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25/01/2020

Newsletter Sindilat_RS

Porto Alegre, 25 de janeiro de 2020                                                  Ano 15 - N° 3.390


Aumento de consumo e de produção 

De acordo com o engenheiro agrônomo e extensionista da Emater/RS, Jeferson Vidal Figueiredo, a agropecuária está em um momento importante, precisando melhorar as pastagens de inverno. “Trabalho há uns 10 anos com o trigo de pastoreio, e desde então observei junto aos pecuaristas de leite o desenvolvimento dessas pastagens bem manejadas para o gado”, comenta. 

Figueiredo comenta que o feedback que tem recebido de produtores que utilizam o trigo de pastoreio é positivo. “Um pasto bem manejado no inverno já dá um bom retorno, e no trigo parece que tem um retorno ainda melhor”, informa. “Parece que as vacas goram muito do trio. Não sabemos ainda quais os motivas, mas quando entra na pastagem elas tendem a buscar o trigo primeiro em relação à outras pastagens. Temos observado isso ao longo dos últimos anos”, conta. 

Outro ponto positivo para utilizar o trigo como alimento é que o grão é uma boa alternativa para tampar o vazio que existe nas propriedades. “Consigo entrar com ele no início de março. É uma alternativa para já ter pasto em abril”, menciona. Além disso, Figueiredo informa que o trigo oferece aos animais boa energia e alta proteína. “E se o produtor fizer uma nutrição balanceada conforme a vaca precisa, ele atinge níveis de produção satisfatórios e com um custo baixo”, informa. 

O engenheiro agrônomo afirma que, especialmente na região Sul, a pastagem de inverno com trigo é um grande benefício, uma vez que é uma pastagem de extrema qualidade, com alto teor de proteína e onde é possível corrigir a questão de energia. “Vemos vacas produzindo uma quantidade significativa de leite, com uma média de 50 litros de leite com baixo índice de concentrado”, diz. “A pastagem de trigo traz um resultado gratificante e com certeza com um retorno econômico para o produtor muito satisfatório”, assegura. (O presente rural)


Ganhos no quesito nutricional 

A pastagem de trigo traz algumas vantagens em relação a custo e qualidade nutricional em relação a outras matérias primas, garante o gerente de Nutrição Animal da Biotrigo Genética, Tiago de Pauli. “Hoje os produtores estão com bastante dificuldade na questão de alimento, volumes, contando migalhas de silagem produzida”, menciona. Uma boa alternativa, principalmente em questão de proteína, especialmente com a soja a altos valores, é a pastagem de trigo, comenta. “O trigo tem uma produção de alta biomassa, consegue produzir volume de pasto muito bom e vem entregando um teor de proteína superior a 27%, chegando a até 30% de proteína, o que é muito bom”, diz. 

O profissional assegura que isso permite que o produtor possa trabalhar dentro da dieta animal rações ou concentrados com menores teores de proteína, barateando de certa forma o custo com concentrado, porque existe uma necessidade menor de proteína. “O principal de tudo é que o pecuarista pode produzir proteína, que é o ingrediente mais caro da dieta na própria propriedade, fazendo um bom uso da tecnologia desses trigos, melhorando assim a rentabilidade dele no final”, afirma. 

Segundo Pauli, os produtores que utilizam o trigo tem relatado aumento no ganho de peso dos animais e de produção de leite, além da questão da velocidade com que o material permite a reentrada dos animais no piquete. “Nós sabemos que o animal tem preferencias de consumo, assim como nós. E hoje, dentro das pastagens as vacas tem tido fortes preferencias pelo trigo e pelo azevém, devido a palatabilidade desses produtos, que são, para o animal, de melhor gosto e que ele prefere comer”, comenta. Ele conta ainda que foi possível perceber que os animais que são deixados em pastagens de trigo permanecem mais tempo comendo, para depois se deitar. “Temos visto que a taxa de consumo aumentou bastante desde que os produtores começaram a trabalhar com a pastagem de trigo”, diz. 

O profissional conta que os benefícios da pastagem do trigo vão muito além do produtor. “Estamos em contato com empresas do ramo lácteo que também se beneficiaram com esse leite, que é um produto com mais gordura e maior teor de gordura no leite. A indústria está satisfeita com o que vem chegando dessas propriedades que utilizam a pastagem de trigo”, afirma. (O Presente Rural)

Leite/América do Sul

Depois de algumas semanas secas, chuvas moderadas retornaram nas principais bacias leiteiras e zonas agrícolas do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Essas precipitações beneficiaram o desenvolvimento do milho, da soja e aumentaram a umidade do solo.  

Apesar disso, o clima chuvoso prejudicou a produção de leite em algumas regiões por questões sanitárias. Entretanto, relatos de mastite são raros na maioria das fazendas leiteiras. Várias unidades estão produzindo menos leite do que o normal. As altas temperaturas do verão trazem desconforto para as vacas, que acabam diminuindo a produção.

Os preços atraentes da carne bovina incentivam alguns produtores de leite a venderem parte do rebanho para corte, reduzindo o tamanho dos rebanhos leiteiros.

Com a maioria das escolas fechadas, mais leite industrial de consumo foi transferido para a produção de queijo, iogurte e leite condensado. No entanto, de um modo geral, a oferta de leite tem sido menor do que a necessidade de processamento. A oferta permanece limitada, enquanto a demanda por manteiga/creme se fortalece, notadamente os fabricantes de sorvetes e sobremesas congeladas. No setor de processamento de alimentos, a demanda por leite e creme é limitada, diante das medidas de isolamento adotadas para evitar a proliferação da Covid-19. No varejo, entretanto, a demanda por produtos lácteos permanece grande.  (Fonte: Usda – Tradução Livre: Terra Viva)

 

Jogo Rápido

Casa Civil põe regras trabalhistas sob consulta
O ministro da Casa Civil, Braga Netto, pôs em consulta pública a minuta de um novo decreto para regulamentar a legislação trabalhista do país. A medida também pretende instituir o Programa Permanente de Consolidação, Simplificação e Desburocratização de Normas Trabalhistas e o Prêmio Nacional Trabalhista. O aviso da consulta foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) de quinta-feira. A proposta, de acordo com a própria página, que já está disponível, “revisa e consolida 31 decretos relativos à legislação trabalhista”. As sugestões poderão ser encaminhadas até o dia 19 de fevereiro diretamente pela plataforma “Participa Mais Brasil”, que é acessada pelo endereço eletrônico https://www.gov.br/participamaisbrasil/decreto-legislacao-trabalhista. Na página que está reunindo as sugestões da população há temas como denúncias de irregularidades e pedidos de fiscalização trabalhista, registro de controle de jornada, gratificação de Natal, trabalho temporário, vale transporte e mediação de conflitos, além de assuntos como licença-maternidade e paternidade, todos previstos na lei atual. No espaço é possível escrever, campo por campo, separadamente, sobre cada ponto abordado. Quanto ao Prêmio Nacional Trabalhista, o texto do Diário Oficial informa que este seria concedido pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia “com a finalidade de estimular a pesquisa nas áreas de Direito do Trabalho, economia do trabalho e auditoria do trabalho”. A mais recente reforma trabalhista foi sancionada em julho de 2017 pelo então presidente Michel Temer. Passou a vigorar em 11 de novembro daquele mesmo ano, revisando diversos pontos da Consolidação das Leis do Trabalho. (Correio do Povo)
 

 

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