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15/04/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 14 de abril de 2021                                                         Ano 15 - N° 3.443


Os conselhos do "doutor seca" para o Estado

O extenso conhecimento rendeu a Donald Wilhite o título de "doutor seca". Professor e diretor emérito de Ciências Climáticas Aplicadas na Escola de Recursos Naturais da Universidade de Nebraska-Lincoln, atuou extensivamente no Brasil. É autor de livros e coordena projeto sobre o tema financiado pelo Bird. Abaixo trechos de entrevista à coluna.

Com base nos projetos que já desenvolveu, diria que faltam políticas públicas de enfrentamento à seca nos países da América do Sul ou são ineficientes?

Na sua maioria, países sul-americanos não têm políticas nacionais que são proativas e focadas na redução do risco da seca. Como parte de um projeto liderado pela Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, há alguns países da América do Sul que estão em estágios iniciais de desenvolvimento de políticas nacionais de combate à seca, como Paraguai, Bolívia e Equador.

Quais os maiores impactos da seca na produção?

A seca normalmente é o resultado da combinação de precipitações insuficientes e temperaturas acima do normal, que reduzem a produção. A dimensão dessa perda depende do momento em que ocorre, da intensidade da falta de umidade no solo, variação de temperatura e estágio de desenvolvimento. A seca afeta a eficácia de fertilizantes e nutrientes. A redução da produção se transfere à economia. Leva à perda de renda dos agricultores, que faz com que menos dinheiro seja gasto, menos impostos pagos e haja maior desemprego.

No Estado, estiagens são cíclicas. Ainda assim, há grandes perdas quando acontecem. É necessário mais preparação?

Com certeza. Alertas prévios ou sistemas de monitoramento e previsão mais acurada podem providenciar informação com antecedência, para que possam se adaptar para a seca em evolução. Enquanto secas podem ocorrer de tempos em tempos, não acontecem em ciclos. Então, não é eficaz supor que será um ano normal e esperar estiagem somente a cada cinco, sete anos. O momento em que acontecem é irregular e, nesta região, estão relacionadas com a ocorrência de fenômenos climáticos. É aí que a previsão pode ajudar. Os produtores também precisam fazer gestão da propriedade e determinar como se ajustar antes e durante a estiagem para reduzir riscos.

Em um país tão grande e de climas diferentes como o Brasil, como desenvolver uma política nacional de combate à seca?

Uma política nacional recomenda ou determina em que princípios estará focada a redução de risco. Isso é feito com a criação de uma comissão nacional, composta por líderes das principais agências/ministérios e stakeholders. O passo seguinte é a aplicação desses princípios na esfera estadual. É nesse nível que a política de enfrentamento à seca é ajustada ou adaptada à situação local e aos impactos mais significativos em razão da falta de chuva.

Como o produtor pode usar informações climáticas para a tomada de decisões?

Informações climáticas precisam ser customizadas para as necessidades dos produtores e para o momento certo. Isso significa que o desenvolvimento de ferramentas para o acompanhamento de clima deve ser feito de forma próxima aos produtores. É um processo em evolução.

Quais os benefícios do monitoramento, planejamento, mitigação e políticas de combate à seca?

Os benefícios primários são: melhor tomada de decisão, redução de impactos econômicos, sociais e ambientais, uma economia mais estável e melhorias da gestão de recursos naturais e financeiros e do ecossistema. (Zero Hora)


Conseleite/MG: Valores projetados para abril/2021

Conseleite/MG - A diretoria do Conseleite Minas Gerais reunida no dia 14 de Abril de 2021, atendendo os dispositivos disciplinados no artigo 15 do seu Estatuto, inciso I e de acordo com metodologia definida pelo Conseleite Minas Gerais que considera os preços médios e o mix de comercialização dos derivados lácteos praticados pelas empresas participantes, aprova e divulga: 

a) os valores de referência projetados do leite padrão, maior e menor valor de referência para o produto entregue em Fevereiro/2021 a ser pago em Março/2021. 
b) os valores de referência projetados do leite padrão, maior e menor valor de referência 
c) para o produto entregue em Março/2021 a ser pago em Abril/2021. 

Os valores de referência indicados nesta resolução para a matéria-prima leite denominada “Leite Padrão”, se refere ao leite analisado que contém 3,30% de gordura, 3,10% de proteína, 400 mil células somáticas/ml, 100 mil ufc/ml de contagem bacteriana e produção individual diária de até 160 litros/dia. Os valores são posto propriedade incluindo 1,5% de Funrural.  (Conseleite/MG)

 

Valor da Produção Agropecuária de 2021 deve ser 12,4% maior que 2020

A projeção do Valor da Produção Agropecuária (VBP) deste ano aumentou, em valores reais, 12,4% em relação ao de 2020, que somou R$ 940,9 bilhões. O valor absoluto previsto é de R$ 1,057 trilhão, o maior já obtido desde 1989.

As lavouras representam R$ 727,7 bilhões, e a pecuária, R$ 330,1 bilhões. O crescimento real deve chegar a 16,1% nas lavouras e 5,1% na pecuária, segundo levantamento da Coordenação-Geral de Avaliação de Política e Informação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

"Nos últimos três anos, soja e milho têm apresentado recordes sucessivos de faturamento. A soma dessas duas atividades resultou num valor 65,4% do VBP das lavouras. Em valores absolutos, a soja apresenta uma estimativa de R$ 345,9 bilhões e o milho, R$ 129,9 bilhões. A demanda interna e o comportamento dos mercados, dos Estados Unidos e da China, têm sido os principais responsáveis por esse crescimento", pontuou o departamento. 

 

Jogo Rápido 

Reino Unido – A produção de leite caminha para um recorde de alta
A produção de leite no Reino Unido começou abril 1,2% acima do previsto, com a média móvel dos últimos sete dias (encerrada em 3 de abril) ficando em 36,4 milhões de litros por dia. A expectativa era de que o pico seria atingido por volta de 9 de maio, com 37,8 milhões de litros de média móvel. Se os volumes continuarem aumentando à taxa de 1,2%, o pico ficará acima de nossa previsão e chegará a 38,3 milhões de litros em maio. Isto representa 500.000 litros dia acima da maior média alcançada em 7 dias da última década. O volume acima do previsto é uma preocupação nesta época do ano, especialmente, em algumas indústrias que já lidam com a capacidade máxima de produção. Entretanto, a onda de frio de 5 de abril em algumas regiões, deve amortecer os volumes. A questão é saber se isso será suficiente para que a indústria consiga se reorganizar para o próximo mês.  (Fonte: AHDB - Tradução livre: www.terraviva.com.br)

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