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08/06/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre,  08 de junho de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.481


Aliança Láctea Sul Brasileira: Programa que incentiva exportação de lácteos ganha força no Sul

Uma das grandes pautas do setor lácteo brasileiro, as exportações vão ganhar novo estímulo com o desenvolvimento do Peiex (Programa de Qualificação para Exportação) oferecido pela Apex-Brasil para que as empresas do setor iniciem a sua preparação para ingressar no mercado internacional com seus produtos. Em reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira na manhã desta terça-feira (8/06), o analista de qualificação e competitividade da Apex Brasil, Laudemir Müller, explicou que a iniciativa que busca despertar a ideia da exportação, qualificar e preparar as empresas para que elas possam olhar para o mercado internacional existe há mais de 10 anos e, no ano passado, foi criado um núcleo voltado exclusivamente ao setor lácteo. O encontro virtual contou com a participação de Alexandre Guerra, 1° vice-presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) e de Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat/RS.

De acordo com o dirigente, já foi lançado um edital para a Região Sul e, em Porto Alegre, a Unisinos ficará responsável pelo programa Peiex voltado ao setor. “A próxima fase será buscar equipe especializada em laticínios e, após, vem a parte do treinamento, o repasse de conteúdos e de análises de mercado para que possamos prestar esse atendimento que é totalmente gratuito”, destacou. Müller informou que a expectativa é atender individualmente a 25 laticínios que queiram ingressar no mercado internacional, pontuando que o tempo de atendimento prestado às empresas pode variar de 4 a 6 meses, dependendo do perfil do estabelecimento. Antes de lançar o edital para o Sul, a Apex consultou os três sindicatos que representam as indústrias lácteas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, a fim de saber se havia público interessado na iniciativa. “Prontamente tivemos 20 empresas interessadas, o que nos encorajou a lançar o projeto”, afirmou.

Na mesma linha de incentivo à cultura exportadora na cadeia produtiva, a Comissão Nacional da Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) mantém o programa Agro BR, que prioriza a internacionalização de pequenos e médios produtores. “Neste programa, o leite é um dos setores prioritários ao mesmo tempo em que se mostra desafiador do ponto de vista da mobilização para que os negócios aconteçam, apesar das inúmeras oportunidades existentes”, pontuou Camila Sande, coordenadora de Promoção Comercial da CNA. Segundo ela, são várias as iniciativas que rodam atualmente visando à exportação, no entanto, ela alerta que é preciso sistematizar os interessados em participar, visando foco no objetivo no mercado externo. Para municiar as entidades sobre o que o programa oferece, Camila pontuou ser importante que as entidades do setor se envolvam ainda mais nesta questão como forma de contribuir com o engajamento das empresas no programa. “Podemos oferecer a elas consultoria, seminários virtuais, treinamento, assistência técnica, capacitação voltada aos mercadores exportadores, rodadas virtuais de negócios, além de informar sobre as especificidades de cada mercado, modelos de entrega, escopo territorial, custos e outras informações que fazem parte de todo esse processo", elencou.

Na reunião desta terça-feira, a Aliança Láctea também abordou o cenário atual das importações de produtos lácteos, com informações trazidas por Fernando Pinheiro, analista econômico da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB). De acordo com dados do Ministério da Economia atualizados até maio, ingressaram no Brasil no mês passado 8.400 toneladas de produtos, um aumento de 15% em volume sobre abril último, mas bem abaixo dos patamares verificados no primeiro trimestre do ano.“Apesar disso, os volumes verificados até agora estão 60% abaixo da média histórica para os meses de maio”, informou Pinheiro. A Argentina responde por 51,5% da origem dos produtos importados, enquanto o Uruguai, em segundo lugar, por 37,6%. Segundo ele, os valores pela cesta de lácteos começam a subir, estando em uma média de US$ 3.240 por tonelada. Por outro lado, destacou, que as exportações acumuladas em 2021 estão 38% acima das registradas em 2020.

Outro tema abordado na reunião setorial foi o fatiamento da Reforma Tributária em curso, o que pode atingir em cheio o setor lácteo, segundo alertou o deputado federal gaúcho Alceu Moreira, presidente da Subcomissão do Leite da Câmara Federal. O tema foi explanado pelo consultor da Câmara Setorial do Leite, Marcelo Martins. De acordo com ele, a unificação de impostos em uma única contribuição – a Contribuição Sobre Bens e Serviços (CBS) fará com que retorne a tributação sobre insumos utilizados na pecuária de leite que atualmente têm alíquota zero, tais como adubos, corretivos, defensivos, sementes, vacinas, sêmens e embriões e farelo de soja. “Acreditamos que a Reforma Tributária é importante sob o ponto de vista da simplificação, da transparência e da justiça tributária, mas, pelo o que está sendo proposto, e analisando o setor agro, a medida em que avançar o fatiamento da reforma, esse pilares não atingirão êxito junto ao setor primário”, afirmou. Segundo o consultor, a criação da CBS, que traz junto o estorno do crédito presumido, implicará em perda de competitividade ao setor e incentivará as importações, sobretudo dentro do Mercosul, onde se mantém a alíquota zero para itens da cesta básica. “Teremos aumento da carga tributária no país que se reverterá em elevação de custos da ordem de 12,5%. Esse impacto não atingirá o produtor de fora e dará maior competitividade a eles se tivermos que estornar créditos”, destacou Martins.

O dirigente enfatizou que o momento é oportuno para que os sindicatos e entidades que representam o setor se articulem e agendem reuniões com formadores de opinião em Brasília para que pontos importantes para o setor lácteo sejam analisados e incluídos na pauta da reforma, sob pena de colocar em risco a competitividade da cadeia. A luta passa por manter o produtor rural como não contribuinte do IBS/CBS, manutenção dos itens da cesta básica sujeitos à alíquota zero e não isentos, não incidência de imposto seletivo sobre alimentos, crédito presumido com alíquota que garanta a não cumulatividade na cadeia produtiva, garantia de uso de todos os créditos na aquisição de insumos e serviços e rápida restituição dos créditos (exportação, ordinários, investimento e na transição). (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


Definição da Expointer em discussão

Evento deve ser confirmado, mas data e formato dependem da evolução da situação sanitária

Confirmada pelo governo do Estado, a próxima edição da Expointer ainda não tem um formato definido. O futuro da exposição em meio à pandemia da Covid-19 voltou a ser discutido pela secretária da Agricultura, Silvana Covatti, com as entidades co-promotoras nos últimos dias. Uma das alternativas é repetir o modelo do ano passado, quando as atividades foram transmitidas pela internet, com presença de público apenas no Pavilhão da Agricultura Familiar, em formato de drive thru. “Temos que definir o formato de acordo com a evolução da vacinação e do próprio vírus”, observa a secretária, que ressalta que o Rio Grande do Sul é o Estado com o maior índice de imunização. 

Uma das mudanças em discussão é a data de realização da feira. De acordo com Silvana, a intenção manifestada pelo governador Eduardo Leite é de que a feira ocorra no início de setembro. Tradicionalmente, a exposição tem início na última semana de agosto.

“Vamos fazer uma nova reunião com todas as entidades e bater o martelo”, prevê a secretária. 

Na edição do ano passado, a feira contou com 1.017 animais no Parque de Exposições Assis Brasil, entre ovinos, bovinos e equinos. A Feira da Agricultura Familiar levou ao local 55 empreendimentos. 

A posição da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac) é de que a Expointer seja realizada no mesmo formato do ano passado, porém sem descartar presença de público caso haja uma condição sanitária mais favorável. “Tudo o que vier melhor do que isso é ganho. Se conseguirmos ter mais gente no parque, ótimo”, afirma o presidente da entidade, Leonardo Lamachia. De acordo com ele, os números de animais e de criadores participantes deve ser maior que os de 2020. Mais de 20 associações já demonstraram interesse em participar da exposição. Lamachia afirma que, desde o ano passado, as pessoas aprenderam a conviver com as medidas sanitárias, o que pode incentivar a participação na feira. Quanto à data, a Febrac defende que o início da Expointer continue sendo no final de agosto. “A mudança de data impacta muito nos calendários das exposições e dos próprios criadores, que têm os seus remates de primavera”, justifica.

O presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no RS (Simers), Claudio Bier, diz que a entidade será parceira na organização do evento, mas discorda de uma possível mudança de data. Como a exposição tradicionalmente ocorre no final de agosto, as máquinas comercializadas eram entregues a tempo de serem utilizadas no novo ciclo das lavouras, na primavera. Para o dirigente, caso o evento ocorra em setembro vai prejudicar a venda de plantadeiras porque o agricultor ficará sem tempo para usar o equipamento. Segundo Bier, entre as empresas associadas ao Simers há aquelas que demonstraram interesse em participar da Expointer e outras que já informaram que não pretendem estar presentes. 

O coordenador da Comissão de Exposições, Feiras e Remates da Federação da Agricultura (Farsul), Francisco Schardong, considera que ainda é cedo para a entidade emitir um posicionamento sobre o formato da feira, mas ressalta que ela será parceira. “Vamos nos adequar ao que vai ser feito”, resume. (Correio do povo)
 





Brasileiro está comendo mais queijo na pandemia, mostra pesquisa

Os brasileiros aumentaram em 46% o consumo de queijo durante a pandemia. O dado consta em uma pesquisa encomendada pela Tetra Pak e a consultoria global de mercado Lexis Research. 

No entanto, não foram só os brasileiros que aumentaram o consumo de queijos neste período. A coleta dos dados foi realizada em março deste ano e ouviu 4.500 pessoas, em nove países: Brasil, Estados Unidos, Alemanha, Itália, Índia, Rússia, China, África do Sul e Turquia. Nos países asiáticos, o destaque para aumento no consumo foi a Índia (60%), seguida por China (41%) e Turquia, com crescimento de 54%. 

Conforme a pesquisa, a alta do consumo de queijos é explicada pela chegada da Covid-19, que mudou o comportamento da população. Com as pessoas passando mais tempo em casa, a oportunidade para o consumir o  alimento é maior, como ao assistir TV (36%) ou ao acompanhar uma bebida — como aperitivo (35%) ou em um lanche rápido (35%). 

No Brasil, a maioria (84%) consome queijo no café da manhã e como tira-gosto no fim de tarde (51%). (As informações são do Sistema Brasileiro do Agronegócio, adaptadas pela Equipe MilkPoint)

Jogo Rápido  

Live debate pontos para implantação do Programa Nacional de Apoio a Cadeia Leiteira
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, participou, nesta segunda-feira (7/6), de live promovida pela deputada federal Aline Sleutjes. Na transmissão, foram debatidos 18 tópicos para implantação do Programa Nacional de Apoio a Cadeia Leiteira, que visa desenvolver e incentivar a cadeia produtiva do leite. Os pontos debatidos foram levantados durante a realização do Fórum Nacional de Incentivo à Cadeia Leiteira, em 2020. Entre eles, estão a sanidade animal, reforma tributária, previsibilidade para o preço do leite, estímulos de consumo de lácteos, criação e importância de Conselhos Paritários do Leite (Conseleites), contratos entre produtores e empresas, importações e exportações de lácteos entre outros. "Temos um caminho longo pela frente, mas acho que com todas as medidas que estão sendo estudadas, algumas já implementadas, outras sendo tomadas, a gente vai achando o equilíbrio para essa cadeia", afirmou Tereza Cristina. A transmissão completa está disponível no Youtube. Clique aqui. (Assessoria de imprensa Sindilat/RS)


 

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