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26/10/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 26 de outubro de 2021                                                      Ano 15 - N° 3.528


Com crise de custos, valor de referência do leite fica em R$ 1,6463 no RS

O valor de referência do leite projetado para outubro no Rio Grande do Sul é de R$ 1,6463, 4% abaixo do consolidado de setembro (R$ 1,7149). A redução – divulgada em reunião do Conseleite nesta terça-feira (26/10) – reflete um mercado de consumo em que o repasse de preços no varejo não acompanha a elevação de custos do setor. Segundo o coordenador do Conseleite, Alexandre Guerra, enquanto o aumento acumulado nos custos industriais é de 33%, a reposição de preço do leite ao varejo foi de apenas 12,8% nos últimos 12 meses. “É uma conta que não fecha”, justificou. Consciente que o setor está entrando em um momento delicado, o dirigente informou que, em 2021, a indústria vem trabalhando sem margens e que é preciso repassar algo ao varejo.

A Fetag indica que a situação dos produtores é crítica. No comparativo de setembro de 2020 com setembro de 2021, a ração subiu 26,5%, o diesel, 65%, e a ureia e os fertilizantes, 120%. O vice-coordenador do Conseleite, Rodrigo Rizzo, argumentou que as dificuldades de rentabilidade do setor são enfrentadas tanto por indústrias quanto por produtores. Para amenizar a situação, os produtores clamam que se busque novos mercados, principalmente no exterior de forma a diminuir a dependência e a volatilidade que se tem em relação ao mercado interno. “Nosso foco é tirar a produção do país e fortalecer as campanhas de consumo em um momento em que, sabidamente, temos uma dificuldade de poder aquisitivo da população”, frisou Rizzo. A preocupação é com um movimento de desinvestimento no campo que resulte em aplicação de menos tecnologia e, consequentemente, menor oferta de leite nos próximos meses.

Apesar de as exportações brasileiras de leite terem crescido 30% de janeiro a setembro de 2021, Guerra argumenta que ainda há muito a expandir uma vez que somos um país importador em nossa balança comercial. Segundo ele, as indústrias vêm prospectando mercados, mas esse trabalho exige ações constantes. Além disso, é essencial que o governo apoie medidas para tornar o leite brasileiro ainda mais competitivo e, com isso, limitar a entrada de cargas de outros países do Mercosul. “Tem existido exportação, mas ainda somos importadores porque o mercado interno remunera melhor do que o externo. É preciso construir as habilidades para acessar esses clientes”, ponderou Guerra.

Segundo o professor da UPF Marco Antonio Montoya, responsável pela pesquisa do Conseleite, o impacto negativo da inflação na economia é preocupante, principalmente, nos setores da produção de alimentos. “Isso é uma questão que demora para se resolver porque são cadeias produtivas”. Apesar do cenário, ele informou que, na análise de longo prazo, o leite está valorizado. Considerando a inflação do período, o valor médio de referência do leite em 2021 está em R$ 1,6332, o maior da série histórica do Conseleite. (Assessoria de Imprensa Sindilat)


Conseleite/PR

A diretoria do Conseleite-Paraná reunida no dia 26 de Outubro de 2021 atendendo os dispositivos disciplinados no Capítulo II do Título II do seu Regulamento, aprova e divulga os valores de referência para a matéria-prima leite realizados em Setembro de 2021 e a projeção dos valores de referência para o mês de Outubro de 2021, calculados por metodologia definida pelo Conseleite-Paraná, a partir dos preços médios e do mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes.

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,50% de gordura, 3,10% de proteína, 500 mil células somáticas/ml e 300 mil ufc/ml de contagem bacteriana.

Para o leite pasteurizado o valor projetado para o mês de Outubro de 2021 é de R$ 3,3716/litro. Visando apoiar políticas de pagamento da matéria-prima leite conforme a qualidade, o Conseleite-Paraná disponibiliza um simulador para o cálculo de valores de referência para o leite analisado em função de seus teores de gordura, proteína, contagem de células somáticas e contagem bacteriana. O simulador está disponível no seguinte endereço eletrônico: www.conseleitepr.com.br. (Conseleite/PR)

 

Conquista para o Leite A2: benefícios podem constar no rótulo

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reconheceu as propriedades do leite A2 e agora esta informação pode constar no rótulo dos produtos. O leite A2 é proveniente de vacas com o genótipo a2a2 e não possui a proteína betacasomorfina-7 (BCM-7), responsável por desconforto digestivo em pessoas que possuem alergia a esta proteína.

Segundo Roberto Jank Jr., vice-presidente da ABRALEITE e coordenador da comissão da entidade sobre leite A2, "o leite A2 tem ainda a mesma betacaseína do leite materno, o que facilita a adaptação das crianças na transição do leite da mãe para o leite de vaca”, informa.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) autorizou a comercialização do leite A2 em 2018, mas ainda não havia a autorização para a inclusão das informações sobre digestão nos rótulos. Em outubro de 2019, o Mapa autorizou os produtores de leite A2 a usar a expressão "leite de vacas a2a2", porém ainda sem a informação oficial da Anvisa.

A conquista veio principalmente devido às solicitações da Associação Brasileira de Produtores de Leite (ABRALEITE). Agora, de acordo com a Resolução 3.980 (20.10.2021), os rótulos poderão conter a frase “Leite produzido a partir de vacas com genótipo a2a2”. A Anvisa também autorizou alegação de funcionalidade com a frase: “O leite A2 não promove a formação de BCM-7 (betacasomorfina-7), que pode causar desconforto digestivo”.

Segundo Geraldo Borges, presidente da ABRALEITE, "esta informação no rótulo é extremamente importante pois representa o reconhecimento da Anvisa às qualidades digestivas do leite A2 e esclarece os consumidores, que agora encontram no rótulo uma informação oficial sobre os benefícios do produto A2".

Em entrevista ao Valor Econômico, Jank ressaltou que o mercado de leite A2 tem crescido rapidamente em países como China e Estados Unidos, que usam a matéria-prima em fórmulas infantis. Em 2020, esse segmento foi avaliado em US$ 8 bilhões, com perspectiva de alcançar até US$ 25 bilhões em todo o mundo, segundo projeção recente da consultoria Precedence Research. A cifra é considerada “consistente” pelo empresário. No Brasil, esse nicho é estimado em R$ 100 milhões, ou 1% do total do segmento de leite. (Este conteúdo foi escrito pela Equipe MilkPoint, com informações do Valor Econômico e da ABRALEITE)


 Jogo Rápido

Produtos terão os Selos Brasileiros

Os 88 produtos nacionais com registro de Indicação Geográfica poderão utilizar os Selos Brasileiros como referência em todo o território nacional a partir de novembro. A iniciativa, do Ministério da Economia e Instituto Nacional da Propriedade Industrial, em parceria com o Ministério da Agricultura e Sebrae, busca obter maior reconhecimento e valorização desses produtos. Entre os beneficiados estão queijos, cafés, vinhos e cachaças elaborados em regiões específicas. (Correio do Povo)


 

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