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06/08/2020

 

Porto Alegre, 06 de agosto de 2020                                              Ano 14 - N° 3.279

Últimos dias para informar uso de nomes protegidos por Indicações Geográficas

Termina neste sábado (8) o prazo para que pequenos negócios comprovem que usam comercialmente, de boa-fé, alguns nomes protegidos por Indicações Geográficas (IG) da União Europeia, conforme estabelece portaria do Ministério da Agricultura. 

A portaria convoca uma consulta pública para verificar quem pode continuar a usar esses nomes, segundo o acordo firmando entre a União Europeia e os países integrantes do Mercosul, entre eles o Brasil. O SEBRAE/SC está auxiliando as empresas a realizarem esse processo de consulta pública no MAPA.

A Indicação Geográfica (IG) é um nome geográfico que identifica um produto ou serviço como originário de uma área geográfica delimitada quando determinada qualidade, reputação ou outra característica é essencialmente atribuída a essa origem geográfica.

Os seguintes nomes: Parmesano, Parmesão, Reggianito, Fontina, Gruyère / Gruyere, Grana, Gorgonzola, Queso Manchego, Grappamiel / Grapamiel, Steinhäger / Steinhaeger, Ginebra e Genebra utilizados isoladamente ou antecedido de gentílicos, ou simplesmente pela definição "tipo", estão submetidos a portaria.

O diretor técnico do SEBRAE/SC, Luc Pinheiro, explica que muitas nomenclaturas utilizadas em produtos de origem animal têm seu nome reconhecido como propriedade intelectual relacionado à indicação geográfica europeia. Assim, produtos comercializados no Brasil terão restrições no uso desses nomes, no entanto empresas constantes nos registros do MAPA que já utilizavam nomes de IGs europeias, continuadamente até 25/10/2017 ou 2012, dependendo do produto, poderão continuar utilizando-os. "Estamos apoiando na construção ou revisão destas respostas ao Mapa. Por isso, pedimos que os produtores procurem o Sebrae/SC que vamos auxiliar neste processo", reforça. Os empresários podem entrar em contato pelo alan@sc.sebrae.com.br.

A portaria disponibiliza a lista preliminar de usuários prévios já cadastrados no MAPA na página de Consultas Públicas Vigentes no portal eletrônico do ministério. Os demais usuários desses nomes com registros SIE e SIM, mesmo não registrados no Mapa, também podem submeter a análise do uso do nome, desde que atendam os critérios desta portaria. O Ministério ressalta que o objetivo é permitir a ampla participação de pessoas, físicas ou jurídicas, que, com a entrada em vigor do acordo entre os dois blocos, poderão ser obrigadas a deixar de fazer uso dos nomes em produtos comercializados. Além do Brasil, a medida também será aplicada na Argentina, Paraguai e Uruguai. O link para consulta do MAPA é https://bit.ly/2XzSi4q (Página Rural)

 
            

RS: Emater destaca ações de manejo reprodutivo dos rebanhos em Montenegro
Qualificar geneticamente os rebanhos leiteiro e de corte, com vistas a melhorar características produtivas, reprodutivas e de saúde, bem como a longevidade dos animais, é parte de uma ação de Extensão Rural e Social continuada que tem sido realizada desde o primeiro semestre deste ano no município de Montenegro. 

Trata-se, na realidade, de um trabalho pioneiro de manejo reprodutivo dos animais na região do Vale do Caí, com vistas a empoderar os agricultores para futuras tomadas de decisão no que diz respeito ao gerenciamento das propriedades, explica o extensionista da Emater/RS-Ascar Gustavo Krahl Vargas.

O atendimento é feito a produtores de bovinos de leite e de corte, sendo em ambos os casos realizado o diagnóstico reprodutivo dos animais e adotada a tecnologia conhecida como Inseminação Artificial em Tempo Fixo (Iatf), que, aliada ao acasalamento, representa uma melhoria do manejo como um todo. No caso das propriedades leiteiras, a ferramenta busca regular o intervalo entre partos, o que permitirá um escalonamento entre as parições. Nesse caso, devemos levar em conta o fato de que o bovinocultor de leite precisa manter certo padrão de produção durante todo o ano, salienta Vargas.

Além dessa uniformidade possibilitada pela redução do intervalo entre partos  o processo fica melhor sincronizado, a opção pelo sêmen de touros melhoradores, também conhecidos como provados, possibilitará a elevação no volume de leite produzido, com menos custos. De acordo com o extensionista, por reduzir o intervalo entre partos, o manejo reprodutivo também tem reflexo na vida produtiva dos animais. Isso, aliado a outras ações, como ajuste de dieta e cuidados com a higiene, resultará também em mais qualidade, explica.

No caso dos bovinocultores de corte, o Iatf possibilita estabelecer uma temporada reprodutiva, formando lotes de terneiros com idades e tamanhos mais uniformes. Essa sincronização e indução ao cio permitem que as vacas com cria ao pé sejam cobertas com sêmen de touros melhoradores ainda no início da estação de monta, o que eleva a taxa de prenhez, reduz o intervalo entre partos e padroniza o rebanho, observa Vargas. Outra vantagem para os criadores de corte é poder melhorar a genética, a partir do uso de raças mais apreciadas por criadores de terneiros, caso das europeias Angus e Hereford, além das sintéticas Brangus e Braford, buscando o melhor do peso dos animais, bom desenvolvimento e qualidade da carne.

Neste primeiro ano de atividades são atendidas cerca de dez famílias de agricultores das localidades de Muda Boi, Pesqueiro, Costa da Serra, Bom Jardim e Nova Estação, mas é um trabalho que certamente será ampliado para outros pecuaristas interessados nestas tecnologias, destaca o extensionista.

Uma das produtoras envolvidas nesta atividade é a jovem bovinocultora de leite Raquel Carolina Schu, da localidade de Bom Jardim. Com um rebanho de 32 vacas em lactação, espera melhorar a conformação e sanidade dos animais, o que também terá reflexo no volume de leite produzido. Além da possibilidade de ter, futuramente, animais mais fortes, mais longevos, mais férteis e com menos doenças, afirma a agricultora, que pretende continuar na atividade.

Mais informações podem ser obtidas no Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar, que atua em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) do Governo do Estado. (Página Rural)

EUA aprovou US$ 6,8 bi pra produtores afetados por Covid-19; US$ 1,3 bi para produção de leite

A Agência de Serviços Agrícolas (FSA, na sigla em inglês) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) aprovou até agora US$ 6,819 bilhões em pagamentos a produtores rurais afetados pela pandemia de Covid-19, de acordo com dados atualizados pela FSA na segunda-feira. A ajuda financeira total disponível é de US$ 16 bilhões.

Desde 26 de maio, a agência recebeu mais de 629 mil solicitações de ajuda. Até agora, a FSA aprovou pagamentos a mais de 499 mil produtores. Estes receberão 80% de seu pagamento total máximo após a aprovação do pedido. A parcela restante será paga posteriormente.

Do montante total aprovado até agora, US$ 1,794 bilhão foi para lavouras não especiais (soja, milho, algodão, etc.), US$ 269,6 milhões para lavouras especiais (frutas, vegetais, castanhas, cogumelos), US$ 3,442 bilhões para criadores de bovinos, suínos e ovinos e US$ 1,312 bilhão para produtores de lácteos. (As informações são do Estadão)

                

 
PIB do agro
De acordo com informações da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o resultado foi puxado principalmente pela atividade primária (dentro da porteira), que teve expansão de 11,67% nos cinco primeiros meses de 2020, por conta da alta de preços e da estimativa de aumento da produção. Nos outros segmentos da cadeia global do agronegócio, os serviços registraram alta de 4,51%, enquanto os insumos subiram 1%. A agroindústria foi o único a ter queda no acumulado, de 0,24%. No desempenho mensal, o PIB do agronegócio apresentou elevação de 0,78% em maio deste ano na comparação com o mesmo mês de 2019, com resultado positivo para os setores primário (3,08%), serviços (0,49%), insumos (0,17%) e recuo da agroindústria (-0,68%), reflexo dos impactos negativos da Covid-19, especialmente sobre a indústria agrícola. A alta de preços foi um dos fatores que impulsionou o PIB tanto da agricultura quanto da pecuária. No ramo agrícola, o crescimento foi de 2,51% nos cinco primeiros meses deste ano frente ao mesmo período de 2019. Destaque mais uma vez para o setor primário, com expansão de 15,17%. Milho, café, cacau, arroz, soja e trigo, todos com elevações superiores a 15% nos preços, foram as culturas que mais se destacaram. Na parte de produção, as maiores estimativas de safra são para: algodão, arroz, cacau, café, feijão, laranja, milho, soja, trigo e madeira para celulose.  (Agrolink)
 
 

 

 

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