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08/07/2020

Porto Alegre, 08 de julho de 2020                                              Ano 14 - N° 3.258

Venda de cimento cresce 24% em plena pandemia

Vendas do produto tiveram alta de 24,2% no mês passado, destinadas principalmente para obras de reformas residenciais e comerciais e de novos edifícios.

Depois de quatro anos de profunda depressão no consumo de cimento no país, e um 2019 morno, a indústria cimenteira já se preparava para mais um ano de crise, e desempenho no vermelho, com a chegada da pandemia da covid-19.
Surpreendentemente, em maio, as vendas do insumo reagiram bem. O que trouxe grande alívio ao setor foi, em grande parte, foi a autoconstrução - compra de material para reformas e ampliações de residências.

O fenômeno, como foi chamado, reviveu algo comum nos anos 80 e que durou até fim dos 90. Uma fatia expressiva do orçamento familiar, na faixa de 4,5%, era usada em gastos com reforma do lar. Baixou para menos de 1%.

Assim, as vendas de cimento em junho tiveram aumento de 24,2% ante o volume do mesmo mês de 2019. Foram comercializadas 5,2 milhões de toneladas, segundo os números divulgados ontem pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC).

“A covid-19 provocou uma série de mudanças nas nossas vidas, nos nossos hábitos e nas nossas prioridades. Para a indústria do cimento, a crise mostrou que o cuidado com a casa e o uso de reservas pessoais e investimentos para pequenas reformas, tão populares na década de 80, voltaram a fazer parte do orçamento familiar”, disse ao Valor o presidente do SNIC, Paulo Camillo Penna.

                  

Uruguai – Exportações de lácteos em junho foram as mais altas do ano

As exportações de lácteos deram um salto em junho e forma, em volume as mais altas do ano. Somaram 20.150 toneladas, quase 40% a mais que em maio e 37% acima das 14.679 toneladas exportadas em igual mês do ano passado. 

Em valor janeiro foi o mês com melhor desempenho e junho ficou em segundo lugar, com um faturamento de US4 58,17 milhões. 


 
A Argélia foi o principal destino. Os envios cresceram pelo segundo mês consecutivo, com 7.863 toneladas frente as 5.255 do mês anterior. Foi mais que o dobro exportado em junho de 2019, 3.533 toneladas. 

Também houve recuperação das vendas para o Brasil – o segundo maior destino – com 3.650 toneladas, frente as 2.706 toneladas do mês anterior, e foi o maior volume exportado para o país vizinho em 2020. Ainda assim, está 12% abaixo das 4.153 toneladas exportadas em igual mês do ano passado.

Quanto à China, não houve alteração entre maio e junho. Nos dois meses foram exportadas 943 toneladas, 16% menos em relação a junho de 2019. 

O leite em pó integral foi o principal produto exportado, com 13.395 toneladas, mostrando uma melhora mensal de 32% e interanual de 35%.

O preço de exportação registrou o terceiro mês consecutivo de queda, e a média de junho foi de US$ 2.887/tonelada, 4% menos que a média de US$ 3.021 registrada em junho de 2019.  (Blasina y Asociados – Tradução livre: Terra Viva)

Programa de emprego e renda vira lei

O Diário Oficial da União de ontem trouxe a publicação da Lei nº 14.020/2020, que instituiu o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda, como forma de diminuir os efeitos econômicos e sociais causados pela pandemia do Covid-19.

O texto, sancionado com 13 vetos pelo presidente Jair Bolsonaro, teve como base a Medida Provisória 936, editada no início de abril pelo governo e que foi aprovada pelo Congresso no mês passado, com algumas alterações.

A lei permite a suspensão temporária do contrato de trabalho por até 60 dias e a redução proporcional de salários e da jornada dos trabalhadores pelo período de até 90 dias. Esses prazos podem ser prorrogados. O objetivo é diminuir as despesas das empresas em um período em que estão com atividades suspensas ou reduzidas.

No caso de redução de jornada e salário em 25%, 50% ou 70%, o governo paga um benefício emergencial ao trabalhador para repor parte da redução salarial. As empresas podem optar ainda por pagar mais uma ajuda compensatória mensal a seus funcionários que tiveram o salário reduzido.

O benefício é calculado aplicando-se o percentual de redução do salário a que o trabalhador teria direito se requeresse o seguro-desemprego, ou seja, o trabalhador que tiver jornada e salário reduzidos em 50%, seu benefício será de 50% do valor do seguro desemprego ao que teria direito, se tivesse sido dispensado. No total, o benefício pago pode chegar até a R$ 1.813,03 por mês.

No caso de suspensão temporária do contrato de trabalho em empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões, o trabalhador receberá 100% do valor do seguro desemprego a que teria direito.

Para empresas com faturamento maior, o valor do benefício pago pelo governo será de 70% do seguro desemprego, enquanto a empresa pagará uma ajuda compensatória mensal de 30% do valor do salário do empregado.

O recebimento do benefício emergencial não alterará o valor do seguro desemprego a que o empregado vier a ter direito, caso seja dispensado. O funcionário também terá estabilidade no emprego pelo período equivalente ao acordado para a redução ou a suspensão. Caso ele seja dispensado antes, sem justa causa, a empresa deverá pagar uma indenização.

As medidas de redução ou suspensão do contrato de trabalho poderão ser celebradas por meio de acordo individual com empregados que têm curso superior e recebem até três salários mínimos, o equivalente a R$ 3.135, ou mais de dois tetos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou seja, salários acima de R$ 12.202,12.

Trabalhadores que recebam salários entre R$ 3.135 e R$ 12.202,12 só poderão ter os salários reduzidos mediante acordo coletivos.

Durante a vigência do estado de calamidade pública em razão da pandemia do Covid-19, a lei garante que os trabalhadores que tiveram contrato suspenso ou jornada e salários reduzidos poderão renegociar dívidas contraídas com o desconto em folha de pagamento ou na remuneração.

Vetos – O presidente Jair Bolsonaro vetou 13 dispositivos da lei. As razões dos vetos também foram publicadas no Diário Oficial da União de ontem e serão analisadas pelo Congresso Nacional.

Foram vetados o artigo que prorroga por um ano a desoneração da folha de determinados setores econômicos e o artigo que garante recebimento de benefício emergencial a trabalhador demitido que não tem direito a seguro-desemprego.

Os dispositivos vetados podem ser derrubados por maioria absoluta nas duas Casas. Para se derrubar um veto na Câmara, são necessários 257 votos. No Senado, 41.

De acordo com o Ministério da Economia, desde a publicação da MP que institui o benefício até o dia 26 de junho, 11,6 milhões de acordos individuais e coletivos foram celebrados e R$ 17,4 bilhões já estão na conta dos trabalhadores.

As reduções de jornada somam 6,1 milhões, as suspensões totalizam 5,4 milhões e os intermitentes 167 mil. Entre as reduções, 2,2 milhões são de 70%. As reduções de 50% somam 2,1 milhões e as de 25%, 1,7 milhão. (Diário do Comércio/MG)
                  

 
Exposição virtual celebrará os 50 anos do Parque de Exposições Assis Brasil
A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) realizará uma exposição virtual para celebrar os 50 anos do Parque de Exposições Assis Brasil. O evento online já conta com o apoio da Federação das Associações dos Criadores de Animais de Raça (Febrac) e Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) para realização das provas de animais e julgamentos de raças entre 26 de setembro a 4 de outubro. Quando do cancelamento da Expointer, entidades já haviam ressaltado ao secretário Covatti Filho a pretensão de procurar alternativas que pudessem amenizar o impacto da não realização do evento. A proposta inicial prevê atrações musicais, provas equestres, julgamentos morfológicos e inclusive leilões de animais, além de outras atividades de entidades que mostrarem interesse, o que converge com as intenções do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos no RS (Simers). “Estamos analisando o formato e dialogando com demais entidades representativas que tenham interesse na participação no evento virtual. Existem diversas possibilidades de contar com a tecnologia em nosso favor, e o Governo do Estado do RS capitaneará o processo cujo projeto final - ora em construção - deve ser divulgado nas próximas semanas" disse o secretário.  Segundo Covatti Filho, a feira virtual também terá um papel fundamental para estimular a cadeia do agronegócio e a economia em meio à crise da Covid-19. "Estamos vivenciando uma pandemia sem precedentes, e é preciso se reinventar. O parque merece ter essa data celebrada”. (Seapdr)
 

 

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