leite a partir do levantamento realizado com 351 indústrias de laticínios. Trata-se de um valor equivalente a 2,13 quilos de milho em Rosário, considerado o preço médio do cereal no mês de março de 2020. (Ocla) 
                   
Covid-19 afeta a gestão nas fazendas de leite
Saiba quais são as três medidas para enfrentar esse momento, de acordo com o economista Glauco Carvalho, da Embrapa

 
O preço do litro de leite pago ao produtor já chegou a R$ 1,40, ante cotações de até R$ 1,70 no início de março, em algumas regiões produtoras. A informação foi dada pelo pesquisador da Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora (MG), Glauco Carvalho, doutor em economia agrícola pela Texas A&M University. “Nestes dias, a média está em R$ 1,55/R$ 1,56, por litro”, afirma Carvalho. “O consumo de lácteos tem a ver com a renda da população e a pandemia do novo coronavírus é algo desconhecido, sem parâmetro.”

Carvalho destaca que no ano passado o produtor de leite atravessou o primeiro semestre recebendo um preço melhor, na comparação com 2018. Mas o segundo semestre de 2019 foi mais tímido. “Agora, neste primeiro trimestre de 2020, o preço caiu 1%”, afirma ele. “E com uma relação de troca menos favorável, por conta do custo da produção puxado pelo milho.”

Com as medidas de restrição social, o mercado consumidor de lácteos vem passando por três ondas. A primeira foi a do pânico, com o consumidor indo às compras para estocar alimentos. Isso fez o preço do leite UHT subir no varejo. A segunda onda está em curso, com o consumidor comprando apenas o necessário e desacelerando os preços finais. Para Carvalho, a terceira onda é a mais preocupante, porque ela se caracteriza pela certeza de que haverá perda de renda. “É algo nocivo não apenas para a cadeia do leite, mas para todos os setores da economia”, diz ele.

Planejamento de negócios: O Brasil produz, por ano, cerca de 35 bilhões de litros de leite, dos quais 10 bilhões não têm inspeção sanitária. Do total inspecionado, as cinco principais empresas do setor captam 30%. Entre elas estão Nestlé, Lactalis e Bela Vista. Do total processado, um terço vai para o processamento de queijos e o restante para o leite fluído, entre pasteurizado e UHT. 

Para o pesquisador da Embrapa, está na hora do produtor de leite tomar decisões que podem interferir em seu negócio no próximo período. “Hoje, é preciso baratear a dieta dos animais”, afirma. Carvalho dá algumas sugestões. A primeira delas é analisar alimentos que possam ser substitutos do milho na dieta das vacas, como o DDG (cooproduto do etanol de milho), caroços, cascas, entre outros.

A segunda medida é analisar o estoque de vacas e o descarte de animais menos produtivos. E tentar gerar caixa sem quebrar a produção futura, ou mesmo aumentar lá na frente, com o descarte de novilhas e bezerras que poderiam ser incorporadas à produção. Nesse ponto, o economista da Embrapa chama a atenção porque nesse descarte é preciso avaliar uma possível retomada da produção. “Se a estratégia no volume de descartes não for equilibrada, o produtor pode levar até 4 anos para recompor o rebanho e isso não é bom”, afirma ele. 

A terceira medida é manter o diálogo aberto com o laticínio ou cooperativa. “Estar perto da indústria, nesse momento, é importante para monitorar a rentabilidade e tomar decisões”, diz Carvalho. Ele dá como exemplo algum tipo de ajuda, como financiamentos, levantamento de caixa e até compras de insumos. (Portal DBO)

 
 

SP: Nestlé realiza live com especialistas para tirar dúvidas dos produtores leiteiros
Em linha com as iniciativas realizadas junto aos produtores da cadeia de leite, a Nestlé promove, nesta-sexta-feira (17), a  Live do Leite. O webinar trará especialistas para falar sobre tendências e perspectivas sobre insumos para alimentação animal e ajudar o produtor no processo de decisão no atual cenário.

"Com a live, queremos trazer alternativas e perspectivas para as principais commodities utilizadas na alimentação animal, como milho e soja e, dessa forma, ajudar o produtor a definir a melhor estratégia para manter o equilíbrio financeiro da fazenda", reforça a gerente de Desenvolvimento de Fornecedor e Qualidade da Nestlé, Barbara Sollero.

A live acontece na sexta feira, 17 de abril, a partir das 19h (Horário de Brasília). As inscrições devem ser feitas neste link. . Após a inscrição, será enviado um e-mail de confirmação contendo informações sobre como entrar no webinar.

Participam do webinar Conrado Zanon, consultor e empresário, especialista em gestão de risco em commodities; Sílvio Póvoa, engenheiro agrônomo especializado em gestão comercial, suprimentos e trading, no mercado de grãos; e Olavo Carvalho, médico veterinário especialista em estratégias nutricionais. A iniciativa é promovida pela Nestlé em parceria com a Germinare, consultoria especializada no agronegócio.

Sobre a Nestlé: É a maior empresa de alimentos e bebidas do mundo. Está presente em 190 países e seus 308 mil colaboradores estão comprometidos com o propósito da Nestlé de melhorar a qualidade de vida e contribuir para um futuro mais saudável. A Nestlé oferece um amplo portfólio de produtos e serviços para cada etapa de vida das pessoas e de seus animais de estimação. Suas mais de 2000 marcas variam dos ícones globais, como Nescafé ou Nespresso aos favoritos locais como Ninho. O desempenho da empresa é impulsionado por sua estratégia de Nutrição, Saúde e Bem-Estar. Sua Sede fica na cidade suíça de Vevey, onde foi fundada há mais de 150 anos. No Brasil, instalou a primeira fábrica em 1921, na cidade paulista de Araras, para a produção do leite condensado Milkmaid, que mais tarde seria conhecido como Leite Moça. A empresa tem unidades industriais localizadas nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Espírito Santo. Emprega 32 mil colaboradores diretos e gera outros 200 mil empregos indiretos. (Página Rural)

 
 
Governo Trump propõe compra direta de leite e carne nos EUA
O governo Trump gostaria de fazer compras de leite e produtos à base de carne como parte de um pacote de ajuda inicial de US$ 15,5 bilhões a agricultores sacudidos pelo coronavírus, disse o secretário de Agricultura, Sonny Perdue.
 
Em entrevista à Fox Business na quarta-feira, Perdue disse que também quer incluir assistência financeira direta aos agricultores no resgate, que pode ser anunciado ainda nesta semana. 
“Queremos comprar o máximo desse leite, ou outros produtos proteicos, presuntos e suínos, e movê-los para onde possam ser utilizados em nossos bancos de alimentos, ou possivelmente até para ajuda humanitária internacional”, disse Perdue. 
O fechamento de restaurantes, lanchonetes escolares e outras operações comerciais de serviços alimentícios aumentou o mercado de produtos agrícolas, principalmente laticínios e carnes. O serviço de alimentação é um comprador desproporcional de queijo, manteiga, carne e frutas e legumes frescos. Os produtores de leite estão despejando até 8% de seu leite, de acordo com a cooperativa Dairy Farmers of America. 
Um fechamento de vários matadouros por causa de surtos de vírus nas instalações interrompeu ainda mais a capacidade dos criadores de suínos e gado de vender seus animais.
“Quando você tem uma lentidão no processamento, na qual estamos trabalhando para sustentar o máximo possível, você tem um backup”, disse Perdue.
O secretário disse que não espera que as paralisações causem escassez de produtos à base de carne nas prateleiras dos supermercados.
A lei de alívio de coronavírus aprovada pelo Congresso no mês passado inclui US$ 23,5 bilhões em ajuda aos agricultores. Falando em uma entrevista coletiva na semana passada, Trump disse que seu governo desenvolverá um programa com pelo menos US$ 16 bilhões inicialmente para agricultores, pecuaristas e produtores. (As informações são da BEEF Magazine, traduzidas pela Equipe MilkPoint)                  
Secretário-executivo do Sindilat participa de debate sobre os impactos da pandemia no setor de lácteos 
O secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, participa hoje às 19h de debate da Revista Globo Rural sobre os impactos da pandemia do coronavírus no setor lácteo. A transmissão ao vivo ocorrerá no perfil do Instagram da revista (@globorural). Também estará presente o presidente da Abraleite, Geraldo de Carvalho Borges. A live será comandada pela repórter Mariana Grilli. Segundo o dirigente, que representará a cadeia leiteira do Rio Grande do Sul, eventos online que tratem sobre a conjuntura do mercado de lácteos são de extrema importância para produtores e demais representantes do segmento. "Precisamos participar de debates que tracem estratégias e que debatam o cenário atual visando novas possibilidades em momentos difíceis", afirma. Participe! (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)
 

 

Porto Alegre, 16 de abril de 2020                                              Ano 14 - N° 3.204

  Covid-19 muda consumo de lácteos no Brasil e setor internacional chama atenção

A chegada da Covid-19 ao Brasil trouxe mudanças consistentes na forma consumo de lácteos pelos brasileiros e pode, inclusive, trazer mudanças expressivas nas relações internacionais. Segundo Valter Galan, sócio do MilkPoint Mercado, há novas oportunidades se abrindo, principalmente com a situação cambial que favorece exportações e inibe as importações. Ele falou sobre assunto durante participação no Milkpoint Experts, debate online realizado na tarde desta quinta-feira (16/4).  O objetivo do evento foi tirar dúvidas de produtores, técnicos, estudantes e demais envolvidos na produção leiteira sobre o atual cenário.

Galan alertou que a forma de comercialização dos produtos lácteos também está passando por transformações em tempos de coronavírus. Antes da pandemia, o estoque de leite UHT estava em alta. Com a chegada da doença, caiu e, agora, está aumentando novamente. Isso porque, com incertezas sobre o futuro, o consumidor acaba estocando alimentos. Com o isolamento social, a grande parte da população está optando por fazer as compras online. A tendência é de que após o período de quarentena determinados hábitos sejam mantidos, segundo Valéria Ragoni, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Nielsen. Para a profissional, o varejo online tende a ser um canal de compras que deve ser perpetuar.

Participando do debate, o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat), Darlan Palharini, frisou que o Brasil não deve ter as exportações de lácteos tão afetadas porque elas ainda são pouco expressivas frente ao mercado interno. Esse sim preocupa uma vez que há temor com o índice de desemprego. “É difícil fazer qualquer previsão. De um lado o petróleo está baixando, talvez alguns custos baixem, mas é um momento de bastante cautela. Temos que aguardar e ver como ficará a abertura dos comércios no RS”, ressalta. 

O alerta a ser feito nesse momento, pontua Palharini, é manter competitividade para que o Brasil não seja invadido por estoques de rótulos europeus. “Temos que nos manter competitivos no mercado interno para que não sejamos atingidos por uma importação muito grande de outros países já que Europa e Estados Unidos estão com um estoque muito grande, principalmente de queijo e leite em pó”, afirma.

Durante o evento também foram tratados assuntos como saúde dos animais durante a pandemia, os cuidados necessários que devem ser mantidos por produtores e o panorama do mercado internacional por Roulber Carvalho Gomes da Silva, gerente Técnico de Grandes Animais da Boehringer Ingelheim Saúde Animal e Andres Padilla especialista em Indústria do Rabobank. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)                    

Restrições mantidas na Serra e na Grande Porto Alegre
 

Municípios de outras regiões poderão abrir comércio a partir de decreto de prefeitos, anunciou Leite

Os municípios que permanecem com restrições rígidas no comércio até 30 de abril (funcionamento apenas de serviços essenciais, como mercados, farmácias, restaurantes, lancherias, barbearia e salões de beleza, sob determinadas condições). 

Região Metropolitana de Porto Alegre
Alvorada, Araricá, Arroio dos Ratos, Cachoeirinha, Campo Bom, Canoas, Capela de Santana, Charqueadas, Dois Irmãos, Eldorado do Sul, Estância Velha, Esteio, Glorinha, Gravataí, Guaíba, Igrejinha, Ivoti, Montenegro, Nova Hartz, Nova Santa Rita, Novo Hamburgo, Parobé, Portão, Porto Alegre, Rolante, Santo Antônio da Patrulha, São Jerônimo, São Leopoldo, São Sebastião do Caí, Sapiranga, Sapucaia do Sul, Taquara, Triunfo e Viamão. 
Região Metropolitana da Serra
Antônio Prado, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Ipê, Monte Belo do Sul, Nova Pádua, Pinto Bandeira, São Marcos, Santa Teresa e Nova Roma do Sul 
Os demais municípios no Estado
Podem ter flexibilização do comércio a partir de decreto do prefeito, respeitando as exigências sanitárias 
Achatamento
A decisão se mostra cautelosa já que, antes de anunciar o conteúdo do novo decreto, Leite mostrou dados que indicam que o RS conseguiu achatar a curva do coronavírus: na comparação com outras unidades federativas, tem algumas das menores taxas de infecção de pessoas e também de óbitos. É o terceiro Estado de letalidade mais baixa do vírus. A disseminação também é mais lenta por aqui, com 6,2 casos para cada 100 mil habitantes, enquanto o Brasil tem índice de 12 infectados na mesma escala populacional. 
- A ciência nos adverte sobre o comportamento sinuoso do vírus, lidamos com algo desconhecido e as certezas são provisórias. Nossa estratégia é feita pensando em poupar vidas. Não podemos admitir perder qualquer vida - alertou o governador.
Com a decisão de Leite, nas regiões metropolitanas de Porto Alegre e Caxias do Sul, estão autorizados apenas o funcionamento de serviços essenciais, como mercados e farmácias. Se os prefeitos das cidades desejarem, podem editar decretos para autorizar funcionamento de restaurantes e lanchonetes, que foi uma flexibilização feita por Leite em 9 de abril.
Já o comércio em geral segue fechado, apesar da pressão de entidades empresariais que alertam para os riscos econômicos.
No Interior, afora as regiões de Porto Alegre e Caxias do Sul, os prefeitos poderão editar decretos próprios autorizando os comércios locais a voltaram ao trabalho, com protocolos a serem observados.
- A Região Metropolitana responde por mais de 50%, cerca de 60%, do número de casos. Associado à Serra gaúcha, são 70% dos casos no Rio Grande do Sul. E pela alta relação de interdependência econômica dos municípios dessas regiões, mantemos as políticas de distanciamento sem a possibilidade de flexibilização. Entendemos que essa é a forma adequada - argumentou Leite a respeito da decisão de manter as restrições nestes locais. (Zero Hora adaptado por Sindilat/RS)
 
 
País tem 2º dia de mais de 200 mortes pela doença 
Houve acréscimo de 3.058 casos da covid-19 em relação ao dia anterior
Pelo segundo dia consecutivo, o Brasil registrou 204 novas mortes relacionadas ao novo coronavírus, informou o Ministério da Saúde. Ontem, os óbitos de pacientes infectados pelo vírus subiram de 1.532 para 1.736, uma alta de 13%. 
Os casos confirmados da covid-19 continuam aumentando em todo o país, passaram de 25.252 para 28.320, em 24 horas. Houve acréscimo de 3.058 casos (12%). (Valor Econômico)
 
 
 
 
Queda de 5% na economia levaria rombo a R$ 515 bi  
Devido às incertezas econômicas, governo traça diferentes cenários para contas públicas 
Uma queda de 5% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020 levaria o déficit primário do governo central a R$ 515,5 bilhões e a dívida pública a 90,8% do PIB, estimou ontem o Ministério da Economia. Frente ao elevado grau de incerteza na economia devido à pandemia, a equipe econômica traçou cenários para as contas públicas considerando diferentes níveis de retração da economia. 
Hoje, o cenário oficial do governo considera estabilidade do PIB neste ano. Membros do ministério, no entanto, já admitem que a estimativa, apresentada no mês passado, está defasada e precisará ser revisada para um número negativo. Recentemente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial projetaram queda na casa dos 5% para o país. No cenário de crescimento zero, o déficit primário estimado pelo governo é de R$ 467,1 bilhões, e a dívida bruta, de 85,4% do PIB. 
Se a economia recuar 1%, o déficit iria a R$ 476,8 bilhões, e a dívida, a 86,4% do PIB. Numa queda de 2%, as contas públicas registrariam déficit de R$ 486,4 bilhões e a dívida pularia para 87,5% do PIB. Caindo 3%, o déficit iria a R$ 496,1 bilhões, e a dívida, a 88,6%. Uma retração de 4%, por sua vez, implicaria rombo de R$ 505,8 bilhões e dívida de 89,7% do PIB. 
O secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, destacou que as medidas adotadas pelo governo até agora para combater os efeitos do coronavírus geram impacto primário de 3,76% do PIB (R$ 284 bilhões). Considerando demais medidas regulatórias e não regulatórias, o peso sobe para 46,03%. 
Waldery enfatizou que o Brasil está colado com os países desenvolvidos em termos de ações de apoio à população e bem acima de outros emergentes. De acordo com apresentação do ministério, a média de gastos dos países desenvolvidos está em 3,82% do PIB. No caso dos emergentes, é de 1,71% do PIB. 
Na entrevista coletiva, os secretários reforçaram que é preciso ter cuidado com a expansão dos gastos e restringir as despesas a 2020. O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, negou, em tom enfático, a possibilidade de a secretaria dar crédito direto ao varejo. 
“Há alguma possibilidade de ter algum programa do Tesouro de relacionamento direto com banco ou varejo? A possibilidade disso é absolutamente zero”, disse ao ser questionado. Ele afirmou que a decisão de como usar recursos é política e que a secretaria não executa políticas públicas. Waldery completou a fala dizendo que “essa veemência do secretário Mansueto tem razão”. Segundo ele, diversas “soluções mágicas” são propostas para fazer frente à crise.
O Valor informou na edição de ontem que o ministério discute um modelo para socorrer pequenos varejistas. A proposta, que estaria sendo estruturada em parceria com o setor privado, contemplaria empréstimos com recursos do Tesouro Nacional a lojistas que faturam até R$ 30 mil por mês, segundo fontes. (Valor Econômico)                    
Sem food service, indústria de leite longa vida está no limite
O empresário César Helou, dos Laticínios Bela Vista/Piracanjuba, se mostrou bastante preocupado com a queda abrupta no consumo de leite longa vida (UHT) no food service após a quarentena imposta no País por causa da pandemia de coronavírus. “É preocupante. Se o mercado de food service não voltar logo, e a gente acredita que não vai voltar (tão rápido), é preocupante”, disse Helou, durante live promovida agora pela XP Investimentos. Ele disse que, no caso do Brasil, ainda não sobrou leite. “Todo o leite que ia para o food service foi absorvido pela indústria de leite longa vida”, relatou. “Mas o mercado de longa vida está no seu limite”, reforçou ele, dizendo que há preocupação sobre como um eventual excesso de estoque será escoado. “As empresas podem baixar preços, mas não vão baixar além do seu custo de produção”, ressaltou. “Estávamos agora há pouco em uma conferência com a Associação Brasileira de Leite Longa Vida sobre o que fazer com este leite.” Helou lembrou que, embora o Sudeste e Centro-Oeste do País estejam na entressafra do leite, no Rio Grande do Sul a safra começa agora. “E há perspectiva de uma grande safra lá”, disse. “Se o produtor continuar dando ração para as vacas como costumava dar e o mercado de food service não voltar logo, é preocupante.” (Istoé)