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01/02/2021

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 01 de fevereiro de 2020                                                  Ano 15 - N° 3.395


De olho no custo e no consumo

Cadeia produtiva do leite enfrenta o desafio de equilibrar as despesas altas com a possível oscilação da demanda dos consumidores que ficarão sem o auxílio emergencial
A cadeia leiteira, que inicia 2021 com preços melhores do que os registrados na largada de 2020, mas que é penalizada com altos custos de produção, está na expectativa para saber como se comportará o consumo das famílias brasileiras ao longo deste ano. Este ponto de interrogação surge a partir do fim do auxílio emergencial dado pelo governo federal, que ajudou a elevar o consumo de leite UHT e queijo muçarela entre as pessoas com menor poder aquisitivo, fator que pesou para firmar os preços da cadeia no ano passado. Mesmo com a entrada dos lácteos importados em volumes expressivos a partir de setembro de 2020, as cotações internas não despencaram. O valor projetado para o litro de leite em janeiro, pelo Conseleite, é de R$ 1,4391.

De forma geral, o secretário-executivo do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado (Sindilat), Darlan Palharini, avaliou 2020 como um ano de recuperação de margem de rentabilidade para o produtor de leite médio e grande e também para as empresas, apesar dos valores que tiveram que despender para se adequarem aos protocolos sanitários impostos pela pandemia do coronavírus.

Para 2021, Palharini imagina que a cadeia continuará impactada pelos custos produtivos. Por outro lado, diz enxergar mudanças na estrutura do setor, com a entrada de vacas mais jovens para lactação, depois de muitos produtores terem encaminhado para o abate animais com mais idade, um movimento puxado pelo preço do boi gordo. “Acredito que este descarte de animais, que aconteceria nos próximos anos, foi antecipado, e isto é positivo para melhoria do plantel”, aponta Palharini.

Para o vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag/RS), Eugênio Zanetti, a preocupação continua sendo com os custos de produção eabaixa disponibilidade de alimentação para o rebanho leiteiro, em função das estiagens de 2020, que reduziram a produção de silagem e pastagens.

Zanetti diz acreditar em estabilidade de preços ao produtor nos primeiros meses deste ano, já que uma redução não seria suportada pelos pequenos, que não tiveram uma boa margem de rentabilidade no ano passado. “Sobrou menos renda em 2020 do que em 2019”, calcula.

Além de torcer para que o consumo de lácteos no Brasil seja favorável neste ano, Zanetti diz que a cadeia espera menos importação de produtos e políticas de proteção aos agricultores familiares, a exemplo do que ocorre nos principais países produtores de leite. (Correio do Povo)


Oferta de leite aumenta em 2021, diz AHDB

Apesar da interrupção dos mercados de alimentos pela Covid-19 no início do ano, os mercados de lácteos se recuperaram rapidamente e permaneceram surpreendentemente robustos em 2020, de acordo com Patty Clayton, analista-chefe de laticínios do Conselho de Desenvolvimento Agrícola e Hortícola do Reino Unido (AHDB).

Isso resultou em um crescimento melhor do que o esperado nas entregas de leite, que são estimadas em um aumento de pouco menos de 4,9 bilhões de litros (1,7%) em 2020 em comparação com 2019. Pacotes de apoio do governo foram implementados na maioria das principais regiões produtoras de leite, protegendo o consumo de laticínios por meio de apoio à renda ou compras diretas. 

A União Europeia (UE) e a Argentina registraram taxas de crescimento muito mais altas do que o previsto, embora todas as regiões, exceto a Austrália, tenham superado as previsões. As últimas previsões continuam prevendo um crescimento no fornecimento global de leite para 2021, embora a uma taxa menor do que no ano passado. As expectativas de recuperação econômica e de retorno da demanda pelos foodservices à medida que as vacinas são lançadas estão sustentando esse crescimento. 

Os riscos de crescimento estão reduzindo as margens agrícolas na América do Sul e, potencialmente, reduzindo a demanda de importação da China. No total, estima-se que a produção de leite aumente em cerca de 1% em 2021, aumentando o fornecimento total em 3,1 bilhões de litros. (As informações são do Dairy Industries International, traduzidas e adaptadas pela equipe MilkPoint)

Mestrado em Saúde Animal com inscrições abertas

As inscrições para o processo seletivo da próxima turma de mestrado do Programa de Pós-graduação em Saúde Animal da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural estão abertas até 2 de abril, neste link. São oferecidas 10 vagas, divididas em 10 áreas de atuação. O início das aulas será em julho ou agosto de 2021, em data a ser definida.

O processo seletivo será feito por entrevista técnica, e o resultado final deve ser divulgado até o dia 4 de junho. O curso é ministrado no Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), em Eldorado do Sul. Todos os detalhes do processo seletivo estão dispostos no edital.

O Mestrado em Saúde Animal é direcionado a graduados das áreas de ciências agrárias, biológicas, biomédicas ou ambientais, com o objetivo de capacitar, atualizar e aprimorar esses profissionais em aspectos científicos e tecnológicos da área de saúde de animais de produção, focando nas demandas das principais cadeias produtivas da pecuária gaúcha. Para isso, os mestrandos poderão contar com a estrutura e a experiência do IPVDF, há mais de 70 anos uma referência mundial em pesquisa e diagnóstico, além de ser laboratório oficial do governo do Estado para os programas de defesa sanitária animal. As aulas serão presenciais e remotas durante a pandemia de Covid-19.

CALENDÁRIO
Inscrições: 1º de fevereiro a 2 de abril de 2021
Divulgação das inscrições homologadas e horários das entrevistas (por e-mail): até 9 de abril de 2021
Período de entrevistas: de 19 a 30 de abril de 2021
Divulgação do resultado do processo seletivo: até 28 de maio de 2021 
Prazo para recursos: até 24 horas após a divulgação do resultado 
Divulgação final dos selecionados: até 4 de junho de 2021 
Matrícula: 14 a 30 de junho de 2021 
Início das aulas: Julho/Agosto de 2021 (a definir)
As informações são da SEAPDR.


Jogo Rápido

Arrecadação sobe, apesar da pandemia
Mesmo com a pandemia, a arrecadação do ICMS de parte dos Estados em janeiro e fevereiro deve superar, em termos nominais, os valores arrecadados em igual mês de 2020. Rio Grande do Sul, Goiás, Pará, Alagoas e Mato Grosso estimam elevação de 10% a 20% com a receita de ICMS em janeiro. A arrecadação do mês reflete as vendas de dezembro, quando foi paga a última parcela do auxílio emergencial. Em fevereiro também deve haver crescimento da arrecadação, segundo o Receita Dados-RS, que mostra elevação de 13,1% em notas emitidas por 12 Estados em janeiro. (Valor Econômico)


 

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