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22/11/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 22 de novembro de 2021                                                  Ano 15 - N° 3.545


A tarefa de cuidar da qualidade do leite

Profissão Agro: PAULINE CICHELERO Bióloga, supervisora de qualidade da Santa Clara

A pecuária de leite sempre foi algo familiar a Pauline Cichelero. Filha de produtores de Carlos Barbosa, cresceu vendo de perto a atividade e sabia que era nesse ambiente que queria ter uma profissão. Formada em Biologia e com pós-graduação em Gestão de Qualidade, acabou fazendo carreira na cooperativa Santa Clara, onde hoje é supervisora de qualidade de laticínios da marca. Pelas mãos da sua equipe passa a garantia de que todo produto está à altura das exigências sanitárias e do consumidor. Confira um pouco do caminho trilhado por ela até chegar à posição atual.

Qual o papel do supervisor de qualidade na indústria de leite?
Comecei na Santa Clara na indústria de leite longa vida. Na época, cursava Biologia. Em 2009, formada, surgiu oportunidade de ser encarregada de laboratório, área que gosto muito. Três anos depois, a supervisão de lácteos, que tem a parte de laboratório e o controle de qualidade dentro da indústria, a verificação de boas práticas. Acompanhamos análises, procedimentos, documentação. Diariamente, passo por indústria, laboratório, olho análises. Com a equipe de suporte, faz-se inspeções, avaliações, para ver se o produto está nos padrões.

E que padrões são esses?
Tem o que é determinado pela legislação, critérios auditados pelo Ministério da Agricultura. E temos de atender à Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A outra parte são padrões internos, formato, condição, desde o recebimento do leite. São muitas pontas, esse é o maior desafio. Precisa ter pessoas de confiança, que fazem o trabalho permanentemente. A qualidade carrega o nome da marca.

E a formação em Biologia, como se encaixou na carreira?
A atividade rural em geral me atrai. Teria gostado de Medicina Veterinária, mas na época não tinha acesso. Optei pela Biologia e gostei muito da faculdade. Me encanta muito também a parte da natureza, de estar perto dos animais.

Que habilidades são necessárias para atuar na sua área?
Na parte de laboratório, precisa ser muito detalhista, porque, como toda análise tem um procedimento, se fizer a dosagem de um reagente a mais, isso interfere no resultado. Então, é preciso ter olho crítico. Hoje, na minha função, tem toda a parte de gestão, administração.

Como avalia as oportunidades para mulheres no agro?
Elas têm muito potencial. Precisam acreditar mais nelas e se expor mais, mostrar o que sabem fazer e também buscar o crescimento, querer, se esforçar. Internamente, onde trabalho, sempre tive oportunidades. (Zero Hora)
 

Robô leiteiro e bem-estar animal | a alimentação láctea é boa para si

A ordenha robotizada é uma tecnologia que está em desenvolvimento há cerca de 25 anos e pode atingir altos níveis de eficiência na utilização dos recursos, com impacto positivo na qualidade de vida e nas condições de produtividade das pessoas que trabalham na exploração leiteira, no ambiente e no bem-estar animal.

Uma sala de ordenha robotizada permite horários de trabalho mais flexíveis, menos desgaste físico e a qualificação de tarefas que são reavaliadas: uma sala de ordenha de precisão requer a profissionalização da sua gestão. Além disso, numa altura em que se está a tornar essencial atrair os jovens para o sector leiteiro, a robótica aplicada à ordenha oferece às novas gerações tecnologias em linha com os seus padrões sócio-culturais, o que constitui um apelo à permanência ou ao início da actividade.

Um cubículo aberto que a vaca entra sempre que necessita de ser ordenhada, onde ainda mantém contacto visual com o seu grupo (para eles isto é fundamental) e onde lhe é oferecida ração e água fresca enquanto um braço robótico lava, desinfecta e ordenha cada tetina enquanto recolhe dados que são processados numa análise exaustiva de cada uma, permitindo ao produtor reduzir custos, ser mais eficiente na detecção de doenças e estro, e o mais importante, permitindo às vacas produzir até 10% mais leite.

Mas o que faz com que as vacas produzam mais? Uma sala de ordenha robotizada proporciona acima de tudo o bem-estar animal. Ao eliminar o stress, conseguimos uma manada calma e controlável. Todos eles usam uma coleira com um chip ligado a um computador que recolhe muita informação sobre a sua produtividade e saúde, permitindo a detecção imediata e atenção a qualquer exigência individual. Entram voluntariamente para serem ordenhados sempre que desejam, de acordo com a fase de lactação em que se encontram, o que lhes traz um alívio sem demora, desfrutando de uma liberdade que lhes garante maior conforto e aumentando assim a sua capacidade.

O robô trabalha sozinho, mas envia alertas para os telemóveis dos operadores se algo não estiver bem com algum animal, para que o rebanho, a capital principal da exploração leiteira, nunca seja negligenciado. Há um mundo desconhecido e maravilhoso por detrás de cada porção de laticínios que chega à sua mesa! (Edairy)



Danone para mudar a fábrica de lacticínios para Alpro, com base em plantas, como regime alimentar 

A Danone francesa, a maior fabricante mundial de iogurtes, planeia mudar uma das suas grandes fábricas francesas para bebidas à base de plantas no próximo ano, numa aposta em alternativas de leite não-lácteo de crescimento rápido.

A Danone francesa, a maior fabricante mundial de iogurtes, planeia mudar uma das suas grandes fábricas francesas para bebidas à base de plantas no próximo ano, numa aposta em alternativas de leite não-lácteo de crescimento rápido.

A Danone disse num comunicado na quarta-feira que investirá 43 milhões de euros (49 milhões de dólares) em 2022 para converter a sua fábrica leiteira Villecomtal-sur-Arros no sul de França num local de produção de bebidas principalmente à base de aveia para a sua marca Alpro.

Isto segue-se a um investimento de 16,5 milhões de euros este ano na sua fábrica de Alpro em Issenheim, no leste da França.

Danone, proprietária das marcas Evian water e Activia yoghurt, disse que o mercado francês de alimentos à base de plantas triplicou em sete anos e deverá crescer mais 50% até 2025.

“Observamos o interesse dos consumidores em receitas à base de plantas, que são uma solução simples para aqueles que querem uma dieta mais variada e diversificada”, disse François Eyraud, da Danone France.

A fábrica será convertida no Outono de 2022 e produzirá as suas primeiras bebidas de marca Alpro a partir do segundo trimestre de 2023.

A Danone adquiriu a Alpro em 2017 através da sua aquisição da WhiteWave, produtora americana de alimentos orgânicos, no valor de 12,5 mil milhões de dólares, ao tentar capitalizar as tendências alimentares mais saudáveis.

Em Fevereiro, a Danone concordou em comprar a empresa americana Earth Island especializada em alimentos vegetais, num acordo que a ajudaria a atingir o objectivo de gerar 5 mil milhões de euros (6,1 mil milhões de dólares) de vendas a nível mundial até 2025. ($1 = 0.8839 euros) (Edairy)
 
 

 Jogo Rápido

Bovinocultura de leite é tema de reunião técnica em Pouso Novo, diz Emater/RS
A Emater/RS-Ascar e a Secretaria de Agricultura de Pouso Novo realizaram na quinta-feira (18), no CTG Tropilhas da Serra, uma reunião técnica sobre bovinocultura de leite. Na ocasião, os cerca de 40 participantes acompanharam palestras e práticas sobre manejo de milho e produção de silagem de qualidade e sobre regulagem e manutenção de máquinas ensiladoras - com o apoio de representantes da Emater/RS-Ascar, em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e da John Deere. Responsável pela palestra sobre Boas Práticas para a Produção de Silagem de Qualidade, o extensionista da Emater/RS-Ascar Martin Schmachtenberg salientou os benefícios da silagem, que permite a manutenção de mais animais por área e o armazenamento de grande quantidade de alimento de adequado valor nutritivo, garantindo a produção de leite em períodos críticos. "Além de possibilitar o balanceamento econômico da dieta para os animais", enfatiza. Em sua manifestação, abordou ainda todas as etapas do plantio, indo desde a importância da análise de solo, passando pela escolha das variedades, manejo, controle de pragas e ponto correto de colheita e de corte. Sobre a regulagem das ensiladeiras, Schmachtenberg, junto com representantes da John Deere, lembrou a necessidade de proceder com a regulagem três vezes ao dia, para que haja a garantia da padronização das partículas. A atividade foi finalizada com debate sobre processo de ensilagem, conservação e retirada das forragens. Participando da atividade, o gerente regional da Emater/RS-Ascar, Cristiano Laste, reforçou a importância da tecnificação da atividade, já que há uma exigência maior de profissionalismo na bovinocultura de leite também por causa dos custos de produção. "Em muitos casos são pequenos detalhes que podem fazer a diferença", ponderou. (Página Rural)
 
 

 

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