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29/11/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 29 de novembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.550


Estado abre concurso para fiscais agropecuários

Publicado ontem no Diário Oficial do Estado, edital prevê vagas para veterinário, agrônomo e analista agropecuário, florestal e ambiental

O governo gaúcho publicou ontem no Diário Oficial do Estado o edital de um concurso para o preenchimento de cargos de nível superior na área de área de recursos naturais, agricultura e pecuária. São oferecidas 31 vagas para fiscal estadual agropecuário, sendo 16 para médico veterinário e 15 para engenheiros agrônomos, e 32 postos para analista agropecuário e florestal, dos quais 22 são para médicos veterinários, oito para engenheiros agrônomos, um para engenheiro florestal e um para zootecnista.

O concurso oferece ainda oito vagas de analista ambiental, para as áreas de biologia (2), engenharia agronômica (2), engenharia florestal (1), geologia (1), gestão ambiental (1) e medicina veterinária (1); uma vaga de analista biólogo e três de analista geógrafo. Para todas as funções anunciadas no edital, o salário oferecido, correspondente a uma jornada de 40 horas semanais, é de R$ 3.370,02, além de uma gratificação de estímulo técnico de R$ 1.462,36 – a remuneração pode ser acrescida de outras gratificações.

As provas serão aplicadas pela Fundatec e estão previstas para o dia 13 de fevereiro de 2022. O exame terá duas partes: prova teórico-objetiva, com 60 questões, divididas em língua portuguesa (10), raciocínio lógico matemático (6), legislação (14) e conhecimentos específicos (30), e prova de redação. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas até 27 de novembro pelo site www.fundatec.org.br, com taxa de R$ 211,22. Outras informações podem ser obtidas no site
da Fundatec.

Para o presidente da Associação dos Fiscais Agropecuários do Estado (Afagro), Richard Alves, a seleção é bem-vinda, pois o último concurso na área foi realizado em 2014. O número de vagas anunciado, porém, é inferior à necessidade das unidades regionais de fiscalização agropecuária, afirma o dirigente. Segundo a Afagro, pelo menos 70 postos ficarão abertos após o abandono da função por parte de servidores que solicitaram exoneração e, nos últimos anos, muitas inspetorias de defesa agropecuária foram fechadas devido à falta de profissionais “Mesmo com o concurso, grande parte das inspetorias vai seguir sem veterinário”, diz Alves. (Correio do Povo)

Redução do poder de compra já prejudica até o leite longa vida

Expectativa é que as vendas do produto, básico, amarguem diminuição de até 10% neste ano

Com a queda do poder de compra em tempos de inflação e alta taxa de desemprego no país, é comum que o consumidor tire produtos da lista de supermercado. Os reflexos de cenários como esse costumam bater rapidamente na porta da cadeia de lácteos, sobretudo nas vendas de itens como iogurte ou creme de leite, mais caros e considerados descartáveis para as faixas de renda mais baixas em época de vacas magras. O que chama a atenção agora, entretanto, é que mesmo o leite UHT — a commodity do segmento — também começa a ser deixado de lado. 

“Em [muitos] anos conversando com indústrias, nunca tinha ouvido falar em retração de vendas de leite longa vida como ouço agora”, diz Rosana de Oliveira Phitan e Silva, pesquisadora do Instituto de Economia Agrícola (IEA), ligado à Secretaria da Agricultura de São Paulo. A indústria projeta que o volume comercializado será de 8% a 10% menor que os 6,9 bilhões de litros vendidos em 2020, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Lácteos Longa Vida (ABLV).

Os números definitivos sairão apenas no ano que vem, mas o recuo “é um fato”, afirma Laércio Barbosa, presidente da entidade. A tendência de retração intensificou-se no segundo semestre. “Vimos queda apenas em 2018”, lembra ele. Foi quando a greve dos caminhoneiros prejudicou o transporte de leite e afetou a comercialização — ainda assim, a queda naquele ano foi de apenas 2%.

O esfriamento das vendas de leite UHT e a troca por marcas mais baratas, outro comportamento identificado pelo IEA, criam mais desafios à cadeia produtiva, que precisa planejar os próximos passos em cenário de escalada inflacionária e com um horizonte nebuloso para ferramentas importantes de apoio aos mais pobres. O Auxílio Emergencial, reforça Phitan e Silva, contribuiu para que muitas famílias mantivessem o consumo de bens como o leite.  

Fim de ano
A tendência, em cada fim de ano, é de alta dos preços de carnes, leite e derivados. Mas, em um ano atípico como este, especialistas afirmam que não há muito espaço para isso. “Os preços já estão elevados. Mesmo que a inflação suba menos em 2022, não há perspectiva de recuo. Isso porque há custos represados [na cadeia produtiva] que sequer foram repassados”, afirma Guilherme Moreira, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe.  

Para o consumidor, o leite longa vida subiu 6% entre janeiro e outubro, apontou o IPC-Fipe no último relatório com dados mensais. Já o grupo de derivados lácteos, que reúne iogurte, manteiga, queijos, requeijão, entre outros produtos, aumentou quase 14% no mesmo período. A margarina, por exemplo, ficou 25% mais cara, e o queijo fresco acumula alta de 22% desde janeiro.  

Insumos mais caros
O aumento nas gôndolas reflete o encarecimento dos insumos desde o campo. Nas fazendas, o milho, um dos principais componentes de alimentação do rebanho, subiu 56,5% desde o ano passado — para o cálculo, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) comparou as médias de preços no período entre os meses de janeiro e outubro de 2020 e de 2021. Com isso, o litro de leite vendido pelo agricultor para a indústria sofreu reajuste real de quase 21% de um ano para o outro, para R$ 2,24 no campo (média Brasil) — os dados são deflacionados. A indústria vem praticando repasses nos três principais grupos de produtos observados pelos pesquisadores em São Paulo, um mercado formador de preços. Porém, apesar da alta real média de 21% da matéria-prima no campo, o reajuste do leite UHT no atacado foi de 2,8%, o da muçarela chegou a 3,1% e o do leite em pó, 10%, consideradas as médias do mesmo período (também dados reais). “Apesar dos reajustes, nenhum elo da cadeia conseguiu ainda repassar a alta dos custos de produção”, resume Natália Grigol, pesquisadora do Cepea. 

Repasse limitado
A indústria conseguiu repassar um pouco mais até julho. “Mas a situação se deteriorou a partir de agosto, pressionando mais as margens”, diz Grigol. Além do leite cru, também subiram energia, combustíveis e embalagens. Sem espaços para novas altas, o foco da indústria é reduzir custos. A Embaré, que anunciou em outubro sua fusão com a Betânia — o acordo está em análise no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) —, conta nesse sentido com o apoio de sua Comissão Interna de Conservação de Energia, equipe multidisciplinar criada há alguns anos e que ganhou força em 2020.  

“Trabalhamos o tempo todo para reduzir gastos de energia, de água e outros produtos”, afirma Vinícius Rezende, diretor industrial da companhia. Em outra frente, a da otimização de ganhos, a Embaré opera em estratégia de curtíssimo prazo desde março do ano passado. Isso quer dizer que a decisão sobre o destino do leite captado — quanto do volume vai para as linhas de UHT, requeijão, iogurtes ou outras — é tomada mês a mês. Antes da pandemia, as definições aconteciam em médio ou longo prazos. A Embaré, vale ressaltar, trabalha com ao menos 80 tipos de produtos. Laticínios com menos opções no portfólio enfrentam maiores desafios para obter resultado em períodos como esse. 

"Tempestade perfeita"
O mercado externo, um escape para as indústrias quando o consumo interno está mais fraco, também apresenta dificuldades, de logística. Pelos desafios em tantas frentes, Rezende classifica o momento como uma “tempestade perfeita”. “Mas o mercado se ajeita”, afirma. A busca pelo ajuste em custo continua. Após a chegada da safra de leite no país, em setembro, o preço da principal matéria-prima começou a ceder. “Mas a safra é apenas um elemento agora. A queda do consumo tem deixado as indústrias estocadas e isso é que afeta o comportamento de preços pagos ao produtor”, avalia Grigol, do Cepea.  
Não parece haver horizonte azul em curto prazo para os elos da cadeia. Mas é conhecida a resiliência dos laticínios, que diversificam linhas em busca de consumidores, queimam margens para mantê-los e, entre suas estratégias, ao menos desde 2014 lidam com os efeitos do esfriamento da economia sobre os seus negócios, já que boa parte dos lácteos é sensível aos efeitos da perda de renda. Com isso, uma nova onda de fusões pode mover esse mercado. 




Conab realiza leilões para aquisição de 196 toneladas de alimentos para serem doados a comunidades em insegurança alimentar

Insegurança alimentar - Nesta segunda-feira (29), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizará leilões para a aquisição de aproximadamente 196 toneladas de alimentos que serão posteriormente doados a comunidades em situação de insegurança alimentar.

A compra desses produtos atende demanda do Ministério da Cidadania e os recursos estão previstos no Termo de Execução Descentralizada (TED) nº 05/2021, firmado entre a Conab e o Ministério, e que prevê a entrega de alimentos para pessoas em situação de vulnerabilidade dos estados do Maranhão e Espírito Santo.

São ao todo nove editais para a aquisição de produtos como arroz (88,9 toneladas); feijão (35,6 toneladas), fubá de milho (5,1 toneladas); flocos de milho (3,8 toneladas); farinha de mandioca (17,8 toneladas); óleo de soja (8,9 toneladas); açúcar cristal (17,8 toneladas); macarrão (8,8 toneladas); leite em pó (8,9 toneladas); além de 9.335 unidades de embalagens (capas de fardos) para armazenar os produtos.

Os leilões serão realizados na modalidade “viva-voz”, com utilização do Sistema Eletrônico de Comercialização da Conab (SEC) em Brasília/DF, com interligação das Bolsas de Cereais, de Mercadorias e/ou de Futuros.

Dentre as exigências constantes no edital, os participantes devem estar cadastrados perante a Bolsa por meio da qual pretendam realizar a operação e estar em situação regular no Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf). O período para entrega do produto, sem cobrança de multa, será até o dia 29 de dezembro de 2021. (Conab)

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