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13/06/2022

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 13 de junho de 2022                                                          Ano 16 - N° 3.681


EUA: exportações de lácteos atingem o segundo maior valor mensal

As exportações de lácteos dos EUA cresceram 1% em base equivalente de leite em abril, estabelecendo um novo recorde de volume para o mês.

O crescimento foi modesto, mas o valor dessas exportações ultrapassou 200.000 toneladas em uma base equivalente de sólidos de leite. O valor dessas exportações, atingindo quase US$ 850 milhões, marca um aumento em relação a abril de 2021. Este é o segundo maior valor mensal de todos os tempos, superado apenas em março de 2022.

De acordo com Phil Plourd, chefe de inteligência de mercado da ever.ag, as exportações recordes refletem algumas coisas. Primeiro, ele diz que a produção de leite na UE e na Nova Zelândia vem caindo, deixando vazios na oferta global e criando oportunidades para as exportações dos EUA. “Além das restrições de oferta global, os preços são importantes, é claro, e no final do ano passado e no início deste ano, os preços nos EUA estavam bem abaixo dos valores em outras partes do mundo”, compartilha Plourd. “Várias circunstâncias têm dado aos EUA uma vantagem e os profissionais de marketing têm aproveitado a oportunidade. E, notavelmente, tudo isso aconteceu em um ambiente de logística desafiador.”

O queijo continua a ser a estrela das exportações dos EUA em 2022. Depois de enviar um recorde de 41.693 toneladas de queijo em março, os fornecedores dos EUA repetiram o desempenho em abril com 41.375 toneladas em exportações. Foi a primeira vez que os Estados Unidos exportaram mais de 40.000 toneladas em dois meses consecutivos.

As commodities individuais e seus volumes que sofreram alterações a partir de abril de 2021 incluem:

Leite em pó desnatado – queda de 6%
Produtos de soro de leite – queda de 1%
Queijo – até 2%
Lactose – até 12%
Gordura de manteiga – até 25%
Whey Protein Concentrado (WPC) 80 – até 5%
Leite em pó integral – queda de 14%
Leite e creme fluidos – queda de 7%

Cenário futuro

Plourd disse que as coisas não são tão claras daqui para frente. A produção de leite da UE e da Nova Zelândia não melhorou muito. A produção de abril na Holanda, por exemplo, ainda caiu 2,5% ano a ano. Além disso, a produção ano a ano na Nova Zelândia caiu 5,6%. “Portanto, não estamos lidando com muita oferta extra de grandes concorrentes de exportação”, diz Plourd. “Do lado negativo, as diferenças de preços não são tão grandes quanto no início deste ano. De fato, a manteiga da Nova Zelândia está cerca de 30 centavos de dólar por libra mais barata. Os preços dos queijos dos EUA, da UE e da Nova Zelândia estão todos dentro de 15 a 20 centavos um do outro, estreitando qualquer vantagem dos EUA.”

Erick Metzger, gerente geral da National All-Jersey, disse que os produtores vão aproveitar as verificações de leite de maio na próxima semana, quando chegarem. “Muitos produtores verão preços mais altos do que jamais viram antes.”

Plourd disse que os preços mais altos dos produtos lácteos, as pressões inflacionárias gerais e a deterioração do desempenho econômico significam que a demanda está mais vulnerável. “O resultado é que os EUA ainda estarão no mix de exportação nos próximos meses, mas os volumes podem se estabilizar ou até diminuir”, disse ele.

As informações são do Dairy Herd Management, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint.


Custo de produção de leite recuou -1,4% em maio
 
Produção de leite - A inflação de custos de produção de leite, que vinha apresentando desaceleração no crescimento a partir do mês de março, teve queda no mês de maio. 
 
Dos sete grupos que compõem o ICPLeite/Embrapa, quatro registraram queda de preços, enquanto dois grupos tiveram elevação de preços e um se manteve estável. O resultado no custo de produção de leite foi um forte recuo em maio, com deflação de -1,4%. Este fenômeno de deflação, que é o inverso da inflação, não acontecia desde maio de 2020 e foi a maior deflação registrada desde agosto/2019. Isso não alivia muito a condição do produtor, em função da ascensão inflacionária dos custos de produção, acumulada nos meses anteriores. Nos grupos com queda de preços os destaques foram para soja, milho, adubos e energia elétrica, demonstrando que a deflação não foi localizada em grupos de custos específicos e teve múltiplas explicações.
 
Vários fatores influenciaram a deflação no mês pelo segundo mês consecutivo o grupo
 
Concentrado, que representa a alimentação baseada em ração formulada com grãos, apresentou queda de preços. No mês de maio, foi - 1,7%, resultante da queda de preços de soja e milho. O custo de produção do grupo Volumosos também teve retração de -1,3% em maio, motivado pela queda dos preços de adubos. Milho, soja e adubos têm preços formados no mercado internacional e estavam inflados desde os primeiros dias do conflito na Ucrânia, dadas as elevadas incertezas geradas naquele momento, e agora recuam. Os grupos Concentrados e Volumosos respondem pelo custo da alimentação das vacas e, somados, pesam muito no resultado final do ICPLeite/Embrapa (61,7%). O grupo Qualidade do Leite também registrou retração no custo, resultante da queda de preço do material de limpeza. A maior queda de preços ocorreu no grupo Energia e Combustível, principalmente por conta da energia elétrica, que estreou redução de tarifa, com o fim do período de escassez hídrica e o retorno da tarifa de bandeira verde.
 
O grupo Sanidade e Reprodução, que engloba medicamentos, vacinas, sêmen e material de reprodução, teve elevação de custos expressiva (2,9%), mas foi o grupo Minerais que, pelo quarto mês seguinte, registrou variação positiva nos custos. Desta vez atingiu patamar de dois dígitos de elevação (11,7%). O Gráfico 1 reproduz a variação nos grupos que compõem os custos de produção, para o mês de maio.

Gráfico 1. ICPLeite/Embrapa. Variação em maio/22, por grupos de despesa (em %). Fonte: Embrapa (2022).

 

 

CCGL capacita corpo técnico sobre manejo nutricional para produção de sólidos 

Com o objetivo de capacitar os técnicos da CCGL e cooperativas com informações importantes da cadeia do leite, a Cooperativa Central Gaúcha Ltda. – CCGL, através do setor de Difusão de Tecnologias, promoveu entre os dias 6 e 8 de junho, no auditório da CCGL em Cruz Alta, o treinamento Manejo Nutricional para Produção de Sólidos focado no Programa Mais Sólidos, Maior Valor.

O treinamento foi ministrado pelo zootecnista Renato Palma Nogueira, com os temas: introdução à formação de sólidos no leite; importância dos sólidos para saúde do rebanho; manejo alimentar com foco em saúde do rebanho e sólidos e de gerenciamento do estresse térmico; nutrição para alta produção de leite e de sólidos, do período seco e do período de transição; conforto para vacas secas e em lactação; consumo de matéria seca e curva de lactação; e sistemas de agrupamento para vacas em lactação.

O gerente da indústria de rações e médico veterinário da Cotripal, Rodrigo Chaves, entende que o treinamento vai ajudar no alinhamento do trabalho técnico com o programa Mais Sólidos, Maior Valor e visando melhorar a produtividade e rentabilidade do produtor — Primeiro é necessário um entendimento e compreensão da equipe técnica deste novo modelo para posteriormente, com credibilidade, levar informações e as soluções para os produtores, para que eles entendam quais os processos de manejo precisam ser seguidos para que o rebanho melhore os resultados — explica Rodrigo.

Para o médico veterinário da Coopermil Jair André Veit, o conteúdo adquirido no curso é fundamental para a cadeia do leite. — O que aprendemos aqui sobre nutrição, manejo, balanceamento de dietas, entre outros temas, será essencial para o produtor maximizar a produção de sólidos em suas propriedades — completa Jair.

O Projeto Mais Sólidos, Maior Valor inicia um novo momento no sistema de precificação do leite, com base na quantidade de gordura e proteína entregues pelos produtores à indústria. O treinamento foi exclusivo para a equipe de Difusão de Tecnologias da CCGL e área técnica das cooperativas associadas. (Rede Técnica Cooperativa)


Jogo Rápido 

Fazendo a tecnologia funcionar: a gestão no centro do negócio leiteiro
 A tecnologia está cada vez mais difundida nas mais diversas atividades e também nas fazendas de leite. O estoque de conhecimento e o entendimento técnico já são alicerces sólidos e com grau de amadurecimento. Por outro lado, como fazer a tecnologia funcionar? Como gerenciar para avançar? Neste cenário tecnológico, temos e sempre teremos, as pessoas. São elas que com ou sem tecnologia fazem a lida das propriedades, os processos funcionarem. Então, não basta mais ter domínio do conhecimento técnico e dispor de tecnologias, é preciso gerenciar pessoas! Sabendo da importância do desenvolvimento dos colaboradores e formação de times, bem como da crescente inserção da tecnologia no leite, o terceiro painel do Interleite Brasil 2022, “Fazendo a tecnologia funcionar: a gestão no centro do negócio leiteiro,” no dia 04 de agosto, trará dois casos de produtores de sucesso e uma palestra sobre gestão de pessoas. Se você pensou em gestão, tecnologia e pessoas, o terceiro painel do Interleite Brasil 2022 é para você! Este ano, o Interleite chega a sua 20ª edição e será sediado pela primeira vez no Brasil Central, em Goiânia, nos dias 03 e 04 de agosto. Com correalização do Sistema Faeg/Senar - GO, do Sebrae-GO e do Governo de Goiás e demais apoiadores, o Interleite Brasil abordará outras pautas importantíssimas para o leite brasileiro: sistemas de produção, sustentabilidade, índices de produtividade, rentabilidade e muito mais! No dia 02 de agosto, antes do primeiro dia do Interleite Brasil, ocorrerão três eventos paralelos: worskhops temáticos exclusivos ministrados por especialistas, Fórum MilkPoint Mercado e Jantar dos Top 100. Além disso, o evento contará com transmissão ao vivo em plataforma exclusiva os participantes que optarem por assistir online. Associados ao Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) têm 20% de desconto na inscrição dos eventos, clicando aqui. (Milkpoint) 
 

 
 
 
 
 

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